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NORMA ABNT NBR BRASILEIRA 10007 ‘Segunda edigzo 31.05.2004 Valida a partir de 30.11.2004 — Amostragem de residuos sdélidos Sampling of solid waste 4 NAO CONTROLADA Palavras-chave: Amostragem. Residuo sélido Descriptors Sampling. Solid waste Ics 13,030.10 so BRASLUeR Nomero de referencia Gy #8 sang TECNICAS paginas ABNT NBR 10007:2004 © ABNT 2004 Todas 08 direitos reservados. A menos que especificade de outro ‘eproduzida ou utiizada em qualquer forma ou por qualquer me ‘microfilme, sem permissae por escrito pela AENT. Sede da ABNT Av Treze de Maio, 13 - 28° andar 2003-900 - Rio de Janeiro = RJ Tel. +5521 3974-2300 Fax. + $5 21 2220-1762 abni@abat org br srw abnt org br Impresso no Brasi ‘modo, nenhuma parte desta publicagao pode ser eletrénico ou mecanico, incluindo folocopia e Sumario Pagina 34 344 34.2 34.3 3.2 4 44 42 424 422 423 424 425 426 427 43 44 Anexo A (normative) Tabelas e figura... Anexo 8 (informativo) Sugestdes de amostradores e procedimentos para Anexo C (informative) Bibliografia Objetivo Definigées.. Requisitos gerais...... Preparacao para amostragem Obietivo da amostragem Pré-caracterizagao de um residuo Plano de amostragem Identificagao e ficha de coleta. Requisitos especificos. Seguranga Procedimentos de amostragem.. Amostragem em tambores ¢ recipientes similares Amostragem em caminhdo-tanque. Amostragem em recipionte contendo pé ou residuos granulados. Amostragem em lagoas de residuos. ‘Amostragem em leitos de secagem, lagoas secas e solos contaminades... Amostragem em montes ou pilhas de residuos Amostragem em tanques ou contéineres de armazenagem .. Amostragem de residuos sélidos heterogéneos, Presorvacio e tempo de armazenagem de amostras. ABNT NBR 10007:2004 Prefacio A Associagao Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) € 0 Férum Nacional de Normalizagéo. As Normas Brasileiras, cujo conteido @ de responsabilidade dos Comités Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos de Normalizagéo Setorial (ABNT/ONS) © das Comissées de Estudo Especiais Temporéries SSNTICEET), sd0 elaboradas por Comisses de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envelvidos, delas fazendo parte: produtores, consumidores e neulros (universidades, laboralorios e outros) A ABNT NBR 10007 foi elaborada na CEET-00:01.34 - Comissdo de Estudo Especial Temporaria de Residuos Solidos. O Projeto circulou em Consulta Piblica conforme Edital n° 11 de 2002 de 29/11/2002, com © nlimero Projeto NBR 10007. Esta Norma substitui a ABNT NBR 10007:1987 Esta Norma contém 0 anexo A, de carater normativo, @ os anexos Be C, de carater informativo. NORMA BRASILEIRA ABNT NBR 10007:2004 Amostragem de re: 1 Objetivo Esta Norma fixa os requisitos exigiveis para amostragem de re: Para os efeitos desta Norma, aplicam-se as seguintes definicdes. 2.1 amostra composta: Soma de parcelas individuais do residuo a ser estudada, obtidas em pontos, profundidades eou instantes diferentes, através dos processos de amostragem. Estas parcelas devem ser misturadas de forma a se obter uma amostra homogénea 2.2 amostra homogénea: Amostra obtida pela melhor mistura possivel das aliquotas dos residuos. NOTA Esta mistura deve ser feita de modo que a amostra resultante apresente caracteristicas semelhantes em todos os seus pontos. Para residuos no estado sblido, esta homogeneizagto deve ser obtida por quartoarrente 2.3 _amostra representativa: Parcela do residuo a ser estudada, oblida através de um processo de amostragem, @ que, quando analisada, apresenta as mesmas caracteristicas e propriedades da massa total do residuo, 2.4 mostra simples: Parcela do residuo a ser estudada, obtida através de um processo de amostragem ‘em Um Unico ponto ou profundidade. 2.8 amostrador: Equipamento ou aparelho utilizado para coleta de amostras. 2.6 contéiner de residuos: Qualquer recipiente portatil no qual o residuo pode ser transportado, armazenado, tratado ou, de outra forma, manuseado, 2.7 pilha ou monte: Qualquer actmulo de residuo no contido, que ndo apresente escoamento superficial 2.8 | quarteamento: Proceso de divis’o em quatro partes iguais de uma amostra pré-homogeneizada, sendo tomadas duas partes opostas entre si para constituir uma nova amostra e descartadas as partes restantes. As partes nao descartadas sdo misturadas lolalmente e 0 processo de quareamento repetido até que se obtenha o volume desejado. 