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TAA EN TIO PY VENT eT Sr Tit Oa De eR LL HARILAUS GEORGIUS D’PHILIPPOS XENOS Gerenciando a Manutencao Produtiva DG EDG - EDITORA DE DESENVOLVIMENTO GERENCIAL 6 Conn, 7962-10" andar 3010120 Belo Horie - Minas Gea» Bras “p03 299-188 «Fax (21) 2924085 292.25 = ema drole one nepase ww tgonbe PREFACIO. APRESENTACAO 1. Uma Vis Ls 16. Lr 18, 19. 2. A Manutengo de Equipamentos e a Gestiio pela Qualidade Total 24 22. 23, 24. 25. 26. 27, 2.8. SUMARIO i0 Geral da Manutengo de Equipamentos. Introdugao 0 2. Conceito de Manutengio .. 18 A Abrangéncia das Atividades de Manutengio semen 1D |. Os Métodos de Manutengio 22 1.4.1, Manutengio Corretiva 2B 1.4.2, Manutengdo Preventiva 1.4.3. Manutengio Preditiva 1.4.4. Melhoria dos Equipamentos.. 1.4.5. Prevengio de Manutengao 1.4.6. Qual €0 Melhor Método de Manutengio? 1.47, Manutengio Produtiva 28 [Ao FungGar de Apoio da Manote 2» ‘A Manutengio de Equipamentos e a Gestao pela Qualidade Total... 31 © Coneeito de Mamutengao Auténoma senne 34 Sistema de Gerenciamento da Manutengiio _ 36 Conelusdes ... 38 39 Introduga0. A Raziio de Ser das Empresas. Conceito de Qualidade Conceito de Produtividade Conceito cle Gestio pela Qualidade Total 2.5.1. Os Prinepios da Gesto pela Qualidade Total Conceito de Controle de Processo se 26.1. A Manutengdo de Equipamentos e o Processo Gerencial 46 A.GQT eas Atvidades de Manutengo de Equipametos 49 (© Método para Atingir Metas sl 2.8.1, Definigdo de Problema 52 2.8.2, O PDCA como Método de Controle de Processos. 92 2.8.3, Metas para Manter e Metas para Melhorar 53 ‘h-4 Como Desenvolver im Sistema de‘Tratamento de Fathas 2.9. 0 Gereneiamento da Rotina do Trabalho do Dis-a-Dia..csnennenn 61 2.10, Qualidade nas Atividades de Manutengib..... sn 2.10.1. Como Monitorar os Resultados da Manutengio? ».. 65 2.11. O Ciclo PDCA da Manutengito de Equipamentos 66 Entendendo Como Ocorrem as Falhas nos Equipamentos.... 3.1 Introdugio 3.2, Definigao de Fulha 3.3, Por Que Ocorrem as Falhas? 3.4. Os Modelos de Falhas ' 3.5. Vocé Actedita na Curva da Banheira? 3.6. As Causas Fundamentais das Falhas 3.6.1. Lubsificagio Inadequada 3.6.2. Operagiio Incorreta . . 3.63. Sujeira, Objetos Estranhos e Condigdes Ambienta Desfavorsveis, o 15 3.6.4. Folgas 16 3.7 Conceito de Falha Potencial 1 4.1. Introdugio 79 4.2.0 Circulo Vicioso das Falhas. 80, 4.3, Rompendo o Circulo Vicioso das Falhas 83 43.1. 0 Sistema de Tratamento de Falhas 84. 44, Conclusies 127 5. Agdes Preventivas: Como Atuar Antes Que as Falhas Ocorram 133 S.A Tntrodugio soon 133) 5.2. Os Prinefpios da Prevengiio de Falhas seemnneneninee 134: 5.2.1. Coneeito de Manutengio Preventiva ......snmnemnnennenes 13S 5.2.2. Ag&es Preventivas Baseadas no Tempo ... 138 5.2.3, Agdes Preventivas Baseadas na Condigio sennnne 143 5.3. Temos Agées Preventivas, Mas as Falhas Nao Diminuemt... son AB 5.3.1, AS Agdes Preventivas ¢ 0 Chii0-de-Fabti¢a snsnsnnnnnens 49 5.3.2. Inspegtes Sensitivas So Insuficiemtes.. . ISI 5.4. Tornando as Agdes Preventivas Mais Eficazes. 153 5.4.1. Como Selecionar as Agées Preventivas 1 153 5.4.2, Como Ajustar a Pevidicidade das Agoes Preventivas 157 5.5. Os Fundamentos da Prevengiio da Manutenga0 «0.0 160 5.5.1. Conceito de Custo do Ciclo de Vida ene 160. 5.52, A strtrago da Prevengio de Manutengi0 2 165 7 2 169 6. Planejamento ¢ Padronizagio das Agies Preventivas 17 6.1. Introdugio a seo TTL 6.2. Planejamento da Manutengio iA mm 6.2.1, Como Elaborar Planos de Manutenglo «0m m 6.2.2. Ajustando a Frequéncia das Agées Preventivas 173 £23 Gnandoo Ciclo PDCA ds Ages Preventives de Manutengé «177 6.3, Padvonizagio da Manutengio .. 183 13:1, Tipos de PadrBes de Manuteng0 188 6.3.2. Os Padrdes Técnicos da Manutengio ns 188 6.3.3. Revisio dos Padres Téenicos da Manutengi0 wn 198 6.3.4. Como Garantir 0 Cumprimento dos Padres Téenicos da Manutengao. 