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Oke Controle Externo - Teoria e Exercicios para o TCU 2014 PPD eae eee) Sumario 1. Apresentaco do professor 2 2. Apresentacao do curso, do cronograma de estudos e da metodologia 3 3. Breve introducao ao controle. 7 4. Classificagdes do controle 8 5. Controle externo 10 6. O que sio EFS? 2 7. O.que é a Declaragao de Lima? B 8. Primeira Bateria de Exercicios. 215 9. Gabarito 19 10. Comentirios a0 gabarito 20 LL. FIM DE PAPO Ola pessoal! Finalmente saiu a autorizagéo para o concurso de 2014 para Técnico Federal de Controle Externo do TCU! O TCU é conhecido como um dos melhores 6rg&os para se trabalhar no servico publico brasileiro. Posso confirmar isso por experiéncia prépria! Espero que estejam todos bastante animados. E ai? Estéo? Que bom! Meu nome é Luiz Henrique Lima e fui convidado pelo Ponto dos Concursos a ministrar um curso de CONTROLE EXTERNO - Teoria e Exercicios, voltado para o concurso de 2014 de Técnico Federal de Controle Externo do TCU - TFCE. Sem duvida, CONTROLE EXTERNO é a disciplina mais importante nos concursos para 0 TCU. Isso por varios motivos 19) A maioria das demais disciplinas (Constitucional, Administrativo etc.) € comum a quase todos os concursos e € dominada por grande numero de \www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Luiz Henrique Lima 1 Oke Controle Externo - Teoria e Exercicios para o TCU 2014 candidatos, Controle Externo € matéria quase exclusiva de concursos para Tribunais de Contas e Controladorias. Os candidatos que a dominam so em menor nlimero e com isso conseguem lograr boa vantagem na classificacéo geral. 20) A experiéncia dos ultimos concursos indica que diversas questées formalmente apresentadas como de outras disciplinas (Direito Administrativo, Direito Financeiro, Direito Constitucional etc.) poderiam ser facilmente resolvidas com o estudo de Controle Externo, que interage com todas as demais; 3°) Invariavelmente, uma ou mais questdes da prova discursiva abordam temas de Controle Externo; 40) Por fim, uma vez aprovado, o seu dia-a-dia como TFCE do TCU exigira a aplicagéo de conhecimentos de Controle Externo em intimeras importantes atividades de sua vida profissional. © contetido programatico constante nos editais nao tem sido muito extenso, o que me faz prever algumas questées mais dificeis do que a média, focando em minticias da matéria, exigindo muita aten¢&o do(a) candidato(a). Nesta Aula Demonstrativa, percorreremos 0 seguinte roteiro: ¥ Apresentagao do professor; ¥ Apresentagao do curso, do cronograma de estudos e da metodologia; ¥ Breve introducdo ao controle externo; v Exercicios de “aquecimento”, Apresentacdo do professor Meu nome € Luiz Henrique Lima. Sou Conselheiro-Substituto do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso, aprovado no concurso de 2009, € ex-Auditor Federal de Controle Externo do TCU por 13 anos, aprovado no concurso de 1995, tendo sempre atuado na SECEX-RJ. Sou economista, mestre e doutor em Planejamento Ambiental e especialista em Finangas Corporativas. Sou professor de cursos preparatérios ha mais de dez anos. Muitos dos atuais AUFCs e TFCEs do TCU aprovados nos concursos desde 1998 foram meus alunos em cursos presenciais no RJ, Brasilia, Cuiabd e pincipalmente no Ponto dos Concursos. Fiquei muito feliz ao saber que nos recentes programas de formag&o do Instituto Serzedello Corréa - que séo a segunda etapa dos concursos para o TCU ~ pelo menos dois tergos dos aprovados tinham estudado Controle Externo pelo meu livro e pelo menos um terco tinha sido aluno meu, de forma presencial ou eletrénica. Também atuei como professor de pés-graduagdo em varias disciplinas da Fundagao Gettilio Vargas (FGV), da PUC-RJ, da UFRJ, da Universidade Gama \www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Luiz Henrique Lima 2 ©) S Controle Externo ~ Teoria e Exercicios para o TCU 2014 Filho e da Universidade Estécio de S4. Sou instrutor da Escola de Contas do TCE-MT e ja fui instrutor do Instituto Serzedello Corréa do TCU e da Escola de Contas do TCE-RJ. Sou autor do livro Controle Externo (j4 na 5? edicéo - 2013) que também possui verso digital (e-book). Gragas ao meu livro, tenho a satisfacio de ter alunos meus aprovados como Conselheiros Substitutos, Procuradores de Contas, auditores, analistas e técnicos em praticamente todos os Tribunais de Contas do pais. Também sou autor de Controle Externo — Questées Comentadas, pela Editora Campus-Elsevier (2008) e do livro Controle do Patriménio Ambiental Brasileiro, pela Editora da UERJ. Em 2014 fui o coordenador da obra coletiva Tribunais de Contas - temas polémicos na visdo de Ministros e Conselheiros Substitutos, da Editora Forum. Entre outras aprovagdes, além das do meu atual cargo ¢ do TCU, fui aprovado em 2° lugar no concurso para Auditor Substituto de Conselheiro do TCE-AM. Publiquei artigos técnicos sobre auditoria, licitacdes, Controle Externo e Direito Financeiro publicados na Revista do TCU, Revista do TCE-MT, Revista do TCE-BA, Revista do TC de Portugal, Revista de la OLACEFS (México), Jus Navegandi, Cadernos Ebape.BR, Boletim de Licitacées e Contratos, Boletim de Economia Fluminense entre outros, bem como artigos de opiniéo em inumeros jornais e periédicos. Recentemente publiquei artigo na Environmental Impact Assessment Review (EUA) acerca da atuacéo do TCU no controle da gestéo ambiental. Meus trabalhos técnicos s&o citados em dezenas de monografias, dissertagdes e teses de doutorado e constam do acervo das principais bibliotecas do pais e no exterior. Tenho uma intensa atividade associativa e atualmente sou Diretor da ATRICON - Associag&o dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil € membro do Conselho Fiscal da AUDICON (Associagéio dos Auditores - Ministros e Conselheiros Substitutos ~ dos Tribunais de Contas do Brasil). Pra vocé me conhecer melhor, saiba que, apesar de carioca e vivendo no Mato Grosso, nasci em Concérdia, SC, gosto de praia e de esportes ao ar livre, musica cléssica e MPB, e meu maior defeito - ou qualidade, como queiram ~ é ser rubro-negro, hexacampeao brasileiro. Uma das cléusulas contratuais que celebro com todos os cursos é que n&o ministro aulas ou acesso a internet durante os jogos do Flamengo! Feitas as apresentacdes, vamos aos estudos! Apresentacao do curso, do cronograma de estudos e da metodologia Nosso curso tera, além desta Aula Demonstrativa, mais 5 (cinco) aulas. © objetivo € rever todo 0 contetido da disciplina a partir de exposigéo da teoria e da legislacéo, acrescida de comentérios acerca de questdes de \www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Luiz Henrique Lima 3 concurses recentes, Importante notar que nos comentérios das questées introduzirei novas explicagdes, no necessariamente contidas na parte teérica da Aula. Informo que trarei apenas comentérios nao publicados, ou seja, nado havera nenhuma duplicidade com questdes comentadas constantes do meu livro CONTROLE EXTERNO ~ 310 Questées Comentadas Entre as provas cujas questdes iremos comentar esto: TCE PB Procurador do MPC 2014 Cespe; TCDF ACE 2014 Cespe; TCU AUFC 2013 Cespe; TCE RO Auditor Ciéncias Contabeis 2013 Cespe; TCE RS Oficial de Controle Externo 2013 Cespe; TCU TEFC 2012 Cespe; TCDF ACE 2012 - CESPE; TCE-ES Auditor Substitute de Conselheiro 2012 Cespe; TCE-ES Auditor de Controle Externo - Auditoria Governamental 2012; TCU AUFC Auditoria Governamental 2011 - CESPE; TCU AUFC Auditoria de Obras 2011 ~ CESPE; TCU AUFC TI TCU 2010 - CESPE; TCU AUFC Auditoria de Obras 2009 - CESPE; TCU AUFC Auditoria Governamental 2008 - CESPE; TCU Técnico Federal de Controle Externo 2008 - CESPE; TCU Analista de Controle Externo 2007 - CESPE, TCE-BA Procurador de Contas 2010 ~ Cespe; TCE ES Procurador de Contas 2009 - CESPE; TCE AC Analista de Finangas e Controle 2009 - CESPE; TCE RN Assessor Técnico Juridico 2009 - CESPE; TCE AC Analista de Finangas e Controle 2008 CESPE; CGE-PB Auditor de Contas Ptiblicas 2008 - CESPE; Auditor Prefeitura Municipal de Vila Velha ES 2008 - CESPE; Procurador de Estado PB 2008 - CESPE; Observe que a énfase é toda no Cespe. Ainda assim, eventualmente utilizaremos questées de outras bancas para ilustrar tépicos relevantes da disciplina. 