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MOTORES TRIFASICOS O motor de inducao polifasico é mais utilizado, tanto na indiistria como no ambiente doméstico, porque os sistemas atuais de distribuigo de energia ‘olétrica normalmente sho trifésicos de corente altemada. O' estude recaiu essencialmente nos motores de indugao trifasicos, j& que na pratica constituem co grande leque dos motores de inducao polifésicos, A utilizago de motores de inducdo trifésicos & aconselhavel a partir dos 2 KW. Para potencias inferiores justifica-se o monofésico © motor de indugde trfésico apresenta relativa vantagem com relagio 20 monofisico, j@ que possui partida mais facil, o ruido @ menor e € mais barato para poténcias superiores a 2 kW. 2.1 - Motor de inducdo com rotor ~ gaiola de esquilo Este @ o motor mais utilizado na indiistria atualmente. Tem a vantagem de ser mais econémico em relaco aos motores monolasicos tanto na construgdo como na utilzac80.. Além disso. escolhendo o métoxo de partida ideal, fem um. leque muito maior de aplicagées. \Varnos analisar detalhadamente esse motor. rotor em gaiola de esquilo & consttuido por um niickeo de chapas ferromagnéticas, iso ladas entre si, sobre © qual so colocadas barras de aluminio (condutores), dispostas paralelamente entre si e unidas nas suas extremidades por dois anéis condutores, também em aluminio, que. pro: vocam um curto-citcuito nos condutores como iiustra a figura 2.1 a “Motores Teifisens Figura 2.1 - Rotor ‘goiola de esquile, estator do motor é também constituido por um nicleo ferromagnético laminado, nas cavas do qual so colocados os enrolamentos alimentados pela rede de corrente altemada trifsica A vantagem desse rotor em relacio 20 rotor bobinado € que resulta em uma construcao do induzido mais répida, mais pratica e mais barata. ‘Trata-se de um motor robusto, barato, de répida produgo, que nao exige coletor (6rgao sensivel e caro} e de rapida ligacdo & rede. As barras condutoras da gaiola so colocadas geralmente com uma certa inclinacéo para evitar as trepidacdes ¢ ruidos pela ado eletromagnética entre 05 dentes das cavas do estator e do rotor. A principal desvantagem é que o torque de partida @ reduzido em relagao. & corrente absorvida pelo estator. O motor de indugdo de rotor bobinado substitui o de rotor em gaiola de esquilo em poténcias muito elevadas, devide ao abaixamento da corrente de partida permitido pela configuragao do rotor ‘Apesar de ser utiizado em casos com velocidades constantes de servigo, aplica-se, preferencialmente, quando as velocidades de servico sio variavels, A figura 2.2 mostra um motor de induce trifésico com rotor em gaiola de esquilo, Figura 2.2 - Motor de indugdo triésico com rotor goola de exquilo (Cortesia WEG) 2.2 - Motor de rotor bobinado Difere do motor de rotor em gaiola de esquilo apenas quanto a0 rotor consituido por um nicleo ferromagnético laminado sobre o qual sie alojadas as espiras que consttuem 0 enrolamento trilésico, geralmente em estrela. Os tres terminais lives de cada uma das bobinas do enrolamento trifasico sao ligados a tres aneis de deslizamento de escovas colocatlos no eixo do rotor e por melo de ‘Acionamentos Héticos Ly escovas de graft estacionadas no estator. Esses trés anéis so ligados exterior. mente a um reostato de partida constituido por trés resistencias varidveis, ligadas também em estrela, Desse modo, os enrolamentos do rotor também ficam em 5%), fazendo com que se consiga umn conjugado de partida maior. AAs figuras 2.4 2.5 mostram, respectivamente, a vista explodida de um motor de indugao com rotor bobinado e um motor de indugao com rotor bobinado da empresa Weg. Ph @ iin de impexio Ca de 15989 Tans see Figura 2.5- Motor de induedo com rotor bobinado. (Cortesia WEG) 2.3 - Motor trifasico com freio (motofreio trifasico) E formado por um motor trifasico de indugSo acoplado a um freio com disco. O motor ¢ fechado, com ventilagao externa ¢ 0 freio é constituido de duas pastihhas e com o minimo de partes méveis, provendo pouco aquecimento or atrito. O sistema de ventilacao é responsavel pelo resfriamento do motor. assim, 0 conjunto motor ¢ freio forma uma unidade bastante compacta. © frei & ativado por um eletroima, cuja bobina opera normalmente dentro de uma faixa de tensdo de +10%, cuja alimentacio é fornecida por uma fonte de corrente continua constituida por uma ponte retficadora, alimentada diretamente pela rede elétrica local ‘Asionamentes Eeticos ., O circuito de alimentacio do eletroima ¢ acionado pelo mesmo circuito de comando do motor. Assim, quando 0 circuito de comando do motor for des: ligado, a fonte de alimentacéo do eletroima ¢ interrompida, liberando as molas de pressSo que pressionam as pastilhas de metal do disco