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CAPITULO 3 CONTABILIDADE GERENCIAL 'SUMARIO~ aspects inca pertinntas 20 exame do suficinci; 1. Custos para Decsto: 1.1. Comper- tamento dos custose volumede produeao, 12. Margem de cantsiuigao; 1.3. Margem e conibuledo # fator de imitagao;1 4. Ponto de equiv conan (PEC) 1.5. Ponta de Equllric Economico (PEC), 4.6. Ponto de Equi Financelro (PEF); 1.7. Exemplo com os és pantos de equi; 1.8. Margem o soguranca (MS), 19 Alavancagem operacional, 110 Fxagdo do prego de vende; 111. Declsbes lntre comprar ou fabricat; 1.12. Custos perdidos; 148. Custos impulados; 1.14. Custo Difeencia 2. Custos para Controls; 21. Custos Estimados, 2.2. Gusto Padrdo- Outro enfoque: 3. Anaise das ‘Jemonsiracdes contabets; 3.1. Analse verueal eharzontal, 5 2. Analise atraves do Indes. 4. Qu toes comentadas de Contabiidade Gerenca 41. Prova de Setembro de 2013; 42. Prova de Marco de 2015; 4.3, Prova de Selombra de 2012 Aspectos iniciais pertinentes ao Exame de Suficiéncia 0 contetido de Contabilidade Gerencial no Exame de Suficiéncia se contunde muito com a Contabilidade de Custos. Até por isso, estamos invertendo a ordem do edital e colocando logo na sequéncia de Custos. Alias, normalmente nos cur- 0s de graduagao é assim mesmo que acontece. Este contetido Inclusive pode ser entendido como uma mistura de custos com andlise de balangos, disciplina esta ‘que normalmente tem um ano intelro de estudas, durante 0 curso. Vamos. aqui, dar atencao Aquila que realmente interassa, Coma sao tépicos ue usam bastantes formulas, vamos com elas trabalhar @ nos preocupar mais com os céloulas. Fiquem atentos a0 modo de resolver os exemplos, pois a sua boa assimilagao fara com que o candidato acerte as questées e de uma forma mais répida 1. CUSTOS PARA DECISAO 4.1. Comportamento dos custos e volume de produgao Comportamento de custo é uma descri¢ao de como os custos mudam com alteragoes no direcionador de custo da atividade ou no volume de produgao. Um conceito chave para entender comportamento de custo 6 recanhecer que, para alguns recursos de atividade, gerentes se comprometem a fornecé-los antes mesmo de saberem a demanda real para esses recursos. Quando os gerentes tem maior flexibilidade em ajustar o nivel de recursos ‘comprometidos com uma atividade a curto prazo, os custos dessa ctividade serao variaveis com 0 volume de producao atual 344 ‘Auwatoo Casvasto Os gestores tém sempre que analisar a questdo dos custos 2 volumes de pro- dugao de uma forma sistémica. Em algumas vezes, um aumento do volume de produgao pode trazer para a empresa um crescimento mais dc que proporcional do volume de custos. Digamos que uma entidade tenhia um pedido de compras ue eleve sua produgao em 10%. Porém, ao analisar-se a estrutura fisica da em- presa, os diretores percebem que, caso aceitem o pedido, teréo que aumentar o pparque fabril, contratar funcionérios e obter financiamentos. Este aumento pode- ria acarretar um incremento de 12% nos custos. Percebam que os custos aumentariam mais que proporcionamente ao aumen- to das vendas. Isso aconteceria, pois os custos fixos estavam no limite da produ- ‘¢40 anterior e, para qualquer aumento, resultaria em aumento dos custos fixes. 4.2, Margem de contribuiga0 ‘A Margem de Contribuigdo Unitéria (MCU) corresponde a Receita de Venda Unitéria (RVU) ou Preco de Venda Unitario (PVU) diminuida dos Custos Variavels Unitarios (CVU) e das Despesas Variéveis Unitarias (DVU) MCU= RVU-~ (CVU + DVU) ‘A Margam de Contribuigao Unitéria € um indice de grande importancia para ‘undamentar decis6es relativas ao aumento ou redugao da produgao de determi- nado produto dentro da capacidade produtiva da empresa. Tendo em vista a arbitrariedade no critério de rateio de alocacao dos custos ‘xos aos produtos fabricados, o sistema de Custeio por Absorgéo torna-se pouco eficaz no que concerne ao auxilio para tomada de decisoes. Além do mais, 0s custos efetivamente gerados por cada unidade adicional pro- duzida sao 08 custos variaveis, porquanto os Custos Fixos totais independem da uantidade produzida. Decorre dal, entéo, a importancia da Margem de Contribuicdo Unitaria, pois, por meio desse indice, pode-se avaliar a verdadeira rentabilidade de um produto, Imaginemos uma indistria com a seguinte produgao: ow ow mu Prego | gop 200 2000 | 1000 Predte Ts999 soo 2200 700 send CVU = Custos Varies Unitarios DVU = Despesas Variaveis Unitarlas PVU = Prego de Venda Unitario MCU = Margem de Contribuigao Unitaria Covtasiioane cenencia, 345, Inicialmente, vamos calcular a Margem de Contribuigao Unitara dos produtos AeB. Mou = Pyu - cvu-ovu 2.000— 800-200 = 1.000 2.200~ 1.000 ~500 = 700 Observem que, apesar do produto B apresentar um maior prego de venda, é © produto A que proporciona melhores resultados para a industria, pelo fato de apresentar uma Margem de Contribuigéo Unitéria superior. Para chegarmos ao lt- cro da empresa, devemias multiplicar a Margem de Contribuigdo Unitaria de cada produto pelas quantidades vendidas, somando, entao, os valores. Da soma obtida (Margem de Contribuigao Total) deduzem-se as Despesas e Custos Fixos para aleangarmos o resultado liquido (Lucro Liquido). 