646K KKK RK < KARL KK KERR KS www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Luiz Henrique Lima Controle Externo — Teoria e Exercicios para o TCU 2014 ©) S Controle Externo ~ Teoria e Exercicios para o TCU 2014 Estimo que no total tenhamos cerca de 200 questées comentadas. Eventualmente, poderei acrescentar alguma quest& de mais uma prova, sempre posterior a 2008. Uma observagao importante, jé que sou conhecido como professor de Técnicas para provas discursivas, € que neste curso optei por manter a grafia original das questdes, na forma como foram propostas pelas bancas, ou seja, sem adapta-las as regras da Reforma Ortografica A dinamica da resolugo das questées no sera por provas ou por bancas, mas por assuntos. Assim, por exemplo, o aluno que estiver estudando regras constitucionais sobre controle externo - tema que corresponde ao capitulo 2 do meu livro de teoria - poderd resolver um conjunto de questées sobre o tema, de varias provas. Utilizaremos como base o contetido do edital de 2012 para TFCE - Area Apoio Técnico e Administrativo do TCU. Se o edital deste ano trouxer novidades ou alteragdes, comprometemo-nos a produzir uma aula com o contetido adicional. Vejamos o que previa aquele edital para nossa disciplina. Edital de 2012 - CONTROLE EXTERNO: 1 Tribunal de Contas da Unido (TCU): natureza, competéncia e jurisdicao. 2 Organizagao e funcionamento do TCU. 3 Tipos de fiscalizagao 4 DeliberagSes e recursos (Lei Organica e Regimento Interno do TCU). 5 Teoria geral do processo No curso, a sequéncia dos assuntos sera aproximadamente a mesma do meu livro de teoria, cobrindo 100% dos tépicos de Controle Externo constantes dos editais recentes de concursos para 0 TCU: 1, Controle Externo — origens, conceitos, sistemas 2. Normas constitucionais sobre Controle Externo 3. Tribunais de Contas: funcées, natureza juridica e eficdcia das decisdes 4, Jurisdig&o dos Tribunais de Contas 5. Competéncias legais regimentais do TCU 6. Organizag&o do TCU 7. Deliberagdes € processos 8. Tomadas e prestagdes de contas 9. Tomadas de contas especiais 10. Julgamento das contas \www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Luiz Henrique Lima 5 ©) S Controle Externo ~ Teoria e Exercicios para o TCU 2014 11, Fiscalizacéo a cargo do tribunal de Contas e exercicio do controle externo: 12. Controle interno 13. Direito de defesa e recursos 14. Sanges Todos esses tépicos sero abordados sequencialmente nas 07 (sete) Aulas do curso (a de hoje e mais seis). As Aulas serao divulgadas conforme o calendario a seguir. No interval entre as Aulas, responderei no Férum dos alunos as diividas e questées adicionais que forem formuladas. Ficaremos assim com o seguinte cronograma de estudos: Aula Demonstrativa - Breve introduc&o ao controle externo Aula 1 - 31 de julho / Normas constitucionais sobre Controle Externo (1? parte) Aula 2 - 07 de agosto / Normas constitucionais sobre Controle Externo (28 parte); Tribunal de Contas da Unido: natureza, competéncia e jurisdigao. Aula 3 - 14 de agosto / Organizagao e funcionamento do TCU. Aula 4 - 21 de agosto / Tipos de fiscalizag&o. Cédigo de Etica Aula 5 (Final) - 28 de agosto / Deliberagdes e recursos (Lei Organica e Regimento Interno do TCU) / Nogdes sobre Teoria geral do processo. Revisio geral. Nas semanas apés a Aula Final continuarei disponivel para a resolugdo de dividas no Férum, bem como, apés a divulgagao do gabarito provisério do concurso, para a orientac&o quanto a possiveis recursos. Se houver necessidade, faremos alguma redistribuic&o entre as aulas, sempre mantendo 0 contetido total e tentando revisar os pontos que gerarem mais diividas no Férum. Caso 0 edital seja langado antes do previsto e as provas sejam marcadas para data anterior & previsdo do final do curso, o calendario seré reformulado, de modo a que toda a matéria possa ser ministrada com antecedéncia. Nosso material de estudo, indispensdvel, séo as normas comumente citadas nos editais: ¥ Constituigo da Reptiblica, atualizada; ¥ Lei n° 8.443/92 (Lei Organica do TCU); ¥— Regimento Interno do TCU (versdo atualizada). Todas estas normas estdo disponiveis na pagina do TCU na internet (www.tcu.gov.br). \www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Luiz Henrique Lima 6 Oke Controle Externo — Teoria e Exercicios para o TCU 2014 Recomendo aos alunos baixarem e imprimirem os respectivos arquivos. A leitura anotada das normas é parte fundamental do processo de aprendizado de CONTROLE EXTERNO. Frequentemente, nas aulas farei remissdes e comentarios a artigos ou trechos dessas normas. Nem sempre sera possivel, ou didaticamente recomendavel, transcrevé-los na integra; de modo que partirei do pressuposto que vocés todos seguiram meu conselho e estéo com esse material de consulta & mo enquanto estudam minhas aulas, esté bem assim? Ademais dessas normas que constam do edital, eventualmente farei menc&o a outros normativos do TCU, bem como a jurisprudéncia do TCU e do STF que considerar relevante para a compreensdo de algum tépico. No transcorrer das aulas, muitas vezes seré observada a expressiva intersegéo de nossa disciplina com outros ramos do conhecimento como o Direito Constitucional, 0 Direito Administrative, o Direito Financeiro, a Contabilidade Publica e outras, exigindo conhecimento de normas como as Leis de Licitagdes e Contratos, de Responsabilidade Fiscal e de Improbidade Administrativa. Se o aluno dispuser de tempo, 0 que é muito raro na maratona pré- concurso, recomendo pesquisas complementares em algumas paginas na internet, comecando pela do proprio TCU, @ em publicagdes como a Revista do TCU. Minha expectativa € a de que, ao final do curso, tenhamos percorrido todos os pontos do edital e vocé esteja familiarizado(a) com os principais dispositivos das normas legais pertinentes, bem como com o tipo de questées das provas objetivas recentemente aplicadas pelo Cespe com tépicos de nossa disciplina. Ent&o, pessoal, vamos comesar os estudos? Breve introdugao ao controle No Dicionério Houaiss, a palavra controle possui 10 acepsdes, das quais as que mais nos interessam so: ¥ ato ou efeito de controlar; ¥ monitoracéio, fiscalizacéo ou exame minucioso, que obedece a determinadas expectativas, normas, convengées etc.; e ¥ poder, dominio ou autoridade sobre alguém ou algo. Na Ciéncia da Administragéo, a Escola Classica de Fayol identificava no controle uma das fungdes administrativas essenciais no ciclo que compreendia \www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Luiz Henrique Lima 7 ©) S Controle Externo ~ Teoria e Exercicios para o TCU 2014 planejar, organizar, dirigir e controlar. Para o emérito professor Chiavenato', o controle consiste na “funco administrativa que monitora e avalia as atividades e resultados alcangados para assegurar que o planejamento, organizacdo e direclo sejam bem sucedidos". A Constituigéo da Reptiblica utiliza inimeras vezes o vocabulo controle: ¥ “controle da poluic&o” (art. 24, VI); “controle do uso, do parcelamento e da ocupagao do solo urbano” (art. 30, VIII); ¥ “controle externo e controle interno dos Municipios” (art. 31); “controles dos contratos de gestéio” (art. 37, §8°, II); v jeontrole pelo Congresso Nacional dos atos do Poder Executivo” (art. 49, x); “controle