Escolhi este trabalho, embora pudesse ser outro qualquer, porque os pontos fortes e os constrangimentos são os mesmos em qualquer das análises que li.
Os pontos fortes estão, sem dúvida, relacionados com a estrutura do modelo:
os quatro domínios de referência e ele permitir ao PB e à sua equipa “planificar o seu trabalho no sentido da permanente actualização e aperfeiçoamento.” O MABE deve servir para medir a eficácia da BE e a qualidade do serviço que esta presta à comunidade educativa que serve. A colega Aurora diz, e muito bem, que “afirmar o papel das BEs nos dias de hoje é um imperativo. Tal só será possível através de um modelo que avalie o impacto da actuação da BE e o contributo da mesma nas 2 atitudes e nas competências dos utilizadores.”
No entanto, “as metas definidas nos perfis de desempenho são demasiado
ambiciosas… o que poderá ser factor de desmotivação…” Ninguém tem dúvidas quanto à necessidade de fazer uma auto-avaliação que contribua para a melhoria da qualidade das BEs, mas provavelmente exige-se demasiado e isso desmotiva o PB. Parece-me que, só depois de aplicar o MABE se poderá verificar a sua exequibilidade, mas, o perfil preconizado para o PB é o de um super PB. O PB tem que ser líder, ter capacidade de iniciativa, de comunicação, deve ser um gestor, ter uma visão estratégica…etc. Vai ser difícil (embora não seja impossível…) um PB ter estas capacidades todas. Pelo menos, no início, a aplicação do Modelo vai ser complicada. Colocam-se sobre os PBs demasiadas expectativas, mas, quando as práticas estiverem consolidadas é possível que este constrangimento deixe de existir.