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Este voter uma interesante dco sobre od cuss eas patiassocicuturas em torn da ateridade eda diferena.Analsa 0 proceso educaconl como una realzario cultural repleta de sigiicadose defini por relagoes de poderese de saberes entre sudos ouvints, minoras ou maori. Defende a dba de que ot since ossobrea surderesobee os sudosvio-seformanda nad namic Social infencada que ¢ plas pris decrsas tendo-dscuivas que nela se cram ese confentam, No Bras, pou que tentam colo: car as andes sobre a eduacao de surdos em um contexto tas apropriodo 9 stage cultural, ingdiiae co ‘muni. Com sua abordagem singular, a ator fla de ‘um ugar prs, de experiéncisctanas, po meio da vivanc com sa fia surda, Nao ¢ una vor pig (a de mie) em um trabalho axadimico, mas cetamente ‘lo pode er ignored. A questo da surdex © dos surdos Serve de bate para uma anise aprofundada de qustoes Pretendecontibut sabre a uta 0 pode e 2 edu para que entendamos mas a repeto de nés mesos amo membros consttuintes desta configurso sca co flituosa na qual vives. ia Pega Liner de 58 outra em ‘duce pela Universidade Fecal oo Ro Gand do Su UFRGS), mest em dua pl Unersiae do Eade ola de no LER, epson. € oles da Facade ce Eco (is Unverade Fae ahi. Pb pla Era da Unesidde Federal Fui ‘ae desu comida nga ecm ansu Ctdo Bee oe desiccator Muraq). AML Nidia Regina Limeira de sa» CULTURA, PODER E EDUCACAO DE SURDOS aA Oe EDUCACAO DE SURDOS AA oe ncn eo bt een latan [ASSESS a amgeuma CSRS camera Betta en a, mit ai [pon oe cong — eects } gu | ieee Soe ae aa: nosey * It eee Seon ara mina fb Nia, que, nunca interretando a surder omoum probleme, sempre fo muito fia {| _rermmiationecs toon eve ne see ating canis on sue ata 052 uma csi um amber hd sige das, ety depts esa, Para meus pal Leia €Cvelia, que, sempre achando Importncia no cue exfaia, muito melacentvaren, ee Pr pase ert ey A SURDEZ E OS SURDOS : NAPERSPECTIVA DOS ESTUDOS SURDOS ste trabalho tem a intengdo de abordar algomas formas pelas quais a sociedade define as identidades con sideradas *normais” e as “anormais”, acabando, asst, ‘por oprimir um grupo em beneficio de outro, pelo uso rbitirio dos poderes ¢ saberes que nels se enfrentam. Especifieamente, destaca-se aqui situaglo dos surdos, tum grupo que tem sido definido socialmente, antes de qualquer outra definigao possivel, como “deficiente “menor”, “inferio” (qualitativamente falando) — um grupo “desviado da norma”, Em diregdo contri, este trabalho junt-se aos outros, eafrmando um processo que visa a reeonstiit a experiencia da gurdez como um taco cultura tendo a fing de sinais como elemento significant para essa detnigo, Reiro-meatrabaos que ti contribute para we ‘com Harlan Lane (1992, apud Ssianx, 1999 4, p-10, que ‘Tasardanatelizaro deri cri doce azafia, lo, simplesment, rocar um rou antiga por uma nova’: demands una mudanga de mentaidade, erm some fii desler A coogi tl como entendida ‘gui em aver com “a justaposigao : le pontos de vista, A stografia é uma logistica de percepgses pelas quais as piitcas que apsiam ou mantém certs grupos de interesse 80 aranjadas conta outros grupos de intcresse e seus Iecanismos de apoio” (Wnicey, 1996, p. 13) Para 0 objetivo de tel izar um estado eto Ln oar ecen pte Atti. histéia-padrdo dos surdos tem sido questionedae lmao ls tm ilo propos Vase ita no Bara buscar proiagonistas de sucesso ou mit, que am ser aelamados ou idolatrados, mes para gue ne ore Pose enero motnarser ot ember haa Congas, 08 discuss ave delnaramopasady ee mts ‘configuracdo do presente, A. hist6ria dos cera tid els urease sas 25 ouvints. Souvintes.E, porto, uma hi Ingenta. arma Ainformago que stem éd ade que,na Ant os sar — equi creo cewe ats srl ata de eis O jaime © tstianismo trouxeram uma elevacdo a signif ooo me como oes quisiera lie, sepa »®, i Athowuidads — Wy tear “ie perspective precisavam de Des, ou de Cristo omo elguer outa pessoa). Os surds so menionados 03 ais atgos regis istics do Antigo Testament © também no Novo. O peimeiro registro &stribuidosa Maes que, por voli J 1480.2, eereveu que Deus the havin ite que ee mesmo [Deus] & quem xiao modo, o suds vdente, cee, enim, que ta oda as pessoas come the ara, A plava “sud” aparece 18 vezes ma Bibi 12 vezesno Amigo e5vezes no Novo Testamento* FRenascimenfousou andes, corcundss edformados camo espetslo, minis om iso lepimadora A clecia, defend aiginizaglo social eisoloua "anor tnaligade com o fim de reabliar ou curr. As prtcas apscitaioninastvram ali sua rigem, omen apa do século XVIII -informagies sobre. 