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300 Problemas |, Definigée operacional de ipidios. Como 4 dein Ae"lpidier dire de outros tipne de detinigo weds para tvatras biarapleculs que foram estudadas, cas coma tminoscidos, seidoe micidcos © protenas! 2 Pontes de fesdo de liniios. Os pontos de fasio de lin série Ais ranos de 18 cabanas stocacide este rico, €9,5°C: acide elSco, HC; deido hnoleica, 5°, fe acid Tinoleniea, 11°C. (a) Qual aspect escrututal desis acids grance de 18 carbonos pode ser rslciona ‘do aos ponies de fusdo? Masire us explicagan moe cule para e teadéncia nes pontes de fusio,(b) Dese fhe todas os traciglcerois posiveis que podem ser onstruides de glceral, Sido politico © 4ido cic, COrganizaros em orem crescente de ponta de fusto, {) Acids grass de cadet ramificods io encontrado tem alguns itd de wmerneanas teria, A pes 4 eles sumentaria ns dns 9 aides dae mem Framas (ou sea. seus poncos de Kiso seria menotes ou rmaiores)7 Por quet 3, Prepare de molho “Béarmise”, Durante» preparasio ‘ta mols Hearnase,gomat ce ova sto inconpeadas a rmantciga funda pare esabilzar o reo e impedit a (eparagse. 0 fator de entabiliraao ma gema do ovo & lectna [fesftidicoioa). Sugca por que isso funciona 4 Componentes hidofbicese hidraflics dos lipkdios de merbeanns, Un aspect estrutural comum nas mo leculs de pcos de membrana ¢ soa naera anti tia. Por exemplo, na fete Acie gros 0 hidrotbicas ea cae poli, oxo Fin, éhirafica Para cada ar ds eguintslipiios de membrana ientifiqaees componente erm como tiidades hidrotibicase unidadesbidrolicas: (a Fash tidiletanolamina: (5) esfingomietina: tc) galacosileee bros; (A gargliocdic;(e)coleserl 5. Labidadealalina de racglicerds, Una mancia ‘muni de limpar o exgieo de pia de cozinha # war ur produto contends hidtGxido de ain. Explique por que ‘sso ¢eicente 5.8 agio de fosfolipsses. O veren da cascoel oriental [Cools armas) e da naj India conten Tose se A oe catalisa a hirdise de dcdos graxos on posi {29 C3 de glcevofesolipidos, 0 fosflipii, prt ‘oss reage, ¢ a lsolesitina (vtina ¢ fostaicieelina) Fm akaeconcentragoss, este © outteslsafstepkioe agom como detergetes, ciselvendo as membrana dos trite Hise as cells, Hemoliseextonsa pode ser mortal (a) Detergentes so anfpaticos. Quais so os segmen (os hidoilicnse hidrofabicos da lisleciina 1b) 8 doce a inamayao causadas por ord dee tra pode ser trata com cert eteide, Qua a base dese tatamenta? Je) Alles nivis de foxflipuse As poder ser warty rsapesardssoesssenaima enecessina para uma vane dade de procewes metablises normals, ais so exe procsssost 7, Mensageirosintraclulates« pati de fsiatidilina- {is Quand o honda vasopressin eatinula 2 cle fm de Forkatiiinostol 4. dioeato pela foflipue C Sess! ao hora. dos prods 2 formas Came pare sues propriedades suas solublidades erm gua, © prea se cada uy deles se dias com Fig pt reo do ito 4 Armazenanento de vitaninas Hiposiohives Ein con tress com vitaminashidrasclavee que devern se pare ‘de nos dita didi, as vitaminas ipowolive's poder, Ser armazenadas no corpo em quantiades sues para muites meses. Suga una explicacse pare esa dies Fenpa bacoada em solbiidaces {9 Hidvolise de ipo Nosee os produto da hides banda con NeOH de (a) esteacod:2,3-dipalmizl> cert (6) I-palmitei2-oleolestuidlolina. 10. Efeto da polardede na selubildade, Organize os thins composts em ondem crescent de slubiidde ‘om tritcilgicro, uns ciaigliserl urn enonoaslgie fh tds contend somente acid paki 11. Separacto cromatogrifica de ipdios. Uns rtura elipidios€aplicada a uma colune de slice gelye a ele fa Lavaca com cohentes de polidade cesente Ami tua consist de: fosatidscrina, cole palitato (om ter de esteral, fslatdietanlamina,fosttidcoling, cesfingcenelina, dice pale, e-ttredecanc, picro colestorol rm que orem voce sper i es lipidia da coluna? 12. Mentieagto de lipiios desconhecides Johann Thi- fichum, que ezercias Madicing em Londres 1H 8 avis dedicav-se também cm se tem ive 3 quini> fade padi. le eolow vars pies do tv nea, ‘nuit dos quas (rata catacterieadasc noms, See pequenos fracas ctdadosamente sla © wenticades ‘entend lipiiasiselados fram acuencobece mites anos mais td. (a) Come voet ceirmara, usando te- tices no dioniseis para Thucichim, quo» Gaga ‘hos wlentificides coma contendo"sfngomisina’ eo rehrosli’, realmente, continhans ees eompostort (b) Como woot dainguira esfingonmins cle fstatdica dhe Por ssles quis cos « ensimiticas? 13. Ninidina para revclar ipdios em placas de TLC. N- idea rage espesificsment con arinasprimsrias prs formar uw produto azul-pirpura. Una cromatogiafie ce camada delgada de fosolipiios de igado de rato € pulverizada cow ninidrina © maptida até deseo ‘mento da eo: Qua fosolpiis podem ser decade sdstt maneiae CAPITULO 12 Membranas Biolégicas e Transporte [primeira célula provavelmente surgiv quando uma membra nu formeda, englobando um pequeno volume de solugto aquo tay separava.a do restante do univers, As memabranas define olimiteexteno das céllase regulam 0 apse molecular atra~ us dese lire: nas clulas eucaiticas, las dividan o espago injerno em compartimentes distintos para separar processos © omponcntes Fig, 12-1), las organizam seqiéncias de reagoes omiplexase af exsencais tanto pora a conservaggo da enerpia {quanto para. comunicagze clula-célula. As atvidases baldgi «8 das membronas devemse a sas notivels propried aces fis {is AS membranas sto flexiveis,auto-selantes € seletivammente ermefves aos solutos polars. Sua flexiildade permite aera ‘es. de forma que acompenham o crescimento celular ea mo ‘imentagdo (como ¢ movimento amebside). Com sua babi dade de se romper € sear, duas merabranas podem-se fund, come ma exocitose, ou um compartimento envolte por uma membrana pode softer fissao produrindo dois compartimenios selados, com naendocitose ou na diviio celular sem que ocor- ram grandes petdas através des superficies eeulares, Pel faio de as membranes serem seltivamente permedvets, elas retém tertos compostos¢ ions denteo da clulase de compartimencos Cdllatesespecticos, enquanto excluem outros “As memioranas néo so somente barteias passives. Bas in- em urn conjunco de protelass especalizadas na promogio tn ma catlise de uma variedade de processos eelulares. Na su perficie celular, transportadares eonduzem solutes orginicos especiicose ions através da membrana; receprores ceptam si- nis extracelulares ¢ desencacciam alteragoes molecilares ma ‘ella; moleculss de adesao maniém células vizinbas juntas Dentro da cela, as membranas crganizam processos calulares. como a sintese de ipiins€ de vertas proteinase as transdudes decnergia nes mitoedndias e nos cloroplastos. As membranas consstem de apenes duas camadas de moléculs eso, portan tovmuito fina elas sto exsencialmente bidimensionas. Peo fato dees coisies intermolecularesserem muito mais provives