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CAPA Inovagao construtiva Desempenho. durabilidade, capacitagao de mao de obra e assisténcia técnica sao quesitos a serem analisados na hora de apostar em um sistema construtivo inovador ‘Stara de vedagiopré-ebiada com bloos cameos fo submetide tests om abort e em campo pare abt ec Sista Nsclonal de vaiagSe Técnica (Snat) owe 21 ovruated sde que o Sistema Nacior valiagdes Técnicas (Sina ‘rou em vigor, em meads de 2009, a adesio das construtoras aos sistemas construtivos inovadores ficou mais facil Criado no ambito do Programa rasileiz da Qualidade e Produtivi- dade no Habjtat (PBQE-HD, 0 Sinat favaliao desernpenbo de materais € ‘Sistemas constrtivos que ainda no tem normss ténicasespeifcas, Mas isso nfo significa que introduair um sistema inovador seja algo simples para as consrutoras. Muito pelo con- {hiri,Teeque convencero milo técni= 9,0 consimidor eos agentes inan= CGadores sobre a seguranga da inova- 80 continva sendo um obstéculo {runde, asim como edaptar suas pi ‘leas internas€ mao de obra para ade~ ira novastecnologias. ‘Em alguns esos as solugdes ino vvadorassio percebidas com descon- Fang. Também muitos tém aiden de que os sisters inovadores sio mais, ‘catos do que os convencionais’ diz Guilherme Correia Lima, diretor ad ‘ministrativo financero da Precon En- {genara, ue como outras consrto rs, detervolveu um sistema constr tivo préprioj avalado pelo Sinat Conhecer a fundo 0 desempenho dem sistema novo antes de uti lo € um dos derfios que os constru- totes casnamam enfrentar quando se Adeparam com a oportunidade de ino- vat. Nese ponto, o primelro cuidado 2 se tomar & certfcar-se de que os produtos e sistemas em analise te- hams um Documento Técnico de Avaliagdo (DATec) emitide pelo Sinat, “Esse documento comprova a aptiddo téenica a0 uso, consideran- ddo-sefandamentalmente requistos dd desempenho relativos 8 seguranca, ‘A babitabilidade, a durabilidade © & sdequagio ambiental’ expica Heo $4 Bolorino, dzetora operacional da Grea de laboratbrios da Coneremat Inspesdes¢ Laboratéros. ‘Mas nfo és iss. "Tambéen i portante que o controle da qualidade seja especfico para aquele produto ou sistema inovador, considerando “se as principals caracteristicas a serem controladas, conforme previs ‘Ao ota porsstems construe invador,consrtora dove vericr se omecedor Cferee treinamento de ma de aba ou se homologs empress executoras Critérios de decisao ‘eis alguns ees de esempanto usados na eal de sstenas Desempento estrutural sr Esa Limite ino (LU) eEstdo Limite esonign 5) 1 Impacts de corpo mole capo zo Solas tranemtds por poras ara as paredes ‘8 Carges transmits por pocas suspansas paras pared Resistincia 0 foao sxTenporequerdo de estén 2090 sm ifculde de intmacio generac Fete: int/P00PH to na Diretriz do Sinat ou no DATE’ acrescenta 0 engenhelro Clsudio Mi Tider, pesquisador do Centro Teeno légieo do Ambiente Construido do Instituto de Pesquisas Tecnol6gicas do Bstada de S30 Paulo (Cetac-PT), Fle resalta a necessidade de 0 cons tutor ser bastante citerioso na hora de pesquisa eferncias anteriores da Desempenho térmico eactstco eben sm Tansmiténi trio sm Copacace rica tw fice de oa sonore Durabilidade © rmanutenibildade Aendimento 8 ide ide Projto ¢VUP) cnforme 3 ABN NBR 5. 575:2023— Eaieagies Habitacoras~ Desempento, a Estanqucldae: solugao em estudo,"“Eimportante vi sitaralgamas obras ewerifcaro com [portamento em so, bem como ave liar ow pesquisarinformacbes sobre ‘outros aspectos importantes, como produtividade, priticas comercais, Asistencia téenica construtora ¢ 20 twsuéro final, disponibildade de in formagies ténicas formais em ma-> = (ayes "Muitos dos novos sistemas cantrtivs introdusidos no mercado si produzids em tSbrca, com melhor controle da qualidade @ manor goracao de residvos amusis da qualidade e do usuario ete’, ecomenda Mitidier © pesquisador do IPT destaca ‘que, na hora de avaliar e comparar, tccnicemente, a