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‘Santos, Carlos Nelson F. dos ‘s237c — A cidade como um jogo de cartasiCarlos Nelson F. dos ‘Santos. — Ntord: Universidade Federal Fluminense: EDUFF Sto Paulo: Projeto Edtores, 1868, 192 pi ISBN 85-228-0074-x (EDUFF) ISBN 85,7165.001-2 (Projeto Ectores) 1. Pranejamenio urbano. 2, Uroarssme 3, Arquitetura © so ciedade, 4: Cidades. [Thu coo 7a Sumario " 15 a at 39 49 87 65 n 73 7 e7 31 Um jogo de cartas Comes e porqués introdutérios O espago € 08 jogos (do Poder) AAs cidades como foram sendo em todo mundo As cidades como puderam ser no Brasil A cidade como um jogo Informagées sobre 0 territério Uma estrutura para as cidades Sobre lotes © quarteirdes Olote 0 quarteirao Sobre ruas, As twas 105 115 127 131 135 137 187 165 167 183 187 189 © principio da gretna Agreha Perimetro urbano Formas de ocupagéo especial Sobre infra-estrutura e equipamentos urbanos Servigos urbanos Equipamentos urbanos Urbanismo como lei Anteprojeto de lei de urbanismo e edilicaga0 problema fundiario Concluindo Bibiiogratia Uma estrutura para as cidades ‘Au plupor uma istayem de temas para discutir 0 desenho urbano no Brasil, Turkienicz (1984:25) indaga: "sera possivel falar de uma “bpologia’ de cidades novas brasieras (aceitando ai a hipétese de que elas guardam cartes prinoipios de desenho urbano em comum)? Sera também passive! falat de uma tipologa das transformacoes a parti de suas implementagdes? Se constatadas, o que essas transformagies os instrumentam na compreensio das prdticas de apropriagso social do espaco urbano brasilevo?”" ‘So algo deve ser destacado nas tpologias urbanas brasileras & Sua insistBncia em solugdes emblematicas, Ha quase oem anos, Estado e sociedade investem, de comum acordo, em um futuro (ue pode ser apressado atraves da construgao de novas idades. A cidade, simbolo e conseqiéncia do progresso, & ‘usada como sinédoque. Inverséo do todo pela part, sintetiza a ideologia tuntalista de que sempre sera possivel descobrir ou redescobiir o terntério através da construgao de um novo, centro. Acaba por valorizar abstragdes em lugar das relapbes, Concretas e possiveis entre sociedad, economia, espaga & istibuigao de poder (Os modelos de ocupagao do espago, desde as ongens, vera de fora. Para os europeus, 0 Brass delineia como a terra das possbiidades infintas. Sera uma concidéncia, no minim Ccuriosa, a que fez Morus (1972) localzar Amauroturn, capital de sua iha de sonhos, bem no meio de uma terra que 6m tudo Poor tudo parece com a nossa (Santos, 1986) NNo final do século XIX, so esortos textos escolares carregados de positvismo. Eles formarao, durante décadas, geragbes acreditando em um pais imenco, mas suave, sem problemas geogrlicos intransponives e sem crueidades da natureza. Um pals que, no fundo, ¢ um imenso tabulero pronto para abrigar ‘assentamentos comandados pela rede urbana conveniente. 0 6 t ALTA FLORESTA(MT) progresso, alinal, 6 poderia ser conseguido através de um ‘ordenamento, eterno dilema de quem tinha de exorcizar 0 eserto virgem e potencialmente ameagador com padres de civlizagao trazidos de outras partes (Lali, 1966). | wacigio histrica impunna a busca de modelos que viessem de “ontes superiores. Os arquitetos foram felzes quando importaram cuturalsmos ¢ progressismos. Responderam, atfavés de formas geometrzadoras, aos anseios da nagao ‘como um todo. Forneceram os fetches que automatizavam as 'boas propostas urbanas que, por sua vez, garantiam 0 sonho comum de ascenséo. As proposigbes de Choay (1975) quanto as deridades entre a ordem concetual da sociedade e a Crganizaea0 do espago, aqui solreram uma inverso apriorisica, Os brasiloros néo passaram a se identficar melhor com as cidades porque traduziram bem suas ordens de idéias. Ao Contrério: descobram moldes capazes de enquadraridéias IO HAD. vi SESS? Seis zone 1S 22 22 Un de [6x60 = 160, 20% che ater. Ciiznt) apo * Hace EB ide alae TOVAL DA AREA ‘NON AEDIFICANDI'. 