de frenagem, rigidamente ppresas a0 eixo do motor. As pastilhas s80 comprimidas pelas dias superficies de alrito, sendo uma formada pela tampa e a outra pela propria armadura do eletroima. A figura 2.6 mostra o motofreio trifsico, ‘Figuro 2.6- Motofreio tlisico WEG Para que haja o deslocamento da armadura do eletroima pela aco da mola, & necessério que a forca eletromagnética sea inferior 8 forca exercida ppela mola, que ocorre quando 0 motor é desligado da rede. Da mesina maneira, ‘quando 0 motor é acionado, ¢ eletroima 6 energizado, atraindo a sua armadura nna diregao oposta a forca da mola, fazendo com que o disco de frenagem gire livre, sem atrito. A aplicacdo do motofrelo restrita as atividades industriais, quando ha necessidade de paradas répidas para requisitos de seguranca, bem como de preciso no posicionamento das méquinas, como, por exemplo, guindastes, elevadores, pontes rolantes, correias transportadoras, bobinadeiras etc. Nao @ aconselhavel a aplicagao de motoireio em atividades que possam. provocar a penetracao de particulas abrasives, bem como Agua, leo, entre outros, de forma a reduzir @ eficiéncia do sistema de frenagem ou mesmo danificé-lo. O calor gerado pelo atrito durante a operacao de frenagem deve ser retirado pelo sistema de veniilacao do motor. De uma maneira geral, os motofreios podem se dividir em trés diferentes categoria: a Motores Tilésieas a) Ligacao para frenagem lenta Nesse tipo de ligag’o, a ponte retificadora ¢ alimentada diretamente dos terminais do motor, sendo assim a corrente @ enviada para a bobina do eletroima, que é a forma de liga padronizada de fabrica. Na figura 2.7 observe o circuito que representa essa ligacdo: Figura 2.7 -Frenagem lenta do motofreo, b) Ligacdo para a frenagem média Nesse caso a ponte retificadora é alimentada a partir da rede local por meio de corrente altemada, Esse circuito deve ser conectado a um contato auxiar do contator de comando do motor para que © freio seja ligado ou [cies | =D | tiie 4 Pens Figura 2.14 - Conversio da poténcia em um motor elétric. wee As perdas, que so inerentes ao processo de transformacio, $80 quan- tificadas por meio do rendimento (mais & frente analisamios melhor 08 varios tipos de perdas nos motores), Assim, 0 seu rendimento (n) & dado pela relacao centre a poténcia mecénica fornecida e a poténcia elétrica absorvida, como mostra @ equagao seguinte: Pre na) ‘A poténcia mecanica traduz-se, basicamente, no bindrio que o motor gera no rotor. O bindrio (torque) @ conseqiiéncia direta do efeito originado pela indugo magnetica do estator em interacao com a do rotor, sendo expressa pela sequinte equagéo: T=K. Best . Brot. sen 0 Sendo: T: bindrio dado em newtons por metro (N.m) K: constante caracteristica do motor Best: i lugo magnética criada pelo estator em Wo/m* Brot: inducdo magnética criada pelo rotor em Wb/m? 6; Sngulo entre Bas € Bas 2.6 - Caracteristicas dos motores trifasicos 2.6.1 - Rendimento E a relagao entre a poténcia aliva fornecida pelo motor e a poténcia ativa solicitada pelo motor & rede, sendo expresso pela sequinte equacao: + 1 = poténcia ativa fornecida pelo motor/potencia solictada pelo motor arede + 1) = Psaida/Pentrada Acme ee A medida que é aplicada carga 20 motor, o rendimento aumenta e pode chegar 2 96% nas méquinas de grande poténcia. Assim, devemos levar em considerago duas curvas para analisarmos o rendimento das méquinas. 2.6.1.1 - Rendimento do motor em fungao de sua poténcia nominal Devido a caracteristicas relativas massa de ferro @ & espessura do centreferro, embora com baixos carregamentos, a méquina de inducao trifésica possui uma considerével corrente de armadura, Em razao de os condutores terem suas resisténcias 6hmicas proprias, isso leva a consideraveis valores para as perdas no cobre do enrolamento de armadura Com pouca carga no motor, o rotor possul baixksimo escorregamente, fazendo com que as correntes induzidas no enrolamento retérico sejam de ‘pequenas intensidades e as perdas, ai localizadas, sejam pequenas. ‘A massa de ferro do rotor, apesar de apreciavel, quando sob pequenos escorregamentos, conduz a pequenas perdas. Entio. podemos concluir que. ‘quando a maquina esta em vazio, as perdas presentes devemse, unicamente, 20 estator: niicleo de ferro e enrolamento. Se a poténcia nominal da méquina for pequena, comparativamente, tem perdas elevadas, conduzindo a rendimentos relativamente menores. Deduzimos que, de maneira geral, o rendimento aumenta quando a poléncia nominal ‘aumenta, como podemos observar na figura 2.15. olor So ‘Agura 2.15 - Rendimento do motor em fungfo de sua poténeia nominal te: A tabela 2.2 apresenta o rendimento do motor para diversas poténcias: Potencayominal —_ Rendimento | Fator de poténcia 