2.9 | tambor: Recipiente porati, cilindrico, feito de chapa metélica ou material plastico, com capacidade maxima de 250 L. 2.10 tanque de armazonagem: Construgao destinada ao armazenamento de liquidos, com capacidade superior a 250 L. 2.11 técnico de amostragem: Profissional técnico responsavel pela execugdo da coleta de amostra ABNT NBR 10007:2004 : ils 3 Requisitos gerais 3.1 Preparagdo para amostragem Esta subsegao estabelece as linhas basicas que devem ser observadas, antes de se relirar qualquer amostra, com © objetivo de definir © plano de amosiragem (objetivo da amosiragem, numero e lipo de amosiras, amostradores, local de amostragem, frascos e preservactio da amostra), 3.1.1. Objetivo da amostragem © objetivo da amostragem é a coleta de uma quantidade representativa de residuo, visando determinar suas caracteristicas quanto a classificagSo, métodos de tratamento etc. 3.4.2. Pré-caracterizagao de um residuo A pré-caracterizacao de um residuo ¢ feita através de levantamento do(s) processo(s) que Ihe deu(ram) crigem. AS informagées assim obtidas (volume aproximado, estado fisico, constilvintes principals, temperatura, etc.) permitem a definig&o do tipo de amostrador mais adequado, dos parametros que serao estudados ou analisarins, dn niimero de amosiras @ do seu volume, do tipo de frsou de colota © dols) método(s) de preservagao que deve(m) ser utiizado(s), 3.1.3. Plano de amostragem © plano de amostragem deve ser estabelecido antes de se colelar qualquer amosira, ser consistente com 0 objetivo da amosiragem e com a pré-caracterizacao do residuo, e deve incluir: avaliagao do local, forma de armazenamento, pontos de amostragem, tipos de amostradores, numero de amostras a serem cololadas, seus volumes, seus tipos (simples ou compostos), nimero e tipo dos frascos de coleta, métodos de Proservagaa @ tempo de armazenagem, assim como os tipos de equipamentos de protegao a serem utilizados durante a.coleta. As tabelas At © A2 apresentam os métodos de preservagdo e armazenagem das amostras sélidas liquidas, respectivamente Este plano deve também estabelecer a data e a hora de chegada das amostras ao laboratrio, 3.1.3.1 Selegao do amostrador Os residuos podem ser encontrados sob varias formas, tais como: misturas, liquidos mullifésicos, lodos e solidos. As misturas liquidas e lodos podem variar em viscosidade, reatividade, corrosividade, volatilidade, inflamabilidade, etc. Os sdlidos podem variar desde pds ou graos até grandes pedacos. Alam disso, os residuos podem estar contidos em recipientes com as mais diferentes formas ¢ tamanhos Para @ escolha dos materiais da confecgo do amostrador, estes devem atender os principios de no reatividade com 0 material a ser coletado. Caso o amostrador nao seja descartavel, o material da contecg3o deve permitir a descontaminagao total do equipamento para posterior utlizagao. A tabela A.3 apresenta os amostradores recomendados para cada tipo de residuo. © anexo B descreve alguns tips de amostradores que podem ser utilizados para a oblengao de amostras de residues, ABNT NBR 10007:2004 3.2 Selecdo do recipiente da amostra Os aspectos mais importantes a serem considerados na escolha de um frasco de amostragem sao Compatibilidade do material do frasco e da sua tampa com os residuos, resisténcia, volume e faciidade de manuseio. NOTA Em geral, para residuos sélidos ou pastosos, devem ser utlizados frascos de polietileno descartaveis, Quando 05 residuos contiverem solventes em sua composicdo, devem ser uliizados frascos de. vidio Ambar Quando forem ullizados frascos rigidos para amostras sélidas ou semi-soidas, esses frascos devem ter boca larga, set feitos, assim como sua tampa, de material compativel com 0 resi¢uo @ proporcionar uma boa veda¢3o. 3.1.3.3 Precaugées na utilizacao de recipientes e amostradores Antes do uso, os recipientes @ amostradores devem ser descontaminados conforme pré-requisitos da tecnologia a ser aplicada ‘ApOs 0 uso, 0s recipientes € amostradores utlizados para coleta devem ser descontaminados, ou destinados conforme a classe dos residuos. BA. 4 Ponto de amostragem © Ponto de amostragem @ 0 local onde sera colelada a amostra, A tabela A.4 apresenta 0s pontos de ‘amastragem em fungao dos tipos e formas dos recipiantes. 