2804 Se 7% ww 6 6 6 ie mw a cl a # 2 IDES EDO BONS 40 ves ZEOP/ICTE S204 BO Now LoTES: exe aay wee Bes de $0 at 2 * ieoTnen, ha ae TOTAL DA AREA ‘NON AEDIFICANDI'= 2804 H2 se Js’ river 100 ARRUMADIND, : Diiexco com tryst maremaricn, cone "aoe Uai ucAR ? * Ai 6 que entram os desmembramenios ¢, em alguns casos, os remembramentos. Pode haver, deniro de um mesmo quarterao, ‘0 acréscimo progressivo de lotes. Se tudo iss0 for bem feito, as necessidades vao sendo atendidas e os resultados sairao harmoniosos, sem desrespeito aos principios estabelecidos no ‘comego. a e'] 0 proceso & Bon! - > UME A DENSOADE & AiNDA +6 (2 A ADE CRESCER FRA CENTRO! = oe Quando um jote compride & cividido, algymas parcelas fam no fundo, sem acesso direto para a rua. E preciso entdo criar ma servicio de acesso. A servidao, conhecida também por vila, @ um elemento urbanistico muito interessante, E uma rua privada, estrita, culdada e vigiada pelos interessados dietos, ‘que nao precisa ter as dimensbes e 0 tratamento da via pablica AA servidao ajuda muito @ aumentar a densdade, permitindo ‘aproveitar ad maximo o interior do quarteiéo. Era uma solugo ‘muito usada antigamente. Depois, quando as cidades foram invadidas por edificios de apartamentos, caiu em desuso. ‘Agora, esta sendo recuperada, sob novas formas. TIPO A POSSIBILIDADES DE REMEMBRAMENTO E DESMEMBRAMEND TIPO Cc pepe ‘28 (OTE © probiema ¢ serio mesmo. De nada aciantara comegat cheio de cuidados, mas depois deltar tudo a perder. O jeto & tomar ‘duas providéncias: 1. 86 deixar subdiviair em parcelas menores aqueles lotes Grandes, os mesmos cujos fundos consttulam areas non aedilicandt, 2. Nberar essa area interna como espaco de uso comum, uma ‘espécie de condominio de todos 0s moradores da quadra, fazendo que af torminom as serviddes, Esse tipo de divisao pode ser o resultado de umn processo de transtormagao que vai sendo armado pouco a pouco, como um quebra-cabega. 2 SURGE, PORTANTO, MAIS UMA OFFA) DE PARIELAMENTO DO GOARTEIRAD PARC AMENTO PERS? LE 1 ge Hope ml ope coll fies cic TOTAL Ds Apa CENTRAL ¢ 1600 M* Ln ea ae ee Nada mpede, porem, que essa solugao, favoravel as densidades mais alas seja impiantada desde 0 comero. O ideal é ter uma ecdade misturada, com quarteies com oles pequenos ao lado de outras com lotes grandes. No interior de um quarterao deve ptedominar 0 mesmo principio: quanto maior a variedade de lotes, menor. Alinal, as familias S80 diferentes @ 0s abjetivos e necessidades dos acupantes da terra bastante distintos, Alguns 16m familia grande; outros trabalham no mesmo lugar onde vivem; existem pessoas que 36 procisam do lote para implantar negocios... ov para obter renda, a (8, 0 P00 COTUA, OER: ms {GE COM CE, RE! Can CR. - ‘ABO € NER WA CIAL CEPR RELA, CaM 1000 GUE € 0A MESA GLACE vino 0 meno CuAR ? © que 6 bom em um hosptal, em uma fabrica ou em uma fowa bem arrumada nao se apica aos melos urbanos. Varedade e ‘complemertaridade de fungGes, ctuzamento de usos e pessoas ‘40 excelentes na cidade: garantem vida, seguranca, animacdo. E claro que isso nao @ sempre verdade, Ha usos que nao 550 compatveis e se tornam infoleraves juntos. Nada de exageros orem! Formar zonas especialzadas © exclusvas, jsolar pessoas om quetos, de acordo com suas caractersteas, pode parecer mut racional, mas no é. A prmoia vista, 0 controle Administratvo fica mais faci. E como se, fixanda urna ordem no espa, ela se tornasse eterna. A longo e mécio prazo, porém, os problemas comecarao a aparecer © poderao se tora muito Complicades, pois quanto mator a rgidez da “arrumagao mais ciel sera encontar alternatvas. Um oscritor norte-americano, Allan Poe, fez um conto chamado ‘A Morte Rubra. A historia 6 sobre uns nobres que, sabendo ‘que a rea em que viviam seria assolada por uma peste, decidiram se juntar todos no palace de um principe e se trancar I dentro. Ficaram isolados e passaram a fazer uma ‘esta infirita com muita comda e bebida, Esperavam que a tal renga a Mote Rubra’ Sopot Ge mater co nam FOSSIBILIDADES DE uTiLizagao 00 MioLo DO QUARTEIZO ‘acabasse indo embora. Ai sairiam para continuar a vide como antes, ‘O tempo, no entanto, demorou a passar. A coisa fo canto hata. A cada dia era preciso inveniar distragdes novas, Entdo, alguém teve a idéia de lazer um bale a fantasa. quando ‘chegasse a meia-note © melhor disfarce ganharia um prémio, ‘Na nora indicada juntaram-se todos no salao monumental, ‘Alguem, veshido de More Rubra, fo: coroado 0 rei da festa. {0 jr pedis a0 masearado para descobrr 0 rosto para que se Ssoubesse quem era. Ao que ele respondeu: "eu sou a propria Morte Rubra! Os outros comegaram a gritar apavorados: “esta tudo traneado! Como voce conseguiv entrar?” E a tnhosa “Mina dificuldade era maior do que a de voces... Recebi ordens: de pegirios juntos @ nao sabia como". © |solamento nas cidades so favorece a morte do bom relacionamento entre as pessoas. Se Nouver lugares onde 99 ‘se trabalho, por exemplo, 2 noite ficarao desertos, aciosos. Se (95 mais rico $6 quiserem ficar juntos, agabardo mais esiranhos 208 outros e mais expostos a violéncia. Separar os pobres em bairos distantes, iguais e