6.3.5 Como Promover& Padronizagio da Manutengi 6.4, ConelUsa0 205 7. Como Melhorar a Ut izagio dos Recursos da Manutengio.. 7.1. Introdugio sn 205 72. Dimensionamento & Organizagao do Pessoal de Manuteng soo 207 7.2.1. As Responsabilidades pelas Atividades de Gerenciamento 209 7.2.2. As Responsabilidades pelas Atividades de Bxecuciio 212 7.3, Gerenciamento do Estoque de Pegas de Reposigi0 wane nen dh 7.3.1. Métodos de Gerenciamento de Materiais.. 216 7.3.2. Algumas Consideragdes sobre o Armazenamento das Pegas de Reposici0 Harkin BIB 14, Gerenciamento do Orgamento da Manutengio acide DAD 7.4.1. Custos da Mamutengl0 0. 220 742. A Elaboragio do Orgamento Anual da Manvteng 1220 7.4.3. Controle e Revisio do Orgamento da Manutengio sn 228 7.4.4. Como Reduzir os Custos de Manuteng30, nn 229 8, Manutengéo Auténoma: Como Envolver os Operadores nas ‘Atividades de Manutengio .. 8.1. Introducio 8.2 A Evolugio da Prética da Manutengto pelos Operadores 8.3. Os Principios da Pratica da Mamutencao pelos Operadores. 8,3.1, Conceito de Manutengo AwtOnoma 8.4. 0 Tridingulo da Manutengao Fficiente 8.4.1. A Cooperagii entre a Manutengao ¢ a Producto 8.5. O Mau Entendimento da Manutengao Autéaoma 86. A Divisio de Trabalho entre os Departamentos de Manutengo de Producé 86.1. As Atividades Basicas da Manutengo AutGnoma 8.6.2. O Papel dos Operadores na Manutengio AutGnoma 8.6.3. O Papel das Equipes de Manutengiio na Manutengio AULOMOME eer 87. Treinamento dos Operadores para a Prtca da Manutengao Auténoma 8.7.1. Desenvolvimento das Habilidades dos Operadores 8.7.2. Como Conduzir 0 Treinamento dos Operadores. 8.8, Padronizagdo da Manutengdo Autonoma 8.8.1. Como Aumentar a Produtividade das Tarefas de Manutengo Auténoma 8.9. A Manutengio Aut6noma na Pritica 8.10. As Flapas de Preparagao para Implantago da Manutengo ‘Auténoma, - 8.1. As Btapas de Implantagdo da Manutenedo Autonoma 8.11.1, Etapa 1 - Fazer a Limpeza Inicial.. 8.11.2, Etapa 2 - Identificar as Causas da Estabelecer Contramedida 8.113. Etapa 3 - Padronizar as Atividades de Manuteng’o ‘Auténoma, 8.11.4. Btapad - Desenvolver Habilidades de Inspegdo Geral dos Equipament0s wn 8,115. Eta 5 -Promover a Inspegao dos Equipamentos 8.11.6, Etapa 6 - Organizar e Gerenciar 0 Local de Trabalho 8.117. Bupa 7 - Consol aImpanagio da Manatesio ‘Autonoma... 8.1, Avliando Implant de Manteno ‘Auténoma.. 8.13. Conclusto. _ ‘Anomalias € 237 237 240 240 242 244 245 247 250 252 253 0253 254 255 10239 260 264 265 266 266 268 9, Edueacio e Treinamento. 281 941, IntrodUgdO sone : : 281 9.2. A Manutengo como Servigo 282 9.3. O Desenvolvimento de Habilidades de Manutenca0 283 9.3.1. Como Desenvolver Habilidades Técnicas e Geren 284 9.3.2. Como Conduzir 0 Treinamento : 285 9.4, Conelusi.. : eee os], Anexo A As Ferramentas da Qualidade no Gerenciamento da Manutengio. A.L. Introdugao .. 289 Anexo B ‘Taxa de Falhas, Taxa de Utilizagao e Disponibilidade dos Equipamentos B.L. Introdugo 291 Anexo C Aplicaciio dos Prineipios do SS em Areas de Manutengio .. C.A. Introdugao... 295 C2. 058 ea Manutencdo Auténoma 295 C.3. Como Potencializar os Resultados do 58 na Manutengio ... Prefacio ‘A Fundagio de Desenvolvimento Gerencial - FDG foi insttuida em 24 de outubro de 1997, tendo como instituidores iniciais nove grupos empresarias: BRASMOTORS.A. CIA. ACOS ESPECIAIS ITABIRA - ACESITA CIA, ULTRAGAZS.A. COMPANHIA BRASILEIRA DE ALUMINIO (GRUPO VOTORANTIM) COMPANHIA CERVEJARIA BRAHMA COMPANHIA SIDERURGICA BELGO MINEIRA GERDAUS.A. SADIA CONCORDIA S.A. INDUSTRIA E COMERCIO USINAS SIDERURGICAS DE MINAS GERAIS S.A. - USIMINAS AFDG é uma instinsiio de direito privado, sem fins lucrativos, auto-sustentivel, estinada ao desenvolvimento e difusdo de métodosetécnicas de gerenciamento volta- dos obtengtio de