externo e controle interno da Uniéo" (arts. 70 a 75); v “controle da atuag&o administrativa e financeira do Poder Judiciario pelo Conselho Nacional de Justiga” (art. 103-B, §4°); v “controle externo da atividade policial pelo Ministério Publico” (art. 129, VII); ¥ “controle da atuag&o administrativa e financeira do Ministério Publico pelo Conselho Nacional do Ministério Publico” (art. 130-A, §2°); “controle das agdes e servigos de satide” (art. 197); v ete. ete. Para delimitar nosso campo de estudos, deixemos claro que o que nos interessa primordialmente é o controle externo da Unido, regulado principalmente pelos arts. 70 a 75 da Carta Magna. No decorrer do curso, vocés verificarSo que um grande ntimero de questdes pode ser facilmente solucionado com a compreenso adequada desses dispositivos. Além deles, também sao importantes os seguintes artigos da CF: 31; 34, VIL ‘d'; 35, J 37; 49, IX eX; SLI; 52, UL *b'; 57, caput; 84 2 XXIV; 102, 1 7105, 1, ‘a; 161, pardarafo Unico. Na administrac&o publica, o controle nfo representa um fim em si mesmo, mas uma parcela imprescindivel de um mecanismo regular que deve assinalar oportunamente os desvios normativos e as infragdes aos principios da legalidade, rentabilidade, utilidade e racionalidade das operacées financeiras Classificagées do controle 2 Administragdo Geral e Publica, Rio de Janeiro: Elsevier, 2006, p. 447. \www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Luiz Henrique Lima 8 Oke Controle Externo - Teoria e Exercicios para o TCU 2014 1) quanto ao objeto: Vv de legalidade; v de mérito; e v de gestéo; O controle de legalidade tem o seu foco na verificagéo da conformidade dos procedimentos edministrativos com normas e padrées pré-estabelecidos. © controle de mérito procede a uma avaliago da conveniéncia e da oportunidade das ages administrativas. © controle de gesto examina os resultados alcancados e os processos € recursos empregados, contrastando-os com as metas estipuladas @ luz de critérios como eficiéncia, eficacia, efetividade e economicidade. 2) quanto ao periodo de sua realizagao: vy _ prévio ou ex-ante; concomitante ou pari-passu; e Y — subsequente ou a posteriori. © controle prévio tem finalidade preventiva e é, essencialmente, realizado pela auditoria interna ou pelos sistemas de controle interno da organizagéo que orientam os gestores e agentes a corrigir falhas e adotar os procedimentos recomendaveis. © controle concomitante € exercido, em regra, por provocagdes externas & organizac&o: dentncias, representacdes, auditorias, solicitagdes dos érgaos de controle e do Ministério Publico. © controle subsequente tem o objetivo de proceder a avaliagdes periédicas, como nas prestagdes anuais de contas, e possui contetido corretivo e, eventualmente, sancionador. 3) quanto ao posicionamento do érgao controlador Com respeito ao posicionamento do érgéio controlador, 0 controle classifica-se em: “interno; ou v externo. Define-se como interno, quando o agente controlador integra a propria administrac&o objeto do controle. O posicionamento interno pode referir-se tanto ao sistema de controle interno propriamente dito, previsto na CF, como aos controles administrativos, que incluem os recursos administrativos e o controle hierérquico, entre outros. A situagdo de exterioridade caracteriza trés hipdteses de controle: 0 jurisdicional; Yo politico; e \www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Luiz Henrique Lima 9 Oke Controle Externo - Teoria e Exercicios para o TCU 2014 vo técnico. © controle jurisdicional da Administracéo é exercido pelos Poderes Judicidrios (Federal e Estadual) em obediéncia ao direito fundamental prescrito no art. 5°, XXXV da CF: “a lei no excluiré da apreciag&éo do Poder Judiciério leséo ou ameaca a direito”. Os instrumentos para o seu exercicio so: a ado popular, a ago civil publica, o mandado de seguranga, 0 mandado de injun¢ao, © habeas-corpus e 0 habeas-data. O controle politico é de competéncia do Poder Legislativo e é coroldrio do regime democratico de governo. Entre os seus instrumentos mais conhecidos encontram-se as comissées parlamentares de inquérito - CPls, as convocagées de autoridades, os requerimentos de informagdes e a sustacéo de atos do Poder Executive que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegacéo legislativa (CF: art. 49, V). Finalmente, 0 controle técnico ¢ 0 exercido pelos érgdos de controle externo, em auxilio aos érgaos legislativos, nas trés instancias de governo € pelos érgos do sistema de controle interno. Para Santos’, também merece destaque o controle social, que é uma modalidade de controle externo cujo agente controlador é a sociedade civil organizada ou 0 cidadao, individualmente, manifestando-se na participag3o em audiéncias publicas e em érgaos colegiados, tais como conselhos gestores de politicas publicas, além da utilizago de instrumentos legais como as denuincias e representacées dirigidas as Cortes de Contas, as acées populares etc. Controle externo Uma étima conceituagao de controle externo € proposta por Pardini’: Controle externo sobre as atividades da Administrag&o, em sentide orgdnico e técnico, é, em resumo, todo controle exercide por um Poder ou érgdo sobre a administracao de outros. Nesse sentido, é controle externo o que o Judicidrio efetua sobre os atos dos demais Poderes. E controle externo o que a administracao direta realiza sobre as entidades da administracdo indireta. E controle externo o que o Legislativo exerce sobre a administracdo direta e indireta dos demais Poderes. Na terminologia adotada pela Constituicéo, apenas este tiltimo é que recebe a denominacao juridico-constitucional de controle externo (CF: arts, 31 e 70 a 74), denominacéo esta repetida especificamente em outros textos infraconstitucionais, como, por exemplo, a Lei n° 8.443/92. (grifos meus) © TCU € os controles estatal social da administragdo pliblica. Revista do TCU, n° 94, out/dez 2002, p. 18. 3 Apud Bugarin: principio constitucional da economicidade na jurisprudéncia do Tribunal de Contas da Unido. Belo Horizonte: Editora Forum, 2004, p. 40 \www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Luiz Henrique Lima 10 ©) S Controle Externo ~ Teoria e Exercicios para o TCU 2014 © objeto do controle externo so os atos administrativos em todos os poderes constituldos nas trés esferas de governo e atos de gestao de bens e valores publicos. © controle externo da administragao publica, realizado pelas instituicbes a quem a Constituico atribuiu essa missao, exigéncia e condigéo do regime democrético, devendo, cada vez mais, capacitar-se tecnicamente e converter-se em eficaz instrumento da cidadania, contribuindo para o aprimoramento da gestéo publica. Como sintetizam as Normas de Auditoria do TCU: A delegacao de recursos e poderes recebida da sociedade, por intermédio do Parlamento, implica, por parte do gestor publico, a obrigag&o constante de prestacao de contas quanto ao alinhamento de suas agées as diretrizes fixadas pelo poder publico e, portanto, a obrigacdo de informar deve estar associada & obrigagdo de que os atos. sejam devidamente justificados. No Brasil, temos 34 érg&os de controle externo 0 Tribunal de Contas da Unido; Os 26 Tribunais de Contas dos estados; © Tribunal de Contas do Distrito Federal; Os dois Tribunais de Contas de Municipio (no singular): 0 do Municipio do Rio de Janeiro e o do Municipio de Sao Paulo; RAK K ¥ Os quatro Tribunais de Contas dos Municipios (no plural) dos estados da Bahia, do Ceara, de Goids e do Para. A tabela seguinte resume a situag&o existente no pais quanto ao exercicio do controle externo. \www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Luiz Henrique Lima a ©) S Controle Externo ~ Teoria e Exercicios para o TCU 2014 Responsabilidade pelo controle externo Esfera Responsavel pelo Orgao de controle externo fiscalizagao Unigio Congresso Nacional TCU Estados Assembleias Legislativas TCs Estaduais Distrito Federal Camara Legislativa TCDF Municipios da BA, CE, Camaras Municipais TCMs dos Estados GO e PA Municipios do Rio de Camaras Municipais TCM-RJ e TCM-SP Janeiro ¢ So Paulo Demais Municipios Camaras Municipais TCs Estaduais Territérios Congresso Nacional TCU esciar do! bP Pergunta do aluno: O que s&o contas? 