sem graga é impedilos de ficar junto ‘45 melhores oportunidades de trabalho. Por essas @ outras raz6es, 08 quarteites divididos em varios tipos de lotes s80 to convenientes, Haverd terrenos mais caros ‘@ mais baratos lado a lado. Ficara mais facil promover 0 ‘adensamento. A Proletura cuidara de reservar terrenos para a moradia dos mais pobres ou para atividades que devam ser esiimuladas, Sobre ruas ‘A rua deve ser tratada como suporte de muitiplos usos. AS classticagoes funcionalstas que insistem em véla apenas: como eleimento para circulago de velculos e pessoas $80, de fato, reducionistas ao extremo. Jane Jacobs (1961) faz questao de realgar as muitas ages que ‘se do nas 1uas. Elas permite, antes de mais nada, encontro © twoca, Se bem relacionadas com 0 espaco constuido, he servem de complementacao inaispensavel, Conforme os horarios do dia e da noite, haveria ura verdadeira "danca” com agentes variados que dariam a rua quaidades diferentes. Certos fatores como seguranca, solidariedade, sentido de pertinéncia a um lugar dependeriam muito das possibildades {de uso da rua. Além disso, exisia também uma fungao idética, © movimento caracteristico das vias publicas tem muito a ensinar s criangas, adolescentes e mesmo aos adultos, Elas servem de palco a um aprendizado aberto. Jacobs (op. cit) aponta as qualidades indspensaveis a um sistema viario: facil legibildade; interseebes trequentes, possibilidade de uso das ccalgadas; redugao das intermediacOes exageradas entre espago colativa e privado; variabiidade. Roberto da Matta (1981 © 1985) preocupa-se bastante com os significados da rua e da casa no Brasi. Na rua esta 0 transt6rio, o ambiguo, o excitante e 0 perigoso. Na casa 0 cestavel, a certeza da propria identidade. Na anttese espacial, ‘evocativa de antiquissimas tradigoes mediterranicas, Da Matta, fenconira uma das chaves expicativas do que chama_ Universo relacional brasileiro”, base de nossa maneira de ser € de ver 0 mundo. [As duas categorias nao so estanques, porém. Hé instantes de quebra do colidiano em que a rua ¢ tralada como casa (Chossa rua”) ou que a casa 6 aberta e tratada como se fosse rua. No estudo sobre © bairro carioca do Catumbi essas % ‘elagdes entre espace e tude? classticatriaestdo muto bem demonstradas (Vogel. 1882) Em nosso pais toraou-se um lugar comum nas propostas de arquittura 6 urbansmo a negacao da rua vinculada as edlicagBes lindeitase artculada a um sistema vario coererte e ‘20 mesmo tempo, propiciador de varias possiblidaces. Em Brasfia 6 assim. Na Barra da Tijuca também. Os condominios ‘exclusives para rods e os conjuntos habitacionais para pobres no admitem superposigoes. Os usos sao especialzados em defintivo, na crenga da universalidade dos valores dos espagos abertos. Desaparece a ua entendida como lugar de permanéncia (Holanda, 1985) RRolrik (1985), em interessante estudo, demonstra como a sparagdo exagerada entre casa e rua evolu junto com os ‘conceitos de inclviduaiidade e privacidade caracteristeos da ‘cultura burguesa. Na século XIX, tena surgido e se Popularizado a sala de vistas no Brasl, justamente porque as "pessoas decentes' ndo podiam e no deviam mais se ‘encontrar na rua ‘A questto da tua, como desert, prev sua ocupento & sos, € basa. Os arquttos esto celancados, com suas idealizagdes comprovadamente fracassadas, das pratcas e imagens coclas sorentes.E preczo precurar uma rentegragdo. ‘Aa sai da oposgao ene o dentioe o tra. Eo complemento légico dos lotes que a ela se vinculam ¢ dos Guartardes por ela detindos Cuando se arvoulam esses tres ements, sogundo determinados padrbes, surge o teido urbane, « VIAS DE CIRCULACAO As ruas FRuas e alementos urbanos assemelnados (avenidas, travessas, ladetras) sd0 0s espacos pilblicos, abertos, que servem & ‘irculagao entre dovs renques de edicagdes, interigam, poortanto, as quadras, sendo que o conjunto de vias e ‘quarterdes compde a maha urbana. O lote que dé frente para uma determinada rua 6 dito lindeiro em relagao a essa via. A parte frontal do lote se chama testada, As demas $80 conhecidas como divses. [As ruas So importantissimas. Nao se pode conceber uma cidade sem elas. Server para igar os diversos pontos de Interesse panicular ou semipuibico, conlormando uma rede de canais livres © de propriedade coietiva, Se ndo existissem, no haveratroca de espécie alguma, pos servem de suporte ao deslocamento de pessoas, veiculos, mercadoras, inlormacdes. Mas nao 6 sé isso; terrt6rios de ninguém e de todo mundo, s40 0 palco onde se desenvoivem os dramas e representagbes