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JOSE AFONSO DA SILVA CURSO DE DIREITO CONSTITUCIONAL POSITIVO 25% edigto, revistaeatualizada ros termos da Reforma Constituciona, Pda Constitucional n. 48, de 10.8.2005 (CURSO DE DIREITO CONSTITUCIONAL POSITIVO {© Jose Aronso 0a Sia 1 digo, 1975 - 2 edi, 1984-3" io, 1985 — 4 ot, 1 ragen, 1987, 2 insgem, 1988 — 5 dao, 1989 8 cg, 1 1pgen, 031980 2 rege, 08.1990 7" ego, 1991 8 ipa, 1982-9 ede, I rage, 08.192; 2 rage, 03.1953; 3 uragem, 041983 e 081953 4° riage, 021994, 041994, 071994 «091994 = 10% ego, 1995 I eg, 02.1996 — 124 ego, 051996 — 13" eo, 01,1997 ~ 14 edit, 08.1897 — 158 ipo, 01199816 ego, 011999 17 ego, 01.2000 18" elif, 032000, 19" eo, 01,201; 208 eit, 01.2002: 21¥ eid, 082002, 72" eid, 01.2003; 23" ei, 01-2004; 24 eo, 01,2005 irate mseronds deste li por MALHETROS EDITORES LTDA Rua Pas de Ari, 23, count 171 "CED 04331240 S30 Palo —SP Tel Cee) 3078 7215 Pax (Oe) 168-895 URL WWHmalcotoes com br oimalaiselorstem com Compoiio Sine ons Nadia Basso Inmpesso no Brasil ‘ented ie Beil ‘8.2005, A HELENA AUGUSTA, ina fia, encanto quo mistri> he divindade ps a mia va, Emmemsrie do sempre lentrado RONALDO PORTO MACEDO suena dare soft ensinow fleidadeeespernge no more ensnc erat momento da morte nos dea 9 nis ses ‘amigos pound igh de ia Ss, perpele nt ne INFORMAGAO AO LEITOR Esta 25 edigio do nosso Curso corresponde & 21° em face da CConstituigio de 1988, que ja sofrew 6 Emendas Constitucionais de Tevisdo,em 1994, e mats 48 Emendas Constitucionais desde 1992. [As edigdes anteriores, As Vezes com ima de uma tragem, tiveram ‘extraontinéria acitago, tanto que se esgotaram rapidamente,Fsta fedigao fot submetida a uma revisdo culdados, para adequé-la as lteragGes do texto constituctona e para correca0 de dfeitos que as anteriores ainda apresentavam —€, pot certo alguns ainda sera0 ‘encontrados pelo feitoratent, Sudstteimos algumas passagens € Suprimimos cutras em decorréncia da tualizagao proces, procs rando clarear textos que ainda manifestavam obscuridade, sempre ta tentativa de aperfegoar o livre, mantendb, porem, suas caracte- "tien dscns de livro destinado a estadantese a estudiosos do Di reito Constitucional,fundado nes conceitos mais medernase afuais da disiplina, Devemos, noentanto, ponderarquea multiplicidade de Ennendas agem retalhandoaConstituigo, com dliculdade para uma alualizagio impecivel. S apos terminaresve processo de rtalhaclo, ‘chamado reforma consitucional,€ que teremos a oportunidade de teelaboraro texto fim de Ine da coerneiaem face do que sobrar da CConstitucao. Esforgamo-nos, por iso, no sentido de nao alongar ddemasiadamenteo volume. ‘A Constituigto da Replica Federative do Brasil de 1988 suscita transformacies formaise de indo que importam a adosao de noo ‘bia dedirito que informa uma concepgio do Estado e da Sociedade tiferente da que vigorava no regime constitucional revogado, Quer tum Estado Demcittcode Divito uma Sociedade ion, justae salir ‘Tudo iso exigia im tratamento novo da matéria constitucional, que tentamos traduzir neste volume. Por certo que miltiplos problemas, postos pelo novo texto, mereceriam, quem sabe, uta rellexao mais 1. Observes que 0 esencal das emendas fora incospradas 20 eto ‘acto quando spans indus madanen ne ADCT. cao. apse EECShaos gee prorogeu a CPMFe medic texts sobre prcaiion 2 [BCauna, qa cep sce a icorpero de plas mutes do srg ‘ertrte de Rananis aos gundros ds Unio aprofundads ¢ mais demorads liso demandarin mais tempo, sem ‘Te anim mento véstemora cetera de que defi fons {Mics Toren avd, nao qusemos tarda vais publenaoests tig com expeanga mestode gor professors sans et ict eketores em geranos sponte s falas para qu sabre eas ‘esos nes prouimas edges dete volume que tem med bon ‘atid dos meiosis Pareeu novnindaconyentente a una ‘fst gloel do conteud da Cones, pelo ut ovo continua $brangene, de modo a que cada potest que ohonrar om st ‘Soe seus utzon peta encontrar nforsagde bases pra ot ‘espectvo programa de nso, so mesmo temipo em que oes atts trun nee fnte dese estudos ede eodarecento de Sts duvide mais comuns © jies, promotore e advogaon pos Sa dle servirse no exerci de sua vdades Oconstitint fez uma opso muito clara por uma Coraiuicbo abrangent:Reetow a ama contig ttn, que coat nya eatin, Porque sonsrators apenas eiverdade nega ou Uierdade nmin, posta atoridage, modelo de cont ‘Hogus te veo, se chara constr (os consti {fads jin grote no fot peservade como stampings Constitute, nfo como mers garata do existent ou como sie es gama das Iberdndesneptvas ou iberdades inte Asus Ines carstevstea deconstitigodingeteenguanto define ine {programs de aio tur menos send soca do que no de “ifm eenagto sal democrsen impere, econhaese For, no rar, fr minuciost eno se compromiss com 2 geantia as ‘Sruusasibersisecom umplanode evi politica de contigo Soule sempre ant cine ins decoerenla dona i the Abrese, pom, pars tauformagies ture tant sea compe Eu eaves’ drama de toda conta dinamic sr cmpria Jas SUMARIO Panna Pare DOS CONCEITOS E PRINCIPIOS FUNDAMENTAIS DO PIREITO CONSTITUCIONAL E DA CONSTITUIGAO De Dinito Conattucional Cond iene opt CcoNcEITO,O8}ETO E ELEMENTS ‘Conceodesomttgso tec ct ‘ljene cmteuds das onstage = SUPREMACIA DA CONSTITUICAD Figides e upremacs consttacena Supemaciaateralesupremact formal Suprema da Consuigio Feral CCONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE froimstuinalidaer. settacenaade oa 7 ‘Stem de conte de consti {Gio e des de exec do corte arional ‘Sctona basic de connote de crsttuconaiéade os da dear de nconstivconabdade ‘Ac4o DECLARATORIA DE CONSTITUCIONALIDADE Xe conan 45 °o » im SENS Loc AEA ce tuna cosruiio Tarmiologae conc ee @ Sse brs. s Rader crn «poder elormados a {tates a0 poder de reforma cotacnal (Contre de eawtcioalidage da orn cnsitcoal oo ant it Da Eotucio Pliticn-Constitucional do Brasil Ase COLONIAL {Copan ere oo 2 ‘Goremadoces grate 0 Fragmentagaoe dispersio do poder plitico na colina 7 [Organizagao menial na clinia 7 Eotos rues caeaeeaeat FASE MONARQUICA Brat Reino Unidos Porta coms 2 Inna das nova tera paliocas eo mvimentoconttconal 73 ‘A Consus imperal Se. Cenwaizacao mentirglca I ‘Mecanise plo 4 poder ceil Paietlry: De ideas eo eal federalist eee. ‘iia das oras republican federalists eae {ASE REPUBLICANA Crganiacto do gle epublicano 7 ‘AConsitugso de 1671 - et. ‘AConsivigso de 1934 ea orem condi socal cs OEstade Novo. og Redemocratizarin do pis ea Cootigh de 1346 nna Regime dos Ate tcionais-n eee 2 Consiugo de 1967 ests Emenda = 86 ‘A Nova Repablica ea Const 8 1988 oom se ( plebisct,areviadowemendascosttctnai. se Troll DOS PRINCIPIOS FUNDAMENTAIS. (Or pape coats pies. o 1 Const e conti do princpios fundamentals FranspusAndnmastalse prince er do Do Canina Fling ewlernea dos prio fundamentals cee ipl ictus do Estado Bris os Principe Com REPUBLICA FEDERATIVA DO BRASIL Siac stad baer =e {Etado ede forma do sind rai ova de Govern» Repobles Fundamento do Estado asi 7 ‘Oho tundarentuis do Eta ras PODER EDIVISAO DE RODERES principe da dveato de poere Peer patito Gover dating de Fangs do poder 7 asso de poder. Independnctae harmon nie os pens ESTADO DeMOcRATICO DE DIRETTO Esto de Dirt - fet Sota! de Dic ‘Craceaaco do Endo Demoerice de Dao ‘ler Eatade Demowstico de Det. inaplar arta do Fataso Derocrtica de Bic ‘Principio Democritic « Caranta dos Dito Funamentaie eciMe Poutrico Conca de pine politico. : Repane police bratieeo : Democracta Cone de democracia ae Princo vars da democraca (poder demain ea qashiegies da democrat Circo de pve. democrca ccc do per damcrateg Simandat plo rprseiaivs Bama ups oe ‘recracia det onstuconal bain ia i in 1 12 1 ns 7” 13 i 18 Src Pa DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS Trot [A DECLARAGAO DE DIREITOS apt Formas Mistren das Declares de Dinitos Generates a) Krscedetes as delaras de dics ie Coase eectargtes gles. “51 NDacaccto de Virgin sions 13 1 Dare Noche i ‘Decarshe dos Dios do Hatem edo Gidadio ‘ABedaragte do Povo Traainador «Explode it ‘niverscari das doraragcs de ron oe ‘larmao de iste na conte ontemporines 186 Desaraie desire as consiges basta a) ‘eri dos Dito Fandamentte do Homent Inspire fundamentago dos dios andamenais i Forma Sa dears de res Ss (Cone decrees fundamentals ws ‘tures etek dar normas sabre dos handamenins.— 179 Casco ts fandamentas, ™ i ‘seta doe dros undamenai 18 Tniogag de ctor de dees andar 18 Dyrton paants dos dros, =e Toit 'DOS DIREITOS F DEVERES INDIVIDUALS ECOLETIVOS Capt Fandamentel Consitecons Canto de drt indivi 190 DDetnatiion don eos earaias indus 19 Chnateag do diitor nce. 193 Diets colette. . 13 Deveresindividins calelvos 18, Do into a Vida aa Dinito&Pricaldade irerro A vipa Avia como objeto do de nas at 2 Datos enstence 198 Dart ntgridade mor =. a DIREITO A PRIVACIDADE Canc M800 28 ameter eeeeee eee aS Hore imap das pesos er Volo prvacdade e indenagio no Dini de gealae Iovoduggo a ema. 7 ra pide dente a ih (Gconndo a expr tgalinde pera al nS Tpaaldace de mens e miter a Sipancps oa ualsade redo ae iguana. a ‘fumldade perate st pos Bt ‘algae Sem dias de guagucr ataeaa™ my {uldade “sum dating de Sexo de onieiagto sexual” 2 ‘aldae "sem dating de orig, cor ras zy Ipunldde som dtnga de dade” BS Igualdade som distin de taba ee) Igunldage "sem dite dee rps” 1 Igualdae “sem dsingao de coniegon osicas ou plies 226 prince danio dseimnaysoesun tel penal “chr ‘crmiapeseconstuconabdade nen ae ‘PROBLEMA DA LBERDADE Cera eecesdade oa 0 UUterdade tern Hinde xtra mh ‘Gonead hstce do iberdae - 2a ‘Oprotma ds concetuase n CEs ibernto Bs [Uber edemosrais cama Ea Formas d iberdade a berdade deo eatdade BS w. Xe » B LURERDADE DA PESSOA FISICA UUberdade de econo oe Uberdade de crest = be ‘NSeguranga pessoal emis comme Canciae formas de expat, eeeee a Litera d pani on TAT cuca de consid "3a 142 Formas de express Est 131 'Noqio principio s a 288 133 (inedade de manfewast So potent a 155 [ioe delomagioem geal Ba 181 Ltda nei ons oe 185 Meee mana. i Ultracet ome ibendade de expres ncceanl aia cence dion LUberdae de tassmiscoeecepio do conecneais ES LisenDDe oe Acdo noristonaL EReSadede cct rofsnal ees raters 24 ‘estas Rees pobee ete NE ao ee os irerroscoustvos Birt ivr erg expe li a 358 Direito &informagio: vai 239 Bret demesne — Biele septa ne an into dos consumador te Liberdade de ass0ciag 80 oem a — 366 ‘etd route feces 8 cies de trnn conta ce ds 3 Eton fe eines ds avon naa % copa v its opiate ikea De orm ADE EM CERAL Pasion cost . 2 fede jet apie ial zm Propredade pba, = as 2 1 m, PROPRIEDADES ESPECIAIS Propredade sur empress pried bm de ami LIMITAGOES AO DIREITO DE PROPRIEDADE Conc ecaestiecio Seevidoos leas de popradade ia Becpropacto PUNGAO SOCIAL DA PROPRIEDADE i dade Fangio soil tnsiorago do rege de propeedade Dirt soci e dros econ Capt (questo be oRDEM opener de de atv aos abandons rots moneda Dyno an slna «garantie emprego Dinas sobre as conden de abate Diets ative 0 sli Dyn eatin 20 repousoe nadade do ablhadoe Diets relatos as dependents do tabular Phrnipalo ne cre o-pean. DIReITOS COLETTVOS DOS TRARALHADORES Liberate de asocaci ou Sic IAT Amcagae snd 123 Dibertadeeautonom andi 125 Parpaco ns mepetagen olive de bath Pa ~ ie oe a 3s 502 124 Contato sna cs a 125 Ploridadee uiidade india 38 ito se preve ‘Aamplingo do cotesdo da consiuiio geo a ditingéo, vista entre constant em sentido material econeituaoem sent Eo formal Sunda doutina traicional as presergoes das const- {higder quenio se refeniam estrus do Estado, orgenzaci0 dos poder seu exerlcioe aoe dvetos do homem e respective: garam Hiss, 0 so constaconals em virtue da natuteza do documento a {que aderem, por nso, dizse queso cnsiticons pens do pont de fhta formal’ Quase a nanimidade dos autores aco esa dostrna ‘Adeopit disso, pemitimornos pondear que ese apegoao tadico. tal evelaincompeensio das dmensies do Diet Consitaconal Contemporaneo. fl fat se vere, lem do mals, em consequencia Ge nso te arolaem os nse os objevas do Estado ete os elemen- fosessencls que ocorsitae. Or, conesbido gue a filidade ins ¢ bjtvosareaiza) seinsere ete os eementosconstitutivos do Es tado e, considerando a ampliago das fungoesetatais atuaimente, ‘hegaremosd conclusio ineltive de que oconcsto de Dito Coe titanate se ampli, para comprocnder ss rma andor tents da ordenagio eta, mas eapeciicaments, para regular (= princpios basics elativos a testo, popula, a0 govern 85 fnaidades do Estado e sae reagoesrexiprocas Dante dso, pende substancia a doutrina que pretonde cierencar constitulgao Iateiale contigs formal, pss, creitoconstitcional material dist constitcona formal 10-CL Pinta Fermi, Prin gr dete comical maker p12 1.Gt Googe burn, De auto ef tations alc lend ee pgs pact de tablo notdumente eb oni ‘Shas cnn stuns gut“ seater souvent comme een ‘Shien pgue ane conan, mai Son 8 tone cav i comsaion 8 Pos 5. Blementos das constituigdes Em decorténcia do que acaba descr dito, as constituigées con temporineas apresenta se echeadas de normas queincidem sobre tiateris de narurezaefinalidades as mais diversas, sistematizadas frum fod unitate eorganizadas coerentemente pela agao do pode Constituinte que as teve como fundamentais para a colelividade es tata. Essa normas,geralmente ageupadas em tifulos,captulos e Secbes em fungao da conexto do contesdoespecifico que as vincula, ‘go cavdterpolfactico Se consttuigbes, de que se originou o tema ‘enominada elementos das constitades “A doutsina diverge quanto ao nimero¢&caractrizacio desses elementos: Denosea parte, entendemos quea generalidade das cons- titughes revela,em Sua estratura normativa, cinco categorise ele -mentos que assim se defer (0) elementos orgies, que secontém nas normas que regulam a, estruturado Estado do poder, e.naatual Constituigao,concentram- Se predominantemente, nos Titlos IMT (De Organiza do Estado) 1V (Be Organzari dos Poderes edo Sistema de Govero), Capitlos Le It Alo titulo ¥ (Dis Forges Armas eda Segranga Palin) VI (Da bux topdoe do Orgemento, qu conaituem aepectos da organizasio e fun- clonamento do Estado), (Q)elementes limitations, que se manifesta nas normas que con substanciam elenco dos dseitosegerantas fundamentals direitos Individuaise suas garantias, direitos denacionaidade e direitos po- Iiticose democdtics; so denominadosimiatiovs porque limita a stodos poderesestatasedaoatenca do Estado de Dito, acharn- Seles inscrtos no Titulo I de nossa Constitulgao, sob arubrica Dos Divetos ¢ Garantins Findamentas, excotuando-se os Diveits Socitis (Capitulo Ii), que entram na categoria seguinte; (Q) elementos sicio-ideoliscos,consubstanciados nas normas 86 Govideologicas, que tvelam o carster de compromiso das const- fuigbes medernas entre o Estado individualista ¢o Estado Soci Intervencionista,como as doCapitalo Ido Titulo, sobre os Dinos Sr ied a sae’ ee a iplctemd ch eg amen ters cheer Ae een reve ert varias atch meme Foe tombem rH Mente Teer opp AB Soci, eas dos Titulos VI (Da Ordene Eeoniica e Financia) e VILL (Da Onde social: (2) cements de estabilzago constitucionl consageados nas not ‘mas destinadas a assegurar a solucao de confites constitucionals, a dlefesa da constitugdo, do Estado e das institugdes demoerdticas, premmunindo os metos etenicas contra sua alterasioe infringéncia Esto encontrados no at. 102, 1 (age de ieonstuconalidade), nos Bars. 34236 (Da Interoengo nos Estados e Muri), 88,1, © 60 (Pro fesso de emenuasd Const), 102 e103 Juris cansttcional) © Titulo V (Da Defsa do Estado eas insituiges Demoeraties, especial: mente 0 Capito I, porque os Capitulo I eI, como vim, inte ramos elementos Organicos); (8) clementos formas de aplicabiidade, sio 08 que se acham concubstanciados nas normas que estatem regras de aplicagio dae onstituigdes, assim, o prem, o dispositive que contém a lS Sula de promulgagao e as disposicdes Consiticionats transits, assim também ado § "do art % segundo oqualas norms dfiidaras ‘os dicts egaratisfndamertas tom apenas tatits, 11 SUPREMACIA DA CONSTITUIGAO 6-Rigides¢ supromaciaconstitucional A rigid constitucional decore da maior difculdade para sua rodificariodo ue para aleraghodas dais novmas uric: da ‘rdenagio estat. Da rigider cana, como primordial conseguer- Sao princps da supronaca da constitiglo que, no dizer de Pinto Ferri, "ereputado como ua pedra angular, em que asenta 9 slit do muriemo dircto politica’ Sinica que ceonsiuigeo Secoloca no wérticedosistma juridicodo pais, que confer valid. de, e que todos os poceres esata 80 lets na media em que tl os econhega ea proporgto por ela dstbuidos fen iet Suprema do Estado, pois nels que se encontum a propria estat rode ss unig devs oe ete du chan rovmes fundamen de Estado, 0 nito ce notara Sua superirida™ ‘deem lag he demas norms juridia. ms 7 Supremacia material esupremacia formal Adoutrina dstingue supremacia marie saprenici formal da “constituicao. - - ’ Recophece a primeira at nas constituigescostumeiras € nas ftexives Iso ero do pont de vista soctologico, al emo t= bemse her admute rigid sco-pollte. Mas, ce ponto dev fideo sb econcebivelasupremaca formal que se spoia na repro da figides, de quo primeito «principal corolire ‘© proprio Bureau, que fala na supremacia material ealya que 6 somentelno caso da Higder constituconal gue se pode flare Supremacia formal da consti, actesentand qua previsie de timmodo expecta de revisoconatitconal d3nascmento adit ‘lode duas Categorias de lesa es onda as Ts comtiuc- 8. Supremacia da Consttuigto Federal Nossa Constituigo érigida. Em consequéncia, ¢4 fundamen- talesuprema do Estado basco, Toda sorta s6nelaencontea Fndamentoe s6 ela conere poderese competenciasgovernamen- tas Nem o goveino federal, nem or governos dos Estados, nem 5 {os Munipics ou do Diststo Federal sto soberanos, porque todos SS6 limitades, express ou implstamente, pels norms postvas dlaqula ei fundamental. Execem sus atribuiges nos terms nea tstabelecidos | Tor outro ado, todas as normas que integram a ordenago jack dca nacional 6 sero valida se se conformarem com a8 norma da Consituigao Federal I, CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE 9.tnconstitucionalidades © principio da supremaciaraquer que todas asstuagoes jure casce conformers com os pncipose pects da Constiuiae. 38a Snformidade come dtamesconstusona agora 80 Se saistaz Spenas om aatunco postva de acord com a consis. Fuge ‘Hai, pois omit a aplcago de nornaeconstitoctonas quando 4 Corl assima eterna, tebe constitu cond nconst feconal 24 feos ud ot. 28 aR ESTE REA 2 penn ne tie te ee Coane pm Da const ° De fato, a Constituicao de 1988 reconhece dass formas de consttucionalidades: inconsifucionalidade por apa atuacae) © a ostitucionaldade por omiss (art. 102,1,a, el, a,b ec, © art 103 © seus §§ 1°29, 10, Inconstitucionalidade por acto corre com a produgio de aos legislativos ou adminsrativos que conrariem nor ox principcs da consti. Ofundamento TS iconsttucionaidade ets no fato de que de Principio da sur prema daconstiigho resulta o dams ert das nor Tras ds ondenago urdca dew pss, no sentido de que as normas de graw inferior somente vero se fem compativel com a No frase rau superior que es consitsgdo As le no ore compa {eis ce ela So invlidas, pots a ncmperBdae verti! resave Seem favor das normas de grau mois elevado, que funcionam como fndamento de validade da inferiores sea incompatibilidade vertical de norms interiors (eis, de «ret ete) soma sonstitigao € 0 gue, teentament, Se chara tonsil as eon ds ato do Pade Publ, ¢ que seman festa sob dois aspect (a) formimert, quando tas nrias 30 fo Inada por auoridadesincompetentes oem desacordo com forma IRiades ou prcedimentosestabecdos pla constitu; mater mete, quando oconteado de tas es ou ator contana preceto ou Principe da contiuigdo saincompaibiidade no poe perdura porque contasta com So prio ae entncn harbon as novas Wo ondenamento JePicoentendid, por iso mexmo,como?ruan denonnes eul Ussente spor ona arentgio itn” 1H. Inconstitucionalidade por omissio Veritia-se nos casos em que nao sejam praticados aos legisla tivos ot administrativos requerides para torar plenamente apli- ‘lveis normasconstitucionals. Muitas desta, de ato, requerer una levou uma providéncia administrativa ulterior para que os direitos bu situagiee nolas previstos se eletivem na pratica. ACOnstituG30, pr exemple, preve o direito de patcipagao dos tabalhadores nos 17.Ck-Eaique A. Ain Fepands Gara Olan eet ilove ace stant p noe ipsa tna sontnconay i pp. 3 es "fara mate ponsenve sb ta, nan pee harm cnt aco. 8 lucros € na gestao das empresas, conforme definido em Ii, mas, se jesse direlto nao se realizar, por omssao do leislador em produit a let al referda enecessiria a plena aplicagio da norma, tal omiss80 se caracteri2ars como inconctituconal, Ocorre,entso, 0 pressupos. te paraa propositura de uma aio de inonsttuconaldade por ons Si, visandodbter do legisladoraelaboracao dali em cas, Outro ‘exemplo: a Constituigao reconfece que a sade e a educagio sie tlteltos de todos e dever do Estado (arts. 196 e205), mas, se nose produzitem os ates legisatives e ad vos indiapenssve's para que se efetiver tale direitos ert favor dos interessados, ita én teremos uma omisio incanstitucianal do Poder Publico qe pos sibiita a interposigao da ago de inconstiticionalidade por omis- So (art 103), ‘A inconstitucionaidade por omissaoj existe em outros paises ‘ACConstituigao portuguesa a preve nose at 283. verbs “1. Arequerimento do Presidente da Republica, do Provedor de Justga ou, com fundamento’em vielagaa de direitos das regis a tGnomas, dos presidentes das assemblcias regionals, o Tbunal ons tiucional apreciae venfica o ndo cumprimento da Consttuigio por fomissio das medidas lgisativas necessdrias para tornar exequivels 2. Quando o Tbunal Constitucional verificar a exstncin de ‘nconstitucionalidade por mack, dara dso conhecnento a 6 ho leislativa competent Aa vigenteConstituigi fot abeberarse. Mas perdew ua boa ‘oportunidade dee alemFicou mesmo aquem, porto fer inside ‘ibunalCanstitulonal Preve as autonades pessoas emda fquea podem propor, mas ano incluso eidadso,o que € uma fa the, pos a agho popular de inconstitcionaldade €conhecda em ‘utes paises (Aleman p. ex) Fo mids tambon 3 Concitgso ras conneguéncias da deetagSo da inconstituconalidade por emis So. Nio avangou muito mais do que a Consutugse portugues ‘Apenss dispdnno§2" do at 109 que decaadaa ncnstuonaiade pr omtdo te mea pra tora eta norm constitu, ed dat Encl ao Pade competont para ogo dx procténcas msi tons tratando de roadininstatc, par loem tinted. Ese dlvda, um grande paso. Contado, ameracigncin xPer Loi tivo pode ser inticn, que ele nao esta obra a lesan Now termosestabelesidon 0 principio da disccionariedade do leila dlorcontnua infacto esta bem que assim sj Ms sono imped aig beng oe ere ae cnc pudescedpor nonativamente sobre a mara ste que omasto Fegistativa fe supra. Com so, conearseam © PEP por ico da autonomia do legislador ea exigéncia do efetivo cumpri- mento das normasconstitucionas. 12, Sistemas de controle deconstitucionalidade Para defender a supremaciacontitconal conte as inconsttu cionalddesya propria Constituigao etabelace teeica especial, que ‘teoria do bret Consttuional denomina conte de const omdads dose, que, oa verdad, hoje pena um aspect ee Sante da frig Constaucional. a tres sistemas de controle de consttucion jursicional eo mist. ‘Oconto politic 0 que eneega a verifcago da inconstituco- nalidade » oxjies de naturesa politics, tis como: 0 propre Poder [Exislrio,solacto predominantena Europa no séculopassado; ou tun sigue, como o Pest do Soot Srpreme da ex Uso Soviduen (Constitugio da URSS, art. 121 nd)e-0 Consll Cons itutionel da vigente Consiga francesa de 1988 (at 6 53). © conte jursiciona, generalzado ho em di, denominado judicial revew os Estados Unidos seaman Now eal {flgue as constituiges outrgam so Poder Judictnio de declarar a incdnsttuonlidade de lel de outro ator do Poder Publio que ontariem, formal ou materalmente precios prinepies const ‘Ocontle mist reslza-se quando aconstituigio submetecertas categorias de fs ao controle poco eoutas ao conto juicer nal, Como ocorre na Suga, onde as les federaisfcam sb controle politico da Assembigia Nacional cas les leas sob o controle juris cto es opolitco,0 13, Critriose modos de exercicio do controle uriscional s sistemas consitucionais conhacem dois citrios de controle da constitacinalidade: 0 control dif ( jurisdiao constituconal difaes) conte concentrado ou jutisdigto constitucional concentra da), erfierseo primero quando sereconhece oseu exercicioa todos ‘os componentes do Poder Judiciio,co segundo, es for deleridoao tribunal de cupula do Pode Judiciio ou a uma corte especial.” 18 Ck. fut La de Ania Mes, Ds arate pds gr ed Cosi is So aul Et iss nd dca commie Se conttcinadae da {Eo Sn de mado equa toms juror das Contes Conca oe ‘© controle jurisdicional subordina-se ao principio geal de que noi jlzo sem autor (nemo ude sine actor), que € rigorosarNente ‘Segulde no sistema brasileiro, come geralmenteovorre nos paises que [Sdotam o critério de controle difuso. Admite-s, nos sistemas de er tério concentrado, o controle por initia do jus (RieMerdlage dos Alemies, ou porelesagio da cata na indicagio de Bidart Campos)© Por inciatea popular (Populrkage, ado popular). Com essas obser ‘agées, podemos resumir que se reconbccern no Dieito Constituce- nal Comparade trés mods de exerccio de controle de constitucio- nalidade! a) por vide excepdo, ou incidental, segundo o qual cabe 20 emandado arguirainconstiticionalidade, quando apresenta sua de- fesanum caso concreo, sto num procesta proposto contra ele: por isso, € tambem chamado conte conreto;@) por eu de ago dirt de incnsituionaidade, de iiciatva do interessado, de alguma autor- dade, ou instituigao ou pessoa do povo aga popula); (por inci. tiea do juis dentro de un processo de partes. ‘Vase, desde logo, que o exercico por via de excegdo € proprio do controle difuso eos autres do cantroleconcentrado. 14, Sistema brasileiro de controle de consttucionalidade (Osistema éojurisdicionalinstituide com a Constituigh de 1891 {que Sob a influénciado constitucionalismo norte-americano,acolhe a ocrtérn de control difusoporvia de exci, que perdurou nas cons ttaigbes sucessivas ata vigente ‘As constituigies posterores & de 1891, contudo, fram intodu- Zindonoves elementos, desorte que, aos pouces,osistema se alatara do puro crtériodifuso com aadosao de aspectos do metodo concntra 1o,Sem, no entanto, aproximar-se do earopeu.AConstituigio de 193, ‘manteno as regras do enti difuno em seu art 76,066, tou tes Inovagoes importantes aagiodietadeinconstitucionaitadeinteroentioa (art 7 Lae) aregra de que s6 por mara absats de otos dos seus seta deveria seat no Bel tm ou “rio coetonl SORehic me nny na, ANGE, So Pt fp yas [elo Horizonte 158, pp eI, ambos deendendo a cragdo de Corte Consiuco. {al no Bro em mento satrn, vse Oxear at Cov, Sujro Ps ‘eel: contac Bel Rd nr, one 1 nds ae 9 fim, Gan sins Sendai rasta Mana Cin, Be ‘dear Ener tcc cn may Pal oto Madd, ‘Edtonal Cian. BC Germdn foo that Campos Dre cota te tpt 1/9, Daconstruxn » ‘membros os ibunaispoderiam declarar a incnstitcionliade de Blow ato dovoder Patio (at 175)enateuigo ao Senado Federal de compettnan para suspender a exccugso, no todo ou em pare de is ouatodecarad inconattacionl em dein deft Eats tt novagoes 2 incorporarem defniivamente no Dizeito CConstiticicnal rao Sob a Constitnso de 1986 foram nied ‘Gas das outas novidades por mei da BC 16, de 61265, que cron tia nove modalidage de ogi dirt dc inconstinconaldade, de caster ferenco, a0 abu competéncia a Supreme Tabunal Federal para Fecesrehlerongaranetesrepesetge deinen [de dee cto normatv federal ou estan, presetada pelo Frcundor etal da Republics (rt 29, ett dua poder ‘ubeecer praceso de competencia onginria do Ipbunal ds st {Sh para decarar a inconsttucinalidade dele ow ato municipal, em ‘Sonfitocomaconstiigtoestadual art 19). Ena ulima inovagio nao prosperou tal come previst, mas Constuigo de 196) insta [Rivne intervention para. defesa de principcs da constituigh est Gal promovida pelo hele do Ministerio Publco do Fsadoedecom petencin do Tribunal de usa (at 15,857 4). ‘AConstituigio de 1968 ntodusis mas dus novidades: previ aincosttctonaitade por oni (at. M5, ye ampli a legitna- {bpm propor dean dea deinconstonaldde por ‘She ou omizso (art 105) Anes, esa legitmasto so perten Focurador Geral da Republica, Agora, lem dee, cabe também 20 Presidente da Republic, ss Mesas do Senado Federal, da Camara Gos Deputados das Assemblens Legislative dos Estados e da Ch ‘bara Legelaiva do Dstto Federal o governador de Extad edo ‘Datrto Federal a0 Conse Federal da Ondem dos Advogados do Brasil «par pliic com representagio na ongresso Nacional 2 confederagto sindcal ou entidade de clase de mbit nacional. Fenanaoter inclu ocidadso Outs novidade vio coma EC 3, de 17395: ae delartirie de consttctnaidade, que mercer cons deragaocem topic separadoadiante. Em suma,a vista da Conatituiso vigents,temos ainconstito nalidade por gto ou por omissio, e0contole de constituconalid de coyurkdiconal, combinando os rts dius e concentra, est de competnca do Supremo Tribunal Federal Portanto, ems oexer ‘ico do controle por ei de exe « por aio det deinconsttucsna Tedaice nindasrefericaagio declarer decontconae- De scot dlorcom o contol por excogo,gusluernerescado poder uactar a {pesto de ncostionsidad, em quiqur pres, sejede gue nature 1B qualquer que sao azo, Ago deta de nconstconalisade ompreence tes mevdalidades: (1) ntrontcn, que de sr eeral por proposta exclusiva do Procurador-Geral da Repoblise decom peténcia do Supremo Tbunal Federal (sets. 36 Il, 102,14, € 129, IV), ouestaduapor proposta do Procurador-Geral da Justiga do Sta. do (arts. 36, 1V, £129, 1V);interventvas, porque destinadas a promo vera intervencio federal em Estado ou do Estado em Municipio, onforme o cas; (2) a gener (a) de competéacia do Supremo Ti. bbunal Federal, destinada a obter a decretacao de inconstitaclonal. dade, em tes, de lei ou ato normative, federal ou etadual, sem outro ‘objetivo senao ode expurgar da ordem jurdicaaincompatibidade ‘Vertical: éaga0 que vis exclusivamente a defesa do principio da su premacia constitcional (atts 102, 4, © 103, incisos e 83) (b) de ‘ompeténcia do Tabunal de Justia em cada Fetado,visando.e dec ragio de inconstitucionalidade em tes, de leis ou atos normativos ‘staduals ou muniipaisem face da Consttuieao Estadual art. 125 529, dependendo da previsio nest; (3)asupridora de miss (a) do legisladar que deixe de crit le necessiria s eficeiaeaplcabilidade ”() doministrador, que nao adote as providéncias necessrias para tomar efetiva norma consitucional at 10, §29, AConstituigao mantém a regea segundo a qual somente plo voto ‘da malaria absolut de seus membros ou des membros do spect dngio ‘special poder os tbunaisdeclara a inconsituctonaldade defo sto normative do Poder Plc (art. 97), regra star que ver, como foi Visto, do art. 179 da Conetituigio de 1934, 15, Ffeitos da declaracio de inconstitucionalidade roblema debatido é 0 dos efeitos da declaragi de inconstita- cionaidade, cuj deslinde depende da socio da grave controver- Sia sobre. natureas d ato incptitucianal: se inexstente, nul Ou Anuldvel. Buzaidacha que toda lei, advegsa& Constituigae, abslu- famente nua, rao simplesmente amdacel® Ruy Barbosa, clcado na 21. AConeao trainers nemplis de soma dependent 1 Xa proper lay ea no fr cra ori rd po ‘Goh at (garsafase so uc, dependent de dtd gael anal de ned pln sade pets dependent fr dae Cra pe. pint onto phases ain, PeG2 Ob ct, pth Ae prof expe mo die como posto pp: emp se ste ene nc cnlrade om 2 ga des eta asm meron Guo avers 3 Const, esltanent ou ‘tpermen et Nova dence ner ees {ode vane” Ap. 132.3 mesma doutrina ¢wafirmada, Contudo sp. 88, cone doutrinaejurisprudéncia norte-americanas, também dissera que oda media leisltiva ou executiva, que desrespeite precetos constitu ‘lonais de sua esséncia, ula” Francisco Campos sustenta que Um Sto ou uma lel inconsttucional éineistente™ ‘A nds nos parece que essa doutrina privatstica da invalidade dos ats juridicos nao pode ser teansposta para ocampo da inconst tucionalidade, pelo menos no sistema brasileiro, onde, come nota ‘Themistocles Brando Cavaleant a decarasao de inconstitucional a dor demas pacers politicos (art 98) OPader Exceutivo, exe {dopelos nists de Estado, tina com chee também mperador {eel 102)0 Poder Judie, independent es compost de jizes ‘jorados (art. 151). Nort 179, Consiusgotrana uma delarago At dirs individuase garantas que, no seus fndamenton, per tmancecu nas consitsiespostenores 10. Centraliz 180 monénguica [As provincas foram subordinadas ao poder central, através do ‘seu presente, escolhido e nomeado peo Imperador, « do hele de Politi, também escolhido e nomeado pelo imperador, com atrbu {62s no 0 policais como judiciais at 1870, de qual dependiam ér- Fes menores, com acd0 nas localidades,cidades,vlas, Lugarejes, Aistritos 0s" delegados de poica”, os "subdelegados de policia"s 0s “inspetores de quarteirdes!, of “carceroitos” das eadeia publicas€ o persoa subalterno da adminisragio policial ainda o poder cen- tral que nomeia 0 juiz de diet”, "uiz municipal’ "promotor publico” Eh também a "Guarda Nacional”, em que se transforma am as milicia locas, a qual,a partir de 1850, passou a see subordi- ‘ada to poder cena 12.