nes- se espaga bidimensioral do gue no tridimensional, eicéncia de processos catalisados por enrimas organizades dentro de membranas¢ grandemente aumenteda ‘Neate capitulo descreveremos, primeira composigio das rmembranas celuleres ¢ sua arquiteture quimica — estruturss roleculares dindmicas que propiciam suas fungoes biologicas. Desereverernos varias classes de proteinas de membrana defin- das pola maneira com quese assciam com a bicamacla iii. Adest celular, endocitoseefasio de membranes, qual ocorte com infecsao viral ilutrardo o papel dinimico das proteinas de tneinbeana, Depois, tretaremos da passagem de soto através da membrana, mediada por proteinas, por meio de transports- ores ec sonicos. Em capitulos posteriores,discairemos o papel das membranas na transduya0 de sinas (Capftus 13 € 13), transdugae de eneeyia (Cap/tule 19). nasintesedelipidios (Capitulo 21) e na sintese das protenas (Capitulo 27). a ih Figura 12-1 ~ Membranas bioligicas. Vistas em secodo transversal fodas 2¢ mombranss intracelulares compartiham uma sparéreia tl mer caractesica. 0 protozoaro Paramecium coniém ums varedace tf organaiss eructias par memavanas. Quando um came fino de ut Paramecium € corado cor tetroxdo de OF0 pata reakear as mem bangs. cada una dels aparece com une estutiza de ts comadas, do's 3 2m (SO 2 BUAY de espessuira as magers rarinares const de duas camedes eltrodensns nes supertces rterna extern, 5292 Fads pot uta fegan cenvtel menos ders. Aca esto imagers en (grande aumento das memoranae de: a) um corpo celular remoranas Slasmdtics abveolr, estetamente justepostas tb) um cio, fume Imtoconera; td) um vacaalo digestivo (el 0 reicuo erdoplasmnateo, uma veseula secretors. Qs Constituintes Moleculares das Membranas Uma maneira para entender a fungao da membrana ¢ estudar sua composigao — determinar, por exemplo, quais componen: tes so comuns a todas as membranas e quis so exclusivos de ‘membranas com fungoes especificss. Antes de descrevermos & estrutura ea fangaa das membranas, consideraremos, partanto, ‘0s companentes moleculares das membranas: as proteinas e os lipidios polares, que So responsive por quase toda a messa de imemibranas biologicas, e carboidratos presentes como parte de glicoproteinas e glicolipidios. 302 Tabela 12-1 - Componentes principals 3s membranes plasméticas em virios erganismos tes em peso) Proteines Fosfolipidies Esterol__Tipoesterol__Outros lipidios Tanto denairo humane Ey 30 18 colesiera “Gaaciolincin, HaaTageTS Figada de camundongo a5 D 25 Colesero Folna de miho a 28 7 Stesteret Gaactoipeios Lever 2 7 4 Ergosten THacigheoras, eseres exteroe Paramecium (ort lias) 55 4 4 Gsigmasterol = Ecol 6 a o Cada tipo de membrana possui Him fie lipidios e proteinas caracteristicas As proporyoes reativas de proteinas elipidios variam com otipe de mermbrana (Tabela { 2-1), refletinde a diversidade dos papsis, biolégicos. Por exemplo, certos ncudnios possuem unia bai= ‘ake de mielina, uma extensio da membrana plasmatica que se earola na céluls muitas vezes e atua como um isolamte etrico pasivo. A bainha de mielina consisteprincipalmente de lipidios, fenguanto as membranas pkasmaticas das bactérias e as mem: bbranas das mitocdndrias ¢ dos cloroplastos. em que se realizam. muitos processes metabilicos cataisados por enzimas, content ‘mais protefnas do que lipidies. Para os estudos da composigao da membrana, a primeira tarefa éisolara membrana selecionada, Quando celulas eucati- ticas sto subimetidas a forgas mecdnicas de cisalhament, suas _membranas plasmiticas sto rompidas e fragmentadas, iberan: do os componentes citoplasméticos ¢ as organelas envoltas por "membranas, tals como as mitocéndrias, os eloroplastos, 06 li sossomos eos ntcleos. Os fragmentos da membrana plasmatica as organelas intactes poder ser isolados por tecnicas de cen- jagagao deseritas no Capitulo 2 (veja Fig. 2-20), ‘A anélise quimica das membranas isoladas de varias fontes revela certas propriedades comuns. Cada reino, espécie, tecide bu tipo celular eas orgamelas de cade tipo celular possuem um conjunto caracteristco de lipidies de membrana, As membra- hs plasmaticas dos hepatocitos, por exermplo, sto enriquecidas em colesterol¢ nao contém cardiolipina detcctavel (Fig, 12-2); ‘na membrana mitocondrial interna dos hepaticitos, ska distr: buigao ¢ reversa, As células, claramente, possuem mecenismos para controlar as especies e as quantidaces de liptdios de mem- borana que elas sinetizam e para direcianar lipidies especiticos para as organelas particulares. Em muitos casos, podemos ima- sinar vantagensadaptativas de distintas combinagdes de lipidios ‘Ge membrana; em outros casos, 0 significado funcional dessss combinacoes permanece a ser descoberto, ‘ composigzo das protefnas de membranas de varias fontes varia ainda mais intensamente do que a sva composigao lipidi- «a refletindo especializagao funcional. Em uma célula de basto rete da retina de vertebrado, uma porgio da célula éaltamente especializada para a recepeao da luz; mats de 90% das proteinas sda membrana plasmatica, nessa regiao, 6a glicoproteina rodop sina, que absorve a luz. A membrana phimatica do eritrécita, menos especiaizada, possui cerca de 20 tipos de proteinas proe- ‘minentes, bem como devenas de secundarias; muitas das quais sto transportadores,cada um levando umm solute espeiticoatra vés da membrana. A membrana plastica da xcherichia coli contéin centenas de proteinas diferentes, incluindo teansports- ores e muitas enzimas envoividas no metabol vagio de cnergia, sfatese de lpidios, transporte de proteinas € divisio celular. A camada externa da F. cot possui uma fungao diferente (protefio) e um conjunto de proteinas diferentes, Algumas proteinas de membrana estao covalentemente li gacdas a um dispositive complexe de carboidratos. Por exemplo, na glicoforina, uma glicoproteina da membrana plasmritica do. sno da conser- Matocondial interna Mitocondkial externa Liscssbmica Naclear etka cendoplasmaitice eagoso Reval “endoplasmic fsa “Tipos de membrana: do bepatoct de rte Golgi Porcentagem de lipidio de mienbeana Di Colestcrol Ml Esfingolipicion Cardicipine Bil Fostatdicoling ‘i asta : ae Figute 12-2 ~ Composicio lipidica da membrana plasmatiea © de mambranas das organelas de um hepatecito de rato. expecaize «Be funcional de cad tino de membrana esa relleida em sua corres (20 liga tnica. © colesteoldateral € proaminente nas mombiaras plasmatias, mas apenas detectivol nas membroras mitocondins. A ca dolipine acd) ¢ um comporeste prncipal da membrana mitocordil ince, mas nao da membrana pasmatia. Faxatdserna tostatidino- stole fstatidlgicercl @ratelo) sao componentes relatwamente esc Ses na teiosa das membrana, ras podem devam pear funcaes crt 2s Fosfatisinosol © seus dereatWos, por exemplo, #30 importantes ras transciugées de sna’ desencadeades