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DINAMICA pos s SOLIDOS 29 190090090009900000090090900599 AUTORES ARDUINO FRANCESCOLAURICELLA ‘ached ea Fea pla Universidade 6. aslo USP ese em agen Mette -ZPUSP Profesor Aji 6a Ulver Pasta- UN ‘Pfr ose de gettin asl FL BRAS{LIO CAMARGO DE BRITO FILO ‘Bache Pisa fla Unive de Pala USP Messe em ae do Ents Sto pla Unni 8. Pal USP Profesor de Usivenidae ait UNIP FRANCISCO XAVIER SEVEGNANI ctl Bahar ea hea ela Ponti Unt Caia-PUCSP “ous aca pe PUCSP «wn Enea de rou ta UN ‘Dovior et Pea ea PUCSP ‘Prfesoe Tl Ualvesiace asia —UNTP Profs Tal Potts Usivenide asin -PUCSE roe Adina da acide do banana nda PL PEDRO AMRICO FRUGOLL ackact mses pls Uva de Pa. USP Mente en Pie Exo So pla Une 8. Pole USP "fer Tl Unive aia UNDP [ROBERTO GOMES PEREIRA FILHO Liomiao em ea pel Univer Pants ‘rece Auto Utvertane ents UNIE ProfeosAsinat Tale de Engen adsl FEL ‘rGrduae em Engenharia de Prosao- UNDP ‘enn gear de odo Inuiodrte ams com 6EGEbECE cocEece fl ‘TEORIAGERAL LL Inaodugao, 12 Oefitodas foras, 13 Adindimia do pono material. 1d OCentrode Massa Ad ACinemitca do Centro de Masse 142 Cielo do Cento de ase. 1S A Teoria da Dinimica do Sto. 131 Borema do Cento de Masa 152 Concetos tie 13.21 Momento Por 1522 Momento Liner 1523 Momento Anguler, ‘S24 ‘A cinemdilea de wm po 153° Teorema do Moment Angular, DINAMICADO MOVIMENTO DE TRANSLACKO. 21 Inroduga, 22 OTCM~Teoremado Centro de Massa 23 OTMA~Teorema do Momento Angulo 24 Breeicios Resolves, 25, Bxocicios Proposios, TARERA OL DINAMICA DO MOVISIENTO PLANO. 31 Iavoduptn, 22 ACinamdtea de Movimento Plano, 33 OTeorema do Momento Angular aplcedo ‘20 Movimento Plana, 34 Moments de India. 341 Gconcet, 342° OCileulo. 343. Teorema de Steiner (ize paraleoy). 34d Relde Girapto 343 Bereeos Resides, 346 Beereeas Proposes, TaRBeAD 35 Movimento com eo fis 351 Beereleoe Resides 352 Brereicos Propasos TARERAO3 36 Movimento Pino, 361 Breretelos Resides 362 _ Beereicos Proporta. aera oe APENDICE- Al ~Tabela de Centro de Mazza ‘APENDICE. A2~Tabela de Momentos de Inca, 1 7 o % %» R i“ 1s 7 ” a 2 a Raw ase 5358 2 2 @ a “ 6 ears 76478 ras 2 saz mane mae us sans ngais pate 1a waar matenal de massa m, € igual 20 produto essa witima, pela acelerago do mesmo” Ssorpasaplicadar= Rema eg 11 [Nio se faz necessério o estudo da rotacio do ponto material em fomo de si mesmo, o que simplifica substancialmente o estudo, oti: a esctha do sistema de refertncia em relaptio 0 ‘qual serd desenvolvido 0 estudo. deve ser resoita a sistemas inerciais, ou sefa, em relogdo aos quais & allda a La de Newton. 1.4 “0 Centro de Massa. No desenvolvimento do conhecimento humano, é usual cae novos, conceitos, apoiados nas teorias jé estabelecidas, em especial procura-se mater a forma das equagdes tan quanto possivel Desta forma, percebeu-se que no estudo da dinfimica dos slides, se ppoderia manter a forma da Lei de Newton, desde que se fizesse 0 uso de um ponto especial associado ao corpo, uo necessariamente pertencente ao corpo. Este ponto foi denominado de Cento de ‘Massa. ‘Considere-se um sistema