10 1705 69% 0,66 5,0 1730 ase 0,80 25.0 1750 90% 084 125.0 1770 92 088 50,0 1785: 3586 031 Tabela 22- Rendimento em functo da potencia nominal (Fonte: Maquinas de Inducoo TefSsicas: Gill Aluisto Simone) 2.6.1.2 - Rendimento do motor em funcao da poténcia no seu eixo A medida que se aplica carga no exo do motor, temos um aumento no seu rendimento. Assim, quanto mais préximo da carga nominal, maior & 0 rendimento da maquina, O grafico seguinte mostra uma curva de rendimento x poténcia no eixo para um motor de inducio trifsico de 5 cv ¢ 3470 rpm. Or tr as ae as te 7 de oe iE Figura 2.16- Rendimento em fungao de poténeta oplicada 20 motor. Fonte, Maquinas de Indugéo Trifiscos: GilloAlulsio Simone) Acioramentos Bees a, 2.6.2 - Escorregamento Se o motor gira a uma velocidade diferente da velocidade sincrona, ou seja, diferente dla velocidade do campo girante, o enrolamento do rotor corta as linhas de forga magnética do campo e, pelas leis do eletromagnetismo, circulam correntes induzidas, Quanto maior a carga, maior teré que ser 0 conjugado necessario para acionérla, Para obter 0 conjugado, a diferenca de velocidade tera que ser maior para que as correntes induzidas e os campos produzidos sejam maiores. Portanto, a medida que a carga aumenta, cai a rota¢o do motor. Quando a carga do motor @ zero {motor vazio}, o rotor gira praticamente com a rolagao sincrona, utra caracteristica importante que devemos levar em consideragao € que © escorregamento diminui & medida que a poténcia nominal do motor aumenta. Por exemplo, um motor de 10 cv e quatro polos tem um escorregamento de 2,78%, a0 passo que um motor de 500 cv com o mesmo nimero de pélos possui um escorregamento de 0,83%6, A diferenga entre a velocidade do motor e a velocidade sincrona n, chama-se escorregamento s, que pode ser expresso em rpm, como fragao da velocidade sincrona ou como porcentagem desta: Stpm) 0 100° (n, ~nI/n, Exemplo: Qual @ 0 escorregamento de um motor de quatro polos 60 Hz se sua velocidade € 1730 rpm? S00) = 100° (1800 ~ 1730) / 1800 0%) = 3.88% 2.6.3 - Categoria de conjugado De acordo com a carga mec&nica a ser acionada, ha uma curva de conjugado resistente associaca. Em cargas de ventilagao, por exemplo, 0 conjugado resistente @ proporcional a0 quadrado da velocidade, ao passo que, wg. eee em quindastes, talhas pontes rolantes, 0 conjugado resistente & praticamente constante, ocomendo um aumento de torque na regio proxima do repouso. Figure 2.17 - Curve torque x veloedade para motor tific De acordo com a figura, 0 ponto de operacio do motor ocorre onde a curva de conjugado do motor encontra a curva do conjugado resistente da carga, @ esta serd a velocidade nominal, com © escorregamento nominal do motor. 0 conjugado acelerante é o responsavel pela aceleracdo do motor na fase da partida e ele é igual a diferenga entre 0 conjugado do motor e © conjugado tesistente, No ponto de operacdo, © conjugado acelerante ¢ nulo, pois os conjugados do motor e resistente so iguais. Assim, o motor néo varia a velocidade. Quando a tensdo do motor € menor que a tensio aplicada, por exemplo, quando usamos uma chave de partida com reducao de tensio, como, por exemplo, estrela-triangulo, a curva do conjugado motor desce o eixo do torque @ @ possivel a curva interceptar a curva do conjugado resistente precocemente, © que definiria o ponto de operagao do motor em um ponto de velocidade bem menor do que a esperada, O resultado disso é que, quando a tenséo nominal do motor for aplicada, haveré uma nova reaceleracio do motor até 0 ponto de partida nominal. Nestas condicdes, a chave no esta adequada partida do motor. Alem disso, com a reducdo do conjugado motor, o conjugado de ace leracao também se reduz, acertetando maior tempo de partida, ‘Acionamentos Eleticos i | Annorma NBR 7094 classifica os motores de gaiola em cinco categorias, conforme as caracteristicas de conjugado em relagao a velocidade e & corrente de partida: * Categoria N: conjugado de partida normal, corrente de partida nor- mal ¢ baixo escorregamento. A maior parte dos motores encontrados no mercado enquadra-se nesta categoria. Utilizado para acionamento de cargas normais com baixo conjugado de partida, como bombas, méquinas operatrizes etc. + Categoria NY: possui as mesmas earacteristcas anteriores, mas tem a previsao de uma partida estrela-riangulo. = Categoria H: conjugado de partida alto, corrente de partida normal e baixo escorregamento. Utilizado pata cargas que exigem maior con- jugado de partida, como transportadores carregados, moinhos ete * Categoria HY; possui as mesmas caracteristicas anteriores, porém lem a previséo de uma partida estrela-triangulo. ‘+ Categoria D: conjugado de partida alto, corrente de parlida normal e