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gs desufiavin 0s gramies © cru passedo por aio pelos anteg: ode ‘atte 0 valoc esti. permancate ‘da obra de MS goons iio do qual a obra de ane —* erate lo ma sue ‘ho eu valor esto — wer epoca. etic — ado pode coun on ‘mdi le Levon Kons Geer x) Lowes Enawes dea Lilralong # aexse® 2 Narrar ow Deserever? Comtribuigio para wna distussdo sbbre © natural € 0 formalism ser radial siuitien tomar a cles ala fais, Ma para homens 2 rit Bowen ‘mein ine Manx Brermocs, cote tpn tn eta re. Em dois famosos romances modtraos, and do Zola © 4 as eles. Como & Sencumbem do enprsndimento oF dos cele A dct da coma ¢ um epi extmpo do vina0- siamo Herd de Zola. "Todo gue pode aconlcer numa cor, far pral vom desrto com esate com pitcldade ¢ sens ‘idee A deoto de Zot € ume pequete moaogatie se Sodan sore de tot ow nan omg te Savas foes dass pregaagio ‘oe cmos sé 8. pasape link pin som a sa itn,“ ae [or eaptsadors aparece com ta # pomp fd © clo ont enbigio de mode parsnnse fob 0 Sop Ipéco, ‘Tamm o oe scosiece ma pa Yr press com exo inode! aco cman for eas graade spn. a ! «Zola no 58 fila a deserve extasupeéss, mas desmaseara {amble « complica rama gue & catnos. No entanio, esta deveito, com tol0 0 sea vstosismo, no pass dha “eatro do conjunio do romance, ‘Or aeontecmebies da cori tio apenns dblimente igus 10 tavecho © podetiam felinens se suptimidon de vee oto cane cont pts oft dog um do os {nants pastagttos de Nan se arinou tan sonseqdencs do tiestecho de cum 7 ‘Una, ovtra conexso cnt cortda © © tema central & winda mais €b, tanio assim que, no et pode sequer dizer ‘qe seja ui elemeno do entrecho, embora — por isso metmo Ese ainda mais sintométca para o estado do métada de ‘omposis attend por Zola: 0 eavala vencedor, que ceasona t surpess, chamase também Nang, E Zola nip deta de subi thar claamenteesia colscincla i2rae ¢ casa; 9 vlésia do Soménimo da mundana Nanf é um sinbelo do tgunlo desta 0 mundo ¢ no demfmonde parisiens. "A coctida de saalot d& And Karenina & 0 posto crucial ym grande drama. A queda de. Wronski represeata tna reviavoia a vide de Anz. Pouco abies da corti, Aza flea fabendo que est grvide e, depots de uma dalorosa Teste, Azede comunicar & sua graviter a Wronski. A emordo saci {eda pelo queda Se Wronski provoca a conversa decsiva de An com Karenin, seu marido, ‘Todas as relagdes entre os prinepais Pertonagens do romance eatrom numa fae deciidamente nove, ap6s a cortida. Esa, por consequiats, nlo € wm "quadro” © sim uma sie de cenasaltmente drones, que assinala uma profunla mudanga Ro conjunto do enecho. ‘As finlidedes completamente diversas a que atendem as cenas dos dois romances so flier em thda 1 expongio. ‘Em Zola, a comida € detrita do pomo de vista do espetador; em Toll, €narrada do posto de viste do pertipante. ‘© relate da corida de Wronski consttal 0. verdaeira isado por TOlsti, que sublinha a importincis dt mado epsidic on ‘casual do evento na vida. Jo sou ficial. Bao se prejdicou na tua carrera nalts emt ircundtinias e, em primeco lagat, wom. Ana, A Wisin na cowl # % as to secrete cis a at eS ees para, to monet dr oe yronn €o wes det Eade vt Ss crea ne ese at tne ta Seems aaa er camera mt cone, Cm tos wunans, Ect 6 8 THO Se = jou dv fats vet aueago dts vse, de mann andaneny os eae dst por mats. NA Seva reao em gue Won ie mais ic aie re ear om PES ct 8 fis ae gue ca ental ms PANS Aen, edo 9009 ecto. Na sep pores, 3 Sat a Men ae Ra ucts oo flo Ss, Sc te a ae meg eos a ai es coe on ihre & it Sw, 0 ee 1 Rr dame pts fon som St afta soe ae eee on eo gw fan com WE Recta ttc mn igs egal eee Ce ern ence See gi ee ae es wee teh eis oh cote in tans pn ee Ean ls “a ented acini, ido 6"abstato © morte. Neahum esrtor ode festa po vi si campeon ‘dents nas, pat oo Todo procs sper na represen 2 easulidade nua g era, elewando-a 0 plano da neceaidade, TE sarh que 69 carder completa de Una deseo objeliva que toma alguna enisa ariieamente "recesses"? Ou no Sd, anes, 2relasSoneceséra dos persomagens cam ay clsas ‘com 08 sogaleeimentos — nos quut se ralza 0 desing 6, pela Sit telecon A ot 8 cme a See elite da deo. © "condo" pos ums Se ‘ifgeioaudeon, cogent amesto desing compete SNelcus Agu pcm os pemngene ato tncemcots epee tastes pr an eto, pat let, ments ne latvos,mipeneos © equates, dor ectnecimentos des- ‘hior por Puen relevahes apenas do pono de ata Gk o> Smite do ache, Toman pee, Slot eo a de conse Gave thie iol Seat Flee, Tal quo sme oma inpetcs gue nfo ing ede pane sunt com oe tenants tem vl mente algun om , Gove relate obs, 20 vis isa, por ms da estligfo foxmal © conto sinbn ¢realuado em Flubet rads da roi pos ut aovel nel ann leaned com veviio Reno um pare genunament¢aricor, Man, uan- a, ono aco ot Zola 2 ikl deve agli prs mean ‘una monumentalidade social, quando tem a fungéo de im- Sinir's um epsédo qs em ¢ inignicanl 0 to de um Eton sig sci nose bandon o campo deve fis te A motors spaece ince Ge rolade, Un to tells oe semelonea de spec um etago de taino, tim cnconte cual peti a contol’ expestoinedata sen ae on En iter omar 6 Fae pe encnta brane qmnGade ge exemple dso Lenbre= fnosos apenas to palo enlre Nand © a mbtea courdn, pa- ‘eb com que 4o preehiasinbolar 0 Taal ito dala Shove 2 Pande anes do 1870 Zola mess & gem delta ex- Dressmete a ta fneafo: a miaha ob, knpera a hipe- Tete do peta reste. Do tampotin debris pe- ‘Satya par se alengar an eno, A'um dled moves Ee gxdte 2 se 9 sib" Wale Seo, ae oo Tol vans do conker cer econteimenos qoe erm imprints por sl meso, im len mgt pce ee them os rsnagee ot oy protganzaa © in eset ‘iGo Schl Jo vatado Sexevavinealo suid plain Pi- ° aad as perionatt, Conisamos o pba de ces ‘contecinentos nox qui os persanagens 9 fOmnce Toma