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Leia o texto.
1. Indique o local, o tempo e a situação registados pelo sujeito poético na primeira estrofe.
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B
Leia o soneto.
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Ditoso seja quem, estando ausente,
não sente mais que a pena das lembranças;
porqu’, inda que se tema de mudanças,
menos se teme a dor quando se sente.
Luís de Camões, Rimas (texto estabelecido e prefaciado por Álvaro J. da Costa Pimpão),
Coimbra, Almedina, 2005, p. 138.
GRUPO II
Responda às questões. Na resposta aos itens de escolha múltipla, selecione a opção correta.
Leia o texto.
A quarta revolução
A quarta revolução industrial está aqui, mesmo quando não percebida porque encoberta no velho
lodo de um Mundo desigual, onde a pobreza extrema se agrava e as alterações climatéricas bradam a
desordem de um modelo de desenvolvimento insustentável, do qual as migrações massivas e
desesperadas são um sinal, entre outros. Mas a “revolução” está aqui e agora, na sua mutabilidade
5 permanente, na vertiginosa capacidade de adaptação e integração, unindo polos longínquos do Planeta,
comunicando na mesma língua, à velocidade da Internet, uma fabriqueta do Burundi com um escritório
de Manhattan.
Na base da quarta revolução industrial está a transação acelerada e cada vez mais direta do
conhecimento e da inovação tecnológica para a economia, serviços, administração e governo das
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sociedades (países, instituições, aldeias,..) inserindo alterações radicais no modo de organização dos
mercados e do trabalho, a uma escala mundial, sistémica e total.
O Fórum Económico Mundial, reunido este ano em Davos, prevê que sejam extintos cinco milhões de
postos de trabalho nos próximos anos. Há funções e trabalhos que rapidamente se tornarão irrelevantes
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e obsoletos face a novos processos mais avançados de produção, novas necessidades e estilos de vida.
Mas, de igual modo, há novas profissões a nascer de forma surpreendentemente rápida.
Como nos situamos neste processo? De que modo podem um país, uma instituição, uma pessoa,
serem nele atores reivindicando para si o estatuto de sujeito − que interfere na decisão, no seu sentido e
rumo − e não mero elo anónimo da cadeia produtiva? Ou seja, que tipo de revolução desejamos, nos
seus fins e meios?
20 O conhecimento e a inovação, em si, não conhecem cores políticas ou preconceitos ideológicos. Pelo
contrário: são filhos do pensamento criativo, da liberdade. Mas o mesmo poderemos dizer da sua
aplicação? Da forma fluída e irresponsável como fluem, transformados em mercadorias sem barreiras
éticas ou compromissos contratualizados?
A verdade é que precisamos de pensar no futuro que queremos, para fazermos no presente as ações
25 que o constroem.
Uma das ideias utópicas mais recorrentes na filosofia política ou na literatura é o sonho de um
futuro, onde liberto pelo saber das tarefas mais duras, o homem poderia gozar o lazer, usufruindo num
Éden feliz uma relação de paz com a Natureza.
Não há Éden no Mundo dos homens. Temos de nos governar e a crítica é a arma indispensável de
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toda a construção.
Rosário Gambôa, in JN, edição online de 07 de outubro de 2016 (consultado em novembro de 2016).
3. A simbiose homem-natureza é
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4. A forma verbal presente em “onde a pobreza extrema se agrava” (l. 2) tem um valor aspetual
(A) perfeito.
(B) iterativo.
(C) habitual.
(D) genérico.
5. O segmento “Na base da quarta revolução industrial” (l. 8) desempenha a função sintática de
(A) sujeito.
6. A forma verbal “se tornarão” (ll. 13-14) pertence à subclasse dos verbos
(A) copulativos.
(D) intransitivos.
(A) lexical.
(B) referencial.
(C) interfrásica.
(D) frásica.
8. Classifique a oração “que sejam extintos cinco milhões de postos de trabalho nos próximo
anos” (ll. 12-13).
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GRUPO III
Escreva um texto de opinião, de 170 a 200 palavras, no qual defenda um ponto de vista
sobre o modo como o ser humano usa os conhecimentos e os avanços tecnológicos na sociedade.
Fundamente o seu ponto de vista recorrendo, no mínimo, a dois argumentos e ilustre cada
um deles com, pelo menos, um exemplo significativo.