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JOSE LUIS BRANDAO DA Liz PIAGET E A FILOSOFIA MODERNA DO CONHECIMENTO LUNIVERSIDADE Dos AcORES PIAGET E A FILOSOFIA MODERNA ‘DO CONHECIMENTO J0S8 LUIS BRANDAO DA LUZ Piaget munca escondeu uma enorme divida para com ‘ inspiracio flosics da sua investigagio' e em varias ‘obras proocupou-se em classificar os diversos tipos de epis temologias para melhor precisar 0 seu ponto de vista & demarear a sua orientacio, Dest modo, a compreensio dos problemas e das solugoes que propde nao pode ser esligada do contexto da historia da filsofia do eonheci- > Numa cotreite que concedes a JeanClaade Bringer fen 1977, Jean Paget, 20 fzor auto 20 posi que. ecreves pare a sopanda ego do Sapesre ef dicion de le phocophi, lence os segues terme scise poe, epic cersments ‘ue dvo mons bles ge he ovo poncionn don rable thot que ested, « penoo que a eSenio fuses indspanasee tor clots, inispnatl s toda a ivestenss, asa Teflnlo ‘io pasa de um melo par equaconar os problemas © no pars fr resolver.) A relletbo @um proceso neat Incl de velScason. Corversedes Com Jar Pagel, isos, Liven ‘Bertrand 178, p43 Para mate informacder sore = importinc i Hsin ma obra de Paget .JeanJoogses Dacre, Jean Pat, Seven et piovophe,? ols, Geneve, Paris, ibrie Dro, 184 som, «Paget ot la phlosopiey, Rene de Tone et de Piso hi 19 O98 op. BIE a ‘mento, constituindo um contributo, no apenss para reno- var e evigorar as questdes adicionais que alimentaram [= eplstemologiae classicas, mas, simoltancamente, pars fabrit-a possibilidade de wm vasto campo de estudos com parativos, ‘Em consonineia com a tendéncia para encarar 0s pro blemas relativos a0 conhecimento dentro de um quadro de cexigincias estritamente cientifieas”, 9 orientagio dominante de Piaget caracteriza se pelo distanciamento da via especula- tiva em favor de wm recurso 4 experimentagio e 8 formall- zagto légicomatemética*. No entanto, se a epistemologia {endtica contribuiu para consolidaro eardctercientifco dos Sstudos sobre o conhecimento, tradicionalmente integrados bo conjunto das disciplinas filoséficas, os problemas que Tevania estio estretomente dependontes das preocupacdes que sempre estiveram no contro das atengies da filosofia, {do conhecimento Plage st sts investigates sobre o consent uma dimensio temporal, procurando compreender como © sujeito atinge progressivamente novas formas de conbe- ‘mento datadas de necesidade Iogica e, consoante 0s casos, também de objectivdade. A insuficiéncia da experiéneia para explicar este crescente desenvolvimento intelectual, E inargem da interferéneia de esquemas assimitadores que possom interpreta, conduz Piaget a reconhecer que +o frande problema da epistemolopia genétia € conciliar esta > CEB Kaplan, «Genetic Psychology, Gonte Bnistemsony, and Thsty at Knowkten Theodore Mince (Ore) Copritve Deve {pment and Eptomotgs New Yor. London, Raden Pros, 17, STO ae cana seco rte nuns eos foam o etudo aprbionatiearelativa a0 coecnto nan {an clu on propria Mtr daca, cuando ain = i Tprsnene spect Tce a Pipe, Sapete ef shsions de ta pitsopi, Pars, POF, 98 2 cxiagio de novidades com 0 duplo facto de, no terreno formal, elas se acompanharem de necessidade, entretanto claborada ee, no plano real, elas permitirem (@ so mesmo 5 Unicas a permitrem) s conguista da objectividades* sta problemities, que Piagot formula ex intina Tiga co com 0 erescimento dos conhecimentos cientificos, opbs 1s flésofos racionalistas aos empinstas ingleses, acabando por ser superada pela eritica Kantian da razio. Kant, 20 reconbecer 3s categorlas a priori do entendimento humane a funsao de ordenar os dados de toda a experiencia possivel, troaxe uma explicacio paras nocessidade e objectividade do conhecimento, sintetizando ax soligies anteriores que apenas priviesiavam sim dos dados da questo. ‘Se Piaget se orienta nesta linha de solugto, a original dode da sua proposta esté no esforco que emprecnde pai cexplicar © processo de estraturaeso do pensamento através de uma andlise que romonta & coordenacio geral das acqes do perfodo sensériomotor, aproximandose assim da orien: tagdo semuida pelos filésofos péskantianos que, em vez de partirem de um ea J consttuido, se esforcaram por apre- fentar 0 processo da sua constituigio, As estruturas inte lectuais que viabilizam uma relacdo necessaria e objectiva do sujeito com 0 mundo astio dependentes de uma longs construgio, que se aperfeigoa & medida que 0 sujeito age rho mundo. Neste processo, em que a sctividade intelectual do sujeito ganha progressivamente. um maior equilibrio, iio ¢ estranbo o papel da experitneia na diferenciagao das ‘estruturas assimiladoras do sujeito. No entanto, na medida em que este processo de transicio atinge uma complexidade trescente, que se torna possivel um peasamento consequent