4.3. Margem de contribuigao e fator de limitacao Quando surgir algum fator que limite a capacidade de producéo da empresa, deve-se procurar utlizar esse recurso da melhor forma possivel, para que a em- presa tenha o melhor resultado. E para que isso acontega, pracisamos utilizar 0 cconceito de margem de contribuicao de uma forma diterente da que vimos ante- riormente. Exemplo 1 ‘Suponha que uma indéstria calgadista tenha como fator limitante © namero de horas de maquina. A empresa produz tr@s tipos de calcadas com as seguintes valores: Calgados Proco de Custos e Margem de venda despesas varlavels | _ contribuigdo unitéria $50.00 $30.00 20,00 $ 80,00 $40,00 $40.00 $ 100,00 $70.00 $30,00 0 produto B parece ser 0 mais favoravel por apresentar a maior margem de contribuicao por pares de calgados. ‘A produgao por hora, em pares, para cada tipo de calgado &: Calgados | Produgdo/hora | Margom de contri- ‘Margem de em pares bulgaa/par Ccontribulgao por hora 400 $20.00 $ 2,000.00 40 $40.00 $1,600.00 20 $3000 '$ 600,00 346 ‘Auwvatoo Caavann Embora o calgado B tenha a melhor margem de contribuigao por unidade, como © fator limitante & 0 ndmero de horas de produgdo, o produto A zpresenta a melhor ‘contribuigéo por hora e, portanto, deve ter sua produgao e venda incentivadas, ‘maximizando, assim, a utlizagao das horas limitadas de producao. Exemplo 2: A empresa X tem 0 seguinte quadro na sua contabilidade de custos: Produtos Prego de ow bw mou. venda, A 2000 800 200 1000 8 2200 1000 590 700 O produto A, por apresentar a maior Margem de Contribuigao Unitaria, ¢ 0 mais, rentavel, nao obstante o fato de apresentar um prego unitario menor. Imaginemos, no entanto, que exista limitagao na capacidade produtiva. Esta limitagao seria, por exemplo, uma diferenga no tempo de Horas/maquina para cada produto. Suponhamos que, para cada unidade do Produto A fabricada, sejam gastas duas Horas/maquina, enquanto que, para cada unidade do produto B seja ‘gasta apenas uma horas/maquina. Também suponhamos que exista um niimero limitado de horas/maquina disponiveis para a industria, Nesse caso, entdo, sera mais rentavel o produto cuja Margem de Contribuigao Unitaria dividida pelo fator que limita a capacidade de produgdo, 10 caso 0 nimero de horas para cada produto, apresente maior valor. Vejamos 0 quadro abaixo: Produtos mou. Tempo de produgao | MCU dividida pelo tempo or unidade (1) de producao (MCU/T) 1000 2 horas 500 700 Thora 700 Fator de Limitagao= Namero de Horas/maquina Podemos conciuir que, enquanto é produzida uma unidade do Produto A (Mar- {gem de Contribuigao de R$ 1000), sao produzidas 2 unidades de B (Margem de Contribuigao de RS 700 X 2 = 1.400). Gonsiderando que a fabrica esta suportando limitagoes em relacao ao tempo ddisponivel de produgao, 6 preferivel que seja dada prioridade a febricagao do Pro- duto 8. 1 Ponto de equilibrio contabil (PEC) (0 Ponto de Equilibrio Contabil representa a quantidade de unidades produzidas e vendidas em que a Receita de Vendas ¢ igual a0 Gasto Total (Custos mais Des- ppesas) do produto, ou seja, em que nao hé lucro ou prejuizo. ContaBILioaDe GERENCIAL 347 Em outras palavras, 0 ponto de equillbrio mostra o ponto em que a recelta é igual ao luero gerando entao um lucro de zero. PEC 6 calculado por meio da seguinte forma: Gusto Fixo + Despesas Fixas mou PEC (em Quantidade) = PEC (em reais) = PEC (Quantidade) x PVU. Imaginemos uma empresa que apresente os seguintes dados (em reals): (Gustos variaveis 50,00 tunitérios (CVU) Despesas 40,00 veis unitérias ‘Custos 20,000.00) ixos Despesas 70.000,00 txas Prego de 100,00 venda unitario (0 ponto de equilibrio contabil em unidades dessa empresa 6: (CF + DF) pec= EOF meu Sabemos que MCU = PVU - CVU—OVU = 100- 50-40 = 10,00 30.000 PEG = ————— = 3,000 unidades 10 Jd. ponto de equilirio em valor é PEG (em reals) = 3,000 unidades X RS 100(prego de venda) 5 300.000,00 4.5. Ponto de Equilibrio Economico (PEE) Antes de adentrarmos no conceito do ponto de equiliorio econémico ¢ impor- tante definirmos o custo de oportunidade. 