por horménion Esingaintdics (Geta, ostaciatna purpura) e foxraalrarokrnn (vere) e= to presentos na macre das membranes, mas em citeratesproporcées, Giicoipicos, que ac os princpars componentes das membrapes dos co roplastos de plantas, esta0 vituarnente ausantr dos cele ars critricito, 609% da massa consiste de unidades de oligassacart- ddeos complexos, ligadas covalentemente a residuos especificas de aminoacids. Os residuos de Ser, Thr ¢ Asn si0 08 pontos de ligagio mais comuns (yeja Fig. 9-25). A outea extremidede da scala € rodopsina da membrana plasmatica da celulabastone- te, que contém um tinico hexasszearideo, As porgaes agicar das slicoproteinas desuperficie influenciam a enovelamento da pro- {cina, bem como sue establidade © destino intracelular, ¢ de- sempenham um pape! significativo na ligacéo especifica de li- antes 20s receptores glicoprotéicos de superficie (veja Fig. 9 29). Difecentemente das membranas plasmsticas, as membranas intracelulares como as de mitacdndeiss e cloroplastos raramen- te contém carboidratos ligados covalentemente, ‘Algumas proteinas de membranaestioligadascovalentemente ‘2 um ou mais lipidies que, como veremes, funcionam como in- ors hidrofobicas eegurando as proteinas na membrane. A Arquitetura Supramolecular das Membranas ‘Todas as membranas biol6gicas compartilharn certas propric~ dades furndamentais, Elas io impermedveis & maioria dos solu tas polares ou caregados, mas permedvcis aos compestos nao- polars: apresentama de 5 a 8nm (50 a 80A) de espessura e pare cerntrilaminares quando vistas por meio de um corte transversal ‘a0 microse6pio eletrénico (Fig. 12-1). A evidéncia proveniente tanto da microscopia eletrOnica ede estudos da composiga0 qui ‘mica, bem como de estudos fsicos de permeabilidade e da mo- bilidade individual de molsculas de proteinas e lipidios dentro ‘da membrana, levou a0 desenvolvimento do modelo do mosaica fivido para a estrutura das membranas biologicas (Pig. 12-3), Fosfolipidios eestersis formam uma bicamada ce lipflio na qual asregioes nao-polares das moléculas dos lipiclios sto oriemtidas porao centra da bicamadla, ¢ os grupos polares, para o exteriex. ‘Nesst mina da bicamaela, as protesnas globulares etao incrus- tadas em intervalos ievegulares, manticos pelas interagies ArofGbicas entre os lipidios a membrana € os dominios hidro- fabicos nas proteinas. Algumas proteines projetam-se em um dos lidos da membrana; outras possuem dominios expostos ‘mn ambos os lads, Considerando a “lado” da membrana, a orientagao das proteins na bicamada ¢ assimstricas 0s dom nis protéicos expostas em um das lados da bicamada sa0 ¢i- ferentes dos expostos no outro lado, refletindo a assimetria foncional, As unidades protéicas e lipidicas individalizadas fm uma membrana formam ¢ mosaico fluido, cujo padrao, dsferentemente de um mosaico de ladrilhos de ceramica em sngamassa, ¢ livre para se alterar constantemente. © mosaica da membrana ¢fluide pelo ato de as interagoes entreseus con pponentes nao secem covalentes, deixandd liberdade para ay molécubss individuais dos lipidios e das proteinas se movimen- ‘arem lateralmente no plano da membrana. Gieaiptdio ——Q adele o- poles de ace was Gobesas poares sft pine Proving pesiiica (die unica ‘ransmetorana) Figura 12-3 - Modelo do mosaico fluido para a estrutura da membrar Protena integral Examinaremos com mais detalhes algumas dessas caracte- Tistices do modelo do mosaico fluido e consideraremos a evi- dencia experimental que confirma o modelo. A bicamada de lipidio ¢ 0 elemento ‘estrutural basico das membranas Glicetofosfolipidios, esfingolipidios ¢ esters s20 praticamente ingoluveis em gua. Quando misturados com a gua, formam es= pontaneamente agregadas lipidicos microscspicas erm uma fase separada de sua vizinhanga aquasa, agrupando-se com suas por- Ges hidrofobieas se contactande mutuamente ¢ seus grupos hi- roflcos interagindo com a fgua que acerca, Lembre-se de que © agregado de lipidios reduz a quantidade de superficie hidrofabice ‘exposta a dgua e, deasa forma, minimiza 0 némera de moléculas da camada de dgua organizada na interface Agua Lipo (veja Fig, 417), resultando em aumento na entropia. Interayoes hidrof¥bi- cas enite moléculas de lipidios fornecem a forga fermodinamica direcionadora para a formasan ea manutencio desses agregadas, Depencendo de condigdes claramente definidas e da natureza os lipidios, tr tipos de agreyados de lipids podem-se formar ‘quando lipiios anfipiticos s0 misturados com a dgua (Fig. 12-4), Micelas sio estruturas esféricas contennlo de algumas dizias @ al- ns milhares de moléculs arranjadas com suas regides hidrof6bi as agregadas no interios, excluindo @ gua, seus grupos cabeca hidrofilicos na superficie em contato com a Sigua. A formacio de ‘micels¢favorecida quando a érca transversal dos grupos carrega dos émaior do quea cadei(s) de acila() lateralis), como no acido grax livre, nos lisofosflipidio (fosfolipidios erm um acido graxo) ‘© em detergentes como o dodecil sulfsto de sédio (SDS; pag. 104). (Um segundo tipo de agregaco lipidico na agua é a bicama- <éa, na qual dias monocamadas de lipid formam uma lmina bhidimensional, A formacao da bicamada ocorre mais facilmente ‘quancio as éreas transversais dos grupos cabeca ¢ as cadeias de acilas laterais sio semelhantes, como nos glicerofostolipidios ¢ Cadsie de lgossacarideos ss gicoprotcinas Bicameds lipdica Proteins peviférica Proteina integral covalenteriente Uhalices mapas Tzada a0 lipo transmerabrana} As cadlas de aclas ratas no interior da mombrana forma ums fags harofodca “Lida. as proteins integrals ce membrane futuam nesse ror de Ipios, aribces peas neracGes hid o¥bicas com as cadees loterais ro polores de zeus amrinosedos. nto ax grotelnae quanta os Upicos Sao Ires para se mow mentarlcefalmente no plano da bicamada, mas 2 mowirentacao de qualiuer ude uma face da bearada aé a outa, € restrta, As pargbescarboxrato lgadas a algumas proteinase Ipcios da membrana plsratia estao expostasna face extracel. da membrana 304 Unidedes individu soem forma de cunt (Geegdo tronsversal da cabega maior do que # dla cadeia lateral) ¥ Unidadesindividanie so cllinds as (sexyao transversal da cabops igual a da coda lateral) cavidade aquosa Lipessomo te) Figura 12-4 ~ Agragados lipidicos anfipsticos que se formam na agua. (a) Nas miels, os cadelas anfpstices dos éidosoraxos so seat een 10 nideo da esfera,Paticamente no ha dgue no interior histo. (B) Na icameda abera, todas as casas de ace leas, wxceto aq ras ‘maigens da rina, so protegiias da nteracao com a 2gu2.