3.1.3.5 Numero de amostras 3.1.3.5.1_ Para obtengao da concentrago média do residuo, deve ser coletada uma ou mais amostras compostas, 3.8.2 Para obtengao da faixa de variagdo da concentragao do residuo, devem ser coletadas no minimo trés amostras simples 3.1.3.8.3 Para residuos heterogéneos de dificil amostragem e cuja representatividade nao puder ser definida com uma Unica amostra, a escolha do método e numero de amostras cabera aos Orgaos Estaduais ou Federais de controle da poluigao e preservagtio ambiental. 3.1.3.6 Volume de amostra E necessario, durante a fase de planejamento, estabelecer quais as andlises e ensaios ‘que serdo realizados © qual o volume de amostra é necessario para cada um deles. Muitas vezes é necessario também obter volumes que permitam a realizacao de contraprovas, NOTA Quando se pretende analisar diversas propriedades ou parémetros, é freqdentemente necessério dividir a amostra inicial em diversas aliquotas, pois 0s métodos de preservagso pare uma delerminada analise podem ser diferentes para cada parametro 3.2. Identificagao e ficha de coleta 3.2.1 Toda amostra deve ser identificada imediatamente apés a coleta, NOTA Em alguns casos, a amostra deve ser selada para evitar raude durante o tempo entre a coleta da amostia e a abertura dos frascos no laboralério. 3.22 Toda amostra deve possuir uma ficha de coleta que permita a sua identificagao para realizagao dos ensaios pretendidos ABNT NBR 10007:2004 3.23 A ficha de coleta deve conter no minimo os seguintes dados: a) nome do técnico de amostragem; ») dala e hora da coleta; ©) _identificagaio da origem do residuo; 4) identficagao de quem receberd os resultados; 2) _niimero da amostra: 1) descricdo do local da coleta; 9) determinagses efetuadas em campo: h) determinagoes a serem efetuadas no laboratéric i) observagoes. 3.2.4 Deve-se informar ao laboratério que ira realizar os ensaios analiticos os riscos potenciais da amostra 4 Requisitos especificos 4.1 Seguranga ‘AS precaugdes de seguranga devem sempre ser observadas na amostragem de residuos. O técnico responsavel pela amostragem deve estar atento para as caracteristicas do residuo, tals como: corrosividade, inflamabilidade, explosividade, toxicidade, carcinogenicidade, radioatividade, patogenicidade etc. e, ainda, para a capacidade do residuo de liberar gases extremamente venenosos ou causar alergias. Toda informagao existente sobre 0 residuo ¢ itl na decisao sobre as precaucoes de seguranga e na definicao do equipamento de protecdo a ser utllizado. Quando for detectada a possibilidade de a amostragem ser de alto risco, 0 técnico de amostragem deve nformar ao responsavel pela elaboragao do plano de amostragem a necessidade da reavaliagao do plano, solisitando, se necessario, a presenga de enlidades especializadas para a manipulagdo do material Como exemplo de situagées de alto risco destacam-se: materiais radioativos, espagos confinados, risco de chogues elétricos, desmoronamentos, explosoes etc. AS seguintes praticas e regras de seguranga devem ser seguidas sempre que for realizada uma amostragem: @) cada amostra deve ser traiada e manuseada como se fosse extremamente perigosa ¢ os procedimentos \devem minimizar 0 risco de exposicdio do pessoal envolvido; b) se for necessario o manuseio especitico da amosira, o laboratério deve ser alertado; equipamento de protecao deve ser utiizado durante o manuseio de substéncias para preservagao de amosiras. ABNT NBR 10007:2004 4.2 Procedimentos de amostragem Esta subsegao estabelece os procedimentos a serem adotados para a colela de amostras representativas em fungao do ‘tipo de acondicionamento do residuo. O técnico de amostragem, antes de efetuar cada amostragem, deve cerlificar-se do estabelecido no plano de amostragem, conforme 3.1.3, 4.2.1, Amostragem em tambores ¢ recipientes similares 42414 Estes reci para cima. ntes devem ser posicionados