fe um conhecimento da realidade extema, o que coloca 0 problema ds constituigio do sujeito do conhecimento no centro das preocupagées da epistemologia genética 3 1. Piaget sustenta que a compresasto do que & 0 conhecimento. apenas a ebm. atravcs da ane dos conlccimentos, is como eles se marifestom nas ris Senco gue’ la a desvineiar arson dos pre: Stan epstemolgicos da exere da itiocin da loon [ove nsin convey, Piaget rejeita os termos slabalistas nave a ilosta contra coloar os problemas relatives So conhecimento coun base na delimiagso das quests ‘tc elimetam o inveagngo centfiea,emprecne 0 etudo RSunc condigos de vas, adoptando uma metodo Sascns ta dedupio lgisometemica e nawerifiago. Teplsomelogia getice cotta un aetvdade nt sior ao print desenvelvimento das iene, partlhando db sa namiamo rondo dav sus ces 0 meri Greco para seu aprofundamente¢ earqcciment. Dass modo, Paget acume ua lade Srea dos mals Seniitivs flows do pstado que, como elo mmo reonhcce, cboraram ow pensamenio @ pert de ume ro sobre on problemas levantadon pelo desenolv {nom da cinta do seu tempo, Asin acontxe em reso White com ss matomatcns, Avstoteles com gia abil, Descartes coma algae » gometl nace, elimi com ocleulainfnitcoal os empiisos de Locke de Mame com as vin abespasde de psclgia, Kant fom a cence newtonana ear suns gencaiares, Hepel ro tansmo com a histiva ¢ 8 soceogia e até Huseer Comm a loitea de rege Nocrtanto, as ponies epistemolfaicasdeses soos «, conequmtrnenta,atnule que seabarem por assume Srvc li nso ose do eo fo, Pop Scrapeas em dns grandes categories, que design de eps- ‘Stops metalic paracintiicgs, ct opigo Sos ouras que ele classes Ge eistemolgis cent Sages ef itasons de te pilsophi,p. “ ices. Estas sfo elaboradas pelos proprios cientistas, que assim spermanecem no interior de una reflexdo sobre 33 lances ‘A carscterfatica dominante da episiemologla clentfica no resulta apenas da definigio do sev objecto em estreta ligase com 0 proprio desenvolvimento das eigneias, em toro de uma questio concrota e bom dalimitada, mas reside no facto de constitair uma aetividade interior ao proprio Jesonvolvimento das eiéncias, em que 05 autores estbele- ccm como «fim exclusivo a explicacio do conbecimento ‘entific e js nao visim © conhecimento em gerale Diferenie € a perspectiva das epistemologias meta cientificas que, nfo obstante se bascarem uma reflexio sobre as condigies do pensamento cieatifico, se orientam para a elaboragio de uma teoria geral do conhecimento Piaget inclut nesta categoria, além dos fl6sofos da aatigui dade cistica, como Plalto Aristoeles, os pensadores mais representatives dos tempos modemos: Descartes, Leibniz fe Kant. Cada um deles trouxe para 0 dominio da epistemo- Jogia tum contributo fundamental extrafdo de wma rellexso sobre a probleméticeclentifiea que directamente os ocupava. ‘Assim, a rofloxdo sobre as ciéncias levada a feito por Platio ¢ Aristotles, se por um lado condusiu ao realism dos Ides, quer no plano suprasensivel, quer no plano Imanente 8s coisas do mundo sensivel, por outro lado levou Ligiea conheimento centico, 1 vol, tad. de Sosa Dias «Fuge Arie, rev de Masia Manucl Jonge ¢ Froeico, Sao, Porto, Lirania Cilio, 199, p. 26 Mage! dstingue nesta bra (cpp. 46a) tee varedades de epntoogia coi = que ne Inou cam o ‘postivienn cstaco de Comte tombe 2 que a ‘arupou er volta go pentiisno loge: @ qe. soo pation Por lim eanjunto de suf conteporanos,procura 90 descr mento da ciéncia a wa de asso pra explicar o& probleras Go ‘Gnhecimenioe.fnalmente, 4 gue oF props cers elaoremn Sproles ie ere ou a vei “6 Jose Lue waANDKo DA LAE 4 concepet0 de um gujsito sem qualquer activkdade, para aléen da que consist em despertar as suas reminiscéneias, reflexo das verdadeiras Idea, ou a ata c= concstos universais a partir das pereepcoes sensveis. Nenhum dels, Sustenta Plaget, considers papel desempenhado pelo ‘sueito na laboraggg.de um conhecimento. logicamente vilido e objectivo, ou seja, nenham deles explica xem que fonsiste © mecanismo intimo deste desenvolvimento ou deste erescimento 'SO com Descartes tem inicio uma reflexio epistemo- lopica contrada na valoriacio do papel do sujito na cons- tnigfo do conhecimento, Para uma ta! concepede muito con tribuiram as descobertas realizadas polo autor no campo das matemtica, ou se, a sintese entre as grandezas murmé Fieas © espacias, que consumou a descoberta da geometra snalitica, A filosofia cartesiana acabou por rellectic as Inovagoes introduridas pela goometria analitica, pois os progressos ocorrides na algebrizagio da geometria colocs Fam om evidéncia a possibiidade de uma nova disciplioa Fandade na actividade coordensdors do sjeito,e no apenas fa contemplagao das entidades matematicas a que 0 sujeito 2 subordinas 'A Algebra, a fazer abstracglo da quantidade numérica, ‘io considers o nimero como uma fealidade projectads tas coisas ¢ as operagbes como 2 expressao de uma relagio Clernamente dada entre clas, Pelo contrrio, ao fazer depen Gero nimero das operagées que assoguram a sua formag0, 1 algebra coloce em destaque a transformagies que © Sujeito realiza, ou sla, as operagbes como fais. «0 emprego dos métodos algcbricos implica pois a tomada de conscién fla das operagdes; estas no sfo entéo concebidas como Sendo, sje rolagdee entre objectos, mas independentes do Introduction & epstemologie génique. 