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Língua Portuguesa
Questões de Reforço ‐ 001
Interpretação de texto
03. De acordo com a autora, a singularidade da linguagem que Alfonso Cuarón adota em Roma está
A) na comicidade da caracterização de personagens pouco realistas e até caricaturais.
B) na indignação com que o cineasta denuncia a desigualdade entre as classes sociais.
C) no orgulho nacionalista com que se apresentam momentos cruciais da história do México.
D) na sinceridade do relato, valorizando o que para muitos costuma passar despercebido.
E) no modo irrealista com que os dramas das personagens femininas são resolvidos.
pessoas. Por isso, o relatório clama por uma agenda econômica centrada em seres humanos, especialmente uma
ampliação em suas capacidades.
Isso envolve trabalhar com o conceito de aprendizagem ao longo da vida, ou seja, desde a primeira infância, a fim
de desenvolver competências basilares, necessárias para promover autonomia para que todos possam aprender a
aprender.
Afinal, numa vida em que tarefas vão sendo extintas e assumidas por máquinas, teremos que nos reinventar
continuamente, passando a desempenhar atividades que demandam capacidade de resolução criativa e
colaborativa de problemas complexos, reflexão crítica e maior profundidade de análise.
Teremos também que contar com um ecossistema educacional que inclua modalidades ágeis de cursos para
capacitação, recapacitação e requalificação. A certificação de conhecimentos previamente adquiridos ganha força
e sentido de urgência, além de um investimento maior em escolas técnicas e profissionais que fomentem a
aquisição das competências necessárias não só para exercer uma profissão específica, mas também para obter
outra rapidamente, se necessário. (Claudia Costin. Folha de S.Paulo, 25.01.2019. Adaptado)
07. Segundo a autora, uma preparação eficiente para o contexto de trabalho em que antigas profissões serão
extintas enquanto outras serão criadas envolve
A) o trabalho constante de pesquisa voltada para a identificação das profissões com potencial para serem extintas
e daquelas que permanecerão em alta.
B) o desenvolvimento da consciência política sobre a necessidade da adoção de medidas para fazer frente aos
novos desafios impostos à humanidade.
C) o reconhecimento do nível de capacitação pessoal, o que impõe aceitar desempenhar desde atividades mais
básicas até aquelas que dependem de reflexão crítica.
D) a capacidade de reinventar-se continuamente, fundamental para o desempenho de atividades que requerem
reflexão crítica e aptidão para resolução de problemas.
E) um sistema educacional que despreze os conhecimentos prévios dos estudantes e direcione o ensino à
capacitação deles para desempenhar uma única profissão.
08. Segundo o texto, a reivindicação por uma agenda econômica centrada na ampliação das capacidades humanas
deve-se à
A) recente adoção de políticas públicas educacionais direcionadas ao enfrentamento dos desafios impostos pelas
transformações nos modos de produção.
B) necessidade de encontrar soluções que possam minimizar o impacto dos problemas sociais para a população
mais idosa que têm origem no desemprego.
C) emergência de se adotarem medidas para conter o processo acelerado de automação e de robotização,
responsável pelo avanço das mudanças climáticas.
D) demanda pelo desenvolvimento de novas competências, diante da previsão do fim de ocupações em decorrência
da intensa automação e robotização.
E) necessidade de aceleração da automação da indústria nacional, indispensável para atender a demanda de um
mercado consumidor em crescimento constante.
É preciso saber de tudo e entender de tudo. É preciso tirar as próprias conclusões para não depender de ninguém,
e é esse o grande e contraditório imperativo dos nossos tempos. É uma ordem a uma experimentação libertária, e
uma quase contradição do termo. O imperativo que liberta também aprisiona: você só passa a ser, ou a pertencer,
se tiver uma conclusão. Sobre qualquer coisa.
Nas últimas décadas psicanalistas se debruçaram sobre as mudanças nos arranjos produtivos e sociais de cada
período histórico para compreender e nomear as formas de sofrimento decorrentes delas. A revolução industrial,
a divisão social do trabalho, a urbanização desenfreada e as guerras, por exemplo, fizeram explodir o número de
sujeitos impacientes, irritadiços e perturbados com a velocidade das transformações e suas consequentes perdas
de referências simbólicas.
Pensando sobre o imperativo “Leia/Veja/Assista” e “Tire suas próprias conclusões”, começo a desconfiar de que
estamos diante de uma nova forma de sofrimento relacionado a um mal-estar ainda não nomeado.
Afinal, que tipo de sujeito está surgindo de nossa nova organização social? O que a vida em rede diz sobre as formas
como nos relacionamos com o mundo? Que tipos de valores surgem dali? E, finalmente, que tipo de sofrimento
essa vida em rede tem causado?
Vou arriscar e sair correndo, já sob o risco de percorrer um campo que não é meu: estamos vendo surgir o sujeito
preso à ideia da obrigação de ter algo a dizer. Ao longo dos séculos essa angústia era comum aos chamados
formadores de opinião e artistas, responsáveis por reinterpretar o mundo. Hoje basta ter um celular com conexão
3G para ser chamado a opinar sobre qualquer coisa. Pensamos estar pensando mesmo quando estamos apenas
terceirizando convicções ao compartilhar aquilo que não escrevemos.
É uma nova versão de um conflito descrito por Clarice Lispector a respeito da insuficiência da linguagem. Algo
como: “Não só não consigo dizer o que penso como o que penso passa a ser o que digo”. Se vivesse nas redes que
atribuem a ela frases que jamais disse, o “dizer” e o “pensar” teriam a interlocução de um outro verbo:
“compartilhar”.
(Matheus Pichonelli, Carta Capital. 18.03.2016. www.cartacapital.com.br. Adaptado)
Da menção ao conflito descrito por Clarice Lispector, no último parágrafo, deduz-se o seguinte:
A) para o autor, Clarice Lispector estava equivocada ao ignorar a importância do “compartilhar” como
intermediário entre o “dizer” e o “pensar”.
B) ao se exprimir com exatidão o pensamento, a insuficiência da linguagem é superada, ainda que provisoriamente.