de tal maneira que a sua tampa ou batoque fique 4.2.1.2 A homogeneizago ou no da amostra deve estar condicionada a0 objetivo do plano de amostragem, conforme 3.1.3. NOTA1 _ Caso seja necessaria @ obten¢ao de amostra com diferentes fases, 0 contetido do recipiente deve ficar escansando até que os sélides se depositem no fundo ou as fases se estratifquem e entrem em equi. NOTA2 Caso soja necessiria a obtongdo de uma amosira homogénea, o contetido do recipionte dove sor homogeneizado, _ 4.2.1.3 A tampa ou batoque dave ser afrouxado, vagarosamente, com uma chave propria para abertura dos recipientes, a fim de que as pressdes inlera e externa se equilibrem. Logo apés, remover a tampa ou batoque e amostrar 0 conteudo, conforme amostrador recomendado na tabela A.3. 4.2.1.4 Quando existirem recipientes com diferentes residuos, estes recipientes devem ser identificados © separados de acordo com os residuos. Para cada grupo de residuos deve-se obter uma amostra composta representativa, : NOTA Os residuos desses recipientes podem estar sob pressio ou vacuo. Os recipientes estufados davem ser ‘amostrados com extrema cautela, pois 0 seu conteido pode estar sob elevada pressio. Um recipiente severameriie corroido ou enferrujado pode romper-se quando manuseado. A abertura da tampa ou batoque pode produzirfaisea, ‘qual detonara qualquer mistura explosiva de gas que exista no recipiente, 42.2 Amostragem em caminhao-tanque 42.2.1 Atampa do tanque deve ser aberta somente pelo motorista ou pessoa responsével pela carga. 4.2.2.2 © técnico de amostragem deve estar seguro no passadigo do tanque ou na escada de acesso a0 tanque, 4.2.2.3 © conleiido do tanque deve ser amostrado com o amostrador de residuo liquido, conforme o estabelecido nas instrugdes do anexo B. 4.2.2.4 Seo tanque néo estiver em posigo horizontal, devem ser coletadas amostras adicionais da sua Parte frontal e posterior, @ todas as amostras devem ser homogeneizadas em um recipiente apropriado. 4.2.2.5 Quando for necessario, a amostra de sedimento deve ser coletada cuidadosamente através da valvula de purga. NOTA 0 acesso 3 tampa do tanque dificulta a coleta de amosiras ém caminhées tanques. Recomende-se que a coleta sea feita por duas pessoas, pois enquanto uma recolhe a amosira, a oulra 2 auxiia com os equipamentos ou enn qualquer problema que surja. Como o tanque esta goralmente sob pressao ou vacuo, isto um falor slicenal de tses para os técnicos de amostragem. 4.2.3 Amostragem em reci jiente contendo pé ou residuos granulados 4.2.3.1 Posicionar na vertical os recipientes contendo os residuos. 4.2.3.2 Os recipientes devem ser abertos cuidadosamente. ABNT NBR 10007:2004 42.3.3 © contelido do recipiente deve ser amostrado com o amostrador recomendado na tabela A.3. 42.3.4 Quando existirem recipientes com diferentes residuos, estes recipientes devem ser identificados © separados. Para cada grupo de residuos deve-se obler uma amostra composta representativa. NOTA Quando houver risco de rompimento dos recipientes contendo residuos, estes n8o devem ser manuseados ‘u transportados, pois podem romper-se, devendo por isso ser amostrados na posige em que se encontren. 4.2.4 Amostragem em lagoas de residuos 4.2.4.1 Os residuos devem ser amostrados por meio de um amostrador de lagoas recomendado na tabela A.3, 42.4.2 Para se retirarem amostras em varias profundidades, deve-se utilizar uma garrafa amostradora pesada ou amostrador similar, conforme as instruges do anexo B. 4.2.5 Amostragem em leitos de secagem, lagoas secas e solos contaminados A tea onde 0 residuo estiver acumulado deve ser dividida em quadriculas imaginarias, conforme recomendado na tabela A.4. 4.2.5.2 Para a retirada de amostras de até 20 cm, pode-se utilizar uma pa ou trado, conforme o estabelecido nas instrugées do anexo B. 425.3 Para a retirada de amostras de profundidades superiores a 20 cm, pode-se utilizar trado ou ‘amostrador similar, conforme as instrugées do anexo B. NOTA Quando nao for conhecida a espessura da camada de residues e os residuos estiverem muito pastosos, pode ser necessaria a construg3o de pranchas ou lablados para possiblitarem a retiada de amosiras mais centtais da area de secagem 4.2.8 Amostragem em montes ou pilhas de residuos 42.6.1 Os pontos de amostragem devem ser determinados conforme recomendado na tabela A.4. 