ae. Vivtamoséxes neomecitentcs, Em Flaubert © em Zoo, mesos personages S50 yeciaores mal ou menos inicresadoy Ros eontecimentos om oor acontcinetos ge tensors, os ots os {ore em um quad, ou melo, em una st de quadren, Se Gund, wor 0» obrermar © contrat entre © partipar © © observer fo € casush pols deriva da posigho de principio astumida polo etter, emt face du vide, em face dos grandes problemas da sociedae, ‘io do'mero emprégo de um diverso metodo de representac de- (érminado eonteddo ov parte de conte, uta consatagio é necesséria a fim de colgcarmos conere- tamente 0 nossp problema, Tal como ceorré nos. demas cam- pos dr vids, na teratura nfo nos deparamos com “fenbmen0s Pros”. Engels vecorda que o “puro” feudalismg 36 ¢ onstbigdo do efmero reino de Jerusalim. No entanto, 6 evi- done aue o feudalism constiud uma reikdade hice © pode, TRgicament, ser objeto de uma indagacso, Ora, € certo que nfo sexlte qualquer escrtor que renunele completamente a descrever. E também seria to afirmar gue as grandes represen tants do rgalismo posterior a 1848, Fiubert © Zola, teahamn Fenuneiado de todo & naar. © que nos importa sfo os print- i de estrutura da composigio © nfo o fentasma de um “nar- ae" ou “éoserever" que consttvam um “fenbmeno puro". © ‘Que nos importa & saber como e por que a descigto — que Binalmente era um ene oF mullos melos empregados na eagHo Sristien (e, por certo, um mefo suballemo) — chegow ase {orna 0 principio fundamental da composigio. Pois, deste mo- do, 0 carkier€-8 tangfo da descritfo na composisho pea che- arom a softer ume mudengs radial, 14 Balan sobfishava, na sun erin & Cortuxa de Perma de Stendhal, a importincia da deserigio como meio de compo- sitio essencialmemte. moderna. © romance do Século XViIt (Le Sage, Voltaire, ete.) mal conhecia a descrisfo, que fle exerea una fungi misma, mais do. que secundivia, A situ 0 7 4 0 muda sdmente com o rommntismo. Bale calenta que 2 nein Heréria represatada por éle (© da qual fle eonsi- ter Scotto fundador) tisinala. maior Importincia 3 ‘Seergfo, Mas, quando Balzac, acentuando o contraste com a sider dox Séeuloy XVII ¢ XVIII, ee declara sopuidor de_ um riciodo moderno, ee alinha dds Uma séive de momentos es Tisteos que considera earactersicos de tal orienlagio. A des- tig 6 endo, 20 pensamento de Balzac, um momento entre ‘utes; ao lade dele, vem particolermente’sabliohads 2 nove {importineis assumida pelo elemento draméticn. ‘O nivo estilo brota da necessidade de configerar de todo "bs novas formas quo se spsesea Da vido soca). ‘Aralogo entre o indivdvo e a classe tornara-se mais complexa ‘do que nos Séeulot XVIT ¢ XVIIL, O ambiente, 0 aspecio ex terior, os hibitot do individve, podiam (for exemplo, em Le Sage) ser muito sUmiriamente indiados ©, no enlanto, a des pollo desea simplicidade, podiam consituir uma clara e com- pleta careteiaagSo social. A individualizo era aleansada {futie que exelusivamente pela prSpria agfo, pelo modo segun- ovo qual os personagens.reagiam -ativaméente, 20s scontee- ‘mits. rac vé cluramvente que éte métods nto The pode mais bastar. Resign, por exempo, é um aventuriro de tio com= pletumente diversot Jo de Gl Blas. A desctigfo exata da pen- Ho Vanguer, com sua sujera, seus odores, seur alimentos, sur Criadagem, € abeolutamentenecessiia para tomar realments do todo compreensvel tipo particular de aventuciro que & Ras- tignas, Da mesma forms, a casa de Grandet, 0 apartamento de Gobeck, et preesam ser descritos em seus pormenores pera ‘qe tsi completem a representagio dos tipos diversos de usu- Trio, socal e individualmente, que eram es, ‘Ainda que pressindamos do falo de que a reconsituigho do ambiente néo #0 detenba, em Balzac, na pure descrigio, © ‘enka quate sempre teduzida em agGes (basta evocarmos 0 vrelho Grandet, conserando a escada apodreida), verfcamos (ve 2 descriedo,néle,nlo 6 jamais senfo uma ampla base para O ndvo, decsivo elemento: o elemento dramitico. Os persona- ‘gens de Balzar, fo extaordiniriamente multZormes e compie- Sos, nio se poderlam mover com efeitos dramslicos tio com ‘ingentes se OF fundamentor vials dos seus caracteres flo {08- st ‘em Ilo Sargamenteexpotos. Ez Flaubert ex» Zola a. dnect- fo tem oma fungio abroluiamenis divers. Balzac, Sendhil, Dickens, Tolol representam a scida i burgess que te it consldando alanés Je graves crises; fepresentam os complenas lis que pestem 2 formagso dela, {milplos e toriyoros eamiahes quo codazem da velha soce= Aide em decompongdo & nova que etd suring Els memos ‘vor ie proceso de formagso em as eres, fam aiamene al, s0 bem que em formas erin, Goethe, ‘Seodha)e Taltottomaram parte om gocres que suviom Ge Dares a ti teasformagies, Dale pactepoa day especuls- {700 ISiis do nscente capitatiomo francis fok ima deat fost scompenton ss tapas mai importants dee rvalb- cionamento ta quoldade de proprietio de tert Ou colbo- {ado ear vis oxgunizgdes socal ( com contra a carestia, etc). A éste respeito, eles si0, também na sun onduta de vid, comimusdores dou sere, atta © 36+ ios do Reaasiment¢ do liminisno: so homens que pat tipam avamente cd virios moder das granies us sola Gi eposa © ques tornam exeres stave das expevigncia de ‘ia side en e mlforme. Nio so ainda "expecta", no ‘Staido da Wiss eaplialiia do tabetha uber © Zola nara suas atvdads depot dab ha de jbo, nur sociedad burgess jt rtlzada © cont- {wigs Ro perciaram mais aivamente ds vida desta sofeda- Ae; arin farce nano. Nea eis se mesa ‘icp de ‘una importante gereso Epon ce Tram, que a raese € dein, obra, oma wie do ‘pongo, i 8, exrineo dio hrvor so Gert quo Bet ‘Ga pl epine poco esol o teu tempo. Gx hones qu tecltram 8 evollo socal desta foea torsaramse ese © ‘enross apologise do capalisn, Flaberte Za ‘mesiado