0s. ‘surdos em situagdes éducacionais. A historia moderna dos Sardosgetalmente comevaem Paris em 1756, quando um ares interes por um gro de rans surdakepabsa ‘ instru(tas em uma peguena escola que vio & ees, tecsbo apoio rel torno-se uma insist de fam sptemacional, Gerament ess histri €apresenada ara ves de datas fatos «destacase Tua herSca dos suds (geranente ha pelo dito utlzago do tingus de ap ecrin re amo 28 A IN PSM ART SGT sais); conte da participa do piedosa de alguns educa- dores;masnem sempre se questona gs demais aspects das relapbes sociais. Owen Wrigley traz uma visto diferente dasarativa comum das origens [ame ele que vé no conto do Abbé de Epée (Pade da “Espade) uma tentativa de presenta ur tipo de Papai Noel [ara’s surdos, masque est, na verdade, trouxe consigo a __ Mince adminstragio dos surds pelos ouvintes. Emborao Abbé dete nunca negsse que os surdoseta- ‘vam se comuinicando ent usando sins existent, as ‘arava histrica chan gerlmenteconveninie macro comes" dang dssinas parr data de suas pleas ‘usimalacr artificial uma verstomanualmente codificada 4a linguagem dos ouvintes (WeicteY, 1996, p. 45/49). Na entade, por tis de uma histiria na qual se glo- silleaoabade IEpe e sous suessoes est inicio das Beltcas le agrupamento de surdos em isting, prime. amen chamadasasios e, depos, eseoas A historia da Perspetiva dos benfitoresdestaea pessoas e feitos. mas escondea pritca social de colocar margem os diferentes e asiilos. ‘Anda comentando Wrigley, demos com ele enten- er que, quando histricamente a linguasetomou snénimo ‘do fala, busca das origens da linguagem se votou para 0 os surdos, pesquisas médias bukaram descobrit fone neurolingtistica da linzuagem; diz 6 ator que, nt te, também I"Epée buscava demonstrar teorias das origens da linguagem, tanto como ganhar real e a popularidade piblica|Imaginava-se, no que © som era o nico veFculo da linguagem & festa estava presa ao som. Até mesmo 0 pensamento ‘processos mentais eram compreendidos como fala jor. Davis assinalatratar-se de “um dos mitos capaci- jonistas de nossa cultura: 9 mito de que a norma, para eres humanos, consiste em se envolver em um ato (1995, apud Acontece que, caso seja feita uma comparagio,, /< se concusto de qusalinguage fla é serial ¢ constituida de segientosfondicos ques - ea ingua de sina no segue una seqdéncia como fa ala ang em. ver com fomas vis ; da geamitial(Wnic.ey, 199, p. 167) Embora os snas tenham wm aspectoduracional” eles nBo se constituem de _segmentos que e seguem, no entant, os préprios fonemes ‘so “feixes simultineos de caracteristicas concorrentes (acosson, 1971, apud Wrist, 1996, p. 165); logo, tanto ‘lingua falada como a lingua de sins contémdimensOes segtlencias e simultineas, ‘como Wentidade perturba alguns: wtisticamente visual” (a lingua de sina) ‘amodalidade “lingtis sual lingu es ues surdos tlizamameaga noms deeotenientode linguage ua confontsogea conseqaénsss come | as imprescindiveis mudancas nos objetivos educacionais, a / \ 0 desalojamento de posigBes de edueadores ouvintes ¢ incentive par a formaglo e colocagdo de professores anos eas obrigayBes estas decorentes, a providencia de imterpretes de lingua de sna nos locas pablicos ete ‘tos maori das vezes,entende-sequeémelhor neEar as diferengas que enfrentar suas conseqdncis, ‘Owen Wrigley & um autor extremamente eritico «quanto histvia dos surdss ele afirma, inclusive, quda politica da sud ea educasSo aual dos surdos so flo dle dois aspectosbisicos: uma filosofia da linguagem, que centendia que a fla era. sinal da humanidade do homem, ‘© uma estrutura institucional, qu surgi apds os estudos «do Menino Selvagem de Aveiron (Victor) fetos pelo Dr. “Jean-Mare Gaspard Hard, no Instituto Nacional para Sut- dos-Mudos em Paris ~ inciado pelo abade TEpée Esse ‘menino, encontrado nas selvas no final do século XVII, era tido como o resultado do experimento proibido, 0 ual poderiavira desvendar a origens da inguagem e do estado natural do homens, Anos foram gastos na tentaiva de fazé-lo falar, €“a fala torou-se a tinica medida de “umanidade” de Victor (1996, p. 63). 