2 Contas é o conjunto de informacdes que se possa obter, direta ou indiretamente, a respeito de uma dada gestdo, desde que garantida a sua confiabilidade (veracidade e representatividade) e permitida a avaliagdo da legalidade, eficdcia, eficiéncia e economicidade dessa gestéo. O que sao EFS? As Entidades de Fiscalizagéo Superior ou EFS so os érgéos que, em seus respectivos paises, detém as competéncias para o exercicio do controle externo da administrac&o ptiblica na esfera nacional. A doutrina costuma identificar dois sistemas principais de controle externo, embora cada nagao apresente suas peculiaridades, resultantes de sua \www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Luiz Henrique Lima 12 Oke Controle Externo - Teoria e Exercicios para o TCU 2014 histéria, tradigdes, caracteristicas politicas, administrativas, étnicas e religiosas. Sdo os sistemas de Cortes de Contas ou de Auditorias Gerais. Historicamente, as Cortes de Contas deram maior énfase a aspectos relacionados & legalidade, ao passo que as Auditorias-Gerais focavam sua atuagéo no desempenho dos auditados. Hoje, os Tribunais de Contas adotaram técnicas de aferic&éio de desempenho - como as auditorias operacionais — similares as das Auditorias-Gerais. Os Tribunais de Contas so érgdos colegiados dotados de poderes jurisdicionais capazes de aplicar sangSes. As Auditorias ou Controladorias-Gerais séo érgdos com um chefe, responsdvel perante o Parlamento, em regra dotado de um mandato plurianual, e que expede recomendacdes sem caréter coercitivo. Malgrado as especificidades que os diferenciam, muitos aspectos so comuns a ambos os sistemas: ¥ tanto os Tribunais de Contas como as Auditorias-Gerais so érgaos integrados ao aparelho do Estado, em geral com previsdo constitucional; V s&o érgios com elevado grau de independéncia, mesmo nas hipéteses em que ha um vinculo estreito com o Legislativo; ¥ possuem a fung&o precipua do exercicio do controle externo; ¥ usualmente 0 contetido de suas decisdes nao se encontra sujeito a reviséo por outro érgdo ou instancia. Segundo Barreto’, das 182 EFS filiadas a INTOSAI, 50 adotam o modelo Tribunal de Contas e 132 0 de Controladoria ou Auditoria Geral Adotam o sistema de Corte de Contas, entre outros os seguintes paises: Alemanha, Brasil, Coréia, Espanha, Franca, Grécia, Holanda, Japao, Portugal e Uruguai. S80 exemplos do modelo de Auditorias-Gerais: Argentina, Africa do Sul, Austrélia, Bolivia, Canadé, Colémbia, Cuba, Estados Unidos, india, Jordania, México, Paraguai, Reino Unido, Suécia, Venezuela. O que é a Declaragao de Lima? Muitos alunos, meio que brincando perguntam quando foi que proferi essa famosa declaracéio, obrigando-me a explicar que a Declarag&o nao é do Lima professor, mas de Lima, capital do Peru Em 1977, muitos de vocés nem nascidos eram, realizou-se na capital peruana o Congresso da Intosai, na qual foi aprovada essa famosa “Declaragéo de Lima * 0 Sistema Tribunais de Contas e instituicdes equivalentes - um estudo comparativo entre 0 modelo brasileiro e o da Unido Européia, Rio de Janeiro: Editora Renovar, 2004., p 76-77. \www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Luiz Henrique Lima 13 Oke Controle Externo - Teoria e Exercicios para o TCU 2014 sobre Preceitos de Auditoria". Essa Declarago jé foi tema de diversas questées de concurso. Eo que é a Intosai? € a Organizac&o Internacional de Entidades Fiscalizadoras Superiores (Unternational Organization of Supreme Audit Institutions - INTOSAI, em inglés), que foi fundada em 1953 por 34 paises, entre eles o Brasil, contando hoje com mais de 170 membros. Suas atividades envolvem o intercambio, a disseminagéo e 0 aprimoramento de técnicas de fiscalizacéo, objetivando a indugéo de melhorias na gestao ptiblica, a exemplo das Normas Internacionais de Auditoria das Entidades de Fiscalizag&o Superior (ISSAI) Em nivel regional, a Organizac&o Latino-americana e do Caribe de Entidades Fiscalizadoras Superiores - OLACEFS tem como principal finalidade facilitar a cooperacio entre as EFS do subcontinente. Atualmente a OLACEFS é presidida pelo Ministro presidente do TCU. Mas vamos aos principais aspectos da Declaragao de Lima “O estado de direito e a democracia séo premissas essenciais para uma auditoria governamental efetivamente independente, além de serem os pilares nos quais a Declaragao de Lima se fundamenta.” “O sucesso da Declaracéo explica-se principalmente pelo fato de conter uma lista exaustiva de todos os objetivos e de todas as questées relativas ao controle das financas publicas, sendo no entanto notavelmente pertinente e concisa, 0 que torna a sua utilizagao facil e garante que a linguagem clara em que esté redigida incida nos elementos principais.” “O objetivo principal da Declaragéo de Lima é um apelo & independéncia do controle das financas publicas. A instituicéo superior de controle das financas publicas que no responda a esta exigéncia nao pode aspirar a ser considerada de alto nivel. Nao é, pois, surpreendente que a independéncia das instituigées superiores de controle das financas publicas continue a ser um tema de discusséo no seio da INTOSAI. Contudo, convém notar que os objetivos da Declaragéo n&o so atingidos apenas através da independéncia; é também necessério que esta independéncia seja consagrada pela legislagéo. O que requer, contudo, a existéncia de_ instituigdes operacionais de seguranca juridica, instituicdes essas que podem ser encontradas nas democracias onde prevalece o Estado de direito.” A Declaracéo de Lima conceitua as auditorias em interna e externa, de legalidade e operacional. Formula requisitos relatives & independéncia financeira das instituicdes de controle, & independéncia de seus membros, as relacées com 0 Parlamento, o governo e a administragao, aos poderes de investigacao, \www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Luiz Henrique Lima 14 ©) S Controle Externo ~ Teoria e Exercicios para o TCU 2014 aos métodos € procedimentos de auditoria, aos métodes para elaboracéio € apresentacdo de relatérios, entre outros ©: caiu na prova! Primeira Bateria de Exercicios Vamos agora examinar como o Cespe tem abordado os itens iniciais de nosso programa de estudos. 1)(TCU TEFC 2012 Cespe, questo 39) As empresas ptiblicas federais nao est&o sujeitas a fiscalizacéio do TCU, pois so pessoas juridicas de direito privado. Quanto aos sistemas de controle externo, julgue os itens subseqtientes 2) (TCU ACE 2004 CESPE, questo 92) Os sistemas internacionais de controle externo tém em comum a circunstancia de que o érgéo de controle é invariavelmente colegiado e ligado ao Poder Legislativo. 3) (TCE-ES Auditor Substituto de Conselheiro 2012 Cespe, questo 60) A fungéo de controle — interno e externo — é mais ampla que a superviséo. O controle é mais definido e se aplica a situagdes em que nao hé subordinacéo nem mesmo vinculacao formal, administrativa, sendo objeto do controle toda utilizagdo ou movimentagdo de recursos publicos, independentemente de seu montante e destinacao. 4) (TCE RN - Assessor Técnico Juridico 2009 Cespe, questo 69) A principal diferenga entre os TCs e as controladorias adotadas por alguns paises de tradig&o briténica é que aqueles s&o érgdos colegiados, enquanto estas so dirigidas por um tinico titular. 