(@ Quando uma bicaracs bid enscial ce dobra, ela forma uma bicamada fecha, ‘una vescul tndimensional cca (ipossomo) ervelvendo uma coudade equose. nos esfingoipidios. As porgSes hidrofébicas em eada monoci- mada, exciuldas Ge Saue, interagem entre si Os grupos hidrofi licoscarregados interagem com a Agua na superficie da bicama Ga, Palo fato de as regioes hidrofobicas em suas margens (Fig, 12-4b)estarem transitoriamente em eontato com a gua ali rina da bicamada¢ relarivamence instivel e, espomtaneamente, forma ur terceiro tipo de ageegao: ela se dobra para fosmat tua sera oca chamadk de vesicala oi ipossemo, Formando a vesiculas, as bicarnadas perdem suas reiteshidovobicas marginais,aleangando estabilidade maxima aquoso,Esoas yesiculas de bicamadas envelvem a dgua,criando um commpartimento aquoso soparado & provivel que a primeira calla viva se assemelhasse aos possomos, sus conteiidos agua S08 segregados do resto do mundo por uma caseahidrofébics. Toda evidencia indice que as membranas biologicas s40.cons tutes de bicamadas de lipidios. A expessura das membranas, medida por microscopia eletronica, ¢aquela espereda para uma 1 seu ambiente Fosfidletanolamina Fosfatiiloline Esfingomilina Fosfatiibserina Fostatiiinostal Fesfatiiinositol-s-osiato Fosftiilinostl-45-bilosito Ae 0 fosfntkico u a bicamada de lipo de Snr (304) de espessura, com as pote nas projctando-se de cada lado. Estudos de difragao de raios X das membranes apresentam a distibuigio da densidade cetro- nica esperada para uma estcutura de bicamada. Eos liposomes formados no laboratéro apeesentam a mesma impermeabil- dade relatva aos solutos polares que os encontzados nas mem- branas bilogicas (embora estas shimas, como verenios, seiama permedvels aos solutos para os quais tenham transportadores especicns). Os lipdios de membrana sto disteibuides asimetricamen- te entre as duas monocamadas da bicamada, embora a assime- tnia diferentemente das proteinas de membrana, 0 sejaabso- Juta, Na membrana plasmitics, por exemple, certs lipdios sto tipicamente encontrados prineipalmente ne monacamace ce tera € outros na monocamade interna (ou citeséica), mas rae ramente um lipidio ¢ encontrado apenas em um ledo ¢ no outto nao (Fig, 12-5). Monocamada Monocamada meme externa 100 © yo Figura 12:5 ~ Dstibuicéo assimétrica dos fosfolipidios entre as monocamadas Interna @ externa da membrana plasms. {lea de artrécto. A dstibugio de um fosolipio expectico ¢ ceterminada tratando se a clue intacta com fostelipese (cue Io alganca cs lpiios na monocemada interna, mas remove os grupos cabeca dos Telcos na monocamaca estrna, (Outros reagenies imoermeavels 4 membrana podem também set usaces, veja iG 12-2) A propogeo Be cada grupo cabera fered Forrece uma estimativa da fagSo de cada lipo re monocamada externa, 0 lipidios de membrana est3o em movimentagao constante tmborao esteutura da bicamada de lipidio em si sejaestavel, as moléculas individuais dos fosfoipidios e ds esterdis apresen tam grande liberdade de movimentagao no plano da membra- tna (Fig, 12-6), O interior da bicemsada é fuido; cadeias hidro. carbonicas de acidos graxos individualizados estao em movi- rmentag2o constante, produzidas pela rouge em torno das ligagaes carbono-carhono das longas cadeies de acilas lateais. (© rau de fuider depende da composigaa lipica eda tempe: ratura, Fen temperaturas baivas, elativamenteoearre pouca mo: vimentagolipidia © a bieamada existe era uina forma quase czisfaina(paraeristlina). cima de-urna cesta temperatura, 08 lipidios podem apresentar grande movimentacao. A tempera- tura de transigdo, temperatura ccime da qual o sé paracis {alo se modifica pere fluido, €caracterstca para cada mem brane edepende de sua eomposigio pidica. Acido geaxos sa turados se acondicionam beni em um conjunto paracristalinos entretanto, as dobras doe écidos granos insaturados(yeja Fig, 11-1) imterferem nesse acondicionamento e previnen a forma «ao de um estado paracristalino sido, Quanto maior & pro- porsa0 dos acidos pravos saturados, maior a temperatura de teansicdo da membrana. (© contedo esteol da membrans taribem é vm deteer- nate importante dessa temperatura Ge transiga0. A est plana e rigid da nicl esteraie, inserida entee a caleias late- ras dos acidos graxos, tem dos efeitos na flaidez. Aba temperacura de tansicao da membrana, a inserga0 do sterol previne o empacotarento orenado dhs cakas cos dds gra- dase portanto,aumen ta fluder da membrana. Acima de pomto de vansigdo térmica, o sistema rigido do anel do esterol reduz a Herdade de as cadeias vizinbas de éidos graxos se moviments rem pea otagdo em tormo das isngbes carbono-cacbono por tanto, redue« fluidee no centro da bicamada, Os esterois, por tanto, tendem a moderar os extremos de solcez e fluidee das membrana 4s ella regulam sus composicao de lipiios de Forma a aleangar wna fuides constante em varias condigoes de cresc- smento, Por exemplo, quando cultivadss em baixas tempera ros, s bacterias sintetizamy mais Acids graxos iasaurados & + poticos saturados de que quando cultivadas em alts cempera turas (Tabla 12-2) Come resultado desse ajustamento aco osigo lipiica, ax membranas cas haetéras cukivadas em ba xas ou alas temperaturas possuem mais ou menos © mesmo rau de fider 0 da Tabela 12-2 - Composigto de acidos graxos das cAlulas de E. coll tvadas em diferentes temperat rcentagem dos Acids graxos toals* We we we we isi cag) a 4 48 Patntco 1160) 1 ae Parntolaico (15:1) 2% Mm 8 ‘lee 81) eM 0 oP Fidiesiriisico 3 1 618 Riccio roxtwadomatuede! 2.9 2.01.6 0.38 Fone: Daccs de Marr AG & Inarchry I. (1862) Efect of trnpeatve on be fampoaton of fat achsin Evert et Bacto! BA, 1260, * A congesiia eet de ds gions deperde no aperes da temperatura ececireni, sey ber aH de tesenenta © da cOmpes«e0 Co Iie do ceca atu como a porcertager oll de 16:1 mais 18, dvd pla porcente- (pm alee Jétimas Wa 1 3eSo dcr food ees A, 305 Estado p (slide) 1) calor pradue a mayan veemica das cadcies laterals dealing (transi | s8ido + fluid) Estado fide o itso lateral no plang da biarmada I Difusto tranaverey através da bicamada |} tua hors cis (ao-catalsada 1 ~ segundos (catalsada pela wansversse| Figura 12.6 — A movimentacse dos lipidios da membrana. no ‘entacéo linda em ume biearede ine (@) 8 movimentagao tema ‘ex grupos de aclas grata no inter dabicamtla#(} 2 usa lateral de molécuias civdus em uma face da ticarrada. Ua Uris moecala Ge pkdo pode ciundi-se de uma enreidade 3 cutra ce ura cla da EE ater ceca de 1 segundo 37°C, Por causa da mowmentagaa ler ca, a bicamade & flude acima de uma cera temperatira de tansiso, ‘ssin que @ tomperalra dri, os los lrhemse peractsanos (@ Amoumentagio indicia ce lipo entre as duas faces 6a beara, oe cfusdo tit sierse)€ mo lent, ¢ enas que cetaseda por un IMansportador Ge ipaioexpectica, a ranwverave A dsbugan, 20 23 50,005 Iipieos entre as duas ronocamadas derora horas se no cota Sail, mas epenas segundos quand a transversase es presen 306 ‘Um segundo tipo de movimentagio lpia eavolse nao apenasa fiexio das cadeias de acilas graxas, mas também a mo ‘Yimentagae de uma