C) quando o pensamento é traduzido em palavras, e essas palavras são partilhadas, exaltam-se os valores morais
da sociedade.
D) não é possível expressar com exatidão o que pensamos, e nos iludimos ao crer que o que dizemos equivale ao
que pensamos.
E) o “pensar” adquire valor a partir do momento em que encontra um equivalente no “dizer” e assume forma ao
ser compartilhado.
No sexto parágrafo, o verbo pensar em “Pensamos estar pensando...” veicula, em cada ocorrência respectivamente,
sentidos que equivalem a
A) rememorar e corroborar uma opinião.
B) refutar uma ideia e elucubrar.
C) induzir a erro e suscitar uma impressão.
D) fantasiar e agir com intransigência.
E) supor e conceber uma ideia.
12. Na opinião do autor, o mal-estar provado pelos indivíduos atualmente está relacionado com
A) a obrigação de produzir conteúdos que sejam instigantes e inéditos.
B) o imperativo de consultar fontes de informação dignas de credibilidade.
C) a exigência de ter de emitir uma opinião sobre qualquer assunto.
D) a perda de referências simbólicas que impulsionou a revolução industrial.
E) o fato de não haver valores éticos sólidos balizando os formadores de opinião.
13. A respeito da distribuição do conteúdo abordado no texto, pode-se afirmar corretamente que,
A) no parágrafo 1º , são listadas as principais preferências literárias do filósofo Karl Marx.
B) no parágrafo 2º , expõem-se as intenções de Karl Marx ao desenvolver suas obras literárias.
C) no parágrafo 3º , apresentam-se algumas influências sobre Karl Marx romancista e dramaturgo.
D) no parágrafo 4º , defende-se que a obra literária de Karl Marx deve sobrepor-se à obra filosófica.
E) nos parágrafos 2º e 3º , justifica-se a crítica que Karl Marx dirige à classe burguesa alemã.
14. De acordo com o texto, as obras Escorpião e Félix e Oulanem, de Karl Marx, têm em comum o fato de serem
A) burlescas e tratarem de temas metafísicos.
B) empoladas e desenvolverem teses filosóficas.
C) classicistas e reproduzirem estereótipos burgueses.
D) incompletas e atacarem a tradição acadêmica.
E) regionalistas e terem a Itália como cenário.
LIVROS
Simone Paulino, da Nós, editora independente de São Paulo, enxerga um descompasso entre as vendas em
alta e a crise. Nas palavras dela, “um paradoxo assustador.” A editora nunca vendeu tanto na Cultura quanto nesses
últimos seis meses”, diz. E é justamente nesse período que eles não têm sido pagos.
“O modelo de produção do livro é muito complicado. Você investe desde a compra do direito autoral ou
tradução e vai investindo ao longo de todo o processo. Na hora que você deveria receber, esse dinheiro não volta”,
diz Paulino.
“Os grandes grupos têm uma estrutura de advogados que vão ter estratégia para tentar receber. E para os
pequenos? O que vai acontecer?”
Mas há uma esperança para os editores do país: o preço fixo do livro. Diante do cenário de crise, a maior
parte dos editores aposta em uma carta tirada da manga no apagar das luzes do atual governo - a criação, no país,
do preço fixo do livro - norma a ser implantada por medida provisória - nos moldes de boa parte de países
europeus, como França e Alemanha.
Os editores se inspiram no pujante mercado europeu. Por lá, o preço fixo existe desde 1837, quando a
Dinamarca criou a sua lei limitando descontos, abolida só em 2001. A crença é a de que a crise atual é em parte
causada pela guerra de preço. Unificar o valor de capa permitiria um florescimento das livrarias independentes,
uma vez que elas competiriam de forma mais justa com as grandes redes. (Folha de S. Paulo, 03.11.2018. Adaptado)
16. Segundo o texto, é correto afirmar que as redes de livrarias Cultura e Saraiva
A) apostam em uma recuperação do mercado livreiro, por causa da entrada de editoras menores no mercado e dos
efeitos dos empréstimos bancários.
B) pretendem intensificar a venda de livros, porque a lei do preço fixo, criada na Dinamarca em 1 837, foi aprovada
pelo governo brasileiro.
C) se sentem prejudicadas por causa da competição das editoras independentes, que conseguem melhores
resultados na dinâmica das políticas editoriais.
D) acreditam que poderão sair do prejuízo, mediante medidas de contenção de despesas, como a redução do
número de lojas e o pagamento das dívidas.
E) encontram-se afetadas pela crise econômica, pelas mudanças no mercado varejista e empréstimos contraídos
junto a instituições financeiras.
17. O descompasso apontado pela empresa Nielsen e por Simone Paulino decorre
A) do desestímulo entre os grupos editoriais provocado pela crise econômica e pela ausência de uma política de
leitura no país.
B) das poucas vendas e grandes pagamentos recebidos das editoras independentes, por parte dos grupos
editoriais.
C) da incompatibilidade entre o aquecimento nas vendas e a má fase da economia brasileira.
D) do modelo de produção do livro no país e das práticas empregadas pelas pequenas editoras, incapacitadas de
competir.
E) dos desafios econômicos por que passa o país e da adoção de estratégias equivocadas do mercado livreiro.
20. Considere as palavras em destaque no texto - catástrofe, enrosco, derrocada, esperança e florescimento - e
assinale a alternativa correta.
A) Todas as palavras em destaque apresentam compatibilidade de sentido com a ideia contida no título - Página
infeliz.
B) As palavras - esperança e florescimento - sinalizam um cenário promissor para os grupos editoriais saírem da
crise.
C) As palavras - enrosco, florescimento e esperança - atestam a problemática vivida pelos grandes grupos
editoriais do país.
D) Todas as palavras em destaque expressam a ideia de que o mercado editorial do país está em alta, apesar da
recessão econômica.
E) As palavras - catástrofe, enrosco e derrocada - evidenciam que os grupos editoriais poderão sair da crise, com
a ajuda dos bancos.