0 autor ressalta a inonia dessa histria, segundo a qual “o Menino Selvagem rca fo instru na lingua dos sia, nem the deram «portunidade de interagir com as centenas de jovens surdos dle su idade que moravam dentro do mesmo Instituto, para ‘estar ea sinalizagdo teria alberto um canal para mares avangos de-comunicagdo”, Ressalta, Owen Wrigley que essa otvel propensio dos cenit de excuiruma peo ‘ana auéntca lingua desnas das comunidades sds a as quis trabalbavam. Os esforgos “manualists” do real XIX. nlp obfiveram 0 sucess esperado; ent30.© ratio comegou, na metade do século XIX, asubstitur STpropostas ds eens educativos de surds, Culminando jam o Congresso de Milo de 1880, mes(nid a parti dele ‘io-somente, a edueagio de surdospassou a definirse pelo tnedel clinico-terapéuico,destacando 0 modelo owi- te como paradigm ¢a lingua na modalidade oral como bjetivo principal aserinsistentementepersepuido. Neste ongreso, que tatu ds dsines da edueato de surdosn0 rund, apenas um bacadorsurdo esteve presente, £1 se “efiniu que as lingua de sna deveriam ser forposamente trraicadas(SKIAR, 1998p 16)- Antes tentou isola 08 surdos em asilos, mas isso teve um resultado inesperad. * Neu gn sng dn lve ds 0 Pe tmersorc SS Ln Aen pean A ngage Sor ni ri Cana Fale re vitor wis eae rena unr aenrs dum puke eral 199 ‘ido a nova extn par prods urdos aceitivis foro Seu solamento uns dos outros pela obrigstoridade do ingus oa. Ipiseya tei! 7 [Lis Bchares ressalta que asubstiuico da utilizagto «do manualisme pelo oralismo deveu-se a dois fatos fun- awe ‘com Alexander Grabam bell, 0 desenvolvimento, no ambito pedagico, do subimbito clinico denominado educacio especial (1993, p. 12). O sugimenio do eduasto especial sows, dente outta delimiagbes que se fornaram possves a delimit ‘ode umterttro clinica epstolicosanitio para feincia dentro da escola: buscendo cura ea abla, tas esoondend a visto pesimisia de que a conga de deficient” ou “ineapaz”eriéimutével da justifeanda as tains expecttvaseducacionas.Efetvaram-Se proce iments deavaliagdo clssificalo do individuo, de seu com ede sus potenciliades, por mci de comparastes ¢ ifundiram-se priiascapaciacioniss. ‘No caso dos surdos, desde 0 famoso Congreso dé Milo até os dia atu, ooralismo consegue maners€ ‘oie presente no testo da chamada sag especial ou sj no mbit intgracionsta simi i, Foi jus ali cde um século de histéria de fracasso/exclusiio escolar dos estudantes surdas ~ que, na esmagadora maori, devido a cesses ettos de interpretago de suas potencialidades, no fh 4 vs niveis mais altos da escolaridade, antes 530 — segundo o qual as duas linguas so vistas como possiveis aleangam o a se nt mcs cer “ consi (nem na moda escita emi mu orl) ae TR MMRE « WOR dos ilizé-la, pois todo trabalho pedagogico que considere @ ‘desenvolvimento cognitive deve considera aaquisiga0 le, ‘uma primeira lingua natual (ete é 0 eixo fndamental do chamado"ilingnismo”, al eomo odefendemos).De outta forma, como a erianga estabelecerécontato com o mundo dle representagdes qua cerea? Como tecen suas proprias siznificagdes? Ao contrrio, easoa eianga sud tenia uma lingua natural como base de seu desenvolvimento cogni- tivo,elacontaré com as condigdes para aaprendizagem de ‘ua segunda lingua, pos texas condgbesétimas para 0 desenvolvimento no apenas de sun cogniglo, mas de sua auto-estima, de sua identidadee de sua afiligHo cultura A r — ora, aos defensres da intgrasdo escolar equd- pine” poderiamos perguntar:Fpossvel tr escola onde | ars nennonimero de criangas srs © oui? DA ak eromesmo nimero de prfesoressurdoseouvines, a todos seam fuentes nas dusslinguss? Ora, ands | sso ose possivel,sindaassim no haveriamBes, pas, sre einmaos surdos para distsbuir a todas a8 criangas sara... Enfim, uma integra escolar equanime fica bem apenas em diseursos. } ywando se defende @ lingua de sinais como prime! + Lingua, flo se est ue 0 desenvolvimento cognitivo depende exclusivamente do dominio de uma lingua masse esti crendo que dominar uma lingua garante melhores recursos para as cadeias neu desenvolvimento dos processos cognitivos. Assim, obj. vvamen os defen ne orantiodomlnio de uma lingua para dar bases lias.20 desenvolvimento cagntivo do individuo,O uso do trmo hilingtismo”, no enteno,exige 0 cuidado de nfo se pre- tender umaexclusividade para Kngue de sinas (como seo surdo ndo fosse capa de aprendor a Kingua da comunidad ‘majoritria), No entanto, Oven Wrigley averte:"O acesso ‘aambas as modalidades parece inconveniente demais para ser levado em consideagio” (1996, . 