moléculaintire de lipidio em relagaoa seus vieinhos (Fig, 12-6b). Uma molécula em uma monocamada, ou face, da bicamada de ipidio —a face externa da membrana ph mitica do eritrscito, por exemplo — pode difundir-se lateral- mente de modo tao ripido que ela circunscreve 0 eritrocito em segundos. Fssa rida difusao lateral no plano da biearada tor- na aleatria as posigies de moléculas individuais em apenas ale guns segundos. A combinagao da flexdo com a difusdo lateral da cadeia de acila produz urna bicamada de membrana com as pro pricdodes de um cristal liquido: um alto grau de regularidade em uma dimensdo (perpendicular bicamad) ¢ uma grande rmobilidade na outta (o plano da bicamada). ‘Uma terceira espécie de movimentagio lipidica, muito me~ nos provavel que a movimentagao conformacional ou de cifi~ sto lateral, €2 difusao teansmembrana, ou difusso transverss, de uma molécula ce uma face de bicamaca para a outra (Fig, 12-66). Basa movimentacio requer que um grupo eabesa polar (epossivelmente carregado) deixe seu ambienteaqueso ese mova par o interior hidrofbico da bieamada, un processo com um ‘ariagio de energia livte alamente positva. Apesar disso, esse ‘evento altamente encergénico é algumas vezes necessiti, por ‘exemplo, durante a sintese da membrana plasmatica bacteriana, quando 03 fosfolipidios produzidos na superficie interna da ‘membrana precisam softer uma difusio transversa para entrar na face externa da bicamada, Difusio transmembrana semelhante precisa também ocorrer nas células eucaroticas, a medida que (0s lipidios de membrana sintetizados em um compartimento se rmovimentam para outras organelss, Uma familia de proteinas (Qransversase failta 2 difsao transversa, fornecendo uma via transmemrana que é energeticamente mais favordvel que a i= fasio ndo-catalisada As proteinas de membrana difundem-se lateralmente na bicamada Muitas proteins de memisrana comportam-se come se estives sem flatuando em um mar de lipidios. Da mesma forma que 03 Lipidios de membrana, essas proteinas sa livres para se difunci rem lateralmente no plano da bicamada e estdo em constante movimentago, como mostrade pelo experimento esquemati- ‘ado na Figura 12-7, Algumas proeinas de membrana se asso iam para formar grandes agregados (“patches”) na superficie de uma célula ou organela, onde as moléculas protéicas indivi- uals ndo se moyvem relativamente as outras; por exemplo, os receptores da acetilcoline (veja Fig. 12-39) formam densos agre~ ‘gados nas membranas plasmaticas do neurOnio, nas sinapses. ‘Outras proteinas de membrana sdo ancoradas is estruturas in- ‘ernas que previnem sua livre difusdo. Na membrana do eritr6- cito, tanto a glicoforina quanto a proteina tracadora de cloreto- bicarbonato (pig. 220) s20 amarradas a uma proteina flamen- rosa do citoesqueleto, a espectrina (Fig. 12-8) Algumas proteinas de membrana atravessam a bicamada de lipidios Moléculas de proteinas individuais ou complexos multiprotei «os das membranes biologicas poder ser visualizados pela mi- ‘roscopis eleténica da criofratura (Adendo 12). Algumas pro- teinas aparecem apenas em uma face da membrana; otras que atravessam a espessura total da hicamada se projetam nas su= perficies da membrana, tanto interna quanto externa, Emre es- tas iltimas esido as proteinas gue conduzem solutes ow sinais através da membrana. Cilla de ‘camandlongo Foc Dis late Aas preci ‘membrane Figura 12-7 ~ Demonstracao da ditusso lateral das proveinat de membrana. A iusto de umo célua de om.ncenge cam ua cls hurnana fesule na dst-buigao leat das procenes de rerbianas ds duas calulasDepos da Tusao, a lecal2agao de cada tipe de peta ra de merorana¢ determinada cotendse ceuls com enliorecs ee pacieesnmcicos. antcorgcs antcamuncorgo @ antsrumra 9 €& peaticamente marcades cam moleculas que forescem cor cores le Fetes. Oaserados & micasconia luoreicente, os antcorzcs clos Sho vias misturatas na superficie a celda heres, mntos pos 3 ust inieande a pid ctusdo lateral das proteinase membrana nd bbeemace lini Proteins tracadora de eoreto biaebonato Exerior Membrane plsmétia Anguivina Especirina [Compleza juncional (actina) Figura 12:8 Movimentagio restrite do trocader toreto-bicetbe- ato do erirécto. & protee stravessa a memérana © Iga fre ‘mane a protea do cioesqueleta — a espectira — por ide 99 uma ute proteins — a anquirira —, limtando a moblidade lateral do falar A arqulina & anco‘ada fa membrana pels igacan covaane ‘adi latral do palmtol (ej Fig, 12-13). spectra, uma protcina fs Imenioss longa, faz lgecbes crusades ro comple juncirel contend arina Uma rece to igacoes euzacas de macula Ge expects, igada 8 face ctoplasmstica da memerana plesmsica,exabiiea a membrana ‘quanto a detornaceo, Adendo 12-1 Observando as membranas A microscopia cleteBnica, eombinada com técnicas dde prepatoe coloragao de tecdos tem sido essencial para estudes da estrutura da membrana. Quando corte finos do tecido sao colorides com tetroxido 4de demi, © qual acenrua dliferencat na densidade eletronica, microscopia eletronica de transmissao mostra a estrucuratelamtinar (veia Pig. 12-1), Ese hive de resolugao, entretanto, nao revela proteinas individuais da membrana. Quando uma amostra de tecido é congelada rapidamente (para evitar a dis torsao que resulta da formaco de cristais de gelo dentro das células} e depois cortada com uma na valha fina, linhas de frauara feqdentemente corter a longo da superficie «ia membrana on aurayés de seu centro, dividind a bicarnada em duas monoca- madas (Fig. 1). As supetficis expostas por ess te nica de eriofratura podem ser cobertas com uma fina camada de carbone (evaporada de um eletro do de carvao sob véeo), A microscopia eetromica de varredura, resultant ca replica da carbon, 10s: tra detalles em baiso-relevo da superficie da men Jprana ca face interna de uma monocamala exposte Figura 1 ~Dwisio de uma bicamade ca membrane pela thenca de crifratura pela dvis da bicarmada (Fig. 2). Una variedade de particulas com as dimensdes de molgculs de pote’ ina tnicas ou complenos protticos que se projetam de um fundo mondtono (a bicamada de pie). Em Imuitas membranas, as partculae sto posicionads alestoriamente, mas, em regioes especalzaas tas «como a membrana pérsinptic, elas etio agrega dase orientadas, Na bainha de mickina as partilas ‘esto distributdes esparsamente, Nas membranas 1 «as em complexos enzimaticos — as membranas tt lacoides dos clocoplastos, por exempla —, a super fice esta peaticamente cheia de particu. Figura 2 Uma membrane de ertrocto & congelada fem agua, entathada (eta sublaczo de aQva}, ua teplca de cerbono ¢ observaia ao microscopic eer fico, A repica mostra prtelnas integrase do memba. na como protuberdncias de varios tamanhas formas, fe s19 mass Facimente sts ern grande arian insert) L ‘A localizagio das proteinas de membrana tambem