da sociedade. A’ acontecem desde a agitagdo de todos os dias alé as celebragdes especiais: as procissbes, a parada de Sete de Setembro, os comicios, o carnaval Se sb houver casas, trate se de uma rua residencial. Se 0 uso for diversiicado (comércio, servigos, edficios administrativos, lequipamentos comunitérios) as caracteristicas da via devem vatiar © tragado da rua dependera muito do sto onde for implantada. (© que pode acontecer em cada via tem a ver com seu tragado € também com suas dimensdes 6 com 0 tipo de pavimento. (Os estudos de transporte e transito detectam as tendéncias de Uso de uma via e permitem que sejam feltas previsbes. Uma artéra retlinea, por exemplo, que apresente poucas intersecoes, ‘Seja larga @ asiatada e ligue uma area central a um bairro ‘muito povoado, atrairé uso lindeiro diversiicado e tréfego inlenso de veiculos. Exigiré solug6es especiicas de estacionamento, direcionamento do transito e seguranga de pedestres, Fuas com muitas intersegdes e quarteirSes relativamente Pequenos estimulam o movimento. Sao ideais para 0 comércio sao mais seguras, Ha ruas residenciais onde as criangas costumam brincar e 08 vizinhos cultivam © bom habito de se encontrar para conversar Essas deverdo set mais tranguilas, resguardadas do tréfego de ppassagem, servindo priontariamente & circulagao dos que vivem ali. preciso, porém, tomar cuidado para que nao fiquem mortas e sem graga, estimulando pontos de animagao. ‘As esquinas e intersegdes se prestam muito bem a localizaga0 de comércoo e equipamentos de servicos que, por sua ver, ‘cumpririo dupla tungao: serviréo a vzinhanga @ impedirao que fique muito isolada, encerrada em si mesma: Esse tipo de problema acontece porque a maioria das cidades brasiloras cresce sem principios ordenadores que prevejam evolugées. Quando pensam no futuro € para fazer tudo supercimensionado, © que também é rum: 08 espagos fica enormes sem nenhuma garantia de que depois serao necessirios na forma em que foram executades. ‘Qualquer hipétese - desapropriar, derrubar, amplar ou superdimensionar - custa caro demas, A saida € entender que quarteibes e ruas formam um par dependente da ocupagao do solo, Tém de mudar ern conjunto quando as densidades ‘aumontarem e os usos 80 transformarem, ian wer dizer ce uh VA FEQUENA 6 ESTRELA Bae ore ee AAR MAIS SRO GUND CREA A DENA 3 - o~ E mais ou menos isso mesmo. Nenhuma rua pode ser pensada independectemente do que acontega ao longo de seu percurso ‘2 as cidades, em geral, comecam com densidades baixas e Us0s pouco diversificados. Aos pouces, 08 vazios vo sendo preenchidos @ os usos vao se compiicando, ‘Se houver_um padrao de desenho basica invariével, o mesmo lugar pode ir mudando sem complicagdes. Ha mudangas que ‘se fazem em Gefintivo, depois de alguns anos, como remanejamento de meiosios © amplagao de pistas, pavimentadas. Qutras terdo carater provistrio ou temporario, Uma faixa de estacionamento pode, um cia por semana, abrigar uma felra. Uma calgada alargada pode ser ocupada por mesas de bar. barraquinhas, bancas de jornais, ou servir 20 transito de bicicletas, Estabelecica uma largura fixa, a implantagao seria gradativa sobre esse suparte. A evolugéo da cidade e 0 crescimento de recursos daria 0 rimo das mudangas, sempre feltas atraves de ‘éscimos: implantag20 de meiostios, pavimentacao de pistas, minimas para rolamerto de velculos; ampliacao de pista; faixas de estacionamento, o Sa + 3 eyed 3a Para atender a tal esquema evolutivo e gradualsta, a largura basca das vias devera sor de 23,00 metros. Assim serio possiveis muitos tipas de uso @ o alargamento eventual das pistas sem precisar tocar nos lotes Indeiros, recuando suas 23) tostadas © conjunto de uas forma @ sistema vizro de uma determinaca cidade ae 120 4 Of Gd... AP R46 308 Tin Vocas A foliaa vem 1 BR Televi 4 OTRAS PRE MEER... ~* OSSTEMA E 4 ARTE QNPLEMENTAR Ce OAS O@ DAS OTRAS 14 A ida de sistema 6 essa mesma e, para que possa haver Complementaridade, ¢ preciso haver hierarquia. Ha ruas com posto de generais ou coronéis; comandam as oulvas. Certas vas tm importéncia restria a seu setor. S80 como sargentos oordenande seus soldados. Se a disciplina for bem coneebida @ implantada, 0 grupo marcharé bem junto. A circulagao uroana 6 8 vezes comparada A trajetbria do sangue no corpo hhumano, Para ating todas as partes, ele tem de viajar por artérias, vias grandes ou simples capllares. RODOVIA Quanto mais explicito o sistema, mais fécil sera o entendimento da cidade e o direcionamento do transit. ARTERIAL ae, °: aes Aaa we