21. O segmento frasal - carta tirada da manga no apagar das luzes do atual governo - indica, no contexto:
A) uma indiferença do governo que termina em ajudar a resolver o problema dos grupos editoriais.
B) uma solução de última hora para as redes livreiras, se o atual governo aprovar a norma do preço fixo do livro.
C) uma possibilidade de as redes livreiras entrarem em acordo com os bancos para resolver a situação.
D) um voto de confiança no governo disposto a estancar a crise financeira das redes livreiras.
E) a falta de perspectiva na busca de solução para as redes livreiras, por causa da atual crise econômica do país.
22. O vocábulo Mas, no início do segundo parágrafo, sinaliza que a atitude de culpar terceiros por nossas faltas é
A) decente.
B) louvável.
C) inevitável.
D) irrelevante.
E) reprovável.
24. Ao dizer que “não é um simples papelzinho”, o autor quer reforçar a ideia defendida no texto de que
A) a atitude de um único indivíduo resulta do aprendizado de todo um grupo.
B) um pequeno papel é fruto do trabalho conjunto de muitas pessoas.
C) um ato isolado pode ter consequências que afetam a coletividade.
D) os recursos naturais estão fadados a se extinguir em um futuro próximo.
E) a reciclagem do lixo deve ser o tema prioritário dos debates filosóficos.
25. A frase do filósofo Immanuel Kant, logo no título, chama a atenção para o fato de que o autor, Mario Sergio
Cortella,
A) condena as regras limitadoras da liberdade individual.
B) faz o relato de algumas de suas experiências.
C) satiriza a falta de aplicação prática da filosofia.
D) oferece um conselho ao leitor do texto.
E) desdenha do discurso em prol da sustentabilidade.
26. As informações textuais permitem concluir que, como produto de exportação, o abacate está
A) além do petróleo, por isso ecologistas têm criticado a baixa ingestão de vitamina E.
B) tal como o petróleo, por isso ecologistas reclamam da sua importância comercial.
C) além do petróleo, ainda que ecologistas reclamem do crescimento da sua demanda.
D) abaixo do petróleo, mas ecologistas defendem a ampliação de campos produtivos.
E) aquém do petróleo, por isso ecologistas têm reclamado do comércio com os Estados Unidos.
27. No título do texto – Febre mundial, abacate ficou mais valioso que petróleo e gerou até tráfico – as orações
“mais valioso que petróleo” e “e gerou até tráfico” expressam, correta e respectivamente, sentido de
A) condição e oposição, sendo esta última marcada também pela ideia de comparação.
B) comparação e adição, sendo esta última marcada também pela ideia de consequência.
C) conformidade e conclusão, sendo esta última marcada também pela ideia de adição.
D) comparação e explicação, sendo esta última marcada também pela ideia de causa.
E) consequência e conclusão, sendo esta última marcada também pela ideia de causa.
28. Assinale a alternativa em que as passagens – … as autoridades neozelandesas interferiram até mesmo em um
mercado paralelo. (3º parágrafo) – e – Hoje acontece uma desmistificação… (5º parágrafo) – estão reescritas em
conformidade com a norma-padrão e com o sentido do texto.
A) … as autoridades neozelandesas intervieram até mesmo em um mercado paralelo. / Hoje se vê uma
desmistificação…
B) … as autoridades neozelandesas interferiram inclusive em um mercado paralelo. / Hoje se assiste à uma
desmistificação…
C) … as autoridades neozelandesas interviram até mesmo em um mercado paralelo. / Se assiste hoje uma
desmistificação…
D) … as autoridades neozelandesas interferiram ainda em um mercado paralelo. / Hoje vê-se uma
desmistificação…
E) … as autoridades neozelandesas intervieram sobretudo em um mercado paralelo. / Hoje assiste-se uma
desmistificação…
29. No trecho do último parágrafo – “Antes se entendia que o abacate era uma fruta gordurosa, que engordava.”
–, a oração destacada tem a função de
A) retomar a visão anterior que havia do abacate, justificando por que ele é tão comercializado atualmente.
B) exemplificar a visão anterior que havia do abacate, reforçando a ideia de que seu consumo sempre foi bem visto.
C) comentar a visão anterior que havia do abacate, a qual se mantém atualmente, já que ele engorda as pessoas.
D) explicar a visão anterior que havia do abacate, que era negativa para a comercialização do produto.
E) enfatizar a visão anterior que havia do abacate, ironizando a ideia de que ele possa ser saudável às pessoas.
30. De acordo com o texto, um aspecto negativo da febre mundial pelo abacate está relacionado
A) à obsessão decorrente de uma valorização do produto sem que ele seja tão saudável para as pessoas.
B) à predileção desse produto, deixando o petróleo em um segundo plano na maior parte dos países.
C) ao comércio paralelo da fruta, o que torna esse produto mais acessível a toda população em vários países.
D) ao surgimento de redes de tráfico, que ratificam a ideia de que a fruta é um produto de grande rentabilidade.
E) ao acirramento do comércio ilegal, corroborando os efeitos nefastos das crises sociais e econômicas.
33. Diante de sucessivas quedas registradas na cobertura vacinal de crianças brasileiras, uma promotora do
Ministério Público defende
A) a necessidade da apresentação do comprovante de vacinação de crianças em idade escolar.
B) o acionamento da legislação penal para deter os responsáveis pela criança que não foram vacinadas no período
certo.
C) a violação do código de ética que interdita a criança da convivência social para o bem da saúde coletiva de outras
crianças.
D) a aplicação de multa e a possível perda da guarda dos filhos por determinação judicial.
E) a notificação dos postos de saúde que não cumprirem as medidas legais como a apreensão de crianças não
vacinadas.
35. De acordo com o texto, um dos fatores que contribui para a minimização da poluição dos oceanos por plástico
se refere
A) à utilização de sacolas de roupas de malha para a lavagem de tecidos sintéticos, sendo o descarte dos fios
realizado diretamente nos rios.
B) ao descarte de roupas que precisam ser higienizadas, para que as fibras dos tecidos não sejam depositadas nos
rios.