resultados nas organizayées humanas. AFDG possui uma equipe de cerea de 160 consuiltores, além de staffadministra- tivo eescrit6rios regionais localizados em Sao Paulo, Porto Alegre, Curitiba, Rio de Janeiro e Salvador, Dentro dos seus objetivos estatutirios, a FDG criou a EDG - Editora de Desen- volvimento Gerencial para concretizar o esforgo da Fundagio na publicago de material bibliogrfico para dar sustentago aos seus cursos ¢ outras modalidades de {reinamento e também para apoiar as empresas vinculadas na busca da melhoria da ‘qualidade e aumento da produtividade. Nesta perspectiva, langa o livro “Gerenciando a “Maanutengo Produtiva’, de autoriado Eng® Harilaus Georgius D’Philippos Xenos, MSc, Instrutor e Consultor da FDG, que possui grande experiéneia na matcria, ‘Ong’ Ichiro Miyauchi, principal especialista c conselheito da JUSE, sempre se referiu'ao tema “manutengo” nas varias visitas de aconselhamento que nos fez, como sendo a “Ilha do'Tesouro”, dado ao fato de os equipamentos representarem umaenor- ‘me fonte de aumento da produtividade, prineipalmente nas empresas brasileiras. [Nossa Organizago fez vultosoinvestimento na srea ce manutensio. Foi const tufdo um grupo de estuls com a pasticipago de seis consultores, sob acoordenagio do Eng" Harilaus, para verificar as oportunidades de atuago ¢ também as formas de bordagem para implant o gerenciamento da manutengio nas nossas empresas. Nes- tatarefa, os consultores, durante tes anos, estudaram os problemas da srea e ganba- ram grande vivéncia de como enfrenté-los. Este grupo contou com aconsultoriade um especialistajaponés, Eng” Akio Shiwaku, através da parceria coma JODC - Japan (Overseas Development Corporation, durante dois anos, Assim sendo, temos hoje grande competéncia para ajudar as empresas na busca do aumento da produtividade através de um melhordesempenbo dos seus equipamentes. Como um elemento a mais para ajudar as nossas empresas, o Eng® Harilaus langou mio dos seus conhecimentos prévios sobre o assunto e também das consatagéesadvindas dos trabalhoscondizidos pelo grapo de estudes para produzir blivroque ora langamos. Trata-se de umtexto ddtico, profunde, desenvolvido com todo rigor metodol6zico, embutidono sistema gerencal adotado pela FDG ecaleado rmexpeténcia acumlada polo Autor Buma grande eontibuigao do Eng” Hariausao tema que, sem vida, ré judar as nossasemprests a atingir melhores resultadosem suas aividades. Belo Horizonte, outubro de 1998, Eng” José Martins de Godoy, Dr. Eng* Presidente-Executivoda FDG Anresentacao Tradicionalmente, as atividades de manutengao eram consideradas como um. mal necessério por virias pessoas em diferentes empresas. Mais recentemente, esta atitude em relagio a manutengao comegou a mudar e hoje ela jé reconhecida ‘como uma fungi estratégica. Os principais agentes e oportunidades que propiciaram ‘esta mudanga de imagem foram: a maior preocupagio com a qualidade e produtivida- de, a énfase cada vez maior nos assuntos relacionados & seguranga, as crescentes preocupagGes ambientais, o envelhecimento dos equipamentos ¢ instalagdes, a neces- sidade de reduzircustos € as exigéncias geradas pela aplicagdo de normas reguladoras. Esta nova situago impoe alguns desafios ¢ exige o desenvolvimento a aplicago de novos sistemas de gerenciamento da manutengo, Além disso, as fibricas estdo se tormando cada vez, mais automatizadas ¢ ‘complexas. Os volumes de producio e as exigéncias por maior qualidade sio hoje bem maiores que hé algumas décadas. Por isso, até mesmo as pequenas interrup- ‘Goes da produgao podem causar grandes prejufzos, Estes desafios industrixis culo- caram 4 manutengao em evidéncia. A manutenglo é indispensavel & produgio ¢ pode ser considerada como a base de toda atividade industrial. As empresas brasileiras so verdadeirasillhas do