qualidade de um sis- tema construtive deve ser conside rados 03 critérios de desempenho,& luz da norma NBR 15.575:2013 — Edificagdes Habitacionais - Desem- penho eda dicetrisespeciica do Sinat para aquela familia de produtos. As Gicetzizes do Sinat, assim como of DATecs, trazem informagbes e crté- ros mais detalhados sobre durabili- dade, complementando « Norma de Desempenho, que por sua vez apre- senta informagdes sobre vida util de projeto requerida Recomenda-se, ainda, que @ com- paragzo,do ponto de vista téenico,seja feita de modo objetivo com base em criterios de desempenho. “Cabe 20 produtor demonstra esses indicado- Fes, Ao construtor, a0 incorporador € 40 projetista, cabe analisar se aqueles indicadores sio adequados para eque- letipo de obra’ explica Mitidiei Em especial no caso de produtos utlizados no exterior, em realidads dlistntae da brasileira, hi necessidade de verfcar quas serdo as adequagbes para o uso no Pas, “Qualquer sistema, ‘mesmo os de uso consegrado muncil- mente, precisa ser nacionalizado, ou seja, adaptado as tecnologia aos mate rinisexistentes eds condignesclimaticas brasleias,destaca Heloisa. Segundo a engenheira da Concremat, é fands- rental uma avaliagio que comprove quea qualidade do produto ou proces- so, assim como seu comportamento ¢ desempenho, foram mantidos sob as condigbes locais de apicagao, qual Eo comportamento provével ou potencs] do produto ouprocesso. ‘A engenheira Tilia Ribeiro, da ‘Odebrecht Realizagbes Imobilidsias (OR), conta que esa foi una das pre- ‘ocupagées que a construtora teve ‘quando decidiu apostar em uma tec- snologia inovadora para ofechamento cexterno de alguns de seus residenciais no Rio de Janeiro. Interessada em m: Ihoraraprodutividade ea sustental lidade de suas obras, a construtora ‘pesquison uma série de tecnologia. “Fomos até a Alemanha e vimos coi- sas fantisticas, mas nem todas eram adaptivels 8 nossa realidade’, conta a fengenheira. Hla explice que nia adiantaria obter uma sqlucio nova se cla nfo fosse complet, incluindo 0 apoio do tomnecedor a nomologagao cde empresas fornecedaras de mao de ‘obra e a fisclizagao intensa do fabri- cante, do projtistae, obviamente, da propria consteutora, Projeto e produgao Aderir ou nao a um sistema ino- vador requer, por parte da constru tora, ede seus parceitos, adaptagao a “uma nova forma e dindmica de tra- balho. “A construtora deveri, con- juntamente com os projetistas, ana lisar o projeto luz da inovagdo, pre vendo, jé nessa fase, mudancas ne forma de construir as interfaces do sistema com os demais elementos do cedificio, Devers ainda, capacitar seus profissionais para montar adequ: damente 4 solucdo, supervisionar a ‘montagem ¢ realizar testes de recep so antes de entregar a obra 20 usu- rio final’, salienta a engenlaeira Vera Fernandes Hachich, scia-gerente da ‘Tesi, “Por vezes, serd preciso refor- ‘ular os projetos e adapté-los para o recebimento da inovacao. Se isso no fica claro e ndo for operacion: lizado, as construtoras ter dificul- ddades e poderao declinar da nova tecnologia’ continua Vera, ‘Além da atencao redobrada a0 projeto,d execucio efiscalizacio, a elaboragdo do Manual do Usuério também doverd ser cuidadose, pre- vendo as manutengdes periédicas e formas de fazd-a.“Nesse ponto deve- se considerar ndo s6 a periodicidade, sas também materias e eguipamen ts adequadios para a realizacio da ‘cortesdo, J que nto se trata de um produto tradicional para o qual hi ‘conhecimento pblico de sua opera ‘edo e manutensio" destaca a enge- nheira da Tess “Andlise global e sistémica ‘A.anilise custo-beneficio de um sistema inovador precisa levar em conta os custos inicias e os de opera- ‘0 e manutengio previstos 20 longo da vida util de projeto, declaradas plo produtor ou detentor da tecno- lagi inovadors. Nesse conjunto, hé uma série de ccustos que merecer observacio por TECHNE 217 | OUTUBRO DE 2016

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