DOS? oe COLETORA AB 2 € COLETOAA SaNFRE ACABAR NUMA ARTERIAL? o* : Nao, © que é bor para uma drvore no presta em cidades, Porque, além de hierarquias claras, 6 preciso providenciar LOG, A ‘muitas interligagdes. Quanto maior a possibilidade de trajetos: Giferentes maiores as Chances de um bom desenvolvimento urbana. Ruin BOM y duce eoeouan ce eee como ai COMO REDE ‘A calgada larga é um elemento urbanistico muito dt, Grande parte do lazer coleivo se da no passeio, lugar étmo para briangas brncarem sob as vistas da mae, para adolescentes hamorarem, para velhos tomarem 80}, para os vizinhos baterem apo. Na realidade, a maioria das calcadas mais utiizada Flo‘que a maioria das pragas, por vatias razBes: esto mais & mao. s€0 melhor vigiadas, so mais familiares. A calcada SEsba funcionando como verdadeira praga linear, com uma Yanlagem extra para 0 poder piblico: 6 habito brasieiro que gada um cuide do trecho em frente & sua casa, A conservagao © a impeza se tornam muito mais simples. {A ditocao do tréfego nao importa muito em cidades pequenas. Ha pouco movimento e, cam um minimo de civiidade & respeto pelos outros, todos se entender. A medida que omega 0 crescimento, surgem contitos, em particular no ‘centro, que fic tionado. € enlao que aparecem as ererquzado, podendo as vias saCas para estacionamento © as ial para facitar © set dada atencdo particular aos locais € a8 0 arietiais sotrerem ‘escoamento do tr ceruzamentos e ret 6 SS AT A CRUE U9 SAIS. CUMINOSOS [MasTRANOD. Gie A lente 3 OU IMPORTAVTE 20+ mocene | 4 outros procedimentas que podem ser alé mais ficients que 0s sinais luminosos, A criagao de que séo sistemas alternad ajuda mutto a sinalizagio om adverténcias explicit no chao. jplaces varteas, PARE) 0 a pinta de faxes BINARIOS O principio da grelha Vernant (1974:171 a 184) mostra como, primero, os gregos desenvoiveram um concerto de politica ligado 20 de pertinencia ® propria cidade. Cidade isondmica, sede da Hasta Kaine, Fogo comum acendido com os fogos de todos os lares, fequidistante de cada linhagem de familias fundadoras. So epois de estabelecida a forma da assembléia demoordtica, ela 6 traduzida em um tragado urbanistco, antes 6 existente como Ideal metalic. Cistenes, nos titimos anos do séoulo VI a.C., i propde reformas embebidas de espinto geometrzante aplicado ao fespago fsico, & organizacao do tempo e aos sistemas de umerago (Glatz, 1948:469). Mesopotémioos conheciam os Segredos das matematicas e o¢ transferiam da astrologia & ordenagao de cidades. A peoularidade grega consiste em desiocar 0 pensamento cientico oriental da arimética para a geometria, Assim, o dominio dos designios celestes foi Subsiituido pelos deseos humanos (Vernant,1974:203), 0 piano de Hipddamo para reconstruir Mileto ¢ elaborado na. passagenrdo ciassicismo para o helenismo. Os gregos Conhecem, entim, un tragado regulador que cobre uma cidade inteira. Alem de primeiro urbanista, Hipédamo seria o primeiro tedrico da poitica (Vernant, 1974:219). O centro civico sugerido por Clistenes puscava a integragao indiferenciada em pols de todos 0s cidados. O espaco police, que também ¢ urbane fem Hipodamo, tem como né comum a identidade & iferenciagao de cada morador Bonevolo (1979:46) qualia de “particularmente habil @ ‘isorota” essa tentativa. A regra diettiz ¢ a da consténcia da ‘esquadria que permite &s vias se adaptarem com liberdace 20 terreno @ a8 necessidades Tuncionais. A cidade no se confina ‘em um contorna geométrico simples. “Talvez se considere que vos 2 trama original possa se estender infintamente, como nas ‘oidades americanas seiscentistas @ setecentistas’” (Benevolo, op. Git), hist6ria do urbanismo ocidental softe uma inflexao: orientagao, forma @ dimenso dos quarteirdes nao so mais intuitivas e epsodicas, Passam a resultar de alos pensados antes, do exercicio de racionalidades. Os romanos gostam muito dos tragados geométricos regulares Usam-nos como carimbos para assinalar seu dominio nas regides que conquistam, abusando de "desconcertante inditerenga’ pelo cla e tradigées de cada local (Benevolo, 1879.64). O quadriculado uniforme, inspirado no corte em cruz de esttadas opostas e na ordem dos acampamentos militares, serve bem para qualquer novo assentamento, seja urbano, seja rural. Benevolo (1979:69) diz que "a mesma combinagao de rigidez e liberdade”, indispensavel para conseguir variedade e elasicidade em outros. aspectos, vai permtr a colonizagao do este amenicano. A! também a quadrcula serviu de garantia para ordenagao © desempenno de amplo leque de