grandes © sincezos para seguir éte earaho. Por iss, ‘came sbfoio para a tea consao Uo etado om que Schavary, 20 pudstam exclher a solo, tormando obra: ores ceric de socked burpoes, ‘Com is, eatelante, totnaramese 20 mesmo tempo exe loves prosianaly sears sonido Yo diso apialisto 4p trabalho. Eso € 0 momeato em que © vo se trndlonson ‘émpletamenle om mireadorla ether em vendedoe 6a e- 2 xy ferida mereadotia, «no ser quando, por acato, escrtor dis- ‘ponha de uma ronda. Em Balzac, encontrivamir aindx a etree Frandeza da acumulagfo primitive no campo da cultura, Goo- tte ou Toll podem ainda, no que 20 selere 20 Ienbmeno do ‘que estamos fando, assumic a attude senhoriel dos que mio Sivem stmente a literatura, Flaubert 6 um asceta volonério © Zola, consteangido pela nceessidade material, 6 j6 um csctitor protssional no sentido da divisio captatistn Jo trabalho, ‘Os novos estils, os novos modos de represetar a reati- ade nfo urgem jamais de uma dialética imanente das formas artes, ainda que se Hguem sempre as formes ¢ semtidos do pasado. Todo advo estilo surge como uma necessidnde histé- Feovseeial do vida ® um prodilo atcessijo da evolugio 20- al, Mas o reconbecimento’ do eardter necessirio da formagio {0 estilos atti nfo implica, de modo algum, que tests es- ‘ios team todos © mesmo valor ¢ estejam todos num mesmo plano, A necesdidade pode ser, também, a necesidade do ar- Astieamentefaso, dixorme e ei, ‘A alteraativa pertcipar ou observar corresponds, ent, @ dons posgoes socalmente necestsin, assumidas polos escrlto- tes cin dois s0cesivor petiodos do capitalimo. A alterativa, hharvar ow descrever corresponds cs dois métodos fundamen- ‘ais de representagio proptios dtstes dois peiodos. ‘Para disingur aiidamente entre os ols métodos, pode mos contepor um txiemunho de Goethe « um ds Zoi ambos Telerentes a TagSes ene obeeevagio e crigHo artistlea, Diz ‘Goethe: "Jamals eomtemple a natwrezs com cbjelivos _ (Os deseahos de paisagens, primeico — e a tminha atividade co- smo naturaita, depois — me tém levado & observar contsua ‘e minuciosamente os objeloe naturals, pouco a pouco, aprendi { conhecer bem a nalureza, mesmo em sets moitimos detales, de modo que, se — como poets — tenho necessidede de algu: ‘ma cols, dsponho dela 09 aleance da mio, e nko me 6 ffeil pecar contre 2 verdode”, "Famblam Zola se exptime muito claramente sGbre o moto ‘como so sproxima de umn objto para atendér & suas finalidades como esetior: "Um romenclsta Haturalist quer esrever um ro- ‘mance sobre © roundo do teato. Ble parte dessa idéiageral sem ispor de um Unico {al0, sequer de wna figura. Sus. primeira Dpieocupasio. seré a de lomar apontamentos sbbre tudo 3 ‘que possa vir a saber actrca déste mundo que pretende doscre- ‘er, Conhecsu deerminado ator, asssiu a determinada repre- emai, te. Depots, fart com os qe diepucerem de maiores Informagtes a respeho do assunte, colecionaré. frases, anedo- ins, fagraiss. Mas iso aio basta, Led, ambém, os documea- tos escrito. Por fim, visitard os lugares indicados,e passaré um dia qualquer em wna eatra para conbecé-lo em seus pormeno- ses, Permaneceréalgumas noites no camarim de uma attiz procurard Kentiiearse © mais possvel com o ambiente. E, |quands « documentagio esiver complet, 0 stu romance s° fara por si mesmo. O romancista deve se Kimitar a ordenar os Sale modo lipico,.. 0 inerdixe aio ze concent mat at ‘originalidade da tram: asin, quanto. mais eta é banal e ge- inética, fant mals tipea ze tora’ (os rites sto meus, GL). Estamos diane de dois ciils radleslmente diverios, de couas manciras diversas de encarar a realidade. a Compreende a neesidade socal de um dao exo & ago tem dice de forccor ume eval est dor cles we ae reste fr vere Sma Ses te lB ade ah cas io cabe aqui) significa na pritica uma tentative de ceduzic ase area rggeis decade Homers” Shkspereapaeem ne "rads" equivens 8 oye lob dor Pon. A ttle arts era ea asia 8 eens do “egal s- fia” de Homero ou Joys. Mars eoocooo problema de mado tem dhero, Depa deter anda neha du pops o- inde, Be srescatan: "A diced, ena, m0 ch ste ct competner que a arte © epics pepe elm ths a tena Sormas dtemvinete socal A dalade Conaieem gies cofinuam a seta em nm patet {6k le, elo st, con toma men a malin 7 7 “Tal indicao de Mars, naturalmente, v rere também a casos em qo a ein predsa rotunda tna preciso no: tative, Nor dois cass, & valorgio etscn nip pods et me- eamenteseparads da deduyao Wisteria. Quo of poemes ho- ‘nosh may veradanent pon pa lo 9 fam tan or do Camie, Mion o Vola, ume questo 20 ‘meama tempo histrcoial e cade, NBO ext va "mes. veparaa © independents do ondibes istrea, soils essols quo sjam adverns «uma ict vido amp repro: AogGo da realdade obj, A inleméicn social dos prest- tose condgiesexeres da eiagdo arte cates nees- saclamente uma aio deformadors sdbee as prdpcias formas es- fencils da reprecaagi, Ino vole também pate 0 cao 00 os Stamos trata Flebert estoveu uma suostica exremamente iatr= va, rlerente a0 se romance A. Elucopo Sentiment, ial TEE Bl (rane) eta tar. onto de vila entice, padecs de um tro de penpestia, re bem pesad mas Sespareer. Toda Shr oe arty deve ter ‘in very um Sune: eve formic uma lime own nh de gi en wie iy Ps era, Na‘vidn to ht ada dco, A ate, como, ago 62 mie turez, NGO importa: treo que ningéan fo mais fogs em rato de sncerdade™ Tata const, como tds at declaagses de Plubey tesemenio de um absolto respi pel verdade. Faber co- ‘actrzn com exadio a. compotiso do seu romance © sth fer em sublinhay a Deceidne ans dow ponte calmiaan- {ex Mas tert rao to dir que to se romaace ht “exces ‘verdad’? Bech exato ques pontos eines” existe pe tat ma arte? ‘Nio 6 cxalo,saluralmene, Esa confssbo Gaubectan, ‘ao inteprafmente sincera, nb 