alto escorregamento (s > 5%). Utiizado em prensas e maquinas seme lhantes, em que a carga apresenta picos periédicos e em elevadores onde a carga necessita de alto conjugado de partida. A figura 2.18 mostra as curvas caracteristicas conjugado x rotagao para as ‘rés categorias N, He D: Wo ow ww I “de edge Figura 2.18 - Cureas: conhugado x rotagé. Cada categoria teré uma forma geométrica definida, figura 2.19. e@ @ & 8 Casa Cooma cy Figura 2.19 Formas geométricas das barras de um rotor gaiola de esquilo Para a categoria N temos uma forma geométrica simples com um desenho circular, a0 passo que na categoria Ho desenho geométrico € mais complexo, podendo @ gatola praticamente se dividir em duas, uma de pequena seco mais superficial e outra de maior secdo reta, Deste modo as correntes induzidas na partida vao para a gaiola superficial, e como essa gaiola tern uma seco rela menor, a sua resisténcia elétrica é maior, portanto o conjugado de partida 6 maior do que a categoria N, pois as correntes parasitas ficam limitadas pela alta resisténcia da gaiola externa. A medida que o motor ganha velocidade. as correntes, sob 0 efeito das caracteristicas dinémnicas do circulto, distribuem-se ra superficie total da barra. Nos motores da categoria D as barras da gaicla de esquilo $80 formadas por barras estreitas que nascem na periferia do rotor, aprofundando-se gradativamente. Essas gaiolas possuem uma elevada resistencia elétrica. A grande dissipagio de calor nas resistencias das barras do rotor exige uma capacidade de’ ventilacdo maior para © motor se ele trabalhar em regime continuo, 2.6.4 - Tempo com rotor bloqueado Define-se como © tempo méximo admissivel pelo motor sob corrente de rotor bloqueado (corrente de partida). [Na pratica, adota-se esse tempo como o de partida do motor. 2.6.4.1 - Classe de isolamento Todo condutor atravessado por corrente elétrica dissipa energia na forma de calor por meio do efeito Joule, conhecido pela seguinte equacéo: P (calor) =R.P Aclonamentas Flétricos 5, Sendo: P: poténcia elétrica em watts, R: resistencia elétrica em Ohms I: corrente elétrica em amperes Tanto as bobinas do enrolamento do estator como as do rotor, ou suas barras, caso se trate de um rotor de gaiola, dissipam calor. © fluxo varidvel que atua no niicleo magnético estator-rotor também induz correntes indesejaveis nas chapas de aco, posto que elas também so material condutor. Essas correntes slo chamadas de parasitas, ou correntes de Foucault. Elas também séo fonte de aquecimento por efeito Joule, Os nicleos do estator e do rotor séo laminados, isto 6, feitos de chapas muito finas, justamente para minimizar essas correntes. Por isso, as laminas $80 feitas na direcdo do fluxo para reduzir a érea sujeita a indugao e aumentar a resistencia elétrica do citcuito parasita. A histerese magnética, devido altemancia do fluxo, também é uma fonte de geracdo de calor interna do motor. © motor é utilizado para fomecer trabalho mecanico por meio da conversio de energia elétrica, assim, o calor é uma forma de energia que nao & aproveitada para produzir trabalho mecanico, sendo considerada eneraia perdida. Quanto maiores as perdas, menor seré o rendimento do motor. Normalmente, os motores de inducéo trifésicos para aplicacéo normal s80 inteiramente fechados ¢ 0 calor gerado intemamente acaba promovendo uma elevagio de temperatura interna. Devido & diferenga de temperatura esta- belecida entre o interior do motor @ 0 meio exterior, ocorre um proceso de transferencia de calor. © calor gerado intemamente & dissipado por meio da eateaca, que & aletada para feciltar a troca de calor com 0 ambiente, como mostra a figura 2.20. Attés da tampa traseira da carcaga existe um ventilador acionado pelo proprio eixo do motor, que tem a finalidade de aumentar a circulagao de ar pelas aletas. Uma tampa defletora de aco ou ferro fundido serve para direcionar © fluxo de ar, Esta é a configuracto do motor totalmente fechado com ventilagao externa. Existemn também os motores que sao abertos e com ven tilagao interna. al Motores Trifasicos Figura 2.20 Lacalizagio dos envolamentos da motor. enrolamento constitulse na parte mais critica do motor sob 0 ponto de vista térmico, em que os fios das bobinas so isolados. Os fios sao recobertos com esmaite sintético de natureza organica, sendo colocado no enrolamento ainda um reforco do isolamento pela impregnacao de verniz. Se a temperatura das bobinas ultrapassar determinado valor, © material isolante de recobrimento dos fios acaba se queimando, colocando as bobinas em curto-circuito, Se 0 motor trabalhar dentro de seus limites de temperatura, o isolante deve ter uma vida ttl dimitada, Havendo uma elevacéo da temperatura das bobinas, mesmo que insuficiente