1 Le mathéna ign, Ps, POF, 198, 9. 8: 46 peasamento, seja uma setividade do pensamento, mas atin: indo apenas e nto transformando o seu abjecto: a operagdo algébrica constitui as duss simultancamente, porque ela é ‘uma relacio objectiva, mas entre objectos relativos & sua propria construcdor 'A descoberta da geometria analitica consist no alarga ‘mento do dominio da algebra 20 espaco, 0 que Feveu a conceber as figuras geométricas como resultantes da activ dade construtiva do sujito ea destacar 0 seu caricter ope- rtério, que deixa de se clreunserever aos aspecios figura- tivos do espaco. Descartes eslabelece na sctividade opera. toria do sujeito o fundamento oa a razio de ser da propria ‘peometria,concebendo as figuras geometricas como a res tante dessa sctividade construtiva do cspltit. O cardeter lgicomatemitico da razao humana da conta de todas as, transformagbes no plano da experiénca fisics, permitinds assim a conguista da propria realkdade, Plo que, €a partir das categorias inelectuais do sujito que Descartes ascegura « possbilidade da eonstituigdo da cigneia, No entanto, enguanto Descartes responde com o ina tusmo a0 problema da origem das estruturas da razio, cexplicandows pea tooria da eriagio dae verdades eterna, como decretos que um Deus voluntarsta fez existe, desen volvese ao mesino tempo um outro tipo de epistemologia que prosura resolver a questo com base na observagso ena experitneia psicoldsica, ‘Se flosofia eartesiana fol capaz de legitimar, através 4o inatismo dos prineipios da cigncia, o caricter necessirio ‘e universal do nosso conhecimento, o empirisme empenhor. “se na direesio opesta, mas complementar, que consiste em jusificar a objectividade do nosso conhecimente, ou seja. ‘sua adequadasao ao teal, valorizando o papel da experién cia na constituigdo das estruturas da razto humana, Pore, > ris, 2 eo 420 limitar a nogdo de experiéncia & impressOas sonsiveis ‘que podem atingir qualquer sujeit psicologco, o empirismo ppassou ao lado de toda uma actividade coordenadora. que Dermite a interpretagéo da propria experiéncia. Esta activ: dade € de natareza logicomatematica, mas € subectimada pela filosofia empirsta que reduz a actividade coordeaadora do sujeito a uma mera aseociagao de sensagSee, Deste modo, se esta concepeio teve © mérito de chamar a atengi0 para 2 importincia do recurso aoe processos empiricos de verti ‘edo © experimentacio, procurando assim uma resposta para as quostoes sobre’ o conhecimento a partir de um pelo aos factos € no de uma «deducio metaisica»®, nem por isso deixou de provocar ae rescgies de Leibniz e de ‘Kant, que valorizaram a actvidade do sujito (0 intllectus nse), como a condigéo de todo 0 conhecimento. O sueito fest pressuposto em toda a eweriéneia, constitwinds um Instrimento fundamental de conquista da ralidade, 2. Kant é som divida uma figura essenclal noste dis logo entre a eizacia © a filoofia. 0 sucesso da tooria da sgravitagio de Newton e a sua extensio para domfoios mais vastos, como os da astronomia, permitiram eonstialgso de uma mocaniea dos corpos celeste, com base numa cons ‘trusio meramente dedutiva, Esta harmonia, de algum modo incompreensivel, etre a dedugéo racional ¢ of dados da ‘experiénea teria condurido Kant a levantar © problema da possbilidade da cxineia, ou seja, a proctrar compreender ‘como os nossos procedimentos dedutives, que apenas depes- dom do suet, se adequayam a experiencia, ‘Ao refletir sobre 0 progressivo desenvolvimento que 1s cneins, como az metematicas ea Hsia, aviathatingido ‘po seu tempo, em contraste com as incertezas que envolviam ‘A metafisica, Kant estabelee, logo na eIntrodusaox & Critica © Ob, Saget of ilasions de te phlesorie, p. 76 8 da razdo pura as questoescentrais a que a teoria do conhe- ‘imeato procurars dar uma resposta, a saber, como é possi Yel uma matemdtica e uma fsiea puras, isto &, como € que fstas ciéncias detém eum conhecimento toérico a. priori {dor objectos>* No entanto, seo objestvo principal de Kant seré esta racer a questi da possbilidade da metafisica como ciéacia, feneste sentido as suas preocupagées tm um alcance mais ‘rasto do que a problemitica levaotada por Plage, o certo Eaque o modo como este define o objecto da epistemologia lgendtica revela ima proximidade muito grande, quer pelo teor, que pela formulagéo, das questdes kantianas da Critica da razao pure. 