1.8.1. Custo de oportunidade Representa 0 Custo de Oportunidade 0 quanto a empresa sacrificou em termos de remuneragao por ter aplicado seus recursos numa alterativa ao invés de em 348 ‘Auwvatoo CaavaLto outra. Se usou seus recursos para a compra de equipamentos para a produgao de sorvetes, 0 custo de oportunidade desse investimento ¢ 0 quanto deixou de ga- ‘nhar por nao ter aplicado aquele valor em outra forma de investimento que estava ao seu alcance. Normalmente, esse tipo de comparagao tende a ser um pouco dificil, em fun- ¢40 principalmente do problema do risco. Aquela firma poderia usar seus recursos na compra de um prédio para fins locativos; o que ganharia de aluguel é uma boa forma de medir 0 custo de oportunidade do invastimento na fabrica de sorvetes? Os graus de risco de um ¢ outro empreendimento sao bastante diferentes, & por isso a comparacao entre os retornos é também sem muito sentido. Duas alternativas poderiamos analisar, sem entrar em muito detalhe: ou enten- ‘demos 0 custo de oportunidade com relagao a outro investimento de igual risco ‘ou tomamos sempre como base o investimento de risco zero, cue seria, no caso brasileiro, em titulos do Governo Federal, ou a Caderneta de Poupanca. Em tormos praticos, procisamos fazer comparacoes entre valores de igual po- der de compra; assim, é necessério trabalharmos com lucro (ccnsequentemente, receitas ¢ despesas),investimentoe juros reais, ou sea, em moeda de mesmo po- 4er aquisitivo. Por exemplo, suponhamos que nao hela inflagdo, o custo de opor- ‘unidade tomado pela empresa em termos reais seja de 6% a0 ano que o valor do investimento no imobilizado para fabricagao de sorvete seja de $10.000.000. Toriamos, entéo, um custo de oportunidade de $600,000 ao ano em termos reais, Digamos, ainda, que a empresa tenha no primero ano Receitas: 15,000,000 Cory. (4.000.000) = Matera — prima: 7.000.000 = Mao de Obra 3.000.000 - Depraciagao: sew 2.000.000 ~ Outros Custos: 2.000.000 Lucr: 1.000.000 Com a inclusao do Custo de Oportunidade de $600.000, c resultado seria, entao, de apenas $400,000. Isso significa que o verdadeiro valor do resultado ds alividade ¢ esse, pols € v que cunsegulu a irtals de que darla 0 Juro do capltal investido. Esses nimeros seriam validos na auséncia de inflagao, 1.5.2. Conceito e exemplo de ponto de equilibrio econdmico. 0 Ponto de Equilibrio Econdmico representa a quantidade que produzida & vendida proporciona um lucro contabil apurado na atividade empresarial igual 20 rendimento que seria obtido com 0 mesmo capital aplicado em outro investimento qualquer (aplicagao financeira, por exempio). Cowmotioroe cenencia 349 Exemplo: Imaginemos uma empresa que faga um investimento inicial de RS 100,000,00 para a construgao de uma indistria. No primeiro periodo de ali dade, a sociedade gerou um lucro liquido de R$ 4.000,00. Supondo que se os R$ 100,000,00 fossem aplicados no mercado financelro gerassem rendimentos de R$ 5.000,00, no mesmo periodo. Constata-se que a empresa obteve lucro Contabil (R$ 4.000,00), mas apresentou prejuizo econémico (RS 1.000,00), uma vez que a alternativa de investimento no mercado financeiro era mais vantajosa (fendimentos de R$ 5.000,00). Assim o Ponto de Equilibrio Economico (PEt) representa a quantidade que pro- dduzida e vendida gera um lucro igual ao rendimento que seria obtido no mercado financeiro, no caso, RS 5.000,00. Logicamente, para fins gerenciais, s6 interessa @ empresa uma produgao venda de uma quantidade, na qual o lucro gerado no empreendimento empresarial sseja superior ao que seria abtido no mercado financeiro. 0 PEE em valor corresponde & quantidade multiplicada pelo Prego de Venda Unitari. No exemplo descrito, em que a empresa efetuou o investimento de RS 4100,000,00 na inddstria, o Custo de Oportunidade representa o valor que ela dei- xou de ganhar por ndo aplicar no mercado financeiro, ou seja, RS 5.000,00. Ob- servem que o Custo de Oportunidade nao 6 a diferenga entre quanto ela ganharia caso aplicasse no mercado financeiro e quanto obteve de lucro no empreendi- ‘mento, e sim, 0 valor total que ela deixou de ganhar no mercado financeiro por ter optado pelo empreendimento. 