€k Bejan Constant, Cw de pli cnt pp. 13 “tte poder [lembea Oliveira Vianna] no se limita a agir ata ‘és desses Sngios locals: opalentase com ateibuioes, que he dao ‘eos de influ sobre os prdprios dxgios da autonoma local. le pore anularas eles de vereadores munteipalsejulzes de paz. Ele pode reintegrarofunciondrio municipal demitdo pela Camara. Ele podesuspender mesma as resolagies las Assembldis provinelais™* 11. Mecaniemo politico do poder central Mas a chave de toda a organizast politica extavaettivamente ro Poder Moderador, concentrado na pessoa do Imperador. "Real mente, ciando o Poder Moderador enfeixado na pessoa real, 0 tadistas do antigo regime armam osoberano de acildades excepcio ts, Como Poder Mederador cle age bre o Poder Legislative pelo Aieitode dssolugto da CAmars, pelo direto de adiamentoe de con. Soragto, pelo disto de esclhe, na ota tpice, dos senadores. Ele Sta sobre Poder fico pe dro de suspender os magista- ‘dos Ele influ sobre o Poder Executivo pelo ditelto de escotherive- mente seus ministros de Estado e livremente denitlos. El if Scbre a atonomva das provinlas. como chef do Poder Bec ‘oq exerce por mei don sexs ministros, dnge, por sn Ver, todo Ssaniamo administrativo do pais" Aqui o Ret rena, ger Sse administra como disor Habora, a conto do sistema in sls onde viginevigeo principio de que Rei, as sore ‘Naaparso politica do governo cena dois rgtosconcoriam para elorcar a ago do poder soberana 9 Senado e 0 Conselho de Endo. Aquele, esencaimente cnservador funconava como fede eo contra os movimentos eras da Cama dos Dept [62.6 Conaelho de Estado era um deg consulivo, que inha enor Ses atribgesacanselhavao lnperador nas medidas amine tives politeas era o supremo inerprete da Constiuiao 12.0 liberais ideal federaista Os iberaslataram quasesessenta anos conta ese mecanismo centtlizador esulocador das utonomins regions Arealidade don poderes loci, sedimentada durante a colonia, tna permaneia ‘gurgitantsob oper da monargincenalzane Aide descent ltzadora como a republican, despontara desde ced na stra po Iiscoconsttucional do Imper. Os taderaist suger no Amago daConsttunte de 1823,« permanecems durante todo oImpo,pro- eran belgescomad-Pulaldas as “Cabanadas” Sabin URe"3 "Republica de Pati Tenfasemplantar por varias ves, A coupe ult do Bras meds pros costco {3423 183) echegene a razoavel doscentrlizago com oAtoAdieio- {al 154, covantade pls de interpetaco ce 180. Onepublice ‘sno irmpe som alnconlidencia Mineiae conn a revolugao per ‘amlocana de 1817 em 1825, eoparece na constitute, despontan ‘So outa vex emt 151, bra com a Republica de Paatin, ara re Suir com mas impeto en 170 e desenvalvense ae 1889 13, Vitria das forgas republicano-federalistas {Em 186, vncem as lors descenralizadors, agora organiza das, mais coerenes,e nao era fagmentagioe dfcrencasao de po {Ger como exstentes na cola, mas certamente como pojes0 60. Sela eaidads colonial que gerou, no imenso tritoio do pa foes efetvoseautenamos locas agor tami ainda 0s 9 ‘os fatores que apareceram ese firmaram na vida politica brasil ‘felersme conto principe consitacional de ettturagie do Eta 46, a deneroin, como veyine police que melhor assepura os dite tor humanoe undamentas ‘Tomba o império ob o impacto das novascondigdes materi, «que pomblitaram o dominio desi vlhar ins com Toupagens ova, eum dia por una bela manha, uma simples passat Mul tae" proces Repuin Federaine por um devo (0 dem 1 de 1510889 a.) LEASE REPUBLICANA 14. Organizacto do regime republican Assumindo o poder os republicanos, civise militares, cuidaram ‘A Carta de 1937 nao teve, porém, aplicacio regular, Muitos de seus dispositives permaneceram letra morta fouveditadura purae ‘imple, com todo o Poder Fxecutivo Legislative concentrado nas ‘ios do Presidente da Republic, que legislava por viade decretos- fs que ele proprio depots aplicava, como Grgao do Executiva Vintee uma emendas sofreu essa Constitsigso através de isons ttuconas, que a alteravamn ao sabor das ecesidades ecoaveniéneias slomomentoe, nig rao, te docapricho do chefe do governs. 19, Redemocratizasao do pais e a Consituigdo de 196 ‘Terminada aT! Guerra Mundial, de que o Brasil partcipou a0 Jado dos Aliados conta as ditadurasnazi-fascstas, logo comecaram ‘os movimentos no sentido da redemocratizagio do pais: Manifesto ‘dos Mineiros, entrevista de Jose Ameérco de Almelda tc. Havia,tam- bem, no mundo do pés-guerra extaomlinésiarecomposigio dos pin cipiosconshitucionais,com reformulagio de constifugges existentes 26.6 Ene en, ob 6 128028 fu promulgagio de outras (lila, Franca, Alemanha, lugoslévia, Polinia, tantas outras) queinluenclaram a rconstituionalizaya do Brasil (© Presidente da Republica tomou, ent, as providéncias neces sarias 4 reeomposig do quadro coneltucional brasileiro. Expedia s ei Constitucional 9, de 282.85, em que sd0 madiicados vnos at gos da Cat cro vig ain de propicir aque desert, me- late aelegiodireta do Presidente da Repablieae do paslamento. Nos considerandos dessa lei constitucional, no entanto,o dita {dor manifesta oentendimento de que o parlamento ser eleito teria fungio ordindri, no se cogitando de convocar Assembleia Const. tuinte. Aquele parlamentoordindrio¢ que se julgase cabivel Faria durante alegistatura as moditicacoes na Constituigao, Oat dessa lei constitucional é que determinou afxagso da data das eeigbes¢ estabeleceu os principios a serem observados no process eleitoral Aquestio evolu, com alguma incerta, para a elegbo de uma assembleia constitute. Convocara-se as elegoes para Presidente dda Repablica, Governadores de Estado, Parlamente © Assembeias Legslativas Estaduais,Foando-se-thes ¢ data de 2.1245. As forens ‘posts a citadura apresentaram, para Presidente, uma candidature militar Brigadeiro Eduardo Gomes, com a clara intengio de respal. ‘dar na Forga Aétea Brasileira o éxito do processoeeitoral Houve cw. Tori. As forgas situaconistas ndo ders por menos e apresentaram também um militar ex-Ministo da Guerra de Geto, General Erico Gaspar Dutra de ingavel prestigionas Forgas Armadas-Acampanina la oposigio‘oibrlhanteeentustistica, Apuradasaseleigoes, otande ‘ato viterioso foto General e nao o Brigade, o ual assur po- dlr recebendoa faixapresidencial do Min, Jost Linhares do Supeeto ‘Tribunal Federal, que vinha ocupando a Presidéncia, desde Aue, 28.10.45, os Minstos Miitares derrubaramn Geulio Vargas, desceni dos de que estaria ele tramardo Sua permantncia no pode, Instalou-seaAssembléiaConsttuintenodin2.246,Nelaestavam ‘epresentadas varias correntes de opinigo: direita,conservadora, cet ltordemocratico, progressistas,socinistas ecomunistas,predominar- do-a opiniso conservadora.” "Sentin-se, de inieio™ [unforma Jose 2.OMin Atma lei gu cnn dispute “ACs sel deta npn pt ae Items acempls da apudnnvecigaiod Cares ead recomend Fadia “rears que congegvs maces ures da prpegoue Nas {0% des const ram posite propre ot sens gorse mendes qu tea depo cttive anak pera bac fee opens spel SETI Uses comtcene npr et, pas PP Duarte} “qu a comentes de opinisoinham a preocupacio de assen- Clr com dee, sm are a oul, principe cadens do ime represerintivoestablece com proceso rumos prprioes anmonie independence dos poderesseduco das posabildades {chipertratin do Poder Exsctivo, a conservacs do eqs pot ‘odo ras pelo regime de seus representantes no Senadoe nama fava fhagia da politica muniipat,capar de dar ao Municipio 9 {fuelhe cn ndlspensiveesencal vida, autonoma;arevisto do ‘fdroesquemabcoda delrago de retongarantasindividuals: ‘Ttatado em contrnor bem dlinids, do campo ecntmico socal ‘Sade se trian de constr, em nome pot frga da evlugio e da jtstig o& mas leptimos postladosconsttctonas™ ss sentiaento ficou traduzido nas normas da Contigo da epi dos Estados Unies do Bras de 18996, que, 0 conta Ait outra, no or elaborada com base em um prjeto preordenado, {ese lrecesse 4 dhcussso da Assembla Constitute Servite fara sua formagio, dae Constitigdes de 1691 ¢ 1934. oltowse,as- Ens fones formats do passa, que nem sempre estveram con ime nN el 0 Gu conto wae er dag Cita Magna, que nasceu de costes para futuro and sada tonic os epones anteriores, que provaram ma. Tae ss0expligue ‘Tato de ter conseguido eliza plenamente Masih mes tno ni deixou de supra tea deredemoeratizacsn propian {0 condigdes para desenvolvimento do pais durante inte ans emqueoregeu Soba dye, sucederam ae crises plitcaseconflitosconstity- cionais de poder, que se avularam logo aposo primo eriodo foveramental, quando se legeu Geto Vargas com um programs “SG econdmito que inguctow as frgasconcervadora, que aca ‘uaram provocandoormigaverise que culminoucom oatiidiodo ‘hetedogovenno.Sobe oVice Presidente Cate Flo, que presi 3 “eiges para @ quinquénio sequins, sendo derbtada as mesmas forgo opostas a Geto, Nova cre: Adoece Cafe Filho, Assume © Preside da Cimara dos Deputados,Catos Lua, ue deposto por ‘seemovimento mila derado pelo General Teixeira Lot (11155), {que tmbem impede Café Filho Ge relornar 8 resdncia (2.1158) Resume o Presidente do Senado, Sen: Neteu Ramos, que entegs 9 Presidenca.a Juscelino Kubitschek de Olivet conta quaesporan relies golpsts, mas sem impede concise seu mandate Flogese Ji Quadros, para suceder a Juscelino. Sete meses depos reuncia. Reagao mle contra o Vice-President Joao Gow 2A. Conti bine de 946, 1/1 6 108, Jsando impedir sua posse na Presidéncia. Vases pressas, ‘uma emenda constituconalparlamentaita (&C'm e261, de rominads AtoA icons) retrandolve pondersveis posers como {ue nfo se conformara.Consegue um plebiscto que ae promuncia ‘Sintra parlamenfarimo © pois, pela vols 40 presidencilsmo, ‘aso por que oCongressaaprova anf, de 231.3, revogando 0 [Ato Alcona. ange Goulart tents equilbra se no poder acriian doa dieta os conservadorese aesquetda. Apesi de tude, aecon ‘bia nacional prosper ea inlagio mato mat Jango, despreparadoinstivelinsegur e demagogo, desoren tase Pere oest do poder Escora eno peleguismo, em qu un ‘damentara toda a sua crea politic. Perde-se. Sem pret aten- os tals sensator, que, ais, desprea, caino dia Pde abi de {Sei com Mouimente Mlitarinsaurade no da anterior 20, Regime dos Atos Institucionais Domina o poder wm Comando Militar Revolucionsrio, que efe- tua prisdespoliticas de todos quanto seguiram o Presidente depos to ou simplesmente com ele simpatizavam, ou com as ideas dees _querda, ot apenas proestavam contra o atortarismo implantado, Expedinse um Ato Institucional (9.464), mantendo a order consttucional vigorante, mas impondo virias cassacGes de manda- tose suspensbes de direitos politicos. Elege-se Presidente o Mare- chal Humberto de Alencar Castello Branco, para um periodo com- plementardetrés nos. Gavernou com base no ato institucional ree Fido e em atos complementares Nova tise culminou com 0 AI2, de 27,1065, ¢ outros atos com> ‘plementares, Vieram ainda or AL e4, Este regulando o provedimen- foaser obedecido pelo Congresso Nacional, para volar nova Const tho, eujo projeto 0 governo apresentou. A 241.67, fora ela outo gada,o que veto resumir as alleractes insttucionals operadas na Cnstituigio de 1946, que findava apes sofrer vinte e wine emendas regularmente aprovadas pelo Congresso Nacional com base em set 18 217,¢ 0 impacto de quatro atosinsitcionaise tine sete atos ‘omplementares, que tomnaram incompulsivel Direito Constitucc- pal positive entao vigente 21.A Constituigao de 1967 ¢ sua Emenda 1 Essa Constituio, promulgada em 21.67, enlrouem vigor em 15367, quando assumia a Prestlénciao Masechal Arthur da Caste 1 pvOLGAO aLETICo-CONSTETUCONAL 00 BRASH Siva Sofeuea paerosa infra da Carta Politica de 1997, cas Caractere biscas sesimlloy.Preoeupousefundamentalmente ‘oma seguranganaconal Des maispodetesa Ungoe ao Presidente diaRepablia Reformulou,cm ermosmals nfldo eigorosos ost ‘Ga Ibutso nacional es dzrimingio de endo apando 9 {Exnin do federalism cooperative, consatnte a paricpagao de lima entidadena recta de aut, com acentada centralzagio Ata ilzouo sstema orgmentilo, propciando atenica do oramento- ppogramaco: programas plusaruaisde investment. rsttuanoe- frase polite fatal tendocm vistaodesenvavimentoea combate Ninvagh, Redusiu a atonomin individ permitindo suspensto Aedinitosede garantins consttucionie noe se evela mais auto” fara doque ss anteriores, salvo ade 1957, Em gra menos ner Sencionsts do que a de 194, masjem reacBoaesta,avangou no que Tange’ liitegto do dirsto de propiedad, autortando sdesapro prusio mediante pagamento de indenizago por titlos da vida Public, para in de reforma agra, Dei mais elcazmente os Uietos dos traalhadores Darou pouco, porém. Ascrises nio cessaram. E velo o AIS, de 13.1268, que rompeu com a orem constituional, a0 qual se segu- ram maistuma devena muitos tos complementares e decrelos Ini, até que nsidiosa molestia impossbiltaga o Presidente Costae Silva de continuar governando. E declarado temporariamente im- pedido do exercicio da Presidéncia pelo AL12, de 31.8.6, que ati bul o exercicio do Poder Executive aos Ministros da Marinha de Guerta, do Exército e da Aerondutica Militar, que completaram 0 preparo de novo texto constitucional,afinal promulgado em Yr0.69, como EC. 1 Constituigi de 1967, para entrar em vigor em 301068 ‘Teéricae tcnicamente, no se trou de emenda, mas de nova) ‘io, As vezes,entram outros elementos, como os TeritriasFeerais ‘Co Distro Federale, no sistema brasileiro, i que destacar-se ainda ‘Ss Muniipios, agora também inclufdos na estrutura politicomadm= pistrativa da Federacio braieira (ats 1" 18) O cerne do conceito {de Estado federal esta na configuragao de dois tipos de entidades: a Unio eas coletividades regionaisauténomas (Estados federados)” Esto federal &0 todo, dotado de personalidade juridca de Di- ‘ito Public internacional A Unidoe sentidade federal formada pela feunigo das partes componentes, constituindo pessoa [uridica de Direito Publico interno, eutOnoma em relagz0 20s Estados ea que abe exercer as pretrogativas da soberania do Estado brasileiro. Os Estados membros ato entidades federativas componente, dotadas de fautonomia e também de personalidade juridica de Direito Piblico intemo. A posigho dos Manicipios, do Distrito Federale dos Terité- fos seré examinada depois. [No Estado federal ha que distingwiesoberani eautonomine seus _respecivostitulares. Houve muita dicssao sobre anaturezajuridi ‘a do Extado federal” mas, hoe, | esta definido que o Estado fede- fal, todo, come pessonreconhecida pelo Direito internacional, €0 finico titular da sabersnia, considerada poder supremo consistent ne ‘ieidade deautodeterminago Os Estades federados sao titlares to- ‘Bede autenomia,compreendida como gover préprio dentro do cic lode competincias ragadas pla ConsttugtoFaeral. ‘A atonomia federation assenta-se em dois elementos bisicos: (2) ia existencia de dros govemamenais priprcs, isto & que nao depen- ‘dam dos orgaosfederts quanto forma de slegaoe investidur;() int posse de competncisexlusoas, um minime, 20 menos, que no Sejrrdiculamente reduzido, Eves pressupostos da autonomiafede- fativa esto configarados na Constitugio (ars. 18242), ‘Arepartiho de competecias entre Unio e 0 Fstados-membros constitu o falco do Estado Federal, edéorigema uma estrutura est 7. tits dna to ol Ea ido Me eases em oa Serio mgs as So Tact oneal te pnp hime Ae "CE Oowalo Arana Bande de Melo, Nanri do Ed fdr, rac ema ep ont RNa arsenate eC etme pec Senco es Fons “re ea Bas talcomplens, que apreent, a um tempo, aspect nitro edert- ‘Yo Eumrig,enguanta possum ues terrioque, embore divide Went os Eotadoemeabros, ets submetido 3 poder da Unido no ‘rerio da competenci federal e unda ua. popula formando in unico cospoacionalenguartoreyida psa consti e legs {Holederais dent (assoativo) enquantacabe aos Estadoemem {foe patiiparnaformagio da venta dos dros fedras(speca- render Sena Federal que ve compe de presents des Fst ‘Tosa e da Contig, etambum pela paripagao ds Assen ‘das Legslativasestaduas no proceso de formagan das emendas Corstituconas art 6 Ie enquanto les € canferiga compete fans dsporsobre ns mats qu es wservaaConstitigo Federal, ‘om inctdancia nos espetivos etnies populagbs. Com so cons tiuemseno Estado federal das esferasgovemamentassobres mes tia populagio eo mesmo testes ada Unio ea de cade Estado- Inanbro. No Brasil sinds hs esleragovemamental dos Municipio. ‘Maso Estado federal € considera uma unidade nas lags i temacontis ‘Apresenta-se, pois, como im Estado ue embors parcendo sco ras eles intercon, constitu por Estados membros dead de Gntonomia, notadarsnte quanta a0 exerco de apacade woretica 0. Bre ates mses tuaCompetnca © O Estado feral bras std constitcionalmente concebida coma a unio indsslavel dos Estados: Munjipiose Distrito Federal art 1) Fotequvoco do can fitunte inci os Mancipios como componente ds lederago, Ms Incipio civisto politic do Fstado-embre. Eagoratemos uma fe ‘deragio de Munitipios¢ Estados, ov uma federaio de Estados? Fal thm Sutrosclementos paras crscterizago de ederagao de Muri pos. solugio é 0 Maniipio € um componente da federaci, mas Dio enidade federativa. © testo constitcional,contado, explicit “um principio fundamental do Estado federal oprinipoda dsc blade Ele integra 0 conceta de federagao, Nao precsava sero reso, mas alguns constituints lo sossegaram enquant 180 "i Fam o texto expresso, erandiando eafeando 0 aT sem nada Screscenan, te porgueo at 188 indica quas os componentes da federagao, que Sio aqueles mesos indicados no art. Estados, Munipioe® Distrito Federal Os limites darepatigio de poderes dependem danatueza edo spo snes de leer Nuhat destenalizago mae ae ‘ada, dando aoe Estador membros competencies mas ampla, 10.€4 Chas Durand, “I Estado eral en Deco ost a Gaston Tenge ut fem’ p19 . ‘como nos Fstados Unidos da América do Norte. Noutras, area de Competencia da Unito ¢ als dilatada, rstando reduzido campo de “Stungio as Estados, como a Bras no regime da Constitugtode 1967- 4969, que construe mero federaismo nominal. A Constitigio de {958 buscou resgataro principio federaista eestruturow um sistema de reparigdo de competincias que tenta relazer 0 equilrio das r- {abe ent o poder central e os poderes estaduais e municipais.As Federagoes de formagao ceneipetacostomam ser mats descental- zadas eas de formacao centfuga, menos. 4. Forma de Govemo: a Repiblica Conceito—O termo Repicrtem sido empregadono sentido de forma de govero contraposta & monarguia. No entant, no dispos- tivoem evame cle significa mas do que sso. Talvezfosse melhor até ‘Considerar Republics © Monarquia no simples formas de govemo, ‘as formas initicionais do Estado. Agu ele se refer, sir, a uma de- {erminadafomnade goerna, masé especialmente, designativo de uma Coletividade politica com caractersieas da es publica, no seu sen {do onginario de coisa publica ou sj coisa do poo e para 0 povo," {que oe opoe a toda forma de tirana, posto que, onde esto tirano, Ao So e vieiose a organizagzo, como também se pode afirmar que indo existeexpéciealguma de Republica” Fonna de govern, assim, éconceito que se refere & maneira como sedi institu do poder na sociedad e como sed arelagdo en Ine governantes e governados, Responde a questio de quem deve cxercero poder e como este se exec, “Arstteles concebeu ts formas bisicas de governo:aminarpi, governo de um s6;saristocraia, gover de mais de um, mas de pou. Eos capi, govero em qusa pave governanointeressedo Povo! Ct cera, De Rp, 1, §§ XXL eX Ede embaegue pi do ni pice su dee op pam Su opt, a pb). Leen Tpeteeauc' a, cm perso, na coneepse do Esto datos pr ae ee areas ple sues a oe Gp i dc ae dot 8 Tui EEE Sita ibe lg strs menonam eta atin como de mc pare ns alone ama deepen gue €2 fr at Tope anaes mim darters dno ns is Ades ere apm acs pontne dota irl dopo Pot ou oor mas {Ep oropaners ung staguen«menporave eri are ‘Arles sr os de fovro de mir ly ene se, ae fr BeneSTiats psec aod por Maret Pr» 8 08 PRINS CONSTITUCINAS 00 STABO BRASILERO 16 Essas tds formas, advert Arstteles, podem degenerarse:a monar _qui,em Hirani aistocracia, em oliarquia a republic, em demaca Essa exgencascontinuam ast pos {ulados bascos do Estado de Dirt, queconfigura uma grande con {usta da ciiagdo liberal ‘Aconcepcio liberal do Estado de Dist servira de apoio a0s divites do Ramen, convertendo os sdios em idan lives, con. Sante nota Verdas*a gual, contado se torarainsufcente, pelo que ‘expresso Estado de Bini elute, enesquecendo-se com cones Sonovo Houve,pontm concepgaes deformadoras da concito de Estado de Dito, pos ¢ persptvel que seu significado depende da pro- praia ue se tem da Dirt, Por sa, cabeeaz30 a Carl Sct Rando assnala ques exprestio “Estado de Dieta” pode er ants Sinindos dite ome a propia pla “Dav «desma iahtas organizayies quarto sa gue ae aplica a polars “Estado ‘Asim, atescenta eles hi umn Estado de Deis feudal, outro esta trent outro burgus outro nacional utr socal lem de otros ‘Gores como Breit natural, com 0 Direito racial e come Dir feito hstrico™ Disso deriva a ambgdade da expresso Estado de Dirt, sem mais qulificativo que Ihe sndique conteudo material Em al casoa tendéncia €adolaese a concep formal do Estado de Dinos manera de Forsholt© ou de um Ete dust, tomadaa justice comoum conceit absolut, abstato, idealist, espirtuaist, fe fundo, encanta sun mates no cneetahegeliano de Fade Tite quetundamentow a concepeo do Estado fasta "oalrioe ‘ital em guecs Seto Hberdades humanas lam praticamerte Snuladose totalmente submetidos a0 ato de um poder politico Gnipotenteeincontrolado, no qual toda partsipaio popular ste. ‘hatcamente negada em beneficio da minora [na Vrdade, da ele {Gu contra © poder police econdmica”” Digase, desde logo, BEE Lace pret Et de Dp SE Chest orsol, Sinton oor, p. 60nd espondendo Sdonesenide raat sHinaaPaseCseAEe tero indo schese sp Roles anton vedae duet que ¢ ns, {que 0 Estado de justia, na formulagio indicada, nada tema vercom Estado submetido a0 Poder udiciano, que um elemento importa tedo Estado de Direit, Estado submetido ao juiz¢ Estado cos atos legisatives, executives, administrativos também judiciis fam sijeits a0 controle jurisdicional no que ange &legitimidade consti- fucionale log: também uma abstragsoconfundir Estado de Dite\- tocom uma visto jusnaturalsta do Estado Por outro lado, se se concebeo Dieito apenas como um conju to denormasestabeleidas pelo Legislativ, 6 Estadg de Dito pas- Sa ser Estado de Legalidade, ou Estado lgisatvo,*o que constitu {uma redugdo deformante Seo principio da lealidade é um elemen- to importante do canceito de Estado de Direto,ncle nao se realiza ‘completamente ‘Aconcepeta juridica de Kelsen também contribu para defor- ‘mar o concetta de Estado de Direito, Part ele Estado e Dieto #30 ‘onceitosidnticos. Na medida em que eleconfunde Fstado e order juridica, todo Estado, para ele ha de ser Estado de Dirt” Por isso, ‘ota significativo desprezo a esse conceit. Coma, na sua concepsio, 55.€ Dito 0 dteto postivo, como norma pur, desvinculada de ‘ualquerconteido,chega-se sem diiculdade, aura iia formalista SoEstado de Dieitoou Estado Formal de Direita, que serve também 2 interessesditatoriais, como vimos. Poi, se o Dirito acaba se con- fundindo com mero enunciado formal dae, destituldo de qualquer conteddo, sem compromisso com a ealidade poliia, social ecané. ‘ica, ideologica enfim(o que no fundo, esconde uma ideologiarea- ‘onda, todo Estado acaba sendo Estado de Direito, ainda que sla ML CaS ot hp “Por Bando Legis aun ‘Spe suptonay docs ses volinad Comin eri pam uea ‘eight de toma qc ease nn so ances nana, “Des eu on ecg Bao Bak Shafter tee Bat Se dt epee pou Et orem fuse eas sens emano tere erga Bnet ecpndant oop Sen Ginn cen undme frst, Ses claboration dum cet dat qc plat atte gourmet es aera tes coyere} vost ceraie roe eer parr inset eopctace™ Sect cs ue despre us pms Ine dee pede abe ue ree ater i, [ise Spina 2 Ana tiga eeu saga Dey Doe Tomine eas uc enone ee ditatoral ssa doutrina converte o Estado de Ditito em mero Esta- ‘do Legal” Em verdade, destroi qualquer idéia de Fstado de Dieito. 15. Estado Social de Direito tea neienrertnneascaasscrmemescota ae Tee erro peat os ieee ast eens Fe ee ee soa none See rt ine ert Cee eee eas ess db cbse nde anton arr vr tare oe Ce earn aegis ans aca nae Sees acca enmae canes anes Se a etre en, Sateen ae ee ee te ee eminem asnjortoc® ‘rege sangeet aaa en ae nnd ictal anne poeta heeerterpet eter 40 Soleo ne Eade de Dio «Ed Leg Cate ie er aie Beet pe Souarp mee Sept a Almank tm ad eden, rar cs toe Sts Ean ayn a ey ie Bee "eh. mt att Si ait fom 88 do Diet, podem acolher uma concepgio do Estado Social de Dize- tovmenoreologia marssta quensconfunde osecalcom soca lata -Alemanhe nist, ia fscsta a Espanha renquit, Po toga salasarit, a Inglaterra de Churchill e Atle,» Frana, com a Guarta Republica, eapeciaimente eo Dral, desde a Revolugio de $0 bem observa Paulo Bonavides — foram "Estados sons” © ‘que evidencia conclu “que o Estado social ecompadece com rep ‘hes politico antaganicos, como seem a demacracia, 0 fascsmo eo tacanalsocilsma” Em segunde lugar olmportanie nog oro, ‘allicando o Estado, em har de quaint o Diceto: Tver até Por isso se poss dar tanh a orsthot! quando exprime asia de [uc Estado te Divito Esto Social nko poder fundince no plano Sonsituciona® © proprio Eas Diaz, que sconce a imsportina fistorica do Estado Socal de Dreito, alo deta de lembrat super ta quanto a "saber see alé que pont 0 eveapitalim do Fsindo Soda de Direito nao estaria em reatdadeencebrindo wa forma tll mals mahzada e sul de dtadura do grande capil, to, digo que no undo poderiaSenominarse, ese rem denominado ieolazismo’ Ee nao descarta essa possblidade, admiindo que Torgrande capital enconrou fel entrade nas Novas estruras dlemboberalschegondo ess aconsitur-e como psa chaveecen- {ral do Wefre Stat ind qo nsttucionalzado no charade Est {do Social deDirto, permansce sempre sob este representa por ‘Ses pos ols cic as aca vito isa lndenda properste do captalsmo ao controle economico ‘Tonopaistae ullzaao de més polices de carserttaiario tditatoral visando.sevtr sobretad, qualquer eventualigade rea. mente soca” Por tudo iso a expresio Estado Sac de Dieta mantet-se carregada de stapes sda que se torne tas precisa quando ihe aljunta' pallves danni como fzeram as Conatitgbes da Republica Federal da Alemanha © da Monarquia Espanola pata ‘hamslo Estado Soci Democto de Dito Mas ak mantendo © ‘qualieatvosaclgado Eva engasti-se aque tendenca neces Pitlistae 3 peticago do Were State, come conteddo mencona: [So acim, dliitadora de qualquer paso frente no sentido soc ist Tales para caracteriae um Estado no socialists preocupado, ‘ro entanto, com a realizago dos drites fandamentas de crater Social ose melhor mane a expresio Fado de Dire, ete 3. poet ttt 98 SELEE Bhagenr = uma conotagio democratizante, mas, para retirar dele o sentido libe- ‘al burgués indvidvalista, qualifier a palavra Direito com o social, fom o que se definira wma concepedo juridica mais progresista © bert, enti, em hagarde Estado Social de Dito, ditamos Estado Ue Dito Soca. Assim diiamos nas edighes anteriores deste LvTo, ‘com base na Constituigao de 1969. Mas, mio satisfeitos,acrescenta- mos: por que nso avangar um pouco mais echegara um conceito de [stad de Divito Econimco™. 16,0 Estado Democritico As consideracdes supra mostam que o Fstado de Dito, quer como Estado Liberal de Dito quer como Estado Socal de Dito, fhm sempre caracterza Estado Democrtica Este se fand no rine pod coberann popula que"mpoe paricspagio ceva coperant Eo povona coisa publice, particspagao que nos exaure como ver ‘mos, na simples tormagia das nsttgesrepresenaivas,quecons- Toc um ttapio da evolugio do Estado Democratic, mas no o soompi desenvolvimento rae pica Gemocatico como garantin eral dos direitos fundamentats Sou humana, Nese sentido, na verdad, contrpoe-se a0 Estade Lt ber, pois como lembra Paula Bonavides, “aides essencil do libe- Talis nie» presenga do elemento popular naformagio da Vor inde estat nem ampouco a teora gualtra deg todos ten di fet gual essa pareipasio ou que alberdade ¢formalmente ese diet" (O Estado de Dirito, como lembramos acim uma cago do Iiberaismo. Por iss, nadoutina classic, repousanaconcepgao do Dieito natura imutiel ences, dat decorre que afr, que talza ‘prinipioda eglidad,essencia da conceito de Estado de Dito, ‘EConcsbida como norma jurdica geal eabtrata. A genera da teiconsttia ler do Extado de Drei Nela se asentaria sto Conforme a ezio, Dees dela dfiiria a igualdade “Sendo rege feral sli regra para todos" O postlado da generalidade das Fetal esssctade por Car! Schmit sb a Constituqae de Weimar, pos tersdo abandonado sob a infludncia de Laban, surgindo, em stu lugar a ivisto das lei em formals e materia Esanrestra- ‘ho tem sentido ideoldgico preciso, pols que, como lembra Prana 52 Ci Manoel Goneaves Ferrets Filho, Estado de Dit Cosine, p21 [3.GL tre Neumann as dooce Eto moti pe 8. [Neumann a teoria de que o Estado #6 pode governar por meio de Tess gerais se aplica a wih sistema econémico de livre concoréncia,* ‘eorenascimento, sob a Constituicao de Weimar, da nogdoda gene falidade das lls ¢ sua aplicago indiscriminada 8s liberdades pes- ‘Soa, politicas e econdmieas, oi assim usado como um dispositive [para rstringiro poder do Parlamento queja nao mais representava ‘Sxdusivamente os interesses dos grandes latifundisrios, dos capita- Tstas, do exerito e da burocraca: Ent2o,odireto eral, dentro da tesla econdemica, era usad para conservaro sistema de propried ‘de existentee para protegé-lo contra intervene sempre que esta Foose julgada incompatvel com os interesses dos grupos menciona- doe aciena Tnvocase, om regina a dostrna da vontade eral de Rows segu para furdamentaraafrmativa de que aigualiade 39 pode set “Slingldn por melo de noumas gris; eaquece-se que ele deca © Lieto gurl com roleréncn a uma sociedade em que s haveria p= Gquenacpropriedades ou propriedades coms" Nao ¢, pos, ura ‘hento valida para postlado da generalidade que embasa vera Iisme copia, De fte, propredade particelar, que ¢sagrada © inviolivel de acordo com Roustens 26¢ propridade ate onde per traneoe come um dreto individual edisctiminado. "Se forconsie- Tada comum a todos os chads, cara sueta volo getae jer ser ningidaounegadaAssima soberanonso temo dceto Eetshena prope den de dvearcaadon emo poss Iegitmamente tomar propridade de todos” ‘Conclui-se dai que aigualdade do Estado de Direto,naconcep- Gao clissca, se funds sun slementoporamente formal e astral, Seal seja a generalidade das lis No fem base material que se eal- Sena vida Concret. A tentative de conigir eso, como vis, fa onstruio do Estado Soil de Diet, qu, no entanto, nao fic parde ssegurarayustiga social nem aautentcn participa demo Eiatica do pove no process politico Aonde a concepato mals te- tentedo Faas Demonstco de Dizi como Estado de letimida- {just ou Estado de justiga mater) fundante de uma sciedade ‘Temocracn, qual gaa queinstasreum procsso de eftivai taglodetodoe pove nos inecanismos do cote des dees ede Sua {eu prt tonosendimentos da prog Rtapa 3 bem 2 cand a 27, Ee, SE GP Paba tcc rd cu edo rt, 1/230 23, Gh tes Dan shes pp. et os fNcFIO8 CONERIUCONAIS BO FSTADO RASIEIRO 19 17, Caracterizagdo do Estado Democritico de Divito [Aconfiguragio do Esta Democtico de Diretondo significa ape as unieformalmente os conceitos de Estado Democritico ¢ Fstado {de Direito. Consist, na verdade, na crag de um conceito nove, {que leva em conta 0s concetos des elementos componentes, mas os Jiipera na medida em que incorpora um comporenterevolucionério {ettansformagio do sltus qu. El seentremostr a extrema impor tincia doar. 1’ da Constituiio de 1988, quando afirma que a Rep blica Federaiva do Brasil se constitute Estado Democrtica de Dit fo mio como mera promessa de organizar tl Estado, pois a Const- {nigio ajo ests proclamando e fundando. te ‘AConstituigto portuguesa instars o Estado de Direto Democré tice, como "democratico” qualificando o Direito eno Estado. Essa {una dferenga formal entre ambas as conslituiges.Anossa empre- fg23 expressio mais adequada, cunhada pela doutrna, em que © emocrdico” qualia 0 Estado, o que irradia os valores da demo- craca sobre todos os elementos consttutvos de Estado e pais, tam- ‘bum sabre a ordem juridiea. O Dirito, enti, imantado por esses ‘alors, se ensiquece do sentir popular e tera que ajustar-e a inte= resse coletivo, Contudo, 0 texto da Consituigio portuguesa dé a0 Estado de Diteito Democratico 0 conted bésice que a doutrin re onheve ao Estado Democrstico de Dreite, quando afirma que ele é “paseado na soberania popslas, no pluralism de expressio eorg3- rizagio politica democrtieas, no respeito ena parantia de efetivagao dos diceltos lberdades fundamentals, que tom por obyectivo area lizagio da democracia econdmica, sociale cultural e o aprofunda mento da democracia partcipativa” (art. 2, redagao da 2 revisio, 1589), [A democracia que o Estado Demacritico de Dieit realiza hi ‘de ser um processo de convivencia social numa sociedade live, justa fe solidara (art. 1, em que o poder emana do pove, e deve ser fxercido em proveito do povo, ditelamente ou por representantes tleitos (arte parsgrafo unico) partcipaiva, porgue envolve a par ticipacao crescente do pov no process decisério ena formagio dos atos de govern pluralist, porque respelta a pluralidade de dias, Cultura e etnias pressupoe assim o dialogo entre opinides e pen Samentos divergentes ea possblidade de convivéncia de formas de longanizagio e interesses diferentes da sociedade; hd de ser um pro- eI 31, 83548, XV, § 25195, 204 cesso de iberagdo da pessoa humana das formas de opressdo que ‘nie depende apenas do reconhecimento formal de certosdizetes n> Aividuais, politics