pode ser investgada com reagentes que reagem com as cadelas laterais, des proteinas, mas ndo conseguem atravessaras membranas (Fig. 12.9), O eritrécito humano ¢ conveniente para tas estudos pelo fato de néo ter organelas envoltas por membranas; a membrans plasmatica ¢ @ Unica membrana presente. Se uma proteina de ‘membrana em um eritrécito intato reage com um reagente im- permeavel a membrana ((EA na Fig, 12-9), ele deve ter pelo me- ‘nos um dominio exposto na face externa (extracelular) da mem brana, Proteases, como a tripsina, sao incapazes de atravessar as rmembranas ¢ comumente so usades para explorar 2 topologia das proteinas ce membrana, a disposigeo dos dominios protsi os relativos a bicamada de lipidios. A tripsina cliva os dominios setacalulares, mas nao afeta os dominios escondidos dentro da bicamada ou expasto: apenas na superficie interna. Experimentos como os descritos na Figura 12-9 mosttam quea molécula da glicoforina atravessa a membrana do eritr Cite Seu dominio arsinoterminal (contendo o carboitrato) esta a superficie externa e pode ser clivado pola tripsina. © carbo- terminal projeta-se para dentro da célula. Tanto o dominio aminoterminal como 0 carboxiterminal coniém muitos rest- duos de aminoacidos polares ou carregados e, portanto, 10 ‘muito hidrofilicos. Enteetanto, umn longo segmento no centro da proteins contém principalmente residuas de aminoicidos hhidrofobicos, Esses achados sugerem que a glicoforina possua lum segmento transmembrana arranjado, como mostrado na Figura 12-10. ‘Um fato adicional pode ser deduzido a partir des resultados ddos experimentos com a glicoforina: sus disposigao na memn- brana é assimetrica, Estudos semelhantes de cutras proteinas da ‘membrana mostram que cada uma possul uma orientagae es- pecifica na bicamada e que as proteinas se reorientam pels di- fusao transversa muito leatamente, Além disso, 2s glicoprote- nas da membrana plasmatica sao invariavelmente situadas, ‘com seus restduos de agticas, na superficie externa da célula. Como veremos, 0 arranjo assimétrico das proteinas de mem- bbrana resulta em uma assimetria funcional, Todas as molecu- Jas de uma dads bomba idnica, por exemplo, possuem a mes- ‘ma orientagao na membrana e, portanto, bombeiam na mesma dlicesao, 308 Membrana co edn | comers rs proenas BA permesvel) Hi... > ba, HOCILCH SO: (impermedvel HOCH.CH, i TEX mares apenas os dominios cracls das proteinae rene ee EA temovides smernbraa nolan Aisssvidae em SDS Droteinasseparadas por ‘eoforsc cm gle pallicamica Ss Figura 12-9 ~ Experimentos para determinar os arranios trans- | membrana das proteinas de membrana. (a) 12%t0 9 ellcetimidato | Aguero o soetonlacetimisto (A) eagem com grupos amine Inroe nas proteinas, embara azen 0 derivado el A) se funda le mento através de membrars, tb) A comparacio dos podrées de marca 20, depos do tratarnente: dos eiéites com os dos reagents, revels Pee EA Se Lma cera provera esta exposia apenas na superficie externa cu apenas ra superice interna. Uma protein (P) marcada por ambos 0s | — = reapentes, embora mais frtemente pelo reagente pemedve £4), este Proteinas radcativas ‘exposta em 2b0s 0s eds 2, portant, atvavessa a membrana. Protet- i ame | cetectadas pols exposzto fas (Ps) ndo-morcadas pels teagente impermedve! IEA) esto expostas to ime de ios X com 0 penis ra superie interna vy) meme |B Eto aig oF} Aminoterminal Figura 12-10 - Dispesigdo transbicamada da glicoforina no eri {recto Urn domi hsrottica, coniendo tots 0s esos ce a a eald na suporicie eterna, e um outro domino hidotiico se Froeta da superfce interne da merrrana. © hexagona veirneho fapiesenta um evaracandeo (comendo cok Neuste — ae sa fico —, Gal Gata) Ovigadosa um residvo de Ser ou Th, 0 hex ‘gona dat cepieserta uma cata clgessacridica htt gada eu duo de fer, Um sogriento de 19 roses herctBb cos (resus Interior de 75 693) forma urna ahelce que avavessa a ticarac da mem bana frja ig 12-176) © sagmenca do rescua Ba ao 74 pos ‘alguns residues hérotsoicos« prowavelmerta penetra na superficie fern a coma ip, Carooxiterminal As proteina periféricas de membrana facilmente solubilizadas ‘As proteinas de Inembrana podem ser divididas em dois grupos ‘operacionais (Fig, 12-11), Proteinas integrais (intrinsecas) sto muito firmementeassocindas com a membrana, removiveis ape nas comagentes que interferem nas interagdes hidrotobicas,como detergentes, solventes orginicos ou desnaturantes, Proteinas pe rifericas (extrinsecas)eseociam-se com as membranas por meio de nzerecoeseletrostaticase pontes de hidrogenio com os domi nos hidroflicos das proteinas integrais e com os grupos cabega polares dos lipidios de membrana. Flas podem ser iberadas por tratamencos relativamente brandos, os quals interfere com ay interagdes eletrostticas eu quebram pontes de hidrogénio. AS proteinas perféricas podem funcionar como reguladoras de en- zis igadasa memirans ou limitara mobilidede de proteinas iegrais amarrando-as a esteuturas intracelulares, peviftica Protena Tiga 3 pide ‘9 Proteine licens Protcna integral domini bidrovabio coberto com detergente) Figura 12-11 -Proteinas perifércas eintagrals. As proeinas de mem- tram podem sar operecionalente cisingutas clas concioes reque fies ora ibera os da membrana. A maioa das protaras perlrics pore ser lzerada por cteracbes no pH ou na force dnica, remogao do Ea por um agente quniante, cu acaa de ee Du carbonate, AS BIS tenes periferieas que se lgary covalantement a um Ipiiio Ge membre. tu, como gcesifosteiinostot ea fig. 12-13), podem ser Hberados pe tratements com a fastlpasa Proven integra podem ser ex trate com detergentes, 05 quas rorpem es interages hidrotebas com Sbeamada plies = formam ayegados serelhcntos e miles 20 recor fas moluas da proteina individu Asanexinas, porexemplo, sio uma familia de proteinas peri fericas da membrana que x liga reversivelmente a fosfolipicios fcidos de membrana, como aqueles que enriquecem a superficie dda membrana plasmatica citesolica (interna) e a face citosolica (cxteme) das organelas, Os fons Ca", que interagem simultanes ‘mente com os grupos negativamente carrepados ds anexina ecom as carges negativas dos grupos cabeca de um fosfolipidio, sto cssencias a interagdo anexine-membrana (Fig. 12-12). Papéis 309 Figura 12-12. Estrutura proposta da anexina V associada com gru- pos cabeca polares de uma membrana Nesta imagen, 0 ssaueleto protéce da angers V tenuate estas @stalaico] sk aloe Nes de ume rede tarsparente da superiia da contorne, A membrana Iredelada aqui esta comcosta interamente de fosocolne, com a Porcao «colina maatrads er a2Ul, os grupas festato em vermelno @ as cues, ‘cido-granes rv emarelo, As pontes dos ions Car estdo em pUrpu Intetages setrostatearsegurarn a arexna fa membrare, paras virlasanexinas tem sido sugeids na agregago. na fusio de membranas