4.2.6.2 Deve-se colelar uma amostra composta utiizando-se 0 amostrador de montes ou pilhas fecomendado na tabela A.3 4.2.7 Amostragem em tanques ou contéineres de armazenagem 42.7.1 As amostras devem ser coletadas da seguinte forma: uma amostra da parte superior do tanque, uma da parte central @ uma da parte inferior, utlizando-se para isto uma garrafa amostradora pesada, conforme a mencionado nas instrugdes do anexo B. 4.27.2 As amostras obtidas segundo 4.2.7.1 devem ser misturadas em um recipiente ¢ a amosira resultante deve ser considerada como composia. NOTA _Se for utlizado amostrador que represente adequadamente 0 perfil de tanque numa Unica amostragem, ndo ha necessidade de composigao de amostra, 4.3. Amostragem de residuos sdlidos heterogéneos 43.1 Para residuos heterogéneos de facil amostragem, deve-se preparar uma amostra respeitando as proporcionalidades dos diferentes residuos, de forma a se obter uma Unica amostra composta representativa 4.3.2 Para residuos heterogéneos cuja represenlatividade nao possa ser definida com uma Unica amostra, para a escoiha do método e numero de amostras, os Orgaos Estaduais ou Federais de controle da poluigao e preservagao ambiental, deverao ser consultados. ABNT NBR 10007:2004 4.4 Preservagao e tempo de armazenagem de amostras AS amositas de residuos sélidos ou pastosos devem ser preservadas e armazenadas de acordo com a tabela A.1 ‘AS amosiras de residuos liquidos devem ser preservadas e armazenadas apés a coleta, conforme tabela A 2 NOTA Caso soja necessério analisar varios componentes que possuam métodos amostra inicial deve ser dividida em um nimero suficiente de aliquotas, “sendo separadamente. de proservacao diferentes, a cada uma delas preservada ABNT NBR 10007:2004 Anexo A (normativo) Tabelas e figura Tabela A.1 ~ Preservagao e armazenagem de amostras sélidas NOTA2 Parameto Método de preservagao Tempo de armazenagem Aside Reftigerar °C E Alcalinidade Refrigerar °C Bifenilas policioradas (PCB) Refigerar 4°C, em auséncia de luz 14 dias Carbone orgainico total (TOC) Refrigerar 4°C, em auséncia de wz 28 dias Cianeto total Refrigerar 4°C. ein auséncia de uz 74 dias Goreto = : ‘Compostos erganicos volateis (VOC) Refrigerar 4°C, em auséncia de uz 14 dias Condutividade Rofrigerar 4° : Gromo Vt Rotigerara°C. 24h Dioxinas @ furanos Refrigerar 4°C, em auséncia de nz 14 dias Fluoreto - 7 Fosfato otal Rotigerar 4° Hidrocarboneto poliaromatico (PAH) Relrigerar 4°C, em auséncia de hz 14 dias Hidrecarbonetos totais de petroieo (TPH) | Refigerar 4°C, em auséncia de luz 14 dias Mercirio total Retigerar 4°C. 28 dias Metals totais - 180 dias Nitro Retrigerar °C 48h Nitto Retiigerar 4°6 48h ‘Nirogénio amoniacal Retrigerar 4°C 48h) Nitrogen organico Retrigerar 4°C. 48h ‘Organicos semivolates totais Retrigerar 4°C, em auséncia de luz 14 dias Poslicidas, Nerbicidas e inselicdas Refigerar 4°C, em auséncia de iz 4 dias Solventes halogenados Refrigerar °C, em auséncia de luz 14 dias ‘Sulfate Retrigerar #G Sulfeto reativo Rofigerar 4°C, em austneia de az 2h Toxicidade Rotrigerar 6 2a NOTAT ‘Quando 0 residue tiver mais de uma fase, a homogeneizagao ou separagao de fases vai depander do objetivo do piano de amostragem, Caso as diversas fases devam ser separadas para caracterizagao, a preservagao. de cada fase deve seguir as recomendagoes das tabolas A.1 @ A.2. Nao havendo a necessidade de separagao de fases. considerar as recomendagbes da tabela A.1 ABNT NBR 10007:2004 Tabela A.2 ~ Preservagao @ armazenagem de amostras liquida Parémetro Método de preservacao Tempo de armazenagem Acidezialcainidade Retigerar 4°C 14 dias Boro Rofigerar a 4°C 160 dias Brometo : 28 dias Carbone organico total | Analsar imediatamente ou refigorar © adiconar HOI 26 dise (Toc) HyPOs4 ou H2SOx até pH <2 Cioreto : 28 dias ‘Cianeto tal ‘Adicionar NaOH até pH 12, relnigerar a 4G, om| ia clasr 24 nn auséneta de luz existineia de suloto loro totavresidual - Imediatamente Cacanmteeauimics de I Retigerar aac 48h Demandaquimica de | Analisar assim que possivel ou adicionar HiS0, ale 28 dias oxigénio (0U0) pit 2: rafigorara 4°C Dibxido de carbono (COs) : 2h Fendi Retigarara 4°, adicionar HsS0, at prea 7 dias Fuorete 28 dias Fesfor total ‘Acicionar H:SOs até pH 2, refiigerar a arc 7 dias Mereirio ‘Adicionar HNOsalé pH <2, refigerar 28 dias Metals Adicionar HINO até pH <2. 