socials, mas especialmente da vigéncia decon- ‘digbes econdmicas suscetivels de favorecer o seu pleno exerci, um do de Estado que tende a realizar a sintese do processo a paricipativa. E o que, desde o pardgrato nico do art. jest configurado, quando, ai, se diz que odo o poder emana do pov, geo ‘xerce por mca de representantes leo (democraci epresentativ) Aictamente(demozracia participativa). Consagramse, nesse dispo- ‘ative, os principio: fundamentas da ordem democritiea dota ‘Outos precetes, que veremos, oferecem os desdbramentos para seu funcionamenta uma temética que merece refloxio critica. Pois, se toda demo- ‘racia importa na pariipagto do poro no process do poder, nem toda ddemocracia¢purtitiatiny, no sentido contemporineo da expressio, [A democracia reprsentative pressupoe um conjunto de institu bes que dseiplnanta participa popular no prvesso police, que ‘vem a formar os direitos politicos que qualificam a cidadania, tas como a eleigSes, sistema clitoral os partidos politicos et, como ‘constam dos arts. 14a 17 da Constitugio, que merecerio considera ‘ho especial, mais adiant, quando formes tatar dos direitos palit [Nademocracia representativaa paricipacio popular ind peridica e formal, por via das inettuicoes eeitorais que Vsam & Aiscipinar a tenicas de escolha dos representantes do puto. A order ‘democratic, contudo, nae € apenas ura questio de eleigGes perio dicas, em que, por meio do voto, sio exolhidas as autondadtes go- Vvemamentss: Por umlado cla consubstancia um procedimento ti co par a designacio de pessous para 0 exerci de fungées gover ‘ahentais Por outro elope sigaficaexpresarpeferéncia ene a= temativa, realizar at formal de dacs polics, Realment nas diemocracias de partido e sufrgi universal as elighestendem a siapaaa pra fun dest para asforarem na instrumento, pelo qualo povosderea ina police goveramentale confers seu conseniment,e,porconsequénen,lgitimidade, 3 a0- toridades govemamentas, Ela & assim 0 modo pelo qual © povo, sus demosacs representatives participa na foctagio da vontode Ao govero eno proceso politico” 10,0 mandato politico representative Acleigho gera, em lavor doleito, omandato pico rpresontat- ‘que constitu clement bisico da democracia representativa, [Nele se consubstanciam os prinipos da representagio eda auton «dae legitima. O primeito significa que o poder que reside no povo, & ‘xercido, em seu nome, por seus representantes periodicamente ele fos, pois uma das caracteristicas do mandato € see temporario" O Segundo consiste em que omandato realizaaténica constituclonal ‘Por meio da qual 0 Estado, que careve de vontade real e propris, quire condigdes de manifestar-se edeciie porque é pelo mandato {que se conatituem os dxgios governamentas, dotandovos de titula- Se, pois, de vontade humana, mediante os quais a vontade do Es {ado formulada, expressada erealizada, ou, por outras palavras, 0 poder se impde (© mandato se dixplitice epresentativo porque constitu uma si tuagiojurdico-poities combase na qua alguem, designado por Via ‘leitoral,desempenha uma fungao politica na democracia represen tativa, E denominada mandato rprsentativo para distingultse do ‘mandato de dito prvado e do mauatoimperatice. © primeiro € um Contrato pelo qual o outorgante confere ao outorgado poderes para $1.CL Ns Dade, “eons, teas electra n Mason y dom mie Encode te con enter {Enc omen erin xen de as ep sda Consiga Asin, npn Safer presenter conta dopige prota dice nat Seva ganda eas 3 fone pein, ery [low ¢ demos como um dex rincpis constitaconais A temporanicdade do Imandio ¢expcamerte heads lo juate ane pare Deputndos.Govertadares etGovernaln bt ee reset re 7.242%, 32 See 2 4 par {sioamce oto ans fra Simcoe tty 81) em gut aos pra Fe ‘Eevee Vee Predete de hepatica rt 3) represent em agum negéciojuriio,pratiando ats em se home, nos termos do respective instrumento (procuracae);nele 0 ‘mandataio fica vinculado ao mandante, tendo que prestar contas a ‘te, e sera responsivel pelos excessos que cometer no seu exerci, podendo ser tevogade quando o mandante asim o desej.O man Sato imperative vigorou antes da Revolugao Francesa, de acordo com ‘ qual seu titular fcava vinculado a seus elttores,cujasinstragBes teria que seguir nas assembleias parlamentares, seal surgisse fo ‘novo, para o qual nio dispusesse de instruc, ficaria obrigado a ‘obté-iadoscleitoes, antes de agi estes podcriam casar-thea repre Sentagio. Ato principio da revogabilidade do mandalo imperativo. ‘Omanato representation écriagso do Fstado liberal burs, sin dda como um dos meios de manter distintos Estado ¢ vocedade, ‘mais uma forma de tomar abstrataarelacio povo-governo, Segun- doa teoria da representacao politica, que se cencreiza no manda, ‘orepresentantenao ica vinculado aos Yepresentados, por nose ra- tarde uma relacdo contratualé geval, ve, irewogvcem prinespi,e nko comporta ratficagso dos atos do mandatirio, Diz-segera, por {que oelito por uma cicunscrigao ou mesmo por um distito ato é reprecentantes6 dela ou del, mas de toda as pessais que habitam 0 10 nacional. F live, porgue o fepresentante nao ests vincul- cus eleitores, de quem nao recebe instrgh agua, es r= ‘uber nio tem obrigacio uridica de atender ea quem, por tudo isso, ‘io tem que pretar conta, jridicamentefalando, aca que polit: amente 0 fafa, tendo em vista interesse na rele. Afrmase, 3 propésito, que exericio do mandato decorrede poderes que Cons tituigo confere a0 epresentante, que Ihe garantem a autonomia da Vontade,sujettando-se apenas aos ditames desua conscigncia. ive ‘opie, porque oeleito temo dieito de manter omandato durante o tempo previsto para sua duragio (nots 42), salvo perda nas hipé- teses indicndas na propria Constituigso (ars 55 36) Em alguns paises ¢possvel a revogagto do mandate por certo mimero de votes Los cleitores, 0 caso de reall nos EUA era oda revocagao.na ant- fg Unido Sovitica, Os constituntesrecusaram inclut a destituigdo tie mandatosem certos casos, conforme varias propostis apresenta- fas Ficames, pois, com o principie do mandatoirrevoRavel. muito de ficgdo, como se vé,nomandato representative. Pode- se dizer que nao ha representagao, de tal sorte que a designagao de ‘mandatatio nio passa de simples técnica de formacio dos orgaos fovernamentais. E s6 a iso se reduira o principio da partcipacao popular 0 prineipio do governo pelo povo'na democracia represen” {ativa. E em verdade, nto serd um govemo deexpressio da Vontade popular desde que os atos de govern se eaizamcom base na venta de autinoma do representante, Nesees terms, a democraia repre Sntativa scabs fundandse numa iia de igualdade abstatape- fantea I numa considerago de Bomogeneae,e assena-se no prncpio individvalista que considera patcipagio, no prosesso £0 poder, doeletor individual no momento da otarae, © ual “rio Spe de mais ntdnca sre a vida politica de seu pas do que a Shomentines de que gota no dia de ekeio, por certo reativizada 5 dissiplina ou automatism pattidstia pela press dos melos Eaformagao e da desinormagto da propaganda; qu, wna vez frodurida a eleiio, or inverts pelarepresentaga0 lca desligay Eos seus eletres, pois no oe fepresentem a les em particular, inas a todo 0 povo, A agho infers! © A represntagso € montada ibe eimito du identidadeenite povoerepresentant popula” que tende "a fundaracrenga de que, quando ete decide como se dec Aitseaquee que o segunda resolve primero que sua decisa06 SMissto do povo ue. em tl suposiho, 0 pov se autogoverna, Semaue aja desdcbramentoatividade, relagaointersubjeta ent dots enesdistnts; 0 povo, destinasrio das decodes, e9 npresen fone auton storage, Que decide pars o pov” Contudo, a evolugso do procsso politico vem iacorporando outros eementosa demneraci representtiva que promovem uma flag mais este entre os mandataroee 0 pve, expecalmente (+ instrumentor de coondenagio ¢ expressio da vontade popula partidos pollcos, sindiato,associages polities, comunidades de Ente imprensa lie detalsorte ques opiise puiblica-~expressio da Cuadara~ acaba exercendo um papel ult mportante no sentido de que os elitos reste mas atengd 8s reivindiagdes do Pove, tnotmente as de suas bases eleitorsis-O sistema de patios poll Scsepecialmentende a dar feigo imperativa so mandat polit Cora nedideem ques representantes partis extejam compro Inetidos comm o cumprimento de programa ediretnizes de sua agte- Inco. £ claro que es naturezs de mandto imperative mm fa {Shoda orientacde do partido, se omard cada ver mais uma vincla- ‘ioao povo, na proporcdo em que os patos se fam mais deme Suc, com seus eeglos dependentes de mais ampla vontade de Stu ladon Ent, aquest se presents com duas faces tm fla Soto: partidos demassae de estrutura interna democratic, omar IMopu idee fps, assim devers er chamadoo mandatorepresen- tative que se faa por melo de patio polio) realizar sma ten dncia de mandate imperative de carder popular e democtatico, 48. Laie Cale See, Domo renin, part een especialmente se a infidelidae partir causara pena do mands: {orem relagso, porém, aos partidos de quado,a0 contro relizars tina fungio de mandato lmpeativ de carscrsigarquco, 0 que, tm certo sentido, ainda acontece entre ns, com alguna propenots Soprimeir tipo, que nfo se eletiva dada ainerferencaconctante {olpoder na estratura pari. O tipo de sistema letra também exerce influgncia na repre sentatvidade especialmente se tivermos em conta que forma comn 0 sistema de patidos politicos des mecanismes de expresio davon. tade popular na escola dos govemantes, O sistema de present ‘io proporcional especialmente, consoante vemos favoree a me ihore mats quitativa epresentatiidade do povo visto com, por tle, epresentacto, em seterminada ceunetigh, se dst ern Droporgho as coments ideolapicss owe interac stegraae oe Prides politicos 11, Democracia participativa Oquese quis acentua com as consideragies supra éque osiste: sma de partidos como stig universal ea tpresenagio propor: ral. dd 3 democraca epresntativa um senfdo mais conret, 0 ‘al desponta com mai ites aide partly no tanto a individualist eeolada do elior no 6 momento da clegto, mas a ‘oletvaorganizada Mas serdainda participa represent’, que Sssenta no principio eleltoral Ora, qualquer Yona de participa gue dependa de elegio nao relia.a demacraci particpativa no Sentido atual dessa expreste. A eegao cosubtanes o principio "epresenlaivo, segundo o qua let pratiaatonem nome do pore, © principio participation caractria-se ela participa dceta © pessoal da cldadania ha fora dor ator de govern ‘As prmeiras manfestacSes da democraciaparticipaiva consis tam nos institutes de denocraca semaine comune net Bese prticpaoetcom insted partpao ine, —a inition popular pela qual se admite que o povo apresente projetos dele ao leglslaive, desde que subscrtos por namero razoue Velde cleitores, colhida no art. 14 ile regulade no att 61, § 20 projet precisa Ser subscrito porno minimo, um por cento do eleto- Fado nacional (cerca de 800.000 eletors) distribuidos pelo mens temecinco Estados, om ado menos de tres deimos por cento dos ele. tores de cada um dees; estatu-se tambem que les dispors sobre & Iniiativa popular no processo legislative estadual, enguanto que, fm rlacio aos Municipio, se dispés que a sua le organic adota. 1. inkcativa popular de leis de interesseespecitico do Municipio, Un ctade ou Be balers, através de maniettagi de pelo menos, Sincopor cent do letorado; pena nao tersido acolida ainialiva popularem matéra constitucknal —o refered popular que se caraterita no fao de que pojetos de ei aprovados pelo leptative devam ser submetios A Yontae popular stendidascetasexgencay, tas como pedo de certo i= Thode elotores, de certo numero de pariamentares ou do proprio ‘het d executivo de sone que oprojetas ters por aprovado ape {mse eceber votagiofvoravel eo compo elo do contri, te Dularset eeltady sts previto no mermo rt 141 send dacon patenca exclsiva do Congreso Nacional autora (art 49, XV), fhus Constituiio no eaabelece ae condiges de seu exercicos fies lvreo Congresca Nacional de autoia-lo tamibem em materi Constituciona le pod mesma expedir uma le efnindo criterion requistos para seu excrete ~o pleco 6 também uma consulta popstar, semelhante 30 referndos ifere deste no ato de que visa decldirpreviamente ma {huestto pola ou institucional, antes de sua formulag legate STraopatso que otelerendo versa sobre aprovagin de textos de pro- ModE le ou de emenda constitucional, aprovados 0 referendo Thien (confirma) ou ella 0 projte sprovadoroplebacito suitor Za fornelag de medida requeidsalguma ver lase em fe {de consult no sentido de plebisclo, o que nd €coreto"O plebis tiocata prevsto no an], podendo sr utizado pelo Congreso Nivlonal nos casos que est dscdir see convenient mae também indicado em casos expectficos, para a formagio de novos Estados ¢ denovos Muniipios (art 18, 9534)" — cio pop, é existent no conaitucionalismo brasileiro, desde o Impéio, maria no srt 3%, UX, da Constitugso, qual dedicaremos maior expaco mats adiante "AConatitsisoadotou otra formas de democracapaticipati- va, comoasconsagradas nos arts, 10,11 31,837 57,83 14,2198, Vii 206, VL 2168 15. Tipo nese rcs previo nat 52d Cone tuk Eapdnla tbe “decom police Se epee ance roa wea ead port hina on pet area dn. “pts pst cdo en 2.4109 pol ul era eins made Ete [npc ne omg oateoned) eo site fevers prdenneme ee pramentar} Nees qu espa meso [Eccl aneeonadesoreu less van map ape wwe See 1 Spvade sehen pee senblen Neca! Coston, ne ving a 12, Democracia pluralista © Fstado Democritic de Direto,em ques constituia Republi caFederativado Bras, assegura on valores Ge wma socitad parila {@reimbulo)e fundamentare no pluralism plc (ar 1}. "AConstituiso opts, pois, pela sical pluaita que respita.a pessoa humana sua Uberdade em ugar de uma secede omisie Ee mil o serene engendra as ortogoniss opresivas” O plura- Tmo una waldade, pois socidade se compoe de uma plural dade de categorie soci de classes, grupos socials, econbmlcos, Etuatse ldolopicon Optar por uma sostelade pls igen Scolher ina socedade conltiva, de interesse contradit6riosean- indices © problema do pluralism ests precisamente em cons teuiro equities entre ae tenses amltps e por vezes conrad tins, eandonlaresociabilidade eo pariculatomo, em admiistar Ds antaponismose evita divisdesiredutvei. Ale nsere 0 Papel do poder politico “salisfazer pela edigi de medidas adequadas © plualsms sow, contendo se esto disalvents pela unidade de Fndamente da ondem juris” ‘Ocatter pluralist da sociedad se trad, no consitucionalis mo ocidenta, ome nota Andre Hari, “pelprliomo das pies {nites cidadaon bedded reunso onde a opines no oFtodo- is podem set publiamentesustntadas samente, em prierpi,& prssagern ts aes contrrias a ordem publica sao vedadas) ate Tate dees eo pluralsma dos paras pols o plurasmo das Candidaturaso plralistna dos goposparameniaes com assento fos Bancos dag Assembleas"* Dai flare em pluralisme soda, pluralismo peliico (art 1), puraismo partie at. 17), paraiso ‘condmico live uciatvs evzeconcorencia, ar 170), pluralism deideias de istituigbes de ensin art 26, I, plait calturl Gue seinfere dos arte 215e 21¢ pluralisme de mio de informagio {re 20 caput § 5. Eni, Constitiga consaga, como um de ‘Sous principio fundamentas o principio pluralist, o que vale dizer ‘cennharse para a consrugio de uma demoeriia plaia Eimprecindivel,contudo, nota que ua sociedade pluraista condur polar confortne rssalta Burdens com as segues P= Inveas“Toliicameste a relidage do pharsismo de ato condur 4 47 Nese seo Gaoge Bue, Ti esis pli, IN. 1 cre Came Cami Oreo suger omens a sma de democraciapatcpativa, noqualencontramos tcp por ‘i representation (ediante representantes eleitonataves de pa dos poltcos, arts 1, patdgrfo nico, Me 17; asocagies, aft Sox indicator, atl liga de empregais junto ao empre: favre art} eparticipcie or ia dite do cdadioexecco deo fo poder art. pargrafo unico initia popular referendoe ple bebo, ndicados prtipagto de tabalhadors « empregadores ‘admanistrago, ar 10, que, na verdade, va caraterizarse como uma forma de partcipasio por eprevntagao, equ certarente a Serelet algum tabalhador ou erpregador para represenar 3 ee pestis categoria, se asim & nao sda participa deta mas Por via representa prtipagdo na sdmiristragao da justice pola clo popular partiiparao da fsalizago financera municipal at 51507 parcipagio da comunidade na segursdade socal, rt. 94, Vikspartepagio na administagso do ein art. 206, VI} ‘esse modelo, x Consiga incorporsprincpios da justia soxial edo pluralism. Assim 0 modelo go de sma dmseacia soo, artisan pluraita, Nao, pore, ma democracia soca pisemodelsconmioadoado eundumentalnete opin. ‘preciso, porém, esclarecer que democraca pluralist no incom: patel com sociliomo, Reconhecese que “se possacltvamente {nstarar um sistema scialistem que sjem mantidasascaractess tase nademocraca pluralist ale dy um socalismocprante ‘hua sociedade onde continue a existe mais formagoes sci, habits sexprimirosseussnferesses ideaise materia, «Buscar inser ls, atraves dos canais democrticos,navigepoliicae naga dos poderespablicos"™ pee Sobre ems Manel Kamins oh tp. Eres opie cores no apo da equa medietsne" cons te aot Caro Lavina Cotas sali, pao. enn Fi Pree ‘Steberach plurals’ um oping so moan np lew rarmede resect ‘anea liao 4 automo da pesca humana onsagrand todas ised [Passat ainda seltou popesivamere stl al sso vals da nt io tin fo Bade amas gee bagem an mee do ‘nttondade um rg desea corr dsausmonode dhs de {Spe xem obras sera et A dom pp 7209) Scunpa Parre DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS Titulo 1 A Declaragao de Direitos Capitulo 1 FORMACAO HISTORICA DAS DECLARAGOES DE DIREITOS 1 Sova 2 en rc ei, 3 de acing 4 Deco erga A Derg Nee me 850 Betta Brees de Hoo Cuds YA Dc So Fen Tatil Expo nsw dander ded Buln fearon opr 10 Deca de fs mas og race 1. Generalidades Iniciamos aqul oestudo dos dircts fauamentas do homer, ex pneu Const ranged indir pe itcos,soies,Teremos que considerar. também, os direitos econ iicos. Nio nos preocupara, por enguanto, contudo a questao do ‘onceitoe da terminologiarespeitante aos direitos do homem. Asso ‘dedicaremos o Capitulo Il deste Titulo, depois que examinarmos as ‘eclaraybes de direitos, cujaevolugio ¢ contetdo nos orienta na formulasio de sua teoria certamente ajudario a compreender 0 onteido do nosso Diteite positive sobre a materia. 2.Antecedentes das declaragdes de divitos CO reconhecimento dos dritosfandamentaisdohomem, menu cindosenplisits nas declaragbesdedietos, coisa recent, eest on- ied se eagotarern suas possibilidades, 4 que cada passo ra etapa da ‘Rolugiogs Humanidace importanaconquista denovos direitos Mais ‘Que conquista‘o reconhecimento desses direitos caraceria-se como ‘eongusta de algo que, em termes primitives, ce perdeu, quando a ‘Sociedade se divdiraente propriettios eno proprietanos "etivament, na sociedade priv, getilica,os bens peten- ciam em conjunto 3 todos os gentliose, ents, se venie uma Semunhio democrtica de intoresses! Nao exstia poder algum do. trinane,porgue o poder era interno A secedade misma. Nao oor fa subordinaio nem opresso socal ox politica, © homem busca liberate da opresto do meio natural, mediante desobertas ein ‘engien, Com desenvolvimento do sistema de apropriago pita 4a, sontude, aparece una forma socal de subordinaghoe de opr So, pois tala da propriedade, mormente da propiedad trait. ‘al mpoe seu dominioesubordina tates quanto se elacionem com 2 cosa spropriada Surge sesin, una forma de poder externa 0. ‘edad, gue, pornecess tar impor ae lazerse valrehaamente se torna politico Faiteve oigem nescravidao sisters, diretarnente ‘elninada com aguisign de bene Estado eno, se forma como Ssparatonecessiio para sustentar ese sistema de dominacao, OO. them, eno, lém dos empecifis da naturezs,vu-se dlante de ‘presses soins epoliticay sa historia ao € sendo a historia aks Tatas para dlasse ibertar eo vat conseguindo a durse pena Ecchogardo dia — ainda segundo Morgan "em que o intlecto hhamanose elevate dominat a propridadeedefina ae reagtes do Estado com a propriedade que salvaguatdae as obrigagbee lim tages de direitos do seu dono, Os interesses da sociedad sS0 maio- fs que os dos indiviuos« devem ser colocados em una relagso justaeharménica.[-]Ademocraca no governo,afesternidade a tociedade, a iguaidade de direitos privlegos © educagio un ‘ersl antecipam o préximo plano mais elevado da socedace, 99 {guns experenca, © intsloctoe saber tendem firmemente. Sera dima reeureigto,em forma nals elevada, da iberdade,lgualdade e Featemidade das antiga gentes”? Certo gue, na cores dess evolu alguns antecedents for mais das declaragdes de direitos foram sendo claborados, como 9 Yeiodo tibunodla plebe conta gies injustas dosparicis em Rem, ‘leide Valeno Publicolaprtnd pens conporns conta cdados fm certs situagBes até culminar com o nlite de Homie ibe Ext, emote antecedent do habeas copus modem, que o Dr reo Romano ints como potesojurgica da iserdadeNSoros Htudamos,contuda, porque esas medidas tnham akancelmitado 1.4 Rodel vn ning Lt Dat Romain denser pes on etponet 1/38 51 Lee Monga asa prt, p80 Fach Ege Ange ii ppd asp. 0 36M 1h Buage Cats Belunde Ebsco” ep FoRUAGAO BSIONCA DAS DECLARAGORS OE DIETOS 108 membros da classe dominante, mas, em Atenas, a se utava pe- Tas lberdades democaticas” Foi, no entanto, no bojo da Idade Mé- dia que surgitam os antecedentes mais dietos das delaragoes de di ‘eitos Para tanto contibuit a teoria do direito natural que condicio- ‘now oapareciment do prinelpio das es fandamontas do Reino mi tadoras do poder do menatca, assim como o conjunto de principios {que se chamoutumanismo. Al floresceram os patos, os orase a car- {hs de franauias? outorgantes de protecao de direitos reflexamente ‘ndividuas, bora dietamentegrupais estamentais, dene os quals sencionam se, por primeir, os espanhois:de Lene Castela de 188, pelo qual o Rei Ano IX jurarasustentar a justiga ea pa do reno, Srticulande-se,em preceitos concetos, as garantias dos mals impor tantes direitos das pessoas, como a seguranga, odomiciio, a propre dade, a atuacio em juno ete; de Aragdo, ue contina reconheci- ‘mento de direitos, imitados aos nobres, porém (1265) o de Viseaia (1526, reconhecendo privilégios, ranguiase liberdades existentes fu que por lal acordo foram reconbecidos* O mais lamoso desses Socumentos éa Magn Caria nglesa (1215-1225), a que faremos refe- éncla mais devagar em seguida. Agora, além do Mayflower Compact ‘de 1620, por si sd um documento de garantia de govemo limitado, ‘cumpre recordar tamibém as vias Cartas de direitos elberdades ‘daz Coldnins Inglesas na América: Charter of New England, 1620; Charter of Massachusetts Bay 1629; Charter of Marvond, 1832; Charter ‘of Connecticut, 162 Charter of Rhode Ista, 1663; Charier of Carlin, 1663; Charter of Georgi, 1732; ainda: Massachusetts Body of Literties, 6A1; New York Charter of Liberties, 1683; Pennsylvania Charter of Privileges, 1701 3. Cartas edeclaragdesinglesas [Na Inglatera,elaboraram-se cartas e estatutos assecuratrios| de direitos Fundamentas, como a Magna Corts (1215-1225) a Petition 1 Rights (1628) oabeas Corpus Amendment Act (1679) 0 Blof Rights (G88) Nao so, porém, decaragdes de direitos no sentido modern, {que 6 apareceram no seculo XVIII com as Revolugoes americana ¢ ‘rancesa Tis texts, limitados e as Vezes estamentas, no extant, SSE AMER cn mites SE ebm tty a bee consicionaram a frmagio de regrasconsuetdiniias de mais a- pl pote dos direitos hsmanosfundamentaisRealmente act Eiidade sempre irme desenvolvimento das instituigbes ingens basta para tomar oor uma lst nator das Hberdades publ cas." constant afrmacto do Parlamento mpl e dos precedentes jaca, formando acon no fora suite, con autes doc smentos histories, para assenaro mas firme rexpeto pos dietos Fndamentis do homem ee E dhspensivel descer 4 andlise dos tados textos. Lembremos apenas que a Magna Cart, assinads em 1215 mas fornada defitiva Bem 1335, ndo de naturezaconstvconal,longe de sera Carta das Iberdades nacional sobre, wma carta feudal, ita para proteger os privlgios das bards eo: distos dos homens lives. Grasos homens ives, nese tempo, ainda erm to poucoe qe po- diam conta, e nada de nove se fazia a favor dos que nao era livies"" Fssacservagdo de Nobiet €verdaders, ma nso exc 0 fato de qu ela se tomasse um simbolo das iberdades publics, nla ‘consubatancindo eo eaquema bssio do desenvolvimento const tucional inglés eservindo de base 2 que juristas, especialmente Edward Coke corn seus comentros, extstsem dela os fundamen tosda ondem jridica democriticn do povo inglés" [A Petigi de Dirt (Petition of Rights, 162), coma o nome ind «a, dam documento dngido a0 monarca em que os membros do Parlamentode ents pera areconhecinentode diverse dren e iberdades para os sides de sua maestade, A pio costa tim meio de fransagao ene Paslament etek que este cades, po. {quanto aqucle deta o poder nance, de sorte que o monte ‘ho podria gastardikeir em autorzagio parlarnentar Eno pre ‘Ssando de dinero, assent no pedo, respenendo-9 nos terinos Seguintes “Qua quidem petition tne plone intl pr ctu ‘ominon rege ier responsi leno parame, So dot Jai come 3h dsr" Na verde, pio pee 4 observinca de Chireito lberdades js reconheidos a propia Magna Cala, e=pe 10.CLD.C MY radu obs contac wp. 8 12. €ts pops ono Pound Drone de rane citi pom Str Cr i pp. Bes so setor ee tapandn cm Patani pene Soy eta» eo ca ie Se esq Ch fens du peognoe das opt Pond ah cpp. 1 {Bir at Cite ézurce Sere Clin datum plu, pr aos FORMACAO MISTORICA DAS DECLARAGOHS OE OAREOS st ciakmente no seuatt.29:"Nenhum homem vresertdetid nem pre- Sovnem despojado de seu diteltos em de seus bens nem dels {fora da le nem exado, nem prejadiada asus posto de ual {er outa forma; tampouco peecederemos com forga contra ele, Sem mandaremos que sutren’o fac, a nao ser por um julgamento Tegal de seus pare pea lei do pais” Ofatodenota que as mare {Ttmentos, entre outs, nio eram respitados pelo poder monde uo, qu 36s pouces om o crescent e fiemagao das Pt iced parlamentares © judicais foscedendo’eimposgdes demo ‘Odlabeas Corus Act refongou a eivndicagbes de ibrdade, dduzindo-se, desde logo, com as alteragoes posterones, na mais 6 lida garanta de livetade individual, ¢ rando sos déspotas uma das suas armas mas preciosa, suprimindo as prides abitéras™ (© documento mas importante é a Decora de Dios (Blof Rights, 1085) que decrrew da Revolugto de 1685, pea qual se firma Trsupremacia doParlament, pando abaiagse do re Jaime I {cdesigrando novos monares, Gulerme lite Mai Il cxjs pode= {eee mitavam coma dclararo de dito a ees submetida © pores acetn Dafcunge para Inglterea,monarguiaconstiuco- Fal submetida sbetania popular (uperada a rcaeza de dirato Aivino), que eve em Lacke seu principal eiricoeque servi de nw pitagho deolgica pas a formagao das democacisiberals da Eu Fopne da Améice nov seulos Wille ADC O.Act of Setionet (Ato {de Sacessono Tomo, votado pela Parlamentoem 1707, completa © onjuntodeimitages a0 poder monarguconesse period. 4. A Declaragao de Virginia A primeira declaragio de direitos fundamentais,em sentido mo- dena, fot a Dscaragie de Dirt do Bore Poo de Virgin, que era una ‘as tree colGniasinglesas a América, Essa decaragSo de 121.1776, laneriog portant 8 Declaracao de Independéncia os EUA. Ambas, ‘ontudo,inspzadas nas teorias de Locke, Rousseau e Montesquieu, \ersadas especialmente nesescrtos de ellersone Adams, ¢postasem pritca po James Madison, George Mason e tanto outros ‘A Declarasso de Virginia consubstanciava as bases dos direitos «do homer, tas como: (1) todos os homens Sd0 por natureza igual 14. Nobo ip. Sob 0 desea do hae crue ng «fo, ood Puts ill nd stmt im pa essai A Stunpe, The of Rb Coa Londen Clara Pres "TS Les forma da Dai Se gin Sowa oh i p67 es ‘mente livres eindependentes; (2) todo. poder est investido no povo € portanto, dele deriva, eos magistrados so seus depostérioseser- ‘os, a todo tempo por ele tesponsdveis; (3) © governo & ou deve ‘er instituido para ocomum benelicio, protegsoeseguranca do pove, ‘nagdo ou comunidade; (4) ninguém tem privilégios exclusivos nem ‘2 Eargos ou servigos publicos sersohereditris; (5) os Padres Exe- tulivoe Legislative do Estado deverso cer separados e istntos do Judicirio e, para garantia contra a opressa, os membros dos dois primeiros teiam que ter investidura temporiria e as vagas seria preenchidas por elegées frequentes, certs e regulares (6) as ele {es dos representantes do povo devem ser livres; (7) éilegitimo todo poder de suspensio da lei ou de sua execugdo, em consentimento fos representantes do povo; (8) assegurado o direito de detesa nos processos criminals, bm como julgamento pido por iri impar- Ela eque ningutm seja privadade hberdade, exceto pla ei da teres ‘ou por julgamento de seus pares (9) vedadas iangase multa exces sivas ecastigos cruise extraordinsrios; (10) vedada a expedigao de tmandadoe gerais de busea ou de detencho, sem especificagso exatae prova doceime;(Il)aliberdade deimprensaé um dos grandes baluar- {esdaliberdade; (12) “que a mica bem regulada, composta de ele- ‘mentos de povo, com pratica das armas, constitul a defesa propria, ‘atural e segura de um Estado livre, que os exéritos permanentes, ‘em tempo de paz, deve ser evitados, como perigosos para a liber- dade; qs, em todas os casos, miltar deve fear sob Figorosa su bordinagio a0 poder civil por ele govemado”; (13) todos os ho ‘nonstém igual direto no livre exeriio da religido com os ditames da conscienca. ‘Vé-se que, bascamente, a Delarago se preocupara com a est tura de um govemo democritico, com um sistema de limitacao de poderes.Os textos ingleses apenas tveram por finaidade limitar 0 poder do rei, protege oindividuo contraaarbitrariedade do ree fir far a supremacia do Pariamento. As Declaag®es de Dieitos inci {4s com ada Viggnin,importam em limitagbes do poder esata como tal inspiradasna cenga na exstncia de diteitosnaturaseimpresri> tiveis do homem." Contdo a Declaracio de Independencia, de aut tla de Thomas Jefferon e posterior a Decaracao de Viginia, pais é de 447.1775, teve maior repercuss, ainda que no tvessenafureza jr fica como esta gkima, Nela se destaca especialmente o seguinte te cho. "Consideramar estas verdades como evidentes de pe i, que t- ‘ce os homens foram criadosiguais, foram dotados pelo Criador de ame Son a rt cite 1/6; Gps en FORMAGAO HSIORCA BAS HRCLARAGDES DEDIREHOS ss certos dietesinaliensves; que, entre estes esto a vida, alibendadee ‘Sbusca da felcidade- que a hm de asegurr esses direitos insttuer {eentre os homens os povernos, que derivam seus justos poderes do ‘Sancentimento das governadon que, sempre que qualquer forma de {governose tome destrtvade as fins cabeao povoo diratode alters {ouabol:-4ae instituirnovo govemo,baseando-oem tals pancipiose ‘organizando Theos poder ela forma quel pareya mas convention teppar Ie eliza seguranga a feliddade””” 5.A Declaragio Norte-Americana AConstituio dos EUA aprovada na Convensio de Filia, exn19.1787 no contin iniialmente uma declaragio dos dietos fandamentals do homem: Sua entrada em vigor contado,dependia Aiatiicagi de pelo menos nove dos tere Estados independents, xcolnins ngleas na Amerie, com que, eno, fas Estados soe: anos se uri mun Estado Federal, passando a simples Estados Temmbros deste Alguns entetantosomenteconcordaram em ad Sse pacto see introdussce na Constituiao uma Cars de Dies, “in quece garntssem os dietos fundamentai do homem. ssf fat, sogutdoenunciadoselaborados por Thomas Jelferson eames Madison, dando ongem i dez pretras Emendas a Corstiuso de Filadelia, sprovadas em 1791 as qual se acrescentaram outras Ste 1975, que censitucmn illo Rigs do pov americana, em que Sc asaepuram or seuintes dros fundamen: ()liberdadede eligi eculto, de pala de imprens, dere nit pain edieto de petsso (Brenda) (Q)inviolabildade da perso, dacas, de papéis posses de ob ietoa (Bound ¥) (0) leita de defesa ede um julgamento por juz natura e de acortiocom 0 devido process legal isto com garantios eas ule Stents (Emenda 3) (4) garantia do dito de propredade, de que no se poders pr var ent para uso public e om usta compensgao Emends 3) (@ direito a jlgamento publico e pido por jin imparil do Estado edistto em gue o crime tenha sido cometido, com diet 8 provasde defesae asistencia dem advogado (Emenda ) (6) vedagio de exigencias de fanga e multasexcessivas, bern come de infgenci de penas cutis ou inustadas(Emenda 8), tl Some it previa a Declacagso de Virgin, 17.4 Mamas Jtenan Earp» () probigh da escravatura «servo iovoluntiria (Emenda 13 (6) gorantia de que todas as pessossnascidas ou naturalizadas nosEstados Unidos sto cidadaos ort americans qualquer quest ‘ia rage ou cor (Emends 18) (©) garantie gual protegto das i, sj igualdadeperan- tealei fimendas Ide 2) (00) gatania ao dreito de sutrgio igual a todos os dads, aque, por so no peers se estringido por mative de raga ou Cot {Grmenda 13; como os Estados segregaconistas cntortavam essa ‘vedacio por meto dem imposto letra em valor fal que 08 ne {resem geral no podiam pagar vem a Emenda 2s" de 194, para {Ecdarar que nem os Estados Gnidos nem os Estados membros po ‘derao denogarou cree odieito dos idadaos a0 sug em qual Squer cei para president, scepresdent,senaor ou rpresen- {Ente no Congress, por motiva de a haverem pago um posto letra ou qualquer out tmposto (A) ditto de voto as mulheres (Emenda 17); (02) probigi de leis retroatvas, lis ex post fact (Constante do compo da Conatituigio, nda Sepao Kent da Sago Xdo At (13) probigi del of stander lt de prosrsio, qu sigiica conser ein quaer medida legate colocsdo psoas fora dale, probbindoras de goer de qualquer dteit (conetante do corpo da Constitgso, 3 da Seg IX do Ae. D (08) pribigo de suspensio do hors corpus a menos que 8 or dem publics 0 ex nor casos de rebelito ou de invasho (Cope da Canshiuigh, ne 2a Sop IX do At) (15) garantia de quea enumeragio de certosdistos na Const- tuigio nds interprtada coon denegacio ou diminiyS0 dos ot tron drei que o pove se reservou (Emenda 9. ‘Cumpre observa que a Emenda consignoo direito do povo de possi eportar armas, ma, evidéncin nose pode conigerat {eifaculdade como um diet fandamental o homme tende mes: tno acer revognda nos EUA.A Emenda 3 também veda que qual {quer soldadosj, em tempo de paz, alojadoem qualquer casa sem 0 Sewentimento do proprio, ne em tempo de guerra, alvana forma estabelecida cme ss es importante nagpocs, mas claro ae, hoje, goranin est consignada na involablidade do domi. 18 ste ua Peden Orman ay Le sneroent eEUn Amérique, pp. 124 €58. ed lio. A Emenda 108 contém wm principio Federative: © dos poderes reservados 205 Estados 6.A.Declaracio dos Direitos do Homen e do Cidadao Osauorescostumam reseltar a inluéncia que a Declarao dos Dirtos do Home edo Cdado,adotads pala Asambiga Const” te francesa em 273.189, slneu da Revohugio Americana, especial thente da Declvagao de Vigna, 8 que ela precede a Cara dos Dirlos,contida nas dex prineiras emendas {4 Contigo norte fmericana, que fot apresehtaga em setembro de 1789. Na verdade, ‘do fovassiny pots os evoluclonarosrancess fi vinham preparan do advento do Estado Liberal 0 longo de odo oséculoXVIL AS fontes outa edeogicas ds eclragbes de iets america fas como da francesa so europeins, como bem asinalou Miskin Guetzevtch,admitindo que os ranceses de 179 someatetomaramn eempristine a tenicdss decarages americana "massa io ‘tam, porseutumo renioo flexo do pesamente politico europea STntrnacona do sculo XVII =~ desea corte da filosoie hua httnia cup objetivo era a Heragio do homen esmagado pela ras caduas do absolutism edo rege feadal E porque esa cor Etc era gral, comamn a todas as Nog, 20s perbadotes de todos ‘tr pauestsdicueso sabre ar orige inlets das Decaragbes te Deitoramericanase francesa no em, abem da verdade obj {6 Niose tata de demonstrar que ae primetas Delaragbes “ro. Wein" de Lake ou de Rousenu as provemde Roseay,ede Lhe, {de Montesquicu, de todos os téricose de ton os fisofs. AS Declaragaessto obrado pensamentopaliice, morale socal de todo ese Xvi" "A Decarago de Virginia ade otras excolénis inglesas na [América cram inasconcetas, preocupadas mas com asituags0 at tule que alii aguas comunidades enquano a Declaraga a- eon de 1709 Call abatrata, mais “unveralizante, de onde seus {tescaracteres fundamentals, consoante jacques Rober nile {ipo, porque aimagto de dreltoeimpresctives do homem e ‘estgragao de um poder loin, baseado no consentiento Pop IS foun opersgto de ondem purament intelectual que Se desen- ‘lara no plan unicemente das tis € que, para oF homens de conta u baw Cort A Cong mines ie sid a, prises 2. Boris Mikine Cacti andr, Te dense pet 1/1. 