para causar 2 queima, ela contribui para a egradagao do isolante, até que ele seja perdido em algum ponto. Uma regra pratica nos diz que a cada 10°C de elevacao além do limite de temperatura do enrolamento, a vida atil do motor @ reduzida & metade. ‘A meior temperatura do motor localiza-se no interior da ranhura onde sido colocados os enrolamentas. A impregnagao com verniz e a compactagéo das bobinas dever ser perfeitas, pois © ar & um mau condutor de calor e a existéncia de espagos vazios dificulla a extracao do calor e 2 temperatura aurnenta, prejudicando a vida ail do enrolamento. Uin ponto mais quente no interior do enrolamento pode comprometer 0 moter, ainda que a temperatura média do enrolamento como um todo per- ‘maneca abaixo do limite méximo de temperatura A classe de isolamento & definida pela norma NBR 7034 e representa o limite maximo de temperatura que o enrolamento do motor pode suportar continuamente sem que haja reducao de sua vida iti, \Veja a seguir as principais classes de isolamento: * Classe A: 105°C * Classe E: 120°C ee eee ses ". + Classe B: 130°C + Classe F: 155°C * + Classe H: 180°C Pela norma, motores para aplicacao normal sao instalados em tem: peraturas ambientes maximas de 40°C. Acima disso, as condigées de trabalho sao consideradas especiais. A temperatura méxima nas ranhuras deve ser a admitida pela classe, subtraida a temperatura ambiente. Além disso, a tem: peralura nunca é uniforme no enrolamento. A norma considera uma diferenca entre a temperatura média do enrolamento e 0 ponto de temperatura maxima para cada classe de isolamento. Para as classes B e F esse valor é de 10°C e ppara a classe H, 15°C. As classes B, F e Hi stio as mats comuns para motores de aplicagao normal. Para a protegao dos enrolamentos dos motores ublizanse sensores térmicos inseridos nas cabecas das bobinas. Os mais comumente utilizados S30 termorresistores, termistores, lermostatos e protetores termicos. Os fabricantes fomecem um dado muito importante sobre a resistencia térmica de um motor. E 0 chamado tempo com rotor bloqueado a quente (Tr) Esse tempo indica quantos segundos o motor pode suportar uma situac3o com (9 rolor bloqueado, considerando que ele estivesse operando em condigées nominais, Trata-se de uma situa¢ao extremamente critica, pois a corrente torna- se muito elevada e nao existe ventllagdo. Tipicamente, esse tempo varia de 5 a 30 segundos, dependendo do motor. 2.6.5 - Ventilacao E 0 processo pelo qual é realizada a troca de calor entre o interior do motor e © meio extemo. Os tipos de ventilacao mals usados em motores de indugSo sho: motor aberto e motor totalmente fechado. 2.6.5.1 - Motor aberto Nesse tipo de ventilacgo 0 ar ambiente circula no interior do motor retirando calor das partes aquecidas da mSquina. A figura 2.21 indica como © fluxo de ar atravessa o motor A carcaca desses motores ¢ lisa. Séo fabricados nas potencias de 1/3, 1/2, 3/4, 1, 16, 2¢ 3 ev. Tipicamente, 0 grau de protegso mais comumente encontrado para esses motores @ 0 IP 21. A figura 2.22 mostra esse tipo de motor a MotoresTiéscos Pine al | es | Figura 2,21 -Fluxo de Figura 2.22 - Motor de indugo aberto. ‘ar no motor aber, (Cortesia WEG) 2.6.5.2 - Motor totalmente fechado No motor totalmente fechado no ha troca entre o meio interno a0 motor @ 0 exterior, No motor existem folgas nas gaxetas que permite a saida do ‘melo refrigerante interno quando ele entra em operacéo, aquecendo-se. Essas folgas também permitem a penetracao do meio refrigerante externo quando é Gesligado ¢ inicia 0 seu processo de resftiamento. A troca de calor desses motores ¢ feita por transferéncia de calor através de aletas colocadas na sua carcaca. A figura 2.23 mostra como se processa 0 flixo de ar no motor. ‘ee O47. Kons TS Figura 2.23 -Fuxo de ar no motor totalmente fechado. Sao fobricados numa faixa de poténcia de 1/6 ev até 500 cv, Nessa fax milia de motores que possuem carcaca aletada de ferro fundido existe urna caixa de ligacdo, em que ¢ felta a conexao com a rede elétrica, que esta localizada na lateral da carcaca. A figura 2.24 apresenta um motor de inducdo com ventilaga0 totalmente fechado. eam lll igura 2.24 - Motor totalmente fechado, (Cortesia WEG) 2.6.6 - Rotacao nominal Rotago do eixo do motor sob carga nominal. 