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Gilda de Moto 6 Sous Terra em Transe “abe: fOve posite analiar Terra em Tronse independent mene de Dews Diao na Tera do Sol, a dene ame fees ils do ou segundo time Olsser Roche mio aSver- tine que a ata de wma medias retomds, Dens ¢ 9 Dibo Serninava mum ednicnelritmo cnefogo; a coi de Manel Smplandose aavés &h expos da mich e dO ‘endo pe. ‘pico de ev texto" sero al rst mat — 6 mar al ‘ira sero” — praca peatar confssmcte pra uma epee Hoga Tere em Tran, em fanihg inves comp 5m ‘movimento cenipeto: 2 mara feces primeira 0 mar, Ge ‘Se ature parece Imenso dexonhecdo ome a aperfie da Ins, vung Testameate ara ume pra gue ve lca Is cat tno devendo sempre i tmolida gue pert ini do ‘oninente Gauter vol, pl 20 seu poo de paths, come ‘quem reccoece que a peanea fala ido prema © etm Preto Teear de novo as premisas, ce cut penpectna. 0 cgndo time parece ear retennd® 0 pelo do meme Imodo por gue a feefea aliemasso de mecidade de Catot Drummond Se Andrade ~~ "o mee corso € maior que @ | mundo" — fo cords a Mae madure ple vere dese Santado — “nde, © meu corto mio € maior que 6 mundo, Eo menoe” “ho nando apreetaios camo surgem ss imbaga. Je Poul Meni, peng risa, ob ad Fat de marae se poten ao obstanie, ns setimos que fos das fhines © image di prosemiica de Clouber Rocha é'2 BUS in Deus ¢ 2 Diab, © tio masiqueista proponha dese 9 Ini a empiidade relay do univetso de Mansel que se debt em os Gspron do bom eo» apulos dO il apenas ‘stumbrande, cabo, que a Tui se podria tumble fr do ioe Hower. Por fo, nara ca linear, como 8 8 ‘neste, organise em epee ntinomns © cea ‘on, Mar pars Paulo Marion « proc. comeya onde termina wong, ¢ cs dems erdade posal crozaalose em nists por sma reaiade male aka mae compa ‘ase tos” A'vtdade pss 8 tet, pot mula faces, © 0 Todo esto ooo ‘ho poder © nos rts itermaclonals de oro. 0 POW. ere ele abandonade. A comincs desa witagio ¢ exiean 20 ‘me sbetudo por dol perosagens, cada um dein wna penpeaiva Palo. Maris, Inet! tem Tnecionado mis ftclante, cielo de Jd, sada mio pete 3 pln plete Fler fc, pe fe cima pars bat, como 5 Imp uma mercadoria pela propaganda. “Agora vamos ver como o go- yernador iré cumprir as suas promessas de candidato”, — di- zem ambos. De fato, ninguém quer mudar nada e 0 povo foi apenas um instrumento. Mas a consciéncia popular, vaga- mente despertada, pde em choque uma estrutura que permanece a mesma. Surgem as lutas entre o povo ludibriado e Vieira, mas ainda é tempo de sufocar as aspitagdes informes, que nao aprenderam a se exprimir com clareza. Nao podendo cumprir as promessas, o govérno adota a repressdo policial, mas a luta ja o desgastou e agora é a estréla de Porfirio Diaz que comeca a subir, mostrando que o breve intermezzo populista foi apenas um hiato no processo que tendia ao reférgo das posigGes tra- dicionais, B no torvelinho desta crise, onde ocorrem muitas outras coisas, que se debate Paulo Martins, incapaz de ultrapassar a sua pré- pria confuséo. fle é um exemplo de ser dividido, dilacerado entre duas mulheres, dois lideres, duas sensibilidades, uma vez que mesmo a sua poesia, que pretende exprimir uma angistia moderna, € vasada numa retérica do passado. A montagem final paralela. representa de maneira eficiente o seu impasse, quando vemos alternadamente, no delirio da agonia, ora a se- quéncia em que Vicira avanga no meio do povo entusiasmado, ao som do rufar séco dos tambores, ora a sequéncia em que Porfirio Diaz desfila sézinho e teatral tendo numa das mios © crucifixo e na outra a bandeira negra desfraldada. Reduzido pelo critico ao seu esqueleto racional o filme pode dar a impressio falsa de banalidade. Mas a férca de Glauber nfo consiste em exprimir um pensamento discursivo, e sim na maestria com que usa a imagem, para criar um universo plastico de equivaléncias, um sistema de met&foras e alegorias. No tre- cho de Terra em Transe h4 pouco referido, por exemplo, a montagem paralela traduz a dificuldade de opcio de Paulo Martins, No entanto, cada térmo da oposi¢io, tomado isolada- mente tem autonomia de sentido, funcionando como alusio que o piblico apreende sem esférgo, ao ler na conven¢ao ou no comicio uma caricatura do populismo, e no desfile paranédico de Porfirio Diaz, a “marcha da familia, com Deus pela liber- dade”. A tendéncia de Glauber Rocha para o requinte formal, fugindo sistematicamente das solugdes naturalistas pode, num polo opos- to, exprimir-se pelo esquematismo, FE o que acontece no trata- mento que costuma dar aos personagens. Desde Deus ¢€ 0 Diabo vinha ensaiando uma técnica de caracterizagéo, que na- quele filme refletia-se sobretudo