780 dias Tene fargea se rere amostras cloradas ‘ogo anonarar [apie ast goo jose Ov Sddona ASSrSS} Bs Ee Oleos @ graxas ‘Adicionar HCl ou H:0, até pH 2, refigerar a # 28 dias a : eee or es Er eR [Poowera rc mn Zinco 2N/100mL e logo apés, adicionar NaOH até pH > Serestriara4°C. Temperatura = Imediatamente NOTA (© parametto, 0 método de preservacdo eo tempo de amostragem foram exlraldos Ga AWWA-APHA-WPCI - Standard Methods for the Examination of Water and Wasiowaler, 20 celtion: 1996 Quando da iaboracdo desta Norma, a edicdo e © ano indicados eram os que se encontiavarn om vigor Entrelanto, recomenda-se aqueles que ulllzem esta Norma que veriiquem sempre a possivel atualzncae ao documento mencionado, ABNT NBR 10007:2004 Tabela A.3 - Amostradores” recomendados para cada tipo de residuo Tipo de residuo ‘Amostrador recomendado Limitagdesirecomendacoes Liquidos ou todos em tambores, caminhées- tanques, barris ou recipientes similares ‘Amostrador de residuo liquido: - poliatiteno + vidro Nao usar para profundidades > 1.5m Nao usar residuos incompativeis com 0 material, tais como solventes Nao usar vidro para residuos contendo Acido fluoridrico ou solugdes alcalinas concentradas Liquidos ou lodos em tanques abertos ou lagoas Caneca amostradora ou balde de inox Afundar ¢ retirar 0 amostrador Suavemente para evitar que 0 tubo de duraluminio se amasse Nao realizar amostragem em profundidade Garrafa amostradora pesada Garrafa amostradora de profundidades “Van Dorn" ‘A garrafa pode ser de uso problematico em liquidos muito viscosos. Solidos em pé ou granulados em sacos, tambores, barris ou recipientes similares, montes ou pilhas de residuos ‘Amostrador de graos. Utiizar para solidos com particulas de’ diametros < 0,6 om ‘Amostrador “trier” No 6 recomendado para materiais muito secos Residuos secos em [!2nques rasos e sobre 0.800 PA Nao usar para amostras a mais de 8 cm de profundidade tResiduos em tanques: ras0s ou no solo, a mais de 20 cm de [rotunddade Trado { Residuos om tanques ce armazenagem i Garrafa amostradora pesada Garrafa amostradora de profundidades “Van Dorn” Pode ser de uso problematico em liquidos muito viscosos " Outros amostradores podem ser utllzados, desde que atendam as condigoes minimas necessarias para | garantira integridade da amosira Tabela A.4~ Pontos ABNT NBR 10007:2004 de amostragem recomendados Tipo de recipiente Ponto de amostragem Tambor ou contéiner com abertura na parte superior Retirar a amostra através da abertura Barris ou recipientes similares Retirar as amostras pela parte superior dos barris, barrihetes de fibras e similares Coletar as amostras de toda segao vertical, em Pontos opostos e em diagonal, passando pelo centro do recipiente (ver figura A.1) Sacos e similares Retirar as amostras pela parte superior, evitando fazer furoe adicionais por onde o material possa vazar Coletar as amostras de toda a seco vertical, em Pontos opostos e em diagonal, passando pelo Centro do recipiente (ver figura A.1) Caminhées-tanque e similares Retirar as amostras através da abertura superior do tanque. Se for necessario, retirar a amostra de sedimentos através da vaivula de purga ‘Se 0 tanque for compartimentado, retirar as ‘amostras de todos os compartimentos Lagoas e tanques abertos, Dividir a area superficial em uma rede ‘quadriculada imagindria, De cada quadricula, ‘retirar as amostras de maneira que as variagoes do perfil sejam representadas Montes ou pilhas de residuos"! Retirar as amostras de pelo menos trés segdes (do topo, do meio e da base). Em cada secao, devem ser coletadas quatro aliquotas, eqtidistantes, O amosirador deve penetrar obliquamente nos montes ou pilhas (ver figura A.1) Tanque e/ou contéiner de armazenagem Retirar a amostra através de abertura propria. Para tanques e/ou contéiner com profundidades superiores a 1,5 m, retirar as amostras de maneira que as variagdes