C) à redução de tarefas domésticas, visando a interrupção da contaminação na água dos rios e oceanos.
D) à redução do consumo de malhas sintéticas, optando pelo uso de tecidos com fibras de baixo impacto na
natureza.
E) à lavagem de roupas à mão, com o intuito de reduzir o atrito das roupas na lavagem e a perda das fibras dos
tecidos.
36. Conforme opinião do autor, constitui um dos mais importantes dilemas da atualidade
A) a emergência de as famílias assumirem mais despesas com os filhos, já que os custos da paternidade pesam
sobre estado, onerando-o cada vez mais.
B) a necessidade de contenção do aumento populacional, visando atenuar a exploração dos recursos naturais, e as
consequências econômicas dessa medida.
C) a percepção da paternidade a partir do viés econômico, colocando em segundo plano as dimensões cultural e
afetiva que envolvem as relações familiares.
D) a decisão entre manter ou impor controle sobre os altos índices de produtividade dos últimos anos, para ajustá-
los à tendência de queda nos níveis de consumo.
E) o aumento sistemático da produtividade fundado na crença, muito combatida por economistas, de que quanto
mais pessoas maior a geração de riqueza.
37. A frase “E isso nos coloca diante de um dos grandes dilemas dos tempos modernos.” refere-se à seguinte
informação:
A) a recompensa pela paternidade estaria resumida aos laços de afetividade familiar.
B) a geração de novas crianças onera igualmente as famílias, o estado e toda a sociedade.
C) a falta de consenso entre os economistas quanto aos efeitos do aumento populacional.
D) a análise segundo a qual pessoas geram riquezas, então, quanto mais pessoas, melhor.
E) a necessidade de aumentar a baixa produtividade registrada nos últimos 200 anos.
42. O dado que leva o narrador a destacar a importância do município de Cachoeiro de Itapemirim é
(A) a existência de equipes de ouvidores da prefeitura que anotam os pios de aves.
(B) a quantidade de pios fabricados por ano pela família Coelho, que chega a milhares.
(C) a ilha em que moram os Coelho, bem à beira da cachoeira que dá nome à cidade.
(D) a sensibilidade dos que transformam os pios de aves em obras de arte.
(E) o registro dos inúmeros assassinatos cometidos no município pelos imitadores de pios.
A proteção da criança e do adolescente é reflexo do clamor mundial pela proteção de um grupo considerado de
peculiar vulnerabilidade.
No Brasil, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) atribui a obrigação de proteção não somente aos pais, mas
também à sociedade e às autoridades públicas.
O atual cenário nacional retrata uma infeliz realidade. Quando analisamos os atos infracionais mais praticados pela
população jovem do país, um delito que desponta dos outros é o tráfico de entorpecentes, que é responsável por
abreviar o futuro de milhares de jovens no Brasil, causando uma grande preocupação nas famílias.
A sociedade passa por uma constante mudança comportamental, e é preciso trazer o jovem para perto da família,
da escola, da religião, representando uma bagagem cultural que possibilite escolhas seguras que o afastem de um
mundo muitas vezes sem volta.
43. Segundo o texto, o ECA caracteriza a responsabilidade pela proteção da criança e do adolescente como
(A) compartilhada.
(B) consensual.
(C) relativa.
(D) espontânea.
(E) informal.
45. De acordo com o texto, o aumento de inscrições para os cursos de formação inicial de professores
(A) decorre da atratividade da carreira, que já conta com salários mais competitivos e formas de acesso mais
seletivas à profissão.
(B) reflete o maior prestígio que a carreira docente vem obtendo nos últimos anos, sendo desejada pela maioria
dos jovens brasileiros.
(C) revela uma situação preocupante, já que houve uma quantidade expressiva de matrículas na modalidade de
ensino a distância.
(D) ocorre graças à possibilidade de se desenvolverem no ambiente virtual competências antes restritas às aulas
presenciais.
(E) sugere que as instituições de ensino a distância têm mudado seu perfil, avançando na produção de pesquisas
para conhecer a escola.
47. A partir da leitura do último período do texto, pode-se concluir que, para o autor,
(A) o acaso não existe, na medida em que o presságio rege a vida.
(B) a intencionalidade humana comprova o caráter ilusório do acaso.
(C) a unicidade gratuita de cada acontecimento anula o acaso.
(D) a existência do acaso é incompatível com a realidade dos fatos.
(E) o presságio e a gratuidade não necessariamente se excluem.
51. Ao afirmar que “o que antes era vertical se horizontaliza” (2º parágrafo), a autora está defendendo que, na
internet,
(A) o texto alcança leitores menos experientes que os da mídia impressa.
(B) o leitor já não é apenas um mero receptor, mas um coautor do texto.
(C) os autores são impossibilitados de fazer conjecturas sobre a repercussão de seus textos.
(D) a qualidade da discussão é assegurada pela informalidade do debate.
(E) o debate pode perder o foco e resultar em discussões irrelevantes.
54. Quando se diz que a personagem Mônica representava as mulheres dos anos 1960, é correto afirmar que elas
(A) estavam tomando consciência dos seus direitos de participação social.
(B) observavam o mundo de uma perspectiva restrita e pouco transformadora.
(C) passaram a viver de modo democrático, libertadas do jugo masculino.
(D) mostravam pouco interesse em sair em defesa de sua própria liberdade.
(E) queriam ganhar espaço social subjugando e eliminando direitos sociais.
“A mudança social concreta atribuível à agenda feminista global, entretanto, tem sido menor e está em grande
parte concentrada no topo da pirâmide social. O mais significativo tem sido o aumento de mulheres jovens no
ensino superior, em parte devido à expansão dos sistemas universitários na China, no Oriente Médio e na América
Latina. No plano político, a proporção total de mulheres nos parlamentos nacionais aumentou de 12% em 1997
para 24% em 2017, com alguns dos maiores aumentos na América Latina (53% na Bolívia); a eficiência com que
essas gestões femininas representam os interesses das mulheres, uma vez eleitas, é outra questão”, analisou.