1789, aDeclaragio dos direitos era antes de tudo um documenta filo- silico e juridico que devin anunciar a chegoda de uma sosedade idea 8) nfs go cenilo de que ox panepios enancades no texto da Delarago pretender um aloe geal que wltrapassa Os m- 21.Ck Jaques Robt, Lira pp t Baga ob 9a H/C, ber, pe hcp a Belden plese 25: da Deca om Duveger Contin tacts ae, 7.ADeclaragio do Povo Trabathadore Explorado ‘As declarapSes dos séculos XVIII e XIX voltam-se basicamente ‘para agaranta formal das iberdades, como principio da democracia, Politics ou democraca burguesa 10 se expica no ato de que a bur uesia, que desencadeara a revolugao liberal etava opm apenas Poliicamente, no economicamente-Daipor ques iberdades dabur: [ucsia liberal we caracerizam como ibenade resstncizou come meio Selimitaro poder, que, entio, era absolute." No entanto, desenvol- Vimento industrial ¢a consequente formacio de uma clase opera Togo demonstraram insuficiéncia daguelasgarantias formas, carac- 4 ‘hss bascamenteeconémiea. INio vinta apenas do poder politic do Estado, mae do poder ecand- ‘nico captlsa De nada adtntaa as constiuiges eles econ ‘emliberdadesatodos se ameiore no dspunha,eainda so depoe, de ongGes rte pata exer In Sittin em a questo Just Ferrando Badin,quando escreve:"Aburguesa liberal parent conc Gera todoralibedade deimprenes a berdade de associa, ov dk feos poles a5 posblidades de posigo politica mas de J, fais dries eiberdades nao podem ser exeridos ealmentesengo els capita gu to qu timo co corms np ‘do suit, ete serve para came dante dor lhor dos poletsrios tia plea de voto tea propaganda elstralseenconts as os das Yorgas do dine. Sulit concederies o Grito de formar Sindzates e partis politics, mas a olarguas apa conse ‘am direta oa indiretamente, o controle ‘ individ era umaabsteasio. Ohomem era considerado sem Jevar em conta sua insergao em grupos, familia ou vida esonomicn. Surg, asim, o edad como un ente desvinculado da realidad davida Estabeleci-se igualdadeabtrata entre os homens isto que Seles se despoavam ag cicunstincias que maveam suas dierengas ro plano soul e ital Por ins, o Estado tena que abate Ape: ‘as dveriavigiay, ser simples gendarme Or socialists, primeir os utopstas (Saint Simon, Fourier, Louis bane, Owen eoutos),depoisoscentists (Marx Engel), submete ssa bya tems Jom ean a. Denice asuac pp, ee op. a, BNPmp Remand che, rmitn Soong dE pst am esas concepsSesabstratas da liberdade, da igualdadee enfin, Eolhomen a sefeac cca, pois apes de retoicamente firma ‘Sstereconhecdas, permiam medraseem a injustica ea igiidade fareparticiedariguees eprosperasse min das assis prolels- aesenguantoe proceso acumblativo faved, de tm ado ent- [Guccimento de poucos ede outa, crises condmicas anda mals Shpebrecedonasegeradoras de desemprogo. O Manifesto Comuni= tere gue pela sua influencia, somparado por Harold Laski com a Declaralo de independenca amencanae coma Declaragio dos D- tow de 1789-"foto documento pollco mais importante na rica “Scat ao regime lbeaburgues,A parte dele esa critea ndae frente se em bases feos numa Concepo da sviedade edo Fado, ese toxnou, por so, tal coerente,provecand, mesmo, © parecnento de outta cortentes¢ out documentes, come 46 ‘eRefuews papas a comegar pla de Lado Xl, Rerum Novara, de 15 ‘No lanojurdico,« Revolugio de 148, em Paris, insgreveuem suaconttnt decurta suo dts do aio mas on ‘Constuigio mesicana de 1917 que, por primeteo, sstematizara © tonto do dios dormer rea nO eae atte ‘hod patizipaco esata naordem econdmica e soci, sem romper, {Sim em dfinitiv, com o egime epitaista A Declaraio das Di Tees Soins (taal epeevedencia socal) const do extenso at. SS daquele documento consticonal ainda. vigor Nomesmo vide seguu-sea Constiuigio alema de Weimar, de 1919, abeindo Seu Liveofcomarubrica dos itelese vere Fundamentas dos Ale sts, soba qual incl os esd ps ado exp), ose tose sal np o8 dads (cp, 0 dacducgtoe ‘Soo (ap. IV) cof da dada comic (cap. VI Os diets sociis © ‘Sondmiges, dentro do regime capitalist esti recedes g Taner av ao ov crown comma Consiho me ican que émaisavangada do que aque Mas foia de Weimar que ‘hererd maior influncis no constticonalismo de pos-Primeta Gherra Mundi st na brasleiea de 1934 29, came sbi, Mf Commi 1 ator por Mar eng © blends ene ei coo pina da igs Comune “SCCO Mdnpse Commas dtr cg “IhApmeotcwsenoar pleut gara latent tvatetdelindue ason nore et encourage elope {Aus pur enecgnement pre rat ction pessoa Fgae Sf gore tint ac tea eer "Sige wen Tepe Cops iC mann de 817 pp. 13S su: Poise Manne Guetta La accom Slate men. PF FORMACAO HISTORICA DAS DRCLARAGOUS DE REITOS Outro sentido, contud, hi de reconhecerse& Declarago dos D- reitos do Poow Tabahaior ¢ Explore, aprovada em jancia de 1918 pelo Tercoivo Congresso Panwusso dos Sovietes. Fundada nas tes Seclalstas de Mars-Fagels-énin econsequente da RevolugaoSovie thea de outubro de 1917, nao selimitaraareconhecerditeitos econo micese sociais, dentro do regime capitalist, mas a realizar uma nova concepgio da Sociedade e do Estado ¢, tambem, uma nova idéia de Sireito, que buscasse lbertar © homeen, de wma vex por todas, de ‘qualquer forma de opress, Dai comecar por consttuira “Repabli- ‘eados Sovieticos Obreiros, Soldados « Campesinos”, fundada sobre © principio da livre unido de nagoes livres, propondo suprimir toda ‘exploragiodo homem pelo homem, abolirdefnitivamentea divisio da sociedade em classes, esmagar som piedade todos os explorado- res realizar a organizagio socalista da sociedade e fazer tuntar 0 Socalismo em todes os paises” Essa delaracao nao reconhece a5 farantias dos direitos individuas,sendo certo que, em si, nao vera ' repercussio e influéneia universal ue se esperava. ss, talve2, se jue no fato de que logo viera a Constituigio Sovictica de 1071918, queexprime neta ter-seinspirado,e especialmente no Sut sgimenta do estaliniemo que dera numa despotico ao regime estabele- idoe, ainda, na cicunstancia de a Constitugdo Sovicica de 1935 16 Insuperado com nova formulagio dos direitos lundamentais do ho- mem segundo a concepcio socialists sovilica.Alise, dentro de uma ‘isto marsista&plenamente justiicada a superacio daquela dec "ao, pols admiir sua elicicla permanente seria por-se em posiao ‘animarxistaj3 que tal postutasigificaria uma imutablidade ests ticaeo dominio formalistarelativamente auina realidade dindmica que no pode conter-se em formas de tal natreza 8. Universalizagio das declaragdes de direitos © que diferenciou a Declaragio de 1789 das proclamadas na América do Norte foi sua vocagio universalizante Sua visio univer: Saldor direitos do hiomem constitu uma de suns caacteristicas ‘maeantes,quejéassnalamos com osigrificadode eu munuialismo.™ ssa preocupacio repete-se expressamentena Declarazio das Dite- tos do Pova Trabathador e Explorado, da Revolugao Sovitica, que ‘Sepunde aes Guitny, Decco sree pp. ese Davee Contin acme poiigus pp, 612 a ie 7 roclama, como seu objetivo bio: “suprimie tod exporagio do Eqhcm pelo omen aftr denvamentea vo da suede femclanses, avast sem piedade, todos s exporadores realizar ¢ srganieaio socialite da socedade fazer runfaro socaismoem {odes os pases lis as declarages de direitos do sculo XX pro- ‘Sram consubstanciar us tendeins Fandamentatswiersalso, Split ina Declaacho francesa de 1789, esocalisma(tomadaesea txpressaoem sentido amplo,igado a sociale nde tenon oh com nextensto do numero dos dios reconhecidos, 0 front dos pen som, uma inclinao ae condiionamento dos Uirctos de propredade e dar demals detesnaividvas” propen ‘So que eles no Direito Constitcional contemporan. ‘ sentido universalizante da delaragdes de direitos, de car terestotalpassoua sor objeto de reconecimen suproestatal em {Simona declare muinagalou mesmo Ue ‘Shas primes manifstages ness sentido foram propestas ‘rganisfoscenicositemacionals, visando tender a dclesa dos ominad direitos cvis ou lberdades cvs? Eusada na Constit {ho para exprimire conjnt dos direitos fundamentaisconceren Tea gualdads, toda, segura e propria. Dinitos pics sbjtios constitu un conc tenicojrid- codo Esta pera, preso como aexpresio” diitosindivadans” 3 “encepeioindividuaista do homer: porns tami se terarains frente para caraceizar os distos fundamentais Diet subj ‘Concctunse como prerrogativasetabelecigas de conformidade com regres de Dirt objetivo: Neste sentido, sev exercco, 04 ro, de> pande da simples vontade do tular, que deles pode por como Flo Ie parecer, ste meso renunclros ou transfert, alem de {Ere presttves, stungdes sas ncompativescom os dls ar ‘Biman sent, ruin stoma pe x Manoel Canales Ferra Finn Ads Pelegrni Grnovere Anns Candin da Conha eras eras pubis Pr ea pp Tee, ual sca ptr por “erdades pbs stator: Br entender goes termine eters Diet pote rats angus oss eght pose sane 6 outta brs, Fert ‘Buena, pe dng bm ets ron Ct Det pio We Me ia Ct dept pp damentais do homem. Cunhou se, depois aexpressiodias bios Stjtos pare exprinisasituac jordin sbjetva do individuoem telgaoaoEsado, sande colocaro dretesundamentalsno campo SoDiraitePostiva™"A figura do Dito Public sue alerts Perez {Lanocom rao] uma caegora istic adaptada ao unelenamer {ode determinado ipo de Estado, oiberal,ea mas condiqbes ae tis que foram supetadas pelo desenvolvimento ceondmico coca de toss tempo" Enendiga como alist ett em beneticio de Setermunadasesleasprivadastaleaegorn chase superada pea peo pradinimiea econo soci domossotempe, em que destrute de [onlguerdveito fundamental exge stugio stv don poderesPubl- ies erie dostde ut oa qe pao. fogia liberal aparea como diets pices subytves, ou como ese fee de alvidede prada contsporta 8 awxdade publica, ou como Herdades limitadoras do poder pasa a ser consderado, ob 0 pas trado Estado Demouatico de Ditto superadordainvolagdo do F=- {edo Socilde Dito como mementos exec do pripro pode, este coenstencial eno acl centaposte® Curpre no enfant, ad- ‘Yn pa ocasarrario una content eacionaria que Mega Valor Jasbir aosenancads ds ies indent ace vendo irene val mora que cls se aplca a expresso dios sujet, SEm importa com qualicative de privado ou public, quando ela “npregada no sentiso de dietosoponeisou engives sto € gua {fo otidcrada siglo aria esto de saan tad de eck Gi juries, porque devidamente gnrantida como capazdesereetva- dialn favor seu titular Dist sbjecono seid de permis cor fata peo Dirt Constitucional objetivo so homer" Litera fndarmentas irda pilin so também expres soes unas paracxprnr direitos fundmentais Sto conceit i tativose instiienes A primeira cand mat restr, eerindo-se pene a alguinasliberdades A ukima €empregeda pela doutrina ‘ances, ene nao falta esforgos para dar ine sigrfcacao ampla abrangente dos distor fondamentais em geal especialmente o- ganda com os concitonliberdade foros gual os crits indi its cliscos) e ibenfade participa (ambem charada hibedades polis, quecorrspondem ho goz re dos dries plicos) "Con tere Rasy Pe ee pin us monte ee ea oneeP tude oO 10 sider na dt rnc como dios do hamam depot esa concepeao jusnaturalisa pela pontvagt estaa, a ier dies publins nao tem omesma conteido dels como observa River, ‘so se incluindo no seu sonceito os direitos econdmicose acca" tom conceitosinds pobre de contead, muito ligado 8 concepcio dos ‘irtospabicossubjetvos eds divitosindividuai a sua forma Ingio tradicional inaviduaist, Dirt frdaertas do hem consti a expressbo mais ade- cquadaaesteestudo, porque, alam de eterirsespinspios que Tes {hema concepeao do mundo einformam a eologia polities de cada ‘tdenamento rico, gesrvada para designs nme! do dio Poa pga un Gu Conia cn farantas de uma convkrencia digoa, lite e ual de todas ae pes. Seas” No qualificstivo fundamen acha-se ®indagho de auc se trata de situacOesjuridcas sem a quais« pessoa humana tio se realiza no convve , hs vezes en nes sobrevie,fundather- {Sido omen no sentido de que 8 todos, por igual, dover st a0 Spends formalmentereconbestios mascmneta materaiment ee {adios Doliomem, naa camo o macho da espace mas no sentido de pesto humana, Diitosfindamentas home sii des funda ‘ena da pessoa humana ou dito fundamentas Econ esse contest orque a expressio dito fundamontaisencabeg Titulo ds Cons tudo, qu se compet, como dis fndmentos da pesos raexpressamente, no ae 17 -Aexpressiodnitosfundamentais do home, come também de xamos delineado com base emt Pérez Luno, no sini sera pr- ‘ada contaposta 4 atwidade publica como simples limtagio 40 Estado ou autolimitagio deste mas lito ipa pla seroma ‘opr poder comitsdos do Esto gue dela dependem." Ao sae 14. Ck es ters pubes pp. 1718; Chae Aer Colin Lit pa ‘us pp 8 BE pitrou ves agi a Lat, ans ‘8: ie entra ngura multina d xpeso ret aden ta ahem ort fandom aps mee eas fond ‘ri dei tt igus ayo eta fre ‘esminolgsa decor humans “co conju de acltades estos ue fateada momento Rn eoertan a cence Sea intra Spusidad humana, las cuales depen ser"mconoldas pontamente Pot 1 lsramiento juridical nacnal enemas p49) Pee a ns empregando expen dees sateton fandom, lng o facta taro are Se pris a person ni eres Seon uaa 2 bu paacipaton peice osc ‘Spect ndamenat que secte nu dearblo nigral como person tnt ¥ sos sua fonte na soberana popula estamos implictamente defi undo sua histriidade, que’ precisamente o que thes enviguece © Eontetido eos deve por em consonancia com as felagSes economicas ‘Surcais de cada momento historic A Constitugdo, ao adot-losna fbrangéncia com que ofr, raduciu um desdobramento necessirio Sa concepro de Estado acolhia no art. 1 Estado Demoeritio de D- ‘oO fato deo dito postivo nfo Ines reconhecer toda a dimen- ‘Sloeamplitde popularem dado ordenamento (estou da, na Cons- titulo, consequéncias coerentes na ordem econbmica) no hes ret Ta aguela perspectiva, porguanto, como dissemos aia, na expres So também se conti prineipios que resumem uma concepsso do ‘undo que orienta e informa a uta popular para aconquisa dein tia da letividade desses direitos 4. Naturezaeeficdcin das normas sobre direitos fundamentais A natureza desses direitos em certo sentido, ficowinsinuada antes, quando procuramios mostrar que a expressd0 diets funda iments dahon sto situagbes juridias,objtivas esubjetivas, de- Finidasno dieito positivo,em prol da dignidade, igualdadee liber dade da pessoa humana, Desce que, no plano interno, assumiram ‘vcatster concreto de normas posers cnstitucionas, no tem cabi- Imento retomar a velha disputa sobre sea Valor juridico, que sua previsdo em declaracSes ou em presmbuos das constiulcoesfran- {esas suscitava,” Sua natureza passara a ser constituconal, 0 que |é fra uma posiqio expeessa no aft 16 da Declaragie des Direitos do Homem ¢ do Cidadio, de 1789, a poate de, segundo este, sua ado- so ser um dos elementos essenciais do proprio conceito de const- fuigio™ Mas também nio sio normas de valor supraconstituconais ou ‘de natureza supra-esatal como querem Dugust® e Pontes de Mi comunidad hme ire exigent ol mapa de os des hombres, os pre PEARY opchid a pmeremanar ssc 3: en que noe dae decries univers suponaconas. ques dow tigre ns desntrente qu at gam tna Cl are Maser ‘Retro "Nite sie ds Besar Unter do Dos Humane» RP 28 dencondaro foo a6 ads: “Tote soit dans age 2 gatane eats ps ure spain der pv cermin pl de eee ee Mog Faas stb wigs em ‘anda embora o seam cada vez mais de dimensso internacional, ‘como lembramos antes, Stodireitasconsttucionsisna medida em quese inserem no texto de uma constituigao ou mesmo constem de simples declaagao sole rementeestabelecida pelo poder constituinte So direitos que nas- ‘eme se fundamentam, portant, no principio da saberana popula ‘Afciia © apliabilidae das normas que contém os diteits fun- que aEC- 45/200 nseslu af, par etabelecer que o Halas ¢ conten iz intemacinas sobre ditos humana que orem arose cada {Eta Congreso Nacional em di uae or rs unos dos ols dos ‘eepstioo membros sro epee omens constitu 1s {fuer dizer que as novmasintermacionais de direitos humanos 9 soreceptnaas com det constant fal Aecreo legislative que as ceferendarem for aprovado nas condigbes indicadas de acorde com o process de forenaio de emendas cons tituconaisprevistono at. 60 da Consttulgho, Dirt constitucional Jorma disemos, porque sa nesse caso adguirer a supremaca o> prin da Constitugto, pois de ntureanconatitvionl mara 0 130 Eempre, como osko tos as norinas sobre direitos humanos. Adie renga important ets a as norma infraconstitacionas que vila- em as norma ntemacionas colhidas na forma daguee § 3580 ERconsttacionas ica suit a sistema de controle de const tclonalidadena via ineidente como na va deta as que nao forem Sclhidasdesse modo, ingrestam no ordenampeto interno no nivel Gill ordindria e eventual confit se resolver, no nas entender, pelo modo de aprecigio da relagdo entre lei especial lei ger Deacondo com critério do contd, teres: (a direitos Funds- smentais do homemndédua, que S80 aqueles que reconecem autor noma a particule, garantindo inicativaeindependéncia 20s, Inuividuos Giante dos demais membros da sotiedade politica e do priprio Estado” por isa si0reconhecidos como dros nde, Eom ¢ de tadicho do Direito Consttacional bras (art 59, Sina por lirdades ce ltvdade automa (bere, gualdade Segurana, propiedad) (2) dtltos fundamentals do omen ac 28. propo «para pormenrs Ys de ea Mazz Tac Inurasntrfeb pba fea netoe crepe, Di Has Cn. et avs Pvt, Bins Hanne co Dov onto! toa Yeap ties itn na Ble ows a Por Comin or For p19, ra que 8008 que tém por conteidoe abst a definigio danacions Udkdce soa Seuldae dre urdanetas do hon ain, que sao os diets polices art 1, eto deeeger sree), ‘hiamadon amibém drt demcrtiens x dts de part pl reyanda,inadequadamentiberdades potas (ou eda ‘nspaco), pois estas consttuem apenas aspectos dos dretos pale ond dietosfundamentais daomem-soa que consttem os dt ‘tos sssegurados a0 homem em suas reigies soci €culurais {srt 6 ane, edscngo,seguidade social et) (¢) sires hinds tents ohne nenbrodeuma costae, que sConstigso ade toucomodirtorcaeoos (at 3 (f) uma nova classe que se forma é 3 dos dveits fundamen itor detrei gerago, direitos nda thentass do homem soldsrie, ou ditetos fandamentai do género Hamano (dieito 4 paz, a0 desenvolvimento, comunicagso, meio fmbient,parinOnio comum da humana). Em sintese, com base na Constitigio, podemos classifica os dito lundamentais em cinco grupos (0 directo nods at. 5) (2) diets a nacioaidade rt 12) (2) iets polices (arts. 18417) (8 diets Soci arts 61933); (diets eoletios art 5, (6 direitos solidsrios arts 56225) -AConstituigionio incu os direitos fundads nas elagbes exo nomics entre os direitos fundamentatssciin Ma os diets eco rnémicos existem, Teemos que reservar hes espage, quando ala Ios da ord econdmicr tne esabelecica nos ats. 170 182 Cumpe observar que a classifica acima nfo egola ota, smassimplesmenteapresnta osgrupamente gral pois qu cada las ‘Se comporta subclasses que serao cxaminadas 9 eu emo. ‘Antegracio das categorias de direitos fundamentais ‘A Constituigio suplanta a tendéacia para entender o dvsitos indivaduni como contrpostos aos deitos sodas, qu as consti Stes anteriores, de certo modo, jushlieavam,o que rela da Pet Sstencia da visio sndviduaistae ibealista des diets individuals, ‘ratava se de delormacio de perspctva, pols: ato deestabele- ere um rol de direitos econdmieossocais cults port ‘a necestriamente em confenirseconteido novo squcle conjnto Ue distor chamado ira Pe ‘A Constituiio, agors, fundamenta oentendimente de que as categorias de diitoe humanos fundamen, nea previstn inte: 1amse num todo haménico, mediante influécias cipro, at Forgue os diretonindividuas consbstanladon no eu ar st EGniaminados de dimensio socal, de fal sore ques pevisio dos “iratos soins ente ees, eos dteitos de maconaidadee politicos, thes quebra o formalism © o sentido abtate. Com no, warstse deur democraci de conteldobsscamente polio formal para Temocraca de conteudo social, se ado de tendéncia socalzante ‘Quantomais precio eficares se tomem os diets econdmicos, Scuiis ecules ais se incina do liberalism para o socialism. ‘Fanoformarsea pata de valores: hberalsmo exalts iBedade t= dieu formation econhecda, mas, em verdade, alerida por ppequeno grupo dominante; 0 soialinmo real a uae material te Toe como a nica base sida em que oeletivo egetl gouo dos dleitos indviduais de liberdadeencontarespaldo seguro. Aantite Selhicialenre direitos individuaise direitos sciaistende a eslver Senna since de auntie arantiaparaa democrat, a medida “rrque os limos forem entiqueceniose de conteudoe esc. ‘oudvin nde nos udemes, porque a Constitigsoagasalhou ainda tspostiados do eral eenico com intervenes ais farania dee do que camino para superéo acertamente wm desequibrio entre uma ordem social sociali- zante euma ordem ecandmiesiberaizante. Vejames, na patie, em {que essa contadiao dara ‘certo & que a Constiuigo assum, na sua essen. doutrina segundo qual hide vericarse a integragio harmonica etre todas ateoras ds deitorundamentasdoitomem sb oixo p= ‘Scomente dos dros soca, que nao mais poderiam ser tidos como tina categoria contingent: Net ¢ preciso ndamentos em bass jnsrturalsta, como se exforga emt fat lo para compreender que USrconsttuen em definitive, os novos dete fundamentais do ho- ‘ern com eda aro, se enoa qu, masque uma etegora de ‘Ets undamentatsconttuem um met poaiv pare dar um con- tea real uma posiiidade de exerci eficaz ats os dietose iberdades™ e sua proclamacio supe uma autentcagranta para a lemocraa, ou sj “para fetivo desfate dab Hberdades cvs © poltcas™ nae ee Lt Epa depois des derechos "SC pe Lanse p 217 Tomb Burdens, ets ais p19 «gnc oa, a roils maa pl Fara Fi Grove Co sige Pale Psapp T8911. 8. Diretos e gerantias dos direitos -Aafrmagio dosnt undamentas do homem no Diteo Cons- sional pont revestese de transcendental importance como ‘otra Maurice Haurou, no basta que um dre sj reconhecoe ‘ecaradoénecesanio garatl, porque iro canes em que sera “icutdoe violado Ray Barbosa a dsin que ma cosas die tor, outa as goat, pols Geveros sparse, "no texto dale funda mental as dsposies meant dederutiras, que st aque impe mem existenca legal ns direitos reconhesidos, a8 dsposies [issu quest que, m defesa dos dete, tan poder ‘Aquolsinsttuem os sition xa, a8 grants ocorrendo nr jimtarse, na mesma disposi consiicona, olga a faagio da fatantia’ com a decarago do diet» Nao sto nldae, orem as {thas divsdria entre dietosegacanias, como cbserva San ‘Dina, para quem “oe diets suo garantias as garantie odie. toe, anda quese procure dstingutlos.” Nem € delsivo,em face da CConsitughe afrmar que os cits sto decaarise a garanas ‘ssecuratiy,porgue se gorantas em cesta medida S80 deradas [sere se dear os dzetos usando forma sssccurata "ACConsituig, defo, no consgna regra que apart as as ‘atogorias nem Sequer ado ternnologia precise a eapeito das ga fantas Assim € que arubrica do Titulo Hf enuncia: "Dos dias ¢ {aratias fondant mas dei 3 dostrina pesqsisar onde esto distor eon se acham as garantie, © Capitulo I dese Titulo teazaubrica:"Dosdirolo¢devees naividuse ecole" no men- ‘ona a garantia, mas boa parte dele constiturse de gaat Ela Sevale de verbos para declarardietos que sto mats apropriados pata enunciar gaantns. Ou talvez melhor dstamos, ela reconhece [igure direitos garantindoos Por exempl. "6 asspurado o diteito lovee mi dere pen ciaina Dein pelea an ne tee dos aie ey mrt aera Coens as SES Sat ah at ect ae Srv pga vis ct based “ore sum guraasem capt eptades Prefer, hens por Relates Sine Etre etn rear ee ee oats ean anor 3 Ct Sp amo geome 7 sn ars sociation ae dle resposta | (at. 9, V), “assepurade.Japrestagio de assstn ‘Sa vegiena cI" tart & Vile gorumto deo de propiedad” {are 5a) gut ode de eran” (art 5.908). Outeas Neves, garanin sho enunciadas pela iniolaidade do elemento TSomurtorio, Asin, “acasa oa role! do individua™ art 3, lel siglo da correspondéncia «das comunicages tele Felice, dedados das comunicagées tetas (.)"G0t 9 XID; Eranessscasonarviolabiidade dare do siglo consul garanta {do dive intmidae pessoal efubar eda lberdade de transmis: $$o psseal do pensamento,mas a Coat lgo mesma al em die tosdesigodetorespondéaciaede siglo de comunicaci (ar 136 § Tei.beesJanoutro dopostive ests que "oto oles aintmidade, Eid prtvadasafonmacaimagem dae pessoae[1" (art 5 X)aguto dirs agora se negra: laide = grata: imine, ‘apis ha, ign pos! = diet de privacidad. Temosaln- ‘Tngeantis eps este otg at §2), rns da mais {ar 99, © a 18 menciona arataconsiucanas, Fla dif di- Angus diferengas ou semanas entre o que sam garantins ‘Ramen garni individuals arantas coneiuconas ‘A doutna no auxlla muito no desortinar 0 sentido desas cexpresates Elaempregeaexpresio ganas constituconisem ts Shs (i) econbecientoconstitclonl dos diets furdamen- {abrasum.edelrago de dcltos seria snplesmente um compeo- miso de napeitar sousténcae oexerccin esses diets, "que nao prove dele agua, senao dietamente da qualidade edo atu Erchoturas do ser amano’ parte-se da ela de que os direitos preeistem 8 Constuiao, que Ao os cra em outorg,recorece- Eapenas os gurantee uma iia vinculada &concepeiodo dirito flue ou de supa-esatadade dos dos fundamen 2) "pres {rkoes que veda delerninadas agoes do poder publco™ "04 for tadados presras pelas Constitages, para abrigazem dos abso To poder das velgdespousiveis de seus concad0s 0 dietos Svatitutives da personalidad nda (3) "protec pata da lie terdade evade a0 manimo de sua eficiin™ Cu recursos juiicos destnados a fazer eletivososdteitos que assegura”® jc inci oa re cea, A708 Fores Fh tet Pema Bis ina e Cana Fra o tp. 1. re! ands goeny Dara Conon Maal 131882, ado Por Ef Caan ines Vamoate, Mea dnc ctu p. 123 Secon csp 3 Hi, ainda, um conceito mas amplo de garmtia constituciona: “meio pedispostes para asseguraracbservAi,e portant, acon sevagio, de tin determinade ondenamente constituconal” Mas ‘i nose trata mais de garantia dos direitos fundamenais, mas de dfena de dado regime poten constitcional, endo mesmo at Contre, Ss vezes, a deter, porguanto so meiosque importam ‘nasuspensio destes ede algunas de suas garantin (etada de defe- Steestado de sitio, que estudaremos ase tempo) Interessam-nos apenas as urantis dos diets fundamentas, que lstinguiremor em dove grupos (0) garatia ers, destinadas a assegurar a existéncia€ fe vidade (efickia soil) dagueles dirtes a6 quis "se efarem 3.0 tanizactoda comunidade poise que poderiamos chamar cond {Ges econdmico soins, cultura polities que favorecem oeereh Siodosdietosfundamentas”® 0 “conjunt dessas garantie geais ormard a estratura social que permis sexstencia eal dos ietos {eindamentas"trata-se da etrutura de una socedade democrat «que confla para a concepeto do Estado Demecrtico de Diet, onsagrada agora no art de que alae (2) gorantas conshtuconas, que consstem nas instituges, de- terminagbes eprocedimentos mediante os quais propria Const Go tutela a olservncla ou, em caso de iobservancta, a reinegra- {ko dos direitos fundamentais* Sto, por se lado, de dots pent) {otofas costco era, que abe nehtsiggesconstitcionats que inser no mecansio de feos econtapesos dos poder Sin impedero ablro com 0 que constituem, 30 mesmo tempo, tcenicas de gatantia erespeit aos diets andamentas 580 gaan {as gras preisamente pore consubstanciamsalvaguarias de um texine de respeito& pessoa humana em toda a sua dimensSo; (©) §artasconstionrs epi, que sao prescigesconatitacionais ‘Statuindo tenias e mecarsanor que, litando a stuacso dos Se fos estatas ou de parculaes, protege aeicca, apeabiga: Sieve inviolabldade dos dno fundamentais de modo especial 4.6 Fea Perot, Dirt cesta, 1/57, Sci Roetatr ato pi 58° Tet Cence Shee, rc carole te nde erece 9 sei “ervencion, qe tendon sd sepurcnd ier 9c na Hades nara so técnicas proordenadas com o obeiva de assegurar a abservin- {Gs esses dittosconsderados em sua manifesto islada ou em frupor. Sao destas que cedaremos de mado mass pormenorieado Fo Ftsio Vt O conjunto das garantias ds direitos fundamentals forma si- tema pts dees proto scl propane poke jurien. ‘As garantiasconsituconais em conjuntocaracteri2amse como sexpongees,postvas ou negtivas, aos drgses do Poder Publi I filativasdesua condut, para asegurarsobservanca x 0 eas0 {de violagio a einteragto ds dretios Fundamental [As guantas cottons epectas sio normas consttionals aque conferem, aos tulares dos direitos fundamen, meno tn Ss, inateumentos ou procedimentos para impor 9 respeto ¢ ‘sigilidade de seu det Nese sentido, ess garantie na0 =80 \itim em si mesmas, mas intromentos part fel dem det principal Esti arog dos dietos humanosfundamentais "que [ovcotriri, sto um fim em sh na medida em que constitvem sm onjunto de faculdades presrogeivas que sseguram vantagens © ‘benclicies drtoreimediatos seu ilar Podem sealer te va. {hgens ebeneicioe som ublearse das garantie Mas rts no con {etem vantagens nem Beneisisemsi Sto snstruments porque ‘vem de meio de btengio das vantages ebeneficosdecoreenes dos “iretos que visa patantir Assim, ¢ fl pertber que tas normas Sonsitucionais de garanta s8o amb dito — Srclios cone ‘Som os diets fundamentals porque ko pennies concedidas po Dieta Constitconal objetivo ae homem para a defesa deses Duttos diets principals esubstaniis© Ent, podemos airmar Qu as garntins consucionai especie — endo dos undamentais {ques on autenticos det» pubic sabes, no sentido da dloutrina clssca, porque, efetvamente, si concedidas peas not- mas juriicas consttcionai aos particulates para exigio resp, ‘obvervincia,ocumprimento dos dite fundamentaisem cent to, importando, af sim, imposigoes do Poder Publica de atuagbes ou vedagbes destinadas a fazer valer os diteitos garantides dein panes en veda un fine sono, semen prac nS ‘de det aaa de csi ten sprain ned 9 et ‘Sreevanse paral cao deineberanc arene Prev lo, SERIES ds ett i eon vee se "9 1 Geiteso is fein Diet Que pA Titulo It Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos Capitulo 1 FUNDAMENTOS CONSTITUCIONAIS 1. Conca de dis dial 2. Dnt dos ters garmin lee Ses ma 4 Bit 8 ee 1. Conceito de direito individual O art. 5* da Consttuigio arola oque ela denomina de dito deveresindividuase coetivos. Nao menciona sias garantias dos dite tos individuais, mas esto também la O dispositive comesa enucia oo dieto de igualdade de tds porante aI, sm distin de qualquer ‘nnturezn, Embora sja uma declaragao formal, nao deina de ter senti- ‘doespecial essa primazia ao direito de igualdade, que, por isso, sr ‘irk de orientagao ao intéxpret, que necessitacd deter sempre pre ‘Sento o principio da igualdade na consideraglo dos direitos funda- mentais do homem, Fm sequéncia, dispositive assegura aos bisi- lems e aos estrangeizesresdentes no Pasa iialabldade do dizeto Avid, &liberdade'a gualade, segurarga ed propredae, nos ermos dos incisos que intogram o artigo. Na verdad, essa segunda parte o dispositive mantem uma tadicio obtusa einadequada. Nao fem enti dizer s6 nesse artigo que a Coastituicao assegura aosbrasile: tos os ditetos alt indicado, pois ela felta para o Brasle para os Drasileiees,exatamente para assegurarthes todos os direitos nea po- sitvados& limitativa em elagao aesestrangeirosresidentes no Pai, ‘como sea eles apenas fossem reconhecidos os direitos arolados no ‘35, como se, por exemplo, a eles fsse sonegado 0 gozo dos dire tos socias, que nao constam deste artigo. O artigo asegura“ainvio- Inbiisace do ina avadu nos termos seguintes (mas, nos tr ios seguintes, constants dosineisosepardralos, nada mais se diz Sobre vida, a nao ser da inviolabilidade da vida prizads, que n30.