Com medo de um raio de sol me cegar Pois quando o corao cobia realmente difcil com a cabea pensar... Seria apenas o ato de escrever? O deslizar de dedos em um teclado Ferindo a brancura da pgina Hoje mais virtual do que eu queria? Confesso no saber E pouco entender Dessas pequenas armadilhas Dessas pequenas manifestaes... E continuo assim, Pensativo, diante de uma esfinge Decifr-la uma questo de tempo E tempo no existe, Ou quem sabe escasso... Mas preciso dizer Ou quem sabe apenas escrever Deixando fluir o rio dalma Que canalizo dentro de mim Muitas vezes, eu parei Dei as costas para o mundo Sorri amarelamente E pouco confiei no amor Mas hoje, mais maduro... No temo o futuro E no penso em disfarces Apenas celebro a doce irracionalidade da vida Assim, mais uma vez Escrevo sem o compromisso com a razo o meu corao quem fala E espero no ser silenciado pelo mundo Espero poder gritar em silncio Sem escndalos, sem artimanhas Pois as maiores verdades so mudas No precisam de palavras para existir E eu, continuo calado Por um lado, at falo bastante Por outro, sou silncio e contemplao E quase nunca sou razo... Assim, movido no por uma f, Mas por muitas e muitas, Deixo aqui uma homenagem Sem alarde, sem condies... Escrito em uma manh de sbado, tomei ar apenas uma vez e fui...