32). "| © que se vé no eotidiano atval, ainda baseado no cralismo ou na comunicagdo total, € que geralmente @ | __riangasurda nto tem acesso ao conhecimento comanit- so e cultural através de uma lingua. Concordo com Lis & a precocemente,nio ¢ cientifigamente possivel esperar quea lingua. oral seconstiua imiediatamente em um instrument aural de intragaoe constmugio cognitive” (1993, p. 5) CGorlmenteéaescola que ata como “doadora ou “infor- ‘manle da Binguagem aos surdos, dada a estaisten de que crea de 96% dos surdos assem em fais de ouints ‘.cscal, portant, reveste-se de uma importa crucial, pois € ela que pode compensacos.déicits sosioculumis. uuuidads maloctariamente ouvinic,. ‘a tradicional perspective trapéutica qu insite em «acdo-mucultural, Segundo Sklar, e858 no € uma mera eciso de natureza ténica; & uma decisbo politicamente constr socolngstiamenteustiticada (199%, p10). A a Lima educorto binge qve Os ‘embasada em uma emacs alone Peron © esqucet todos ak dems ASPo® intertela- cionades, na ecagho bitingl-mcutual nfo envelSe apenas o considera neessidade doo 8° as linguas, sees significa, também, olém de dar esp862. Pe legiado 1 prod iguana dos suds, SOT ix0s, «inet identidade 8 cltra, © muteuta “peu alo prespoe wn intercimbio cltra 90 qual se apenas ouvintes ¢ sus inerajam & mutuanens =f riquayam, mas ours cultura seam esaliada, PS carey uvne-urdo nto & «nice catepaia. da. analee ree nsieradn até porgue erm 28 CUTIE CTA: mente haverd surdos). E necessério decifrar conceito de me ral”, pos este vern Sendo wii SOB rspetvas diferentes ea amiagnicas, come SVC verve jf comentaros. Uso o erm “mulicnltral” PA mene fre A necessidade, de consideragHo das cultures ses de gonoo, de classes ee, que meslam ait situagio cultural, ‘As poltcas educativas criam modalidades d= &° colarza para os srdos: ou sto integrados ds aSS® tegulres on ao encaminhados as classslscols SPSS Teavespeins par suds. Em qulauer desis Siuiaoe thethoree resultados ateangam os filhos surdos de ais So fox que em a porunidade de adgutr deforma nai 2 nga de sina wlizada por seus pais de asim =... informagBes socias © ambienais em tempo c volume “Siethantes os e ur rane que ove, Or, con So posta nse seile modelos ideniicndores resets confor uss gram Sentimenios de vretenga, atest e auovalrizasQu ‘A fazer dfes d tig do Diinghismo ede ‘uma postura multicultural na educapo de surdos, se esté lestenndo mudangas radii; mas lo Se est eometendo visio infundados,Avé mesmo a Astemblgia Geral da ‘ONU (em dezembro de 1987 aestouaecomendaso de ae ‘que, eunidos em um Encontro Global, cos sido {J devem se reeobeeids como uma mine it~ ‘intia, com o dt especfico deters aguas de iis sivas ects come su priming ofa e como omic “inane ntti eae eros. nd ge stirs Cum ao de ecto ce cs ferentes grupos sociais, emtorno da signficago dou sejam a surdeae 08 surdos no gontexto social global. ‘Owen Wrigley diz-que pensar a cultura dos surdos seca sinless, apenas estvssenosqutend detent raatvasrelevantes sabre o gue os Sands fazem juntos, de ‘que maneiras dss eles fazer so, € como deem sr st ‘experéncias do “silo em wn undo de sons” [Est ‘sto consti pide nope gales Sins corpo deficient, a experince ur fla ums sbetra Que 6 ‘sa melhor as hipteses, am subgrupo dima de cas sis amps (1996, p 4). |) © autor questions tais nogdes (nfo negando que as 4 subculturas existam ou que 0s cidadios com deficiéncias | sensoriais, fisicas ou mentais niio devam ser considerados | em sua especificidade), mas alerta para 0 fato de que a. ' cultura (dos surdos) vai muito além desses aspectos. ‘Nas das tims déeadas, alguns grupos tém usado a palavra “Slurdo”, com letra maiiscula, para referirem-se ‘uma categoria cultural de auto-identficagdo, em contraste ‘com o termo “surdo”, com miniscula, que diz respeito © apenas a fato da deficiéneia auitiva." Nao penso que seja ‘Es dining “VS, segundo Owen Wize. ¢amplamene vs ela maori ncaa SSeeeeee cena eaceed eae eral eee , ‘iv agr sve pallens alee tol ds experince dos Suro ‘tl esse tipo de marcaso, portanto nfo seri usada aqui Prefiro pontuar apenas que este trabalho nio se refere As pessoas que eseutam com dificuldade o.aos ensurdevidos, |< poisestscertamente “conser ama forma oniolica = «de existir através da audicdQ” (ibid, p. 13), Refiro-me 205 “sds” impossbldade de ess natural lingua da combnidade marti, oan «uma _minoria diferente, com caracteristicas lingWisti cognitivas, culturais ¢ comunitétias especificas. ~~ E importante que se registté que éssa minoria tem como “Tag além das interapBes socials que acontecem em espacos dinidos 0 que ¢ considerado“evidencia biscs™ ertener& comun ais No Brasil as comunidades urbana usam a “lingua de sina rs”, amb denominad bras, lingua bea. slide sna” Uilizo ng 2 il bral” por. ‘que entendo que o fato de tratar-se de uma lingua de sinais muito mais meant que it deel rind pela commie rs de sa ingests existe ‘em varias partes do mundo, tendo sido eriadas pelas comu- dads surdas em histrias, tempos e epagos diferentes; Jogo 6 ese 6 que S86 “agus ano sun locales gogrtes egies Ess inguas,embor tendo conseguido um cons derive exporo na en do ese ln da ingungem, sinda suporam algumas falling bastante divalgncs, conto: todas idénticas; evens raswdabo Nav o 4 r £ friar uma lingua de sais nerasanal so cians os gus ans Sa ce Por ona, sts gsi 8 Sind eur eaten uma lng c angen Noe, loss cienfio ts desi, se pe contr heels sto linguaspolissntteas bem desenvolvidas to estut+ falmente anos em eas s wis linguas alas que podem exist na proximidadeimediaa[.)-Apenas nesta crag alguns pesquisadoes que ouver Feconerern & ‘completa natreza lingustica das inguagens de sins mati- yas cw, 1996,0.22) [fyuln ™ Low. ‘A ingua de sinais faz parte da experiéncia vivida da ‘comunidade surda, Como artefato cultural, ela também & submetida& significaglo social, Nesta submissio a0s eri- ‘ris socialmente valorizados, a pesquisa lingbistica tem provado ques linguas de sinais so sistemas de inguagem tieos ¢ independentes Em 1984, a Unesco declarou: “A. Tinguagem das eriangas surdas estd em expansdo, Além isto a linguagem dos sina deveria serreconhecida como ‘um sistema lingistico legitimo e deveria merecer o mesmo ‘stats que os outros sistemas lingbisticos”* Owen Wrigley ddiz que as linguas de sinaisatualmente tm chamado mais, aatengdo de lingiistas ¢ pesquisadores, porque, através do terteno visual das gramaticas ¢ semidtica, elas ameayamy ‘abe sordagey tomas 4 ea don mon Pas, 18 suposigdes anterformente quase no questionadas sobre 8 epistemologias les ameapam 8s teorias da linguaem, pois negatn que alinguagem se baseie em urna apresenta- Ho seqiencial dos dados, como todas a linguas faladas (ibid p. 8) wi Ressalto que o que os surdos usam € mais que me- samente uma fala") ¢ uma lingua) com a qual podem cexpressar “a complena intoligéncia a situagao 95 3248 protagonistas” (Marys, 1993) se usd gem”, mo “lingua”, para se ya de si (2003, 12), srusado vara denominar sistemas de com :animais ou sistemas reconhecidos de vias ato, ‘ais como a artistic (Jinguagem da pi sca ct.) ste no ¢ 0 caso das linguas naturais", [No entant, mesmo diantedosestudscientiicos que corroboram 0 uso da lingua de sina, digo, concordando com Tereza Halliday, que existem pessoas quem asocie- «dade no ateibui “eredencais™ para a considerapao de seus Aliscursos (1987). Ora, autora nfo esté se referindo espe- cificamente@ fala enquanto emisso de sons articulados © «om significado, esti se referindo eapacidade humans de cxpressar sua subjetividade, que 08 surdos,utiizando a ‘dimensto espago-visual, podem fzer pereitamente /Aspessons pets sconsideradas subcutras raiment so silencidas até pelo Ser K. _afala um ngrunesto ded um prstamas 0: 58680 serio gus sci &~subisto, omplactneia, desial “ne menriade. 