'No Preficio & sogunds eiclo de Introdupdo & episte rmologia genetica, os termos em que Plaget define esta. nova, Alsciplina pio deixam de sogerir um estrito paraleismo com a forma kantiana de equacionar o problema do conhe- ‘imento ea que acabémos do aludr. Para Piaget a epistemo- Jogia genética demarca-se da filosofia do conhecimento © definese em estreita conexdo com 0 desenvolvimento do tonhecimenta alcengado pelo trabalho cieatifico, Uma epts: temologia cientifica xno pergunta, como a epistemologia filosofiea, ‘como ¢ possivel 0 conhecimento? e isto no absolute, Bla coloce simplesmente a questao sob a forma ‘Como ¢ que os conhesimentos se tornata possveis?” ou 'se tomaram reais?+", Se 0 tratzmento a que Piaget submete ‘questi o orienta numa linha que o afasta da metodologia Keantiana, nio deixa de ser bom visivel a coincidincia com ‘Kant quanto 8 forma de o enunciar 1 Trad, de Manuela Pinto os Santos ¢ Alexandre Moral, shen, Fandagio Calne Gobenkan 185, . 0 Intodaction & Teptenotope gendique 1/ La mashinae ene 209. Sam Sagese et ilusons dele philosophic Paget confess ‘mito présimo do cpio do halos (p. 82. Com eo, © ° Mas a relagio com Kant encontra-se também a0 nivel 4a valorizagao do sujeito do conhecimento, que explica a sadequagio dos nossos procedimentos dedutivos & expe ritselas Contratiamente a Leibniz, que fazia assentar numa hharmonia pré-estabolecida a concordancis que se verficava entre as eonstrugées do sujeito © os dados da experiencia, Kant procura expliear 9 segredo de uma tal Barmonia através do proprio sujico. Deste modo, stwou ma actividade ‘wordenadora do sujet xa fapte, nto apenas da neces dade dedutiva, como ainda das diversas estruturas (space, bjetve principal de Piaget no somite om dover ginene ‘tos cone, ms atic em itvetine ov macarons torn posse a onganitgia do actintade copntive do sufato. “Neste fetid, Paget repete = guntio. que Kant orm, au, prs Crea como 6 posse « ckac? Mas, enquat ge = pista. login de Kant force ine. Soar tracendetal das ctu expt, quc seria neeessiin ora que acacia fose poset, S episemeiogl posts de Paget fornove uma deg do dew Swvimento de tis estraorane Mars W. Wattle, sFrrn Pras (© Logos: Ganatc Eplsenaoss and Phystse, Theaore Misch (One) Coputive Development end Epstemaoey, 18D. Sobre Parkas com a wat hatin e, om peri, com a Mosatis { conecmeio, que temos nds 4 tata dostacamo®. sade Idem, rom Gente Epistemology to Historia! Epistemology: Kaa, Mare aod ages, Lym 8. Lib (Ong), Piaget nd the Fudation of Rrowtedge, Hillsdale, Now fersy, London, Lawreoee Eni Nesciatce Publishers, 1965, pp 110; Rishard Kitchen, Pgs Theory of Knowledge: Genetic Epitonology and Scientific Reson New Haven, Loodon, Yale University Pris, 1986 cap. 4 8 Willan V. Fabricius, Page's Thoory of Keowedge Ite Pine phil Content, Haan Development, 35 (185, pp. 32334, Zoe Kamei hiartino, Bm busca da sonido da obra de Page, So oul, Ed Aen, 1H, cap TL, 9p. 3. dg cowecomento etn, p 3. Faget, tl con Kan, reags &diselusio do sujet dy conhctnnnia Ka cabo Polos {ofosempretan Por lao Sastre a alt proposta Por Rat lum avango no seniido de determina dow setae dau 0 tempo, causalidade, ete) que constituem a objeetividade fem geral e que toraam assim a experiéncia possvel. Des: cobriu portanto 0 pape! dos quadeos « prior’ © a possi Hidade de juizos sinteticon a. prior, acrescentando-se a6 simples ligacies Topieas (ou juizos analiticos a priori) e suseepttveis de impor a percepcio © & experiéncia em geral ‘uma estrutura compativel com a deducto matemética» ® ‘A-determinacio com que Kant se afasta do «realismos das apanincias para sustentar a nocessidade de uma saber dinaglo dos dados da experiénela as estrutaras @ prior! do entendimento teve em Piaget uma ceria continuidade, ‘Também ele exige uma interpretagio ou estruturacdo dos dados da experigneia pela intervengao da aetividade coorde- nadora do sujlto. «Com eleito, esereve Piaget, a extien da ciéncia eonsiste em mostrar que toda a experigncia & yma estruturagio do real na qual 0 sujelto epistémico toma ‘uma parte activa, de tal maneira que o conhecimento ape rece como uma intoracgio entre as operagées estruturantos| do sujeito e as propriedades do objecto> ". No entanto, se, 4 somethanca de Kant, Paget faz dependar o valor da ‘experitncia da acomodagio dos esquemas assimiladores do Sujet, eansuro por telos conesbido de um modo rigido © estétco, sem alender ao proprio processo da sua elabo: agi. A grande lacuna que Piaget encontra na concep kantiana do sujlto epistemico reside na auséncia de wma explicagdo do processo da constituigdo da necossidade das categorias do entendimento humano, em coptraste com 0 {que susore sa historia das cléncis bem como os faetos