0 calcula do Ponto de equillbro Economico 6 cefetuado por meio da seguinte formula: (CF + DF) + CO mou. Pe 1.6. Ponto de Equilibrio Financeiro (PEF) 0 Ponto de Equilibrio Financeiro (PEF) representa a quantidade produzida vendida na qual nao ha lucro ou prejuizo, s6 que no considerando os Encargos de Dupreciayau relacionados & produgao na composigao dos Custos Fixos. ‘Tal medida € utllizada pelo fato de os Encargos de Depreciagao nao representa- rem desembolsos imediatos ou préximos de recursos, nao sendo, sortanto, nessa, andlise, contabilizados nos Custos Fixos para embasar a tomada de decisbes. PEF 350 ‘Anwva.oo Canvanno 1.7. Exemplo com os trés pontos de equilibrio Com base nos dados a seguir apresentados, calcular o Cusio de Oportunida- de (CO) ¢ os Pontos de Equilibrio Contabil (PEC), Econémico (EE) e Financeiro (PEF), Capital Investido na Produgao = RS 200.000,00; ‘Taxa de Juros no Mercado Financeiro no perlado = 20%; Custos e Despesas Fxos = R$ 70.000,00, Encargos de Depreciacéo = RS 10.000,00; ‘Margem de Contribuigdo Unitaria = R$ 2,00, 4. Calculo do Custo de Oportunidade (CO) 0 Gusto de Oportunidade representa 0 valor que a socledade ganharia se op- tasse por outra forma de aplicagao dos recursos, no caso, no mercada financeiro, (60 = RS 40.000 (20% x RS 200.000) 2. Ponto de Equilibrio Contabil (PEC) 0 PEC representa a quantidade de unidades produzidas vendidas na qual a industria néo obteria lucro ou prejuizo, ou seja, 0 volume de produgao e venda em {ue as Receitas de vendas se equivalem aos Custos ¢ Despesas totais. CF+DF — 70.000 ce eae Pec = = 35,000 unidades 3. Ponto de Equilibrio Econdmico (PEE) 0 PEE representa a quantidade que produzida e vendida proporciona a industria lum lucro equivatente ao rendimento que obteria em outro empreendimento, no caso, aplicando os recursos no mercado financeiro. CF+DF+CO 70,000 + 40.000 mou’ 2 PEE 5.000 unidades Produzindo-se ¢ vendendo-se 55,000 unidades a sociedade teria um lucro de R$ 40.000, equivalente, portanto, ao rendimento que obteria no mercado finan- coiro, 4, Ponto de Equilibrio Financeiro (PEF) PEF representa a quantidade que produzida e vendida a saciedade nao teria |ucro nem prejuizo, sem considerar entre os Custos Fixos as Encargos de Depre ciagao CF + DF~Encargos de Denreiagao 60.000 per = OF-+ DF—EnnarposdeDeprecapto 60.800. cu 2 Covtasiunsoe cenencia. 351 1.8. Margem de seguranga (MS) ‘AMargem de Seguranca representa a quantidade ou percentual de vendas aci- ma do Ponto de Equilibrio Contabil (PEC). Em outras palavras, é a quantidade que pode ser reduzida das vendas som que a industria comece a ter prejuizos. [A Margem de Seguranga ¢ calculada da seguinte forma: [MS = (Quantidade produzida e vendida — Quantidade do PEC) No exemplo anterior, se a sociedade estiver produzindo e vendendo 55.000 uunidades, a Margem de Sequranca correspondera a 20.000 unidades (55.000 — 35.000). ‘Se a sociedade deixar de produzir e vender até, no maximo, 20.000 unidades, ccontinuar4 tendo lucro. 4.9. Alavancagem operacional A Alavancagem Operacional relaciona a variagao percentual do ucro operacio- ral (LOL) (também pode ser calculada em fungao do Lucro Liquide ou Bruto) com a varlagao percentual das vendas. ‘A varlagao percentual das vendas pode ser medida em relagéo a Receita de \Vendas ou quantidade vendida. Exemplo 1: A Gia, Azul apresentou os seguintes dados no resultado de deter- rminado periodo, no qual foi efetuada a venda de 20.000 unidades dos produtos de ‘sua fabricacao pelo prego unitario de R$ 2,00. VENDAS LIQUIDAS 40.000,00, Custos e Despesas Variaveis (18.000,00) Lucro Bruto Marginal 22.000,00, Custos e Despesas Fixos (2000.00) Lucra Operacional 20.000,00 Ocorrendo o aumento de vendas para 30.000 unidades, o demenstrativo apre- sentaria a seguinte configuragao: VENDAS LIQUIDAS 60,000,00 {Gusts e Despesas Variavels (27.000,00) [Lucro Bruto Marginal 39.000,00, Custos o Despesas Fins (2.000,00) Lucro Operacional 37.000,00 352 ‘Anus.o0 Carve. ‘Vamos apurar 0 grau de alavancagem operacional Solugao: 0 primeiro passo a ser dado 6 o calculo do aumento percentual obtido no lucro: 31.000-20.000 11.000 ‘Aumento % do Lucro = eee = OO 20.000 20.000 4J4 0 acréscimo no volume fol o seguinte: 30.000 - 20.000 20.000 Chegamos, entao, & alavancagem operacional: 7 55% 7 oo 1 vezes Concluimos, portanto, que, para cada 1% de aumento sobre c volume das ven- das, a empresa obterd 1,1% de aumento no Iucro. 