0s inierexsa sen como auto: evn flava to seu romaQce, Mas sabetodo porque el 204 revels @ sus exrdaca concepgho da realidade, de exstacia obje~ tn da soiedde, da telpd ef ale ¢nataeza, Sun concep. £0, segundo Gul os “pots culminates” esi apoas bo ate vem, portant criados pelo artsin (que pode decir crig-los ov nfo, a scu bel prazer), 6 um puro e simples precon- cio tubjedvo.ratsse e ums coneppio qe € um prezon- s cello retin de uma'obiervagfo exterior» das ma. nifetaptes da vida burgues, das formas do vida earncterscas 4a socedade burguese, uma observagio que fat abstagio {Breas motizer do desenvolvimento social © da agfo que cstas Confiuamente cxerem, Incsie sSbre a peti vids. CConsdernda tse odo aber, 2 vida aparece como um 113 aque core sempre de mancira igus, como ua isa © monétona Superticie sem arclagSes, TEmborn, de (anfo em nto, eo ‘eonoons sea Teoma por rates ensetes “impo ‘Na realdade — ¢, naturalmene, também na realiade e3- pitta — as. catitoee "improvsadas” elo preparadas por {um longo procesn. Ele nfo > acham em Hgido conse com © paciteo andamento de superficie, ¢ sto a conseghéncia de Unt evlugdo complexae deigal. Beata evelgto que ericula objeivamente a sper apaentemente lisa dagusa esera 2 fue se refee Faber. De fao, 0 alta deve lumiaar 0s potos ssenciis de tal atcolentes, mas Fiaufert fgeorre mu. pre- oneita. quando ert que elas ~~ a5 articuagies — no exit Independentemente do acta, 'AS ariulaéet natcom por obra dat les gue dterninam © desemvavimente hatsrico Ga sociedade, em decoréacn, da Selo dan fOreas motes do desenvolvimento toil. Na real dade objtva,desaparece 0 fas, subjetivo © sbstraio coatas” to ene o “normal” 0 “enormal’. Marx eatega mesto 39 crise econbmica 0 fenémeno "mais Rormal” da ezonomin expi= {alist "4 gutononia que assume — um em rlagdo so outro — rmomentot esflamena coneros e_ complementares, a cise a est violentameats, Por iss, est vevela a unde 306 mo imenios que estavam recprocament alas". 14 a cfnca borgesa da metade do Séelo XIX, inves i uma fungio apolgética,eaxerga a realidede de maneica bastante diverse, A eve Ihe aparece em forma de “eats” inverompendo “sbbltamenie"'0 andameato “normal” da too” a, Do mesmo modo, td revolugzo The aparece como aig asrico © anormal, [Nas suas opiides subjetivas © nas seus propésitos como ‘artes, Flubert © Zola nfo s80 de modo algum defensores Ap caplaismo, Mas sf fos da époce em que vieram e, or ‘isso a concepefo que ees tisham do mundo solve coostnte- 56 Gendo.se meeme corsidertls, da sua perspectiva, socalmente ‘normal: todos os alos dos homens aparecem como produtos normals do meio social, Hé, porém, outrasfOrgas etm ago, bas- {ane diversas e heterogéness, como a hereditariedade, que atus sive os peneamentas © os seatimentos dos homent, como me- festidade fatalsta, provocando catistrofes que lnterrompem © floxo normal da vido. Basta pensar na embriaguer hereditcia de Exenne Lanter, em Germinal, que provoca virias explosber ‘ecausiates bruscts que nfo (én refagto orginica algoma com © eariter de Etienne; Zola nfo, quer mesmo estabelecer tal re- Taglo, © mesino acontece em L’Argent, com a caistofe provo- ‘cada pelo filbo de Seceard, Em da parte, a agSo normal ¢ bow ‘megénea do arblente fea conapest, sem nex algam, is bris- as eatistrfes determinadas pelo faior heteditéco, toe apologtiosexereido sobre 2 co ot exciorer dle perodo. O Yerdaelo conhesimento det Tmotass do proceuo sociale 0 cllexo eral, pofundo sem preconccios agin dése prose sibre a vide huma- a, asaumem a fora de wim movimento: vm movimento q fepresenta © eaclarece & nidade orpiniea que ligt & normal dade 8 excesio, ‘A verdade do process scil 6 também a verdade dos des- tino ingividuas. Em que eos, enteanto, © de que modo, tor- noo vse! tal yerdade? & clr, nfo sOmente para eiacs para police fondada sve bases deafics, mas tame para‘ coohcinento prea do homem na soa vida cotiian, {gor eis vordade da vida v6 se pode manifesar na pri, 20 onjumto dos alos ¢agSes Go homem. As pslaras dos homens, seus pensamentos e sentinenos purtmentssubjevs,revelan- fe werdadlros ou no verdadero, sinceros ov asinceo8 gan- {eo Kinitdos, quando s©waduzem na pti, sto 6 quando ‘of alos e Fras dos homens confirmam-nos ov desmentem-0s tm prova da realidad, So # pris homana pode exprime con- 7 rote efi Jo homer, O que & (158? © que & bom? Fergontns como esis oblem reposts Unlemen ‘pratt através da prac, apenas, que o& homens adgiren i terse us par of oats ¢ se foamy dion Sst foes tomo objeto da represen irdr, A prova gue confirma {tas inporagte do carer do Bowen 0 evidence 0 act {Taco tio pod encontrar oxraexoresso sent 8 don ss, ‘des ogSes,n dn pants A poesia pila ~~ quer 2 (ela {etl Balada of lends quer a0 ae de formas ssponttseas, tals ial ade dot sls neds — parte sempre J flo ‘indumentl da importncla a press; cla sempre tepreseton ‘ guco ox 0 frctno das tengies humans na pron Gx expe- fini e dso decreas profundangalfiari. Alo ho esp dos. ees presupesosIreqUentemeaisfentctos, IngEose insects pore ¢fomem modern, et posi con {it viva, por eoleat no eno da representagGo eraamente fe to iendamenal Wa humens O nies que tom a tevido dovras apes nama con- catenstoorpnicn também 6 devisofundamentameat to fo eos nas ah vera ¢vaigadasaventurs, 4 expoo on hutmante o mesmo trabalho pico do um earter FumaND, ‘mo em Uses coms em i Bs eo Suma © ica do imperil vig scangado por uma sno, & Troms 2 tor aio ¢ print 0 fomem ree Ine dos tages rence ede mana: o que nos Tnteresa er como Ulises ov Gil Bhs Mall Taner ou D. Quote {eagem dint dos grandes acoiecments de uss Wes, com> Ceftentam os pei, como soperam of dbus, © mo oS traos qe trnam ineresanes eines ats prrone= Ida We desenotem sempre sais ampla profunameat