2.6.7 - Regime de servico O regime de servico é definido como a regularidade de carga a que motor é submetido. O principal fator limitante da poténcia desenvolvida & 2 temperatura maxima que o motor atinge. A elevacao de temperatura do motor ndo € imediata; ela acontece segundo uma func exponencial. Da mesma forma, a0 desligar 0 motor, a temperatura diminui de forma exponencial. Se 0 regime de funcionamento do motor for intermitente, ou seja, varlével, importa saber qual ¢ a temperatura maxima, posto que ela define a poténcia nominal do motor a ser especificado, Existem situagSes em que 0 motor, durante o seu ciclo de trabalho, fica efetivamente desligado. Um exemplo desse fato é um motor que aciona uma bomba de gua de um sistema de abastecimento usualmente ligado por um longo periodo sob carga constante. Um motor que aciona a sistema de elevagio de automéveis para troca de dleo num posto de gasolina tem um tempo de funcionamento muito curto em relacao ao tempo total que fica parado. Na pratica, existem infinitos ciclos de trabalho aos quals 0 motor pode ser submetido. A NBR 7094 padroniza dez diferentes tipos de regime de servigo Evidentemente, eles nao traduzem todas as situacdes reais encontradas na pratica. Por isso, uma situagéo real deve ser aproximada a uma das situacées padronizadas que seja mais severa que a real. Normalmente, os motores 40 projetados para um regime continuo, isto é, carga constante atuando por um. tempo indefinido, igual & poténcia nominal do motor. Esse regime é classificado ‘como regime continuo ($1). - Motores Taseos O motor nao é um equipamento que pode ser submetido a constantes artidas ¢ paradas, como liga/desliga de um pisca:pisca. E muito comum que a carga mecinica exigida do eixo seja variivel, desde uma situacio "sem carga” até situagdes de sobrecarga. Por isso, ¢ recomendivel que haja uma pequera folga de potencia, alem daquela estabelecida pelo fator de servico, para vencer pequenas sobrecargas. A labela 2.3 mostra os demais regimes normatizados: Regime de servigo Corecteriatica 32 Regime de tempo timitado 33 Regime intermitente peniaios a Regine intermitonte penis com paris 5 Regime iniemitente pertadien com mage elerca 6 Regime de funcionamanio earsinan periéico com carga a Rogime de funcionarnarmo eoraao peribdico com age intermitente| SS Regime de fancionamenio continue periéico com mudangas conespondentes de carga e waoexade 39 Regime com varagbes no pericas de carga e velocidad S10 ‘Regime com cargas constaraes edstinias Tobela 2.3 - Regimes de serviga para motores de induct. Observagao. Motores pura os rayimes de sereigo S22 S10 devem ser encomendados dligelamente aos Jabricantes, € ndo so consideredes mowores para aplicacde viorrmal. 2.6.8 - Fator de servico (FS) Cham-se fator de servico (FS) o fator que. aplicado a poténcia nominal, indica a sobrecarga permissive! que pode ser aplcada continuamente 20 motor sob condlicses especificadas. Exemplo: F.S. = 1,15; 0 motor supona continuamente 15% de sobre- carga acima de sua poténcia nominal, fator de servigo @ uma capacidade de sobrecarga continua, isto é, uma reserva de poténcia que dé a0 motor condicées de funcionamento em situagdes desfavordueis. Observagiio: Falor de service nao deve ser confundida cam capacidode de sobrecarga momentinea 2.6.9 - Tensao nominal miltipla ‘A grande maioria dos motores é fornecida com terminais do enrolamento religaveis, de modo a poderem conectar-se em redes de, pelo menos, duas tensdes diferentes (exemplo: 220 V/380 V), 2.6.10 - Corrente de partida No instante da partida, a corvente do motor costuma variar na faixa de seis a oito vezes a corrente nominal do motor. Na placa do motor temos o fator Ip/In que indica quantas vezes a corrente de partida é maior que a nominal. Na figura 2.26 temos para tensdo de 220 V (In = 8,4 A}, Desta forma a corrente de partida (Ip), sora Ip = Bain =67%8.4 = 56.280 2.6.11 - Namero de rotagées © néimero de rotagées de um motor de inducdo trifésico depende de trés parametros: + Freqlléncia da rede; + Numero de polos; os + Escorregamento. A freqilencia da rede @ 60 Hz e é praticamente constante. Para variar a velocidade de motores por meio de variacdo da freqiléncia, so necessarios ‘equipamentos eletrénicos, como, por exemplo, conversores de freqiténcia, © nimero de polos de cada motor @ invariavel. Excegdes sto motores Dablander ou de dois enrolamentos separados, que dispoem de dois, tr€s ou quatro numeros de polos diferentes. Esses tipos de motores podem ser ligados através de comandos elétricos apropriados para girar em diferentes velocidades. : - co trees A equagao seguinte mostra a relag3o entre a freqiiéncia da rede, 0 numero de péios e 0 niimero de rotagées: N= 120./p Sendo: N: nimero de rotagées em rpm (rotagées por minuto) F; freqiiéncia da rede em Hz P: niimero de pélos do motor A equacio anterior nao leva em conin © escorregamento, assim, 0 rniimero de rotagdes sera sempre 2% a 4% menor que o calculado mediante a aplicagao de carga © nimero de pélos € sempre um miitiplo de dois e considerando a freqliencia de 60 Hz da rede, temos os seguintes niimeros de rotacdo para motores assincronos: Namero de polos | Retarso | 2 piles 3600 eo 4 palos 1800 Epos 3200 3 los 900 pen 10 polos Te Tabela 2.4 - Rotagao dos motores com relagia ao mero de polos. © uso de motores com mais de seis pélos é bastante raro, ¢ a sua aq sicho deve ser feta sob encomenda. Devido 8 produc8o em um nimero muito pequeno, quanto maior o niimero de polos do motor. maior 6 0 seu preco. 