ée'referGncin com oxigem 20 ponto I, © com eixos x, y ¢ z. Esse sistema por necessidade é um sistema de seferéacia inercial, ou se, a Lei de Newton érespeitad ‘Seja dan, um elemento de massa do sdlido em estado, loealizado no onto P(x,y2). © poato P(x, ¥, 2), possui vetor pe velotidade 7 p ,e vetoracsleracio @p . A figna Fig. 1.1 ilustra 0 elemento de massa dr, ‘As coordenadas do Centro de Massa so definidas por: oF p, vetor _fams Samy _fdme Tam 200 Fg Feu Jan © denomiandor das expresses, nn oqugto eq, 12, fica «soma disses d todos os elementos do iasi que comptem os, sei, asa total do ido: fd Sams Sdmy Sede se i veya ity ea 13 Resumindo: © Centro de Massa € determinado por suas tts ‘coordenadas CM Gan Yor, Za) Refinando um pouco @ notagko, pode-se pensar em vetor posi¢fo do tlerento de massa dm e do Centro de Massa, vide figura Fig. 1.2; y. CAPITULO 1 TEORIAGERAL 1.4 Introdugao. ‘A Dinlimica destina-se a estudar as causas dos movimentos, e dessa forma predizer os mesmos, Novamente, como jf feito no estudo da CCinemética, um s6lido, on corpo rigido, embora seja uma abstragio da realidade € muito til, pois, facilita 0 estudo da Dinca, em especial, o8 efeitos das deformaptes dos corpos sob esforgas é desconsiderado. Para que nfo restem dividas, considerase como sélido, um corpo que 10 soffe deformagées, independentemente ‘das forgas a ele aplicadas. Formalmente,afirma-se que: a distancia ‘entre dois pontos de um s6lido ¢ invariante. 12 Octolto das forcas. Forgas aplicadas num s6lido geram efeitos que depender de vitios ates: da intensidade da forg da dizogio da forca; do sentido da forca; edo ponto de aplicago da forge. Quando 0 estado ¢ dirigido & um ponto material, a influéncia do ponto de aplicagtio desaparece pois todas as forgas sao aplicadas ‘num tnico ponto. De forma diversa, no estudo dos sides, a toca do ponto de aplicagdo de uma forga, acarretars em alteragl0 em seu feito sobre © mesmo. [Esta 6 a origem das modangas no estudo de um sélido em relagSo 20 ‘estado de um ponto materia 4.3 Adindmica do ponto material ‘Apenas a titulo de se estabelecer um formalismo padrio, durante © esenvolvimento deste trabalho, apresenta-se as condig6es tercas para 0 estudo da dinfmica do ponto material. A Lei de Newton, & fexoressa pot: “a resultante (Goma) das forgas splcadas ao ponto (0 vetor posisio do elemento de massa dm & F=(P—T) sendo: P(x, y,2) 1(0,0,0) muliplicando a Skima expresso por da. am tmdmxitdmy.jramek somando para todos os elementos de ats do so. Sm P= amet f dy Ff dm-ek Aividind pet massa toa. Same Saws fae sles _subatituindo pelos resultados expressos na eqnacto eq. 1.3, tem-se: Saw? we tey Tey tek ed © vetor pogo do Cento de Massaé: F gy =(CM—1) senda: M (Xe Your Foye) Foy al ar Pew 1(0,0,0) ‘Comparando com a equacio eq. 1.4, tem-se: Essa lima equaeio serd considerada a definigGo formal de Centro ‘de Massa através da qual se obtém 0 vetor posigdo do mesmo. ‘Uma andlise mais detalhada da equacto eg. 1.5, permite realgar ‘algumas propriedades do centro de massa: + centro de masse, sempre prtence alias de simetria