€ dicelto A vida mas direitoprivacidade. E muitas outras observa- ‘Besse poderiam fazer 4 obtusidade que se configura nessa segunda, parte do caput em nome de ura radio que, desde a Consttuigao Ge 1854, perdu sua razdo de ser, porque, de lé para cs, outros direl- tos fundamentas foram acolhidos e reconhecides aos brasileitos € ‘estangeizosresicdentes no Pai, além dos individuals e suas garantas, AConstituigio garante a inviolbilidade dos direitos referides, mas no & ningo que se encontrar as garantiasindividuais, que ela ‘nde mencionana rubrica do capitulo, como fziam asanteriores. Mas ‘essasgaranlasestio ene os direitos arrolados, melhorsistematiza- das desta vex e delastrataremos no Titulo VI juntamente com ou teas, onde voaremos, com pormenores mais concrets, sobre a dis- Uingio entre garantias e dirs” i.demos antes uma ndode dit indivifual?Entso, concebémo- los como ditiesfundamentas do homemindioua, que sao aqueles {que reconhecem autonomia as particulares, garantindo a inicaliva {independenci ao individuos diante ds demais membros a socie ‘dade polticae do proprio Estado. Por isso, doutrina (francesa, es ‘pesalmente)costuma englabi-los na concepsao de iberdade-auano- 2.Destinatérios dos direitos e garantas indivituais Viu-se que oar. 5° da Constitucao asseguta os direitos alt ind- ‘ads tanto aos brasieirs como aos strange esicentes no Pas ‘A propésit,cabem teésindagagdes: sendo direitos egarantias indicia, pessoas juridicas nao os nuerem a nenthum? Abs estra- srios residents so 20 reconhecem esses direitos e garantiesconstan- tes daquee artigo? Osestrangiros no residentes, mesmo estando no Pais, enti exch de incidéncia de qualquer deles ou delas? (© principio & 0 de que os diveitose garantias assegurados nos Jncsos do art. 5* se dirigem as pessosfsas, a0 individu, e nao as [pessoas juridicas. Assim pensava Pontes de Miranda,‘em coment Fo ao art 153 da Consttuicio de 19677968, conquarta em outra 1. Duinoant 27 anda geencament para ature io ea da ci reap nee SESECRSSTES lot ota da Sept ae onde mon laitcsgi dos oe ndamenac a? Fate os names assagem de sua obra diga que determinado direito ampara tam Bein pessoas jurdiae® Manoel Goncalves Ferreira Filho jae face da Consttucovigente admit que beneficiam também pes soesurdeasrstaseesrangersquesuen no Bra O pi Cipla eo menclonado seta, masa pesquisa no texto constituconal Spostraque varios dos dgetoe areas nos incios do a 5 se Tender be pessoas juriicas, tis come o principio da sonoma, © Principia du legalidde,o diretode esposta, 0 dreto de proprieds- {eyo siglo da orrespondéncia «das comunicages em geral ai ‘olabildade do domico,n grantia da dirt adquiide, a ato Juric perfeto eb coisa juga, asim como a potego jurisdic Jaleo cireito de impetrar mandado deseguranga Haste dito que proprio de pestonuridica,como odie propriedade das ma cErabenomes deeaprests ea outossgnoe Gistintvos (ogoipes, fantasas,p ex), Ma as empresas de capital etangeso,neluindo ‘sinultinacionats,ndose beneficiam desiesdetosegarantia cons tucionaisindividunis, salvo, no que lange a marcas, mes eg ros, protec de diet nternacional Oatrneio esdene nfo em 3608 iets aolados io art apes de somente alt parecer como destiatiio de dietosconst- {tcionals, Caberw ihe o dineoe soci, especilmente os Wabalhs- {is Ao outorgardetos ao rataadores tse url, pr eto jaca aConsituiioalberga tae tabalnador stranger es eno Pas. e aon se de entender em relagio aos outros die {ov socmisseriacontrano aos dros undamentas do hemem neg loeacsestrangeto resdentesaqu ‘Ah posigho do esirangero nao resent em face dos dros g- rantin ecopurados no art 5 nia € fel de delinea endo em vista Gur asd se mencionam os basin eestrngern resents no Pas. Rouvesno sero da Contant, tentativa pars defini com clare, a Condigio juridica doestanger, maso douto Relator Berazdo Cabal ‘ho fol senavel a tema. Sese entender otexto doart. 5 caput, a pé da letra oestrange- ronao residente no goraié de nenium dos direitos garantia ele hunciados Pontes de Miranda no pensava asin, pos sobre ota, fm face da Constiuigao revogada,achava que “algune paragrfos {do entio art 153} modifica a exensio da parte ici do argo, bu para diminutla u para leva slam, S'0exate das questoes pode guarnos na andlae das expéies,utlizdos os concetes de 5 auimo glace pc dane or ean i todepnpnidade oh Sr pp ane TC Comms Ch bs e865, 108 supracstatalidadee infa-estatalidade de que ante falamos"? Con thtque diet qu ele eputava supravestatase absolutes, sto as Segutados ule sr haar Jkdiscutimon ea concepcio scbweasupraetatalidadede certs, direitos quedo acetmos. Vos 20 contro qu uma das arate "eisai de dost aoe {njetvaio deste, Jostamente para sndcar sun validade em tlh fov indvidos do Estado, salve enunciado expresso nowto sentido, Por so, quando a Constio, como as aerioes,asepura tai i reitos aos sieve strangers detes no Pl indica, coneomian temente, sua postvagt em relagio aon sts (ubjtvacbo 9 que ‘sgarane Seles, portato, eam do dnatosutivn (poder ou per miso deexigbildade)reatvamente aos mancdos consitueorats dos deta egarantias indviduais Se a Contigo aponta oe Gest Iatrios dexses dries, so hade terconsequéncas nocmativas so ‘io quer dizer que on estrangerosnio resdentes, quand regulr tents s encontrem no tern nacional, possi sare abi, ‘to dsponhiam de qualquer meio, inclu os jursciconas pata {utelarstuagiessbjetvas Par protegélos ha outrasroemas jd {as inclusive de Dio ntermacenal gue o Base sus auras tem que respitar observar sim como existem norma legs, ttadutidas em leisagboeapeial que define os dirctos a condi {Bo urdis do extrangeeo tao residents que tena ingress ru lammentenoerntonobresiis Osos admats uo toe Cons titled i ic ov estrangeios nao residents use sequer spsiibde delet nnn busvnem enone pos im da enstencia de normas de Dt lternacinal vince Brie ainda subscrtor das deciaragoes rivera e americana dos dirtoshumanos, © que, agora ate por forga do § 2 do ar lhe impee, quando nada, a consieragio de que a pessoa humana tem tama diensao supranacional que merece um minimo de respite Postla um watamento candign, ao menos ao due tange gues d= Fotos de naturees personals. Quando oat "poe adigndad da Tessor human como um dos fundamentos do Estado Demovrtce de Diretofazuma proclamacao de valor universal asim, abrangente do ser human, 3.Classfieagao dos direitos individuais AConstituigdo d-nos um eritrio para a classifcagio dos direi- tos que ela enuncia no art. 5%, quando assegura a iviclabilidade do Bb SE pes as diteito A vide, 3 igusldade, A Merdate, 8 sequrancae propredade. © ‘utero €0 do ceo imedato do diveito assegurado.” A dificuldade fests em que, nesse agrupamento se acham direitos egarantas, que feremos que distingut, posiivamente, mais diante.Os direitos que tém por abjetoimesiato a seguranga, por exemple, parece incluir-se {odor no campo das garantis individuals, e como tl serio estuda- ddos em outro ligar Mas ¢ necessaio ter em mente que 0 dreto & Seguranga ai enunclado contém implicto um direto fundamental Ae individuo, que, assim, ndo aparece nasclasses indicadas nocaput ‘do artigo, Teremos, ois, que tentar aor los aqui, jéque sto deex- ltema tmportincia para 9 respelto & personalidade. Faremos iss0, ‘ontudo, mantendo' base da classiicagao constituciona, pois outa “Sera tho relative e imperfeita como ela® Levaremas em conte tact ‘bema circunstincia de a Consttuigdo mesma admit outros direitos ¢ garantiasindividuaie nfo enumerads, quando, no §2 do art. 5, Seclara que os dirstosegarentia previstos neste artigo no excluem ou- tos decorrenes dos principe regime adotado pla Constiuio eds Utalados interacionis em qe a Republica Federaioa do Brasil sea prt ‘Dat primeiramente,adivisio devses direitos individuats (deicemos nt psn dfs) emda pros eis mas express ditto india decrees d regime Preferimos, no entanto fazer uma distingdo em trés grupos sob esse aspecto: (1) drettos incuuais expresses, aquelesexplicitamente fenunciados nos incsoe do art 5°; (2) drios indus implica, [aqueles que esto subentendids nas regras de garantias, como di- reito identidade pessoal, certos desdobramentos do dieito vida, © direitoa atuacho geral (art. 5); dveitosindivituaisdecorentes domgine ederaindosnternacionsis subsertos pelo Brasil, aqueles que ‘niosio nem expicita nem implicitamente envimerados, mas prover ‘ou podem vira provirdo regime adotado, como odieto de ress ‘4 entre outros de dificlcafacterizaio «prion. Por iss0 as catego- Flas adianteindicadassoment inclu os direitos individuais ex- pressos e impliits,conforme seu objet imediato ‘Com esses esclarecimentose deinando desdobramentos para 0 capitulo correspondente, podemos classifica os direitos individuais hos grupos seguintes! (1) diveito& vida: (2) direito&intimidade; (3) ‘irlto de igualdade; (4) dreite de liberdade; (5) dreto de propre dade. 9c Manuel Gone eri Fito, Car de ite Coton. 254 Tocfornasciacaste aim dda ot Manoel Gone Ferra Ente Ls thi puliaes 1 Unio ep BT Cet de Eke Ie patos pa Ray Soon, Reais hora eps, 7p 90 4. Direitoscoletivos Anubrica do Capitulo Ido Titulo It anuncia uma especial cate- goria dos direitos fundamentas: 0 coletivos, mas nada mais diz a eu respeito, Onde estio, nos incios do at 5, eses dreltoscolt- Houve propostasna Corstituinte de abrit-se um capitulo pré- priopara osdirats coletioos Nee seriam inluidos direitos bide acesso 8 terra urbana e rural, para nelatrabalhar e mot Scesso de todos ao trabalho odireito a transporte coleuvo, 3 fo saneamento isico, 0 dirito ao meio ambiente sai, o dieito& ‘melhoria da qualidade de vida, o direto a preervagio da paisagem fda dentidade historia e cultural da coleividade,o dreto ain formagies do Poder Publico a requerimento de sindicats e associa {Besem geral (que Senador Jose Paulo Bsol chamou devisbldade Ecormgedoria socal dos paders), os direitos de reuniao, de associagaoe Ge sindcalizagto, oditeito de manifestagSo coletva, incline af ‘dizetode greve,o direito de controle do mercado de bens e serv {pases popalaio cos dts de patio ede partcpato ‘Muitos dessesditosditeitoscoletivas sobrevivem ao longo do texto constitucional,caracterizados, na maior parte, como direitos ocais, como liberdade de asociagae profisional esindical (ars Fe 37, V0, 0 direto de greve (ets 9 ¢ 37, VID, 0 dreito de partic ‘pagio de trabalhadores t empregadores os coleplados de Orgies Diblicos (ar. 10), representagao de empregados unto aes empre- igadores (art I!) 0 dgeito a0 meio ambiente ecologicamente equi ‘Brado (art, 225 ou caracterizados como institute de democraciadi- retainos ars 14,1 Ile ll 27,4, 29, XI, 61,52; u, anda, como Institute defscalizagzo financeira,no art, 31,§3 Apenasasliberda- des de reunigo e de associagdo (art 5% XV1a XX) odirito de enida- ‘es associativas de representa seus fillados (art. 5%, XXI) eos dire= tosde receberinformagbes de interesse coletivo (art 5%, 00D e de petigho (art 52 3OKXIV) estaram subordinados 3 rubrica dos dire- {bs coletivos. Alguns delesndo sto propriamente direitos coletivos, smas dicts indiiduas de express clei, como as liberdades de eunido ede associagio 5. Deveres individuais ecoletivos Anubrica do artigo agora menciona também devs indviduaise ‘oletivos. Os conservadores da Consttuinte lamaram mais pelos Aleveres que pelos direitos, Sempre reclamaram que a Constitugae ss estavs outorgando direitos ¢ perguntavam onde estariam os de- ‘ers! Posulavam, ate que se nfrogunisem ai deveres individuais coletivos, Nao er issue querim, mas uma delaracao constr “Sonal de deveres, que se impusestem a0 povo. Ore, uma Constia Gho no tem que fazer declragio de deveresparatela a delaragao Suites Os deveresdacortem destesnamedida em quecadatir larde divitosindiduastem adever de reconhecereespestar igual tireto do outro, bem como 9 dever de comporarse, fas lagdes interhumanas, com postra democrais compreendendoquea dig. idade da pessoa nana do proximo deve sr evallada como sta propria ‘Na erdade, os deveres que decor dos ncsos doa 5% tim como destiatiroc maiso Pater Pablio eeu agentes em qualquer fivel do que os indiniduos em particular A inviolbiidade dos d- feos assegurads impoe deveres todos, mas expecalment sau toridadese detentore de poder guns exemplosexclarcemo tema Sever de propia ample defesa sos acurados, deve de 6 per {eralgutnt por ondem conta de autonidade judisarin competent Svo fos casos de tanopressdes militares crimes propriomente mrltates, odeves de comunara prio de aguem ea focal onde se ncontre 2 juis competent e fara do peso, 0 dever de inf sar ao pres os seus distos entteos quai ode permanecer lado, ‘Socgurada a asistencia da femiliae de advogado, 0 dever de iden. Uitte, o peso, dos responsiveis por sua pisdo ou interrogate fio, dever te respetar a imegridade iia do pres ete Ot XU OXI Date EI) Capitulo 11 DO DIREITO A VIDA EDO DIREITO A PRIVACIDADE [EDIREITOA VIDA: Aid cme obit do ete. 2 Dita nett 6 atti Aer Toe ‘DIREITO A PRIKACIDADE: 9 Co fests T3 Pada formate 18 Va a pace © ea o LDIREITOA VIDA 1. Avie como objeto do direito [Nao intntaremos dar uma definigo dito que se chama vida, porque € aqui qu se corte o grave nico de ingressar no campo da thetalsca supers, que nao nos levars a nada Mas agua pela ‘ta hide se dita sobe essa ser que abst de dice fundamental Vids natextoconstitaconal ant 5 cpa) nao ses considerada ape ‘as no seu sentido biolopio de incessnteast-aiidade funcional, peculiar amatéra ong, masa sua acepedo biogafica malscom. prersiva Sua rigueza significative ¢ de dc apreensio porque € Eig dinamo, que se traformaincesantemente sem perdet sua . ae Enis um pose prnao ah. ue see furs com aconcepgio (on germinagio Vegeta), transtormase, gride, mantendo fan Hentdade, até que muda de qualidade, de Sando, eno, de servi para ser mort. Tudo que interiece em re jaa deste ar expootnese incesante conraia a vida. Tada ser dota de vidas indi, st algo que nfo se pode dividt sob pana de deina de ser O home us individu as € mois questo, uma pessoa" Alm dos caractere de ndividuo ioe Togio tem ode unde, idetidadeecontnuidade substantia” No dizer de Ortega y Gacet mencionado por Recasens Sch, “a vida consist ena compresencia en lacoevstonci del yo com un mundo, Ue un mundo conmigo, como elementos inseparables, nescindbles, cortelativos” A vide human, que € 0 objeto do dreto assegurado ‘no art 5, caput, integra de elementos materia (lisicos epsiqul- os) einaeriaisespirituas). Avda €inimidade conosco mesmo, Saberse e darse conta de st mesmo, um asistir asi mesmo e um tomar posigdo de st mesmo” * Por isso. que ela constitu a fonte pr inaia Ge todos os outros bens juridicos, De nada adiantariaa Cans titugdo asegurar outros direitos fundamentais, come a gualdade, {ntimidade, a lberdade, obemvestay, se nao ergise a vida humana znum desses direitos, No contetida de seu conceto se envolvem od feito dignidade da pessoa humana (de que tratamos),odireitoa Privacidade (de que culdaremos no capitulo seguinte),o direto Entegridade fiicororporal, direto a integridade morale, especial mente, 0 dreto a existéncla, No dizer de Jacques Robert “O respeito& vida humana é um tempo una das males iis de nose ilo eo Primes pt ‘ipo da moral médica. nele que repousaa condenagie do abort, do ‘erro ou da imprudéncia terapeutica, a nao-acetagaodlo sulla. Ni {udm lord odireito de dispor da propria Vda aferior da de ostrem e It€o presente, ofto€considerao como um ser humano”." 2. Direto dexsténcia CConsiste no dreto de esta vivo, de Iuta pelo viver, de defen- der a propria vida, de permanecer vivo. 0 direito de nao ter inter fompido o process vita senso pela morte espontanea eineviavel, Exist movimento expontinco contrario ao estado morte. Porque se asseguao direito 4 vida € que 8 legslagao penal pune todas a5 formas deinterrupeio violenta do processo vital. Etambém por essa razio que se considera legitima a defesa contra qualquer agressi0 3 ‘ida, bem como se reputaleitimo até mesmo tara vida a outrem fem estado de necessdade da salvacio da propria ‘entorse inci na Constiuigo odio a uma exstncia digas” Esse conceto de exsncia digna consubstanciaaspectos generosos 4. idem 42 ate) 5G Padua Pane, TH Capon. 8, quarto pig 0.6L Enc ppc p23 fos cn Sahosen come um make solr dan a be oro, ue Ss mae 1 © Antepd Crna Poli de Estos Conta (con coms Comite Alonso Ate, soma deta prendei) pn soa 65 de natureza materiale moral; servisa para Fundamentar 0 desliga- ‘mento de equlpamentos medico-hosptalares, nos casos em que 0 Pa ‘enteestivese vivendo arificialmente (mecanicamente) a pratica da ‘ewtandsia, mas raziaimplictoalgum risco como, por exemplo auto- Tizaraeliminagto de alguém portador de deticincia detal manta que fe Viese a conciir que no teria uma existéncia humana digna, Por esses cos, talver tena sido melhor na acalher 0 conceta, 3. Direito a integridaefsica Agredir corpo humano é um modo de agredira vida, pis esta se eall2a naquele-A integridade fisicocorporal canst por so, um dem vitae revela um dreito fundamental do individue, Dai por que as lesdes corporis so punidas pela lgislaca0 penal. Qualquer pes foaqueas provogue ic sujita ds penas dalek Masa Constituigio fi texprstaemasseiraromspetoa intra fie des presos(at- 5% XL “Asconsttucoes anteriores. consignavam, com poucaeficcia. US Iizamse habitualmente varias formas de agressn fisca a presos, a fim de extrarhes confissbes de delitos Fates esses que] estaoabol- dor desde a Constituicio de 1824, quando, em seuart 179, XIX supr- ris osagites a tortura, a marca de ferzo quente,e todas as mais pe- ras enti, 0 que fot completado pelo att 72, § 20, da Constituican de 1891, a0 abolira pena de gales e barimento judicial 'Nio bastou,porém simplesmente abo Precisou vedarexpres- samente. Nem assim se tem evitado a petica deta formas de tortu- ‘re crueldade, sem que os agentes sfram qualquer punicao pelo {rime que,com isso, cometem. Agora, a Constituigao vai mais longe Salim de garantisorespeito a integridadefisia e moral, declara que résubmetides tortura ou a atamentodestans ou degradan- Tif). A fim de dotaressas normas de eficicia, além de ‘cominagio de penas, a atual Carta Magna preardena vétias garan- tias pena apropriadas, como o dever de comunicay, imediatamen- te, ao ju competente 8 familia ou pessoa indicada, a prisao de ‘alquerpessoneolocal onde se encontre; 0 dever também da aut0- ‘dade poical de informar ao preso seus dititos entteos also de [Permanecercalado, aseegurada a assstencia da familie de advoga- {doje o direto do preso aidentilicagao dos responsavels por sua pr- ‘io. interrogatéro poicial. ‘ost into extn ga etn de Comite du Sobran «dos ‘Beto «Casa do ome da ier de autor doen Paul Bs tite congue eno eatin digs com prvencsmatraiscome S| Inpumo nnn a sae Rogue grange Poo Se aintegridade fsa € um dito individual surgea questo de saberseliclo a individuo alenar membros ou gave de Seu corpo. {problema € delado, Se sna endo, eros ou pata, se para xtngio apr» mors do alenante, no parece ue aba quale fuer abjgio € que, em tal cas, nao ocoe ofensa 8 vida, que esses insted a situate, qu, is veces, se manifesta na imprenss depos que oferecem in ou oho, pars extagsoimedits em vida, por dotrminada importa em dither. A doar sempre fl ad Ftd viendo a cupn deficienciaeatesovar vida le doentes A {ues da lictude da alenaga est agora submetida a norma const- {Ecional expla far 199, 4 segundo «qual ale que deine as ondiges €requintos que fain a remarao de org, tecdos © ‘Sttincias humana ara fins de trnplane bem como acts, pro. commento ransusse desangue vad, por, top de comer ifSeao Sto, pots bens fra do comézio Ese Cuma atividade dente tnedlagona ccilagto da iguera, Comercio consist, portant, taprdlcade sts decomercie, ou soe na pitica de tos medianelros “tea produgioeo consumo com itlto de ura Ae relrtda no ‘Tspostivoconshacna, fol prmulgada (uel 9434, de 6.1997, ‘eyulamentada pelo Decreto 2268, de 5061997 que msituso Sisk Ba Nacional de Tansplante—SNT). Ao contano do que as cdibes Sterores supurham pose: a doasso onerous de Guo dreamer ted seu tar ao utente, 2 let so admitu a disposi grata de {echo Gms e partes d® corpo hurmano em via om fst mle, pam fine de ransplante eratament, Paso fatos da eerie © Enno espera duo ndo exo compreendls ene os eidos tmencionados no seu art, 1 Procedeu bern a let a0 estabelecet {Fatudade para cate € que a vida além de ser um dzeito far Renal doindividue¢ também um interesse que, nto 3620 Esado, thas) propa humaidade, cm fungso de sua Concerto cabe pre. {Rrvar bo mesmo modo qe a inguten €egitimoalienar outs d- Tits fandamentis come aiberdade, por exemplo,tambem nto se Tne uimite aliens propria va, em nenhuma de suas dimensiesE Ale abserat contudo gales permite a disposiedetecdos Gr fovou pares do propio corpovivepatafirs de tarspane, quando fe tau de orgs dupos, de partes de Ggios, tds ou partes do Corpo cj eeadenioimpeysoorgaiome do doador de continuat ‘vendo sm isco para asa nepidadee no represente gave com jrometimentode vas apidoes visi tide mental enSocause mu vega Sete fori inte De Come» Lab tilagio ou deforma inactive consesponda a uma ncesidade terapeuticacomprovadamenteindispensivela pessoa receptor (art 1, Dise ques dong, em tla tern por abjtivo salvar vid, e a0 tela ustieativasacricor a vida ou ialidade do doador extn {ulndo ou mutilando s propria vida. Por esa roo, também a do Ehoyem vide, depende de atorisasao do doador de preferencia por Sito ediante de testemundas. J disposgho pos! morton de eck dos, ngioee partes do coro par fie de transplant preume-se ‘utorizada, salvo manitestagso de vontade em contro Por so isipeevt quea manfestagioem cantino conste ga Carera deen thiade eda Catia Nacional de Habllitagso, mediante a expresso “nlo-doador de goose fecidos" gravada de forma indelevel © inviovel art 4) Ale fala em gravagbo cumulativa naqules dois Adcumentes exagero, pos seconsar de uma a manifestagio de Sontadecm contro dong jo expresada 44 Dieta a integridade moral A vida humana nao € apenas um conjunto de elementos mate ‘ais. Integrartna, ourossim, valores imateriais, como os morais. A. CConstituigio empresta mute importancia & moral como Valo co- socal da pessoa e da familia que seimpoe a0 respite dos ios de ‘omiunicagao social (at 21, 1V) la, mais que a5 outa, realgou 0 valor da moral individual, torandora mesmo um bem indenizavel {art 5, VeX).Amoral individual sinttiza a honra da pessoa, obor ‘ome, a bea fama, a reputagao que integram a vida humana como Mas anda certo que as profs deren {aside condigaes materias nos iguligam por cus paca ogra justice penal E mute difandid ainda, dine que codeine 23 pata pobre 35 “Ouribinal et eho paras pobre” Amore, Li VI, 38, ctado me EE .27.CE. Paling Jacques, Da falda erent, p. 216, 7 Iqualdade perant a tributacio © principio da igualdade tributes selaciona-se com a justiga distributive em materia sca Diz espeliosrepartigio do dr fi fal do mode mats justo possvel Fors disso a igualdade sera pura: shente formal Divereastortas foram construtias para explcat © Drincipo, diviidas em sujetioae e abetias™ As tcras subj comprewndem duas vertentes: ado principio dobenafiine a doprincpo dv sarfc a. O primero sgrtica que Scang dos mpostos deve ser distribu entre os individuos de aco do com os benefits que destrutarn da atvidade goveramenta, fenduca cxghncs da tbutaghoprporcionl§ prpricdade ous re {En propscn cm verdadesiaagoes de real injustigana medida em {que agrava ou apenas mantém a desigualdaes existent. O prin {pie do sarfco ou do custo implica qu, sempre que o govermo incorre em cust em favor de individuos partielares estes casts deve er auportaden por ees Ese principio ft dlendidoporstuatt Mil segundo o qual ¢igualdade tabutdcia€o corso ogo 40 Principe gerl de igualdade eo imposto se reparte segundo este ce {erode jstiga quand cada contibuitesuparta um sacri igual 40 suportad por quaiguer outro, eringuem sore mais que outro emo cansequéncis do pagamento do import” Esse criteria de a. ‘rls sgual mdunda, ma verdade, numa nyu, porgue nama so- ‘Sade dnvdidnemclasses no ecerta qu todos seberesicler gua ‘mente das atividadesgovernamentsi. "Asis objetvasconvergem para. pritipo da capcidade con trbuts,expresiamente adotada pela Constwigo (rt 15, 81), Segundo o ula carga tibutria deve ser cstrbvida na medida da ‘apacidadecondmica dos contbuintes, catia que mph: (3) ma fate impeitive que ap capaz de medira capacdade, (0) aliquotas ‘que igutem verdadeiamente essa cargas™ A ditculdade ets a dleterminagio correta da "capacidade tnbutria individual” Adour trina fou alguns eriterios para ssa, que s80 de "saciico gual”, Se “saci proporcional” ode “menor sachifico” « 0 de "nao sitar a desigualade das rendas pla tributagio", a respeito dos {uals Hugh Dalton oferece a seguint sintese: "De acordo como principio de scrificio igual o Gruss moneti- fio direto da tnbutagse deveria sr distsbuido de modo que Tose 2s, Tara pormenones, cabs gl oo Tir ¢ nde oii ‘sca ns Cont do rn pee ‘BCE Lali Gangem eae de acede abi, « U2 sacha E: Eos rbd pli, 28; ell Gang. igual onus rea para todos os contribuines:cnscantes0 principio Eecie proporsonasobenrenarecondmaco que omesro sere de surrena d acta com oprinpe omen sacl aes ‘overs de no go as tal ita parson ie {Semcon fseeo tenor posse eguin. prnpn ee eon como eso” demo que designicage de endas a0 ‘menace re disiuse em Conequtncn da ruta" “Atespeito dese rij escrevemos que so tos abstr tos det modo gue submette a meticulona sls, revelam Salads ineperadn por vere, conraio a principio dustin "Bincessri [diianos enzo] trem vista quo sistema tbat pate cde um sien econdmic-soial condo, quaiguer tern uma trbutogojusta que nuove em conta afoakdade do site sasoetl eat abnragao measce’ = ‘io bnsts, pots, mgr de sonominextabelecida no cap do ar. parecer ques gual perane a tbutagao ed gaan tid, Oconstuinte eve conscinca de sun ireuicnen, tanto que tstabelceu que cvlao sin hatoento deigual ete contrib {Siguesecnlntem om tug eee, ra aie stn ‘rts de cop psa oun yor ceed depend {Sct da denominated: einen, tat ou Seo 1S): Mas tambem onsagrov aera pela al sempedue pose {snp edo eter pect eee eas segue # pci ‘conde do contre at 68, 8 9) F'0 prnepio que busca festa faa aa dstbuigh doors fal nd capaidade contr econ dio ant prema epa sechoram, Lima veda etemeno dergua- outs omuior Masem ‘Sedndeanbas coconjgam'na enfatia de conten justin Stan A pradungo, segundo a capscidade commie peronal {ago do pte perme agruparocontbuintes em cies, pos ‘Sitando tatters divested pr case sola dente de cada ina, que cnsitem sitagoeseqivalete, ua prince da iualdade 4. Igualdade perante a ei penal Essa igualdade nto de ser entendida, js dissemos, como ap cagio da mesma pena para o mesmo delito. Mas deve sigaificar que ‘mesma lei penal e seus sislemas de sangbes hao de se aplicar a 4 hpctmm nso a REBATE ha crane ba todos quantos pratique ofatotipiconeladefinido come crime. Sabe se por experiencia, contudo, que os menos afortunados ficam muito mais sujeltos aos rigores da justga penal que os mais aquinhoados {de bens materia. As condigoes reas de desigualdade condicionar ‘tatamento desigwal perante lei penal apesar do principio da iso ‘pomia asegurado a todos pela Constituiga (at 5) ‘fora isso, existem casos de privilgio reconhecido na Consti- tuigio, de que se destaca o da iovolibildadee oda imuniade para ‘mentar, ce que trataremos depois, Ness caso, contudo, 0 privlégio ‘io € da pessoa, mas atributo da Fungo, justificado assim por um. Valor mais elevade, 9. gualdade “sem distingo de qualquer natureza” ‘Adm da base geral em que assentao principio da igualdade perantea lei, consistente no tatamento igual a situagoesiguais ta Famento desigual a situacdesdesiguais, a Constituigaozwede dstinges Ae pualquer natureae (ar 5% capul) As ConstituigSes anteriores emu ‘meravam as razdesimpeditivas de discrime: sexo, rag, trabalho, credo religoso econecgbs plc. Fsse5 flores continuam a ser encareci- ‘dos como possiveis fontes de discriminagoes odiosa ,porisso, des- ‘deloge, proibidasexpressamente, como constadoart ¥ 1V,ondese dispoe que entre os objetivo fundamentas da Repubbica Federat- ‘va do Brasil ess: promaver o bem de todos, sem preconents de or ser rag, 2, cor dade quaiquer otras formas de discrimi. Pro Bette, também, diferenga de slarios, de exerccio de ungoes e de riteria de admissio por motivo destvo, dade, cor etado ci Ou pose de defcénca (art. 7,10 e XXXI)-A Constitugao asim o faz porgue ‘sets razbes peconcetuoses #40 as que mas comumente se foam ‘como fundamente de dierime.” ‘A Constituigao vigente é mais veemente e mais abrangente na ‘Opprecenceito e discriminacio sio consequencias da teria. Acor $6, nao era elemento bastante, porgue dirgida 4 cor negra. Nem raga fem cor abrangem certs formas de discriminag®es com bare na {ge como, por exemplo,discriminacbes de nordestinos ede pessoas Se origem social humid Além das normas gerascontrrias is discriminagées de origem, 1 Consttuigo inseria uma hipotece espeifica, para dizer 0 Obvio- {que a lei nto poderd estabelecerdistingzo ene brasileros natos © Patras, sal os casos previstos na Consiuigo(at 12, 82) 12 Igualdade “sem distingio de dade [A idade tem sido motive de discriminagéo, mormente no que tange is relagies de emprego, Por um lado recusa-teempreges pee soas mais idasas, ou quande no, dao-sethessalarios inferores 20s ‘dos demais wabalhadores. Por outro lado, paga-se menos a jovens, ‘embora para a execusto de trabalho idéntico ao de homens feitos A ‘Constituigio tra norma expressa proibindo diferenca de salics, Se exercicio de fungdes ede enterios de admissdo por motive de id fe (art 72000), Avista desse texto fica interditado estabelecer i ‘de mazima para ingresso no servic, como tem ocorido até agora E-evidente que a nfo discriminacio em rszio de idade hi de considerarstuagos coneretas que comportem comparagio entre pesso- 1 de idades diferentes adultos, menorese idosos. A Constituicao ‘mesma admite dstingio quando, por exemplo,estabeleeaidade mi- ima de dezesseis anes para admiss4o ao trabalho, salvo na condigio ‘de aprendiz, a partir ce quaterze anos (ats ®, XXXII, 227,830. 1B. Igualdade “sem distingdo de trabalho” Em primeir lugar. o principio significa quea iberdade de exer- ‘cio de qualquer wabaiho,ofco ou profissde,reconhecida no art. 5, Xill da Constituigio, pertine a qualquer pessoa em igual condi. ‘Assim o acess0 a0 emprego privado como ads cargos, FaNgbes © ‘empregos publicos hide ser igual para homens emutheres que de- ‘monstrem igualdade de condigso. nS; Saigo Empire moi Cara, Mi, ‘Aregra completase com as normas de igualdade que se encon- tram iasettas no j ited incso XXX do art 7, mas especialmente no inciso XXXII do mesmo artigo, que veda distingto entre trabalho ‘anual, tenieo e ntelectsal ou enzo os profissionas respectvos. A poridade de tratamento aqui garantida di respeito as conaicbes de Exerccio de fangtes © de nteio de admissao que tm que ser as mesmas para todos, quanto 20 valo: do trabalho, ndo se exigindo 2 ‘paride de resultado produtivo Eni, lembra Pontes de Miranda: FFodos os direitos que tverem os trabathadores manuals loo os trabalhadores intelectuais, ou ViceVersa. Dente os tabalhadores smanwals, o principio da isonomia também prevalece” Ressalve-se,contudo, que a propria Constituigio imple dser- rminagio entre a etribuigio do trabalho diumno e noturno, determi- pando que este tenha remuneragao mals elevada (art. 7, [0 14 gualdade “sem dieting de redo religioso” Estado leigo, a Republica Federativa do Brasil sempre reconhe- cou iberdade de religidoe de exercicio de cutos religiosos at. ‘Vb, agora sem as limitagoes da clgusula “que nao contrariem a or- ‘dem publica eos bons costumes” que figurava nas constitulgoesan- terloes,Afitma-se que "ninguém seri privado de direites por mot ode crengareligiosa [salvo escusa de conscgnci art 5, Vil}. ‘0 corolirio disso, sem necessidede de expicitago,é que todos hho de ter igual ratamento nas condigbes de igualdade de direitos e ‘brigagbes, sem que sua religito posea ser levada em conta. E real mente, neste particular, parece que © povo brasileiro se revela pro- fundamente democratic, rexpettando a religito dos demais, eno patece que ofatorreligito vena sendo base de dscriminagSes prt ‘adas ou pablias. 