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A Nga das Cajazeiras

No h moa, si, no h moa,


Como a nga l das Cajazeiras
No h outra que d, esta mossa
Como a nga l das Cajazeiras

Quando quebra a tarde, vagueia


E ela chega pro feriado,
A renda do vestido, ameia
Atia, os homens do povoado

Quando do carro ela desce,


e as trouxas desarriba
- Olho nela chega cresce!
- Essa num quer paraba!

- Vixe, chega arrepia!


Essa mulher tem gracejo
D conta do remelecho,
Ningum! - Eita, Ousadia!

Homem nenhum avana prosa


- S espia! - Nga, daquela!
Bichim... Neguim nem se coa
Cuidando da perna dela

- Ela l do lado da Bahia


Porque, si, nunca eu vi!
Moa que assim que arrepia
No h! - no lado do Piau.

Mardson Soares
27/03/2015

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