56. De acordo com o texto, um aspecto negativo em relação ao atendimento das pautas feministas é o fato de que
(A) as antigas feministas tratavam de temas obscuros, o que levava ao enfraquecimento dos protestos.
(B) as relações injustas de gênero mantiveram-se inalteradas ao longo dos tempos, apesar das manifestações.
(C) o poder feminino decorre do conhecimento, mas os resultados de sua aplicação geram incertezas.
(D) a mudança social está concentrada no topo da pirâmide social, portanto um escopo mais restrito.
(E) o poder masculino se desfez na esfera pública, mas sua força na esfera particular ainda é preocupante.
58. Por meio da leitura do texto, pode-se afirmar corretamente que há uma relação estabelecida entre
(A) o celular e a maneira como lidamos com outras culturas que não são parecidas com a nossa.
(B) a dependência do Facebook e o oferecimento de acesso gratuito a essa rede social.
(C) uma maior aceitação dos americanos ao Facebook e o acesso gratuito a essa rede social.
(D) o uso do celular e o aumento da adoção do e-mail como um meio de comunicação.
(E) o baixo uso da rede social LinkedIn e o alto uso do WhatsApp para comunicação profissional.
59. De acordo com o texto, a experiência vivida com as redes sociais permite que
(A) as muitas linhagens da medicina encontrem nelas uma forma de amenizar os conflitos humanos familiares.
(B) as pessoas as usem com cautela, uma vez que é de conhecimento geral o mal que elas podem causar.
(C) as contradições de personalidade humana se evidenciem, já que não existe forma de tratar as neuroses.
(D) as neuroses sejam tratadas cada vez mais de forma eficiente no meio digital, graças ao aspecto relacional.
(E) as neuroses nelas se instalem, manifestando o que ficava escondido no âmbito das relações em geral.
60. No contexto em que estão empregados nas passagens “Toda paixão nos torna cegos...” (1º parágrafo), “A busca
por apoio psicológico para amenizar neuroses...” (2º parágrafo), “... que envolve algum aspecto relacional.” (2º
parágrafo) e “... que trouxesse alento e desenvolvimento emocional?” (3º parágrafo), os termos destacados
significam, respectivamente:
(A) sem consciência; extinguir; de oposição; esperança.
(B) sem visão; mitigar; de aproximação; mudança.
(C) sem clareza; potencializar; de ligação; conforto.
(D) sem discernimento; abrandar; de interação; ânimo.
(E) sem controle; acirrar; de sobreposição; prostração.
63. Assinale a alternativa em que a primeira expressão é retomada pela segunda na sequência do 1º parágrafo.
(A) seres humanos … meio ambiente
(B) benefícios … alto custo
(C) Revolução Industrial … fenômeno
(D) fábrica … escritório
(E) corpos … pés
73. É correto afirmar que o texto faz referência aos millennials, enfocando características dessa geração, tais como:
(A) aspirações, hábitos de consumo e dispersão no desempenho de atividades profissionais.
(B) condição socioeconômica privilegiada, discernimento precoce e independência financeira.
(C) poder de influenciar o consumo, adesão a causas sociais e capacidade de se dedicar a múltiplas atividades.
(D) experiência de vida, padronização da faixa etária do grupo e adiamento dos estudos.
(E) desapego a marcas, predileção por acúmulo de bens e ingresso precoce no mercado de trabalho.
74. Entre os recursos que dão sustentação às informações fornecidas ao leitor está
(A) o depoimento de indivíduos do grupo denominado millennials, respondentes de pesquisas realizadas ao longo
dos últimos anos por institutos de pesquisa.
(B) a menção a fontes fidedignas, representadas por depoimentos de especialistas e corporações dedicadas a
levantamento e análise de dados.
(C) o levantamento atualizado e criterioso do jornal acerca das condições que garantem às famílias dos millennials
mantê-los enquanto estudam e trabalham.
(D) a preocupação do jornal em fornecer dados que interessam ao público jovem brasileiro, servindo como
referência para que este direcione suas escolhas futuras.
(E) o tom afirmativo das informações, com o emprego de expressões categóricas que permitam ao leitor constatar
a confiabilidade do meio de comunicação.
75. Segundo o comentário da gerente de marketing da MindMiners, no 4o parágrafo, a geração dos millennials
(A) retardou seu ingresso no mercado, justificando o juízo depreciativo em relação ao tratamento protetivo que
recebe.
(B) não aceita trabalho nenhum, porque sua dedicação aos estudos não justifica desempenhar qualquer tarefa.
(C) acaba por ser afastada do trabalho em razão dos sucessivos adiamentos impostos por familiares.
(D) entende que o mercado de trabalho não tem condições de reconhecer o tempo que ela despendeu com os
estudos.
(E) dedicou mais tempo à própria formação, sendo, assim, seletiva quanto ao tipo de trabalho que aceita
desempenhar.
O time de futebol paraense Paysandu anunciou a criação do projeto Alegria do Povo, o qual, em parceria com o
curso de serviço social da Universidade da Amazônia (Unama), selecionou torcedores para um programa de
concessão de entradas gratuitas em jogos do clube.
Do outro lado, o também paraense Remo não ficou atrás. Em dezembro de 2018, a agremiação azulina reformulou
seu plano de sócio-torcedor e incluiu a categoria Ouro Social, destinada a beneficiários de programas sociais como
o Bolsa- -Família. Em apenas um mês, as 600 vagas da modalidade foram esgotadas. Nela, os torcedores pagam
mensalidade de 30 reais e têm acesso garantido a todos os jogos. “Fizemos questão de não colocar nenhuma
distinção na carteirinha de sócio”, conta o presidente Fábio Bentes. “Para cumprir nosso papel social é
fundamental mostrar que todo torcedor tem importância.”
Na contramão dos clubes do eixo Sul-Sudeste, o preço do ingresso praticado pela dupla “Repa”, como é conhecido
o clássico paraense, ainda se encaixa no orçamento de boa parcela de seus torcedores. Enquanto o Corinthians,
terceira bilheteria mais cara do país, cobra em média 50 reais na Arena, Remo e Paysandu se mantêm estáveis na
casa dos 20 reais.