0 aumento das vendas traz um aumento de lucro maior do que o proprio aumento da venda. ‘A Alavancagem Operacional sera a mesma, medindo-se a va‘iacao percentual dos Lucros em relacao as Receitas ou as Quantidades vendidas 1.10. Fixagao do prego de venda Para administrar pregos de venda € necessério conhecer 0 custo do produ- to. Porém essa informacao, por si so, embora seja necessaria, nao é suficiente. ‘Alem do custo, é preciso saber 0 grau de elasticidade da derranda, os pregos de produtos dos concorrentes, os precos de produtos substitutos, a estratégia de marketing da empresa etc.; e tudo isso depende também do tipo de mercado fem que a empresa atua, que pode ir desde 0 monopdlio ou do monopsénio até a concorréncia perfelta 0 importante ¢ que o sistema de custos produza informagoes tteis € consis- tentes com a filosofia da empresa, particularmente com sua politica de precos. Gonsiderando-se esses aspectos citados, os precos podem ser fixados: com base nos custos, com base no mercado au com base numa combinagao de am- bos. + Formagao de pregas com base em custos: Nesta forma de calcular pregos — pracos de dentro para fora —, 0 ponto de partida € o custo do bem ou servigo Conrasiuoane seRENciaL 353 apurado segundo um dos critérios estudados: Custeio por Absorgao, Custelo Variavel etc. Sobre esse custo agrega-se uma margem, denominada markup, que deve ser estimada para cobrir os gastos nao incluidos no custo, os tributos e comissoes incidentes sobre o prego ¢ o lucro desejado pelos administrado- res. Pensem na seguinte estrutura de formagao de pregas: CCusto unitaro: 10, Despesas gerais: 10% da recelta bruta Comissdes de vendedores: 5% da receita bruta Impostos sobre prego de venda: 20% ‘Margem de Lucro desejada (MLD): 5% sobre a receita bruta ‘Somando-se os percentuais teremos: 10 + § + 20 + 6 = 40% Pv = 10+ 0.4PV Pv-04Pv= 10 06 PV = 10 Pv = 10/06 16.67 Por esse método 0 prego de venda seria fixado em $16,67 Esses 40% apurados quando somamos os percentuals so chamados de ‘markup. Portanto, markup um indice aplicado sobre 0 custo de um produto ou servico para a formagao do preco de venda que consiste basicamente em somar- se ao custo unitario do produto ou servica, uma margem de lucro para obter-se 0 prego de venda, + Target costing (Custelo Meta): 0 Custeio-Alvo ou Custeio Metaé um processo de planejamento de lucros, precos e custos que parte do prece de venda para cchegar ao custo, razao pela qual se diz que ¢ 0 custo definico de fora para dentro. Por causa desse problema de muitas vezes 0 prego ideal nao ser capaz de produzir o resultado minimo necessério, ou de nem mesmo ser capaz de cobrir 0s. gastos fixos, surge a necessidade de se ter a escolha do caminho inverso. Gom a crescente competitividade entre as empresas em um mercado em constante modificag4o, com clientes cada vez mais exigentes @ évidos por pro- dutos que se ajuster mais as suas necessidades, 0 prego passa a ser formado Praticamente em fungao da oferta e da procura, Neste ambiente no qual as empresas simplesmente no podem alterar seus precos por moditicacao na sua estrutura de custos, 0 caminho inverso mencio- nada passou a ser uma fortissima ferramenta para um melhor posicionamento estratégico e desempenho: dadas as limitagdes de preco do mercado (e, conse- 354 ‘Auwa.oo Canvatno ‘quentemente, de quantidade vendavel), qual 0 custo maximo suportavel de forma a.atingir 0 retorno desejavel? Nasce dal essa figura simples do “Custo Meta’, ou custo CONTABILOADE GERENCHAL + Demonstragao do Resultado do Exercicio 363 2012 av. 2011 aw. Roceita Liquida 1911374 | 100% | 1529600 | 100% (©) Gusto dos Produtos Vendidos | (941.559) | 49.3% | (780.739 | 51.0% = Lucro Bruto v69.815 | 507% | Taser | 49.0% (©) Despesas Operacionals 741345) | sax | 603.972) | 39.5% Lucro Operacional (antes dos | 228.470 | 12.0% | tao | 95% resultadas Financelras) (GH) Receitas Financeiras vaiese | 74% | 110500 | 72% () Despesas Financeiras (156027) [82% | aires | 77% cro Operacional araz7e | 12% | 198246 | 90% (+) Resultado Nao-Operacional | (3.976) | 0.2% | (603) | 03% ucroAntes dolR/CSit | 210303 | 110% | 1932 | 87% (IR /OSLL waesy [31% | eas) [22% Lucro Liquido wsos7z | 79% | 98.82 | 65% Podemos ver que, em 2011 0 lucro liquido representava 6,5% da receita liquida. Em 2012, o luero liquido passou a representar 7,9%. Conclui-se, entao, que houve ‘melhora no lucro. Percebam que a empresa tem melhor resultadonno dltimo perio- do. Uma das explicagdes para isso é a diminuigao do percentual do custo de 2011 para 2012. 0 custo dos produtos consumia em 2011, 51% da receita. Em 2012 passou a ter menor participagao. Como o percentual de despesas sobre a recelta caiu de um ano para outro, a consequéncia seria realmente uma maior margem de lucro, Com isso vemos que podemos encontrar os valores da andlise vertical com a seguinte expressao: Balango patrimonial: DRE ‘Numero indice (ou receita bruta, se 0 enunciado assim pedir) cada conta ou grupo de contas total do Alivo ou do Passivo cada conta Receita liquida de vendas, 364 Auwvatoo Canvauno E preciso que se diga que normalmente as questdes de andlise horizontal e vertical apenas comparam as diferengas entre um ano e outro e a participagao {que as contas tém dentro dos grupos. Cobra que o candidato calcule baseado nas formulas apresentadas. Exemplificando os calculos da andlise vertical: Parlicipagao da conta clientes no total do Ativo em 2012: Gliontes eared a = = 190% ‘tivo Total ——*1.545.555 Participagao do Lucro Operacional sobre a receita em 2012: 214.279 1.911.374 1.2%. 