0 indvdo & 0 suite que fala ¢no.0 (jewel. JAS icing humans coma possve exe tds antopologa, lo tm sido capazes de decir 0 silencio {ue no foram sets plo suber académieo como aguces ‘informants vidos dos pesquisadores (Mar, 193) (0 sudo, na sua expresso cultural, nfo est se ca lando, esté send calado. igo, com Owen Wrialey, qué cultura surda muito _mais do quo que os surdos fazem juntos,"Os principals ‘componentes das culturas Surdas sio gerados com cada grupo sucessivo de crangas, eas eulturas dolar da familia também so geradas com grupos sucessivos de pais ave ‘possuem bebés surdosrecentemente‘descobertos™ (1996, .27)..Neste trabalho, a cultura ¢ defini como um campo, de foreas subjetivas que se expressa através da linguagem, dos juizos de valor, da arte, das motivagtes ete gerando.e ‘oem do grip com sus digos propos, suxs formas de “onganizaglo, de solidariedade ete. Os elementos culturis constituem.se a mediagfo simbdlica que toma possivel a ‘ida em comam. As culturas si fecriadas em fungdo de cada grupo que nelas se insere, mas as culturas minorité riasconvivem com os digs da cultura que se consider ‘dominant e pretensamente normalizadora ‘Ora, a cultura dos surdos reria-se rods os dias, mas é muito ignorada e desconhesial despeito de a surdez ser algo comumacultur slid é vista como “uma espéie xética cujaidentidade€destinada a decaire a desaparecer” (WnIeLEY, 1996, p.94)- Como o problema da surdez esti Iocalizado em um corpo individual taxonomia médica & reproduzida © assegural, perpetuendo interpretagdes da surdez como)experiéncia de uma falta ou como incapaci- dade ov deficiéne : Cito ainda Owen Wrigley, quando diz: embora no possuam mareadones de raga ou de nas do, os ‘membros desis culturas Surdasato-eferenciadas no tém vidas de suas identiddes eulturalment dstntas. Embora nominalmente membros de uma cultura dominate que os ireunda, eles ~algons, mas le tdos -yéem asi mesos como separados del ¢ como membros de ma cultura Sur. 4 espeifiamente “ativa”.[..] Embora lideres Sundos enftizem o quanto 12m em, comum com outs rinoras lingdistieas [.} jenordncia justifienda, exibindo-se & guisa da sabedoria comum, continua tata os surdos apenas como outro grupo de deicients oa ineapacitades (ibid, pp. 32-3) Em uma mesma sociedade, existem vérias culturas ‘imbricadas umas nas outras, gerando a nevessidade de se considerar um “melticulturalismo”, prineipalmente nas agbes educacionais. No entanto, hi virias nogdes de mul- ‘iculturalismo (como jé foi discutido anteriormente),entao cconvém dizer mais uma vez que este trabalho baseia-se em certa concepeio de multiuturalismo. No entendo mul- Malte ‘Geena como restrita A etnia ou a wm conceit que destaea formas de eOnsi7E de cme na determinacao ¢ orgama essa de concessto gue 8 fazer a outras menores/PiOeS também nto subentende a 20980 nacionalidadey mas subjeriiades que al ‘io de ‘arlos Sklas advert (com base em Harlan Lane, 190, gem Peter McLaren, 1997) que asunder 6 construi= O entendimento sobrea quest das identidades ests diretumenterelacionado com a nogéode linguagem, porque ‘pou a mp mia ed esis mca a pono Odea ropmeihbade pr tart ‘sci cm ebm a age Ke > sconstituisiada subjetividade di-se pelo exercicio do Drader da inguage,Inclisiv, os estudosps-modernistas ‘assram a Sedelinear pringipalmentea ptr de uma nova Visto sobre alinguagem; As ini muda, Jeomegarm se ins quando ‘eatendiment sobre al 6 asposibilida- es hea or li na rao dea pasar color 4 insubjtivdade como categoria epistemic, principe (Gi, 1998, p. 170, % Dias gue 1 vires lngltioa prea inn wou péetodendade. Es expresigteeesearens "ovaintepretago do capacidad humana da inguagern, A imodmidade end ingugem como veel tee rete neu gue tina cepeiad deinerpcar cree “iraealdad ea verde, nn ora pepe, toda linguagem significado sand oe consol Assim, pasos o entendimento de que * ingiage i 0, cons, as ete pcan cons ugB GT sbjtvidde Cctv eno eens ‘maualgue estado ou concluso, Na teria modem aciocinio é ndo é possivel dizer “a identidade & tal coisa”, Nis inept Pas-modemtis se entende que mo é possvel expres Soe fan be os ole “este gsm dean rape cs ces pepe metre cm ‘shar ela sa pesmi nu hog ‘sige area png a ‘Soro cyleaete Sn ae yi so i-th no pois to possibile Pi rota. News pespeta conto: es eu tanta de interpreta 05 iscursos eves das subjeivdades vsando descobrir como om Hsiasconttuem ov eeiton particulars, «eH forma dcoldics, discursive mates “12° Sturm »sbjetvdade de groes, de etnias, de asset Entend que aborda sje priclres para ret as hss que os inlenlarat, ou pati < ets loblizanes para acon sue consegéncas sera um