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Histria e conhecimento no Emlio ou da educao,

de Jean-Jacques Rousseau'
Rogrio Silva de Magalhes'
Universidade Federal de So Paulo
E:iste breve estudo visa estabelecer uma relao entre histria e conhecimento
no Livro IV do Emlio (1762). Nesse sentido, procuraremos mostrar que
JEAN-JACQUES ROUSSEAU (1712-78) considera o estudo da histria no
alvorecer da idade adulta da forma como era concebida em seu tempo como
algo pernicioso para a formao do homem. Antes de prosseguirmos, interessante
notar que a concepo rousseauniana contrasta com a dos pensadores
franceses do Iluminismo2 , alm de diferir tambm daquela proposta por
IMMANUEL
KANT (1724-1804), outro grande filsofo da poca. No filsofo
de Knigsberg, encontramos um conceito de histria orientado pelo progresso.
E a razo est a servio de um progresso tico e poltico. Em sua Idia de uma
histria universal de um ponto de vista cosmopolita (1784), o filsofo alemo
afirma o seguinte:
De um ponto de vista metafsico, qualquer que seja
o conceito que se faa da liberdade da vontade, as
suas manifestaes (Erscheinungen) as aes
humanas , como todo outro acontecimento natural,
so determinadas por leis naturais universais.
A histria, que se ocupa da narrativa dessas manifestaes,
por mais profundamente ocultas que
possam estar as suas causas, permite todavia esperar
que com a observao, em suas linhas gerais,
do jogo da liberdade da vontade humana,

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