15, Igualdade “sem distingdo de conviegbes filoséficas ‘ou politicas”™ Esse &0 ponto crucial do principio da isonomia. aqui que ele tem sido constantemente desrespeitado, De fato, a razio de ser do principio esté em “impedir que os “rgios do Bstado operem diseriinagdes em prejuize dos oporentes politicos ou apenas baseadas sobre rardespollicas”” Por outro lado, Elerta Pontes de Miranda, 0 "principio nada tem com os pressupos” SPRATT elton a po tos are a oranizaso, funcionamento ot extn dos partidos. A ‘Srvicg pote ser contra a0 regime representa, ou conta 3 pia democrain ou contra a pralidate de partidos «ate mes- [fo conta a garanta de dietos fandamentas”* Esper que, de {poraem diane, nfo masse disriminem pessoas em fanguo de ua ‘cologa polis ou ilosSica,comosempres ex negandose ines a poselbildade de exerci de anges plies, impedindo-se les mesmo de eliza concursos publics em igualdadedesituaio om outros andidatos,com base em informagoes de ergs de seg faa Sel dsriminaioy ers vedadsem ace consi fe opada, diane da tual seré uma violencia sem nome. ‘A igualdade do voto sempte foi reconhecidae praticada, mes- smo sem previsio constitucionalespectfica Agora a Constitugso prevé {Teoberania poplar com volo igual para lode (art. 14) 16.0 principio da ndo diseriminagdo esua tutela penal Exist li (Lei 7716 de 5.189) que pune com penas varsvei de ‘um a cinco ange de melt, as ives mevialdades de preconceto ‘Seraca ou cor que la deine como crime no apenas como cont. ‘Teno, como previa a chamada Lei Afonso Anes, Le L305, por Ustevopuda, ALei 547368 repute nals sujet 9 prisio simples, Spore provdéncis que dirt ou indieaments,crem dor fninacbes nite rasstor de ambos os sexo para 0 provimento de Egos sujstosa elect, asimmas empresas privade, oma nos ‘iced uncionalismo pblice, Massabese que ess normastm bdo poses elie ‘A Constituigo raz agora dois dispositives que fundamentam «maisda qu 0, cxigem normas penis rigorous contra disci ‘agies, Dis-se num deles que aly puring qualquer dseriminago stentatrs dos dina itedads fondant, eo ose, maisespect fo porque destcas forma mais comm enao menos odioss de i cfiminaio, pata evtabelecer gue a price do rcomo csi crime ‘aia! €inprescrie, suet pena de melsa, ns ema det (art Sh respectivamentsnczos XLie XL) 17, DiscriminacSeseinconstitucionalidade ‘So inconsitucionsis as disriminagées ndo autorizadas pela Constitigio” O ato discriminatério € inconsituciona 38 08 ot. 10708 58. “Rao cate vrs o princi da ona ne Conse, impita ‘vespcinmente nimi a depeidad” verde hin Canta Pease Sc 1a duas formas de cometer essa inconstitucionalidade, Uma conssteem otorgar beneicoleptimo pessoas ou grupos, dis ‘ninando-s favoravelmente em detrimento de outs Pessoa ou {rupos em igual situagho, Neste caso, uo se stent pessoas ot frupos dsciminadoso mesmo tratamenta dado 30 outs: Ostoé thconstitacional sem divide porae feria principio da isonomia. Oato«, contd, consitacional elegtimo, ao outorgarobeneiioa vem ofez Declare inconsitcional, eliminando- da onder jut ‘Uv seriaetiardeetosleptimament conleridos ou io fan ‘io dos tibunaic. Como, eho resolve inconstitactonalidae da Siscriminagi? Peciamenteextendendo o Bene aos dictimina dos que osolistarem perante o Pade jsidio, caso por ea al Bo ¢insuscetvel de evlaagio genécca de inconstteconalidade por ia de ago diveta® Glmar Ferra Mendes, ese propio, {pla amis pelo reconhecimento do dnt dos segments even ‘mente discnminados, mas pondera que na imporsibiidad, se tem Geesupeimi eaten cima nmpatvel cor a jem constiticional pea declaagio da inconstituconalidade. “Nao Sch de perder de vinta, pordm Conctil. que odesenvolvimentoda declaracto de nconsitcionalidade sem sconsequénca da nuda. ‘de tem por objetivo evita exatamente a declarag de nconsti ‘donalidade toa, deixando a0 leilador a possbuidade de s tventuasdefets, E que como dbservada, al slucko(nulidade), omo acentado alm de adn possvelinjustga com os benicar dos, pode levar a uma situagho de ausencia Ge norms, nun Fécuo de direito (Retistahut), on até mesmo 3 chamad cao juridio (Gehtsctasey ‘Auta forma de inconsttconaidade revela-se em se impor cbrigagio,dever dns, sangio ou qualquer sacifcio a pessoas oa ‘ho unaniementembors ton nbs eslaad nee, RDA meee ad, en 4 E print ond, bra aye «Srl 209 0ST dope: "Ntncabe 2g Poster jqur no lem gio ela, uma encnente Se aet ‘hore frame de nomic oben Acdbo 4) KDA a “Steno de mona de vermis en fcr e pretend Cn tui eer pode escent dees seago 0 oun qu mo a SS et dec a anon {geranteors (Con 3,8 1" Nocona twang, pr hve dese SUES sconces einen ‘ntagens propos iscumiands panos names seh, mse ta dec {eet lon pr deco aden ma ecm aconticonaiade de Se ‘Siminalo Ets ¢fangounoctonal smal gos ono gona oot sortie du Corton Ci Cone msttconaide s jrie at p72 ioe ico noes ee de a eae iueltiat pri canta ance ot lek cramameraree Ee i Seed de et ee ene eee er ate a Fe ee a ee ec ee caeeloahons ne ee a Capitulo 1V DIREITO DE LIBERDADE Inte ite tern, 3 Cons tr rade 40 pole erento § ial € Liat domeran LIMER DABEELERDADES 7 formu ern dae drape lp {lel LRERDADE DA PESOMFISICA 9 Nog omar Lede Seco tere decreaa 12 Apne ps Re ‘Soe NURERDADE De RENSAMENTO. 1) Cones oma deer [Psa M. Ltr dap: 41 Escudo 1 oa pan" Like de oman 181 Rs pips 13 Le 2 deni sponse 123 elt ras ge 184 Liao racy 15 Mose mum feb fee igoas 1 Chena eee red a seiire ‘irs map de cosine V LRERDADE OE AGAO PROFISIO Wa 0 Ria essa cn nau 2 et W058" Blt etn ed peso 24 et ‘Gres emptmiir BF td eth 1 Leo fe (EVIL RACE DAS LIBERDADES 50 Tame pre sek SS ei der oma oars ay erat 2 Sets raise beats dane 1.0 PROBLEMA DA LIBERDADE 1. Liberdade enecessdade Ton cr ett ot DSS eee renee phar netemas eases ae ence anamni Sea Sie micas 1 Taro rtd te ote Roe Ca rd Bae UE Wea Hala] Las AherdadeSavador Progreso Ed stead. de Pct de ‘Ni Aro Ca ome, pein: pro ee Hr Nain Chale luto; outros, a0 contri, afirmavam o livre-arbitrio,liberdade abso- uta, negandoainecessidade. Ora, de um lado, aliberdade era simples desvio do determinismo necessaro; de out, devia daquela, sas posgdescolocam 0 homem fra do processo da naturera. ‘Mas necessro resolver o problema a parts da consideracio de que ‘ohomem faz parte dela. Fst, por is, Sujit as lelsobjetivas da he- ‘essidade, Mas, alm diso, ee também um ser socal "@ riador © produto da histria, suas rlagies coma natureza,seu conhecimento Sanatureza esua ago sobre ela estiacondicionados por suas elagoes Socais com os outos homens”* Assy o homem se torn cada vez ‘mais livre ra medida em que amplia seu dominio sobre a natureza€ Sobre asrelagiessocais.O homem domina a necesidade na medida fm queampln sus conhecientos bre anatuezyesua sche ‘vas! Enzo, nao tem eabimento a discussio sobre a existncia eR ‘existincia da liberdade humana com base no problema da necessda Se, do determinismo ou da metaisica do live abitro, porque o ho ‘mem seliberta no core da histria pelo conhecimentoe coneequente Sominio das leis da natureza, na medida em que, conhecendo as leis ‘danecessdade, alua sobrea natureza fale social pata ransformé-la po inerese da expansao de sua personalidad. 2. Liberdade interna e iberdade extema Esse 6 outro campo de ditcustio muito orientada pelo idealismo cepela metaisicaLterdade interna (chamada também irerdade sujet ‘iterate psicolgia ou moral especialmente ierdadedeindferena) 6 lcrearita, come simples manlestago da Ventade no mundo interior dohomem, Por iso &chansada igualmeneliberdade do quer. ‘Signa que a decsao entre duas pessibiidades oposta perence,ex- clusivamente, a Vontade doindividuo; vale dizer ¢ pd deescal, de ‘po, entre fins eonriros dai outro nome que se the ds erdade {Es contrros"O debatendo levaa nada Toda gente sabe que, interna ‘mente, ébem possivelescolherentralterativascontraras, se setiver ‘nhtcnonacbjetiv ecoreeto de ambas, questo fundamental, con. tudo, ésaber se, feta a escolha,¢ possivel determinate em fungio dela Isto & se se td condigoes objetivas para atuar no sentido da ‘escolha fit ae pe a questa da ibedade exter sta, que ¢ também denominada literdade abjtea, consste na ‘expresso externa do querer individual, e implica o alastamento de 5 ide ch ambi Prato Den cnn, SL a558, 1G pee Rowe Mae Mome-bande pp. 1ee 1 sbsticulo ou de coages, de mado que o homem possa agit lve spent. Por so qu taibem se false edad eae poder de [ser udoo gees er Masta al poder com observa Mose {acide ee over iso, mportats no exmagamento dos tacos pelos fortes ena ausencia de toda ibendade dos prneirs? Enesse sent Adoque se ala em ierdades no plural, ied pubis (eno o> tte) ierdaes polit 3. Contetie histérico da liberdade |delineames que a iberdade tem um cardterhistérco, porque ‘depend do poder dohomem sobre a natureza,asociedade,e sobre simesmo em cada momento hist6rico”* Realmente, a Histria mos maque ocanteudo ds liberdade se amplia com a evolugao da huma- nidade. Fortalece-e, estende-se, 8 medida que a atividade humana Se alarga. Liberdade &conguista constant, 4.0 problema da conceituacio Muitas teoias define a liberdade como resisténca 8 opressbo ou congo da sutosidade ou do poder ats se desma concspsso de lbendade no sentido neg, porque se ope, neg, 8 autordade, Oe tra tora, no entant, prota darth sot psi: € livre quer partspa de astoade os do poder Ambos tm o deteitode detinira [erdaicem funcio da atordade-Libenlade ope-sa autora, 2 leformagio da autoridade: nfo, poem, A aulordadelegitima. Estaprovém do exe da iberdode, mediante oconsentimento popular Nese sentido, sutoridade eliberdade sso situgies que se ‘ompleinenta. E que aautoridade& to indispensive onde o- ‘Gal condi meta da iberdade — como eta énecessiia 6 pansio individual: Urn minimo de coagso ha sempre que exis “O Problema esta em estabelcer entre a libedade en autoridade, un Esuilro fl que ocidadso méiopossa sent que dispse de campo ‘necesirosperfeita expresso de ta personalidade” Portanto, no Corea a definigho de Iiberdae como aurencia de coacio. O queé ‘ldo sfirmar é que iberdade consiste na auséncia de fod congo ‘nero dense imorl, Dai se conch gue toda Te que limita 4 Iiberade precisa serie normal morale legtima, no sentido de que sejconsetida poragueles cla iberdade restnge 7 EF Raid sha ip Montesquieu dizia que “ bere politica nb consist em fazer oque se quer Nu Estado, soe mama sociedad onde le, 1 iberdhde nab pode constr Sendo em poder fazer o que se deve {quer ean sr constangigo a fazer que nose deve queret"€ IBgoacrescentaseuconcstodelierdadecomo "odiretode are tudo b que lls permite Bsa nog de Hberdade, contado€peigo- Saisemio se sitar gue tales deve ser consentdas peo povo, As Sina deo da Decaragto de 1789 € mais ace "A liberdade Conse em poder fazer o que nso prejudique a oute: assim 0 ‘hericodos dretoenatras dohomem nao tem outosTinitessendo ‘Ss queasseguram aos demais membros dasociedadeogorodos mes. thos dines Exes lmatessomentea espera determinge” Mas cre Cental no pode probirsendo az ages nocivae 8 sociedade" ‘O conceit de lbetade humana deve se expresso no sentido de um por de ats do homer usc de sun rego pessoa, de a [oleate sevese septa &definigo de Revers" iberdade¢ {im poder de nitcterminagio em vite doqual home escolhe porstmesmo seu cemperamento persal” Vamos im poco are Propomeso cocci sey conse na posse dco csi onset ds mas necessroe sels d cade pessoa. ‘Nessa nogio, encontramos todos os lementosobjetivosesubjet- vos necesutioo sin de iberdade€ per de atuagao sem dea de sera prea ei s mas em emp Seguighodealguma coisa, que €felidade pessoal quee subjetva ‘Sunstancal pondoa iberdade elo se fi, em harmonia com a nscéncla de cada um, com oineresse do agente Tudo que pede ‘jel pssiblidade de coordenaydo dos mos contri iberdar 2 Eaqu aque sentido strc dalterdneseinerenasa acep juridicopoltca Assim, porexempl, dear povora ignorancia na Tats de cla, é neparihes postbitdade de coordenagao consent daquelesmeicsoprini homer povoe etaene aguela pons bilindeer Des modo, turben,eanediinem quse dzenlve Conhecimento se fomeceminformaySes 0 ovo, maisseampiaa sua Iiberdade com abrir maioes possiblidades de coordenagio de meios ‘ecesirceb expan da personalidad de cada 5. Liberdadeeliberacio O assinalado aspecto histérco denota que a iberdade consiste, fem sum, num processo dindmico de lila do homem de vrios Le ene pis ctstfulos que se antepdem elizaio de sua peysonalidade: obs {culos nature, econémicos, cai e politics. F hoe fungao do Extado promovera liberago do homem de todos esses cbstaculoye aqui gue atoridade (poder) eliberdade se gam, Carcia-Pelayo 0 disse bem, a0 ercrover gue a experiencia histonca fem mostrado quendoeoExtadoo anigo que oprane o desenvolvimento da peso- Malidade: quedo ¢a unica entidade qu impoe reazoes coats de “Conviverce que as nests iberdades iberisetaocondicons ‘fasem sun alizaio a situngesepedres exta-statat Tis pode. tes podem verde indle muito diver porexemplo, raciniy eles Ted ete © veriivess segundo oe paises; mas de sm modo geral © Cov se destcam os podetes ecendmicon Sao estes poder, tet dz ds proteomics dene pre du oe: ‘Rss, cm primero lugar bear es grupos que estamos aladindo, pois idoacies endo 0 Estado, que senfem como sbsticlo mediate Parao desenvoivimenta de va personalidade “ Ainda mais o Estado ve mostra justamente como o meio apro- priado para liza aibeasio dessaspressoeso que, aturalinen- {evsupae aamplagio des atividade ea intervenga em teriorios Sciab que antes permanecam su margem,o Que indubtavel mente prod lesdesaiberdades ag ena considerada inangivess Naso proceso de demacatzagio sucezsvs, com a subsoqiente ‘pugna Com os principios beat se aentsa, ademas, enquno 4 Achocracia pasta tnformar campos aleios ao do novo proced ‘eno deformagio e realizago da vontade exatel"® 6. Liberdade edemocracia J vimos que o regime democritico& uma garantia ger dares Iizagto dos ditetoshumanos fundamentais Vale dizer portant, ave Ehademoctacia que alibeade enconta campo de expansso. E nels {que o homem dispde da mais ampla pessibilidade de coordenar os ‘etos necessrios reallzagan desua felicidade pessoal Quanto mais ‘processa de democratizagio avanga, mais homem seal ibertan- ‘doddos obstaculos que o consteangetn, mais liberdade conquista I, LIBERDADE E LIBERDADES 7. Formas da liberdade [i deixamosclaro que a0 Direto positive interessa cuidar apenas di libedageabjehoa (liberdade de fazer, Uberdade de atua) € nese sentido que se costume falar em liberdades no plural, que na verdad, ‘no pasea das vinas expressbasexteras da liberdade,Liberdades, no plea 80 formas de iterdade que, aqui, em fungio do Direito Cons Fucional postive, vamos distinguirem cinco grandes grupos (1) lierdade da pessoa fsca iberdades de locomogio, de circula so} (2)libendade de pensamente, com todas as suas iberdades (opiniso, religido,informasio, artistica, comunicagao de conhecimento}, (0) libenade de expresso colton em suas vérias formas (de re iso, de associaga) (4) lberade de ago prfsional (Livre escolha e de exercico de trabalho, offi e protissde) (6) liberdadede contd econdmizo sca (iberdade econdmica, livre iniiativa,iberdade de comérci, liverdade ou autonomia com. frau, iberdade de ensing eliberdade de trabalho), de que teatare ‘mos entre os dito condos esocis, porquendo integram 0 ar podos direitos individuats, mas o daqueles 8.Liberdade deagio legalidade Antesde entrar noestud dessa iberdades, abe considera aque- Ingue consi porassim dizer aliterdade mati a iterdae tase ue € slitentaedeagioen ge aerate gra dtr ve decorte do a 52 da Consus, segundo oul ningun set ori cer aki de ferguson emule del E um mod de diver Siernte daguele de Montesquieu. Pars este,» Moerdade onsistn ‘odio dearer fad qur uses pemtssom O texto cone ‘al supra, ao contan, preva iberdade defer alba de stro tenia de pr cono principio Vale der principio ode que os temalteiae defor dena fr oquc em ener salvo quando ales determine em contro. A extendo dest Werdade fc, ainda, na dlependéncia do que se enfende pore. Sese considers qualquer ‘tm elbornda pelo focer Flic, independance 8x org dese pater ent pincpi cantonal vale hem poco, Nao e ‘ese, prem, o sent da pala i Como mos» iberdade n0 & SSconpativel com wm sistema coative eat ze pode actescentar que ch presupoc um sistema dessa cede, teaduaido no ordenamen 1 Pmt Bueno disk: “Abed sempre ues meme asco els ginleibenticen ise pracconmect drnoui [rcs itedad do peruent sn orucgn de once os mld ‘emacs ou engi, de bo onda decom deat. (BoC ie tn andr Cosh elope p. 34 juriic. A questi ests na lgitimidade do sistema coativo, do ort amento judo, Desde ques ie, que obiguea fazer ou 8 dear de {hate alguna cosa ses egitim ato ¢ provera de um legsltv {Brmade mediante concentinento popu eseaformada segundo po- ‘eowoesabelecdo em constitugao mana também da obras do ove, lberdade nao sera proudicada Neste caso, os lmites a a Epostos pela so lgitinos.A Canstiugso, em vigor preenche a3 cEndigde de eptimilade paca embasa male legima, desde que Sharmenize com el. Cart 5% Iyer andlise,reveladuas dimensdes: Uma muito clara ccexplct, que consubstancia © princpia de leaded, ue, por set Sona arena nditdu,morecerd considera aprofundada mais dinate: Outra, nem sempre consderada pla doutrin,= que € essa Tegra de dreit fundamental, de iberdade de a, que estames estar ‘Etndo. Por sso esse diopostve cum do mais importantes doe {0 constitucional brasil, porque alm de conte a previsi da I bondade de ago (iberdade-base das demats),conferefundamento juriico se iberdades individ e correlator edad exalt Dee se extra tia de ques iberdade, em qualquer de suas for nas, 96 pode softer restgbes por norma furan preps (que Inpéemuma condita postiva) ouproeds (que impaem uma abs. tereaoy proveniontes do Poder Legislative e elaboradas segundo 0 prowedinentoetabeecido na Consatuigse. Quer dizeraedate 3 Pole serconcionata por unease deealdadeletima. (© grande Pimenta Bueno js dria no séeulo pasado que “alc bendade no ¢poisencego, aim a epra gral principio absolut, insite pont «proibiio, arestigie aso sm €que stoasexce: ‘ieee que por sso fesm prcisam sor provadas, acharse expres ‘Scien pronunciadas pela, eno por modo duvidoso, sm for ‘al positive: too mais soisa, “em dvida [conch prevalece a liberdade, porque éo diet, no se resting por suposiges ou acti, que Vigra, porque é fleas us gud acre ee ms qu ure probe" Il LIBERDADE DA PESSOA FISICA 9. Nogdes e formas A liberdadedapeson isin (também impropriamente chamada li. bende india, que todas 0 s20) constitu‘ a primeira forma de 12.0 Prof Manoel Gongs Feria ibe dete ae: Car de de liberdadle que ohomem teve que conquistar Fase opdeaoestado de ‘eccravidio'e de prisio. A revolts de Espartacotinha por obetiva 3 ‘onquista dessa liberdade elementar do ser human. A Guerra dos Palmares durante com ans fi a mais expressiva batalha dos ne- sgrosbrasleizes contra o seu cativeiro. Resta, porém, a outa forma de oposicio& Uberdade da pessoa Fisica, que € a detengao, a prisdo 04 qualquer impedimento 8 loco- rmogio da pessoa, inclusivea doensa “Assim, podemas oferecer a seguinte nogio de liberdade da pes- 09 fisca(excluindo-se as hipéteses de doensas,causas naturals que ‘ko interessam ao nosso esto} ¢ a possbiade jridicn qu se 200 Inhece a todas as pessoas de serem serio de sua propia wontadee de Thcomaneransedesembaragadamente dentro do trite nacional Inc, ‘tossin, no conceto, a possbilidade de sar e entrar no territorio nacional, como veremos. (Os frances indicam, como contesido dessa liberdade,trés pret rogatvas: (a) liberdade de ir eve, (0)seguranga individual () liber ‘dade de intimidade ” Para noe as formas de expresso da liberdade da pessoa fisica se revelam apenas na lderdade de locomogao na iterdae de circulago, rio sendo esta, ats, mais do que manifestacio especial daquela, ‘que consideraremos separadamentetio-=6 para destacar pec ides, Mencionaremos igualmente o problema da seguranga, 30 tome forma de iberdade da pessoa fisiea em si mas como forma de garantiraefetividade destas 10, Liberdade de locomogio Esta constitui o ceme da liberdade da pessoa fisic no sistema jidio, abolida que fos escraviddo. A Constituigho reservourthe lum dispositivo, o que nao era feito pelas anteriores, Ressai, antes, como primeiea manifesto da lberdade geral de acio. Agora, © far 5%, XV, declara ioe a lacomogto no tevtirio nacional em tempo de hz, podendo qualquer pessoa, nos termos da ei nee entrar, permancee fee sir com seus bens, Explictam af das situaces: uma € iberdade A locomogo no tert nactonala outa 6 iberdade da pessoa entrar to tert nacional ele permavcere del sir com seus Bos. 14 Ck. an Cari, © Quine ds mane pp 8 15 soto surnames Bare, Lert ius 16 CE Banden aha pik Cute Abert Coll Ls pi, p 26a Robes Lb bigs [A hiterdade de locomogto no trio nacional en empo de paz con témo dietode revi (viajar e migrar) ede flared permaecer, sem necessidade de autorizagio,Signitica que "podem todos locomover- Se livremente nas tua, nas praca, nos lugares publices, sem tenor {e serem privados de sua lberdade de locomoyio",dizia Sampaio Daria no regime da Contituigio de 1946. Temos ala nogae essen ‘al da liberdade de locomogio, poder que todos tm de coordenar e “Gingir suas atividades e de cispor de seu tempo, como bem Ines parecer em principio, cumprindo-hes, entetanto respeltar as me- das impostas pela le no interesce comm, e absterse de aos les ‘Yos dos direitos de outer" ‘Ale relerida no dispostvo nose aplicahipétese de ocomo- cdo dentro do teritrio nacional em fempo de pas, Portant ser t= Schatitctonal el que estabelgs resides nese iocomocto. Em f= porte erm no ean, aso ers possvel desde que nao cline & Rberladecomo inctiigio "A liberdade dem tompo de pas, entrar no tertro nacional ele permanecer del sar dreta der cir através das fonteias nai Fas Envolweo dirto de mgrar (ign e migra) Por reece a Stuagiesligadas a estangeiton ese parila eto de ie per nance’ ¢ cereado de matoreshitagoes, sujetando-se a precetos Tegaiscopecnis fies dependendo dos"termos dale reerdaa seu Pepatina nortan eae Often ae tt Pn ten de gue a entrada permanéacia no testo naclo™ ‘lou asada dee cteam veda: Nao o esto, mas nio sera um iit, una iberdade do individ, salvo seforbroiero que esta {etornando a Pte Se for brasileiro que queta sar ou estrangesro {Guedes entrar suo fier as autoridades poderdo aceder ou nao 17.Ck Diet Costa ommtri Comtie de 146 «IVS 48k Bdsund pty Co or Estar Une Bra 89 6% ssa Cconsttugo deve sr fa vs tae de nomas conic Sb Sino Nfe st» stad bpounseEeecenirs gue ns esado de es ‘iso pare cea uted gue da udp de guar eu x ‘fs sooconnt pr aus lina Gry ke 9 Unio inn ur Si ‘Sewer 3 hela ep hte Repay pe IEESEBC bo Foran, ogre ema com eo corona congas Ninn ac een rahe {Sin giora vermin quando Mest a Hepburn plo so Nn or sare late nce de {te porn Cope debris creo resem ps tanger rom ‘licen dro depos es samara pars temo conse. Fisica Fondo tempo af eno ome ap 7 4 sua vootade, de acordo com os eieies dsrciondrios de con teniénca copostunidade,tendocm vista ndoapenas aseguranga do jalscomotambem a segurana do proprio ntressado- Foiaessa lberdade que, desde 0 século XVI se dea uma gaan tia especie o hes cops. Ba Constitanto, como a anteriores, rocuiou reaguasdar com um conjunto de medidas que frm 6 ExRinado dito de segarang que eaminaremos nouto lugar 1, Liberdade de citeulagio Direito 8 ciculasio é manifestacio caracterstica da liberdade de locomogi: dre de vr, fear, pear, estacionar.O diet de ice lar (ou iberdade de circulago) consistent feculde de deslcarse de tum pontowoutroataves dena ia ua ou afetada ao usa pbc, En taleaso autlizacaoda via "nao constiturd uma mera possibilidade, thas um poder legal exeritavel erga omnes. Em consequencia, a Ad- mninisragio nfo poders impedi nem geral nam singularmente, 0 {tinsito de pescoas ce manciraestdvelamenos que desafete a Vi, jé {gue de outro modo, se produsisa uma tansformacao da afetacao Por meio de uma simples avidade de policia™” "aso quer dizer [acrescenta Eseribano em nota] que, indepen dentemente do meto araves do qual se creula por uma va publica, ‘transounte tera um direto de passagem ede desiocamento por ela Dorconsituiresta forma de destocamento a manufestagao primariae lementar do dieito de uso de uma via afelada. Em consequgncia, a ‘menos que cireunstinciasexcepcionas oobriguer (a ruinaiminente ‘deum eificio), a Administracao nao poder legalmente impedes Utizagio, sempre deixando a zalvo.os direitos dos confinantes” Dai conchar com base na doutrina ena jurisprucéneia do Conselho de Estado francés que “e possvel defini acireulagio publica median- te tugs elementos: um conjunto anénimoe indeterminadode usu fos que atuam jue proprio em vietade de um poder legal contenido; Boma ativdade ordenadora da Administragio Publica Gtular da Via afetada; 3 uma via afetada ao uso publico".” 20. do Exams Collada tures, p88 A de aa ee se ptiaomente cao nas a array es pode st orange 2s ‘fitters nao rower pri comin. dst “ido p 398 ata 22 raped “Gunga cad om verde us seule Si Sn dere ean, Faas Siipuve ceneunemesie dicta Sergi Josdminbrse moni gat abil isperdtur nou npedirhe rns pow gue deo da, ‘hin plows GAGE rt Ales Fars tes RF Aatividade ordenadora da via pela Administragio ocorte num duplo sentido: na cri (ou autorzacao da ciagio) da rede vdeia necessaria ao execicio da fungio edo direito de circuagao,e na re- fulamentagdodo uso da mesma Reconece-se a Administrayio "ua Faculdade geral para egulamentar a ciculagao, que se deline como competéncia que determina os metos, através dos quaisse exeraita diet de circular em cada via urbana e ndo-urbona, eas normas ‘gue regulam a circulagao reeonhecida” = Sob esse aspecto, cumpre emibrar que cabe & Unio estabelecer ‘os principas edietrizes para o sistema nacional de ving (at. 21, XD € legslarprivatoamente sabe trnstoe ransportes (at 22, XD, restando fos Estados e Municipios deciplinar 9 trifego nas respectvas vias pablicas 12.A seguranca pessoal — Remissio. Benjamin Constant iziague todas as consituigdesfancesas re conheciana iberdade individual contudo, esta sunca deiara de “Scr consantementevolada"etsso porque ima simples delrags0 ‘io basta, so necessrissalvaguards postivas”" Eque inrda Gedda pessoa lsc, par ter efetvidage, precisa de garetiss contra a prshordetengio ea penaiassoabitranes mediante mecanismos Evhaticionas denominados em conjunt, diode seguranga® Es “Ssregras ie seguranga pessoal exigem que medidas fomada con. tes os individos seam confrmes com o deo, sto & anterior © ‘epularmentecstabelecicas, vale dizer atendam so princi dees: Tide a0 ded proceso ge ‘As normas constitucionais que definem 0 dirlto de seguranca pestalacham-seinsritasnsintisos XLV a UXDK do art 5° da Con Eruigo. Como se trata dagulo que denominamos de dirt insta rental odizeto de seguranc inchs no conceit de grunt con "Muconl Por ist, deservalvemos ema no tla corespondent, s0-qual remetemos leitor nao sem antes recordar uma passagem de Montesquieu que vem aclhar "A iberdae poisin de um cia ‘bo entatanglidade de espinto que provem da opin que cada {al tem de un sepuranca pars que ae fenha eka Hbefdade,€ Precise que governo sj tal que im cidadsonio possatemer outro Eidadsor IN. LIBERDADE DE PENSAMENTO. 13. Conceitoe formas de expresso A iterdade de pnsamento — segundo Sampaio Déria~"éo dt reito de exprimir, por qualquer forma, o que se pense em ciéncia, feligito, arte, ow o que for" Trta-sedeliberdade de conteudoine [ectual¢supde o contacto do individuocom seus semelhantes pela {qual “ohomem tends, por exemplo, a partcipar a outros suas cre ‘is, seus conhecimentas, sua concepca0 do mundo, suas opinibes politias ou rligisas, seus trabalhos cientifics" * [Nesses terms, ela se caracteriza como extrioizasto do pensa~ mento no seu sentido mas abrangente E que, no seu sentido inter fo como pura conscgncla, como pura renga, mera opiniso, aber {ade de pensamento& plenamente reconhecida, ma 10 ria peo- ‘lema maior Pimenta Bueno ja dzia que a "lberdade de pensarnen- tom si mesmo, enquantoo homer no masta extrorment tenquanto o nfo comiica, est fora de todo pode soc dotiominio somente do proprio homem, de sua inteligencia © de Deus”2"E Pimenta Bueno que aremat: “O homem porém nio vive concentrado s6 em sew esptito, NBO vive solado, por isso mesmo que por sua natureza € um ente soi Ele tem a viva tendéncia e necesidade de expressar ¢ trocar suas dela opinioes com os outros homens, de cular matuas elacoes, seria mesmo imposivel veda, porque fora para sso necesiro die Solver proibira sociedade” = 14, Liberdade de opin De certo modo eta resume a pripriaibendade de pnsamento cm suns vara formas de expresso, Por seo é que a dowtrina a cha ta de iberdade priviseponto de patia da ouras”Tatase da Iiberdade deo individuo adotraatiude ineectual de sua escolha: ‘quer urn pensamento inti, gut ses atomada de posgio publica Hberdade de pensar dizer ue secre verdadero 25.1 mnt cn a Buch SE Pa nn tobi aren rears SOPRA oe AConstitlgao a reconhece nessas duas dimensbes. Como pen: samento ivimo, prev aliterdade de consiéneine deren, que decl- Fainviolivel art 5, VI), como. de crngareligist ede conti filo- fin ou plea (at. 5, VII) Iso signifi que todos tim o diet de Aderir a qualquer crenga religiosa como. de recusar qualquer delas, Adolando o alelsmo,¢ inclusive edirelto de cara sta propria reli ido, bem assim o de seguir qualquer cortentefilosbfica, cieniica i politica ou de nao seguir nenhuima, encampand 0 ceticismo. 141 Escusa de conscincia Da biberdade de conscincia, de crenga relgiosae de convicgao filosstica deriva o direito individual de sews de csc, 08 ea, Oditeito de recusar prestar determinadas imposigfes quecontraiem lsconvicgoesreligionas ou lilosficas do nteressado. Ecomum que, [Por questBes religiosas especialmente, alguém se recuce a prestar {orvigo militar A Constituicto diz que ningusm sera privado de di reitos por motivo de crencareligiosa ou de convieca flaséica ou politica sof eas smear para exits de origao Teal a tados im: postaetecusar-seo cumprir prestaaoalermati,faada om Tei (a3, Xt fine) Reconhece seo direst da cscs os imperativ de consi ‘53, masa les pode impor aorecusante prestacao alternative, por certo, ha de ser compatvel com suas convicgbes. Ha assim a liber dade de escusa, como um diteito individual reconhecido mediante norma de eficaia cntida,® contencao esta que s0 se concretiza por imei da referida es estsitiva, que ine prestaao alternaiva. pres tagde altemativa € que constitu a sangio, constitucionalmente pre vista, para a escusa de consciéncia considerada nese dispositvo. “Mas seo titular do dieto de escusa ecusar também a prestaca0al- temativa, é que card sujelto a qualquer penalidade estatuida na ii referida no artigo oraem coment. O mas comry € 0 imperatioo de consciénca em rlacdo a obrigacio de prestar servic militar con- forme se menciona no at 143,8 I, que estabeloce competi is For ‘8 Armadas, na forma da le, aribuir servigo allernativo aos que, {Em tempo de paz (nao em tempo de guerra), aposalistados, aleye fem para se eximirem de aivlades de carateressencalmente mil tar A lel af referida [foi promulgada, Lei 8239, de 4.1091, pata a {qual seroio militar alteraticoconsiste no exercicio de atvidades de ‘ariter administrative, assstencal,flantrépico ou mesmo produt ‘orem substituigio ts alvidades de cardter essencialmente militar ¢ 5 Far condoms de ta coi os Aha a ser prestado em organismos militares ou conveniados cm os mic ita, finda o qual serdconfendo ao escusante um Certieade de PresacioAltcnativade Servigo Militar Obrigetéria com os mesos aioe urgicos do Ceriicads de Reservist A recurs oo ump tnentoincompleto doservigoallemativoimpics on forneczent doceriiendoe fica oeseusante nadimplente sujet asuspensio de Seus direitos pliticos, de aordo com 0 § 2 oar da cit ie, Consoante a previsio do art. 15,1N, da Consiuigi. ‘Alibendade de convieso filosofica politica passa sempre por perodos de cise. Tivemos longo tempo de wstiges As conics Turvstas, que a atl Conshtuigi nao autoriza em upstese alg iia, como oto admit restigo a qualquer outa corrente de pensx tonto, Apenas eds paris polos de ogonantoparanaiar (a 17.88%, 1142 Formas de expressio ‘Como aspect extema (a outradimensio mencionada),«Hiberda de de opiniao sesterioriza pelo exerccio das iberdades de comin ‘agho, de eligio, de expressio intelectual, artistica,cientificae cul tural e de transmissdo reeepcSo do conhecimento, que estudare- ‘mos nos topicos seguintes. 15, Liberdade de comunicagao 151 Nogioe princiios Aliberdade de comico consist nm conju de dries, foe sas, processes eveiculon, qu possbiitam a coordenagio desemb ‘aruda da cago, expresso e disso do pensamento eda informa G0, Eo ques extra dos incicos IV V, DC lle XIV do att 5" combi Sados co ov arte 220 2224 da Constigao,Compreende la as formas de rg, exec manestgt do pensament ede informa glo, a onganzacio dos meio de coma ext sujet regime furidico especial de que daremes notices na ial deste pico. ’As formas de comunicagto egem-e pelos seguintsprincipios bision (a observadoodisposton Consttulgio no solerdo qua quer restiga qualquer que sa processo 0a veteulo por que se xpriman, (2) senha le conterd Gaposive que posta consti fbaragoplenaliberdade de iformacao jonah; (2) € veda tox egualguer forma decensura de natures polit, deologcs ‘sti (da publicagto de velculo impress de comunicag i depende de lcenca de autoridade;() os servigos de radioditusio Sonora ede sons eimagens dependem de autonizacto, concessa0 ou permissioddo Poder Fxecutivo federal, sob controle sucessivo do Con- fresco Nacional, a que eabe aprecaro ato, no prazo do art. 64 85 2 648 (15 dias, que nao correm durante o recesso parlamentar;() 08 meios de comunicagio social nfo podem, diteta ou indiretamente, fer objeto de monopslio. 