de Gstlbnigio de mass; *+ ‘quando exstem mais de uma linha de simetia de distrbuigo de ‘massa, o centro de massa édefinido pela intersecgio das mestas; ‘+ para corpos com dimens0es desprezieis, quando comparadas as dimensbes da Terra, oceatro de massa coincide com o Centro de Gravidade; 443. ACinemitica do Conto de Massa. ‘Acazngio eg, 1.5 expresta 0 vetorposigfo do ceato de mass, em faaglo dos Vetoes posigio de cada elemento de massa die compen 0s 0 vetor velocidade do centro de massa Poy, pode ser obtido: auras da deriva temporal, do veto: posi ey a fant Mam Faw a a ‘endo as massas dm (de um elemento de massa), e m (a massa total do sido), invariants com o tempo: sendo 1, 2 velocidade do elemento de massa dim, localizado no Ponto PKy2)i 0 vet aclergio do centro de massa Ty, pode ser obido através da derivada temporal do vetor veloidade ¥ cy sendo Z, a aceleragio do elemento de massa dm, localizado no ponto P(x..2); POE et coo a8. (© elemento de massa dm, pode ser expresso por: dm=0-dS=0-(r-d0-dr) 1.42 Calculo do Centro de Massa. ~ [A tlo de exemplo, apresentam-secélculos de Centro de Massa de algumas figuras. if Pela definigfo de centro de massa, as coordenadas podem ser Exemplo 01 o SRSupE ‘A placa om forma de semi-coré, iustrada ma figura Fig. 13,6 plana, homogéaca e possui raios Ry e Re Pedemese, determinar 0 * «dean Syan Centro de Massa ¢ a a Jean y Ly-dm 2 Sey tea o OM oe (Ri-R}) o-n(R—R) a oe 2 © asintogreis dos numeradores, estendides a todo sélido.. Neste caso existe um eixo de simetria de massa, 0 exo y, desta : to fora peso garni qe 0-CM = Cento de Masa pereace > senodo.[ Par ‘mesmo. ' O elemento de massa dm ocupa efrea dS, em temo do ponto P(x, ~ Yhcomcoordenadasix=rsend y==r-c0s0; 4 A dea dS, é definida por: dS =r-d 0-dr; ~ Como a figure € plana e homogtnea, podese afimar que a densidad superficial de massa o, pode ser expressa por £ ave en SSRI. Sydn=f -reoso-o-rde-dr= costed 0-fxt Pdr ? Zs (sen) (7) a Fk Svan: substinindo na expresso de You 024 (R-R}) Exemplo 02: ‘A semi-cor6a, plana © homogénea, ilustnda na Fig. 1.4, tem a siglo de seu centro de massa indicado, Pede-se que se comprove ‘que a indicagso esté comes, ‘Segundo 0 exemplo 01, tem-se: Key =220 coms raios indicados: Ry = 2mm eR,=3 mm, tem-se: (39-2) ‘0 seja,esté demonstrado que o CM esté comretamenteindicado; Note-te 0 C pertence ao eto de simetria de massa (0 oy) etd fora do slid. Ressalte-se que 0 foco deste curso, no é 0 tino em Céleulo Diferencial e Integral, aplicado & determinagdo do CM Centro de ‘Massa, desta forma, no apéndice ADI encontram-se os CM de diversas figuras planas 15 ATeoriada Dinamica do Sélido. ‘Retomando 0 foco desse desenvolvimento, resslta-se que a Teoria ‘Geral da Dinkica do Solido apsia-se em apenas dois Teoremas: > Teorema do Centro de Massa > ‘Teorema do Momento Angular ‘Embora a demonstragao desses Teoremas aif sejam fundamentals ‘na resoluglo de problemas, com certeza fornece uma clareza aos Cconceitos que n4o seriam atingidos de outra forma. 