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BARCOS DE PAPEL

Quando a chuva cessava e um vento fino


Franzia a tarde tmida e lavada,
Eu saa a brincar pela calada, nos meus tempos felizes
De menino.
Fazia de papel (toda) uma armada;
E, estendendo o meu brao pequenino,
Eu soltava os barquinhos, sem destino,
Ao longo das sarjetas, na enxurda...
Fiquei moo. E hoje sei, pensando neles,
Que no so barcos de ouro meus ideais:
So feitos de papel, so (tal) como aqueles,
Perfeitamente, exatamente iguais...
- Que os meus barquinhos, l se foram eles!
Foram-se embora e no voltara(m) mais!
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