“Quando jogamos contra times de outros estados, nosso trunfo é o apoio maciço do torcedor”, afirma Bentes.
“Vamos provar que aproximá-lo do clube, não importa de onde venha, vale a pena.”
Um estudo publicado em junho de 2018 analisa as transformações ocorridas em Hong Kong ao longo de duas
décadas, dos anos 1980 aos 2000, com foco em como a mudança de status das mulheres na sociedade e de atitude
delas em relação ao casamento impactou o mercado imobiliário da cidade.
Descobriu-se que as mulheres solteiras tiveram um papel “surpreendente e pouco estudado” na gentrificação de
Hong Kong.
O termo vem do inglês “gentrification”, cunhado nos anos 1960 pela socióloga Ruth Glass para descrever mudanças
no perfil de bairros da Zona Norte de Londres e se refere a um processo no qual investimentos que promovem a
renovação de um bairro ou região atraem frequentadores e moradores de classes mais altas e provocam a saída
de seus habitantes originais, de uma faixa de renda mais baixa.
Ainda que as mulheres tenham tido papel de agente nesse processo, o estudo ressalta que elas são as principais
vítimas da gentrificação, “em decorrência da feminização da pobreza, fenômeno global e onipresente”.
O conceito de feminização da pobreza corresponde ao aumento absoluto ou relativo da pobreza entre mulheres
ou entre famílias chefiadas por mulheres.
77. De acordo com o texto,
(A) as mulheres são responsáveis por mudanças importantes em Hong Kong ao garantirem maior igualdade de
gênero entre os habitantes de certos bairros da cidade.
(B) um estudo comparou a população feminina em Hong Kong em dois períodos distintos de vinte anos cada: de
1980 a 2000 e de 2001 a 2018.
(C) houve em Hong Kong um processo de alteração socioeconômica importante protagonizado por mulheres e que
afetou o setor imobiliário.
(D) considerou-se que em um dado estudo como o enriquecimento ou o empobrecimento das mulheres foi
determinado pelo fato de serem mães solteiras.
(E) alguns bairros da Zona Norte de Londres serviram de referência para se determinar a densidade populacional
incomum de mulheres em bairros de Hong Kong.
82. Lendo o texto, pode-se constatar que a observação da psicóloga surtiu efeito sobre Fabrício, porque a terapeuta
(A) iniciou a sessão deixando claro que o comportamento dele era ruim.
(B) deixou Fabrício constrangido ao pedir uma caneta emprestada a ele.
(C) aconselhou Fabrício quanto ao respeito devido aos pais e professores.
(D) conseguiu fazer com que Fabrício refletisse sobre o próprio comportamento.
(E) não teve muito cuidado ao dizer a Fabrício o que ele precisava ouvir.
86. Ao afirmar que “… é preciso olhar de perto e de olhos bem abertos cada um dos filhos…” (5º parágrafo), a autora
sugere que os pais devem
(A) suspeitar de toda e qualquer atitude tomada pelos filhos no ambiente familiar.
(B) invadir a intimidade dos filhos, mesmo que isso signifique ofendê-los.
(C) tolher a liberdade dos filhos até que cheguem à idade adulta.
(D) estar atentos aos filhos para perceber o que os aflige.
(E) tratar os filhos com as mesmas estratégias que outros pais utilizam.
87. Assinale a alternativa que apresenta uma interpretação adequada para o texto.
(A) Com sua paródia, Sokal defende que citações de especialistas e emprego de vocabulário técnico são
insuficientes para fazer com que um artigo acadêmico ofereça uma contribuição relevante para a ciência.
(B) O artigo de Sokal foi aceito para publicação na revista Social Text porque argumentava que é possível combinar
diferentes teorias científicas para descrever objetivamente um fenômeno verdadeiro.
(C) Sokal foi movido por interesses progressistas ao escrever seu artigo, o que permite concluir que ele estava
alinhado, ao menos parcialmente, com os princípios básicos dos pós-modernistas que ele mesmo criticava.
(D) Ao escrever seu artigo, Sokal pretendia demonstrar, por meio de dados empíricos, que as teorias científicas da
atualidade não são mais do que pseudociência, já que o ideário pós-moderno vigora no meio acadêmico.
(E) O primeiro artigo de Sokal teve um impacto negativo sobre os leitores da Social Text, que logo perceberam se
tratar de uma tentativa de ridicularizar suas linhas teóricas, o que ficou evidente ao ignorarem seu segundo artigo.
89. Ao analisar os resultados e as metas de alfabetização para as crianças paulistanas, o editorial enfatiza que
(A) estipular metas para o aprendizado pode ser salutar para o progresso dos alunos, ainda que a maioria deles
não consiga atingir o mínimo satisfatório.
(B) exigir dos alunos pode ter um reflexo positivo em seu aprendizado, uma vez que se cria motivação para todos
os envolvidos no processo educacional.
(C) trabalhar com metas ambiciosas na educação pode trazer problemas irreversíveis para o aprendizado da
maioria dos alunos, que ficam desmotivados.
(D) desafiar os alunos constantemente no início de sua escolarização tem criado condições para que estudem
motivados por todo o ensino fundamental.
(E) estabelecer metas incompatíveis com o progresso de aprendizado dos alunos é uma estratégia de estatística
que não representa a realidade da escola.
90. A expressão “Uma ousadia”, que inicia o segundo parágrafo do texto, refere-se
(A) à meta de alfabetização da Base Nacional ser atingida por São Paulo já em 2018.
(B) ao fato de 92% dos alunos paulistanos saberem ler e escrever ao final do segundo ano.
(C) à meta de alfabetizar as crianças até o segundo ano, estipulada pela Base Nacional.
(D) ao fato de o governo paulistano conseguir alfabetizar seus alunos até o terceiro ano.
(E) à meta de 85% de alfabetização no primeiro ano, estipulada pela prefeitura paulistana.
