dolorosa luz das grandes lmpadas elctricas da fbrica
Tenho febre e escrevo. Escrevo rangendo os dentes, fera para a beleza disto, Para a beleza disto totalmente desconhecida dos antigos. rodas, engrenagens, r!r!r!r!r!r!r eterno" #orte espasmo retido dos ma$uinismos em f%ria" Em f%ria fora e dentro de mim, Por todos os meus nervos dissecados fora, Por todas as papilas fora de tudo com $ue eu sinto" Tenho os lbios secos, grandes ru&dos modernos, 'e vos ouvir demasiadamente de perto, E arde!me a cabe(a de vos $uerer cantar com um e)cesso 'e e)press*o de todas as minhas sensa(+es, ,om um e)cesso contemporneo de vs, m$uinas" -./ 0h, poder e)primir!me todo como um motor se e)prime" 1er completo como uma m$uina" Poder ir na vida triunfante como um automvel %ltimo!modelo" Poder ao menos penetrar!me fisicamente de tudo isto, 2asgar!me todo, abrir!me completamente, tornar!me passento 0 todos os perfumes de leos e calores e carv+es 'esta flora estupenda, negra, artificial e insacivel" -./ 0mo!vos a todos, a tudo, como uma fera. 0mo!vos carnivoramente, Pervertidamente e enroscando a minha vista Em vs, coisas grandes, banais, %teis, in%teis, coisas todas modernas, minhas contemporneas, forma atual e pr)ima 'o sistema imediato do 3niverso" 4ova 2evela(*o metlica e dinmica de 'eus" 5lvaro de ,ampos, Poesias: Heternimos, Porto Editora, 6778 Compreenso do texto 1) Sublinha no poema versos que comprovem a existncia de sensaes visuais, gustativas, auditivas e olfativas. Escola Bsica e Secundria de Pinheiro CURSO PROFISSIONAL TCNICO DE COMRCIO Ficha de Traalho ! M"dulo #$ ! Te%&os l'ricos