1.5.1 Teorema do Centro de Massa. (Ocnunciado .. “A resultante das foreas aplicadas ao sido, e que sto de origem ‘externa ao mesmo, & igual ao produto da massa do sélide pela ‘acelerapio de seu contro de massa” Rest. oa 18 Ademonstraglo | Considere-se uma fatia do s6lido em estudo, com espessura muito eouena, dstraia na Fig. 15; essa faa do slid € eomposta por Inuttos cements de massa dm, reprsentados por pequenos cbos, {ue na Fig. 1.5 esto representados por quadrador destca-e tm {esc consderam-sealgumas feras splicadas 20 meso, por xempl: Ni 6 frga que o elemento dr, vizinbo de cima do mesmo, est splicandes Nz forge que o elemento dn, vizio da esqterda do mesmo, «td aplicando: >: afonga qe a gravidade teres est aplicando: => ie Fig. 1.5 Nota: 0 objetivo desta descriedo é apenas qualittvo, ‘sem a preocupacae com 0 formalin necesario para se representarforcasinfiniesimais. Forgas de origem interna: sio aqueles forgas aplicadas mm elemento de massa dm do s6tido, por outros elementos de massa do ‘mesmo sélido; na Fig. 1.5, as forgas representadas por Ni € Nz si0 sto aquelas forgas aplicadas num elemento de massa dm do sélido, por outros corpos que no 0 répri sélido; na Fig. 1S, a forca representada por p & deste tipo: de origem extema. eeCE CCE CORE COEES cor Cer Gere me? eee (© elemento de massa dm considerado, possui dimensSes to ‘rGximas de zero quanto for possivel imaginat, ox melhor ainda, 0 {quanto for necessétio para confundi-lo com wm ponte material, © desta forma, tornar V4lido apicar a Lei de Newton a0 mesmo, ‘Considerendo-se 0 formalismo adequado, para a representagio de forgas de intensidades muito pequenss (pr6ximas de ero), sejam: 4 fg 1 soma de todas as frgs 6 rien intern, alcntss no elemeio de massa dem stad df ;.,: soma de todas as forgas de origem externa, aplicadas no elemento de masse dm, em esto; ‘A resultante de fodas as forsas aplicedas no elemento de massa ém, é AFH dF 44 So Aslicando-s Lei de Newton ao clemento de massa di, tte AGHA Sy 44 Sg OG sendo: dm , a massa do elemento de massa e @ , a acelerago do Como © objetivo & 0 estudo do s6lido, somam-se todas as forras aplicadas, em todos os elementos de massa dm que o consttuem, e tem-se a resultante das forgas sobre o sido: SaF-fa furl ase se faz ecesséria uma andlise da soma das forgas de origem itera: Jd Figg= "8 soma de todas as forgas de orgem interna, em cada tum dos elementos de mass i, que compem oso" Jana eqis elo principio da “ago ¢ reaglo", as forgas de origem intema ‘aparecem 206 pares; 2 apSo, estar nim elemento de mass, © 0 pa, a reaplo, estar nouro elemento de massa, mas ambas estarlo no sélido: _ 7 Quando se efetua a soma de todos os esfoxgos de origem interna, cfetivamente, somam-se a agio mum elemento de masse com @ respectiva reacio em outro elemento de massa, ou seja, 0 resultado dda soma ser ero: Safin substinindo na eq, 1.9, tems: SaF=fafiy=fama eno : recuperando weg. 17 => gy =4:f (dea) tems: mi gy =] (dm) substituindo na equagao eg, 1.10, tem-se: SaF= df= MB cy —-Rygg=MF gy demonsirado! 