experimentais reunidos pelos estudos sobre o desenvolvi ‘mento mentals" Daste modo, para Plaget as categorias id, 9. Sages et iasons de te pitoophi, p18 Intelectuais que permitem compreender a harmonia entre ‘dedusio logicomatematica a experitncia nio preexstem te uma forma Fira e estitica & reacéo que 0 sujeto estabe- Tee com 0 mundo, mas envolvem um longo processo de desenvolvimento. Dai que alguns autores insistam em salientar que «a Investigagio de Piaget sobre o desenvolvimento psicoldgico se baseia tanto nos conceitos derivado: da filosofia kantiana, tna qual ele fot primeiramente iniciado, como nos resultados fdas suas préptis experidncias e observagaes; pelo que eke teré de ser apreciado tanto 2 partir de um fundamento conceptual como empirico»". Outros vao ainds mats além reconhecem que, et Telagio a0 sistema Igloo matemstico do sujcto, «Piaget, como os sucessores de Kant —Fichte, Schelling ¢ Hegel acredita que pode expliar a sua neces: fidade ao mostrar (anda como os idealistas péstantianos) aque a sa necessidade € uma nevessidade que se desen- valves! ‘No procrar compreender a problemética da funda sentaci das estruturaslogicas do sujeto a partic do pro- fesso da sua consituigao temporal, Piaget parece no se ‘caviar de uma perspectiva ja anteriormente tragada por Hegel que, neste sentido, pode ser considerado como se tverdadeiro precursors, No entanto, Piaget ndo deixa de Censurur a atitude anticieatifica que a posigio hegeliana representa, 4 subordinar 0 proprio coohecimento cientifeo be exigincias definidas pola dilécticaflosééice, considerada Stephen Tauinia, ”. ‘Todo o conhecimente implica a interferéncia de aspec: tos provenientes do abjecto, mas, ao mesmo tempo, englobs tementos de Interpretagso que, néo sendo propriedades Gos objectos, so introduzidos através da acco que 0 Suisito excres sobre eles. E certo que esta interacsto poder Conduit, em todos os niveis do desenvolvimento intelectual fo individuo, a0. predominlo de uma interpretacio dos ddads baveada na influéncia de elementos subjectivos,resul tando assim em concepgoes egoctntrias ¢ fenomenistas, fou seja. nama deformagso da reaidade. No entanto, © em ‘ontraparta, este tipo deformante de sssimilagdo poder Ser newtralizado por uma assimilagio de naturera conser ante, sea interpretacto for realizada com base mama Aescentracto da perspectiva do proprio sujeito ou do ime- ddatismo da experiencia, 0 que acontece «quando ums pro- poedade fisica € considerada objectivamente, gragss 20 tmprego de um quar logleomatemdtico que enti serve de coquema de astimilagios ". Sora sempre uma organi = toi p30, Tie, shesination ot conmalsanoe, lt enue de Pope viene, sBhadee Peprtencloge Constquen, Wot VY, Par, PUF, 138 3s ‘acho deste tipo, que Piaget vé iniclarse a partir do final Go primeiro ano de vida do bebe, que torna possivel 0 iprau de objectividace conseguido nos diferentes periodos {do desenvolvimento intalectual: «todo 0 conhecimenta Cisco ‘ou experimental, logo toda a consiatagio de facto, supde tom quadro ligicomatemético, © nico que o toma possi el (0), pois que toda a accio particular seri. sempre Jntegrada ‘num esquema € wm esquema envolve neces Hamente acpoes ligicomatemélieas, enguanto comporta telagoes © classificacdes ‘0 processo de diferenclagao dos esquemas assimilado- res da erianga apoiase na aetividade coordenadora que ela ‘edliza, Esta tora possivel toa @ acomodacdo a reslidade fxtern, sempre que os seus erguemas necessitam de ser reajustados em virlude das exigéncias impostas pela situa to om que a actividade da crianga se insere ". Deste modo 6 fundamento da constituigio do conhecimento assent na Sesto coordenadors do sujelto. Pelo que, tal como Kant far dopender o conhecimento do mundo da actividade unifi- cadora levada a cabo pelas catezorias licas do entendi tento humano, sss também 2 isisténcia com que Piaget fapela para a importiacia que as estruturss ldgicomatems: tess revestem na actividad coordenadora do sujeito eavol- veo inevitavelmente na linha de infludncia da Critica da Testo pura, No entanto, se, por um lado, a actividad {ssimiladora do sujet e s acomodagao permitem destacar 1 dinamismo coordenador que a perspectiva kantiana ati bai so entendimento™, por oateo lado, os inimeros traba ia, p10 © Ct. Pagt, Lestat des structures copies, rad port 0 disonotinenta do prsamento, de Alvaro de Figueiredo, Tiiion Pubiagtes Dum Quinte 97, ppt 7 Gam racic por exepla »araacso quanacva da real dade, Piaget verifies tue o certo dems capeade pa nga ‘soot esrftamentedependcte da descentragio das contigs 56 Thos que Piaget publicos, 20 cornarem vistvel a vertente experimental de toda a sun investigacio, no disardo do enunciar 0 carécter absoluto das esiruturas priori do sujeifo Kantian. Como Piaget repetidamente declara em virias das