e nas interagGes encre membranas eelementosdo citoesquekto arias outras proteinas que agem na interface mem Iweana-solugio aquosa(protenas da eoagulagzo do sangue, por ‘exemplo) também sofiem wma ligagdo reversivel ¢ dependente dle Ca talvee por um mecanisme semelhante, Lipidios covalentemente ligados se ancoram em algumas proteinas periféricas de membrana Algomas proteinas de memirana contém um ou mais lipides de vitiostipos ligados covalemtemente cidos graxos de cade longa, isoprensies, derivados glicsilades dos fsftiiinos- téis, GP (Fig, 12-13). Os lipicios ligadas fornecem uma ancora hidrofobica, a qual se insere dentro da bicarnada de lipidios "muantén a proteins na superficie da membrana. forga de inte ragao bideica entre a bicamada e uma dnica cadia hiro catbonada igada a uma proteina é apenas suficiente para anco: rar a proteina seguramente, Outras interagbes, como airacoes ionicas entre as cargas pestvas de residuos carrgados de Lys ba protein e cargas nogativas de grupos cabesa delpidios, pro ‘anelmente estabiizam a ligacao. A asociagao Gessas proteinas Uigadas a lipidios com a membrana ¢ certamente mais fea do aque equela pare as protenas integrals €e membrana, sem pelo menos alguns casos, €reversvel ‘Alem de ancorar uma proteina na membrana 0 lipiio de liga¢4o pode term papel mais espacio, Na membrana plasm tea, preinas com Ancora GPI esto exeusivamente na face ex tera (extracellar)enquanto outros ipos de proteins lgadas a lipidios (Fig. 12-13) sio enconttados exclusvamente na face in terna (citoslica), Nas élulesepitelats proteinas de membrenas 310 Grupo palmioil em ur rs interna fou Ser) tum amineterminal Gly Se cho-c 1 fenell (ou grupo seranigera) em um athaxiterminal Cpe ° if o oh Zo-cH: chy Interior Eeerion | 0=0 —0-[inestal}-0 CENA 1 oa oe [Maa] 9 Aas 0=?—0—cH.—cH,—NH-t i i ° ° ‘Ancora GP! em tum carbostermil Figura 12-13 - Proteinas de membrana ligadas a Hpidies. ipdioscavalentemert Kgados a proteinas do membranas ancora [rotehas @bicemade ipidica. Lm grupo ealmitol 6 mostrada igaco, por uma igagia teétey, > urn reslovo de cotena um grupo. Nmrstol ¢ geralmente Igedo um grupo emnnotermeal Gly. arupes farnesle gerrlgerari lgados o esldins cathonet nil ys sao soorenbdes de 18 ¢ 20 tomas de carbona, tespectamonta Estas Ves MOMageN: Ipiao-protsina s30 encont/3435 2per35 na superficie interna co membrana plastica. Ancores qicositosfatiiinesitel (GP 380 devivadas co fosfatidlicstol ro ‘ual 0 osito| gossu' um olgossacarido curto covalenerrenteligado a un residuo catosiernina Ge uma prota por melo ea {oslostanolamina Proteras Igadas a GH esiao sempre na superice exracsiular de membrana pesmatica ligadas.a GPI sto muito mais comuns na superficie apical (super~ ficievoltada para o ambiente externo ou para a cavidade intetior) <éo que na superficie basal (a camada epitelial inferior adjacente) Aligagio de um lipidio especifco a uma proteina de membrana pode fer, portanto, uma fungio de direcionamento, dirigindo a proteina cecém-sintetizads a sua corzetalocalizagdo na membra. nna. A associagao de proteinas ligadas a lipidios com a membrana pode ser mediada por receptores especificos de membrana, Proteinas integrais so mantidas na membrana or interagdes hidrofébicas com lipidios ‘A firme igago das proteinasintegrais s membranas€ 0 resulta- do de interegdes hidrofsbicas entre os lipidios da membrana e os omnis hidrofsbicos das protenas, Algumas proteinas possu- emuma seqhénca hidrofbica nica no meio da proteina (a git coforina, por exemplo) ou nes amino ou carbexterminais Ose tras possuem seqénciashidrofSbicas miilas, cada um sul cientemente longa para atravessar a bicarada Hipklica (Fig. 12- 11) quando nz conformasio a-helicoida. AS mesmastécnicas «que nos permitiram determinar as estraturas trdimensionais de muta proteinassoliveis podem, em princpi, ser apicodas is proteinas de membrana. Enretanto, as enicas gerlmente itis para crstalizar as proteinas de membrane foram apenas rcente- mente desenvolvidas, erlativamente poucas esrururs de pro- teinas de memisrana foram resolvias cristalogrticamente. Uma das proteins que atravessam a membrana mais bem cstudadas, a bacteriontodopsina, possui see sequncias inter nas muito hidrofibicase aavessa a bicamada sete ves. bac _ Tye! ’ COO" as Tipe tht ae hha nev Figura 12-14 - Proteinas de membrana integrals. Pa 2 proteinas as membranas plasméteas conhocdes, 2s relagbes espacils des dom 10s proiéicos ne bearada Ipiic pertencem o seis categores. Os toas | E 1possiim apenas una hie ansnemtrana, © darinioarinoiet)= fal ests foro da clula nas proterae do ipo le dertvo nas 30 po HAS proteFus do ipo Il pessuer mihiples hes tansirembrana em um {reo palpeptiseo. Nas protenas 60 tipo v, cx dominos wansrmambr>- ra de vais pelpeptideasdilerentes se montam para format um canal atraés da mernorana As protenes do io V sao segutes 4 beara pric paimante pelos Ipidgs covaerternonteIgacos Keja Fig. 12-13}, { potenes dogo Vi possuem tanto helices ansmerrana como ar eras (GHD peas. Nesta igura, 2 am ouiras 30 longo Geste Iw, raprasentaros 0: sea menioeprotdicastranamembrana em suas con‘armagbes mas prevéves Camo hes de seb ou seca vats. Algumas wezes, esas Ices Ser30 meotradss smplesmante come ADP 4 Paty (2) Hideatise da fostoensima: PeEny + Hak) —o Bry + Py A resgio final para estas duas etapas é ATP + LO PADD +P, (0 tramportador lige 8 Ne {db interior deal A fosiorbgio Favorece P-Eaz, 0 transportador Tien teria da edu, >» @ A defo favorece Baz, © transportedor libra 2K para inetios. Interior steric Figure 12-34 - Mecanismo postulado pare o transporte de Na’ eK pola ATPase Ma’" (1) O processo ricianse com 2 iqagao ce ies Na" a shi de ate alridade na suburidade maior da protere ransoortadora, na superice interna toxic da memerana Essa masa pare dS bundide mner também pons o sto de igacia do ATP. A fesfoiexas ‘0 vansportacor alter sua conformacs0 @) 2 drnnul sua afrdade por tua, levendo & @)lberacao do Na" a supericle ater lexracela @OK- rec lado de fora lige-se ago a sites de alta af nidade ne norco ‘enracelular da subunidade maior (5) a erzima € destosorlacs, reuse. {do sus atridade para 0K"; © © ok’ 6 descarregado no lado interno cs ‘elds. A protena de transporte e314 agora pronta para um outa clo de bombeaments de Ma" e E elo fato ce tras fons Na" se moverem pars fora para cada Ais ions de K" que se movern para dentro, o process € eletroge nico—ele cria uma separacao de cargas através da membrana, O resultado & um potencial trinemembrana de -50 rior negativoet relagao ao exterior), que écaracterfstica da mgion ria das celulasanimais e essencial para a condugio dos potenciais deagio nos neurdniins. O papel central da ATPase Na'K*€rellet «do na energia investida nessa nica reagdo: cerea de 25% da enet- aie total consumida no metabolism de urn homem em