inie:tvas lerttoriais e construtivas. Na Idade Média as cidades crescerdo por acréscimas @ ‘continuas modificagdes de tracado, através de um processo de agregagoes sucessivas. Os elementos geométricas invarveis no esiao fora de discussao como na Grécia e em Roma, Ja os ideais renascentistas propdem idealizagdes de forte sabor Aulico ¢ iterério tdo bem sintetzados na obra de Albert (Benevolo, 1879:112; @ Choay, 1980). Esse mundo perfeto, sequidor das regras da perspectiva, no consegue, porém, saliar para fora das paginas dos tratados. No petiodo barroco, enquanto @ Europa vai se fixar em ‘composigbes radiais, surgem as cidades proposias para a ‘ocupagao do Novo Mundo. Seu ineditismio e descompromisso fem relago 20 que estava estabelecido permitem 0 retoino a tragados reguladores, onde 0 principio de geometrizagao 6, a0 ‘mesmo tempo, simples aberto a infntas possiblidades. Nas ‘ordenagdes flipinas esta explicta a intencionalidade de ppadrées elaborados para coibir, com efciéneia, qualquer vazio. terntrio virgem é visto como capaz de aceitar uma solugo fom série que se adapta muito bem as circunstancias locais. Ainda que de forma mais discreta, os portugueses também traro para cé seus ideais racionalizadores (Delson, 1979) Cidades como Lima, Bogota, Santiago ¢ Buenos Aires puderam manter, durante séculos, a légica de origem, ‘adaptando-se s'inovagdes sem grandes traumas, Na América do Norte também vao ser seguidos pianos bbarrocos em tabuleiros de xadrez. A diferenga do que estaria ‘acontacendo na Europa da época, nao ha preocupagio predominante com a perspectiva. O tecido uniforme, Interrompido episodicamente por uma via mais larga, uma praca ou edificio importante. Em lugar das murainas que irao persist na Europa até o século XIX, ndo ha outros limites que linhas geométricas ou confins naturais (Benevolo, 1976:210). A ttadig40 americana se caracterizaria por elementos “fixados de ‘modo rigoroso e invariavel, mas apenas o sulciente para se ter lum ponto de referéncia comum e indiscutivel; sobre ossa trama celementar todo o resto pode variar de mods live, Independente e continuo” (Benevolo, 1976:212). Em 1811, surge 0 novo plano de Nova York, onde a malna uniforme 6 apicada de forma até entéo inédita (Benevolo, 1976-218), Sao doze avenidas largas, correndo por quase vinte quiémetros, contadas octogonalmente por ruas de cinco uiémetros de extensao. O unico tragado irregular permitido © da Broadway, que j exstia antes @ foi preservada, A finalidade ¢ clara: "permitir um certo némero de lotes ou de espagos divisorios (..) Nos quass possam se localizar as atvidades futuras de qualquer espécie sem incémodos @ onde ualquer dessas atividades possa ser alcancada pelos servigos publicos” (Benevolo, 1876:220). O sistema funciona tao beri que, durante quase duzentos anos, admite o crescimento regular, seja por intensiicagao do uso do solo, seie por ‘extenséo (Martin & March, 1972:13). Peal Br nam eee bes we ‘Outro famoso plano em tabuleito de xadrez € 0 do pai do turbanismo como dsciplina moderna, lidefonso Cerda, para a cidade de Barcelona, Segundo Benevolo (1976:114), Cerda sole ainfluéncia de Haussman e de seu plano para Paris, Conservando intacto 0 tragado original de Barcelona, dispde fom vata dele ura quadricula interrompica por duas grandes diagonals. O centro antigo € tratado como um conjunto arquitet6nico, O acerto das idéias de Cerd4 pode ser comprovado pelo bom funcionamento da cidade até hoje. He nel Te onleca. ont po hadi fly aque mil agus (167) ‘A persisténcia da grelha através da historia da evolugaa urbana no Ocidente leva a pensar. Falando em termos matematicos, ‘exander (1971:22,23 e 24) distingue dos modelos possiveis de estruturago urbana: em drvore e em semi-rticula, Convam repeti suas Gelinigdes: “Uma familia de conjuntos forma uma arvore se, e somente se, tomados dois conjuntos que pertencem & familia, ou bem um ‘sid intextamente contido no outro, ou interamente separado, “Uma familia de conjuntos forma uma semiraticula, se @ somente se, quando se sobrepdem do's conjunios pertencentes 8 familia, 0 conjunto dos elementos comuns aos dois também pertence a famfia” Potencialmente a semi-eticula é uma estrutura muito mais complexa e suti que 2 4rvore. Para comprovélo, Alexander demonstra que uma drvore composta por vinte elementos pode Coonter, no maximo, dezenove subconjuntos, além dos vinte Constituidos por cada elemento isolado. Uma semi-reticula constituida pelos mesmos vinte elementos engloba mais de um mmilndo de subconjuntos distintos. 