suas obras, 0 seu itenso trabalho de experimen tador ndo 0 autoriza a aceitar, nem as teses empiristas, ‘que afirmam uma génese sem estrulura, nom as tesesapric stas, que postulam esimsturss sem sénese. Ao procurar fescopar a estas duas solagies extcemas, a alternative que ‘ropoe assenta no principio segundo o qual «toda a pénese porte de uma estrutura e choga a outra estrutaras ¢, rei Procamente, +toda a estrutura tem uma génese>™ “Ao dabrucarse sobre os mocanismos da formacio dos ‘quadros orzanizadores do conhecimento, 2 anélise psicor sondtieaIntegrase no tipo de solucaes que, desde Deseartes, ateibuem a aetividede do sujeito um papel fundamental na constituigfo do conhecimento, Mas, simullaneamente, 8 posicao sssumids por Piaget no deixard de manifestar 1 Sua demareacio face 4 prépria filosofia moderna do Conhecimento, de quem alias se confessa teibutério no que respeita & deseoberta do sujelto epistmico. Com efeito, fam vez de conechio como uma eatidade presiamente defi 5s pereptivas, ou sj, intesracso mum sistema de operas ‘tue ticapassn 9 plano rmeramente lative. CES. Paget © A Sr: IBinka, a enose de nombre chez Tenn, Neahel, Delachaus ft Nise (58, cop. IV, 83 e £4 O mesino acotece quite 2 ‘en txt de comer he ein cone 1d sitnsnet ade Peso ©-3 de woe. Com raga prime stas mogbes, lng hams meso a tenga para 0 se cater esquemsico © globals gue, porno corresponder nena exe Fleni em portlet pes Se elena com base Tans ‘manent da propia inigeneia. Paget eB beer, Le deve pee des ann pines ches Forfa, Nits, Del eure «tia oh nin, Si endo de ic lees, ins Constante Peri, Uisboo, Pisses Dom (uiste, 174, pp. 9820 7 rida nas suas aotas constituntes, Piaget empenha-se em tragar a sua gencse. Deste modo, ao procurar explicar a formagio dae estnituras operatGrias do supeito, assume tuma atitde que cle prépro classifica de relativista ow relacionista, uma ver que #as Interpretaré como se consti tuindo medida das aquisigdes oxteriores, como tm Instr mento que se aperfelgoe no decurso das suas aplicagées, ‘oa, melhor ainds, como um drpio que se estrutura a0 frmeionars™, 4, Na historia da cicla e do préprio desenvolvimento mental do individuo, Piaget procura a via que legitima 0 bandono do fxismo, que a solucio kantiana represeatava, f permite assim a sua superacto. O sujeito, partindo de ‘oma acsio hereditatiamente programada, acaba por alean- far um nivel de coordenagSo operatéria no termo do pro- Seaso do seu desenvolvimento intelectual, A abstraccso elexiva toma possivel a construcio de esquemas intlec fais cada ver mais consistentes, desde os que permitem ts coordenagies mais elementares que a crianca realiza no periodo sensdriomotor, até aos que conferem a necessidade Teen as operagdes efectuadas no termo do seu desenvol mento intelectual, Deste modo, 0s dados fornecidos pela 1% sAoprenisage et connaisancs, Apprentvage et comets sane. tudes de Bpistenologe Geetiqus, ol. VE, Pars, POF. {8en st Pare mate sefertncis sobre Pongo de Piaget nese emo ter RinndRitshner, Mages Theory of Rrowlede, pris Em Epstomolsie des selencs de Thonome, Par, Cll ford, 172, Tace 8 perspective que 0 exrutarallmo doth oa ‘Bhnprenaio das ences umanar, Pager procura clarifier 223 folgio,deigndo 0 sou estuarine de relaconal medida i quc colour tuo de redtdade primeira av ssteras de fle SEUSS ea Ge tamsormagies,coborlmern pas desde 0 Ho os ‘Gemcns Bs rlages que or enalobame,rciebenDevs, come (Satie tao como o rode da composite. deste terceOes Femadoras (op 038, 3 Polcologiagentea pte a claro as scraias diferencia fier dor quadior lntlectnie do ajo, ao longo doe Cites a deomrobviente lntelectal da ctame. Que So aninaladae por una progressive extabildade com si Go ow aves atngdon em cada um don ext prec areas, ‘Som pretender negara mportncia que os fctres. come a breciarodads «8 matragho on sexperts «2 intaeacia socal, tem na formagio dov quadros organiza ores do pensanento amano, lagst psa para a nosto de equities finde expliar‘o prograive apeeiox ‘esto de eciidae nial do aaj. Esta nog nie 26 permis allot © que todon eras facors do se Sotrmente tm em comum, mar ceidencl nds espe Hdd ex noidde das construghs qe se ofeach nivel do comportamenta «dat condutane™ Mais prin, trent, te todos os factors # gue shades 4e nestram ineultienes pars expire o\aparecinento © ose tolvient dt actividad operat do sje, apelo auc Faget faz noydo de equi permielbe tomar nl tive, ado apona a erabliade afngla ex cada nivel do Sesenwament, mie, 20 mesma tempo, 2 ogee um tal equitibrio™, - it 1 Piaget, «L? xpistion on pajcolose ot le pailsiome poychopysiloiquen, Traté de psychotope expérimentale, vo I Pare PUF, 536, p 8. "ta imultneidade de fangs gue Piaget stebul & oxfo de equi tem si dscatda por leurs dow seus interprets, om vist a precaribe 0 sonikdo'e etabelecer or Unites da