1.5.2. Conceltos Utels. © Momento Angular exige algumas defnigées, ¢ até alguma experiéncia anterior, assim sendo, alguns conceits terdo de ser ~ apresentados, tais como: + momento polar de uma forga, na forma veorial; ‘+ momento linear ou quantidade de movimento + momento angular ou momento pole da quantidade de movimento; 4. Momento Polar. ‘Uma forga F,aplicada no ponto PCs, y 2),tem momento polar em ~ relagio #0 plo Ota, Yo 25), dado por: Mf g=(P-O)AF © vetor_ momento por da forga B, tom ax seguinter camaceristicas: oma (m6d0l0) a. WY gl=(P-OWF-sen0 ; 00980 an ‘ortogonal a0 plano definido pela forga Fe pelo vetr (PO): sentido definido pela regra da mio direta. ‘A Fig, 1.6 ilustra um caso particular, onde © ponto Pe a forca F, percencem ao plano horizontal (x,y). Fe Fig. 1.8 © momento polar A g, da fora, tem eamctristicas fisicas muito inteessantes: “expressa a capacidade da forea F, de roduzir rotagdo no silo em que é aplicada, em torno de un ‘izo que passa pelo pélo O, e tom direeto do proprio momento polar +f, no sentido definide pela regra da mao direta”. Nota: © momento polar usualmente caleulado na forma escolar onde se expresse apenas suc noma (rmdeulo,obtideaarané do produto da norma (mdéulo) da frca, pelo brago da mesma. Pode-se definir 0 momento polar de qualquer grandeza_vetoril, centretanto, sen significado fisco estaré ligado a0 significado da srandeza uilizad, —— 1.52.2 Momento Linear Seja 7, 0 vetor velocidade do ponto P(x, y, 2) onde esti Tocalizado 0 elemento de masse dm. O momento linear (dB), do elemento de massa dm, édefinido por: d P=dm-T eq, Ll "Nola letra “a” ants do moneno near, apenas resulta € nda que 0 momento linea & nfriterina, ois etd endo defo polo peda de wna massa lnfnitesinol own veorseloidele V [Essa grandeza revela sus utlidade 20 se conservar sob cenas at a GaLeide Newton, emse: d F=dma ‘impondo a igualdade: @. aj resumindo: “o momento linear on quantidide dé movimento do clemento de massa dm, permanece insiterado desde que a resultante as forgas a ele aplcadasseja mula" Nox: @ moment linear € um vor que apenas expressa 2 produto ene masa « velcldade, no posal Sgnifeado feo além deste, enreranto, 36 conse ‘quando a rsuante das forgas € ma. Deta forma, arlgo do mamenta linear con o tempo é feral. Apenss como cuisdade, a soma dos moments lneres. dos ‘Sects do massa tin do sido, fomntceo momento linear 40 Inesmo; dee forma, a integral da oa oq. Il 0 longo de too. slida,frnoceo Memento incr Go SS 3 fans recaperando a eis ote: fdmi=m boy, ce c coc Brg HM cy 09-112, ‘novamente 0 CM — Centro de Massa do sélido, revela sua capacidade de simplificagio. 1.52.3 Momento Angular. Seja d jp, © momeato linear do elemento de massa dm, que ocupa 0 ponto P(x, ¥,2), que se desloca com velocidade (© Momento Angular desse elemento de massa dm, em relagio a0 palo 0 6: dH y=(P-O)AdB eg. 1.13 Nota: relembrando a defincdo de momento polar pode 22 identifear 0 Momento Angular come 0 momento polar da grandeza momento linear, em relazdo ao plo 0. Oaspeco sco do Momento Angular é complicado 2 medida que nao se tem. cutra grondeza ‘ascemethad (© melhor que se pode fazer, quanto a0 significado fisico de ‘Momento