10 xadrez com intersegdes continuas 6 uma riquissima semireticula, carregada de complexidade estrutural. Nos termos de Alexander, a insistoncia, caractorstica dos CIAM, em madeles pobres, rigidamente dspostos em arvores é uma ameaca & sobrevivéncia da cidade e das relagbes cociis que permite, Opiniao coincidente com as de Hillier & Hanson (1982: 49) que acusam as obsessdes recentes com formas hierdrquicas como responssiveis pela iusso simplista de que esta & a Unica ordem urbana desejavel. De fato, as logicas gerais do espago urbano nao so regidas por hierarquias e sim __por distribuigdes simétricas O seu desempenho social seria condicionado por dois padrées de grupos: espacial (contigudade provocadora de encontros cotidianos) e transespacial (razdes que unem pessoas Independentemente do eepago). Conforme o desenho urbano, pode-se dar maiores ou menores chances de interpenetracao fentre esses do's tipos de vida. Hiller & Hanson (1982:20) lamentam que torres, blocos ou "guetos verdes’ representantes da natureza muito fragmentada do moderna fespago urbano, estejam maximizando o estranhamento entre “moradores” e "gente de fora’. Dai o crescimento de mecanismos de contiole e vigiancia que, quanto mais ‘complexos, mais intel. Idéias, alés, bastante parecidas com as de Jacobs (1961) que a2 a elegia dos quariiroes curtos, continuamente Bj entra de rata Costs aa andineh Arteria pec aseiaseiniat Arteriassasirian ANAM interrompidos por vias, propiciadores de “comunidades das, fuas" que, 20 mesmo tempo, procuram se defender © desenvolver formulas para incorporago de novidades forastoiros. Constaiagoes feitas em Nova York que se revolaram bastante adequadas ao caso do Catumbi, no Rio de Janeiro (Wogel, 1982) E também através de raciocinios matematicos que Leslie Martin (1972, cap, 1) se dispde a recuperar as formas em grelha, atacando falsas verdades até nd pouco incontestavess, ‘Tomando a grelha como geradora, Martin mostra como, nas cidades americanas, possibiltou, sem grandes traumas, varias formas de evolucdo urbana. Em muitas outras cidades ‘uropeias, 0 xadrez, embora distorcido e distarcado, esta la Nos seus exemplos, 0 autor citado demonstra a continua interagdo entre grelhas ¢ formas construidas, garantindo maior ‘ou menor harmonia, Considera que o eniendimento tebrico de tais relagdes é fundamental ao desenvolvimento das cidades e que as perspeciivas de teadaptagao continuam abertas, Indo mais além, Martin & March (1972, cap. 2) estudam trés padres possiveis de acupagao do solo: em pavilhdo (ou bloc), tua (ou banda) @ patio (ou xadrez). 0 ultimo resulta, de fato, do cruzamento de bandas. Analisados dois fatores - ulizagao (@reas ocupadas x areas livres) e potencial construtiva (area total da construgao x rea do terreno) - concluem que a ‘ipologia em patio “acondiciona a mesma quantidade de area {de piso, na mesma superticie de terreno, com a mesma profundidade e em, aproximadamente, apenas 1/3 da altura Tequerida por torres ou pavilhdes” (0p. cit:28). Isso se da porque depois de certa altura, as torres isoladas deixam de sar a terra com eficiénoia crescent, Jano caso dos patios, a mesma terra ivte, agregada de forma continua, oferece maiores possibilidades de uso com menor dispencio de energia @ material, ‘Sendo a grelha 0 padtéio (pattern) resultante da conlugagao de malha vidria e quarteirdes ocupados segundo uma determinada ‘ordem e qualificagao, vém logo & tona as idéas de vizinnanga, zoning @ bairro. A experiéncia brasileira e internacional tem emonstrado a artiicialidade dos limites pressupostos ou impostos de fora para dentro. A proposicao de unidades autacontidas 1&0 a0 gosio de Howard (1870) resultou em fracassos, po's contrariava a logica das prélicas sociais © ‘econémicas correntes, Pani (1975) demonstra como nas new-fowns as pessoas no ‘correspondem aos pertisalmejados nem se comportam no fespago como imaginaram os planejadores. As relagdes mais, vivas, © que se convenciona chamar de “animagao" Ccontinuam a se dar nos cenios mais antigos, preexistentes, aos ‘quai se agregam os novos assentamentos. Becerra (1979) também revela como nas superquadras de Brasilia acabaram ocorrendo especializagoes funciona, orque 0 ideal de autonomia nao respondia as leis de mercado, & composigao social e aos habitos cuturais. Em vez de lugares istnibuides com requiaridade, o espa¢o do Piano Piloto passou 2 constitur urn ima concentrador para toda a perileria da capital, Funcionou como um enorme centro e nao como uma olegao de pequenos centros relacionados