3.2, Analise através de indices Um indice ¢ a relagao entre contas ou grupos de contas des demonstragdes ccontabeis, que visa evidenciar determinado aspecto da situagdo de uma empresa. Pode-se dividir a andlise das demonstragdes contabeis em analise da situacao financeira e analise da situagao econdmica. Os indices que medem a situacao ‘econdmica edo aquelae que indieam a rentabilidade da entidade. Os indices da situagao financeira, por sua vez, 20 divididos em indices de estrutura de capital (endividamento) o indices de liquidez. 3.2.1. Anélise da Liquidez 0 estudo da liquidez visa conhecer a capacidade de pagamento da empresa. Esse indice revela, também, o equilibrio financeiro ¢ a necessidade de investimen- to em capital de giro. je Liquide + duos Representa o valor de quanto a empresa dispoe imediatamente para saldar as dividas de curto prazo. Esse quociente é normalmente baixo pel> pouco interesse {das empresas em manter recursos monetérios em caixa, Disponivel Liquidez Imediata Passive Girculante 365 GovraBiuinene GERENCIAL + Quociente de Liquidez Seca Indica quanto a empresa possui de ativo liquide para cada $1,00 de passivo circulante (dividas de curto prazo). Essencialmente, a liquidez seca determina a capacidade de curto prazo de pagamenta da empresa mediante a utilizagao das ccontas disponivel e valores a receber. Normalmente, 0 exame considera, para a liquidez seca, que do ativo circulante deve-se abater apenas os estoques, Ativo Circulante ~ Estoques Liquidez Seca Passive Circulante + Quociente de Liquidez Corrente Indica quanto a empresa possui no ativo circulante para cada $1,00 de passive circulante, [Ativo Girculante Liquidez Corrente = ———— = Passivo Circulante Quanto maior a liquidez corrente, mais alta se apresenta a capacidade da em- presa de financiar suas necessidades de capital de giro Mostra essencialmente se a empresa tem garantia de pagamento dos recursos de terceiros nela emaregados. + Quociente do Liquidez Geral Indica quanto a empresa possui no ativo circulante e realizavel a longo prazo, para cada $1,00 de divida total. Esse indicador revela a liquidez tanto no curto prazo, quanto no longo prazo e, ¢ utlizado como medida de segurenga financeira da empresa a longo prazo, revelando sua capacidade de saldar todos os seus compromissos. Alivo Circulante + Ativo Real. Longo Prazo Liguidez Geral = ———— Passive Circulante + Passive Nao Circulante Agora vamos calcular os Indices de liquidez, analisando os numeros da CIA AMARELA S.A. apresentados anteriormente: 366 ‘Auwa.oo Canva.no Taube FORMULA Er see Disponivel 0.08 | 0.04 Passive Circulante led ‘Mivo Circulante — Estoque: 308 | 146 Passivo Creuante re Circulante 124 1,32 Passive Creuante eral 123 | 181 3.2.2. Anélise dos Indices de Endividamento. Os indices desse grupo refletem as decis0es financeiras das empresas em termos de obtengao e aplicacao de recursos, pois avaliam a proporcao de recur- ‘80s proprios e de terceiros que compoem o seu balango. Tambéin demonstram a ‘dependéncia financeira por dividas de curto prazo e suas exigiblidades. * Participagao de Capitais de Terceiros (Capitals de Tercelros sobre Capital Proprio) Indica quanto a empresa utiliza de Capitais de Terceiros ern relagdo a0 Capital Proprio investido. 0 Patriménio Liquido (PL) da empresa representa o capital proprio dos acionis- tas/proprietarios investido na empresa. Capitais de Terceiros sz0 0s recursos de curto prazo (Passivo Circulante) ¢ longo prazo (Passivo Nao Circulante) captados pela empresa (empréstimos) ou oriundos dos financiamentos de seus fornecedo- res/eredares (aperacional). Participagao de Passivo Circulante + Passivo Nae Circulante Gapltais de Tercalrog = ‘s/Capital Proprio Patrimonio Liquido + Dependéncia Financeira (Capitais de Tercolros sobre Recursos Totais) Indica a dependéncia da empresa com relacao a recursos de terceiros. 