Angular, 6 identficé-Io através do significado fisico de cada parte da expresso que o define, tudo 0 que se tem. Dentro desse esplrto reconbecidamente limitado, ressalte-se que 0 ‘Momento Angular teré a mesma caracteristica do Momento Linear: “sob cerias condigdes seré conservado”. ‘A soma dos momentos angulares de cada um dos elementos de massa dm, fornece © momento Tinear do mesmo; assim, basta fntegeae (soma a equasio eq. 1.13 4H g=](P-0)ndb a. 14 ‘recuperando a equagdo eq. 1.11, tem-se: d p=dmt substisindo na equaglo en, 1.14, ese: Fig=J (P-O)Adm 9 eq 115 ara deseo sob quai condgss o Moment Angular Hg, se conserva, & necessério derivar a equagéo eq. 1.15 em relagfo 20 entrezant, isso 6 outra historia, 1524. Acinemética de um péto. ‘A escola de um pélo, em principio, pole reair sobre qualquer posto do espago, inclusive pode set am posto do sid em esto. O ‘sistema de referéncin, adotado tem rstghes, pois 2 Lei de Newton sei uizads e, obrigatoriamente devert ter validade em rego ao sistema de eferéaciaescolhido Caracterizand: o sistema de eos Ixy, 2) representa sistema de referencia imc 6 ponto PG, x2) & um ponto do sbido onde se eaconra clement de masta dm 6 ponto Oc, o, 2) & wm pont qualquer, qe ser adtado como pl; veto posigi de Pex, 2 vetorvelocdade dePtyz: Vp 9-(P=I) a9 veto aceleragao de P32) p= vetor posigio de O(%o, Yo. zo): Fg=(O~) vetor velocidade de O(%o, Yo, 20) vetor aceleragio de O(Ko, You 70): Relaconando as grandezas A soma yetorial (P—I)=(O—1)+(P—O), esté ilustrada na figura Fig. 1.8, © permite rlacionar os vetoresposgdo dos ponton P 0, como: Fp=Fot(P-O) eg. 116 Dernanoem oso tmp equ eg, 116, ems a7, dP. oe Vo ,4 ipo) => ¥,=0,+4(P— eget ylP-o) ot lP-0) 4 ‘hima expresso pode ser reescrita na forma da velocidade relativa do ponto P em relapo 20 plo O: 5, eq. LIT 415 Teorema do Momento Angular cacao Meanalereve que num certo inant, um slide com massa m, ttm tau CM Convo de Massa detocandose com vlecdads Fey ¢ seu Momento Angular Hg, em relate ao péle 0, rotate rigs ws teaye 28g j moun re ‘pélo apresenta velocidade ¥ ¢ ; pode-se garartir que 0 Momento Resultante das forgas aplicadas nesse sélido, em relagao ao pélo 0, & dado por: 1 m AMT oye LIB ‘a demonsteago retomando a equago eq 1.15 e derivand-a em relago ao tempo: Ay=f(P-o)nams 4 a . ‘ams SA = J G(P—ondms+f (PO) as (dm9) ‘com dm constanteno tempo rate SH y= J E(P-O)Adm of (P—0)Adm- SE ‘da equagdo eq. 1.17, pode-se afirmar que: Ee Golo 7 )Adm-¥+f (P-0) Adm 2 «uivade do wo loads 6 eto clo 2h f(y? Jaan a LH =f 0-9 )rdmv+ | (P-O)Adwa da Lei de Newton tem-se, dR=dm‘d onde dR ¢ a resultante Gas fags apes no elemento demas dm; Sit, =] B-5 gAdm3+f(P-O)adh emt das foes apliatas no coment de mis dn, et aplicada no mesmo, ou seja, no ponto Pj dessa forma, 0 momento dessa frga em relagio 00 pélo 06: aM g=(P-O)AdR comestaconsidennglo, a eee 4H = [0-3 )Admo+f ait, ‘© momento resultante das forgas aplicadas no sSlido em relagio 20 cx pooe Hy=[ait, Com et considers 2a tg9 \ndmasit LA =] 6-g)AdnF+lt , desenvolvendo 0 produto veto (FV, )AdmP=F Adm FF yAdmv coor que © produto veoral entre vetores paralos é no, desta forma: (5-3 g)Adm: impondo isso Gl o= J (Folnvdmtit 4 como a velocidade do plo ao depende do elemento ém considerado, te-se: a )Af Fame, Fyhdms m= (dm-F) recuperando a equago eq. 1.6, tem-se: Fgyy impondo essa rlagio.. TAFy Mil reagrupando os eos 2h 43. Av_meif £145 GAT gym=Hl 9 demonsmado Muitos autores escolhem como Teorema do Momento Angular una forma mais simpética, porém mais limitada por ceras condicbes. A equagi 1.19, desde que a escolha do plo seja limitadad: +o polo é estacionério, ou seja possui velocidade mula: ¥g= 2" +o polo coincide com o CM~ Centro de Massa: ‘Nota: outras escolhas também permitem que se use @ exrestosnpificada, em epeciat. Vol cy cq, 118 pode ser expresa na forma, Mf g= —— RESUMO: CM ~ Centro de Masse: ‘TEM Teorerna do Centro de Massa: Rex: =m oy 'TMA—Teorema do Momento Angular Polo 0 fx0; polo O coneidente com 0 CM CAPITULO 2 DINAMICA DO MOVIMENTO DE TRANSLAGAO, 21 Introdugao. (0 Movimento de Translagio € caracterizado (definido) como aquele em que: “a reia definida por dois pontos do sOlido, nfo muda de diregio durante 6 movimento No movimento de translagio, todos os pontos apresentam velocidades iguais e também apresentam aceleragées iguzs. 22 OTCM~Teorema do Geniro do Ma ‘A forma gral do TCM ~ Teorerna do Centro de Mase se apie sem alteragBes ao movimento de tanslagio use Rex =m cy 09,201 23 OTMA~Teorema do Momento Angular. ‘A forma geral do TMA ~ Teorema do Momento Angular pode ser Simplifcada quando o movimento 6 de Transsso. Cansiderand a definigSo de Momento Angular do Sélido, tem-se: B= J (P-O)ndms Como todos os elementos de massa dm, do sido em Transago, apresentam a mesma Velociade, tes: Hg=(J (PO) am av Da definigo de CM ~ Centro de Mass, tem: (CM—0}-m= J (P-0)-dm substinindoe.. Hg=(CM-o)ns Adotando-se como plo, © CM — Centro de Massa tems: i (CM —CM )At=zero — e (0 valor do Momento Angular em relagio a0 pélo no CM ~ Centro de Massa, € constante igual a zero. Do TMA — Teorema do’ Momento Angular, com pélo no CM = Centro de Massa, tem DINAMICA DA TRANSLAGAO, TCM —Teorema do Centro de Massa 'TMA~Teorema do Momento Angular I eqg= 2070 24 Exeroicios Resolvidos 201 Um disco de massa m = 5 kg, raio R= 05 m, apdie-se em ‘superficie horizontal rugosa, com coeficiente de atrto = 0,4. Uma {orga F,aplicada 8 altura b, faz com que o disco translade apoiado ‘na superficie horizontal, om aceleragSo a= 2.ms!. Pedem-se: 42) a intensidade da forga F; b)aaltrah, cccececcoccececccoocceece ce ceccce’ [As forgas agentes ‘TCM —Teorema do Centro de Massa [x] Fa far=m Fe fat-+ma= fat+5:2 = fat+10 04.1 [y]_N-50=0 N=50N eg. "TMA Teorema do Momento Angular (p6lo: CM) como 0 peso P= 50 Ne a noxmal N, possuem linhas de ago que passam pelo CM ~ Centro de Massa, seus momentos polars sto ules; momestodeF: M,=Frbraco=F(R-h) momento deft: M gy" fat brago=— far R FAR-H)—farR=0 eg IL oatrito ‘com © disco transladando, ocome escorregamento, desta forma © atte €cinética: —_fat=-N=0,4-50=20N substituindo na equago eq I, tems: ——_——— F-2010=30N F=30N EE subsiindo