93. De acordo com o texto, considerando cada xícara com 50 mL, consumir café moderadamente equivale a tomar
(A) menos de 4 xícaras ao dia.
(B) no máximo 5 xícaras ao dia.
(C) de 300 a 400 mL ao dia.
(D) 1 xícara pela manhã, outra à tarde e a última à noite.
(E) duas xícaras pela manhã e uma xícara à tarde.
95. Conforme as pesquisas descritas no texto, o consumo diário da quantidade ideal de café
(A) protege o funcionamento do fígado.
(B) chega a curar problemas de cirrose.
(C) ajuda no tratamento de câncer no fígado.
(D) evita qualquer tipo de problema hepático.
(E) deixa o funcionamento do fígado mais lento.
97. O texto relata que um momento para tomar café e conversar com amigos
(A) nem sempre é fácil de se realizar.
(B) é um ritual simples de conciliar.
(C) precisa ser planejado com antecedência.
(D) deve fazer parte da rotina de trabalho.
(E) proporciona alívio na correria da vida.
99. Conforme o texto informa, as chamadas “âncoras emocionais” que o ritual do café com amigos proporciona
(A) dependem do grau de amizade entre as pessoas.
(B) têm relação com a frequência com que nos encontramos com os amigos.
(C) são os momentos positivos que vivenciamos nos encontros acompanhados pelo café.
(D) aparecem quando amigos de várias épocas de nossa vida participam desse momento.
(E) ajudam a esquecer mágoas e desentendimentos entre as pessoas que pouco se encontram.
102. O cronista estabelece algumas comparações ao longo do texto, como se constata em:
(A) Não sou uma pessoa tropical. (1º parágrafo)
(B) O mar de Torres estava verde como nunca mais esteve. (2º parágrafo)
(C) Via-se o fundo. (3º parágrafo)
(D) Víamos os nossos pés, embora a água estivesse pelo nosso pescoço... (4º parágrafo)
(E) ... eu não gostava do verão. (5º parágrafo)
105. No trecho – o Ibama multou a Vale – a conferir se a penalidade será paga... (6º parágrafo) –, a informação
em destaque sugere que
(A) o Ibama isentará a Vale da multa.
(B) a multa poderá deixar de ser paga.
(C) o pagamento da multa será rápido.
(D) a Vale deverá concordar com a multa.
(E) o pagamento da multa é optativo.
106. De acordo com a autora, a singularidade da linguagem que Alfonso Cuarón adota em Roma está
(A) na comicidade da caracterização de personagens pouco realistas e até caricaturais.
(B) na indignação com que o cineasta denuncia a desigualdade entre as classes sociais.
(C) no orgulho nacionalista com que se apresentam momentos cruciais da história do México.
(D) na sinceridade do relato, valorizando o que para muitos costuma passar despercebido.
(E) no modo irrealista com que os dramas das personagens femininas são resolvidos.
109. As informações “rodado em 65 mm digital” e “feito em preto e branco com a mesma ousadia dos movimentos
cinematográficos das décadas de 1950 e 1960”, destacadas com travessões no primeiro parágrafo, ligam-se,
respectivamente, aos vocábulos tecnológico e clássico com o propósito de
(A) mostrar que são sinônimos.
(B) ilustrar a que se referem.
(C) contestar seus sentidos.
(D) apresentá-los como hipotéticos.
(E) distorcer seus significados.
111. Considerando-se a decisão do proprietário de vender a casa após o acontecimento narrado, é correto afirmar
que a frase do primeiro parágrafo – Pena que a favela, com seus barracos grotescos se alastrando pela encosta do
morro, comprometesse tanto a paisagem. – expressa, implicitamente,
(A) o ponto de vista do narrador, que não compraria uma casa naquele lugar.
(B) a confirmação de que se trata de um lugar inadequado para viver.
(C) um pensamento preconceituoso que se pode atribuir aos donos da casa.
(D) a conclusão acertada do narrador de que há muitos bairros cercados de favelas.
(E) um julgamento improcedente, haja vista a invasão sofrida.
113. Ao narrar o reencontro entre o poeta João Cabral de Mello Neto e o apresentador Abelardo Barbosa, o autor
traz uma reflexão bem-humorada sobre
(A) o fato de duas pessoas tão distintas serem igualmente famosas na mídia brasileira.
(B) a aleatoriedade com que o destino premia ou castiga pessoas da mesma origem social.
(C) as coincidências da vida e também sobre a diversidade da cultura brasileira.
(D) o modo como a cultura erudita e a cultura de massa são nutridas pela mesma ideologia.
(E) a importância de se cultivarem as amizades da infância mesmo nas adversidades.
114. Na construção de sentido do texto, estabelecem entre si relação de oposição as seguintes expressões do
terceiro parágrafo:
(A) desidratada; cerebral.
(B) poesia; pedra.
(C) palhaço; genial.
(D) grave; barroco.
(E) preto e branco; mau gosto.
118. De acordo com o último parágrafo, é correto concluir que “Bilac iria arrasar como youtuber”, pois
(A) já era famoso, ao completar trinta anos, por ser um grande poeta de estilo parnasiano.
(B) foi um dos primeiros cronistas do jornal carioca “Gazeta de Notícias”.
(C) comentava a respeito de futebol porque era torcedor do Botafogo.
(D) estava ciente de que, quando explícitos, juízos e ideias, às vezes infundados, não se dissipam.
(E) se sentia muito honrado por ter sido eleito pelos brasileiros e pela imprensa “O Príncipe dos Poetas”.
119. Lendo o segundo e o quarto parágrafos do texto, é correto afirmar que o autor, respectivamente:
(A) cita características físicas do poeta; e opõe-se ao senso comum que considera Bilac um escritor alienado.
(B) descreve o comportamento vaidoso do poeta; e menciona a rivalidade existente entre Bilac e Machado de Assis.
(C) ironiza o nome pomposo do poeta; e refere-se às críticas de Bilac à modernização do Rio de Janeiro.