na ‘Se nfo revelam tragos humanos essencias, se nfo expri- mem as Telagies orginias entre os homens e os acontecimen- fos, a relagbes ene os homens e o mundo exterior, a8 casas, 1s fOrgas naturais © as instnigdes soci, até mesmo as aven: tucas as extraordndrias toraam-se vazias e desttufdas de con- tefdo. B necessirio no esquecer que, na realdade, tOda cio = sinds que nfo revel trayos humanos tpicos essenciais — ‘conten rela 9 esquema abstrato (conguanto deforma oe apagado) da praris humana como um todo. Eis por que 38 7 exposigses esquemétieas do ages do aven recem ‘apenas sombros hues podem, ‘de modo transitio — certo inertse: € ‘es de cavalaia ov, em nosos dias, dos romances polcnis. A. fcdeia dstes romances pO a tu uma das rafzes mals profon- das do iatersse do homem pela literatura, que éo terse pela riquean ¢ variedade de adres, varebilidade © muliplicidade de ‘epectos da expeidacia humana. Se a Iterator aeitcn do uma poca nlp consegue encontrar a epnexdo exstenle entre a Prax fea. rigueza de desenvolvimento da vida fatima das figuras tipk- tas do tempo, o Interfase do publico te refuplo em sucedéncos abstratos ¢ esquemblcos de leratura, ate 6 precisamente'o caso da literatura da segunda me- tade do Séeulo XIX. A literatura baseads na observagio © des- crigfo elimina sempre, em medida erescente, 0 interimnbio en- tue’ prars ea vida insroe. Talvez sunea tenga havido uma p0c0 na gust, como ocorre na nosta, 20 lado da grande litera- ‘tra ofieal puulasse tanta Titeratura’de aventura vais sim- plista. E nfo nos iludamos pensande que tal iteaturaseja lida omente por “gente incalta” © que as eles se alenham 8 gron- de leratura moderna: comumente, dé-se 0 contéri, No mais des vies, 07 mrodernos elftelos 880 lidos em parte por #8080 ‘do dever &, om parte, pelo inerésse no. que coseme 40. con teddo que rete (se bem que de modo enfraquecido eatenuado) (0s problemas do tempo. Para distagto, etretanto, para dives- Ho, dovoram-se of romances poli, ‘Quando trabalhava em Madame Bovary, Flaubert lamen- tou em viris ocasibes que do seu liv eativesso ausente 0 ele- mento divertinento. Lameatos semelhantes acham-se em muitos os etertores moderns notévels: les consatam que os gran- ‘dos romuaces do pasado uaiam a reprsentagSo de sbres hi- ‘tanos ricos de significado as tenses divertimentos, 20 passo ‘Que na arte moderna entrami em cena 2 monotonia © 6 sberec- ‘mento, Esta suagio paradoxal nfo € de modo algumn 0 e(lto de uma falta de dotes ltertrios nos esritores da nossa epoca, ‘que produait um némero consierdvel de esrtores dotados de ‘acomnum talealg, A monotonia e 0 t6dlo decorrem dns padrSes, da eringfo arta e da conepgto do mundo sdotada pelos e&- 9 Zot conden co “stat o emt” de een tos excepionis por Stendhal ¢ Balzac, Ble dis, par exemglo, sbbre.0 mado como tatado amor em O Vermelho ¢ 0 Ne- {0,0 topsites “Assi, so sbandona a. verdade colina, 4 Terdade coal aqua! nos checames, 0 0. prcéogo Stendhal asa 20 frrno do extraordindi, tal como 0 narrator Aletan- Ure Damas, Do porto do vista dn exatdio, da veraidade, Juen fo causa tanta srprésa quanlo dAttagnan”. No seu enaaio tSbre a alividade lerdia dos Goncout, ‘Paul Bourget formula muito clsramenic 0. nOw principio de ‘omporigior "0 drama 6 1gi0, come indie etimGog, ago no € mois wma boa expresso dos costumes. O que é sgt ‘ieatvo em um hemem nfo & agulo que Sle fez eum me Iento de erie agudae apalzoneds, o sim of sts bile ct ‘hanos, os quai nfo denotam uma crise, mas um estado” ‘Aqui, © sdmente ag & que ae forma inicirameate com rennet aime etadavoesta lube Indlodo be composi. Plauben conind vida em geal com ii estilo do butts mea a pionotio plas Suvi, sae petpisn ts soi pore a dell pot so Strum pcan, io dea 0 delormar subjvamene 0 ralexo Iertio Tinpedindo-o de sr tio amplo o como pode Flaubert foe durante Oda tua a para fompero sten mégico dos peconeton sams da be FSsidade social, Mas ie no lath conta os preconceios mex- toes e, como os considera como Taos objctives tos cuando Se poe opor, sa lua éigiea evi, Blea empreende ice Santemente¢ do medo mls apalzonady conta 0 ten, a bal cz a repugnincia dos temas Durgeses com qUe #0 O=ups sua alengdo de scion, A cada ver que trabalha eon umn To trance burps, jrn que no wold mals ase ocupar Je ma~ {erie wh Todava, sb enconra sida ra fupa em um exaima de fantasia; camitho ‘que Iva 3 descoberia da verdadera {numa ponia‘da vido The barado psfos seus presence "A intima poesia dn vide 6 9 poa dos homens que hi tam, 3 poesia des reloges intesumanes, das, experiénes ¢ ‘ges reat dos homes. Som essa flim’ poesia io. pode ha: Ver epoptinautéaics, no pode set claborada nenhuma com pesito lca apla a esperar inlets hupanas 2 (orale. fos © avviios A epopeh — e, nalurimente, também a arte oo a do romance — consiste no descobrinento dos tsos suas © ‘Mpleaties da pri soc. Q homom que ver ma epopéa 8 ‘Xbrnioagem dso pros soi A ale do pocta pio reade rts na jst aatibuigdo doe pesos, rn ace0ungSo Trropriads do tsar, A soy agfo € ano mals geal em Topas quanto mats Et elemento tsicncl — homem © a Zit pac socal" aparee, nfo na forma de ym vebuscdo prods attic! vost, mes tomo algo que TESon © Free naturaimente, quer dae, como algo que no € aver: {ado e sim, apenas, desabet. or tivo o remanesta e dramaurgo senso Oto Ludvig (cuje obra de rato, € tatante problemen, em feu sue i Wier Site Bese eg 9 tri a ves persoagers preeom ft coisa plocal © 0 ‘movimento'dos Sconteeientor serv apenas para inroduzi” ox fornonages como fas em am jogo naarlente sacae; no. Frome tpos que is em mm cena apens part thder 2 stant; S'movinento. © tno € que o ator fora interessante rll. que prec ser tornado, caguani oqo interesante a io fete wm i Oe ‘hago cone sempre 0 ™ = SeanEmcnto por marsilso. qo set "no R08 ne SSaued& Tonga proto tanto como os homens sos quls oe ai ames com a Convéacs"- ‘A extenaio da deeiSe ua pasagem 2 método dominan- te ca composts pet, €fendmeno que oeore num perodo fin que se pevde, por tolivor socks senabiiade para ot ‘tomo erential da eatutca ple. A dscigfo 6 0m se edinco Hedro destnado 2 encobrir a carne do gles: so epee. ‘nds sou, enretets, camo se & sempre na gnese de wat formes deloges, prevatece © prineipo da ago © fhe lo-'O predominio de detigo nio € apenas ef, mas tame i se forma cases exuse ow afastamento ainda maloe da Hisraura em rloo 0 glad épien. A tania da prosa do fapiaimo sobre a fatima poesia da cxperisel emane, 2 Slshoae eta sci, Teairamento do nivel do humaai- ‘indo ado alos ebjetvos que acompanham.desenvalvineato Go capalima ¢ dase desemvalimento decone,necessame {© 0 ttogo dsc, Une Yer consiflo te mélodo, © a aplicado por esstires notiveis (a seu modo, costeates), fe repercute, de ricochts, sbbre 0 zellexo Ikerdo de reaidads. Podtico da vide social decal — a lieratara eubliaha © wv \ A naragio ditinge © ordena. A doseigo alvela tas cabs. ‘Gove exige du posi Epica qu ea tae tdos 08 acon teclmentos como defiivamens jf trtscorios, em opoigfo ‘Pcontemporaneiade du acSo dramétca. Com iso, Goethe de- fige de mancirajosia a dferenpa entre © silo éico © 0 esto ‘rauico. O drama se ston a prior em wm nivel de abstagto ‘wstane mas leado do que 4 epopsia.© drama tem sempre ‘o-seu centro em um confit, © wido que ao se rein diela ou Tatas. A riquea de um dranaturg camo Shnkzspeate.derta de uma sca'e dversiieada concepeso Uo prio coufo, Mss a tadémn para exluio de fodos ot ParGealares gus 1nfo te refram 20 conn, » venfode 6 que ah dertga subtanil elma entre’ Shakespeare cs irr sto de que oon tds el opcetndn na fon test tga, © cto gue sce um pometor€ ou Erinn, € 09 wo © een pttn "por oct tals “arta pen do goo somes leona een fonheer come encie mcm coe (one ae, Dano deste concapefo mae amps eet do enti to- Avia a sslegdo der ogre gosto so et ‘menos grave aqui do que 0 & no dra _, Sdmente no final 6 que 2 toriuosidade dos caminhos da vida se simplifice. 86 2 praxis humana pode indicat quais te ham sido, no conjunto dar dsposigaes de wm carter iumano, ‘5 qualidades importantes deelsivas, $6 © conlalo com a pro xs, 36 a complexa concatenagdo das palades e das varladas a ‘quando se chega 20 fina. 2 a préptia vida que tem sealizado a selepio dos momentos essenciais do homem no mundo, quet fubjetiva, quer objevamente. O exeritor épico que narra uma fexperiéncia humana em um acoatecimeato, ou ‘desenvolve ratrapto de Uma séro do scontecimenios dotados 30 signifies: fo humana, ¢ 0 faz retrospectivamente, dotando a perspect- 2 aleangada no final déles,torna clara © compreensivel ps Oleitor a selgto do essencal que {4 foi operada pela vida mes- ‘ma, © obsorvador que, por Stsra das coisas, & 20 contro, ontemportinco da agf0, precisa. perder-se no ‘intrincado dos partculares, e tis partictares aparecem como equivalents, pois 4 vids no's hlerarquizou através da pra, O carder “pas- sado” da epopéie, portanto, ¢ um meio de composizio fuada- mental, preserto pela propria reaidade 20 trabalho de artcula- fo © ordenamento da mutéria. B verdade que 0 Ieior, a0 ler, desconbeee 0 final. Aos seus olor, na letra, oferece-e uma quaatidede de Pormeno- ‘es particulaidades cujasigaiicagso © importncia nem sem- pre tle pode avaliar, dele logo. Sto elemenlos que Ihe suscl- lam pressentimentas que o eso uleror da narragio podert confirmar ou dsspar. Mat 0 leilor € guiado pelo autor através a varindade © mutiplicidade de aspectos do entecho, © 0 a0- tor, na sun onlscgncia, conhece o significado expecal de cada particoleridade, por menor que sea, sua fgsplo & soluefo dei- atv, sun eonexio com o desenvolvimento conclsivo dos ca- racleres, e +6 The fnteressam as particularidades que podem ser- ‘i para a realzagfo da trama e para o desdobramento de aio to sentido de suas conclusies finais. A onlseineia do autor dé feguranga ao Tellor e permite que Este se instal famiarmente ‘no mundo da. possia. Mesmo no stbendo antecipadamente 0 que acontecers © Jeitor pode pressetir cam suficente acuidade ‘ caminho para 0 qual iendem ot accnlecimentas em decorrEn- tia da légien Interna © da neoesidade Interior exstente no de- envolvimenio dos personagens. De fata, 0 leltor nfo sabe tudo ‘a respeito da apSo, seu andatpento, a sespeito da evolugho 2 eee 6 | contad, sabe mais do que 6s préptios personages. No exo da narragfo, ¢ na medida em que os seus mo- amcnng estes vio senda rveladns, 6 verdade que at pare Aialdadessssomem uma nova luz. Quando Tals, por exem- plo, nf novela Depots do Bul, fla do pai da mulher amada pelo protagonist principal da histriaatebul 20 veo” um fomorene esprit de sbegggo pla fa, o eltor seme © fase tin da arrgio sem eoplatche ta sigieago. 