tesouro, onde ainda existem muitas riquezas a serem exploradas. Certamente, a manutengdo de equipamentos poderd ajudar a desenterrar estes tesouros abandonados, aumentando a disponibi- lidade dos equipamentos e contribuindo para a melhoria de nossa qualidade ¢ produtividade. Isto pode ser constatado ao visitarmos 0 chio-de-fabrica de deze- nas de indistrias, nas mais diversas reas de atuagdo: alimentos, bebidas, quimica, mineragao e siderurgia. Em muitas destas indistrias, ainda nio se percebeu o quanto € possivel ganhar em qualidade e produtividade somente melhorando a manuten- ‘¢d0 dos equipamentos. Em algumas indtistrias, pode-se considerar que o nivel da manutengao de equi- pamentos e instalagdes esta relativamente satisfatério, Muitas empresas brasileiras que jé tomaram o caminho rumo a nova era industrial, através da modemnizagao da produgio e da implantago da Gestdo pela Qualidade Total, reconheceram 0 papel fundamental da manutengdo ¢ estio trabalhando duro para elevar o seu nivel. Mas, norestantedelase mesmo na nossa vidacotidiana, ainda enfrentamos muitos problemas relatives md conservagao de mquinas, estradas, veiculos ¢ edifi Fregilentemente, estes problemas dificultam a vida das pessoas ¢tém até causado sé- ros acidentes, Além disso, a falta de conservagio representa um enorme desperdicio de recursos para o Brasil. Na verdade, os problemas de manutencéio parecem extrapolar ‘osetor industrial e sfio encontrados em outros setores da.economia que uilizam equi- pamentos, tais como satide, agricultura, energia, transportes,telecomunicagses, servi 0s piblicos, educagiio e pesquisa cientifica, Nos ailtimos anos, 0 Brasil tom passado por profundas mudangas econdmicas, politicas¢ sociais que, aliadas a0 crescente desenvolvimento tecnol6gico,Forgaratn ‘as empresas a revolucionar seus sistemas de produgiio, Parte desta revolugao est associada aos equipamentos de produgio, para os quais tém sido estabelecidas me- las cada vez mais desafiadoras em termos de qualidade dos produtos, seus custos ¢ volumes de produgdo, Entretanto, em muitas empresas, temos notado que o desem- penho dos equipamentos ndo tem conseguido acompanhar esta revolugio por pro- bblemas de buixa confiabilidade ov por completo mau funcionamento, ‘Uma das principais razdes para esta situago € a pouca énfase que tem sido dada ao gerenciamento da manutengao. Na pritica, @ que se tem visto no dia-a-dia das empresas é lamentivel, Para citar alguns exeinples. anélise de falhas é deficiente e hi nfase excessiva em somente consertar ‘que quebrou, ou seja, o mais comum ainda € ver o pessoal da manutengao somente “removendo sintomas”, sem tempo para utilizar métodos de ansili- se de falhas + a manutengdo preventiva € mal realizada ou inexistente; + 05 relatérios de falhas dos equipamentos siio mal preenchidos e pouco ex- plorados para andlise; ‘ faltam padres de manutencZo e + oconhecimento e habilidades do pessoal da manutengiio so insuficientes. Levando em conta sta situagio, 6 natural que quase nunca se consiga reduzir as interrupgGes da produgo por falhas nos equipamentos. Na pritica, as falas hos equipamentos tendero sempre a aumentar se niio forem atacadas frontalmen- te pelo pessoal da manutengo. Tenho visto alguns exemplos disso nas empresas. Pode-se distinguir outros fatores problemiticos que parecem ter contribuido para esta situagiio desfavoravel: «Os equipamentos e sua operagio, incluindo as deficiéncias de projeto, as ccondighes desfavoraveis sob as qual a aquisicao e o fornecimento aconte- ‘com ¢, finalmente, os problemas nos servigos de assisténcia técnica a serem prestados pelo fabricante ou fornecedor; +A organizago eo gerenciamento da manutengio sio deficientes, Tradi cionalmente, as atividades de manutengZo tém sido “tocadas” ao invés de serem gerenciadas de forma