(D) evidencia o apreço de diferentes gerações pela obra do poeta; e informa que Bilac foi partidário dos revoltosos
de Canudos.
(E) retrata idealizadamente o poeta; e assegura que Bilac se revelou melhor cronista que autor de poesias.
122. Ao afirmar que “a felicidade chega em ondas de cristas à meia altura” (4º parágrafo), o autor defende que
(A) a felicidade suprema é prerrogativa da maturidade.
(B) os adultos devem esperar por momentos felizes.
(C) ser feliz é o principal objetivo dos adultos mais sábios.
(D) é raro vivenciar a felicidade plena na vida adulta.
(E) atingir a felicidade torna-se mais viável entre os adultos.
Para enfrentar o problema, a cooperação internacional é essencial, porque as emissões que causam o aquecimento
não respeitam fronteiras. A temperatura na China (o maior país emissor mundial) está subindo por causa de suas
próprias emissões, mas também das emissões dos Estados Unidos (o segundo emissor mundial) e vice-versa, bem
como das emissões de todos os outros países. O Brasil é responsável por cerca de 3% das emissões mundiais.
Existem outras causas para o aquecimento (e até o resfriamento) da Terra – além das emissões de carbono –, como
já aconteceu no passado, como a variação da atividade solar, a inclinação do eixo da Terra, erupções vulcânicas,
etc. Mas elas foram todas analisadas pelos cientistas: a ação do homem soma-se a esses eventos naturais e está
ocorrendo numa velocidade sem precedentes na história geológica da Terra. Questionar a realidade do problema
é uma posição obscurantista, como foi a da Igreja Católica no fim da Idade Média ao negar que a Terra gira em
torno do Sol.
126. Segundo o que se afirma no texto, entre 1800 e o fim do século 21, espera-se que
(A) um resfriamento da Terra se verifique, causado pela emissão de carbono na atmosfera.
(B) o planeta passe por um aumento populacional que causará escassez de recursos.
(C) um aumento de mais de 3 graus aconteça na temperatura média do planeta.
(D) o clima mude de maneira desenfreada e imprevisível.
(E) cooperações internacionais se fortaleçam de modo a salvar o planeta.
128. Quanto ao conteúdo que expressam, o primeiro e o segundo parágrafos associam-se em uma relação de
(A) constatação e retificação.
(B) causa e consequência.
(C) hipótese e comprovação.
(D) condição e negação.
(E) comparação e exemplo.
130. Uma palavra que, no contexto, explicita uma opinião pessoal do autor está destacada em:
(A) ... outras complicações que sobrecarregam o sistema de saúde... (2º parágrafo)
(B) ... outras complicações que [...] encarecem o atendimento... (2º parágrafo)
(C) ... outros 35% têm sobrepeso... (2º parágrafo)
(D) ... recursos de que não dispomos [...] na saúde suplementar. (3º parágrafo)
(E) ... andar míseros 40 minutos num dia de 24 horas. (5º parágrafo)
Esses humanos arcaicos amavam, brincavam, formavam laços fortes de amizade e competiam por status e poder
– mas os chimpanzés, os babuínos e os elefantes também.
Não havia nada de especial nos humanos. Ninguém, muito menos eles próprios, tinha qualquer suspeita de que
seus descendentes um dia viajariam à Lua, dividiriam o átomo, mapeariam o código genético e escreveriam livros
de história.
A coisa mais importante a saber acerca dos humanos pré-históricos é que eles eram animais insignificantes, cujo
impacto sobre o ambiente não era maior que o de gorilas, vaga-lumes ou águas-vivas.
136. De acordo com o primeiro parágrafo do texto, é correto afirmar que o autor
(A) optou pela culinária francesa em vez da americana, já que esta é mais gordurosa, enquanto aquela é mais leve.
(B) preferiu se alimentar apenas de cheeseburger, coxinhas, empadinhas e pastéis, deixando as comidas mais leves
para os momentos especiais.
(C) deixou de comer feijoada, acarajé e outras comidas típicas brasileiras e internacionais para conseguir
emagrecer sem precisar se submeter a uma cirurgia.
(D) deixou de consumir comidas típicas americanas sem dificuldades, pois, além de não serem saudáveis, não
agradam seu paladar.
(E) preferiu o sabor de peixe grelhado sem crosta de farinha ao de salmão ao vapor, durante sua dieta.
137. No trecho do terceiro parágrafo do texto – Todos sofrem disso. –, o termo destacado refere-se ao fato de os
homens
(A) não resistirem a um pacotinho de batatas fritas.
(B) ficarem com cara de buldogue ao emagrecerem.
(C) terem dificuldade para perder a barriga.
(D) frequentarem a academia em busca da barriga de tanquinho.
(E) ao emagrecerem, ficarem com rostos compridos.
GABARITO
01. A 02. B 03. D 04. C 05. D
06. C 07. D 08. D 09. D 10. E
11. A 12. C 13. C 14. D 15. E
16. E 17. C 18. E 19. A 20. B
21. B 22. E 23. B 24. C 25. D
26. C 27. B 28. A 29. D 30. D
31. C 32. E 33. D 34. A 35. D
36. B 37. D 38. D 39. C 40. A
46. C 47. E 48. B 49. D 50. D
51. B 52. A 53. B 54. A 55. B
56. D 57. D 58. B 59. E 60. D
61. B 62. D 63. C 64. A 65. E
66. A 67. E 68. D 69. A 70. D
71. C 72. E 73. C 74. B 75. E
76. D 77. C 78. C 79. D 80. C
81. A 82. D 83. C 84. D 85. A
86. D 87. A 88. E 89. B 90. E
91. C 92. D 93. B 94. C 95. A
96. D 97. E 98. D 99. C 100. E
101. D 102. B 103. A 104. D 105. B
106. D 107. B 108. A 109. B 110. E
111. C 112. A 113. C 114. D 115. D
116. C 117. A 118. D 119. A 120. E
121. C 122. D 123. C 124. B 125. D
126. C 127. B 128. B 129. D 130. E
131. D 132. E 133. C 134. D 135. E
136. C 137. C 138. B