on equa I, tee 30-(0,15—h)—20-0,15=0 4,5~30-h-: h=0,05m 2.02 . ‘A figura Fig. 2.2 iluetra um vefeulo com massa m = 200 kg etracio twascira, do qual removeu-se um par de zodas. Indignado com a brincadeira, seu motorista parte do repowo e mantem o vefculo rmovendo-se, por um perfodo de tempo significativo, conforme ‘Juatrado. AS dimens6es s40 d= 1,3 m, d= 0.4 meh = 16m. Pedem-se: 8) aaceleracio do ceatro de massa; ») aforga de arto. "TMA teorema do Momento Angular (pélo: CM) © peso P tem linha de agfo passando pelo pélo, desta forma possui ‘momento nulo; far 1 6-N substituindo as equagdes Te TI na equagio I, tems: 200-a-1,6-2000-0,4=0 320-a=800 a=25% 2 @ substituindo na equagéo eq. I, tem-se: fat =200-2.5 fat=500N EK 2.03 ‘A figura Fig. 2.3, lustra um bloco de granito de massa m = 800 kg, Ge altura H = 4'm, langura L = 2 m, que encontra-se apoiado em superficie horizontal, com coeficiente de arto w= 0,3. Uma forga F horizontal, com linka de ago, distante h= 3 m do solo, aciona 0 loco fazendo-o deslizar, sem tombar. Para a condiglo de méxima sceleraro, pedem-se: >) améxima aceleracto, As forgas agentes .. fe] F=f bl NP ‘TMA~ Teorema do Momento Angular (péle: CM) (peso Pte in de ao pasando pelo pl, desta forma post cece c ceCecececceccceaceccescac cece Mpa Pingo=-F(oHt No1-a)=for2-F=0 eq. o atta. ‘com © disco tansadando, ocome escomegamento, desta fonma 0 aust écinétice: fat =0,3-8000=2400V eq. 1V substimindo na equago eq I ems: F=2400+800-2 e9.V substimindo as equagSes 6q, 1, e9. TV e eq, Vna equagdo 9. 1 tems: 8000-(1—x)~2400-2—(2400+800-a ‘0 ea. VI aceleragio cresce com a forga F, ou seja,atingem os valores ‘miiximos a0 mesmo tempo; quando a forga F chega ao maximo, 0 bloco fica na iminéncia de tombar; na iminéncia de tombar o _ranito ap6ia-se em sua aresta, e desta forma pode-se garantir que a ‘normal tem sua linha de apo passando pela mesma, assim: x= 0; substituindo na equagfo eq, VI, tem-se: 10% '8000—4800-2400 800: substitindo na equagio eq, V,tem-se: F=3200N GE 2.04 ‘A figura Fig. 25, ilustea um caminhio que desloca-se em ‘movimento reto ¢ uniforme, ransportando carga de massa m= 350 kg, que se apdia na carroceria do mesmo. 0 coeficiente de atrito ‘entre a carga e a carroceria 4 = 030. As dimens6es indicadas, so: 6m. Num cero instante, o caminhto fei ‘mantendo desaceleracio uniforme, nessas condigdes, peden-se: 4) a desaceleragio do caminhlo que preduz escomegamento da congas ’) adesaceleragio do caminhio que produztorabamento da carga. ‘TCM ~Teorema do Centro de Massa [x] ~fat=m-(-a) fat=350-0 eg,1 ly] NP: 3500.N eq. It ‘TMA. Teorema do Momento Angular (p6la: CM) © peso P tem linha de aco passando pelo pélo, desta forma possui ‘momento nulo; - NA03-2)- fat 0,6=0 09, UL ‘na iminéncia de tombar, a linha de aso da nonmal desloce-se para 8 dieita, até que: x= 0, substiuindo essa argumentacio, juntamente com 0 resultado da ‘equagao eq. 1, na equagéo eq, I, ems 3500-0.3— far-0,6=0 fat=1750 comparando este valor de atito, com o méximo valor possivel (UN), tem-se: O

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