5) (TCE RN - Assessor Técnico Juridico 2009 Cespe, questo 70) Em todos os paises em que o controle externo é exercide por meio de um tribunal ou érgao colegiado similar, as decisées tomadas no Ambito do controle de contas esto sempre sujeitas ao reexame pelo Poder Judiciério. \www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Luiz Henrique Lima as ©) S Controle Externo ~ Teoria e Exercicios para o TCU 2014 6) (TCE RN - Assessor Técnico Juridico 2009 Cespe, questo 75) Em paises que adotam a estrutura de auditorias-gerais ou controladorias, o controle externo prioriza a verificacéo do cumprimento dos dispositivos legais na gestao publica. 7) (TCE ES ~ Procurador de Contas 2009 Cespe, questo 85) Um dos critérios para se classificar 0 controle baseia-se no érg&o que o exerce. De acordo com esse critério, Io controle administrative ou executive sé pode ser exercido por iniciativa da propria autoridade competente, excluida a ago provocada pelos administrados. Io controle legislative ou parlamentar, exercide pelos érgéos que compdem o Poder Legislativo, alcanga os demais poderes, inclusive suas administragdes indiretas. III © controle judicial, exercido tanto em relacéo a legalidade quanto @ moralidade, restringe-se aos atos vinculados, ndo se aplicando aos atos discricionarios. Assinale a opgao correta. A) Nenhum item esté certo. B) Apenas o item II esté certo. C) Apenas o item IIT esta certo D) Apenas os itens I e II esto certos. E) Apenas os itens I ¢ III esto certos. 8) (TCE ES ~ Procurador de Contas 2009 Cespe, questo 36) Com referéncia & fiscalizac&o e ao controle do orgamento, assinale a opgao correta. A) Compete ao TCU a fiscalizag&o contabil, financeira, orgamentaria, operacional e patrimonial da Unigo e das entidades da administracdo direta, quanto legalidade e economicidade, bem como quanto a aplicagéo das subvengées, ou seja, recursos destinados ao aumento do capital de empresas puiblicas, B) © TCU exerce fungéo de jurisdic&o ao apreciar e julgar as contas do presidente da Reptiblica, bem como dos administradores e demais responsdveis por dinheiro, bens e valores pliblicos da administracéo direta e indireta, incluidas as fundagées e sociedades instituidas e mantidas pelo poder publico. C) A fiscalizag&o operacional do orgamento diz respeito a prépria execugéo do orgamento, pois o patriménio compde-se dos bens pertencentes ao Estado, sejam eles de cunho econémico ou néo, e as alteragdes patrimoniais devem ser fiscalizadas pelas autoridades ptiblicas em beneficio da preservacao dos bens que integram o patriménio publico. D) O controle interno incumbe aos Poderes Executivo, Legislative e Judiciério, cabendo a cada um manter um sistema de controle individual, de acordo com \www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Luiz Henrique Lima 16 Oke Controle Externo - Teoria e Exercicios para o TCU 2014 suas caracteristicas préprias e, ao mesmo tempo, integrar o sistema com o dos outros poderes, a fim de que haja coordenagéo e uniformizagéo de comportamentos e providéncias. E) Ao TCU compete realizar inspecdes e auditorias de natureza contabil, financeira, orcamentaria, operacional e patrimonial, nas —_unidades administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e Judicidrio, desde que haja prévia requisigao do Senado Federal. 9) (TCE ES - Procurador de Contas 2009 Cespe, questéo 87) O controle externo, a cargo do Poder Legislativo e do TC, classifica-se em politico e técnico. Com relacio a esse assunto, & luz das disposicdes constantes na CF, assinale a opgao correta. A) © controle externo, nos municipios, é exercido pelas respectivas cémaras municipais, com 0 auxilio dos TCs de ambito estadual, salvo no caso dos municipios que tem TCs préprios. B) A fiscalizag&o, sob o aspecto da legitimidade, é de &mbito do controle politico e, portanto, fora do alcance do TC. C) O controle financeiro, introduzido pela CF, permite verificar se os objetivos foram atingidos, se os meios utilizados foram os mais adequados e se foi obtido © menor custo possivel, D) O exame da economicidade permite verificar se uma obra ou servigo foi realizado ao menor custo possivel, diferentemente da eficiéncia, que tem como foco 0 custo adequado, razodvel e pertinente. E) A avaliagfo da relag&o custo-beneficio, pela sua transcendéncia, estd circunscrita ao controle politico, raz&o pela qual ultrapassa as competéncias dos TCs. 10) (TCE ES - Procurador de Contas 2009 Cespe, questéio 91) Cabe ao TCE/ES julgar as contas dos administradores e demais responsdveis por dinheiros, bens e valores publicos, tanto no Ambito da administracao direta como da indireta, incluidas as fundagdes e sociedades instituidas e mantidas pelos poderes ptiblicos estadual e municipais e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuizo ao erario. Incluem-se, portanto, nesse rol, as contas A) dos prefeitos municipais. B) dos dirigentes de estatais que sejam funciondrios puiblicos concursados, do quadro permanente de pessoal C) do governador do estado. D) dos membros da mesa da Assembleia Legislativa E) dos presidentes dos tribunais da justiga municipal. \www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Luiz Henrique Lima v7 ©) S Controle Externo ~ Teoria e Exercicios para o TCU 2014 11) (TCE ES - Procurador de Contas 2009 Cespe, questo 97) A legislagao vem refletindo, crescentemente, a preocupagéo com a maior transparéncia das contas ptiblicas. A esse respeito, assinale a opg&o correta A) As contas do prefeito devem ser disponibilizadas aos cidadaos, na camara municipal, durante todo 0 exercicio B) Qualquer cidadao tem livre acesso as contas do municipio, mas n&o pode contestar a legitimidade da despesa. C) 0 cidado pode denunciar ilegalidades ao TC, mas sé pode formalizar as dentincias por meio de instituigg0 da sociedade civil. D) Os conselhos de gestao fiscal, j4 em funcionamento, recebem e processam as deniincias de irregularidades praticadas por dirigentes publicos. E) O Poder Legislativo néo pode entrar em recesso, ao final do exercicio, sem julgar as contas do chefe do Poder Executivo relativas ao exercicio anterior. 12) (TCE RN - Assessor Técnico Juridico 2009 Cespe, questo 38) Entre os varios critérios adotados para classificar as modalidades de controle, destaca-se © que o distingue entre interno e externo, dependendo de 0 drgdo que 0 exerca integrar ou n&o a prépria estrutura em que se insere o érgéo controlado. Nesse sentido, 0 controle externo € exercido por um poder sobre o outro, ou pela administracao direta sobre a indireta. 13) (TCE RN - Assessor Técnico Juridico 2009 Cespe, questo 49) Os TCEs sdo competentes para examinar as contas ndo sé das prefeituras e das cémaras municipais, mas também do Poder Judiciério e dos ministérios ptiblicos municipais. 14) (TCE RN - Assessor Técnico Juridico 2009 Cespe, quest&o 52) Como érgao que auxilia a Assembleia Legislativa do estado no controle externo da administrac3o publica, 0 TCE/RN tem competéncia para realizar inspecées € auditorias de natureza financeira, contabil, orcamentéria, operacional ¢ patrimonial nas unidades administrativas dos Poderes Executivo € Judiciério, desde que tal providéncia seja deflagrada apenas por iniciativa da Assembleia Legislativa. 15) (TCU - Técnico Federal de Controle Externo 2009 Cespe, questo 38) A CF conferiu ao TCU a competéncia para julgar as contas dos administradores € demais responsdveis por dinheiros, bens e valores pUblicos da administracéo direta e indireta, porém nfo atribuiu a esse tribunal competéncia para aplicar sanges aos responsdveis quando constatada a ocorréncia de ilegalidade de \www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Luiz Henrique Lima 18 ©) S Controle Externo ~ Teoria e Exercicios para o TCU 2014 despesa ou de irregularidade de contas, por se tratar de competéncia exclusiva do Congresso Nacional. 