intrest caminbo cine, equal soe tata em ecessariament esa pes Ne Tne Tt ilden de desconsugao, sm necessaramente tt Ae concord om esa visto dejo, ‘objetivo dar pesquias texts uz da prpetva des exudes lis tornarprocessos alé ali inconscintemente sofridos (¢ fuds) abertos andi [.1-E porge sabemos que m0 tamos no controle de nassis propia subjetividades que precisamos to desesperadamente denificar sus formas € ‘Seacreer suns histias ¢possibilidades. furs Tomson, 1989, pp 86, 72) proeuram investiga os signif na medida em que est ceados da experi fear guage cm ola pti de ignca ‘bare qu en pesmi ema jst do estan ek estacando que *o texto-tlheomo-prodizido ¢ um objeto tmandaria que fesse posulada a imagem do “outro” como comsrutor absoluta do “eu”, desprovida de gonfitos, em ‘stiri on mares ideolieas. Um “out poderos [- elo contro, o outro é mara pelo 80 das vores mito ur eso gue fzen reso vss demu 20" ‘rditras porque ontaditriossto os imeressex das esses soci cos conhecimentas sobre omund que constr (vest imersono fluo dessascontradigdes ese consti ‘com elas Mas io de modo pasivo ou soi, como 0 proceso de indviduaiaago se restingise 90 ato de aro riagdo de conhesimentos 8 posts (1998. P- 6) Py /, Z poraso que siz que as identdads so forma- dncorlarmadaideformadds nas lus que se tavam 20 eo das represetagbesemasprivias de sigificagto, er formasfovconformagtoldeformaglo & prandemente ‘ofiuenciada pelas prétjeas disursivas\ Segundo Owen Wrigley, wma conguista em uma troea de economiasdiseusivas (1996, p. 58). E assim que, ao estudarmos as priticas dis ‘eursivas na educaglo de suds, em certo sentido estamos estudando a(s) dentidade(s) dos surdos. “TAG)identidade(s) de surdo/dossurds no se ( cosrvoem) no yaziofomatm)s¢ no ston com se pues par do confonto com novos ambient ioeuaives Ne eacono eam os ous, of suds come: ‘cam a narrarese, ¢ de forma diferente daquela através da vin o8o nares pela que no so sade, Cometat 1 eoomoletientiades suds, fndameniada na di- fecaya, Eaabelocem, endo, contsos ees , aay sey, fam cas de diferentes represetnges sobre St) Wentdad() suds). Assim,sitoproduzem sgn feados a pr de infomagbesinstectuas, antieas, tna, oa, jrdcas estes, desenolvend, nth, ena cults pat desta wooded qe surem a Cultus suds, Quand aspesenas das secoscentizam de ave petencem a uma comuniadcltura diferent ou deere, sa consi a fale para feet ‘ssc simon dena comin Napep MrT PD Herc. Conforme citado anteriormente, &dado conheside 10s estudiosos da sunez que cerca de: sowdian! % omnes primeiras experiéncias na familia, ¢ sob forte espeialitas. No rar, empaises “em desen como 0 nosso, verificarmos diag de desinieresse¢ impoténcia. pox pie caeatges Taken «das i propria sorte, Sem expeciaiivas de obterem ‘sucesso na vida, principalmente em regides mais caren- tes. A esmagadora maioria dos surdos nasceem familias fastadas de sua identidade “nativa”. Ora, isso cma Os processos identificatorios da surda co- r no adrBes de conduta e valores da eultura.¢ da comunidad suas. Tendo essa posibtidiads ering sunda pode ab- sorver no o modelo que-asosiedade-ouvinte tem para os y. nf \ sundos, ms 0 que os surdostém a respita de si mesmos (Gate ¢o principal henofcio dxexperigncia comunitriada under por meio da Gis dd constnugig da idetidade de surdo) No entanto, nto 6 convenient tsar # existicia de uma Gniea identidade surda, como se esta s¢ mani festasse a partir de tagos universais que os traduzissem completamente (“os suros sio assim”), Os surdos © @ ‘comunidade sud sto plurais, como o€ todo agrupamen- to humano, Toda identidade & dinimica ¢ transformada continvament. i coment anterormente que fem avid en vas de dain ene “suds e Sudo, extando ce te Burdon (om tniacle)aquele qu aivamente of ene com a experincia da sure ent os sua {Comminscla) os que buscam scomodarse sociedad st cla pola ercuogrt(Seponds ne Bla ,desinarag “normal da comunidad sda excl elements ibridas ond detdade conv, como aioe lt hprocsiug ox puron ended istoncida da comunidad sua (193,p.T\No etn A luzdoeferencialwérco aqui liad entead que ising € bastante complicate pois coloca 0 prble (rind pla cferens) mo individu e no ns réticall relagde soi. Dig com Wrigley gue iting € coda bsihrocns pera ercliraqeles oe ai em esoleraextatpin de