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Questdes da Nossa Epoca Volume 1 se Camogie na uta) a = esas Pa scl Se Maria da Gloria Gohn EDUCAGAO NAO FORMAL E 0 EDUCADOR SOCIAL Atuacdo no Desenvolvimento de Projetos Sociais Sia ‘gualdade,solidsriedade paz sto as promessas no cur ‘ridas da modernidade ocidontaleconstituemo patriménio ‘matricial da emancipacto social. orpanlzacHo neoliberal {a sociedade, jéfragmentada pelo regime de acumulagio de capital, agors mais intensamente globalizad, impede a ‘nclusto dos grupos desfavorecidos a uma vida em que os Tso se fra partir da prétia da gestio comparithada esco- la/comumidade educativa, no exerecio das tare que & conjuntura de uma dada escola, numa comunidade territo- recessite. Participar dos canselhos e colegiados das cesoalas¢ uma urgéncia e uma necessdade imperiosa. Mas cexige uma preparago continua, um aprendizado perma nente, uma atividade de aquo ¢ rolexao, Nao basta um ‘programa, um plano ou mais um conse. Cidadiosékicos,atvos, partcipativs, com responsabi- dade dine do outzoe preocupados com o universal nfo ‘om particularismes, implica retomar as utopias eprorizar ‘a mobilzago ea participapio da comunidade educativa na constzugio de novas agendas. Easas agendas devem conte lar projetos emancipatérios, que coloquem como priorida- de a mudanes toca, qualiiquem sou sentido e significado, pensem altemativas para um nove modelo econtmico, nao cxcludente, que contemple valores de uma sociedade em que o ser humana é o centro das atengBes eno 0 luero, 0 mercado, o satus politico e social, o poder em sum ‘Temos que voter a politizar o politico no sentido de socalizagio do poder e ndo do fechamento do poder, para que no nos tomemos uma replica de tsnloos, especia: lists ¢ compotentes no geronciemento das diretrizes do "FMA, do Banco Mundial etc. Temos que reconstruir os pro- {tos politicos que se escondem ports do tecnocratismo, [Mais do que nunca temas que redisculs 0 que é um proje- to politico emancipatdro, tomar areilexio scbre a demo- ‘tacia como soberania popular, do povo © para 0 pove. ‘Pautaro debate sobre a soberanis da comunidade significa dizer no & inclusio excludente, no 8 modernizagio con servadora que busca resolver os problems econdmicos da escola utlizando-se de formas do assstonclalismo, da cat dade ete. Ao dscutira soberania da comnidade local, e de 1am povo, estaromos fornecendo pistas para analisar &mo- ‘tamorfose que anualmente ee apera nos discuss sobre a _ealidade brasileira, to fragmentada mas, ao mesmo tempo, to cheia de experancano sentido de madangas qualitativas, "Temos que poltzar@ educarioe, com ela, os seus consaThos © todas as formas possveis da partcipagio ds comumidade educatva na vida cotidiana da escola. 14 necessidade de ‘se atingir a midi, para que at agbes de gestiocompartilss- a, escola/comunidade, garhom viibidadeeleitimidade jjmto & sociedad mais ampla. ABnal, 06 consethos ¢ os ‘olegiados eo partes de uma gestto compartithadae gover: nar 6 também uma oportunidade de constrairespacos de Uberdade, desenvolver a igualdade, em suma:construir 0 projeto ds emancipagio com sentidos ¢signifcados, noo. zados em marcos referenciais substantvos, eno participar 4e cendrios armados esratglcamente para referendar de- ites arquitetadas de cima para baixo ‘Uma sociedade civil partcipativa, stnoma, com seus ireitos de cidadanta conqulstades, rexpeitados ¢exercidos fem varias dimensbes, exige também vontade politica dos governantes, principalmente daqueles que foram eletos como representantes do povo, pois democrainar a scieds e 6 uma tarefa que nto ¢ apenas dos cidadioefsolados da ociedade civil. As difculdades de representatividade pre- sentes nos dversostipos de conselios d dea da educacto, screscidas da nfo transparéncia das gests publics, dado 0 fato de nfo publicarem a informagdes, carroboram, nossasafirmagdes, da urgincia de madancas também na sociedade politica, nes esforas pablias, rmusclonoronutcosootscnt » 4. Projetos socials eassociaivismo no