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Químico Responsável: Rafael S.

Lima
Consultoria e Comercialização de Desmoldantes
Email: rafaelbira@hotmail.com

DESMOLDANTES INDUSTRIAIS
(PU)
versão 3.1

2008

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Químico Responsável: Rafael S. Lima
Consultoria e Comercialização de Desmoldantes
Email: rafaelbira@hotmail.com

ÍNDICE

I. INTRODUÇÃO ..............................................................................................3

II. CARACTERÍSTICAS ....................................................................................4

III. CONSUMO DE POLIURETANO....................................................................7

IV. PROBLEMAS E SOLUÇÕES.........................................................................8

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I. INTRODUÇÃO

Existem desmoldantes industriais fabricados com matérias-primas de alta


tecnologia, oferecendo ótimo desempenho, baixo acúmulo de sujeira no molde,
excelente acabamento superficial e alto rendimento na aplicação.

O desenvolvimento das formulações é realizado de acordo com as necessidades


de cada cliente, abrangendo todas as linhas de espuma de poliuretano:
Rígida Estrutural (R-RIM, RIM)
Semi-Rígida
Pele Integral (SKIN)
Elastomérica
Flexível (HR)
Micro Celular

O escopo deste trabalho é fornecer uma visão global simplificada dos diversos
aspectos que caracterizam os desmoldantes, desde seus componentes e funções,
passando pelas particularidades de aplicação e finalizando com algumas
recomendações.

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II. CARACTERÍSTICAS

Ainda que representem apenas uma pequena parcela dos custos envolvidos na
linha de produção de Poliuretano, especialmente quando comparado aos custos relativo
às matérias-primas básicas (Isocianato e Poliol), os desmoldantes industriais
desempenham papel fundamental na obtenção de peças com uma melhor textura e
acabamento superficial.

Dentre suas funções primordiais, os desmoldantes são responsáveis por:


 Garantir o fluxo uniforme do material na fase de injeção e durante a expansão
 Garantir a formação de uma película anti-aderente entre a peça e o molde
 Garantir o efeito de lubrificação entre a peça e o molde
 Auxiliar em outros aspectos, tais como, fechamento de células; formação de
pele; brilho superficial; pintura de transferência, colagem etc.

Para fins didáticos, vamos dividir os desmoldantes em três grupos:


Sólidos Pastosos – basicamente formado por ceras técnicas.
Soluções/Emulsões de Baixa Viscosidade – no qual encontram-se a quase
totalidade dos desmoldantes “pronto-uso”. Em alguns casos, como no setor
calçadista, as empresas compram a base ativa concentrada, efetuando a
diluição por conta própria.
Soluções/Emulsões de Alta Viscosidade – abrange algumas aplicações
específicas, como os desmoldantes para blocos de espuma.

Como exemplo de produtos do primeiro grupo, Sólidos Pastosos, temos:

Identificação Aplicação Típica Base Teor de Ativos

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Aproximado
Cera PUR-111 Flexível; Semi- Ceras Especiais 20 %
Rígida e Rígida

Cera PUR-181 Flexível; Semi- Ceras Especiais 20 %


Rígida e Rígida

Tabela 1 – Exemplos de ceras desmoldantes

As ceras desmoldantes acima, também têm sua utilização recomendada em como


auxiliar dos desmoldantes dos outros grupos nas seguintes situações: moldes novos,
moldes que sofreram processo de limpeza e no início de turno em que as condições de
operação podem variar (por exemplo, a temperatura do molde); além de servir como
reforço em pontos de difícil desmoldagem, nas áreas de fechamento do molde, canais
de saída do gás, canal de injeção e regiões porosas de moldes desgastados.

Para o processo de desenvolvimento de novas peças, na qual é comum se


trabalhar com moldes preliminares de resina, as ceras desmoldantes encontram larga
aplicação, uma vez que não existe a necessidade de maiores cuidados para a sua
utilização e nem requerem sistemas de aplicação sofisticados; garantindo a formação
imediata de um filme protetor no molde logo após sua aplicação.

No segundo grupo, Soluções de Baixa Viscosidade, os desmoldantes possuem


três partes principais:
Base
Solvente
Aditivos

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A base será responsável em garantir a formação de um filme anti-aderente e o


efeito de lubrificação. Os aditivos irão proteger a peça contra agressões por parte de
algum componente do desmoldante. O solvente será o veículo que permitirá a
dispersão uniforme do conteúdo ativo do desmoldante por toda a superfície do molde.

A base de componentes para os grupo de desmoldantes variam de acordo com a


aplicação.

Tabela 2 – Exemplos de desmoldantes

III. CONSUMO DE POLIURETANO.:

Colchões e
30 29
estofados
25 Automotivo

20 19 Construção

15 15 16
Isolamento
Térmico
10 10
7 Calçados
5 4
Revestimentos
0
% - Mundial Diversos

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60
55
50 Colchões e
estofados
40 Automotivo

30 Espumas
Rígidas
20 16 Calçados
13
10 9 7 Diversos
0
% - Nacional

IV.PROBLEMAS E SOLUÇÕES

Os desmoldantes industriais podem assumir o papel de “heróis” ou “vilões” dentro


do processo de fabricação de peças em poliuretano dependendo do “cenário” em que
atuam; já que cada cliente possui seu próprio “roteiro”.

