Pequeno trecho da obra proibida de Myccdjinn & Oberon, Manifesto Post-Mortem, criado em 2001 e proibido pelo ministério público em 2002, este livro é uma obra rara na estante de qualquer rebelde verdadeiro em causa e valor.
Título original
Trecho da obra Manifesto Post-Mortem, Corpus Oberonicum
Pequeno trecho da obra proibida de Myccdjinn & Oberon, Manifesto Post-Mortem, criado em 2001 e proibido pelo ministério público em 2002, este livro é uma obra rara na estante de qualquer rebelde verdadeiro em causa e valor.
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Pequeno trecho da obra proibida de Myccdjinn & Oberon, Manifesto Post-Mortem, criado em 2001 e proibido pelo ministério público em 2002, este livro é uma obra rara na estante de qualquer rebelde verdadeiro em causa e valor.
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uma rosa e agrade um cacto, cante uma canção, erga os braços em cintilantes gestos e vomite no gramado; leve o busto de Deméter a um ponto onde lhe seja possível nada ver a não ser a luminosidade solar, conduza uma valsa impudica movida por blasfêmias e heresias, beije a lua e quebre uma taça de cristal sob o fogo, pinte a face com símbolos tribais, dance continuamente num sincronismo sem dimensões e formas, recrie o sabá, o negro Aquelarre, evoque sua força instintiva, sua Vontade-Primal, perceba cada lento movimento de suas moléculas, usufrua dos genes, das células. Permaneça com os olhos fechados enquanto maneja o Athame, banhe seus olhos com o sangue do sacrifício, abra a unidade ao meio, como um hímen a romper-se; toque nos lábios de Danúbio, mastigue em ferocidade insaciável a rósea carne, o fruto rubro. Adormeça e venha para os braços de Osíris, põe fogo e quebre uma guitarra, incendeie as tendas da maquinaria, do veleiro de aço, abandone seu mundinho e interaja com o cosmos, enterre-se na cova de raízes profundas, tudo parecerá soluçar, rir ou chorar; a dubiedade encontra sua aureola de cores, Janus embriagada faz mímica diante de ti; repouse sobre o túmulo, seque a garrafa de whisky, bonecas e vodu não lhe deixarão feliz, cante a voz da coruja, encante os olhos da naja, una suas cinzas as cinzas da fênix, banhe-se por fim, com o líquido amniótico de uma fera de dentes serrados. Fúnebre tradição ímpia, caborge suicida. Eleve seu campo de visão a um mosaico tridimensional, cozinhe as cores no caldeirão encefálico, a alquimia acontecerá naturalmente na perfeita supremacia dos movimentos, cuspa na cruz, envenene-se de tanta vida, estará preparado ao seu lado o drinque panacéico da morte. Comece o dia com a claridade noturna, negra aurora, arauto obscuro; está satisfeito com o próprio caixão? Múmias estão a lhe vigiar, montado num esplendoroso corcel de prata, tens diamantes pregados aos olhos e esfinges tatuadas às costas. Acorde, abra os olhos e apenas sinta o vazio do ambiente, o silêncio ablator, a brisa dulcíflua que o envolve, apare as mãos e receba o aval para transitar livremente sobre a imaginação.
Trecho da Obra Manifesto Post-Mortem, Corpus Oberonicum