hierarquicamente, conforme previra Costa Os zoneamentos rigidos, sacramentados polos CIAM e que ominaram © pensamento urbanistico dos anos 40 em diante (Giedion, 1941, e Benevolo, 19795) esiao universalmento desactectados. Cidades universtarias, disrtos industias, grandes conjuntos habitacionais continuos, areas tesidenciais exclusivas, centros administrativos nao cumpriram 0 que rometiam. As tentativas de "taylorizar” 0 espago urbiano $6 ‘falta de Uniformidade ¢ muito postiva, pois a mistura de lotes Axo grandes e pequenos com varios formatos garante a Sweraioce de ooupogbes e usos Em una odaco ass rao 6 ee ‘pegs, ffeil 20 formarem quota © droms secrenecies. Ale Puayjuades Autres pibacagcn: > { Sei) DENSIDADE ee DARA 4 — ™ 6000 os Populacao e densidade variaro conforme 0 parcelamento interno de cada quarteréo © com a maior ou menor intensidade de ccupagao dos lotes. DENSIDADE oe = 200° | 20 ENSDADE es Pa FES * A Mais ainda: a area ja arruada de cada um dos seis Municipios de Roraima que serdo beneficiados com o presente estudo corresponde mais ou menos a0 que est sendo considerado como bairto (36 quarteirbes), O que hoje 6 toda a cidade, no futuro, quando as aglomeragées se expandirem, viraré seu centro. Cada expansdo deverd ser cumnulaliva @ acontecera por acréscimos ‘sucessvos, sompre sorvindo de modelo 0 mesmo padrao basico de vzinhanga e barra Os bairros se dispordo em tomo do centro segundo os vetores logicos de expansio urbana que variardo de caso para caso, conforme as caracteristicas do terreno, as barreiras naturals © a existéncia de elementos de atragao significativos (as estradas, por exemplo), A ale air oi, see sink me yin ie: NS I tore a DE 20.448 LOTES: GARTEGIO ae 4 QUARTEIREES = VIZINHANGA 36 GUARTEIRERS : BARRO , WAR! U0 £0 BCLADO PARA NB AUER FERDIS... Bo MME SRE BERR, co CM Citta 00 Ge AN EXE -. Og E Ode e'nesto CE Fi GAS KEN Cone SBP = © cREScIMeENTO FoRULAcbNAL 7 2 A ONERGIFICagZO 0G ATIVIDAPES ECONOMicAD; * A EXPANSIO DE EOS ViARIOS & DE MEICD DE sone Sint €sa' sei rameepa SRANSFORTE: COLETINGS ¢ GLE 2 O CRESCIMENTO. SE FIZER : oS CoM 0 MING OE COUTROCE: 4 AS NECESSIDADES, POREIBILIDAEED E ASHRATEES bo SBHUIR AEES SHPCES € GE TOD COME, . zen ‘ (MAB HAUERA’ SRPRESAS, MEGATIAS 10 ADENSAMENTO £ A SSTURAAS be AREAD CENTRS 7 LA CEMANDA. FOR AREAS NAZIS NO FERIFERI. ” 24 6! RECO EXPLICAR MELHOR AGULA HISTORIA DAS OAC € CO MIRO, Quando as cidades chegarem ao ponto de ultrapassarem as fronteitas das Areas alvalmente arruadas sera nacessario teestruturar 0 sistema viério pensando no futuro. Eis por que surgem essas grandes diagonais que, junto a0 anel cercando 0 ‘ue sera 0 centro, configuram um sistema de vias arterials. Tal sistema ser muito Util quando o trélego for ficando ‘congestionado no miolo urbsano e for preciso trazer para ai todos os dias, gente de lugares cada vez mais distantes. Pelo ‘seu desenho, as vias arterials terBo ligagao direta com 08 diversos bairtos que poderdo atravessar sem perturbar seu Interior, tranqailo, dedicado a habitagao, ‘As margens das diagonais torso um formato particular. Al 03 quarterdes seréo triangulares; 0 espaco sera ideal para Construgdes mais atas, eaificios publics, centros de servigos, locals de trabalho e estacionamentos. Eles estardo muito perto das reas residenciais, todo acesso privlegiado ao sstema viario, formarao uma barre, criarao descontinuidade visual e funcionarao como marcos. Configurardo também faixas longitudinais arborizadas e ajardinadas servindo a grandes cextensbes do tecido urbano. Por outro lado, no quadriétero central, o trnsito poderd ser posto sob controle cuidadoso, evitando-se 0 acimulo Gesordenado de veiculos coletivos, automéveis e pedestres, todos brigando palo mesmo espaco exiguo. ”" GURO Sit TD NIEOICO!/ FRA CIDADE CAR EERTO, ESF PALER UM QALRALO EM OCIA OPAS BARROS Gt VOLTA «+ Calmal O modelo & geral e s6 serve para ajudar a pensar. Cada caso ¢ um caso ¢ exige adaptacao. Os principios terao de ser testados € revisios & medida que forem sendo aplicados. e acordo com os elementos condicionantes externos © intemnos as cidades apresentardo tendéncias proprias. Algumas se inclinardo a ser lineares, outras serao circulares, dispostas ‘em volta do nécleo inicial; haveré as mais concentradas e as mais espalhadas. A vantagem dos padres sugeridos, alas, 6 ue permite muitas configuragbes Bibliografia ALEXANDER, Christopher. La ciudad no 6s un &rbol In La estrue- tura def medio ambvente, Barcelona, Tugsquels, 1971 AZEVEDO, Eurico. 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