16) (TCU - Técnico Federal de Controle Externo 2009 Cespe, questo 39) Apesar de ser érgao que auxilia o Poder Legislativo no controle externo, o TCU pode realizar, por iniciativa prépria, inspecées e auditorias de natureza contabil, financeira, orcamentaria, operacional e patrimonial, nas _unidades administrativas dos Poderes Legislative, Executivo e Judiciério. 17) (TCU - Técnico Federal de Controle Externo 2009 Cespe, questéo 46) Quando a Uni&o repassa recursos aos demais entes da Federacdo mediante convénios ou instrumentos congéneres, 0 TCU examina as prestacdes de contas dos érgos ou das entidades repassadores, mas no pode examinar as contas de entes beneficidrios dos recursos relativos aquelas transferéncias em obediéncia ao principio da autonomia federativa. 18) (TCU - Auditor Federal de Controle Externo - Obras 2009 Cespe, questdo 27) No exame das contas prestadas anualmente pelo presidente da Republica, 0 TCU, ao verificar irregularidades graves, poderd impor sancées ao chefe do Poder Executive, sem prejuizo da apreciagio dessas mesmas contas pelo Congresso Nacional 19) (TCU ~ Auditor Federal de Controle Externo - Obras 2009 Cespe, questo 29) Se o governo brasileiro decidir que a PETROBRAS formaré com a Bolivia uma empresa binacional de exploragao de petréleo, caberé ao TCU fiscalizar as contas nacionais dessa nova empresa. Gabarito 1) Errado. 2) Errado. 3) Certo. 4) Certo. 5) Errado. 6) Errado. 7) B. 8) D. \www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Luiz Henrique Lima 19 ©) S Controle Externo ~ Teoria e Exercicios para o TCU 2014 9) A. 10) B. 11)A. 12) Certo. 13) Errado. 14) Errado. 15) Errado. 16) Certo. 17) Errado. 18) Errado. 19) Certo. Comentarios ao gabarito 1)(TCU TEFC 2012 Cespe, quest&o 39) As empresas ptiblicas federais néo esto sujeitas a fiscalizag&o do TCU, pois séo pessoas juridicas de direito privado. Comentario: Conforme o paragrafo Gnico do art. 70 da CF, prestard contas qualquer pessoa fisica ou juridica, publica ou privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores publicos ou pelos quais a Unido responda, ou que, em nome desta, assuma obrigacées de natureza pecuniaria Gabarito - Errado. Quanto aos sistemas de controle externo, julgue os itens subseqiientes. 2) (TCU ACE 2004 CESPE, questo 92) Os sistemas internacionais de controle externo tém em comum a circunstancia de que o érgéo de controle é invariavelmente colegiado e ligado ao Poder Legislative. Comentario: \www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Luiz Henrique Lima 20 ©) S Controle Externo ~ Teoria e Exercicios para o TCU 2014 A assertiva é incorreta, pois as Auditorias-Gerais, a exemplo do NAO (National Audit Office) britdnico nao sao colegiadas e diversos TCs no sao ligados ao Legislativo, a exemplo do portugués e do francés Gabarito: Errado. 3) (TCE-ES Auditor Substituto de Conselheiro 2012 Cespe, questéo 60) A func&o de controle — interno e externo — é mais ampla que a supervisdo. O controle é mais definido e se aplica a situagdes em que nao hé subordinacao nem mesmo vinculac&o formal, administrativa, sendo objeto do controle toda utilizag&o ou movimentag&o de recursos ptiblicos, independentemente de seu montante e destinacéo. Comentario: © enunciado esta correto, de acordo com a doutrina. A supervisdo, em regra é exercida pelos Ministros de Estado (inciso I do paragrafo Unico do art. 87 da CF/88). O controle interno exercide pela CGU ou o externo, exercido pelo TCU em auxilio ao Congreso Nacional n&o esta adstrito aos érgdos a eles subordinados ou vinculados, nem observa limites relatives ao seu montante ou destinaggo. Gabarito: Certo. 4) (TCE RN - Assessor Técnico Juridico 2009 Cespe, questo 69) A principal diferenga entre os TCs e as controladorias adotadas por alguns paises de tradig&o briténica é que aqueles so érgdos colegiados, enquanto estas so dirigidas por um tnico titular. Comentario: Embora existam outras diferencas importantes entre os dois sistemas de controle externo, é correto afirmar que uma das principais é a de que as Auditorias ou Controladorias-Gerais tém um tnico titular e as Cortes de Contas so érgdos colegiados. Gabarito: Certo. 5) (TCE RN - Assessor Técnico Juridico 2009 Cespe, questo 70) Em todos os paises em que o controle externo é exercido por meio de um tribunal ou érgao \www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Luiz Henrique Lima 2. Oke Controle Externo - Teoria e Exercicios para o TCU 2014 colegiado similar, as decisdes tomadas no 4mbito do controle de contas estéo sempre sujeitas ao reexame pelo Poder Judicidrio. Comentario: A assertiva esté errada. No Brasil, por exemple, nos termos de sua Lei Organica, 0 TCU possui jurisdig&o prépria e privativa. Significa dizer que suas decisées no podem ser revistas pelo Judicidrio. Assim, um julgamento que conclua pela irregularidade das contas nao pode ser alterado para regularidade com ressalvas. O que, todavia, pode ocorrer é 0 recurso ao Judicidrio quando a decisio do TC n&o observou algum direito constitucional (ampla defesa, contraditério, devide processo legal etc.). Neste caso, 0 Judicidrio poderé anular a deciséio do TC (no caso do TCU, somente o STF), mas no reexaminé-la. Ao longo do curso, voltaremos varias vezes a esse tema. Gabarito: Errado. 6) (TCE RN - Assessor Técnico Juridico 2009 Cespe, questo 75) Em paises que adotam a estrutura de auditorias-gerais ou controladorias, o controle externo prioriza a verificacéo do cumprimento dos dispositivos legais na gestao publica. Comentario: A caracteristica apontada - énfase na legalidade - era prépria dos TCs e nao das Auditorias-Gerais, que priorizam aspectos de eficdcia, eficiGencia e efetividade da gestao publica. Atualmente, mesmo os TCs, sem descuidar do exame da legalidade, tém investido muito em auditorias operacionais que buscam aferir os resultados dos programas e acdes governamentais. Gabarito: Errado. 7) (TCE ES ~ Procurador de Contas 2009 Cespe, questo 85) Um dos critérios para se classificar o controle baseia-se no érg&o que o exerce. De acordo com esse critério, I 0 controle administrativo ou executive s6 pode ser exercido por iniciativa da propria autoridade competente, excluida a ago provocada pelos administrados. II 0 controle legislative ou parlamentar, exercido pelos érgaos que compdem o Poder Legislative, alcanga os demais poderes, inclusive suas administragdes indiretas. \www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Luiz Henrique Lima 22 ©) S Controle Externo ~ Teoria e Exercicios para o TCU 2014 III © controle judicial, exercido tanto em relag&o a legalidade quanto & moralidade, restringe-se aos atos vinculados, no se aplicando aos atos discricionarios. Assinale a opgao correta. A) Nenhum item esté certo. B) Apenas o item II esta certo. C) Apenas o item IIT esta certo D) Apenas os itens I e II esto certos. E) Apenas os itens I ¢ III esto certos. Comentario: © item I esta errado, porque o administrado pode provocar a atuacéo do controle interno, a exemplo da atuag&o das ouvidorias. O item III também esté incorreto, porque a moderna doutrina e jurisprudéncia admitem, em muitas situagdes, 0 controle de atos discriciondrios. O item II esta correto e tem amparo na Constituic&o (art. 70, caput). Gabarito: B. 8) (TCE ES - Procurador de Contas 2009 Cespe, questo 36) Com referéncia a fiscalizag&o e ao controle do orgamento, assinale a opgo correta. A) Compete ao TCU a fiscalizag&o contabil, financeira, orgamentaria, operacional e patrimonial da Unigo e das entidades da administragdo direta, quanto @ legalidade e economicidade, bem como quanto & aplicagéo das subvengées, ou seja, recursos destinados ao aumento do capital de empresas publicas B) O TCU exerce fung&io de jurisdigao ao apreciar e julgar as contas do presidente da Repliblica, bem como dos administradores e demais responsaveis por dinheiro, bens e valores plblicos da administrag&o direta e indireta, incluidas as fundagdes e sociedades instituidas e mantidas pelo poder publico. C) A fiscalizag&io operacional do orgamento diz respeito prépria execugéo do orgamento, pois o patriménio compde-se dos bens pertencentes ao Estado, sejam eles de cunho econémico ou nao, e as alteragées patrimoniais devem ser \www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Luiz Henrique Lima 23 ©) S Controle Externo ~ Teoria e Exercicios para o TCU 2014 fiscalizadas pelas autoridades publicas em beneficio da preservasdo dos bens que integram o patriménio publico. D) © controle interno incumbe aos Poderes Executivo, Legislative e Judiciério, cabendo a cada um manter um sistema de controle individual, de acordo com suas caracteristicas proprias e, ao mesmo tempo, integrar o sistema com o dos outros poderes, a fim de que haja coordenagéo e uniformizagéo de comportamentos e providéncias. E) Ao TCU compete realizar inspecdes e auditorias de natureza contabil, financeira, orgamentaria, operacional e patrimonial, nas _unidades administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e Judicidrio, desde que haja prévia requisiggo do Senado Federal. Comentario: A assertiva A estd errada, pois trata-se de uma competéncia do Congresso Nacional e ndo do TCU (CR: art. 70, caput). A assertiva B é incorreta, pois 0 TCU nao julga as contas do presidente da Repiiblica, 0 que é feito pelo Congresso Nacional (CR: art. 49, IX), mas apenas as aprecia mediante parecer prévio (CR: art. 71, I). © enunciado do item C nao faz sentido, até porque a fiscalizacéo contédbil, financeira, orgamentaria, operacional e patrimonial mencionada no caput do art. 70 da Carta Magna nao diz respeito apenas & gestdo orgamentéria, mas ao conjunto da gestao publica. © TCU pode realizar inspegdes e auditorias por iniciativa prépria (CR: art. 71, IV), © que torna falso 0 enunciado do item E A assertiva D esté conforme o art. 74, caput da Constituic&o. Gabarito: D. 9) (TCE ES - Procurador de Contas 2009 Cespe, questo 87) O controle externo, a cargo do Poder Legislativo e do TC, classifica-se em politico € técnico. Com relac&o a esse assunto, a luz das disposicSes constantes na CF, assinale a op¢&o correta. A) © controle externo, nos municipios, é exercido pelas respectivas cémaras municipais, com 0 auxilio dos TCs de Ambito estadual, salvo no caso dos municipios que tém TCs préprios. \www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Luiz Henrique Lima 24 Oke Controle Externo - Teoria e Exercicios para o TCU 2014 B) A fiscalizac&o, sob 0 aspecto da legitimidade, é de Ambito do controle politico e, portanto, fora do alcance do TC. C) 0 controle financeiro, introduzido pela CF, permite verificar se os objetivos foram atingidos, se os meios utilizados foram os mais adequados e se foi obtido © menor custo possivel. D) © exame da economicidade permite verificar se uma obra ou servico foi realizado ao menor custo possivel, diferentemente da eficiéncia, que tem como foco 0 custo adequado, razoavel e pertinente. E) A avaliag&o da relag&o custo-beneficio, pela sua transcendéncia, esta circunscrita ao controle politico, razdo pela qual ultrapassa as competéncias dos TCs. Comentario: Os itens B e E estdo errados, pois o controle externo avalia a legalidade, a legitimidade e a economicidade dos atos de gestao (CR: art. 70, caput). © controle financeiro no permite aferir o alcance de objetivos, invalidando a opsao C O conceito de economicidade, no dizer de Ferreira Filho’, consiste na apreciagéo se 0 ato foi realizado de modo a obter o resultado a custo adequado, razoavel, n&o necessariamente ao menor custo possivel, 0 que torna falsa a assertiva D. O item A esté correto, conforme explicagées na introducao desta Aula. Gabarito: A. 10) (TCE ES - Procurador de Contas 2009 Cespe, questo 91) Cabe ao TCE/ES julgar as contas dos administradores e demais responsdveis por dinheiros, bens e valores ptiblicos, tanto no ambito da administracao direta como da indireta, incluidas as fundagdes e sociedades instituidas e mantidas pelos poderes puiblicos estadual e municipais e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuizo ao erario. Incluem-se, portanto, nesse rol, as contas A) dos prefeitos municipais. 5 Comentérios & Constituigao Brasileira de 1988, vol. 2, Saraiva, 1992, p. 126. \www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Luiz Henrique Lima 25 ©) S Controle Externo ~ Teoria e Exercicios para o TCU 2014 B) dos dirigentes de estatais que sejam funcionarios puiblicos concursados, do quadro permanente de pessoal. C) do governador do estado. D) dos membros da mesa da Assembleia Legislativa. E) dos presidentes dos tribunais da justiga municipal. Comentario: As competéncias dos TCs estaduais e municipais acompanham por simetria as do TCU (CR: art. 75). A assertiva A é falsa, pois as contas dos prefeitos sdo julgadas pelas Camaras de Vereadores. De igual modo, as do governador sao julgadas pela Assembleia Legislativa, tornando errada a opcéio C, Nao ha tribunais de justica municipais, © que invalida o item E. Quanto & assertiva D, embora o TC julgue as contas da Assembleia (érgao de execugdo orgamentéria), nao julga as dos membros de sua mesa, que nao tém as caracteristicas de Chefes de Governo, como prefeitos e governadores. Finalmente, estd correta a opc&o B, pois os dirigentes de estatais, sejam ou n&o funcionaries concursados, séo responsdveis jurisdicionados as Cortes de Contas. Gabarito: B. 11) (TCE ES - Procurador de Contas 2009 Cespe, questo 97) A legislacéo vem refletindo, crescentemente, a preocupagéo com a maior transparéncia das contas publicas. A esse respeito, assinale a opgo correta. A) As contas do prefeito devem ser disponibilizadas aos cidadaos, na camara municipal, durante todo 0 exercicio. B) Qualquer cidadao tem livre acesso as contas do municipio, mas n&o pode contestar a legitimidade da despesa C) 0 cidadéo pode denunciar ilegalidades ao TC, mas sé pode formalizar as dentincias por meio de instituig&o da sociedade civil. D) Os conselhos de gestao fiscal, j4 em funcionamento, recebem e processam as dentincias de irregularidades praticadas por dirigentes puiblicos. \www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Luiz Henrique Lima 26 ©) S Controle Externo ~ Teoria e Exercicios para o TCU 2014 E) O Poder Legislative néo pode entrar em recesso, ao final do exercicio, sem julgar as contas do chefe do Poder Executivo relativas ao exercicio anterior. Comentario: A assertiva A corresponde ao caput do art. 49 da Lei de Responsabilidade Fiscal. Esté incorreta a op¢&o B, pois € possivel a contestag&o nos expressos termos do §3° do art. 31 da Constituicéio. A dentncia ao TC encontra amparo no §2° do art. 74 da Constituicéo que atribui legitimidade a qualquer cidado para fazé-la (opgao C incorreta). © conselho de gestdo fiscal, previsto no art. 67 da LRF nao foi regulamentado, nem implantado, tornando falso o item D. A vedag&o ao recesso mencionada na assertiva E consta do §2° do art. 57 da LRF, mas refere-se aos TCs e no ao Poder Legislativo. Gabarito: A. 12) (TCE RN - Assessor Técnico Juridico 2009 Cespe, questo 38) Entre os varios critérios adotados para classificar as modalidades de controle, destaca-se © que o distingue entre interno e externo, dependendo de 0 érgdo que 0 exerca integrar ou nao a prépria estrutura em que se insere o érgao controlado. Nesse sentido, 0 controle externo € exercide por um poder sobre o outro, ou pela administracdo direta sobre a indireta. Comentario: A assertiva esta coerente com a definicéo doutrinaria para a classificagéo dos controles quanto ao posicionamento do érgao controlador. Gabarito: Certo. 