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O INCIO DA EXPANSO PORTUGUESA

PRINCIPAIS MOTIVOS DA CONQUISTA DE CEUTA (1415):


Posio estratgica- Controlo da navegao e do comrcio entre o Mediterrneo e o Atlntico. Ceuta era um ativo centro de comrcio- Controlo das rotas caravaneiras do ouro e cereais. Antecipao estratgica face a Castela- Ceuta era tambm disputada pelos castelhanos, entre outras razes, como forma de atacar mais facilmente o reino muulmano de Granada. Combate pirataria muulmana e possibilidade de corso- Os navios piratas muulmanos atacavam frequentemente os barcos de pesca portugueses. Base militar no Norte de frica- Ceuta podia ser um ponto de partida para futuras conquistas em Marrocos. Ocupao da nobreza- Menos obstculos poltica de centralizao do poder real. Proselitismo do clero- Converso dos infiis.

EFEITOS DA CONQUISTA DE CEUTA:


No foram os que se esperavam: Cereais e ouro no se obtiveram porque os muulmanos desviaram as rotas das caravanas para outros locais. Os contra-ataques dos muulmanos para reconquistarem Ceuta eram constantes. Ceuta ficou isolada, por isso tomava-se difcil de defender. Muitas vidas se perderam e em vez de abastecer o reino de cereais, como se esperava, tinha de ser abastecida. O infante D. Pedro, filho de D. Joo I, dizia que Ceuta era um sumidoiro de gente, de armas e de dinheiro. Mais tarde, no reinado de D. Afonso V, fizeram-se novas conquistas em Marrocos, para evitar o isolamento de Ceuta mas a situao no melhorou: d-se o desastre de Tnger e o infante D. Fernando acaba por morrer porque a nobreza no aceitou entregar Ceuta.

CONSEQUNCIAS DA CONQUISTA DE CEUTA:


Como Ceuta havia sido um fracasso, no plano econmico, os portugueses tiveram de procurar, por outros caminhos, os produtos pretendidos- ouro, cereais e novos mercados. Esses novos caminhos s podiam ser por via martima, da as viagens que se fizeram no Atlntico, procurando encontrar as regies africanas mais ricas de onde partiam as rotas caravaneiras que se tinham afastado de Ceuta, aps a conquista portuguesa. Nessas viagens assumiu papel importante o infante D. Henrique, governador do Algarve e administrador da Ordem Militar de Cristo, cargos que lhe garantiam muito dinheiro e homens a seu servio. Com esses meios patrocinou vrias viagens e aes de corso. Para alm destas viagens outras se fizeram por iniciativa de monarcas, membros da nobreza (o infante D. Pedro, p.ex.) e da burguesia.

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