Brasil Na atualidade o assocativismo urbano predominante ‘nas regides rbanas, no Brasil ¢ em outros patses da Amé- +a Latina, como Argentina e Chile, @estraturado segundo ‘novos padrdes organizativose outa logicaariculatéra de ‘suasagées, muito diferente da dos moviments sciais. Esse assocltivismo 6 impulsionado por organizagées do charna- ‘do terciro setore tua via projetas sociis especticos. Os _rojetos se desenvolvem segundo a dintmica de processos ‘a educago ndo formal, embora nem todos ralizem esta educagio no sentido de projetos emancipatirios. Dada a ovidade desta priticas,¢0 seu volume, muito maior que ‘ommero de movimentos soiais,resolvemos dar um des- tague e exempliicssloe na parte fnal deste ivr, ‘Sahe-se que 0 tercero setor 6 uma expresso com sg- nifcados miltiplose & também uma construgdohistrica [Nao se trata do tercirio da economla, aquele voltado pars ocomércio, que se contrapunha &indistria¢& agriculture, ( terceio setorpressupte uma ordem social em que ho imei stor 0 Estado, segundo, quase nto mencionado, ‘mas que se refere ao Mercado, eo setor pico nf esata (cide Fernandes et ali, 1997), Inicalmente fol confundido ‘com o voluntariado porgue abrangia as entdades em fn Iucrativs,inserindo-o no murido do mereado, des negéclos, ‘e forma contraditoria. Depois ele passou s ser nomeado ‘como. conjunto de entidades que atuam naesferapblica, (© contraponto passou a ser as agies dinamizadss apenas ‘pelos governos, ou apenas por empresas comerciais/ucra- iva, Asgumentava-se por uma esfera pablica nao governa- ‘mental, no estatal. Nos Estados Unidos ¢ na Inglaterra o terceiro setor ja tem longa tradigio — vem das charie —, tendo a caridade, 0 asistencialismo, 2 memdria religiosa, ‘04 0 mecenato,¢ 2 filantropia como origens. Atualmente ‘ee aot se profisionalizou naqueles paises participa da ‘economia deles como uma das fontes de seu dinamismo, ‘ncorporando-se como parte do modelo econdmicoexisten- ‘te. No Brasil ¢em outros palses da América Latina, Asia e Afica,oteroeiosetor se configuron de forma contaditria, pis nestesteritris a tradigio das ONG tinha uma outra ‘istdria e meméria, expecialmente as charnadas ONGS ci adi, voltadas para a organtzacto espoio aos movimentos socials populares, ema uta contra regimes militares, ditad ras ot. Apée 1900, vamos encontrar nesses paises ui novo terceirosetoycooperando e disputando espagocom as ONG ‘dads, dalogando ox tensionando relagées, Leis especis= as foram cradas para normatizar sua atuardo sendo que, nests paites, ele pasou a fazer parte do novo modelo de gestio publica, na desregulamentacio do Estado, especial: ‘mente na gest das pliticas soca, 0 terosiro setor brasileiro € composto por intimeras associagdese entdades com perfis variados. Fess associa: 8es ¢ entidades scbrevivem gragas a0 apoio financeiro © {institucional que recebem de empresas, nacionaise inter nacional, fandagbes também empresas, bencos eoutras centidades da sociedade civil, Este conjunto de entidades petrocina inimeros projetos socais, projetce formulados ‘com premissasassocatvistasdestinados aclientelas caren- tes, num universo mulicetado dae experiéncas asocia: ‘vas, inscrevendo suas atuaghes no universo das politicas 4e responssbilidade social. A logca da atuagio das fonda- fos ¢ empress, na drea do socisl, via apoto 2 projetos socal, 6 diferente da légica de atuacio via process social, ‘encontrada por exemplo na piticados movimentos socials. de algumas ONG cidadis anteriormente citadas,herdel- ris da fase movimentalita dos anes 1880 na sociedade ‘aslleia. Nesta timas 0 importante € a construglo de adas metas e objetivos geradores de conhecimento cons- citncia social. logica que preside a entidades do tereiro setor gerou tim novo ativismo que atua em redes, vltado ‘para a execugio de aches coletvas propostivas, geradoras 4 trabalho @ renda ou de projetos de incluso social de determinsdas camadas sociis pré-qualificadas como em. sStuagio de vulnerablidade social, Essa agBes convivern ‘com a outra logica, dos