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O POETA E A PALAVRA Poeta vagava sem destino por seu mundo pequenino, sem razo para viver.

O corao transbordava sentimentos, mas faltavam-lhe instrumentos adequados pra dizer.

Do outro, Palavra se ressentia. Naquelas terras no havia quem lhe desse seu valor; Seu destino era dar voz ao corao, traduzir em prosa ou cano o que

Poeta se afogava em sentimentos que brotavam-lhe do peito de um jeito arrasador. Desfalecido, aguardando seu destino, sentiu um toque feminino e grande paz dele se apossou.

Abriu os olhos inundados de emoo e teve a mais bela viso que algum poderia ter. Era formosa, os cabelos bem compridos, os olhos enegrecidos, coisa linda de se ver.

-Eu sou Palavra! foi dizendo a Poeta Minha vida era incerta at encontrar voc! Agora sei que minha sina terminada. No serei mais relegada solido em meu viver.

Poeta levantou-se, apaixonado, totalmente embriagado do amor que lhe tomou. -Eu sou Poeta! apresentou-se confiante, Sou teu servo doravante! Teu desejo meu senhor!

Naquela tarde, ao pr-do-sol atrs da serra novas cores sobre a Terra o horizonte derramou. Poeta e Palavra se casaram suas almas se juntaram e era grande o seu amor.

Ento Palavra no mais ficou vazia engravidou de Poesia, sua filha com Poeta. E Poeta palavrava todo dia, hoje com mulher e filha sua vida est completa.

Eu me atrevo a contar-lhe esta histria que eu trago de memria pra causar boa impresso Fao rodeios, dou mil voltas no assunto, falo de tudo no mundo, mas no fujo ao corao.

No sou Poeta nem casado com Palavra, minha alma que escrava do que tenho a lhe dizer. Peo desculpas pelo verso imperfeito, eu s queria era um jeito de casar eu e voc!

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