367 CovABIUoaDe GERENCAL Esse quociente expressa a porcentagem que o endividamento representa so- bre os fundos totais e, significa, também, a porcentagem do ativo total que esta financiada com Capital de Terceiros. Passivo Circulante + Passiva Nao Circulante Dependéncia Financeira ssivo Total ATENCAO! © quociente que mede a participagdo dos capitais de terceiras, ou Seja, o endivi- ‘damento (grau de endlvidamento, quociente de endlvidamento, indice de endivida- mento) costuma aparecer em publicagGes com formulas ligeiramente diferentes das apresentadas aqui Alguns autores utilizam a formula Capital de Terceiros/Ativo To:al ou Capital de Terceiros/Passivo Exigivel + PL, enquanto outros utiliza a formula Capital de Terceiros/PL. Na hora do exame é preciso ficar atento, pois qualquer uma delas pode ser cobrada, + Composi¢ao do endividamento (Participagao das Dividas de Curto Prazo) Indica qual 0 percentual de obrigagdes de curto prazo em relagao as obriga- (goes totais. Passivo Circulante Composiga0 do endividamento = 0 ES _ Passive Clrculante + Passivo Nao Circulante ‘Agora vamos estudar os indices de endividamento analisando os némeros da CIA AMARELA S.A. apresentados anteriormente: ENDIVIDAMENTO FORMULA 2012 | 2011 Partpagio do Ca- vo Cho. + Passio nao eve, | 85% | 151% pitais de Terceiros s/ | _ Passiva Cle. + Passive néo Cire. Cait Propo Patrmno Liquido DependincaFan~ | passiyo cic, + Passivonto re, | 62% | 90% Passvo Total Composigao do end ———— ox | 808 amento rer Passvo Cire + Passio nfo Gre 368 ‘AuwaLoo CaRvatno 3.2.8. Indices de rentabilidade Os proximos indices existem para nos dar a real ideia de qual é 0 resultado de determinada empresa. Pensem no seguinte. Ao dizermos que uma empresa teve lucro de 1 bilhdo de reais e uma outra teve lucro de 500 mil, logo pensaremos que a primeira é mais lucrativa do que a segunda. S6 que isso pode nao ser verdade. ‘De maneira geral, portanto, devemos relacionar 0 lucro de um empreendimento ‘com alqum valor que expresse a dimensao relativa do mesmo, para analisar quao bem se salu a empresa em determinado periodo. O melhor conceito de dimensao podera ser, ora volume de vendas, ora valor do Ativo Total, ora valor do Patrimdnio Liquido, ou valor do Ativo Operacional, dependendo da aplicacao que fol feita. * Giro do Ativo das Liquldas Giro do Ativo = tivo Demonstra quantas vezes 0 ativo girou como resultado ou sfeito das vendas ‘ou quanto a emprasa vendeu para cada $ 1,00 de investimento total. E certo, por- tanto, que quanto maior, melhor. De iniclo pode-se afirmar que o éxito de uma empresa depende de uma série de fatores. No entanto, o volume adequado de vendas sera, certamente, o elemento Impulsionador do sucesso. Por essa razao, 6 conveniente, na analise de balango, fazer relagao do volume de vendas com outros fatores a fim dese conhecer se 0 rendimento ou desempenho foi ou nao satisfatorio. Neste momento, a preocupa- (cao reside em verificar qual a representatividade do faturamento em relagao a0 capital investido. Observe-se o exemplo: ‘Se a empresa consegue um indice de Giro do Ativo de 1,10 pode-se dizer que para cada $ 1,00 investido no Ativo a empresa conseguiu vender $ 1,10, ou seja, 0 volume de vendas atingiu 1,10 vezes 0 volume de investimentos Vale ressaltar que este indice é de extrema importancia, isto porque a firma investe capital esperando um bom retorno, que normalmente, comega a surair a partir do bom desempenho da area comercial. Desta maneira, 6 imprescindivel verficar se 0 que esta sendo investido esta sendo compensatorio, em relagao as vendas, + Margem Liquida Gonraaiuoane cenewcia 369 Evidencia qual foi 0 retorno que a empresa obteve frente ao que conseguiu ge- rar de receitas. Em outras palavras: quanto 0 que sobrou para a firma representa sobre o volume faturado. A anilise ¢feita sob a forma de quanto a empresa obtém de lucro para cada $ 100,00 vendidos, por isso, quanto maior, melhor. E um indicador importante, pois, mostra o lucro final sobre todo o faturamento. ‘Se a empresa teve uma margem de lucro de 15%, isso quer dizer que para cada 100 reais vendidos, sobraram 15 para serem distribuidos entre 0s sOcios ou lan- ado como reservas de lucra, + Rentabilidade do Ativo Lucro Liquide Rentabilidade do Ativo = —————— x 100 tivo ‘A rentabilidade do ativo é caleulada quando se deseja ter uma ideia da lucrativi- dade, como um todo, da empreendimento. € um parametro de quanto @ empresa da de resultado das suas operagdes. E uma medida da capacidade da empresa em gerar lucro liquido e assim poder capitalizar-se. E ainda uma medida do desempenho comparativo da empresa ano ano. ‘+ Rentabilidade do Patrimonio Liquide Luero Liquide Rentabilidade do Patriménio Liquide = ————"_— x 100 Patrimonio Liquido Talvez o indice que mais interessa ao acionista. Ele mede 0 percentual de re torno que 0 dinheiro colocado pelos sécios na empresa gerou. Ele ¢ importante, pois é com ele que 0 s6cio consegue fazer um comparativo entre aqullo que ele “ganhou” colocando o dinheiro na empresa e quanto ele ganharia se investisse