em Antéino das Mortes, e que 142 cts consiste, basicamente, em despersonalizar ao maximo o perso- nagem, reduzindo-o a porta-voz de uma expressao coletiva. Em Terra em Transe 0 processo se generaliza. Nao ha mais pessoas nem tipos; cada figura se transforma numa espécie de amostra significativa. Assim, Paulo Martins representa a esquerda fes- tiva, Sarah a esquerda real, Porfirio Diaz a politica paternalista, Vieira as liderangas populistas. A individualizacio, explorada com ttago intencionalmente grosso, visa um fim expressionista e chega francamente a sdtira, — como, por exemplo, quando Fuentes, o industrial progressista, avangando para a camara como um ator brechteano, chega ao primeiro plano e nos conta diretamente que é proprietério de tédas as minas de ferro, tédas as minas de prata, *édas as minas de ouro, tédas as estagdes de radio, t6das as emissoras de televisdo, todos os jornais de Eldo- rado.... E esta transparéncia absoluta do personagem, essa clareza essencial, que aflora no seu aspecto exterior, petrifi- cando-se em mascara. Todos éles, portanto, manifestam um aparecer que € 0 seu préprio ser. Assim, Vieira estaré sempre de roupa de linho branco, colete préto, cabelo escorrendo na testa, charuto na mao. Levando adiante essa necessidade de clareza absoluta dos per- sonagens, Glauber instala cada um déles em seu habitat natural, como um santo no seu nicho. Estejam onde estiverem, o lugar verdadeiro de Vieira é 0 comicio, junto ao povo; o de Porfirio Diaz, o seu paldcio dourado, que nfo deixa de evocar o Xanadu de Cidadio Kane; o de Fuentes, a orgia noturna; o Martins, a redac&o do jornal. Esta esquematizagio nfo € gra- tuita e decorre da prépria estrutura aberta de Tera em Transe, — é a exigéncia estrutural de fechamento, que corrige na sua legibilidade a dispersio temporal da narrativa. Da mesma for- ma, 0 aparecimento caético dos acontecimentos no delitio nao € um truque formalista, pois a desordem em que se apresentam acentua, no plano da imagem, a perplexidade ideoldgica de Paulo. Martins, O amadurecimento técnico de Glauber é evidente, ¢ ao retomar neste filme os seus temas anteriores para tecer novas variagdes, sempre 0 faz no sentido do despojamento e da seguranga arte- sanal. Despojamento relativo, é certo, neste baihiano que no cita Castro Alves por acaso e que se sente atraido por cendrios barrocos, lances de escadaria, clareiras entre as drvores, movi- mentos encaracolados de camara, bruscas rajadas musicais. Té- das essas preferéncias, mais a utilizagéo declamatéria de um texto literario de valor duvidoso, traem uma sensibilidade der- ramada, 4 beira do discurso, No entanto, a seu modo Glauber esté-se policiando, Num trecho déste segundo filme, retoma certo 143 cm paorimicas etupenda: mas € 1 clara © pabee eperso (ou posal) a que Fo Mighaccio em festa asta sonoma trade, A conosyet eral © dean (iedora ed agut ber longe ae Boal Guarnie wart on (ee eS ea ee Seas aie" kathy man © cea 9 Be whe ap palngne € pars dear de mamcenicoordenats 2 seu roo de mies que mngién eit dopo a ow ‘Oe eves empurram pars a hone quem defend, ene, Somo os fares. erpondno malo. pala que ela tose? Em De ¢ 0 Disho ambi ers inegutvoen = aldo 20 Mar- Tira. no epsiio. sm. que Manuel bia = escalate fin ‘om ape na cabsyes A eons ert mito longa iste, € fer tata; mite lr we dala ox Crops, revplva ‘a poem e ou slsearestemulan Agu nl i nen ‘Soren tino €vsg «rida como ums crews ess formu elipico seh de sbrevaturas, oy soma se Socedem ‘om vce ingio grotecs, como a figura desea © alice ‘de oper, oponda oa lamest 8 argh do eter deep. ftalado ao cOanHNO dre.”Aes poocos os enqundramenios Spetam se pent mat cons owes aD ean ee ‘hum rocks por onde’ o ar cele, © no espago opto ‘or omens derentam com Ge era 2 cra; mo conta © Foao. "0 pews eecaraestie de Giatber Roch que = amor fing, qe fe faa cla com ima bala na cn ese abandon fenaigo no chia. — obj que © alan cues perce, — es Heate wal wo Jada da soe tcl de rt lps fen pars Sogn tt leat de Beach «Ee Mrs nfo wre arial uproximar 9 siema de pints sobre. tudo, dsebidocomparat Glauber Roche. 4 Jeronimo Bosch? Nissin um arenes tnt oie cae cone Terre ‘ot Frame, 9 eve Homo 6e Frankie © 0 Caniiho do Crit © Gand. Ferd mules imporincts o Tao de Boszh exprinit > snimenta do mal stare de ingulaaeso ie para sre ot ‘impos ets clades do None dr Europa por seta do an de 10" « Glaer intr eo presente e na Amen Latina AS das ies tram x desevpranga,« ade Beach (com 4 een ‘now informa) doriva du chun, do fim de alga soi, oe to sido nlo srt compenada plo advento de nena acon teomen estrone,

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