8 depot ai rarcoio oo eanigo milo, em que 0 nemo pal amocero parece investdo. das funges de carasco impledowo, € que {ens se desvenda completamente. A grandcea da art Eien de Toluol consiste precsomente no fato de que dle tbe mentee a unidade natenefo © no 6 0 velo oficial aparega Asse logo como um’ mero “produto” besa do Yarismo, mos {rando, a0 contri, de que Modo 0 terse "beast 4m mem bom, sbnegado, capa de altro cm sua vida prvada, Ge que med éste homem chegtu ns fase 0 excel Pasivo (@ mE relwo) de agies esis. Torna caro que 1008 0s mati tas x uaness do bile x6 podiam Sr seeconadas © ‘esr patti do ponte de vst alenngedo com «eens da pO. ff. O obserador *contemporineo”, que no narasse 0 balls Fetrospectvamentc, a pare daquele posto. de vista alangad esa Wto oder oceshamenta Paticuaridads bem diversas, mai eupericiais menos esen~ Hist Boswasneces ee oe eer See ee Sera eee ae re ia is orate a Goes ion Ste ore Eee “ d, ‘6 assim a8 figuras do romance adguirem contrnos ca: 108 edefinidos, sem todavia perdarem a capcidade de 0 rans Ive. 86 asses a teaasormarfo dos peronagens realize sempre de mancica a faabos sleaagar um eniguecimeno, hie ‘ano, de modo a fazer com qe seus conlornos encerem Uma ‘ida mas intense. preocupasio central da tera de um r0- * tance & aguela gut nos leva‘@ una espera imptiene da evo Ida dos personages com que noe familarizamoy, ume = ete do tho ou do fraeasso es. por ls. que na grande arto pica 0 fim até pode see antecpado desde'© principio. Basia pensar nos exGrdioe dos oemas honéticos que reaumem com brevidade’ 0 coteido a conclusfo da narasso. ‘Como se explica, eno, que a tenséo contines 2 sina? sem divide, na cidade atten Jo ‘er como o posta s© desincumbie da terela preffada, Con- iste so sim, naguel euroidade bem humana do sabes vas devel tomar Ulisse e que obsliculs deverd.sinda superar para chegar aa meta que conhecrmos. Também na novela de Tolso hd pouco refed © Jellar sabe com ante- stages Estes, imdvels,descrevemse etados de ma dos hemens ot “6 cotdos de fto di oie, Dstrevemve etdos de eto ot one tom go dpenera em ca sia forma a epcsznaso deena em esos ose pe de 0 prisciio natural da seegso tien Un dlp estado de Stim om sf mesmo —se nlp dado sof eens drum omen yt important owievante como guaquet outro. E ein equbleni rndn msn goando = at dk eco, Em ma nararo € pic que a fle apenas ague= it pects d uma el que S50 impovaiespou a nopor ‘cea casa ssome no no Hurano conert em gue figste Toe ON ge aoe pest cr mcm ta iad de qu Tides Se 0 Srotor ques Imi s dexrever alo eva ahicvando tem a ambleo de feprsnie go mos compl & frosnen obj de cab Ji camnior he exp oo eae {Wow emunla dete a qaluerprinpi tno 3 fo tao oe So 3 expt em pales em née Sno de qualidade 3) ov, ono pefcenes son species ini epontneamenteAdapiadn & Tern, orem ma a revi da coh : ( De qaler mol, o flo de sf poke a Heko (pra dn ego) aie Solas stale fu lt Samat “Soertracomesinente hunater Tope s peda ‘Scio aon dar con. Ae cote e pdm bg ut ig ‘i dy ncn nie a Tin gute amr condor cachet A fa pb. to. do tmund Com hs,ao e pue ta ui Eno ama ua ‘endate igegte pet, snd (od we ime ca a eteeiie El dgieao, pols o bur beowe oe 9 cia ‘Ses camforato em nto, Da dso coment gu ox obs eens do ne urs dean, gor needs, ar of mts formal, Mas a peta da dneagto colt po con acquit Uo odzpament i sto eh, aioe fis eo ‘ivelamontoSndlerenciado © nem & trarsformacso do relexo {a woe om mies mora. A re As homtn e objacs de nn conta ex A's, apelin’ de Ou Sls tasbo dia cola deplore fe slot, io ‘Eetoege ome orsnaco nevis raven. Tl cone “6 Le step gt mtn dei pr ra Sri er St cetera ESS SS ne ee ce usc aes Ses = salen eB NE Bae ‘apagads, que dilui téda significagéo humans En Set Se Pee Pn te se lisa um representants tipico dessa descrico por esbogos: Adal- tegen ae pa a Soa DE Re We SERS a ae eer ens ems mer oe rie ES et a octet ta Lee” rm Ee is Se ea ce Saat ek Ge cite ee SE Sra oe Se ae ce as eee shat eel creme srs mnt Sone cide rey ee ee SE ee ace Tae ee ot ST Te ee ee rc Tam oe a toe Sabre oe are Lees a ae eee BIBS Sha beceehe eeleneae SES ers ig) Seale Hebbel income anal, gone, © our -perifo funda- mols Cie Sea ca a ‘cularidades se tornem hcrrorod ‘Goma pended edad Sevens Seana one Pe Ree moctunrien a eene Soon SVeeorneew ie ee Ferg Can it vv ee poe {istice com © conjuato da’ composi. A. falsa €ontefppdranci- dade, 5 mele deseo oe mans, si, Na, dein- ide ence ta ate eet neater in na arte ¢ na vida, pde a nu rocesso, wibsttando- SRLS ee o lav tora soborama sly fora da (38 a frase ‘si dor stu limits 6 ebseurcee solo da igha, & pling ‘lg vide ds etpemas do cnjon—~ 0 sonata nao ils um conju Esa imagem, emcant, Yl apenas po tsa dendenfes, A vveiade, a vibragbo «a ruber, {hides oefopam cn catrutras enorer, no past que 0 elo fea pobre se va. © conjuto to € mas vivo, & um com. junto compost, scl, im afta” "A sutonis dor pormenores tem cies bastante diver sos, bem que igalmcate dlrs, sds roprsenagho a Nivéaci dos aeoneciment pelos homens, Os eztres toes. Tonga por deere do Yaodo mals compl, hai piace © ta pilreeo pose, a paulardndes. oa al, Tngrando Ertpronal preg arts no seu bathe, Mas desrcto sin toe ne ae fam 3 ert a8 ronecmenos i e90- inca 'dos peronagsns. Eno s6 ab oa so devel ade Tenntemente det expeiénle humanasyaeumia Om spc Treodo tdnono qe noo Ths bers foun do Tomanes, ‘conn tambemn © modo. pelo qual sf dexas condor a ume cspeta comleiamene deen daguelh da ages los posonae fem Quanto mt op erento adefem a aaarsmm. aio ais se esoveam por representa anes homens 4 {Mihindotnssbrete es snifentoge pala da rea hl coiling sip de modo Sue b cone Stor tos ver nie sete” No dlgh 0 fst cncontta &'2 from ch © frida do dia dia a wile bulguesa; na esr, Eo virwosino de wos arterelimads ede Wort, dsc 0" a ee oe ene na com os obs deseo Ee E, quando se inst uma relagto a Base ds desrigio, o sexo ht ma rae ae el ater Crcrendo do ponto de vita da pcos fos seus pesonagens ‘mplcmnte fo alo de ea € gest ‘presemagto de Ino consegiente (8 25 ora de um rome it a ca Fou ma 0 por ui subeivamo extremo) geo de velacto cer- {ea gulqierprsibiidage eae obfr Ua compesiio ant tes. © ponte de obstrvagio do auf se dstocn condmomnate {cum lagu para utr @ ta varonfopefmancnte de pees: {gra um fetal de fogoe Tatas” O or pede a= im t oe lacia © a oniscitacia que distingsem © aniigo narrador, O ‘tor #¢ pe intenelonalmente no nivel dos seus personagtns. Passa a saber da stuagdo déstes apenas aquilo que tls. mes- tmos vio sabendo a cada posto, A falsa comemporanedade do rétodo desi trensforma o romance cm um rullante cacs ‘aleidosebpleo. B assim que desoparecem, 90. estilo deseo, s8dns as conendet épicas, Sdbre coisas "inanimadss, felchizadas, pet fossa hallo sem vida de um fugaz estado de Animo. A cone- ‘Ho épicg alo consile nz mera sucesso dos divers momen 5: ngo basa para que se erie tal conexto que os quadros des- cits se dispotam em uma sie temporal. Na vetdadera are saeraiva, aétle temporal dos scopieeimentas ¢ recdada ats ticamente-¢ tornada sensvel por meios bastante complesos. E © proprio escilor que, na sun narragdo precisa mover-te com 4 melor desenveltare Entre patsado e present, para que 0 lel= tor possa ter urea pereeps8o clara do'aulénlico encedeamento os acontecienios épitos, do mado pelo qual éses aconiei- imentos derivam uns dos culos, Sdmente pelo Ingo dBste fneadeamento © desta derivaeSo, o lelor pode reviver a verda- Geir suceeso temporal.» dintmiea Mtéria dels. Pene-s0 na uple narragao de cortida Be cayales por Toll em Ana Ka- Fenn € wa arte com quo o mesmo Toltol conta,em Reswrel. ‘loos antecedentes da ligaglo entre Nechludoy § Maslov, em Fragmentag destcados & guctsivas, 9 ada vee gue 0 vslarcel- ‘mento de algums coisa do pastado impliquc Je mates ime. iat em um avango real na ef30. ‘A dtsrigéo rbsixa os homens a9 nivel dd coil inani- ‘mada. Perde-se vela 0 fundamento da composigho pea: 0 ¢s- frie gue segue © método deserve compos & asp Yo movi. rmento das cosas. 36 vos como Zola repessenth 0 sfodo pelo qual um escrito deve tratar um toma. O verdadSiro dentro dos, ‘seus romapees 6 ym complexo de cosas: o dihsiro} smi Cie. Tal mélodo de composigia tem como cleo 0 lorbr 9 ‘livros deteminados specton objetivos do cohpledo de co 43) em pais indsiualeades deatro do roman, Vihos como tm Nand o tera vem deseo: em um capi vata da ple {ix em out, visto dos taatdors, A vida dos homes, © 8% fin doe protagonists constuem apenes um the fo, nezes- sro por Tar Gal guns, ob "A est flea objavidds coresponde uma sbjctiade igen tee. D0 pont. ce ven’ ontsio pea, em pincipn dsc da compro a im: pict sso dor sontemento Soma wir 20 Mac gc ers ema: com base em wma ubvdade olde, mente consis, de um permongem ene SPeDs 2 tema, A saceio & inpreicy tubes € to poco se Slat pra lorcet a coment gyca camo’ siel0 decom ozo cots fehimdas (ends que ts fenestra Uo cons em snboln). ‘Em amos er eae, tomes sempre quads que s colo com ons ao ado ois, er Gu se tool ladon, So fontor de vist ats, tal como or gexdron de um musa. ‘ acham cm feos mits, sone ns, on comm es otros,qando Os bones no #0 sobme- {ion rova da fea gh, to aa eompeniin ei fee sbandoaudo ag ano ens. Neshome paolo, por mais refinada que seja, ¢ nenhuma so¥inlogia, por mais preten- Ge preodanle que apesente pose taste Gets ‘ve Cot uma seni coneaa Ep © niivelamento determinada pelo inétado descritivo faz com ‘ue for rommerstidp som om tari spice. Ns Sica moan ae com suelo tape me 3 entgundye complcador com gs quit os vos roman: ccistas des ae os seus entedos 3 intfatan a Os seus: fsonagens Hgts insane Ctr Gos aout {eters comfosy ice: Scr Lets compar,» popes, ® iodo de compositto de Dickensie 0 Me Dor Pasar; "0 op clas, oh tn, ra tmae ance wom cad ‘ars Porm mafoda vanes 0 senor Tons fh oo wajorextaments na mesma gata quo. getor Eh it pars qe cepa ecorteralgyna cis 8 dlor towo ou de deri, Em ffortron Trtter, os penoeaget func sc encom ou, quando ais, 9 sicono scone modo mais natural Go unde ‘© “modo mals natura} do mado” & aqui, arecisamente aque plo 0 al or homens nfo esabelecn rap ete ‘les, ou 86 estabelecem relagées do tipo filgaz superficial, que 7 vy sparecta de improviso ¢ de improvise desaparecem. O destino pessoal dos homens perde o intetEsse, por nfo cheparmos a co- Secs reinet; ot homes nf paicpam avanti de ‘9H, apenas panelam, agitados por pensamentos diversas, xobre © funda objetivo das’ deserigdes que, conaluem @. romance. ‘Iso tudo €, sem divids, muito “natural”. Pocém @ ques io ba de se saber 0 que é que tesuite dio pare «arte da nat- taglo, considerada em euss Tinalidades. Dos Passos possi um falento incomum o Siacnic Lewis € tm excitot notivel. Por KSso mesmo, assume grande fatecése a afirmagto de Lewis 3 propésito dos personagens de Dickens © doe personagens de Dot Paseos: "certo que Dos Passos jamais erfou © jamals conse guirhcriar‘personagentduradouros como Pickwick, Oliver, Sicawher, Naney, Davide sue Ua, Nicholas, Sake © pelo me: ‘nos uns ouros quarenta™, Ena 6 uma confissio precise, que revela extraordinéria sinceridade, B, ve Sinclar Lovls tent razio (c, com (Oda oo teza, lea tem), qual € afinal 0 valor anstice da “modo mais natural do mundo” de ligne os pereonagens? v Ba vida profunda ds cos? A poesia das coisas? A ver- dade potica deses detcrises? Objegoes semelhantes a estes deat impesslonse os edmiradores do método tats, ara respobder aca, ainda oma Vex nos fepbraremor 20s fproblemas fondamentais da arte epics. O-que & abe toraa pot tias at coisas tn poesia épes? Serf exp gue # > desto ‘Renicarente perfil, derenvalvida com © méxino vitossmo, de todos os pormenores do teat, do mareado, da lea © d¢ ‘outros ambienes, que fornece a poesie peculiar tx coiss? Pet- Initomnos que duvide. © poco © 8 orquesta, os caarias os basidores go, em al mesmes, objets Inanimpdos, sm ine terése sem pocsia. Coaliuam a sel0 ainda quando 36 thom de sires humanos e 26 com os aconlecimettos as quis te retlzam ss xperéacas da evolugio dts homens 6.qus Bet Saiguirem 1 eapacidads de provocar em nés emogSes podtcas. (© teatro ea bots de valves S80 pontos nodsis no endaamento cla ana cversassopcendes humans: so eens, cafopes dt ‘ataha nos gusts se manifestam ae conredvas eagbes mie tas que vinelam os desnos humanos uns 208 otros. S6 na n

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