do perfil sejam representadas Leitos de secagem, lagoas secas ou solo contaminado Oividir a superficie em uma rede quadriculada imaginatia. De cada quadricula retirar uma amostra representativa da area contaminada "Sempre que possivel quarteamenta, *' Deve-se proceder ao desmonte da ddimensoes para a coleta de amostra NOTA © numero de quadriculas determinado ‘quais, quando combinadas, dao uma amostra represer foceder 20 espalhamento do monte ou pha, efetuando a coleta de amosira por re pilha ou do monte, caso 0 amostrador nao asteja adequado as condigoes elo némero desejado de amosiras a serem coletadas. as nlativa dos residuos. ABNT NBR 10007:2004 Vista de topo Detathe da coleta em monte ou pilha (Seco ¢ vista de topo) Figura A.1 - Pontos de retirada de amostras de montes ou pilhas ¢ de sacos, barris, de residuos ou similares ABNT NBR 10007:2004 Anexo B (informativo) Sugestdes de amostradores e procedimentos para uti izagao B.1 Amostrador de residuo liquido Este amostrador & constituido por um tubo e um sistema de fechamento, podendo ser feito de polietileno ou Vidro. As dimens6es e sistema de fechamento do amostrador de residue liquido sao mostrados na figura Bt © amostrador de polietileno ¢ usado para quase todos os residuos, com excegao de alguns solventes incompativeis com o poliaileno, © amostrador de vidro usado para quase todos os residuos, com excogao das solugées aloalinas fortes e solugses fortes de acido fluoridrico. Dimensées em centimetros Sistema de rosca para controle de Dressae Jo 2,86 6 Tudo de, Pvc transiicido Binterno=4,13 DB externo= 4,26 3] g 8 9 Tampa de neoprer furada ( 0,098) ‘aha Posigdo techada, 0 aberto Figura 8.1 - Amostrador de residuo liquido 8.1.1 Procedimentos para utiizagao Proceder da seguinte maneira @) escother 0 amostrador de polietileno ou viéro apropriado para amostrar 0 residuo liquido considerado: b)_assegurar que o amostrador esta descontaminado e/ou ester ©) verificar se 0 amostrador esté funcionando Perfeitamente, Ajustar o mecanismo de fechamento para garantir uma vedacao completa: 1) usar os equipamentos de protegao individual adequados e executar os procedimentos de amostragem; ©) colocar o amostrador na posigao aberta; ) introduzir vagarosamente o amostrador no liquido a ser amostrado; 9) Quando © amostrador atingir 0 fundo do recipiente, colocé-to na posigéo fechada; 5) retirar vagarosamente o amostrador do recipiente, procedendo & limpeza de sua parede externa: ') _transferir cuidadosamente a amostra para um frasco de amostragem, abrindo lentamente o amostrador; i) preservar a amostra, se necessario; 0) Jampar o frasco de amostragem, identfic-1o, preencher a fiche de coleta @ enviar @ amostra para 0 laboratéi ') 2 amosirador de polietileno deve ser descartado e, quando for reutlizavel, deve-se proceder & limpeza e descontaminacao, conforme 3.1.3.3, B.2 Amostrador de gréos so amosirador 6 felto com dois tubos telescépicos chanfrados, um extemo e outro interno, geralmente de Ge anexcavel ou material inerte descartével. O externo possui uma ponieira cdnica que perme a intodugso fe amestrador na massa de residuos a ser amosirada. © amostrador é aberto ou fechaulo pela rolacae do \ubo interno, possuindo as dimensdes mostradas na figura B.2. Este amostrador & usado para residuce ony 6 ou na forma granular com didmetro inferior a 0,6 cm, acondi is @ similares Dimensées em centimetros 1,27.02,54 60 0 100 Figura B.2 - Amostrador de graos B.2.1 Procedimentos para utilizagdo Proceder da seguinte maneira’ 8) _verificar se o amostrador esté descontaminado e/ou estéril; 8) usar os equipamentos de protegao individual adequados e executar 08 procedimentos de amosttagem: ©) colacar 0 amostrador na posigao fechada e introduzi-lo no material; ©) girar o tubo interior até posigao aberta: ABNT NBR 10007:2004 @) agar o amostrador algumas vezes para permitr que os materiais entrem polas suas fendas; 1) fechar © amostradore retié-lo do material, procedendo a limpeza da parede extema; 19) _colocar 0 amostrador na posigéo horizontal e com as aberturas para cima; h) girar e retirar 0 tubo interno; |) transfer @ mostra coletada no tubo interno para um frasco de amostragem; 