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Sc ADMINISTRACAO ESCOLAR: ESTUDOS Licinio C. Lima | Fe rater, / ADMINISTRACAO | ESCOLAR: E =STUDOS Titulo: Administracdo Escolar: Estudos Autor: Licinio C. Lima Capa: Nor267 Editora: Porto Editora © PORTO EDITORA, LDA. — 2011 Rua da Restauracio, 365 4099-023 PORTO — PORTUGAL Reservados todos os direitos. Esta publicacao nao pode ser reproduzida, nem transmitida, no todo ou em parte, por qualquer processo electrénico, mecanico, fotocdpia, gravagao ou outros, sem prévia autorizagao escrita da Editora G Porto Editora Ruada Restauracso.365 4099-023 Porto | Portugal won portoeditorart fe (daNa Sintra de esto Ambiental cercado pele APCER com on" 2006/8NB 258, DERLEGALS2U7ES/M1 —SANSTB-S72-0-34901-5 Os prejudicados somos todos nés ‘A.cépia ilegal viola os direitos dos autores. Indice Apresentagao Capitulo 1 Administragao e autonomia das escolas 1. Introdugao: da autonomia em contextos organizacionais heteronomos 2. Da autonomia como pratica autogestionaria a gestéo democratica das escolas como consagragao do governo heterénomo 3. Lei de Bases e reforma educativa: uma descentralizagéo sem autonomia das escolas? 4. Decisao politica e produgao normativa: uma autonomia da escola sem descentralizagdo? 5. Da autonomia sob contratualizagao ao grau zero da autonomia contratualizada 6. Racionalizagao e agrupamento das escolas: um mddico de democracia para uma autonomia instrumental 7. A direcgao escolar atdpica e a retorica da autonomia como obstaculos a governagao democratica das escolas Capitulo 2 Modelos de governo das escolas e universidades: a progressiva erosao da gestao democratica 1. Das praticas autogestionarias a institucionalizagao da gestaéo democratica 11 12 16 21 27 33 39 43 57 58 2. Os sentidos divergentes da categoria “autonomia da escola" 3. Influéncias do cAnone gerencialista: o conselho geral e a lideranga do executivo eficaz Capitulo 3 O agrupamento de escolas como novo escalao da administracdo centralizada 4. Os antecedentes: reforma, modernizagao e reprodugao da administragao 2. Sob 0 signo do "reforgo da autonomia da escola" como centro das politicas educativas 3. Sob o signo do "reordenamento da rede nacional de ofertas educativas", da racionalizagao de recursos e da competitividade 4. A logica associativa-autondmica e a ldgica racionalizadora-centralizadora 5. A escola como "subunidade de gest&o" e 0 reforgo do controlo central Capitulo 4 Assessoria, saberes e poderes na produgao de politicas em educagao 1. Politicidade e poder 2. Nem um faraé: questées conceptuais 3. A assessoria numa administragao escolar centralizada 4. Saberes, poderes e deciso politica Capitulo 5 A "escola" como categoria de investigagao 4. Um objecto de estudo polifacetado 65 71 85 86 91 95 101 111 117 118 122 127 137 147 148 2. Algumas variag6es sobre a categoria "escola" 2.1 A escola como categoria juridico-formal 2.2 A escola como reflexo 2.3 A escola como invélucro 2.4 A escola como colecgaéo 2.5 A escola como mediagao 3. O estudo da escola como organizagao em acco 4. Outras formas organizacionais emergentes Capitulo 6 A legislagao escolar e os oficios da mudanga em educagao 1. Legislagdo escolar e mudangas instituidas 2. O plano das orientagdes para a acc¢ao e o plano da acgao 3. Outros textos e contextos de mudanga 152 152 153 153 154 155 155 157 165 166 168 171 Apresentagao Tendo sido, desde meados da década de 1980, defensor de uma tefundagio teérica e conceptual dos estudos em Administragdo Escolar em Portugal, desig- nago que, de forma tentativa e intermitente, e em combinagées variadas, foi utilizada desde finais do século XIX e princfpios do século XX como titulo de vérias disciplinas universitarias, propus no I Congresso da Sociedade Portuguesa de Ciéncias da Educagao, realizado no Porto entre 30 de Novembro e 2 de Dezembro de 1989, que passassemos a adoptar como designagiio da respectiva Secgao da Sociedade, que entio dava os primeiros passos, a expresso Adminis- tracdo Educacional. Entre outros argumentos, que aqui se tormam dispensdveis, chamava a atengao para a necessidade de alargar 0 Ambito do estudo da organi- zagao escolar e da sua administragao, de forma a compreender a andlise de outras organizagdes educativas de tipo nao escolar e, portanto, de fendmenos de admi- nistragao educacional nfo necessariamente limitados & escola. A designagao Administragio Educacional, sustentava entiio, comportava evidentes potenciali- dades para ndo apenas nomear, mas também para simbolizar, esse novo progra- ma —a que voltaria por varias vezes ao longo da década seguinte ~, de criagaio de uma mais abrangente drea curricular e de um mais complexo dominio de investi- gagao, capaz de estabelecer um novo transito entre o estudo de fendmenos orga- nizacionais e administrativos escolares e nao escolares, Nao se tratava, porém, de simplesmente abandonar uma designagio tradicional — em uso no dominio aca- démico pelo menos desde 1890, em livro do francés Gabriel Compayré —, ou de apenas a substituir por outra conceptualmente mais lata, mas antes de inscrever a Administragdo Escolar, mantendo-Ihe a designago e reconhecendo-lhe a perti- néncia, enquanto componente teoricamente integrada no campo mais vasto, e diverso, da Administragao Educacional. A nova designacao fez fortuna e, a semelhanga do que havia j4 ocorrido now- tros paises, foi adoptada por um crescente