2.6.12 - Sentido de rotacao A mudanga no sentido de rotagao de motores triffsicos & bastante simples, Basta inverter duas fases, como mosira a figura 2.25, nao importa qual das fases sera trocada, bis us Figure 2.25- Inversdo do sentido de rotagdo de um motor de indugio tifisco. 2.6.13 - Grau de protecdo de motores (IP) A carcega faz 0 papel do invélucro de protegso do motor ou, mais precisamente, do conjunto estatorzotor, A exigéncia do grau de Protecao Intrinseca (Intrisic Protection, em inglés = protecéo propria do dispositive) depende diretamente do ambiente no qual o motor ¢ instalado. Um motor instalado ao tempo, sujeito a sol e chuva, deve exigir um grau de protecéo superior a um moior instalado no interior de uma sala limpa e seca. (Os ambientes considerados agressivos para motores so aqueles com presenca de pé, poeira, fibras, particulados etc. Assim como os ambientes molhados ou stjeilos a jato de Aqua so considerados agressivos, A carcaga, como invélucro, deve oferecer eficaz protegao ao motor no meio em que ele opera. A NBR'6146 estabelece diversos graus de protecéo para os inv6lucros elétrcos. Em gera, 0 grau de protecao dos motores eleiricos @ normalmente expresso em dois digitos. O primeiro indica protecao contra corpos sélidos, © segundo digito indica protegao contra agua, Digito Indicagao do primeiro digito| 0 [eee protegido Proteaido contra cbjetosslldos maior que 50 mr rotegide cotta objets sBlidos maiones que 12 mm 1 2 3 _| Protea contra cbjelos dos malores que 2.5 ram @__| Proteside contra objeos stidcs maiores que 1,0 mm Protege contra posira prejudicial 20 motor 6 | Totamenteproteaido contra poeira Tabelo 2.5 Primetra digto do arau de protegao dos motores oo @ Digito Indicagao do segundo digito Nao proteaido Protegldo contra quedas verticals de gotas de agua Protegido contra queda de gotas de agua para uma inlinagio minima de 15° Protegido contra Squa aspergida de um angulo de 60° na vertical hove) Protea contra projegées de Sgua de quaker direso Protegido contra jatos de Squa de qualquer diregSo Protegido contra ondas do ma ou de bgua projets em jas potentes Protegido contra imersio em équa, sob condigbes dfinidas de tempo e pressio Protegtlo contra submersio continua em gua. nas conligbes especficadss pelo fabricante Tobela 2.6 - Segundo digito do grau de proceso dos motores. Os motores de indugao trifésicos totalmente fechados para aplicacio oral sio fabricados, normalmente, com os seguintes graus de protegao: + IPS4: protecéo completa contra toque e contra acimulo de poeiras nocivas. Protecao contra respingos de todas as diregoes. Sao ulilizados fem ambientes muito empoeirados. * IPSS: protecao completa contra toque e actimulo de poeitas nocivas, Protegao contra jatos de égua em todas as direcées. So utilizados nos casos em que os equipamentos so lavados periodicamente com mangueiras. + IP(W)S5: identico ao IP 55, porém sao protegidos contra intem- éries, chuva e maresia. Séo utilizados 20 ar livre, Também denomi: nados motor de uso naval Os motores de indugdo trifésicos abertes para aplicagao normal sho fabricados, quase sempre, com grau de protegao IP 21. Sao protegidos contra toque com os dedos e contra corpos estranhos sélides com dimensao acima de 12 mm (2), Tambem apresentam protesao contra pingos na vertical (1). opera A NBR 5410 considera que os motores para aplicagées normais devem. it adequadamente em temperatura ambiente de até 40°C e em altitudes de até 1000 m, @ ‘A sequir veja uma placa de um motor com todas as suas caracteristicas: ‘Toots Dame a a Conese & I ae Pesta do mtr anol em noma ose de a; = Tp: 6 connao sence “Tp de reemenios Teeten ens Resin Voter de otra Figura 2.26 - Dados de placa de wm motor tifisico, 2.6.14 - Motores a prova de explosao Devem ser utilizados em areas classificadas, onde se trabalha com ma- terials inflamaveis de alto risco, como combustiveis, ou locais onde haja perigo. de explosio devido a presenca de gases altamente inflamaveis, como tineis de armazéns. Esses motores devern suportar esforgos mecdnicos, pois qualquer dano na isolaao pode ocasionar acidentes de grandes proparcoes. ‘Sao dimensionados com corcaga e estrutura altamente robustas, juntamente com todos os elementos: parafusos, juntas etc., compativeis com os esforcos aplicados. As vedagdes devem ser impecéveis, pois uma pequena faisca pode detonar uma exploséo. Sao fechados com ventilacdo extema, com tampas ¢ caixa de ligacéo reforgadas. Seu controle de producéo e qualidade € muito rigoroso, 2.6.15 - Formas construtivas Para a construcio de um motor, umn dos itens mais importantes é a ‘maneira de fixagdo, que é feita de acordo com 0 projeto mecanico da maquina ‘ser acionada. A norma brasileira, baseada na IEC, define as seguintes formas, identificadas plas letras IM (de International Mounting System), seguidas de uma letra e um ou dois nimeros caracteristicos. A figura 2.27 apresenta as principais formas construtivas dos motores: Mototes Tics Formas construtivas NBR 5031/DIN IEC 34 a ob pag o¢e De Figura 2.27 - Formes constrtivas as motores. 