movimentos demandatarios por Alireitos socias e politica de igualdade soca (Os grandes ancos intemacionai, vias empresas ml: ‘inacionas,CAmaras de Relagies Comercais de outros pases cet, tém eriado,além do apoio a entidades ¢ seus projtns socal, espagos on Fine eexpacos de debates sobre Tereciro Setor.Entdades da comérci eda indtrs, camo o Senace ‘0 Sesc, oSesi ete, também desenvolvem atiidades de apoio 0 Terceiro Setor Universiades tém eriado cursos para for- ‘magio e qualificagzo de quadvos para oTercelr Setor Bssas ‘entidades desenvolvem projetns scias para clientela espe- ‘ficas, usualmente, com recireosqie captam de sengo de ‘mpostcs por erem selos de “cormunieas, has de eréd- to estate, apoios da lel de incentivo cultura, apoio da Pe- tworas ou cutis extatais, ou apoio de Minitériosespecifics, ‘oa ainda spoios de edits echamadas& pesquisa einterven- ‘fo, de érgios como 0 CNP, Finep etc Um exame répido na internet possibltenos adentrar ‘no universo dos “Projetos Sociais, de diferentes tos, na- turesaentidades patrocinadoras ete, Algane de seus propo- sitores ou formuladores apresenta-nes argumentos em die se desacam: o excrcicio da cidadania, o envolvimento das pessoas para além do seu campo de vivéncia, transposiio de barrirase preconceitos em benefcio do outro Alguns destacam que 08 projtos fo ura meio para que aja maior conscienizagio do indviduo diante do papel que ele de- sempenl na sociedade. O despertar para a solidariedade ‘também & item ineluid, ‘comum vermes ONG os definirem como agbes om ‘nfate no local aravés da gestio compart, articulagto entre 08 agentes envolvidos, gestio em rede, tendo o ca dado de manter a flexblizagho de programas e servgos ¢ principalmente a paricipagio da sociedade na elaboracio, execueao e contole dos projetos ou programas. Elas af ‘mam que o Projeta Social nasce do dese de wma ou vériae pessoas de mudar a realidade em que vivem. Para um bom ptojeto 6 necessivio conhecer bem a realidade problema, ‘por meio de uma boa pesquisa para levantar os principas ados. ¥ assim montar 0 projeto para madar" (0 que sto Projetos Socials. Disponivel em: wirw.branswera yahoo. com/question/index. Acesto em 22 set, 2009) (© que se busca qullf.car nos argumentos citadas #40 (0s efeitos da acdo de partcipacgo em um Proeto Socal, parao sujet que participa para obenefciria da aro, © ‘fo o que € um projeto propriamente dio, (0 Colégio Santa Cruz de Sto Paulo, que aesumixo tema og ProjetosSocais como parte de sua atuacio naformagio ‘escolar de seus alunos, deine Projetos Sociis da seguinte ‘maneira: ‘Slo ferramentas de acto que permitem a socie- ade se organiza para tranaformar uma determinada ree lidade covsle/ou urns detorminada inttuicio."O site de ‘uma ONG de Fortaleza assim anuncia seus cursos sobre formulagio de projets soczs: A delinigso Ge projet contémo sentido deorpnizar ideas, ‘eaqulsas, anelisar «realidae e desenhar wma propos ‘ticulada com itencionalidsde de mdar uma reatidade ‘xstnte On projeto coins gem ens mesma gis So construe felts por um grepo de pestoas que desea teansformar ideas em boos pics. nis proto podem se teansformar om ages concretas ¢ exemplres que poder sudo a realidde lea. Preeentemente as empresas © 0 fovemno realiaim cada wer mais inverimentas socais € ‘neoesstam de ferramentas para entific oportnidades, ubelecer piridade,elaborarplanos de seo, avallat resultados e promover melhorias. (Cetrede ~ Cento de ‘ielnamento e Desenvolvimento, Disponivel ems www. ptojetoeociaewordprese.com/. Aces em: 22 sb. 2009 Postulamos neste livro que os Projets Sciaispreisam ser qualificados pelos seus objetivos, priticase processos {e aprendizagens construides,Vé-os apenas como inst mentos, como ferramentas para desenvolver priticas que formem ou mudem aitudes ¢ comportamentos, 6 reduzir ‘ processo educativo que eles contém a processoswtilita stag, teenocrticos,pragmstsia © empricistas, Diversidade cultural 6 uma nooo central a0 ratarmos os Projetoe Socias, de forma a compreendar suas formas e aprendizagense