Soveag, Asem, mou se referee fo eh emprery come fector expicatvo do desenvolvimento ntelectal ct exe Ferra {Sos actors do esenotemeno Ineetun sexondo Pages cxf dena ctratira perai om,Unsiate d Can {opto do qalrio tums ponpecti causal do. proceso So ° [A sucesso das diversas fases por onde passa 0 desen: volvimento intelectual do individuo ¢ coincidente com 0 Tncessente deslocamento do equibrio das estruturas do pensamenta, Este processo funcional, que o préprio com- portamento da erianga manifesta, ¢ conecbido como uma combinagio entre a assimilagio € a acomodasio. Ele per Imite a0 sujelto enfrentar novas situagées construir rela foes cada vee mais compleras, at6 &5 que ele estabelece Gm virtude de uma actividade eoordenadora que 36 as ‘strutures logicomateméticas toram possivel. No entanto, trlas 50 oe constituem & maida que o sujeto se aproxima {io mundo c age sobre ele, endo, por conseguinte, indisse- Giivels do fimeionamento que as constr. Deste modo, fhosSo de equilibrio permite compreender como as diversas Combinagdes entre 2 assimilacdo e a acomodagio so orien- tam na constmugao das estruturas operatdrias do. pensa- mento, assim como da prépeia consttuigao do object. Plaget nao concebe as estruturas operatrias do sujeito tndepenidentemente da actividede que as clabora, tal come “escavlviment itleil inerpotandos antes como ve active {Soe ncaa onthe pla necessonde de exabeer aco ‘ persumento com ar colar ¢ steed do pensemento consid roms sPagets Copitive Confletand Motivation ot Thowsht ‘Focndore Michel (Or, Copiive Deneopmont and Epistemotoy, PSH Mats reccekemcite, Septic Haroutanan sont © modo {Eo cult, gucvionando, 2 nan copocidade, para fore Una Efpliacio 0b desenalineato dos sistas cognition 0 mace ‘aut s0podcrinenlcar 8 ponsdade de wm combeinen Sieezi ne spusdenes du erro goo determine as 00- (Ggnes da aut conseagio Este tlio Govena ser uma norma feral, independte de qeigicr jusficagio de tor sbinatio oo told,» qu sina poers acantecat com 0 mouso pagan, ‘Rote rum eco de ste que €Iseparvel dor eqs ‘ciadores de cada ut. Cl Epub inthe Balance. & Sty Of Payeotorcn Feplanatin, New "Yor, Betin, Sprngereros, Tos Ie, Can Jam Page Explain the Posty of Knowledae, ‘Space, 35 (095), pp. a4, o © objecto nto pode ser considerado & margem de uma, Inteligiblidade que se sprofunda & medida que 0 conheck rento se aproxima dele, 0 objecto sé € tal quando o sujeito Uispée de estrusuras capazes de tomarem possivel a sua ‘esimilagto, estas $6 se coustituem a partir da coordena- fo da aogio que te exeror sobre os objects e stuagbes ‘Neste sentido, alguns autores s80 levados a estabelecer umn paralolismo entre Hegel e Piaget, rconheendo que ambos ‘Moptaram uma perspootiva somelhante, ao tragarem a his- {ria da actividade formadora das estruturas Vogicas da fazio™. Os sucessivos estédios por onde passa este desen tolvimenta intelectial do individuo recapitulam 0 processo historeo da constituigho do conbecimento clentitico. Com cleto, Hegel, na Fenomenologia do Espirito, enuncia 0 seu propésito de explicar a verdadeira cincia através do scam: ho da conscincia natural que sofreu um impulso que a fcondaz para o verladeiro sabers, esclarecendo logo de Sexuida que concebe este pereurso como sendo «0 camino da alma percorrendo a série das suas formagdes como as festagdes ue Ihe esto prescritas pela st propria nat ezan™, Da megma forma, o estado do desenvolvimento do individoo permitirs a Piaget esclarecer a questio relative A formacto do sistema logioo matematio de referénca, que Dermitird 20 sujelto 2 constituicio de um conhecimento ‘ientfics. No entanto, o proposito hegeliano assenta na onvicedo de que 0 seu tempo reine as condigGes neces fas en uma elevasdo da flosofia 8 elénciay®. Aki do nals, para Hegel, a sverdadeca figura onde a verdade existe fio pode ver sento o sistema clntifico desta verdade»™, "Ping paree screditar gue M una dscticn pare 0 dese svimentoe ome ee mediante ye ao esprit € Hees, ichard Richeer, Pagers Genesc Epicemolcy®, p38 ‘S' phcromoologe de Expr, trad. de Jean Wypolie, Pat Nabi, Be ida Bias 8 ot € isto condulo a estabslecer que o objectivo primordial {da sia obra seri colaborar na promogao desse empreendi- mento” Piaget no se identifica com semethante projecto, jf ‘que, ao reservar ts cineas formals e positivas a faculdade Se disporem de um conhecimento em sentido préprio, nee 2 filosfia a possibilidade de vir « possuir um tal atributo. Com efeto, argumenta Piaget, na reflexdo filoséticn inter ‘em elementos provenientes das vivéoeias de cada um, que hiv sio susceptiveis de um exame objectivo. Deste modo, Btingir a verdsde, ou seja,aspirar a possuir 0 estatuto de ‘iéncia, constitus um objectivo inconcabtvel para a activ ade filosotica, que se limita & coordenagio dos valores ‘om que eada tim assume e da