1) preservar a amostra, se necessério; ) tampar 0 frasco de amostragem, identficé-o, preencher a ficha de coleta e enviar @ amostra para 0 laboratério: 1) limpar 0 amostrador e embalé-lo em saco plastico para limpeza posterior: im) 0 amostrador de poliatileno deve ser descartado e, quando for eullizivel, deve-se proceder & limpeza.e descontaminagéo, conforme 3.1.3.3. B.3 Amostrador de montes e pilhas - “Trier” Este amostrador é feito com um tubo longo de ago inox e possui uma parte chanfrada em quase todo 0 seu ESmorimento, A ponta e as bordas do chanfro s8o afiadas para permit que o material a ser amostrado soja _erial a ser amostrade depende do tipo de broca ultilizada > wado @ parlicularmente util na coleta de amostras a profundidades maiores que 20 cm. Um esquema de lrado € mostrado na figura B.S. ABNT NBR 10007:2004 Dimensées em centimetros Hoste complementar Figura B.5— Trado B.5.1_ Procedimentos para utilizacao Proceder da seguinte maneira: a) _verificar se o trado esta descontaminado efou estéril; 5) usar os equipamentos de protegao individual adequados e executar os procedimentos de amosttagem ©) _selecionar a broca adequada: 4) colocar o trado sobre o ponto de amostragem; ©) cravar até a profundidade de amostragem desejada; 1) relirar 0 trado e transferir a amostra coletada para um frasco de amostragem:; 9) _transferir a amostra para um frasco de amostragem com o auxilio de uma espatul h) preservar a amosira, se necessario; i) tampar 0 frasco de amostragem, identiica-o, preencher a ficha de coleta e enviar a amosira para 0 laboratério: i) limpar 0 trado € embalé-la em saco plastico. B.6 Caneca com brago extensor Este amostrador, utiizado para a coleta de residuos liquidos em lagoas ou reservatérios, consiste em uma caneca suportada por uma bragadeira com um brago extensor, podendo alingir alé 315 m. Um esquema do amostrador ¢ mostrado na figura B.6. ABNT NBR 10007:2004 Balde (250 mL) lesedpico de duraluminio Figura 8.6 - Amostrador de lagoas “6.1 Procedimentos para utilizago roceder da sequinte maneira: *)montar 0 amostrador e verificar se a caneca est descontaminada e/ou estéril; ) usar 08 equipamentos de protecao individual adequados e executar os procedimentos de amostragem; \) verificar se os parafusos @ porcas que prendem a bracadeira e a caneca a ponta do tubo estéo convenientemente apertados: 8) eoletar as amostras da lagoa ou reservatério; transfer a amostra para um frasco de amostragem com o auxilio de uma espétula; Preservar a amostra, se necessario: ©) lampar 9 frasco de amostragem, identiicé-lo, preencher a ficha de colela e enviar a amostra para 0 laboratorio: h\ _limpar © amostrador ¢ embala-to em saco plastica, “.7 Garrafa amostradora pesada «ste amostrador consiste em uma garrafa, um suporte pesado, uma rolha de material inerte ¢ dois cabos: um xa abrir a garrafa_na profundidade desejada e outro para abaixar e suspender 0 amostrador”™ Fste amostrador, conforme figura B.7, é usado para amostrar liquides em tanques de armazenagem, pogos ws oulros recipientes onde 0 uso do amostrador de residuo liquido nao é apropriado. NAO pode ser ussdo -F2 coletar liquidos incompativeis com 0 material do amostrador Existem algumas poucas variagdes deste amostrador, especifcadas na ASTM E 300, ABNT NBR 10007:2004 B74 Proce lentos para utilizagao Proceder da seguinte maneira: ) montero amostrador e verificar se esta descontaminado e/ou estér ) usar os equipamentos de protesdo individual adequados ¢ executar os procedimentos de amostragom: ©) Posicionar © amostrador na profundidade.desejada e relirar a rolha da garrafa puxando o cabo de abertura; ©) permitr que a garrafa se encha completamente, © que pode ser notado pelo desaparecimento das bolhas de ar; ®) retirar o amostrador ¢ transferir a amostra para um frasco de amostragem; 1) preservar a amostra, se necessério; 9) fampar o frasco de amostragem, identiicd-o, preencher a fcha de colela e enviar a amosira para o Iaboratorio; h)__limpar o amostrador e embalé-lo em saco plastico. NOTA Agarrata pode servir como frasco de amostragem. Dimensées em centimetros Figura B.7 - Garrafa amostradora pesada

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