produgéo de sabers, no campo da edu- cago ndo formal. A diversdade cultural tem sido tema presente nahtima década nos debates académicos, pees: ‘35, programas e politicas publica e fondamento central das ages coletivasascolatvas no campo da educagio nto formal que se realiza em miitiplos campos e recantos do Bras Ela ¢é também ua frente fundamental do trabalho da Unesco, que 2 considera uma necessidade do género ‘numano, um petriménio ds humanidade,tida como eixo principal nas politias publices. A Unesco elaborou varios documentos a respeito, destacando-sea Declaragho Univer- ‘a sobre Diversidade Cultucl, Fara Vera Pall (2008) a diversidade cultural 6 condicio para o exerecio da cdada- nia, constituind-se numa forga sociocultural transversal Vera afirma que as dentidades culturais devem ser prote- sidas, mas a diversidade cultural dove ser promovida A diversidade cultorl 56 é possivel lorescer em arm bientes de respeito reconhecimento do pluraliamo cultu- ral. B necessaro a existéncia de eeferas pabicas de inter (fo, didlogos e debates para que a dversidade cultural se firme como um dieit, um direlt cultual im se tratando 4e terrtérios onde habitam ou vivem contingentes socials cemsituacao de pobresa, é preciso care ativar espagos para aproliferaclo de formas cultarais alternatives ax dominan- tes, Por isso a existéncia de Projets Socais¢ importante [Nao apenas porque revela sua exatenca, fundamental para 0 desonvolvimento de pritcascidadis e paras constragto de identdades (cxistentes ou emergentes), como também para’o reconhecimento piblico dessa iniciatvas, assim ‘como para a construpio de res associatvas. ‘Naandlse académica, na constugéo de ProjetaeSocisis « nas poiticas pablicas um dos grandes desafios é: coma construiraunidadena diversidade som apagarasdiferengas. BE qual o lugar ideal pera promover este principio da dife ‘renga? BoaventuraS. Santos (2002 ¢ 2006) nos dra que & setccionoromatcoxscicnsccn, * ccomunidade loal é um destes espagos porque 0 principio de comunidade contém as delas da soldariedade eda par- ticipagdo. De fato, temos de supor que 0 morador seja um ceidadio nao apenas porque tem um lot, uma cas, ov ov ‘notipo de morada, mas também porque ele tem uma iden- ‘idade com aquele local. B pare que isto ocorra preciso {gue este tersitorio sea um lugar de promogio da dgnidade, a eolidariedade. Deve ser um espago de reconhecimenta da cultura de sous hubitantes. As agbes locas promovidas pela sociedade civil ou promovidas pelos poderes pblicos ‘dover focslizar ages em que haja um interculturlismo ‘emaneipatorio, que econhoga 0 outro e suas diferengas, fom diiutlas noma geleia multicultural homogénea, net dosacar hierarquicamente uns sobre outios. Deve haver Aidlogos transversal, cruzamentos einterselages de forma ‘crlar pontes entre as diferentes tradigbese priticascul- turaleexistentes, Dever-eecrar redes tecidas por flos que ‘promovam esta interigagao ea conexto necessria, 5.05 projetos socials no Programa Rumos: educagéo, culturaearte ‘A seguir aprosentamos os resultados de ums pesquisa soe Projets Socials desenvalvidos por ONGS e movimen ‘oseociais para exemplifcar formas de educagondo formal, estacando um dos sujetos principals que nela atua (8) ‘educador(a) socal. A pesquisa tem como fonte de dados 0 Pojotos socials inscrtos no Prograraa Rumos tad Gultorl ducagio, Cultura e Arte (2005-2006). Ao todo foram 222 projets registrados em igual nimere de formalévios, tomar os como base de dados para as andlises. © formuléio nos oferece dois tipos de datos: quantitativos e qualtativos. Na andlise buscar articslar ests dnasdimensbes de forma que primeira, quantitatva realmente a segunda, qualita. tira — aloergada nas formulagbes ejustifiatvas esritas/ descrtas pelos suletosparticipantes inscrtos no Programa Ramos. Uma parte da dimenslo quantitativa foi codificada ‘na etapa anterior do Programa, por ocasigo do processo de selegdo para o premio, orem sistematizados dados dos ns- ‘extos por regio dos