em ‘qualquer outra apcao de investimento. ‘Agora vamos estudar os indices de rentabilidade, analisando os numeros da CIA AMARELA S.A. apresentados anteriormente: RENTABILIDADE FORMULA 2012 201 io do two ee 124 12 ‘tivo 370 Auvaaoo CaRvaLno FRENTABILIDADE FORMULA 2012 2011 ‘Marge Liquide aa 18% 65% Vendas Liquidas Rentabiidade do Ato fone 97% 723% —— x10 ‘nivo Rentbildade do 2% | 187% Patiméni iquido wero aude 400 Patriménio Liquido 3.2.4, Prazos médios de renovacao de estoques, recebimento de vendas € pagamento de compras. Os indicadores de prazos médios séo conhecidos também como indicadores de atividade, so muito importantes na operagao de qualquer empresa, pois, atra- vvés deles se permite conhecer a politica de compra e venda adotada pela entidade, podendo, dessa forma, constatar a eficiéncia com que 0s recursos alocados esto sendo administrados. ‘Como quase todas as questoes de analise de balanco cobradas no Exame, as questoes sobre indicadores de atividade também se preocupam apenas com 0 célculo e pede uma resposta bem objetiva sobre o resultado. Resumindo, para este ponto do edital, o candidato tem que se preocupar com a formula de cada uma dos pontos tratados. + Prazo médio de Renovagao de Estoque ~ PMRE Basicamente, podemos entender 0 prazo médio de renovagao de estoques como 0 periodo em que, na média, os produtos so compracos, colocados no almoxarifado e depois encaminhados & produgao. € uma informacao importante, pois, mostra se um tipo de estoque tem boa ou ma salda, se ele ¢ faciimente ven- dido ou nao e, pode também, identiticar os estoques “podres’, que so aqueles estoques que dificilmente dao safda do almoxarifado. Estoques omy Prazo Médio de Renovagio dos Estoquos 360 Con rasiLioa0e ceRENCIAL an ‘+ Prazo médio de Recebimento de Vendas ~ PMRV ‘As vendas a prazo de uma empresa devem ser seguidas de sma politica de crédito que seja adequada a sua atividade, uma vez que, conceder crédito significa assumir tiscos e custos, que é inexistente na modalidade a vista Por outro lado deve se levar consideragao a concesséo de prazo, que propicia .¢40 dos niveis operacionais, ganho de escala, além de favorecimento a0 escoamento de produgéo, aumento do giro de estoques, entre outros pontos Positivos. ‘As duplicatas a receber é uma conta importante dentro do Allvo Circulante, pois representa os valores das vendas que nao foram quitadas a vista O PMV representa, na média, 0 prazo que a empresa concede aos seus clien- tes para que eles fagam a quitagao de suas dividas para com a empresa, Duplicatas a recobor Prazo meio de Recebimento de Veadas = TE 50 + Prazo Médio de Pagamento de Compras — PMPC. Os saldos de duplicatas a pagar ou fornecedores, representa para empresa ‘uma fonte de recursos operacionais, ligada diretamente aos negocios da empresa, 0 prazo médio de pagamentos de compras representa 0 prazo, em média, que ‘a empresa obtém de seus fornecedores para pagamento dos insumos ou merca- dorias. Quanto maior prazo, melhor para empresa. Fornecedores Prazo Médio de Pagamento de Compras Compras ‘Agora vamos calcular os indices de rotatividade analisando os nimeras da CIA AMARELA S.A. apresentados anteriormente, ‘Antes, SO copiaremos as informagdes adicionais que apareciam junto com as ‘demonstragdes contabels da empresa: + Informagoes importantes: Compras 2012: 821.308 Compras 2011: 679.098 372 ‘Avwatoo Canvato ROTATIVIDADE FORMULA aa PME caogws sBdas | 57 das = Oe 60 cmv eee Duplcatas a eceber 22 das | 999 das ees Vendas Puc recone Wiadas | v7 das Compras OBSERVAGAO 1 Fizemos oarredonéamento para cima, por se trata de das. OBSERVACAO 2 ‘Como jé é normal, podemos usar a nomenclatura duplicatas a receber quando se tratar de clientes ou duplicatas a pagar quando se tratar de fornecedores. Analisando os prazos da empresa AMARELA vemos que ela concede um prazo ‘maior a seus clientes do que aquele que ela consegue junto a seus fornecedares. So ainda levarmos em conta 0 prazo que esta mercadoria fica parada nos esto- ques, esta empresa logo teria problemas para pagar suas abrigagdes, pois seus prazos estao desencaixados. Vamos ter uma melhor idela sobre isto ao ver as formulas dos ciclos. 3.2.8. Ciclo operacional e financeiro + Ciclo operacional O ciclo peracional representa o intervalo de tempo decorrida entre momento {que 2 empresa adquire as materlas-primas ou mercadoria ¢ o momento em que recebe o dinheiro relativo as vendas. Refere-se ao periodo (em média) que os recursos estao investidos nas ope- ragdes sem que tenham ocorridos os correspondentes ingressos de caixa. Parte

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