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Metafsica, como destino.

Pensar em nada e pensar o nada


Certamente
No so idnticos.
Mas seria preciso saber, com coragem
Se o pensamento pode pensar em nada
Se tal atividade, ela mesma, j no um nada.
Saber se se pode o nada pensar
Ou, se se pode no pensar em nada
Sem ue isto seja j um algo, diverso de nada
!m tudo, estamos no cora"o, corpo e alma, do mais
Meta#$sico pensar.
%o pensar ao di&er, ' ponte, mas tambm o abismo
Se avolumam
%i&er o nada( %i&er um nada( Pensar e di&er em nada(
%evo con#essar, aui )nada* j o conte+do do pensar
! do di&er, ao menos, sempre um pouco
!stremecem,se os limites
- linguagem come"a a brincar com o imposs$vel.
- mais temerria ra&o, ingnua
Concebe poder tudo di&er sobre o nada
Sobre o pensar em nada
Nadi#icando,se, corrompe suas limita".es.
- mais t$mida ra&o, cr$tica e incrdula
/esita, gagueja
Mas ao pensar a 'esita"o, de novo ra&o
0ue se a#irma, ue di&.
Os temas no param de gritar
Su#ocando as respostas j dadas
!1igentes, pedem outras, ue so nossas
2ndeclinveis.
- meta#$sica destino
Mesmo ue para se negar.
3alve&, por isto, o poeta ten'a prosseguido
Mesmo uerendo em nada pensar
%isse sobre %eus, alma, mundo, e mais...
-t para se negar, #irma,se o negado
- meta#$sica destino, ao menos do Ocidente
!sta terra da ra&o
! de seus nos.
2n#luenciado por -lberto Caieiro, este outro da Pessoa 4ernando ue, mentindo, a#irmou
'aver meta#$sica bastante em no pensar em nada.

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