sobreviéncnpolcam comet (199, p. 106) Tae or so alguns sido ‘guem uma surdee nativa ( Scena) Sem que isso Seja a realidade de sua experignciagmas 0 fazemy segundo Owen ‘Wrigley, como uma tentative demonsttarque no estdo “vontaminades” pelo mundoios ouvintes (bid, p16). This definigdes. remade poi ‘mento da identidade d i ‘ita por eles priprios. Os s listing entre “incapacidade de ou «lo enquanto surdo”. (ibid, p-14)- Este autor ressalfa, no lingtstea e étniea” éuma amadilha incluir quanto para excluir, Nao hg filhos de surdos de “dees ‘iveram acesso a educa), ou feta dade surda/comunidedeperifcea, stfcando outa formas de opresao ‘dentidade dos surdos como estitica, fia Por outro lado, nao devemosfiea plenos de escripu- ‘os para reconhecer que os surdos vivem em condigdes de Subordinagdo, como em uma ferra do exo (PERLN, 1998, P11), Se deixarmos que eles nos falem da experiéncia da sutdez nesta sociedade que més, ouvintes, costumamos ‘ns ser “nos entendremes melhor a ons ds ierarquias sociais, Tomo a repetir com Carlos Skliar: surde.¢ criada ‘otidianamente, mas essa invencdo cotidiana da surdes <épermanentente obscures pel dscusods defieigncay “iscurso que ocult, através de seu aparetecientificismo € ‘eutaldade,o problema da idenidade, a alteridade e, em siotese, «questo do Outo, da sua exiténcia, da sua come pleidade, dos seus matizes (19998, p12) ‘A questo da lingua natural dos surdos {Mesmoconsiderando que o aspect lingisticn nfo € ‘nico nem o principal na construgo da(s) identi dade(s) dds surdos,frso que a identidade de um individuo se or meio da lingua) A degpeito de envolver tua eulturaya experiencia da sez nfo se basca em uma exigéneia de “lugar”,'*mas, certamente, uso da lingua dg sinais uma cractersic identiiia da maior importncia (Os surdos, organizados em comunidades, consideram 0 uso dalingoa desinais uma evidéncadepertenga 8 comunida Suda A lingua & uma atiyidade em evolugto, assim coma: 0 éaidentidade. i-s importnsia ao. use da lingua de sna construgiia da(s) identidade(s) do surdo.pelo_valor lingua tom como nstrumento de. comune ~ Segundo Ome Wrigley, "uma das acteristics nin deur do Evra natasha es pn pry oe (eta ucmandade fp 2p 3) umentg. Como imaginar rao entre surdos que tlic lingua ora sinalizada? © ara sua interagaio no pode ‘uma significativa e natural Fizassem uma lingua oral 0 surdas, Sendo, assim, um dos el ‘os provessos de desenvolvimento surdo ¢ nos de identiticagto dos ‘Alguns se referem aos s lingitstica, baseando-se no fato de que a li uilizada por um grupo restrito de w tizam a questo quantitaiva. Outros mn que 0 us0 da Lingua de sinais & um fator d Jo da sociedade ‘majoritiria, pois os surdos vive fio de des- vvantagem sociale partcipam li da sociedade justamente por nfo conseguirem uilizara lingua de comu- nidade majoritiria al como os ouvintes; assim, enfaizam 4 questo qualitativa, Destaco que, a0 coma idéia de que os surdos siio uma minoria | stica(e, para lguns até nica, nfo quero cairna armada de war esta categoria para “exclu” ou ineluit™ Fago-o apenas por urna constatagdo da realidade mamériea: Questionando esta diade “quantidade/qualidade”, ressalto, om Carls Skliag, gue existe minorias melhores « piores, basta observa a dferengas qualitativas(e nio . Voh-all Aue a Hgua de snais brasileira fol recentementeofiializada no Brasil através da Lei 10436, de 24 de abril de 2002, convém desiacar, com a lings Lucinda Feria, que aimportincia da referida lei se d por diversos mosivas: a) recanhece a lingua de siais (artigo 1) ») reconhece 0 bilingtismo como abordagem educacio- nal que nortearé a educagio de surdos no Pais (artigo 4); ©) reconheve os surdos como membros de uma comunidade lingtistica minoriira. 8 quis dda Repl leram a redagdo do texto da Constituigio ederativa do Brasil de 1988, foi consenso ‘qu, na referida Comisso, inimeras vezes se ressltou Surpreendente semethanga ene a problemtica lings das comunidades indigenas e ada comunidade de surdo ho Brasil (2003, pp. 35, 36), Infelizmente, no entanto, edad final dotexto da Ce ‘fo lingtistico-educacio tituigdo negligenciow 8 ques surdos féchando a questo ‘apenas em tomo das comunidades indigenas, Carlos Sklir alerta ostuma enfatizar que &

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