mimero de investigadores, professores € instituigdes de ensino superior, tendo sido predominantemente aplicada em disciplinas de graduagao ¢ em cursos de pés-graduagao, na designagio de varios mestrados, na criagdo do Férum Portugués de Administragdo Educacional, em reuniées cientificas nacionais e internacionais realizadas no pais, ¢ até pelo legis- lador, que, de resto, vem mantendo as duas designagdes. Creio mesmo que, por vezes, se tem exagerado no recurso generalizado ao titulo Administragio Educa- cional, em contextos onde é claramente a Administragao Escolar que é exclusiva, dessa feita prometendo mais do que aquilo que é possivel e justificavel realizar. Na verdade, o programa de certa forma contido na nova designacaio continua, para mim, a fazer todo o sentido, embora seja justo observar que a amplitude e a diversidade das organizagses educativas estudadas permanecem muito aquém do que seria de esperar. As priticas de administragao escolar continuam to domi- nantes quanto a escola e, com elas, também o ensino e a investigagdio em Admi- nistragdo Escolar, de forma relativamente independente da designagao escolhida. cativas ¢ dos seus fenémenos de administragdo nao escolar revelam novas face- tas e priticas ainda pouco conhecidas, embora em certos casos também ja objec- to da formalizagao, racionalizacio ¢ hierarquizagao mais tipicas da educagio formal. Embora tenha, ao longo dos tltimos trinta anos, mais precisamente desde 1979 e, nesses primeiros tempos, sobretudo no quadro da investigagdo em edu- cago de adultos e associativismo popular, estudado organizagdes educativas nao escolares, objecto a que tenho regressado miltiplas vezes — mais recentemente no Ambito de organizacdes néo governamentais e de movimentos sociais -, tenho também dedicado muito do meu trabalho de ensino e de investigag&o ao estudo da organizagiio escolar e da sua administrago. Os seis estudos que aqui reuni so produto da investigagao, realizada ao longo dos illtimos anos no Centro de Inves- tigacdio em Educagao da Universidade do Minho, em tomo da administragao das escolas portuguesas por isso entendi regressar a um titulo claro e simples, que creio corresponder exactamente ao contetdo dos ensaios seleccionados: Adminis- tragdo Escolar: Estudos. Os textos foram, em todos os casos, objecto de revisdo, e no que concerne 05 tiltimos trés capitulos introduziram-se alteragdes relativamente profundas. O primeiro corresponde a parte substancial de um estudo que elaborei para o Conselho Nacional de Educacao, a solicitago da Sociedade Portuguesa de Cién- cias da Educagao e no ambito do Debate Nacional de Educagio que 0 CNE orga- nizou, por ocasio dos vinte anos da publicagio da Lei de Bases do Sistema Edu- cativo, ento intitulado "Administragao da educago e autonomia das escolas" (publicado por CNE, Lisboa, 2007) O capitulo segundo corresponde a uma revisao, com pequenas alteragdes, do artigo inicialmente intitulado "A democratizagiio do governo das escolas piblicas em Portugal", publicado na revista Sociologia (n.° 19, 2009), editada pela Facul- dade de Letras da Universidade do Porto, onde pela primeira vez estudo, de for- ma integrada, as escolas bisicas e secundarias e as escolas do ensino superior. O terceiro texto retoma um artigo publicado na Revista Portuguesa de Edu- cagéo (Vol. 17, n° 2, 2004), editada pelo Instituto de Educagdo da Universidade do Minho, cujo titulo foi mantido, tratando-se de um dos primeiros artigos intei- ramente dedicados a problematica dos agrupamentos de escolas. O estudo quarto aprofunda o texto relativo a uma intervengo realizada na Universidade de Aveiro, em 2007, no ambito do Simpésio sobre A Assessoria na Educagiio em Debate, publicado naquele mesmo ano por aquela Universidade, ¢ integra ainda o texto relativo a uma intervengdo que realizei no Seminario sobre Conhecimento e Deciséo Politica em Educagao, organizado pelo Conselho Nacional de Educag&o em Lisboa, em Outubro de 2008 (em publicagao nas res- pectivas actas). k t E : . ; O estudo Seguinte é uma reviséio, incluindo uma nova rubrica sobre formas organizacionais emergentes, do artigo publicado na revista Educagao Unisinos (orto Alegre, Brasil, Vol. 12, n.° 2, 2008), um texto inicialmente apresentado ao XIV Encontro Nacional de Didactica e Pratica de Ensino, que teve lugar, em 2008, na Pontificia Universidade Catélica do Rio Grande do Sul, “ Finalmente, o capitulo sexto retoma, € revé, um texto intitulado "Dos oficios da mudanga em educagiio", que escrevi em homenagem ao Prof. Joaquim Ferrei- ae = Faculdade de Psicologia e de Ciéncias da Educago da Universida- le de Coimbra, por ocasiiio d jubil i i i ee ea ae lo seu jubileu académico (publicado pela Universi- Em sintese, os trés primeiros estudos incidem sobre a interpretagao de algu- mas das mais relevantes dimensdes que caracterizam a administragao escolar ¢ a organizagao das escolas em Portugal, convocando diversas investigagdes portu- Suesas ¢ propostas de anélise que tenho desenvolvido nos tltimos anos. Numa segunda Parte, os textos seleccionados incidem, predominantemente, sobre Jues- tées de natureza tedrica e metodologica, matérias a que retorno pa if or entender que s&o indispensaveis a consolidagao do campo e ao trabalho a a preensio das politicas e das priticas de administragao escolar. . Braga, 16 de Fevereiro de 2010

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