13) (TCE RN - Assessor Técnico Juridico 2009 Cespe, questo 49) Os TCEs sdo competentes para examinar as contas néo sé das prefeituras e das cémaras municipais, mas também do Poder Judiciério e dos ministérios ptiblicos municipais. Comentario: \www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Luiz Henrique Lima 27 ©) S Controle Externo ~ Teoria e Exercicios para o TCU 2014 N&o existem Judiciarios ou Ministérios Publicos municipais, o que torna incorreta a assertiva Gabarito: Errado. 14) (TCE RN - Assessor Técnico Juridico 2009 Cespe, questéo 52) Como érago que auxilia a Assembleia Legislativa do estado no controle externo da administrac3o publica, 0 TCE/RN tem competéncia para realizar inspecées € auditorias de natureza financeira, contabil, orcamentéria, operacional ¢ patrimonial nas unidades administrativas dos Poderes Executivo € Judiciério, desde que tal providéncia seja deflagrada apenas por iniciativa da Assembleia Legislativa. Comentario: Como visto em questao anterior (ntimero 8 desta Primeira Bateria), 0 TC pode realizar inspegdes e auditorias por iniciativa prépria (CR: art. 71, IV). Reparem que o Cespe, assim como outras bancas examinadoras, tem alguns temas favoritos, que utiliza para formular questées em varias provas, com enunciados ligeiramente distintos. No caso, 0 tema foi objeto de questo nos concursos de 2009 do TCE-RN e do TCE-ES. Ao longo do curso, veremos outros temas que esto entre os “queridinhos” do Cespe e que podem muito bem estar presentes na prova de TFCE 2012! Gabarito: Errado. 15) (TCU - Técnico Federal de Controle Externo 2009 Cespe, questo 38) A CF conferiu ao TCU a competéncia para julgar as contas dos administradores e demais responsaveis por dinheiros, bens e valores piblicos da administracéo direta e indireta, porém nao atribuiu a esse tribunal competéncia para aplicar sangBes aos responsdveis quando constatada a ocorréncia de ilegalidade de despesa ou de irregularidade de contas, por se tratar de compet@ncia exclusiva do Congresso Nacional. Comentario: A competéncia para aplicar sangées na hipétese descrita esta expressamente atribuida ao TCU pelo inciso VIII do art. 71 da Constituigéo. Gabarito: Errado. \www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Luiz Henrique Lima 28 Oke Controle Externo - Teoria e Exercicios para o TCU 2014 16) (TCU - Técnico Federal de Controle Externo 2009 Cespe, questo 39) Apesar de ser érgao que auxilia o Poder Legislativo no controle externo, o TCU pode realizar, por iniciativa prépria, inspecées e auditorias de natureza contabil, financeira, orcamentaria, operacional e patrimonial, nas —_unidades administrativas dos Poderes Legislative, Executivo e Judiciério. Comentario: Notaram que novamente o Cespe cobra do candidato 0 conhecimento do inciso IV do art. 71 da Constituicio? Foi a terceira vez em 2009! Aposto uma empadinha que no concurso desse ano vai cair alguma coisa semelhante. Sé precisam pagar depois de empossados, esté bem? Aconselho vocés a conhecerem muito bem todas as competéncias elencadas no art. 71 de nossa Carta Magna. Com certeza, isso garantira alguns preciosos pontos na classificacao final. Gabarito: Certo. 17) (TCU ~ Técnico Federal de Controle Externo 2009 Cespe, questéo 46) Quando a Uni&o repassa recursos aos demais entes da Federagdo mediante convénios ou instrumentos congéneres, o TCU examina as prestacdes de contas dos érgaos ou das entidades repassadores, mas no pode examinar as contas de entes beneficidrios dos recursos relativos aquelas transferéncias em obediéncia ao principio da autonomia federativa. Comentario: Essa questo continha um grau de dificuldade um pouco maior. De fato, a regra geral é que no exame das contas dos érgdos repassadores de recursos estejam incluides os valores relatives a convénios e outros instrumentos congéneres (termos de parceria etc.). No entanto, se o ente beneficidrio praticar algum ato ensejador de instauracao de tomada de contas especial, como, por exemplo, a omisséo na prestagéo de contas ou a ocorréncia de dano ao erdrio, essas contas, sob o formato de tomada de contas especial, serdo julgadas pelo TCU. Assim, é bastante comum que nas Sessdes do TCU sejam julgadas irregulares as contas de convénios e aplicadas sangées a prefeitos e até governadores, sem que isso represente qualquer violac&o ao principio da autonomia federativa. A autorizagéo para tanto consta da parte final do inciso II do art. 71 da \www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Luiz Henrique Lima 29 ©) S Controle Externo ~ Teoria e Exercicios para o TCU 2014 Constituiggo: “julgar (...) as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuizo ao erdrio publico”. Assim, imaginem que determinado Ministério celebrou 450 convénios com municipios no exercicio de 2009. Em cerca de 430, as prestagdes de contas foram feitas corretamente, e os respectivos valores constaréo da tomada de contas do Ministério que seré julgada pelo TCU. Nos 20 restantes, houve a instauragao de tomadas de contas especiais e cada uma delas seré julgada separadamente pelo TCU que, apés oportunizar aos gestores o direito de defesa, poderd aplicar-Ihes as sangées previstas em lei Um ponto interessante a observar é que 0 julgamento pelo TCU concluindo pela irregularidade das contas em um convénio acarretaré a incluséo dos responsaveis na lista que o TCU encaminha @ Justia Eleitoral para efeito de aplicagio da Lei Complementar 64 (Lei das Inelegibilidades), recentemente aprimorada pela Lei Complementar 135, conhecida como Ficha Limpa. Gabarito: Errado. 18) (TCU - Auditor Federal de Controle Externo - Obras 2009 Cespe, questéo 27) No exame das contas prestadas anualmente pelo presidente da Reptblica, 0 TCU, ao verificar irregularidades graves, poder impor sancées ao chefe do Poder Executive, sem prejuizo da apreciagéo dessas mesmas contas pelo Congresso Nacional Comentario: © TCU nao impée sangées ao chefe do Poder Executive porque n&o julga suas contas, mas as aprecia mediante parecer prévio (veja explicagéo acima na questao 8). Por sua vez, o Congreso nao as aprecia, mas as julga. Gabarito: Errado. 19) (TCU - Auditor Federal de Controle Externo - Obras 2009 Cespe, questo 29) Se o governo brasileiro decidir que a PETROBRAS formard com a Bolivia uma empresa binacional de exploragao de petréleo, caberé ao TCU fiscalizar as contas nacionais dessa nova empresa Comentario: \www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Luiz Henrique Lima 30 Oke Controle Externo - Teoria e Exercicios para o TCU 2014 A assertiva diz respeito a outra competéncia constitucional do TCU, constante do inciso V do art. 71: “fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital social a Unido participe, de forma direta ou indireta, nos termos do tratado constitutivo". Uma empresa binacional € uma espécie de empresa supranacional. Itaipu Binacional (Brasil e Paraguai) € um exemplo. 0 item esta correto. Gabarito: Certo. FIM DE PAPO Bem, meus caros. Por hoje é sé. Espero que esse primeiro contato tenha sido Litil e os estimule a redobrarem os esforcos para alcancar um bom resultado. Nao tenham duvida de que, uma vez no TCU, jamais se arrependerao dos sacrificios que fizeram durante o periodo de preparac&o para © concurso. Verao que valeu a pena! Aguardo vocés na préxima aula e, em breve, se Deus quiser, como colegas TFCEs do TCU. Bons estudos e até a préxima aula! © \www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Luiz Henrique Lima 31

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