eficiente. Felizmente, muitas empresas jd esto atentas para a necessidade de encarar a manutencdo mais seriamente; + Os recursos materiais, incluindo a documentago técnica, pegas de reposi- gio, ferramentas, equipamentos de medigio e recursos financeiros. Com cequipamentos importados, muitas empresas tém dificuldades na obtengo de pegas ¢ ferramental especializado, na promoglio do treinamento de pes- soal da manutengao e operagio ¢ na obtencio de documentagao técnica, tis, ‘como manuais de manutengio ¢ catdlogos de pecas; Os recursos humanos para manutengiio, suas atitudes, nivel de experi tia, conhecimente © qualidade do teeinamento. Tradicionalmente, as em presas brasileiras nio se importavam com a qualificagao de suas equipes de ‘manutengao. Esta situaglo esté sendo gradativamente methorada em algu- mas reas, Os gerentes brasileiros, em vérios tipos de indiistria © em todos os niveis hierarquicos das organizagées, devem entender claramente 0s prineipios da ma- nutengio de equipamentos, se interessar por ela e promover exaustivamente a melhoria do seu nivel. Atividades de manutengao mais cficientes nao traro bene {icios somente para o setor industrial brasileiro. Na verdade, toda a sociedade serd beneficiada por uma cultura voltada para a melhoria do nivel gerencial da manu- tengo. Esta cultura dever4 ser disseminada pelo setor industrial, pelas universida- des ¢ pelo Governo Espero que este livro traga uma contribuigdo significativa neste sentido, pro- piciando aos gerentes ¢ supervisores 0 conhecimento necessério para o aperfeigo- amento- do gerenciamento da manutengo, Espero também que os gerentes € supervisores estudem e pratiquem com entusiasmo 0s conccitos e técnicas apre- sentados aqui, para que atinjam excelentes resultados, tornando suas empresas cada vez mais produtivas ¢ competitivas. Este livro 0 resultado de mais de trés anos de estudos ¢ experiéncias sobre a melhoria do gerenciamento da manutengio, Incorpora o valioso aprendizado ad uitido em dezenas de visitas técnicas a empresas brasileiras, em companhia de especialistas japoneses. Destaco o papel fundamental que o Eng” Akio Shiwaku, da JODC (Japan Overseas Development Corporation), desempenhou neste pro- ccesso, Sua experiéncia de mais de vinte anos no gerenciamento da manutengio de ‘uma das maiores corporagées japonesas, seus ensinamentos e orientagSes técni- cas, sempre prestados com muita clareza e paciéncia, foram decisivos para a pro- dugio deste livro. Sou muito grato ao Eng? Shiwaku por sua valiosa contribuigao. Quero registrar meus agradecimentos ao Presidente Executive da Fundagio «de Desenvolvimento Gerencial, Prof. José Martins de Godoy, que incessantemen- te me apoiou ¢ incentivou na produgdo deste livro, ao Prof. Vicente Faleoni ‘Campos pelos seus valiosos comentirios e 20 Prof. Carlos Bottrel Coutinho pela ccuidadosa revisio do texto. Varios colegas, consultores do Grupo de Manutengio ‘da FDG, me auxiliaram na fase de pesquisa ¢ na elaboragdo do texto, fazendo um grande esforgo para que este livro pudesse ser conclufdo. Sou profundamente gra- to ao Eng” Daniel Candido da Costa, Eng” Rogério Silva Nacif e Eng® Newton Moreira Leal pelos comentirios, sugestdes e revisGes detalhadas, pela amizade € aprendizado. Agradego também ao intérprete do Grupo de Manutengio, Eng* ‘Yoshiaki Matsuzaka, ¢ aos varios colaboradores e colegas pelo esforgo e trabalho competente, particularmente ao Eng" Liicio Borges, Eng? Arnaldo Nogueira Neto, Luciana Carvalho ¢ Flavio Belo. Finalmence, meu agradecimento aos meus pais Marflia de Dirceu Queiroz Barbosa Xenos e Filippos Joannis Xenos pela dediéagdo, carinho e amor. Belo Horizonte, outubro de 1998 Harilaus Georgius dPhilippos Xenos ‘Consultor da Fundagao de Desenvolvimento Gerencial

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