Assim, conforme o “elenco” escolhido por cada empresa para compor o seu
Sistema, dentro do universo de parâmetros disponíveis (composição do poliol;
composição do isocianato; relação de injeção; temperatura do molde; injetora de alta
pressão; injetora de baixa pressão; tipo de pistola; tipo do molde etc.), os cuidados na
aplicação do desmoldante irão variar.

Contudo, seguindo algumas recomendações simples, é possível contornar a


maioria dos problemas verificados no dia-à-dia do chão de fábrica. Nas Tabelas
apresentadas abaixo, apresentamos uma relação de Causa-Efeito (sem a intenção de
querer esgotar o assunto) freqüentemente encontradas nas linhas de produção.

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Vale à pena ressaltar que estas recomendações possuem um caráter genérico,


podendo haver casos em que seja necessário contatar a nossa equipe técnica para
definir o procedimento mais adequado ou, até mesmo, efetuar a mudança da
formulação do desmoldante para que a performance desejada seja atingida.

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FLEXÍVEL (continuação)
PROBLEMA CAUSA PROVÁVEL RECOMENDAÇÃO
Dificuldade de Desmoldagem Excesso de desmoldante ou Verificar e ajustar a
Falta de desmoldante pressão/vazão do sistema de
aplicação

Falta de homogeneização do Verificar e ajustar o sistema de


desmoldante agitação

Temperatura baixa do molde Verificar e ajustar o sistema de


aquecimento

Molde sujo Verificar e limpar para as


condições de trabalho

Alteração do Sistema de PU Verificar a performance para o


Sistema de PU anterior. Caso
seja necessário, solicitar o
ajuste da formulação do
desmoldante

Acúmulo de Sujeira no Molde Excesso de desmoldante Verificar e ajustar a


pressão/vazão do sistema de
aplicação

Falta de homogeneização do Verificar e ajustar o sistema de


desmoldante agitação

Temperatura baixa do molde Verificar e ajustar o sistema de


aquecimento

PELE INTEGRAL (continuação)


PROBLEMA CAUSA PROVÁVEL RECOMENDAÇÃO
Bolha Excesso de desmoldante Verificar e ajustar o sistema de
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agitação do desmoldante

Temperatura alta do molde Verificar e ajustar o sistema de


aquecimento

Regulagem da agulha de Verificar o ajuste do cabeçote


injeção da injetora

Dificuldade de Desmoldagem Falta de desmoldante Verificar e ajustar a


pressão/vazão do sistema de
aplicação

Falta de homogeneização do Verificar e ajustar o sistema de


desmoldante agitação

Temperatura baixa do molde Verificar e ajustar o sistema de


aquecimento

Molde sujo Verificar e limpar para as


condições de trabalho

Alteração do Sistema de PU Verificar a performance para o


Sistema de PU anterior. Caso
seja necessário, solicitar o
ajuste da formulação do
desmoldante

Acúmulo de Sujeira no Molde Excesso de desmoldante Verificar e ajustar a


pressão/vazão do sistema de
aplicação

RÍGIDO
PROBLEMA CAUSA PROVÁVEL RECOMENDAÇÃO
Pele Queimada Excesso de desmoldante ou Verificar e ajustar a
Falta de desmoldante pressão/vazão do sistema de
aplicação

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Temperatura alta do molde Verificar e ajustar o sistema de


aquecimento

Falta de homogeneização do Verificar e ajustar o sistema de


desmoldante agitação

Pele Fria Temperatura baixa do molde Verificar e ajustar o sistema de


aquecimento

Dificuldade de Desmoldagem Falta de desmoldante Verificar e ajustar a


pressão/vazão do sistema de
aplicação

Falta de homogeneização do Verificar e ajustar o sistema de


desmoldante agitação

Temperatura baixa do molde Verificar e ajustar o sistema de


aquecimento

Molde sujo Verificar e limpar para as


condições de trabalho

Peça mal curada Verificar e ajustar o tempo de


cura

Acúmulo de Sujeira no Molde Excesso de desmoldante Verificar e ajustar a


pressão/vazão do sistema de
aplicação

Falta de homogeneização do Verificar e ajustar o sistema de


desmoldante agitação

Bolha na pintura Deficiência no “desengraxe” Verificar e ajustar o sistema de


da peça jateamento

Mancha pós-pintura Deficiência no “desengraxe” Verificar e ajustar o sistema de


da peça jateamento

RÍGIDO (continuação)
PROBLEMA CAUSA PROVÁVEL RECOMENDAÇÃO
Peça pegajosa / oleosa Temperatura alta do molde Verificar e ajustar o sistema de
aquecimento

Excesso de desmoldante Verificar e ajustar a

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pressão/vazão do sistema de
aplicação

Bibliografia

Revista Poliuretano Tecnologia e Aplicações


Tecnologia do Poliuretano CEPETO-Centro Tecnológico de Polímeros

Nota:
O resultado dessa pesquisa foi obtido através da realização de testes e ensaios técnicos, as
informações contidas neste folheto são fornecidas de boa fé,

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