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Enfim...

Agarro-me ao nada
Apio-me na incerteza
Debato-me contra a ingratido
Respiro sem um pingo de vontade
Amanh serviro as fofocas
Os jornais estaro ainda pintados de sangue
E no mangue, os caranguejos sero radioativos
E voc, mais uma esfinge que eu no quis decifrar
Desculpe meu pouco caso
Por acaso ainda h tempo para chorar?
Quem roubou a lgrima que umedecia meu deserto?
s vezes morremos, s vezes...
Em outras situaes, j nascemos mortos!
Eles superaram todas as expectativas
Deram uma arma ao que gritava por ajuda
Ajudaram no trmino de mais uma dor sem soluo
Amantes do suicdio, deliraram com a partida
Parece que realmente a subverso foi sufocada
Eu queria chorar novamente
E quem sabe, eu gostaria de dizer adeus
Sem Deus, sem ningum, sem mito...
Eu sinto muito por no ser forte
Quero apenas dizer
Que j no hora de dizer nada
Olhos nos olhos
Sem palavras, sem despedidas...

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