152 Literdade de manifestagto do pensamento A literdade de manfestago do ponsamento constitu um dos aspec tos extemos da Hberdade de opinso. A Constitugio o diz no at. 5%, ee io a manifesta do ensament, vedadoo anonimato, eat. 220, Aicpoe quea mansfestaga de pensamento, sob qualguer forma, proceso 03 ‘eulho nosofred qualquer restric, obseradoo disposi nesta Cons- igi, dada qualquer forma de consura de natura polite, ieogica Essa exteriorizagio do pensamento pode da-se entre interlocu tones prseles ou ausents. No primeiro caso, pode verficarse de pessok & pessoa (em forma de didlogo, de conversagao) ou de uma pessoa para outras (em forma de exposigio, de conferéncia,pales- Ttas, dizcurso et), interferindo aqui com diteito de reuniao ede ‘ssociagao, de que culdaremos noutro lugar No segundo caso, pode ‘ocorrer enlre pessoas determinadas, por meio de correspondencia pessoal e particular sigilosa (cata, telegrama, telefone,lgadcs 20 Sisto & privacidade, como foi visto), ou expressarse para pessoas {ndeterminadas, soba forma delivrs,jomais, evista outros peri dicos, televise dio, ue mereceram normas especiais na Consti- tuigho que discutiemos na frente ‘Actescente-se que, naliberdade de manifestagao do pensamen- to, se inch, também, odireta de t-lo em segredo, ito é odireito de nko manifesto,” recolhendo-o na esfea intima do individuo, De tudo se conclui que nao se pode impor @ninguém uma conduta ou begat gor confie com ts reg elo oucom sco ‘io filosofea ow politica, O dieito de iar calado passou a ser um Sirito individual inserto na Constitugio; quando, no art. 5 LXI, ‘declara que o preso ser infrmado de seus direitos, entre 0s quais 6 ‘epermanecr ealado, ela 0 esta econhecendo nao s6 neste esd, mas ‘como um dieito de todos. Aqui fol especticado por razbes Sbvias ‘no sistema policial brasileiro, 54. Pae Bae Lei manson del eso, p26 Aliberdade de manifestagso do pensamento tem seu dnus, tl como.odeo manifectante identificar-e, assum claramente a auto- ‘avdo produto da pensamento manifestado, para, em seado 0 ca0, responder por eventuais anos a terceiros, Dai por que a Constituk- {ho tela anoninato,Amanitestacio do pensamento nso rato atinge $Siuagbesjurdicas de outras pessoas a que core o diet, tambem fundamental individual, deresposa.O at. 8, V,o consigna nos ter ros seguintes ¢asseguado 0 direto de epost, poporcional ao agro, ‘lém da dena por dono materia, moral ua imager. Fase dieto de fesposta, como vito antes, é também uma garantia de eficéia do direito a prvacidade. Esse € um tipo de confit que se verifica com bastante freqtincia no exercieio da iberdadede informagaoc comtr nicagao, Importante que aConstituigao assume ateseda indenizabilidade {do dano moral, problema controvertido na doutrina, mas ja razoa Velmente estadado, 15.3 Literdade de informa em gral 1a que se fazer dstngso ents iberdade de informagio e dire to infonnagio Deste que no € umn dirsito pessoal nem profssio- ‘al mas um dno coltv”tetaremos 0 Taga Prop ‘Apalava informagio designa“oconjunto de condigoes e mo- daldates de difuo para 0 publico (ou colocada 4 disposgto do bli) sob formas apropriadae, de noticias ou elementos de co FPhecimento, ei ou opines" Como esclaree Albino Greco, por "informagio” se entende “0 conhecimento de fats, de aconte- iments, destuagSes de interes gral epaticular que implica, ‘do ponte de vistajundico, dons dregs» dod de formar ea Soir de er informed" O mesmo é dizer que a iberdade de invormagio comprecnde a ibedade de informar © ibedade de ser Infornado. primes, observa Albino Greco, coincide com aliber- dade de manttestacso do pensamento pel para, por ert u por Shaler outro mac de dic; a segunda indica o nteresse Sempre ‘rescente da coltividade para que tanto cs individos como a co trunidade estjam informados para oexercico conscente das i bendades publics” .B.E Fas Nabe, Comer Lt epee 6 ‘BOG Remand term Lintmtn, cad for Pits Nob PRT 8 3.Cl Lele dsepe nf eninanitsparevasion pearson, ‘igus ns scone ‘reat pw. esse sentido erdade de informa compreende a procra 9 acesno,o nore en dfs dentormagoer ow ota poral Gor nso,e sem dependénci de cnsur,eapondendo cada ge Flo abutos que cmeter Oacesco de todos nformario um di Fito individual conaignado na Constilgo, qu amber esguarda ‘sigloda fone, quanto necessrio ao exerci profesional (rt 5 Sivf,Aquiseesalvaodiretodo omalistaedocomunicador socal, ‘eno declinar font onde coteve a tformagio divulged Em a Stag, ees ovo melo de somuniactoulizado respendem pelos busts ¢prouizes aobom nome reputagto ea imagem do olen do (art. 5%, X). Ht 154 Liberdade de infrmago jorsalistian nesta ques conta liberdade de informs, que assume ce racterncas moderas supetadoras ds vel Hberdade de imprensa Nelase concentra aikrdadedeinomar ee nla oatraves dela gue se ‘alae diretocletivohinformaiy ist alierdae de infor fb. Por sot qua oder rie Ine cone sm repime expect, Se lhe para atuaghoe Ihe cbs ox abuses A propésit a ber scdelimprenss cae recordar estas polavrasde Mare "Aimprensa ive oclharcnipoknt do pov, aconflanga personalizada do povo rele mestto,o vinculo srtidiado que une ondividuo ao stad e 30 Trundo, a cltur ncorporada que transforma uta mateiis em hi. TReintlectuas Melee sune formas bras Es franca confisso do fpovonsimeamo, esabemos queo poder daconfisao ode edn A [Epresa livre€ocspelioiniictualnoqualopovo sev8,cavisiode lines €a prime confssdodasbsori*" A liberate de informa joan de que fala a Constiugso (oct. 220, § 1 nd se resume ais a simples Hoerdade de mpreno, pot cots eos ligagah publiagto de elo inpreso de comunica. ‘ho. A informa oralisicn cana qualquer forma de dfusdo de oily comentéios opines por qualquer vetulo de comune: Glo social ACContitigho nfo cheg # preter o que se entende por {cals ou meios de comunicaio soil que ela menciona nos 32D, GG 1'e5 Ao releinse, emaeparado, alco pres decom merge (§ 6), poderse-ia entender que ela oscil simprenca es hits ene oc melos de comunicasto soc Tavera nem o a. Maso 1 doar 220 ao gorantira pena lberdade e informageo 1. -Deate ste era de mprenanecomunicco” ane de ngs pubcaoe so Ruri Satan mA 3 1952 at Mae A ee FP mp. pS coomserweenanent penn emule de comma scl acta 'asinformayoes jomalistias impressas ‘Temos, oie, informagies joralisteas que sd0 publicadas me- dante) velulos mpressos de comunieaga;() vetulo de dius (eadioditusio) sonora, de sons e imagens A iberdade de informagso nio ¢simplesmente a liberdade do dona da empresa jomalisticn ou do formalist Aiberdade deste € teflexa no sentido de que ela s6 existe ese justifica na medida do Gireito dos individuosa uma informagio corre eimparcil-Aliber- ‘dade dominant € a de serinformado, ade ter acsto as fontes de {nformagio, a de obtéla.O dono da empresa eo jornalista tem um ‘iret findamental de exesce sua aividadesuamissa0, masespecal- ‘mente tem um dever. Reconce-se-thesodreita de informa so pal ‘coos acontecimentos eidéias, mas sobre eleincide odever de informar Ncoletividade de tais acontecimentos e idéas,cbjetvamente, sem. alterarhes a verdade ou esvaziar-theso sentido orginal, do contr fio, se ters no informacao, mas deformagao.® Os joralistas e em- peas jomalstins eclamam mas seu dito do gue cumprem Ses SSeveres.Exatamente porque a imprensa esta, falada e televisada {como impropriamente sedi} constitu poderoso instrument de or ‘macioda opis pubica(mormente com 9 desenvolvimento das ma- Gis elects destinadss 2 propicar 2 ampla rans informagbes, noticias, ids, doutrinas ea sensacionalismos) & ‘que seadota hoje aideia de que ela desempenha uma fungio social ‘onastente,em primeiro lugar em “exprimr ts autoridades consti- {uidaeo pensamento.ea vontade poplar, colocandorse quase como lum quarto poder, a lado do Legllativo, do Executivo edo jurisdi ‘ional no dizer de Foderaro E que ela “constitu una defsa contra {edo excesso de poder eum forte conte sobre a aividade politic- ‘Administrative e sobre ndo poucas manifestagdes ou abusos de ee ‘ante importancia para a coletividade” * Em segundo lugae aquela angie consiste em assegurar a expansio da iberdade humana” Tsto€ que, em primeiro lugar, gera a repulsa a qualquer tipo de censurasimprensa, jaa cera prvi anervengso ofl que i= pede a divulgacto da materia) ou acensr posterior intervenga0 Ol fal que se exerce depois da impressao, mas antes da publicacso, lmpeditiva da crculagao de veiculoimpresso) “Em segundo lugar, ‘2. Liena dist, pp: Teas in Albino Gc, ob p32. Be eras rater ae a mesma fungéo social que fundamenta 0 condicionamento da sua liberdade, que: agora selimitars vedagio do anonimato (em mat ‘a ndo assinada, o diretor do veiewloresponde), a0 direito de res- posta proporconal ao agravo, ndenizaca0 por dao material, moral ‘ua imagem e sujeio as penas da let no caso de ofensa 3 honea de alguém (art 5, V,V,X), pots nenhuma let poder embaragara plena iberdade de informagio jomalisica em qualquer Veiculo de com eagao socal, nem se admitecensura de atueza poltica, ideolog- ‘ae artistic (rt. 220,66 I 2. 155 Meis de comunicaso Aliberdade de comunicagioenvolve também aescolha dos meios deexteriorizagio do pensamentoc dist das informasses, que 0 Dasicamenteoslioes os omnis outrosperiicos, os series de aio “ifusig sonora ede sons¢magense 0 seregos noises (Lei 5.25067, ats. 2 € 12, pardgraf nico), Esses meios de comunicacio estio s+ jeitos a regimes juriicos propos. Assim, a publicagao de livros, jor aise outros peridicos (evista, boletins tc) nao depende de li- cenga de autoridade alguma (art. 220, § 6; a lei exige que sam ‘matriculados em cartrto de registro de pessoas juridias, sob {de serem tidos como clandestinos (Lei 5250167, ats. 8 I1)-Os vigos de raiodifusio sonora, de sons e imagens sie explorados d- ‘lamente pela Unilo ou mediante concessio, permissdo ou autor 2zagao (art 21, XIL ¢,eart.223). 16, Liberdade religiosa la se incl entze a iberdades espirtusis, Sua exteriorizagtoé forma de manifestagio do pensamento. Mas, sem duvida, é de con- teddo mais complexa pelas mplicagses que suscita, Ela compreende tues formas de expressto (Us iberdades) (a) aliberdade decrenc () a Iiberdade de cult; 0) ea iberdade de orgonzagtoreigios. Todas estio satantidas na ConstitigSo. (a) Libenade de crenga: a Constituigdo de 1967/1969 no previa a liberdade de crenca em si mas apenas a iterdadedeconsiénia ent ‘cema provisto assegurava aos eentesoexercico dos cultos igo 0s (art 183, § 5) Eno, liberdace de crenga era garantida como ‘Simples forma da liberdade de consciéncia. A Constituigso de 1988 voltou a tadicio da Constituiqao de 1986, declarando inviolivel Uierdade de conscinciae de cena (at. 5, VD, e logo no inciso VIL festa que minguém ser proado de seus direitos por motivo de een religiosa Fez bem o constituinte em destacar iberdade de renga da de conscigncia. Ambas sto inconfundivess —d-lo Pontes de Miranda ‘Sitpois, "o descrente também tem liberdade de consciénciae pode pedir que se ttelejuidicamente al direito" assim como a liberda- Se de crenga compreende a iberdade de ter uma crenga ea de nao tercrenya"™ Na liberdade de crenga entra a liberdade de escola da religio, a Iiberdadedeaderi a qualquer seta veligiosa, 2 liberdade (ou o dre) ‘demudar de eligi, mas também compreende aliberdade de nao aderi ‘a religoalguma, assim como alitedadede descreng,aliterdade dese flew ede exprimir oagnostcismo. Mas nio compreende a liberdade ‘de embaragar livre exercicio de qualquer religize, de qualquer cren- (a: pois aqui tambem a liberdade de alguém val até onde do peju- Siquea liberdade dos outros. (b Liberdade de cults religiso nfo ¢ apenas sentimentosagrado puro. Nao se ealizana simples contemplagaodo entesagrado, nao Eimples adoragio a Deus. Ao contri, aolado de um corpo de dou- trina, sua caratersticabisia se exterioriza na prtica dos sits, no culo, com suas ceriménias, manifestagbes,reunioes fidelidades aos Inibitos, a5 tradigbes, na forma indicada pela eligto escolhida. Na Sntese de Pontes de Miranda: "Compreendemse na iberdade de culto a de orar a de pratcat os atos proprios das manufestagdes fexteriores em casa ou em pblico, bem como ade recebimento de cor tsbuigoes para isso" A Consituicae do Imperio nio reconhecia a [berdade de cult com essa extensdo para todas a religiges, mas somente pars a catéica, que era arligio oficial do Império. As ou tas eram toleradas apenas “com seu culto doméstico, ou particular fem casas para sso destinadas, sem forma alguma exterior de Tem- plo® (art 5 A Constituigio amplion essa libentade¢ até prevé-the uma ga ‘ana esperifica, Diz, no art 5, VI, que 6 assegurado ioe exerccio ‘os cults religiossearantida, na forma da et, povao aos locas de culo ‘a suas liturgias. Diferentemente das constitugSes anteriores nfo ‘ondiciona 0 exereico dos cullos& observincia da ordem publica e dos bons costumes Estes conceitos que importavam em regea de ‘contengao, de limitagio dos cultes Kinio mats o sto. E que, de fato, parece impensivel uma rligiao eyo cult, por si, sejacontraio acs 1 aon Conta de 196 coma Emenee 986 eri eco sera ened ce, Pee tee 8 Or eH? ps gualmente Pe fot Seambin a ap bons costumes e &ordem publics. Demas tas conceltos so vagos, {ndfindos, emaiscrviram para intervenes ftiela dese interne genie O dispositive tansentocompse-se de dua partes: asegura a senda de exerci do calls egos, em condicionamente, ro tegeostnei culo esuas ras, mas ag na forma dale Eevide teequenio él que val defini os loens do alta e sn targa. Isso parte daliberdade de exer dos clos que nao ets sujeta 4condizionamento.E dare que haloes, pragas por exemp, gue tio sho propriament locals de cult Nele se Yeazan alles ais noxerdg da liberdade de weuniso do que o da Hordade rigs S.A poders defini melhor eses caso tipicos de culo tas ‘ecesdros ao exericio da liberdaderelgionn Edeverdetabcecer normas de protege destese dos locas em que o clo nosmamente Severe, gu io os empl edicagber orn a cartels pr pias da espectiva religno Ais assim tem a Canstiugt, thd Fetamente, quando estas iunidade fal sobre “emplos de gu Guerculto” art 180, VL) Mas aliberdade deculto se extend tua Prati nos lagers ¢logradourospablces, ea tamer ee merece protegio da a dont cumpte ses pers ples nko embargo seco loscultos religions (art 19,1) protege los impede quecutose fagam, Nesse Seti a se pronunciow 0 STF em favor do ex-Bepo dle Maura que constitula una igeeja nacional como mesmo sito a catbis, mas desvinclada do Pontice Romano (© Lierdade de organiza eligose esa iberdade di respeito 4 htltes destabelcimentosorpanizaciodasoavesias re oe como Estado, ‘Quanto relagio Fstad- Tea, ts sistemas sho cbservados:a Conf a unite asearei, cada qual com gradagbes Mal os cabe dlarnotciasdesses sistemas ag Na conju, Estado se confunde om detrminada telgio; 0 Estado fseks,comoo Vaticano eos "stados ilamicos Natpotece da uni vericamserelagber jit caserze o Estado edeterminada igre no concemente sua organi Zao funcionamento, com, por exemplo, participa daguele ‘designe don mrite pists © Sea emunerate Fr 9 ‘senna do Baal Imperi. Realmente, a Consituigio Politica do Impéroextabelecia que ReligitoCatsica Apostlics Romana era a Regine do pero 1. do arto am Panes de and, bc, pp. 186135 Pe. Je Sambi obey pp tata a E "SCE cgi bert op 2. 5 com todas as conseqiéncias derivantes dessa qualidade de Fst do confession, tats como a de que as demaisreligies seriam sim plement toleradas, a de que @ Imperador antes de ser aclamado, feria que urar manter aquelareligao (art. 103), ade quecompetia ao Poder Executive nomeat os bispos e prover os beneticiosecesist- 08 (at 102 T), bem como conceder ou negar os beneplicitosaatos fda Santa é (art 102, XIV), quer dizer, tals atos 36 teriam Vigor € tficicia no Brasil secbtivessem aprovagiodo govemobrasileiro. Em Verdade, nio houve no Império liberdade religiosa pois se oculto tatelico gozava de certo prvilégio e podiarealizare lvremente, tuitas vestiges exstiam quanto a organizacioefuncionamento da Feligto oficial, a ponto de sereconhecer, hoje, que ela era uma reli fifo “manietada eescravizada pelo Estado, através da suainterven- (ho abusiva na esfera da Iga" ‘ARepablicaprincipiow etabelecendo a liberdade rligosa com a separacio da Igeja do Estado. Isso se dew antes da constitucions- Tieagto donovo regime, om Decreto119-A, de 71.1890, da lavra de Ruy Barbos,expedido pelo Governo Provisério.* A Consituigio de 1891 consolidou essa separagho¢ os princi- pios bisicoe da liberdade religiona (ars Il, §2;72, §§ a 728 € 55) Assim o Estadobrasieirtetornowlic,admitindo erespeita do todas as vocagdeseligiosas. O Decreto 118-A/1880 reconhecet personalidade juridica a todas as igrjase confissGesreligiosas. O Ft 113, iter 5, da Constiuigto de 1934 estatuiu que as assocagies feligisasadquirram personalidade uridca nos termos da le il. Os principis basicos continuaram nas consituigSesposterioes até a vigente: Quanto ao tema deste tSpico —liberdade de orgonizapaor- Tiger — houve pequenos ajustes quanto As rlagbes Estado-igrej, ‘passandode uma separagdo mais rgiga para im sistema que admite ertoscontactos, que analisaremos rapidamente, ais como: (a) Separaioe coaborao, De acordo com o art. 19,1 éwedado a Unido, as Estados, a Distrito Federal eaos Municip estbelecer culos religions gras, suoencion es, embaragar thes exec ou manter ome ou seus representantes relagdes de dependncia ov alin, es- ‘ada na forma da colaborgdodeintresse plo. Petes de Miranda fesclareceu bem 0 sentido das vérias prescrigbes nucleadas nos ver bos da dispcsitves“estabelce eultosreligionos ext em sentido am- 5.Cl Pe Ju cambio it 57 Nema cv oar ample sco st ir ste sje at Bam be oe “SUCK texto do decreta in Pe fost Scambin cp 88, not 18 Anteceden tereapmentc ue derenone memo sates chp Af es plc les uss ners ou gua Feces cu popped Se i fs de concer co dro cu ots dene Sat pe ga cea tae gin: Ear ors Sovereigns ero dlc imu re Be pen, pagum en gn ov manent fit Septet regina" car aurora Sec wis prt sCootnnigettt sao aon Pes agra B0 Uo amen tab {fee depended atanaem guatuercuto po oc psnufey mov no roingese eds ipenisancan Eliade tan, gorueese ite iy toca trae bandos tron nde cepted Spode srt Mo seeders nel dessa de ne Tovcspntadanrenate do dante nfoms da’ posse gv cra ara os ogi B or rig fener no ang gone® Dems ih eta Kinginsgerta in rao dnctmpeerc vasa A inp et ers man nde er sen cine ‘iste peep orp fess Seer ps Side ect abner case de srl ver dotinsscocnas el anes A ns mesma tag ero poeta ei: ‘ae dings sec Sfesguscine elor Sean tomprovem trade no use tau enc ens naneos em ess, = scare tds Sc Patni n gates comic arr ocoas Sung oie Ric gece de entra ders (ech er nade gue potensepunt nds Jesus ens ec eer sr do Pate is () Asc rfgone Earn estermondn pret code pte cpranrn cea Soca genie came de deen cn de mcrae ‘mio cE) Nets ence sesor purses fae mus como nde emerson, ‘io, argu cis no tem ene uate cnr Secs font Cnr Cals Cts Faso cbs Fem ps omemancrs6 ko ids 3) (Ep fon Ee deve cone dina dx oro vor dana pence fname ite fe) sont Cages Rr Pio, Commins Casi bt de ‘Mas se tratard de materia de matricula facultaton (at 210,§ 1). Vale dizer um direito do alunoreligioso ter apossiblidade de matric Turse na discipina, mas nao Ine & deverfazé-lo. Nem € diseiplina {que demande provas eexames que importem reprovaga0 ou aprova- Ge para fine de promogio escolar Notese ainda que $0 as escaas publica so obrigadas a manter a dsciplinae apenas noensino fur- Samental. As escolas privadas podem adots-la come melhor Ihes desde que no imponham determinada confissaoreligiosaa rem noo queir, (4) Casamentoreligioso.O casamento vslidouridicamente é oc vil, mas ocasament religioso ted efeto civil nos termas dale (at 326,691 2). AConatituigdo de 1988 prefer remeter a regulamen- {agioda validade civildocxeamento pars ei ao contrario das cons tituigbes anteriores que js estbeleciam as condicoese requisitos da ‘equiparacio, trazendo, a esse propésito, norma de eficcia plena ‘Agora, nao, norma é de eficacialimitada, pois dependerd da lei para sua efetiva aplicagio, 17 Liberdade de expresso intelectual, artstcae cientifica ‘direitos conexoe Alberdade de expressio da atividade intelectual artistic, cen tiica e de comunicagh (desta a tratamos) & assegurada no art. 3% TX da Constituigio. As manifestagSes intlectuais,artistcas ecient fics si formas de difuezo e manifestagao do pensamento, omado ‘ese termo em sentido abrangente dos sentimentos e dos conhec ments intelectuas, conceptuaise inuitives. Aatividade intelectual {generica. Nao diremos que abrange também o conhecimento ati tice, porque este ¢intultvo. A arte ingénua, primtiva certamente ‘bo uma aividade intelectual. Mas por cert a alividade centiica (0 A stividade intelectual ¢ especialmente vinewlads a0 conhec ‘mento conceptual” que abrange a producao cientifiae flosdfica, Esta, como todas as manifestagoes atsias, eta protegida pela I Derdade de que estamos nos oeupando. Todos podem produzir obras inteletuais,cletifias ou filosblcas, edivulgélas, em censura e sem licenga de quem quer que sj. Determinadas expresses artisticas gozam de ampla liberdade, ‘comoas das ates plisticas,a musica ea literatura, Certas manifest 5. Para ua dingo ementr ete oconheineno concep #2 {lp dee devas are ot ened Cre, rode unc So Pal, Ato ees es atsticas,contudo, cam sujitas a uma regulamentasioeepe- Sal consoante prevéw ar. 230 6° que declara competi le Tede- al “1 — regula a diversies« espeticulos publica, cabendo a0 der Pabicoinformar sobre a natures dees, a alas eit a ‘que ndo se recomend, ois ehordrios om que sua apresentago SE nosteinadequada, “U1 estabelecer os meoslegais que garantam & pessoa ef rina possibdase dese defenderom de programas ou programs {es de rio televisto que contarom o disposto no art 22, bers omo da propaganda de produtos,prsticase servgoe ue poses Sermocigs 3 sae e a0 meso ambiente” "Temas af dos problemas o dae diersies speticulos pcos eo dos programs de roe ees, i itersbes pleas que ndo enram na nosso de espeticulo publicoembora,em certo sentido, ox expec pins jam tam bb formas de divertimento. Os “pargues de diversbes", certas sas de divertimentosebringuedoseltrnicos, por exemplo, ore ‘em dversdes bles Fream sujet $s imitagbes previa em ‘aformaindiada no art. 23,551 poco de census lastest pies efeitos indiatvos, revista no rt 21, XVL Os franceses cha Fram esas dversbes publiasdeesedculos de cursed dstracoes ‘conte nio intletual™ ‘Os especie sto de conteido varia. Envolvem “crag ar tien que tad cet visio do homer eda vida uma estes ou ‘mesmo uma opeio plitca” ou simples distagho ao public evitan {fo fazer pensar e que no poe qualquer probina de iberade inte lect Assim num sentidoestenso se fala emespetaclo respelto detado equ chama a tengo, sea e prende olhae mas na sen. {do de expetcul public, refeido na Const, tatase de ep. SentgSoteta, chido neato, lesa ulus emonstragt pice de peso ou comune pessoa ‘Aproducio es programagio das emissoras de ridin tlevisio, segundo Consitieao (rt 211), dover atender os opines pin. ‘pion I~ proteincinanalidades educative, atten, uleras ‘informativas II promoci da cultura nacional e regional este tru 4 produdo independente que cbjstive sun divulgagso I — ‘egionalzagio da produgo cultura, atisicae jomalisica, confor 58. Cotta, Lots abu. $B°EL Jean tear abla «12 sven th eran en ert sme percentuais estabelecdos em lei; —respeito aos valores éicos socials da pestoa eda familia. A lel podert estabelocerregrae de ‘lefesa da person eda familia de programas. programagoes que con. trariem estes principios. Nao eabe censu, mas classifiacao, para felts indicativos (art. 21, XVI), CCumpre fraiment, lembraraqui protegioespecial que Cons tituicaoolerece aos produtores de abrasintelectuas, aristcase cen tis. Aprimeira€tadicional:a garantia a autores do diretoexclu- sivo de ulilizagdo, pubieagdo ou reprodugio de suas obras, transmis- Sivel aos herdeiros peo tempo que a lel fica (art 5, XXVIi: 0 dite {a autora), Outras das s80 inovagses, asseguradas nos termos da lei () protegio Se paticipagges individuals em obras coletivas e 3 reproducao da imagem e voz humanas, inclusive nasatividades des [portivas(b) aos extadores aos intérpretes eas respectivasreprese {aqBes sindicaseassociativas o direte de fiscalizagao do aproveita ‘mento econdmico das obras que crarem ou de que participarem (art. SXXVIID, ‘Sto direitos conexos com as lberdades de riage expressio inoletunis, aristicasecenieas. 18, Liberdade de expresso cultural [Em certo sentido, aliterdadede expresso cultural ficaradelinenda ras considerastes supra, Mas a Conatitagdo tz um capitulo sobre a {ltrs noqualestabeloce que o Estado garantirsa todos opleno exer ‘cio dos dieitos cultuaise o acesso 3s fonts de cultura nacional. polar eincentivarda valorizacao ea difusto das manifestages cul tras populares, indigenas, azo-brasleras e das de outros grupos participants do proceso cvilizatGrio brasileiro (arts 215 e216). ‘Ai se manifesta a mas aberta liberdade cultura, sem censura, sem limites uma vivenciaplena cos Valores do espirito humaro em ‘Sua projegiocrativa, em sua produgio de objtos que revelom osen- lide dessas projegdes da vida do ser humano. 19. Liberdade de transmssioerecepedo do conhecimento F uma das formas de comunicagaoe de manifetacio do pensa- ‘ment, tanto que todes podem comunicar e manifetar seu pensar ‘mento e seu conhecimante pela imprensa, pela radiodifusio, pelos livros e conferencias. Mas a Constitugao a destacou, em rela a0 ‘exercicio do mapistri, quando poe como um dos principios do en ‘sino aliberdade de aprender ensnat,pesusare divulge 0 pensamento,a arte saber, dentro de wma visio praise de ids, de concepyes sagas de inatituiges pias prt do cnn (art. 206,18 ¢ fy. ists do resonhecimento de liberdade de uma classe de espe ‘listasnacomuncagao do conhecimento, que sto 0s profesor A ‘xpreso liberdade de stedre ra mais esta, por estar vinculada S1Rtsa de catedratic, que wecciaconotagio de titulaidade de cer toscargos de mapistera ‘formula empreyada agora mais compreensiva porque sed sige a qualquer exersente de funseo de magisténo, a profersores de ‘qunlguer gras, dando-e berdase de ensnar mais sina pore {Rmntm sbrange a outra face da transmissdo daconheciment, oO tho lado da iberdage de ensinat, ou soa, iberdade de aprender fim ca aber de pear ode dea conte iments) “Teme, assim, que enunciado compreende as dus dimenstes do cece osubston e objets, Na prmeirs, die a relate dos Sujtos do conhecimentsenvolvend a iberdae de rans co hitmen, qu cabe ao professor, 0 die deer ocoiecimento ture burl, que abe aumos epesquisadores. Na segunda, er ontrae a iberdae deo profesor escler 0 ojo relate densi a Irenanitir Dizemosohetraeine porque sus Hbedade a ea cor- ditonada sos curriculosescolreses0s programas ofa deensino {art-209) Dentro dese alan, impende'so professor ministar ose Surso com a liberdade de erica de contd, forma e tecnica gue ihe paregam mats corrton Neto se consubstancam aqueles dois direts pertnontes iberdade de etedr,lembrados por Sampaio Dia “de sero catedetco 0 unico jis da verdade sobre oe fsine eo de a dle dependera tecnica do sew ensino Nao cn ‘Thofical nem metodo didatico oficial. Cada catedrstico senor de como se devempenfa de sua missto™ ‘O mesmo constitucionalista ecorda os deverescorelatos aque les dicsito azsiuidade Se alas que cabem a0 profesor excel ‘a do eruing a seu cargo." O protesor tem o dever de esforgese pars que sew ensin sof bom, elicientee efi, pote 9 aluno fem 9 {read de relamar um trabalho serio de seus metres VLIBERDADE DE ACAO PROFISSIONAL 20, Liberdade de escolha prfissional conceitoenatureza (que denominamos de iterate des profisonl nos nea sam fenhum dos grupos anteriores das iberdades.Alguns ch SE 2c oem Cn de VP smam-na de edad de abl. NB, porée, come a coneebemes, Pore esa terminologia nao exprime bem a sua esc eporgue Figo constitu dito soil do taba, o qual mercera considera [ioopurtuaente Sera iberdae de cle do rato um de seus Spelie"E mas que sso, porque também ¢ ierdae de erro de Ofc de profs, consoante o enunciado do ae 8 XM: elvte © rerio de qualquer trabalho, oii ou profits, atendidasas qua liens prolstonais ques ke estabelecer” O teor do dispositivo, desi, demonstra qu estamos dante de simples dio nda daquio que a doutinachoma iberda tied conteudo socal pts que ainda se gorateoteabalho, no se ‘Scaguraoconteddo do trabalho, nem a possbiidade de tbalh, ‘nemo empregonem tampouco a condiqos materas para vest- Turanumotco ou paras aguisigi de qualquer profit ss, sm, feria drt social. (O dispositvo confereliberdade de escola de trabalho de feo ¢ de profesto, de acordo com as propensdes de cada pessoa na fnediloem que orte 9 esfrgo proprio postam romper asbser- sque seaepoem a aaioia do pov. Confer sgualmente a iber= ndb de excrete o que fora escothdo, no sentido apenas de que 9 Feder Public nao pode constwanger a ecaler e # exercer outs Quanto a saber seh ou no condigbes de aquiskio de oficio ou de prose escola, go ema ue preocupe oemundiado formal da Fon, Como todo dieito de iterdadeinaiviual, a ropa se init 1 onferlosem se importer com as condiges materials desta ‘dade, Equal adler como texpereniao masta, qe, a rat {ha libedade rconecda rose vere em ago S mains das pests, que nio tem condigoes de excolher trabalho, 0 ofio oua Profisio endo mesmo obrigadasa fazer 9 que nem sempre les Epetece sob pena de nto tero que comer As épocas de recess Sto [Prodigas em demonctraro quanta o texto constitucinal em examee Formal No quer sso dizer que seein Enecessrio que exstae ten ua fungho importante, mormente se preenhido vezi com tedidas ansformadora: da reidadeecondmico soca vigete.O {Que reaimentenecessdrio€ dar contigo esa erdade, crab SEodo condigdes materiaseeltivas de acessbidade a0 teabalho, fi oie prado. 21, Acessibilidadea fungi piblica ‘Uma manifestagio especial da Hberdade aqui considerada 6a scessbldade at furcaopblica Hs, porém, dferenga que deve ser lem- brad Aliberdade anunciada no att 5% XIU, beneica abrasiliros¢ cstrangstosresidentes no Fas, enquant a acessibildade &fungio publi soft mals amplamenterestigbes de naclenalidade. Ema. uns aso @ aceasbiidade tng publica sabe aos brasllos ‘ates (ant 12, § 5 outras vee a qualquer bras, como € N= pitas de acest aot cango pubis, ns termos do at 37,1 IL Eegundo o qual ox cagos empregoeefungdes publica sto acess. ‘cs aoe brains que preencham os requis etabeiecdos em 1s. dependendo,em principio de concurs pubic de provasou de provasetitulos como xaminaremor oportunaments inclusive para Iostar que ext acess fungi bla oestendid aosestanger rosa forma de, eno 2 48 residents. 22, Regras de contengo © principio 6 da iberdade reconhecida. No entanto, a Consti- tuigioresealva, quanto escolhaeexerico de oficoe profissie, que tla fea sujeita’& observancia das “quaifieagdes profissionals que a Telexigir™ Hi, defato,ofcioseprofssdes que dependem de capaci- dade especial, de cetaformagio tenica, clei ou cultural. Com pete pritatoumente 2 Unido legisla soe conigbes pra 0 execcio de Drofisies (art 22, XVI). 