projets, gtnero, escolarizagio, expe- ritncla anterior drea de atuagdo no mundo das ates (in- _guagem),formacio dos sjitos # cargos desempenhados, Para a dimensdo dos daos qualtatives ulizaremos ‘para. aandlie das quests 2 andlise de conteido, buscan- o temas 6 vematicas recorentes nas respostas dadas as ‘ndagecbes do formuliio, procurandocaptar seus sentidos significados.Seguindo a metodologlaproposts por Bauer © Gaskell (2008), as temdticas nos possibiitam construir ‘mapas de conhecimento dos sueitos investigados, sobre © ‘mundo onde atuam e como orepresentam — enguanto um stutoconhecimento, As tematicas foram agrupadase classi- Sicadas em eis, luz dos sentdoe atxBoudos pelos suet ‘nvestigados. Os mapas foram aplicados ao se criar catogo- vias para diferenciar os cbjetivos do trabalho do educador (eu peril) e mapearasinsttugdes os trabalhos realizados ‘por elas. principio geral rganizador da snlise foi o da ‘dentidade © as representagBes construidas pelos sueitos ‘ngcritos em relagio: ao papel do educador, 8 institagto ‘onde etuem, so piblice que atendem, a comunidade do ‘entormo onde atuam ¢ aos reeultados qu lam esta se: 4o obtidos no campo da cultura e da educago (0 sujeitos inscritos foram analisados em suas pris ‘cotidianas — em favelase regis peifricas das principals, capitals brasleiras. sto porque os projtos inscrito se de- senvolvem, em sua quasetotalidade, em éreas de moredia, locals de pobreza, exclusio social e/ox rea de rsco de zona urbanas. Nas grandes cldades ato zonas urbana de terioradas ~ faveas, reas periféricas ou bolsbes de pobre ‘za no interior das cidade. Alguns projetos desenvolvem-se ‘em regides que j so estigmatizadas como “tereitrios do ‘mal’ tals como ‘poligono da maconhat. Em outros, 08 pro- {Jotosconviver no mesmo teritério que 6 ocupado também por taficantes e contraventores, tendo de “competir’ com tas forgas para 2 sedu¢30/adesdo do jovem para seu pro- gama (¢ continuidade nele). Outros prjetos atuam na lta de combate ao trabalho infantil, tentando reconduate cerangas@ 06 adolescentes para 2 escola. As dreas central, nests grandes cidades, no tveram muitos projetos insritos. Cumpre mencionar que nestas, reas, om algumas cdades, como Sto Paulo, localzam-se ‘os movimentns socais populares urbanos mais organizados za atualidade. Elesatuam na Area da habitagio populas € ‘0 moradores de cortieas, prédlos shandonados ou mora: does que vivers nas was. (Quanto as dross de trabalho dos Projets Socais ana Usados, elas dividem-se em: programas soiais (de apoio 1 criangas, jovens/adolescentes, idosos, mulheres ete), ‘prestagio de sorvigos as comunidades (principelmente na frea da satde, educacdo e habitacdo), projets culturais¢ socioeducatives, apoio econémico (programas de geragio e renda), ¢ defesa de bens e patriménio, material ou Sater Bnoontramos poucasinstituiées atuando diretamente sobre a temtica meio ambionte.O tems aparece de forma ppaalela © complementar nos trabalhos com a recilagem ‘de materiais de sucata, por exemplo, ou em alguns progra- ‘mas crlados em fang30 da defesa de algum ro, cérrego ox ‘mata, desenvolvido com alunos de escola. “Agua como fonte da vida fo um projet inscrito, desenvolvido em uma ‘Pequena cidade do Parana. O tema ‘meio ambiente" também ‘io teve destaque nas propostas advindas das grandes mo- ‘ropoles, O tema da defeta dos animals, muito proximo também das tas dos ambientalisas, no foi encontrado. © tema de combste as formas de vioéneta existente ‘no Brasil atual esta presente em tréeeixos: (1) 0 proto como um todo atua em éress que apresentam altos indices ie violéncia (a grande maioria das entidades que stuam nesta 2onas de riso ~ favelasprincipalmente ~ tem die culdade para desenvolver seu trabalho jutamente poraue concorrem para capturar a tengo dos ovens com a8 fneas onganizadas do crime, contravencio, droga et); (2) Soca lizando uma modalidade de violéncla, por exemplo,explo- ago sexual, trabalho infantil et; (8) fcalizando o tema

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