sentido vila ™. Para além desta diverséncia, nos dois autores existe 1 convieglo de que a via do conhccimento verdadeiro pres fupde a mediagao dos quadeos operatorios do sujelto que Conferem consisténcia e solider aos enunciados da cignci, % eGolahorar nets tes, sproxinar 4 fast da forma da cncla ete for angio els oder renancar ad seu ome de nor polo saber para ser sider ectivamente real € 0 Que © [Ro props (Iidp #) be forma seneant tambeen se promuncia ‘Nacoty, svperingo mesmo o alr fe ea elas Pre a etic poeica nao exe stag entre forma de crecimenin dos snhosimentor bo domino da Mogenese € 2 ae ttm aga bo piano etogenctcn extn pel pili do dese ‘avimenta, Dest modo Wartlshy expime 9 commesio de Qe 0 Ul de Pugs ab ceaseralnente €picologi (ye cont Aes tsa parte de un ito mai who empremalmeto tanec, tnals prin do istorii deJoS0 Baptista Vico, on a Fence Il do Espino de ge) ov do matoriizmo istico de Mars the do ctelictnismo de Spsotes From Praxis to Lopes, p10 we Ge Sage oto de la pilsopi, wartan referees ste oan, somearente, pp 10,21, 47,1072, 28126 Ce thdko trvad one Piaget © Poot Rica dante 0 bate ‘walzade na. Sorbona em 196, a propdsto da puliagio da obra ‘ima refer, © que se ene reprdunido cm Tide on Filo fof, Porto, Ris, 1 a ‘A verdade da eignoin no constitui um dado imediato a que, Togo 2 parsida, 0 sujeito pode ter acesso. Pelo contrite, cencontra-se solidéria de uin longo caminho de desoavali ‘mento, onde cada etapa do processo representa une com quista na dirsegio da estrutaragio operatoria do universo: +30 analisar os estidios mais elementares, a epistemologia fenética pode mostrar que as formas iniclas do conhect ‘mento eram muito mais diferentes das formas supeciores do que podertamos supor,e que, por consoqueneta, a cons trust destas teve de pervorrer tam camiaho maito mais longo, muito mals difel e sobremdo muito mais imprevi+ sel que nds no podiamos imaginar» ‘Airavés do recurso & dimensio diacrénica, Piaget pro- cura encontrar resposta para 0 que ele mesmo considera ‘0 grande problema de toda a epistemologia» ¢ que, segundo fs ste proprias palavras, consiste em wcomprecnder como que 0 expirito chegn construir ligaghes necessarias, ‘aparecendo como ‘independentes no tempol, se os instru tmantos do pensamenta no sto senko operacdes psicalogicas sicitas & ewolagSo e constituindose no tompor ®. Partindo dos resultados fornecidos pela psicologia genética, Piaget penss tomar inteligivel 9 processo da constituicto da nooes- Sidade lopica do sujeito através do modelo de equiibragéo. © Lipisttmotogie gindique, 123, Reparese no pares cum eta pasagem do sPrelicos 8a Fenamenalgia do spi: “X'sfecia apeseta ma. cenfiguagto ate movimento de ato: Tlxapio em ade» pormanor do ae proses ede sta neces, “ae eine magalo que conti saber” A mpacitcin pretence impos bo ¢, 8 obtensse do fim sam of melo. Por lado & pasos suportar’s lonan einensto do. camino, porque esquemas assimiladores do pensamento, uma ver Fberton dos seus contetdos habitus, alargam a sua activ dade a dominios muito mais vastos. Com efeito, no periodo {das opcrayses formals, o ponsamento do adolescente encor: tance na posse da ssintese das estruturas pareisis constr as até entdo, 20 nivel das operacies coneretase ™, © que permite intograr num 36 sistema, o grupo de quatcrmalidade INR, as duas formas de reversiblidade (inversio e recipe: dade), que até entio permancciam separadas. Assim, 0 pensamento da. crianga deixa de estar dependente direct meuie de apotos intuitivos que uma situagio concreta possa apreseatar © mostrase capaz de considerar os problemas no contesto das suas transformagies possives, Piaget procura apresentar a constituicio do sujeito ‘epistémico como produto de um processo que se apresenta Indissocidvel do seu proprio funcionamento. E todo seu ‘wahalho de investigador no dominio da psleologa do desea volvimento intelectual da erianga constitu um esforeo pars Fomecer uma gonese As estruiuras lipicomatematicas do sujelto, que Kant concebia como formas @ priori do enten 0 propo sujet indie, gut simultarcamente, roconhece estar ss eigem da sus conti Abstract ‘The experimental support offered ganeie eistenotoay by psychology ao not slice 19 downgrade the role 9 pslsopiet pain ne rman of the ery ner fh ad two rer te conus qr for te popes cmucaon of the sbject of inowedge, based pon the actions of the ind. ual subject. However, it such formulation tardates «problem ‘whic transcendental philwopy has manaded to equate he so Since he conecives the subject of kowldge In opposition to the {ey lndviul subject whl, simultaneously, recogniing the later {o lay at the very Toots of the eonstitatie process of The forme. Separata de ARQUIPELACO Revista da Universidade do Asores ‘Sie Flot - Ne 1 1980 n

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