2.7 - Perdas no motor As perdas que ocorrem num motor dividem-se em quatro diferentes tipos: © Perdas elétricas + Perdas magnéticas + Perdas mecanicas + Perdas parasitas Perdas elétricas sio do tipo (R}. aumentam acentuadamente com a carga aplicada ao motor. Essas perdes, por efeito Joule. podem ser reduzidas, ‘aumentando a secao do estator e dos condutores do rotor. As perdas magnéticas ocorrem nas laminas de ferro do estator ¢ do rotor devido ao efeito de histerese eas correntes induzidas {neste caso correntes de Foucault, e variam com a densidade do fhixo e a freqiiéncia, Podem ser reduzidas por meio do aumento da segae do ferro no estator e rotor, com 0 uso de laminas delgadas e 0 melhoramento dos materiais magneticos, As perdas mecanicas ocorrem devido & friccao dos rolamentos, ventilacao ¢ perdas pela oposigio do ar. Podem ser reduzidas, usando rolamen. tos com baixa friccdo e com 0 aperfeicoamento do sistema de ventilacao, Gen As perdas parasitas sio resultado das fugas do fluxo, distribuigo de comrente nao-uniforme, imperfeigées mecanicas nas aberturas para escoamento do ar e irregularidades na densidade do fluxo do ar ao ser escoado pelas aberturas. Poder ser reduzidas com a otimizag3o do projeto do motor e ainda de uma producéo ov fabrico cuidadoso, Apresentamos seguidamente a distribuicao das perdas no moor. As perdas parasitas néo séo representadas por terem um valor insigificante. elites 00 eto 0 Figura 2.28 - Distribuigdo das perdas nos motores, 2.8 - Conexao dos enrolamentos Nos circuitos trifésicos existem dois tipos de configuragao (igacéo) tanto para geradores e transformadores como para cargas: ligacdes em estrela (Y) & em triangulo ou delta (A), 2.8.1 - Configuracao em estrela (Y) Nesse tipo de ligagdo, os terminals F;, Fs e Fy $40 ligados em um ponto interno comum (0 - também denominado de neutro) € os terminais 1, 2 ¢ 3 das partes inidais S;, Sy e $; dos enrola- mentos ficam acessiveis para a conexao da carga (3¢ - 3 fios) Figura 2.29- Ligagéo dos enrolamentos om estrela Mais comumente, essa ligagao pode ser representada por (3 - 4 fos): oe. ib Van 08 ad = Te = ne Figura 2.30 -Ligogto dos enrolamentos em extrela cam quatro fis. * A conexao estrela se caracteriza por ter tenses de fase diferentes das de linha, = As tensdes entre os terminals 1, 2 e 3 em relagdo ao neutro correspondem as tensdes de fase do gerador (Ve ou Vas), ou seja, Vrs, Vez e Vip. As tensées entre dois terminais 1-2. 2-3 e 31 corespondem 4s tenses de linha (V,, ou Vax) do geradior. ou seja, Vise, Vis € Ves Vue=Va-Vie= V3V- 230° Vass = Vir-Vis = V3V¢2-90° Voi = Vis-Vn = V3V-2 150° ‘Acionamentos Erieas 1 Desta forma quando @ realizada a ligagéo em estrela, cada bobina recebe uma tensBo tres vezes abl menor do gue a tensio de alimentacko, e a corrente cireulante possui valor igual & corrente de linha. A figura 2.32 ilustra a conexao das bobinas de um apege motor de inducSo trilésico em estrela, em que L1,L2 —jasuns 2.99-Conexdo dos eL3 representam as fases R, Se T tespectivamente, wa 2.32 Conexao do 2.8.1.1 - Vantagens da ligagao estrela + Duas tensdes diferentes para a carga (Vi e Vel + A comrente no condutor neutro € a soma fasorial das correntes de tinh: se 2 carga 6 equllbrada (tes impedancias iguas), a corrente no neutro & nnula (neste caso nfo & necessério instalar 0 neutro, porém € reco mendado pelo fato de a sua funcao ser de protecdo a cargas desequil: bradas). Caso contrario, o neutro € necessério para cargas desequilibra: das (¢ usvalmente ligado ao terra), ou seja, conectando um dos cabos de cada sistema monofésico a um ponto comum aos trés, 05 trés fios restantes formam um sistema trfésico em estrela, como na figura 2.33, fem que temos um quarto cabo ligado ao pomto comum das trés fases. ” © Figure 2.83 - Conexdo dos enrolamentos em estrela, ‘Analisando a ligagdo anterior, verificamos que: + A corente de cada fio da linha ¢ a mesma corrente da fase que esta ligada, ou seja, IL = IF. + A tensdo entre dois cabos quaisquer do sistema trifésico @ a soma

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