6 les federal pode defi as qualiicagoes profissionas requerida para oexerico das profissbes- [No respeitante &investidura e exerci em cargos, empregos © fungOes publics, igualmente depende de preenchimenio de requis tos estabelecidos em le mas esta ses federal, estadual ou municipal, ‘onforme se trate de Fangio publica federal estadual ou municipal Como princpiog odaliterdade a cficica caplicabiidade dt ‘norma ¢ ampla, quando nao exista lei que estatua condigbes ou quay liicapao especiais para o exercicio do aficio ou profissio.ou acessib- lidade a fungao publica. Vale dizer, nao sao as les mencionadas que do eficsciae apicablidade a norma. Nao se trata de dielto lel, direltodecorrente da lel mencionada, mas de direito constituional, Gireito que deriva dretamente do dispositivo constitucional. A lei referida nio ria diteto, nem aribut eficSia norma. Ao conte tio, ela importa em. contr esa eficicia e aplicabiidade, trazendo norma de restigao destas. VI.OS DIREITOS COLETIVOS 23, Direitos coletivos ¢ iberdade de expresio coletiva categoria ds dint coltzs como espécie dos dnsitos funda renfais da homem comeys agora ase forjare a merecer considera ‘ho constituctnal especica Jem antersoresedigoes deste iv, destacamos as tbrdaes de expres cole tais as de reunio e de ‘Scociago, Mas agu em realdade, temos direitos indivi {ue imputdveis sos ndviduos como tal, « no a uma coletvidade esediictios Consideramo-iosdeerysin cet, porque Se era ‘estos inviduas oeram em funqao de ina puralidade de pes Sons entre si vinculadas dentro de uma coletvidade: No nos exea- ava atsonointeressecoletivo que fundamentava oreconhecimen” Bates dete aoe individuos ‘Outros dizitoe mais caracteristcamente oles, porque con fevidos no em ungio de interes individual, mas da coletvidade, ‘Specific ou genic, indusiram-nos a mugara categorzagso des ‘Sr tepico, no gual dscutremos tanto os direitos picsmente colt ‘os como agutles que qualifievamos de "expressiocoetiva” 'No proceso de elaboragsoconstitucional howe fart tendén- ciacm abrirum cpitlo especial para os dior coco em que Strolariam os dereuniso, de assosact, de profesra cultos por pre- avbes rluas e cerimbnias publics, de rganizagbosindcal de ‘rnilstaco coltiva de interssesgrupaistrociatvose snd, incundol de parlasio colt do tabalorde sndcateresu0- ‘ges abterem informagdes do Poder Public, de partcipagsa dos ‘movienentos socials organizados na Administraao Public, deen Ende eassoiagbesdelenderems em jzo os interestes doe respect Nosassociadasecatorias,edzeitoo meio ambiente sadio aiden: tidode hstricaeculural 0 doe consumidore Matas proposta tiham sentido corporativo inaceltsvel ‘A relatoria dos projetoseliminou o capitulo dos direitos cle ‘ose passou aintitular capitulo dos direltosindividatsde "Dire tore devers individual coletivos Mas nem todos os projetados “lito coletivos foram ncuidos nem ser adequodo. ASI, por fxemplo, os direitos de organizaiosindial ede preve foram incl flor no capitulo dos dite sci. O drsito a0 meio bent, 8 entidade historic © cultural constam do ilo da ondem soci. Restaram no capitulo dos direitos inividunisecletivos o direitos 2 nformaio,#representarsosssoitva, do consumidor, de Feu nifoe deassocagio, dos quaiscuidaremos a segue 24. Direito a informagao Fizemos antes estudo sabre a irae deinformacio,observando {queseria necessiio dstingui entre ela eodintogijormacio. Freitas ‘Nobrejé diseera que “a tlatividade de conceitos sabre 9 diteto 3 informacao exige uma referencia aos regimes politicos, mas, sempre, ‘oma convicgo de que este diteito no ¢ um diteto pessoal, nem simplesmente um dreto profissional, mas um dieto coletizo”® Isso Porque se trata de wm dirt coletto da iformago ov dro da cole buat a iformagio™ Odireito de informa, como aspecto da liberda de de manifestacio de pensamento,revela-se um direto individual, ‘mas a contaminado de sentido coletivo, em virtude das transforma ‘hes dos meios de comunicagSo, de sorte que acaracerizagao mals Inodema do dito de comunicado, que especialmente se concretiza pelos meios de comunicacdo social ou de massa, envolve atransmmu- {ago do antigo direto de imprensae de manifestacao do pensamen- to, por estes meios, em diretos de Feigao coletiva. Albina Greco no- toutestatranstormagao: "Jase observou quea liberdade delmprensa rasceu no iniie da kdade moderna ese concrtizou—essencialmen: {te numdrit subjtivo do iiodduo de manitestaro proprio pensa- ‘mento: nasce, pois, como garantiadeliberdadeindiviual Mas, o lado etal direto do individuo, veioaliemando-se odieto da coltvidade Ainformagio™ ‘A Constituigio acolhew essa distingto. No capitulo da comuni- «agio arts, 2202228), preordenaaliberdade de informar completa ‘da com a liberdade de manifesto do pensamento (at 5, 1V). No mesmo at 3 XIV e XXX, js temos a dimensdo coletiva do dirito $informagio.O primeio declaraaseguradoa todos 0 aes nform (i. Eo interesse geral contraposto ao interesse individual da mani Festagio de opinido, idéiase pensamento,veiculados pelos meios de comunicagae social. Dai por que aliberdade de informagio deixara ‘deser mera angio individual para tornarseFunlo soca ‘Oowtro dispositive tata de dreto&informacso mais especif- <9, quando estat ue tas tm direto a receber dos gos pics ‘normed intrest particular colt ou geal, que ser prestadas mo raza dal, sob pena de responsbiidade, esaladas aguelas co siglo sn imprescindel a segurange da sociedad edo Estado Ai, como se v8 do enunciado, amalgamamse interesses particulars, coletivos e ge ‘ais, donde se tem que nao se trata de mero dreito individual (0 direito de peticio (art 5, X00, a) pode tamibém revelase como dirt coletvo, na medida em que pode ser usado no intersse acoletividade, geralmente o¢, maisdo que no interese individual. 25, Direito de representagdocoletiva A legiimacio para agir em uizo 6 tradicionalmente pessoal, como dlirito publico subjetive do individuo, tanto que, nas constituigses SEE Reins Bre ob ct pd y anteriores ve delarava que a lel nd podera excluirda apreciagaodo oder Judiciaro qualquer lsto a diet indtual. Agora se depos, ‘como veremos, que ale ado poderd excluir da aprociagao do Poder Jairo esto ov ameaga a dieto, sem qualificsl. Em consequsn- ta. a Consttugioya previa casos de representagiocoletivade interes ‘Ss colativos ou mesmo individuals integrados numa colelvidade assim que se estabelece que as emidades associations, quando ex- pressamenteautorizads eertamente em seus estates), tm egitim {Sade para presenta seus flags em juizo ou fora dele (art 5" XXI), legitimidade essa tambem seconhecida aos sindicatos em termos até mais amplose precios in verbs: ao sndat cabe a defsa ds diets e intereses oes ou mda categoria, nclusce em quests ju ais ow administrations at. ID, Poe-c a, contudo, a questo das asscigtes de assaciaes, que sho assciagbes de segundo grau, que tem como fllados nao indi ‘ds, mas outras assaciagDes. S40 pessoas juridicasassocativas que ‘agregam, como filadas,outras pessos juridicas associativas. Tam ‘bm essa asaciges de segue grau thm, com base no dispositive fem questi, legitmidade para representarsoasastociagbesfiadas fm juizne fora dele Iso vale para as associagbes sind. [A questio aqui ¢diversa daquela que tem merecidotratamento negative do Supreme Tbunal Federal no que respeitalegitimagao pparaaacio direa de inconsituconalidade, consoante referimos an- tes: De fato, 0 Preorio Excelso tem decidido reiteadamente “que _niose qualificam como entidades de classe aquelas que, congregan- do pessoas juridicas, apresentam se como verdadeiras associages de ‘ascii. Em tis hipoteses, tom-se-hes negado a qualidade recla- ‘mada pelo texto constitucional, pois pessoas juridicas, anda que co- Tetivamente representativas de categonas protissionas ou candi as, no formar clase alguna” 26, Dimito de participasdo Distnguiremos aqui dots tipos de partcipagio, Um éa partici: pagio dirt dos eidadios no process plc e decsori. A inicatva le Bslativa popular. que conciste no dreto de certo numero de eeto- Fes aptesentar projetos delet As Casas legislative, 0 plebiscto © 0 Felerendo, modos de decisto popular, respectivamente, sobre uma ‘questo politea concreta ou sabre um projto dele aprovadoe ain eat CE NDI TAF el Min Cee Mes, 173. nines pce da nao sancionado (as. 14, Let, 29, XI € 61, § 29.56 se repata Alito calative porque so pode ser exercido pr dm nim cod ‘ede cletres: ma coletiteade, ainda que Nao organizada formal ‘mente O outro, que chamaramos de prcipao ogee veaes ‘val pare uma forma de paripacso corporat, a par ao previstano ar astguradaspartclpagto dos tabalha- {lores em pregadores no colpiaios dos rglospubisr onde seus intersses rotsionas ou prevdencros jam cto dedscusto € deliberagdo",carepresrtago assegurada no ar: "Nes onpr ‘Sse made dents empreaity, segura algo dum repos dane destes com a fale Exc de pomotertes 0 enodimeno ‘ito como empegadores, a8 gusisaparecern ene 0 direitos 30. ‘ais Melhor mesmo ser sua cracerzago come ditto coletive Colt, de naturezacomunitria no-corpoatva, 0 dita de participate de comunidade eapesialnente de tabalhadores empre: ‘atios'eaposentadoe a gestso da seguridade social art 198 Vy, como purse de omuniade a ages eervigs pablicos de Sade (ort 19, i. Em certo sentido, também 6 da mesma natureza oreo de fe calzagio popular previstono ar 318 3" Ascontas dos Muncipios fear, darenesetsenta dss, anualmente 8 isposigo de qualquer contribuinte, para eae apreiags,o qual podersquestonarlhes 2 egtimidade, nos termos dae Eque 9 conebunte ene aqut om defensor 0 intereseepublico eda coltvidade, 27. Diteto dos consumidores Sentese que a Constituigio fo timid no dispor sobre a prote- so dos consummidores" Estabelece que o Estado prover na forma da Teja defsa do consumidor an 3%, XXXL). Realgadeimportineia,contudo, sua insergo entre o dries fun- tui, nos termos seguintes: "todos podem reunirse pacificamente, ‘Sem armas, em locaisabertos ao public, independentemente de au- torlzagio, desde que no frustem outa reunidoanteriormenteconvo- onal ager Srp. manor cs too acon, eat «ada para o meso loa, sendo apenas exigido previo vio auto: ‘dade competent ‘Avalitedad de reunia eat plena eaticazmente assepurada, no mais se exige It que determine or casos em que sera cede a ‘Somunicaio previa a atoidade bem como a designate or est, Go local da seuniso. Nem se autori mais a autordate a intervit para mantersoudem, 0 que ea ubliado pars difeultar 0 exerico En iberdade de reunito ¢ ate para o exercco do abit de ator {dade Agora apenascabe umatisy merosviso, autora que terd dover de oso, de garantr a realzacio da reuniso, Nae tem 3 Sutordade que designs loca, nem sequeraconselar outro local, “Ssvo se comprovadament js eativer ent, por avio insoiemsvel, ‘deque outrareunito fora convocada parao mest lugar "Revit, qualquer agrupamentoformado em certo momen tacom objetivo comm de tocar eis ou de eeebor manifesto tie pensamento poitiso, ilostico, ligioso,centico om atstca ‘Reunion diet corte de Pontes de rand, apronimacso— ‘Speianente considerada — de slgumas ou muitas pestoas,com 0 {im de inlormars, de excarecersse de adotar opin (deliber finda que s6 no for intima)” " Nao propramente im agrupamen toorganizade como, 3 vere, sedi, porque orpanizacho pressupe cero ene os components esrturagee interna, o que sever ficanareunito. Nesta agrupament,aaproximaci,d-epea si es atragho do obeivecontum, que sequer precisa ser definide. A Ror cantridade om face deacofccinented nao sufinte pa daraoagrapamentooseu sentido dereuniso. que esta seo pres Spe atordo previo entre seus components, lunda-s, a0 meno, ‘numa vocagio préviasob adirevao de alguem ou de ua comisso. Béina exstneia dessa coordenayao ou dieyao da teunido que se contra um igi elemento organiza. fio tsmbem que de ‘area areundo em lagi as aglomeradosinstanneos ou outros sipamentos NS sa reunides poi nem os ajuntamentos caso. ‘ais nem os sjuntamentos por fort de orden epais™ ‘A reunio ¢, por outro lado, uma formacio grupal pasageira, ro que las estrema da associaio, que éorganizario permanentee de base contatual, fundada portanto no acordo de Vontades dos aderentes. Incluem-se no conceito de reunido aspussealase manfstaphes nos logradoutos publices, a quais sto ajuntamentos de pessoas que se produzem em cerascitcunstancias, para exprimi uma vontadeco- 22 Lonmin min 1 om med 8, 7‘ eva ou sentiments comurs, come a ebro de uma fet a ‘omemorayio de um acontecimente, a expressio de uma homena- [gemou detuma reivindieagio, deum protesto,notando-sequea idéia (Cor sentimentos desses aglomerados se conhecem pela insignias, porcartazes, bandeirolas, gritos ecantos."A dferenga entre passea- {Ene simples manifestagao esta em que esta se realiza num s6 lugar, é move, enquanto aquela se deslaca nas via publics,” quando, en- to, os individuos exercem, a0 mesmo tempo, duasliberdades fun- ‘damentais: a iberdade de locomocso (circu) ea Hiberdade de euniso Alida iberdade de reuniso & daguelas que podemos denomi- nar de liberdadecondigSo, porque, senlo um direttoem si, constitu também condicao para oexercicio de outas iberdades: de manifes- tao do pensamento, de expressio de conviceio Blosotica, religiosa, [Sentlicae plitia, ede locomogio (iberdade de i vire cat. Por isso & que, 300 seu regime delneia limitagdes possives (re- ‘gas de contensio), predomina sempre o prinepio de que prima a fiberdade. Hi, agora, apenas uma limitaglo: que a reaniso sea som lamas; e uma exigeneia’ que se dé prsio iso dautordade. Anecessi= dade de aviso nto lmilacao, mera comunicagao. A reuniao sear tas significa vedagao a reunito de bandos armados com intengbes belicosas, porque a6 se admiter reunides com fins pactfices, como ‘expressamente consta do incso constituconal em oxame. Mas nao {quer isto dizer que aautoridade possa submeter todos os participa. Tevou qualquer dele, a evistns para veniar ou nao a existéncia de srmas. Sem armas significa sem armas brancas ou de fogo, que deno- tem, a um simples relance de olho, atitudesbelicosas ou seiciosas. {Como no mats se exige lel sobre odirito de reunido, ica revoga- ‘daa Lei 207, de 10.50, em tudo quanto contaviarotextoconstta ‘onal Fala-se no inciso constitucional em reanir-e em lenis abertos ao ‘nib Isto nao € nem limitagao nem enigencia para oexercicio da [iberdade de reuniao. Quer dizer apenas que as reuniGesprivadas 80 amplamente ives, porque estao amparadas por outros direitos fure , SS se gorante a sstiuiga de propredade, endo suscetivess de Inudanga poll seu conte e limites: Verse, nocorer das cone Siderages seguintes, que 2 Conatituiao mesma jf trae notvels transformagGes na vlhaconcepsao da propredade 2.Conceito e matureza © dit de propriate fora, com feito, concebido como uma relygdo entre wma peas e wma cts, de carater absolut, natural € Imprescitvel. Verficou-s, mais tarde, o absurdo dessa teoria, por {gue entre uma pessoa © ma cosa Alo pode haverrelagao juridica, {Que sd se opera entre pessoas. Um passo adiante,& vista dessa ci ‘By passou-fe entender odireito de propriedade como uma relagio. ‘nite um individu (sujeto atv) e dm sujetopasive univers inte {tad por todas as pessos,o qua em o deverderespeitso,abstain- Soe de olilo,eassima diteit de propriedade se revela comount ‘modo de inputag arti de una cosa ao sujlto® Mas a se man fas ik tit parcial do reine oni da propiedad ‘uma perspectva civlsta que nfo aleanca a complexidade do tema, ‘que recultante de um complexo derormasuridias de Direto Pa Blico ede DieitPrivado, que pode interessarcomorelagijuridica econo instituito juridia’ anor cam 17 ot E14 1 CE ‘Earner content el dnd prope deer [artisan epee Da ua deine da popredde come {spore seconde deteminason ela epg’ dell cose che pssona formaroe sage 8 “Ec igri Dagon, tay gurants mide pp 4636 3.61 Hl ernger: neu le rao ero Sul ‘efeinaments di dio cv dif Univers del ta dh Camaro, p38 Demais, o carster absoluto do direto de propriedade, na con- cepgio da Declarasio dos Direitos do Homem eo Cidadao de 1789 (Gégundo a qual seu exerciio no estaria linitado sendo na medida fem gue ficaste aceegurado aos demais individu oexercicio de seus ‘ites, foi sendo Superado pela evolugso, desde a aplicacao da to- tia do abuso do direito, do sistema de limitagdesnegativase depois também de imposiqses posits, deverese Gnu, at chegar-se acon ‘cepcta da propriedade como fungio sociale ainda 2 concepcao da propriedade socialista, hoje em crise, Essa evolucio implicou também a superacio da concepeao da propriedade como dirito natural, pois nio se ha de confundirafa- Evldade que tem todo individua de chegara sersujeltodesse drei, ‘Guee potencial, com o direite de propriedade sobre um bem, que s6 txiste enquanto ¢atnbuido positivamente a uma pessoa, e€ sempre treo ata, cua caracterisica€ a faculdade de usar, gozare disor {dos bens, ixada.em lei" Eo que aliss, decorredo nosso Direito posi tivo, a estatui que a asegura ao propeietari o dzeto de usar, {gozaredispor de seus bens (CC, ar. 524}, assim, o Direito posit to, a lel ondinaria mesma, que fixa o conteido desse ditto que é insitucionalmente garantide pela Consituigao (at 5%, XI)? 3. Regime juridico da propriedade privada (Os juristas brasileiro, privatisase publicistas,concebem o re _gime juridico da propriedade privada como subordinado a0 Direito ‘Gil considerado direto real fundamental. Olvidam a5 regras de Dimeito Pablico,expecialmente de Diteito Consttucional, que igual ‘mente disciplinama propriedade. Confundem 0 principio da fungi Social com asimitagbes de polici, como consistent apenas no “cb punto de condigoes que se impse ao dreto de propriedade fim de REM gatfepmains cnadeai or conslam ou wabao age de toe eigen sere pg pe Cl Yo Date ito prea memos soc eign uss str com a smples suai do ple poicngun prczaments€cncbid camo mens dat Sessa cigs tine saree tae, pga, Sa C fey Lope Meimies, Deo inate bane p i Caso An ‘Sons de Ml, Cha dhe simian. 0, Andrade Oh ‘in, Las usr 3 propia pds toto e ar FO ‘ew, nea mona sbe a iacden wae eared concep she # Fino socal da popicade 0 conden cans ae determi sia ‘SevRuctheste Enero cnenamentohacs pet ni) Or sso ue seu exerci no prejudique interes socal”, isto ¢, mero con- Fino de conde mtatvas™ ‘ssa € ua perspectva dominada pla atmosera cist, que io eva em confess profundastansformagaesimpostas slags de propredade privada sujet hoje, estretadiseiplina de Dieito Pablico, que tem sua sede fundamental as normas consitucionas. Em verdade, a Constituig asseguraodirito de propriedade, mas ‘nosis, pois, como sssnalamos, estabelecetabem seu regime Fundamental deal sorte que oDiceto Civilnfodiscplina propre- dade, mac ao-somente as lage cis ela referents, AS 0 Var fem ambito das elaoescvis as dsposigbes do Codigo Civil que tstabelecem as faculdades de usar, goat edispor de bens ar. 52), 4 Plat a propsedaeo 35 oer eu ie 27 et, assim mesmo com as delimitagbesecondicionamentos que das novinas consitucionals defluem para aestrutura do direito de propriedade em geral. "Adoutrina se tornara de tat modo confus a respeito do tema, ‘que acabara por admitir que a propriedade privada se configurava SB dois agpectos a) comodo ol suite e come drop ites subjtvo. Essa dicotomia fica superada com aconcepgiode que i fang soil ¢ elemento da estaturs edo regime joridico da pro- Dread, pos, principio ordenador da propriedade prvada: nde ho conteudo do direito de propriedade!impbe-he novo conceit” Por isso, a nogao de slush furiica subjtew (compleaa) tem sido “sada pom abranger vst aba do tat, em lugar dagueles fois conceit fragmentadoe Nelaresguardavseo conunto te fa {tldades do proprietrio, dento da debmitadaeseraquea dscipl- ‘na constitclonal The tag ‘Nessa confrmidade & que se pode falar em iit subjetivo pi tao (ou dvi) do propritatio particular, como polo ative de ua Telagto juridicaabetate, em cijo polo passive Se acham todas as ‘ema pesoas, aque corre o dever de reapeitaroexcricio das trés fnculdades Basics! se, go diysilo (CC, a. 52) depeteremnaate ere amare ‘Simenio de tansformago pative gues ona a servio do devavalimento See eee reereaeree Sci cometaeets hea Sae Seca sd Rattan nesemmencee ety Seca ren Bie eee 7 eas aecatrca ae tee a apnea iceman Vale dizer enfim, que as normas de Direito Privado sobre apro- priedade hio que ser compreendidas de conformidade com 3 disc plina que a Constituigao Ine imp 4. Propriedade e propriedades [A Constituicao consagra a tse, que se desenvolveu especial ‘mente na doutrina alana, segundo a qual a propriedadenaocone- titui uma instituigdo dinies mas varias institugdes dilerencadas, emcorzelagio com os diversos tipos de bens ede itulares, de onde ser cabivel falar nio em propriedade, mas em proprsdadee Agora, la for explicitae precisa: Garante odireito de propriedade em ge tal art. 5, XXIt garantia de um conteudo minimo essencial), mas distingue caramente apropricdade urbana art. 182,82) ea propre: dade rural (art. 5°, XXVL, 6, especialmente, ats 18, 185 e186), com ‘seus regimes uridices préprios, sem falar nas regras especais pa ‘outras manifestagoes da propriedade, que indicamos antes ve ‘mos depols. Em verdade, uma coisa €a propnedade pic, outea a propri Mie socal e outraa privuda; uma cotsa 6 a propriedade agricola ot tra industrial uaa propriedade rural outa a urbana uma, a po- priedade de tens ie consumo, outa, a de bons de rodugdo, uma, Dropriedade de us pessoa, outra a propredadsicpral." Poi, cotno Alertou Puglia ha bastante tempo: “no estado das concepgber atuais da disciplina positiva do institute, nao se pode falar de im so, mas se deve falar detipo dversos de propriedade, cada um dos quals ‘sume um pect arctic Cada qual dees ips pode ‘star sujet, e por regra estar, a uma diciplina parbiculan expel mente porque, em relaso a eles principio da fungio social au di versamente, tendo em vista a destinagao do bem objeto da pro- Priedade." ‘Tudo isso, ali, nfo ¢ dificil de entender, desde que tenhamos| fem mente que o regime juridico da propriedade nfo ¢ uma fungso ‘do Direito Civil, mas de um complexo de normas administativas, urbanistcas,empresaiais(comerais) ecivis certamente), sb fun ddamento das normas constitucionais, 9. cl Spatgat of at p20 Pato Feige oh cp. 88196. Ase rps eset tat dma gy desta Puls Lappe PEt ov "A ppc propio” ecomplade eect l ps em art dota TEL Spiga ob p22 J 5. Propriedade piblica a que tem como titular entidades de Dirito Publico: Uniso, Estados, Distrito Federal e Muniipios (CC, arts. 65a 68). Qualquer ‘bem pode ser de propriedade publica, mas hi certs categorias que sho por natureza destinadas 8 apropriagao publica (vias de crcl ‘Ho, mar terttorial terrenes de marinha,terrenos marginals, praia, Thos agos, Aguas de modo geral etc), porque sia bens predispostos {2 atenderointeresse publico, nao cabendo sua aprepriagao privada. [Dessa naturezasio tambem as trrastradiionalmenteceupadas polos {nis que, por isso mesmo, so terras publicas de propriedade da Uniso, constitucionalmente vinculadas aos direitos originarios dos Indios sobre ela, para sua habitagdo permanente, ¢ 8 preservasio dos recursos ambienais necessirios a seu bemeestar eas necesida- des de sua reproduciofisiea e cultural segundo seus uses, costumes e tradigoes (ats. 20,1 e 231) ‘ACConstituigioreconhece a prpriedade pla: (a) ao incuir en tre os bens da Uniso aqueles enumerados no ar. 20. entre os dos Estados os indicados no art. 26 b) a0 autorzardesaproprigdo, ue ‘consist na ransfeéncia compulsoria de bens privades parao domi nig publico,e (c) 0 facultaraexploragaodireta de aividade econd- ‘nica pelo Estado art. 173) eo monopslio (at 177), que importam Spropriagio publica de bens de produgso. I PROPRIEDADES ESPECIAIS 6. Consideracses gerais Além das disposigbes do art 5, XXIl, que garantem a propric- dade como inaitugioexistem outeas que asseguram tipasespeciais {de propriedade, como 2 prpnedade de recursos minerais (rt 17), & propredadeurbanae aproprictade rural (ats, 182,82", 188), propre: aL comps ptr drains rade ot aes (art 222), das quastrataremos quando formes estudar a order eco ‘mica ¢o emas da comunicagio social (p 807) onde so previstas. ‘Consideraremos aqui apenas as propriedades especiaisrefer- das entre os incitos do art. 5a prprotade auorl, a popredade de Invents ede marcas patents ea propriaiade-tem de fama, 7 Propriedade autoral art 5 XXVII, que astegura odireto autora, contém duas no mas bem distintas, A primeia e principal confere aos autores dito cls dtr pubicare produc suas assem expec como {zum asconstinigGes antes mas compreendidoemnconesaocom edspestono ine. IXdomesmo rigs, concurse questo bas hier ‘as ais, cote ede comuntagio. Ena, a se ascepuram o> fares d autor de obaintletale cultural, reconbcendo te, tal laments, ochamado diode propia lta que compreende dinates moras patrimonisis. A segunda nora dear que esse io ‘tro es herders plo tenpo gc fst ‘lei que protege os direitos autoris, Lel 9610, de 1921998, dey ne 7 he Se ors praia cas do ‘expreieas por quaiquer meio ou fadasem qualquer suport tang Xelow intangel,coahecido ou gue se invente ne fture O dispose tivo apresenta em seghénca extensa enumeragio exempliiaiva Incl ela também a proto do que cama de diets conexos ou se dicitos de interpreta, exectanes,prodatoresfonografice, ‘io pormenoree nia caberh au © autor titular de direitos moras ede direitos patrmoniais sore a obra infeectual (ou sj: cra itersrins asta, cent smi dramas drannconmuscaie) qe pec Sto ints mai do autor: a) 0 de revindiay, a ualguerternpo, apo temidade da brs) odeter eau nome, fone ou snl co ‘erciona indicado ou anuncado,como do od auton naa {Bode sua obra) deconservs neta @)ode assegurarthea integrdede, opondose a quaaquer modifica, ous pric de tos {ques de qualguer forma, possi prjedii-ts, ou atingrio, como ar tor em sta reputaco ou hones (e)0 de modifica, antes ou depois Autlizad; (ode ett de crculag, oa dete cuspender al fuer forma deuliagio autorizada quando acirculagao oe wi Zaco impicaem aon sua eputagiow imagen) ode teres ‘exemplar nic e rato da sa, quand ce eaconteiegitimamente tm poder deoutrem para fim de, porate de proceso foopraico ‘ou asemelhado, ou audiovisual preserva sua memoria, deforma gee eo meio convenient piel seu detent ee ocazo serdindenizado de qualquer dano ou projuzo qe The ‘aa sie elo mora do sotor so naienaves retuncavees mas, pormorte do sulortansmitema seusherdeizs ce dros ue Sevlerem a letras “ead supra. (0s diets primo do autor compreendem a facldades de utiliza fie dispor de sa obra bem camo de autora sum ati: {2o ou irugho por tecsros no todo ou em parte ses diets so Sllndvels por elon por seus sucessores. Odie here da propiedad intelectual cabe aos herders descendents acendentencrjugee caters de acorao com 0 dem de vocagio hereditia estabeleida na el civil, mas também se dificil etrntae Aferanga docs de aor Sige pelo tempo que ale ma Pode ser temporsria ou vail, com Tore dspuser ale Vigora como vimos, a L=t9 610/98, que regula rivets utoras, Depo que os direitos patrimoniais do ator ferduram por 70 anos contades de Te de ani do ano subsequente Rode seu falecmento obedecida a ordem sucessria da lei (Codigo Gui ait 1.63), induindo Estados, Dstto Federal oa Unido, fata de erdeizolegitimo ou tstamentri,oque nao era consign oma lei anterior (2s 5988, de 141273, ona revogada). ‘Seo autor mort ab infest esem deixar hades, acbracaino dominio public (Ls 9.61088, art. 45) se ele nto tier alienado seus dito para alem da morte 0 ques ale por emporio superior a70 tos A dn dearer (Octo 3p) cna cue ‘eutiidade pablicn para Sesaproprgso reedigto ou divulgagae de obra cuinvento de natureza deni, steal ‘emos pare que desapropriago no pre ocorer enquao ‘rd dra estver vivo queconservara ined ou fora de cre. [agtoseinclutenzesews detos moras pesonaisimes inaiendves. ’AConstituigi ouxe navidadeconexa como tema que nes oc pa aqui ao envolver nee obras de omnia, com az produgses Roaltoniase televisivas. Anorma do at 5 XXVI, se lige a 50, Ins nao soa isso, porgue também as obra teria © uta, 20 ‘Seguros nos terme dele (a) a protego a partcpagies indivi Aunem sbrscoleivas ea reproducio da imagem e vor humanas inclusive as atvidades desportvas (odie de fiscalizagao do tproveltamentoccondmico das obras qu ciate ou ce qu pertcr paren, os criadores, aosinkerprets eas respectvasrepesentagoes Ehnicaseassociativas, Por ceo que ae tenta protege por xem oo direito dos partiipantesem obras como flenvelaseseme- esq, vendidas para reapresentages ano exterior, eprodr zum imagen e vor sem remuserasao ulterior Tense evita ue Fors sc engaga conor ssa, opr ua 48, Propriedade de inventos, de marcas ‘ede nome de empresas O dispesitivo que a define e assegura est entre os dos direitos individuats, sem razto plausivel para isso, pois evidentemente no tem natureza de direita fundamental do homem. Caberia entre as rnormas da ordem econmica, Seu enunciado econteudo bern 0 de- hotamn, quando a eicéia da norma fica depencendo de lepislacio ‘ulterior: "aed assegurar aos autores de inventosindustriasprvilé- gio temporario para sua utlizago, bem como protecao as ciagbes Industrais,& propriedade das marcas, aos nomes de empresas © a ‘uttos signosdistintivos, tendo em vista oinferesse sociale odecen- volvimento tecnoldgico e econbmico do Pais” (art. 5, XXDX). Vale dizer que direito al reconhecido decorreré da le, aque oconstitun- teremeteuasua garantia, Ale hoje, €2 den.9279,de1451996, que substitul o Cédigo da Propriedade Industral (Lei8772, de 21.127). Trata-e de propriedade de bens incorpéreos: prviléio dei vengio industrial, ue assegura a0 inventor (criador de objeto ce paz de propiciar noves resultados industria) 0 diteito de obter patente que ihe garanta a propriedade do invento (ou de modelo Se utlidade, objeto prstico suscetivel da aplicagso industeial, com nova forma ou disposiqae, que resulte em methoria funcional no seu uso ouem sua fabrcagio)e o direto exclusive de wtilizagao do objeto da patente e o consequente direito de impede que terceira © faa; a protegio, pelo registro, & propriedade de desennosindus- tris, das marcas‘ seu uso exclusive, a propriedade das marcas de servigos exclusividade dos nomes de empresas e de outro sige nos distintivos. O privilgio do inventor é,contudo, emporio. Aleimarcalhe 6 prazo maximo de 20 anos « minimo de 10 anos para a patente de invengio,e méximo de 15 anos eminimo de7 anos para omodelo de uilidade, depois do que abjeto patenteado cai nodominio pablico. Esté submetido a0 principio da fungao social, Uma vex patenteado, fo inventoteré que ser posto.em funcionamento pelo proprio inven tor ou por tereiro, mediante concessio (obrigatéria ap6e ets ans, de acordo coma lei da icenga para sua exploragio. Comoa propre. dade do privilgio ¢ transfervel, quem a adquire fica sub-#ogado nos dreitose nas cbrigagies,evidentemente, inclusive na de explo ragdo da patente de modo efetivo no Pais, dentro de rés anos que =e seguirem 3 sua expedigio, A propriedade de marcas, de nomes de “empresas distintives também, pela Constitugso, fica submetida 0 intoresse social. 8. Propriedade-bem de familia (© Cédigo Civil (art. 70), como se sabe, permits aos chefes de familia destinar um prédio para domictio desta, com a elsusula de fica isento de execugto por dvidas. [a nstitigio de wma propric- dade como bom de fait, precisamente porque preetabelecigo no interesce desta ssa €anatureza que se pode reconhece ao institto constante do ant 3 XXVI,decontente de proposta e inransigente defesa do ‘Senador Nelson Carneiro segundo © qual popu propria rural, {Sin fn ede pal pela er oo de hora para pagamenlo de dos decrees de sua ada prada, {pond sbe or maos de fnanciar seu desenolentt A ta temo intresse Code prteger um patrmnio necessrio man tengio e sbrevivenia da faa IL LIMITAGOES AO DIRETTO DE PROPRIEDADE 10. Conceitoe clasificagdo Limitagies ao dreto de propriedade consistem nos condiciona- _mentos que tingem os caracteres tradiclonals dese ditlto, pelo ue ateoome dc asl eal < pepe, ADs poe [segura a0 proprictiio a liberdade de dspor da coisa do modo que tmelhor Ihe aprouver exclusiv, porque imputado a0 proprietéio, © 6, ele, em principio, cabe;perpetu, porque no desaparece com a Vida do proprieticio, porquanto passa a seus sucessores, significan~ ‘do que tem duragio imitada (CC, art 527),e nto se perl pelo do ‘usosimplesmente Importa ter em mente estes caracteres, porque a imitages so 'A Constituiggo aolhew uma concepeio de seguridad socal, cujsabjtivoseprincipios se aproxumam bastante dagueles funda imentos, aoefintla como "um cnjunto negra de a de iain dbs Pores Pubos ed socio destnadassassepurt 0 dire tissue, previdewciae assist sca” (art 194), ao estabelecer seus objtivos (at 194, parsgrafotnica)eo sistema de seu finaneat mento (at 195), que ckaminaremos mais de perte no titulo da or dem socal ssa concepyio manta os prec sobre o dies = os segutidade, que hao de ser inferprelados segundo os valo- ‘esque informam seus objetivose principio. 3. Dirvito & sade Eespantoso come umbem extraodinariamenterevante vida thumana6 agora & elevado 8 condo de distofandamenal do omen. Eha de iformarse pel principio de que odie igual ‘ia de todos os sere humans signe amb que, tos casos de doengs cada um temo dietoa ui alamento condligno de condo com o estado atual da clénca med, indepesdentemente de sua Sttusgioecondmia cb pena de do ter lt Valor sua consignay GBoemnormasconsttctonais {© tema nto era de tod etranho a0 nosso Dieito Costitucio= ral anterior, que Sava competi & Unio parasite dea 1.0 det, So Pao, E197 p98, and Jou Mane ‘lata Psi eh guns 7537 Tn teat ge 20791 Gp be» orang da Sepuiade Sock, seein de Gi Sa prveocneFa panera po ’ - 0 ademas ss tnha sentido de onganzastoadministrat- Meade combate Ss endemia epidemins Agora erent, telase {Se um eto do homem ‘Cemos que fa Consitug italiana apimeiza a reconhecera sade como fundamental direio do individu einterese da colt Sidade (art 32), Depo, a Consitugso prtuguess Ie dew uns fo Tnulagh universal ats precisa (att) melnor do ques espanol {Gav fi) ea da Cuntemas ars 95-100, O imporante € que esas {Justo conte elacona com a sepurlade soc “Acvolugio conduziuhconcepgée da nossa Consiiio de 1988 aque declare sta sue dint deter deer stad, gaan median {Eyota sci ecomimaces uc send reo do co de doen ede tres agra & a acs nieve utr sas © ero para Sia prac proto eeciperagi, soos ees ques de eecnia pute ats {ove 97) AConsttictoosubmeteaconceito de sep Fidade Soil cjas agbesemeioss desinam, tam, a asepurs Toe lornio efcan Come ocore com os disitos soci m gral dizeito a snide comport as terete cenforme antam Comes Canotlho e Vial Moreira: "uma, denatrera negativa que coniste no dieitoxxiit {do Estado (ou de ters) se se abstenha de qualquer acto que frjudiquesaldesouta, de natrera pois quesighificao die {oltsmedidase prestacoesertaduatsvsando a prevenct das doen {ascotatamentodela”> Comoe iu doenunciado doart 19Sese ‘Snirmard com a letra dow arte 198220, rats de um dieito postivo que exe presagos de Estado e que impte aos entes pr Eos veliagie de detesminadas reac [1 de ce cumprimen- to dependea propria eaizagu do dite" edo qual decor um ‘apedal drei subjetive de conteude plo: por um lado pelo no imprint das tees estas para suasatntarto,dacabymento® Shao Ue nensticonsiade por omit (ar. 1021, ,e 108,92) ©, por outro ado, seu nso atendimento corel, po lta de regu [Etrentagto: pode abrir pressupestos pars aimpetagae do mandedo {Ct com de pen pra aaa 92 Rcd eo ir =p eta le ars semi ae, ‘Sc ua ye Pi ue oe onl com pe RoE gat pla eds ws rcp d's rate cme 3 ‘Epc somos ene ae mtr eau ay net caer eee va po Senco See Sea cae einjungio (art, XD, apesar de oSTF continuar a entender que o ‘mandado de tnjungdo nie tem a fangio de regulagao concreta do digetoreclamado (na, 4. Divito a previdéncia social Prevdéncia social um conjunto de direitos relatives a seguria- «de sacial, Como manifestagao desta, a previdenciatende a ultra Sar a mera concepgio de insttuigio do Fstado providéncia (ware Sale) sem, no entant,assumiecaracersticas socalizantes, até por ‘que estas dependem mais do regime econdmico do que do social, ‘AConsttuigo dew contornos mas pcos os direitos de previe

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