repouso.. mV (ime 326 Adendo 12-3 Exterir Um canal iénico defeituoso causa a fibrose cistica A ibrose cistica (FC) & un ‘mana telativamente co dos americanos brancos sio portadores, possuindo tuma eépia do gene defeituoso ¢ outa normal: Ape ras ind:vidues com duas c6pias do gene defetuoso apresentam 95 sintomas graves da doensa: obsrucio dos trstos gastrointestinal e respiratorio, commen Aloeoga hereditiria hu pam e seria. Cerca de ve levande 3 iniecsgo bacteriana das vias aereas © morte em consequencia de insuficiencia respirator, antes da idade de 30 anos. Na FC, a fe carmada de rmuco que tormalmente reveste as superficie intr nas dos pulmes € anormalmenteespessa,ostruindo fluo de ar e fornecerdo um ancouradouto para a ‘explo das bactrias patogénicas,particularmente o Staphyocoecas aureus ea Psculomonas acruginos ‘© gene deteituoso nos pacientes com FC for des coberro.em 1989, Ele cosifica uma proteina demem bbrana chamada de reguladar da condurancia trans menibrana da fibeose cistica, ou CURE. analise da hideopatia prediz. que a CTRF possui 12 helices (ransmembrana e € estruturalmente relacionada com os transportaderes multidrogas dos tumores resistentes a drogas (Fig. 1). A proteina CTRF nor mal provou ser um canal jdnico especfico para @ CL. Aatividsde do canal de Cl aumenta grande mente quando grupos fosforila sao transferides do ATP para virias cacieiaslaterais da protein, cata @ ye Figura 1 ~ Topologi do reguledor da cond.tance tiensmembrane da flarase cca, CFTR. Ha 12 neles tensmiembrana « Les domeios fureonamente signcantes 2 lendtos a par da suportice ctosolca: NBE,e NBF, x80 dobras de bgacdo de n.ceow tos aos qua 0 ATP se iga, eum daring reguadar domino R) @c 0 de fost la (io pela protena qumase cependene do cal As cadnas ogo ideas s40 igacse 8 vans residuos na superlice externa no seqmenta entrees heices 7 8. A mulocdo {que ocorre mais comumente levando a FC ea dlecao de Pero domi NA, 2, trata da CFTR @ muta semelnance 2 dos Cansportaccres mulidiagas dos umes, descates no tena, ‘sides pela proteina quinase dependente de cAMP (Capitulo 13). A-mutagao responsivel pela FC em 70% dos casos resulta a delegao de um resid de Phe na porigao 508, que leva a proteina mutantea do se entolar nem sc inser eorretamente na mem bana plasmatica, Outras mutaydes produzera uit proteina que & inserida apeopriadamente, mas nfo consegue ser ativada pela fosforlagio. Em cada cio, 6 problema fundamental ¢ um canal de Cl no fun- cional nas clulssepiteliais que revester os vis res (Fig. 2), 0 trate digest eas glandulas exger= nas (pancreas, sudoriferas, cto hires evasn de- ferent). Normalmente, as ceulasepitelias que revesem 4 superficie interna dos pulmdes seccetam uma sbstincia que prende e mata as bacteria, ¢ 0s ce los da cdlulas epiteliais constancemente arrasamn P hipdtese, a atividade bactericida requer uma con- ceantragao de NaCl relativamente baixa, Nos porta: ores de FC, @ defeito da CFTR no canal de CE ra fora. os restos resultantes, De acon comm ua resulta em um fluido ce superficie contendo uma alla voncent faCl.€ esse Mido & muito ‘menos efetivo em mataras bactérias.[nfecges fie ‘lentes por bacterias, como 0 S, aureus ¢a Baer inosa, progressivamente lesom os pulmées ¢ re duzem a eficiéncia respirator, io de Figura 2=0 mucoque revestea superiie dos gumoes aprsiona bactéras. Mos pulmoet saudives, estas bac tas si martase arestadas para fora pee aio dos ch fos Na FC, a alvicade ractencess 0 preucsea0a,ruk tanéo er faeces raconenteselesde progressha dot pulmies 0 derivatio esterdide ouabaina (do somali, waa bape. que si nifica*fiecha envenenada”) € um potente e especticoinibidor da ATPase Na°k', A ousbaina e outio derivativo estrdide, digito sigenina, sioos ingredients ativos da dgitalina, um extrato des folhas da planta dedalcra, A digitalina tem sido usada na medi- cina humana para tratar a insuficiéncia cerdice congestive, A inibigia do eftuxo de Na’ pela digitalina leva a uma concentrs- ‘0 maior de Na’ nas células, ativando o contratransporte Ne'~ Ge no misculo cardiaco, O influxo sumentado do Ca" por ineio esse contratcansporte produ elevagao de Cx cinsslico, aque aurnentaa cantraga0 do misculo cardico, ©. ‘s, ‘6—9 when a ne ie LAN Ho ty | oe on uabaina Bombas de Ca? direcionadas por ATP mantém bbalxa concentracdo de calcio no citosol [Aconcentrasio citosélica de Ca livre ¢ geralmente de cerca de \00aM, bem absino éa do meio circundaate, seja agua de lago 4 plasma sangoineo. A ubfqua ceorténcia de fosfatos inorgi- nies (7, PP) ers concent1agoes milimolares no citexol neces- sta de uma baixa concentragao citoséilica, porque o fon fosfo secombina com 0 cakeo para formas fosfato de cco, reltiva~ iment insolivel. Os fons calcio sio bombeados para fora do ropidamente. ‘©utros canais de K° so semethantes em sequénciae, presi~ mivelmente, em estrutura e mecanismo ao canal de K’ do S. f= vidans, Por exemplo, o produto do gene Shaker, que € um canal de K* em drosofila eos canais de K* da nematodeo Caenorhah- dis elegans, o protazosri ciliado Paramecium e a planta Arabic dopsis thaliana, todos possuem seqéncias muito semelhantes fquela da regio do poro do canal de K* de. Fvidans. Além disso, as seqgéncias de aminoscids cos canais eK” e Nat sur sgerem que eles também compartidham alguma semelhanga es- ‘utural funcioanl cor o canal de K* baeteriano. A deter ‘a0 dessa estrutura do canal foi, portanto, umm mareo na biogui miea do canal Exterior Interior (eitoso)) Figura 12: Filo “ Estrutura do canal de k’ do Streptomyces iividans. (a) Visto 90 plano 2 membrana © canal conte de ote hdlices transmen: Brana loves de cada quatio suounidaces éntcas),formando um cone com sua exterdade larga na diecdo do esbexo extteveluer As lies internas do cone (colondas rihantes evesten o cana) tiansmiembrana, &as helices externas inlagem com a camsca ipdiea Seqmentos cates de cata subunidade canvergers na ecreridade aberta 60 cone para Tazer um tro do slctidade.(b) Esta vista € perpencicusr ao nore aa membrana ¢ mostra 2: quatio subundades arronjadas em volta de um canal centalsulicentemente largo para passer ut C0 f0N KOS ‘ovat carbonla re esquelete peptidica se rojetan pata dentia do canal rteragrida com uns ion K" ue 93 abitzando-0. Ese: boone ‘sia pertetamente posiionados para nteragt com o K", mas nio com os iors Na", menores, £330 nteragsa preference como KE bese pra a seletivdade do canal gnico (6 Seccio transyersa mosirardo o anal relativamente latgo€ preenchido com agua a ldo Stenson (ports 2209) [Nesta regido. un ior (vere! eselizaa peta hicratagaae pelaecargas negativas cas extcmndades carboxterminas de helces Cortes que proytam das quatro subunidades. 0 caral se esteita ro fro de Seetvidade, no quala Saua de hidatacdo ¢ tied Go Ke subsitutla 98s ‘saenios carbonlas co fira de seletwidade receptor de acetilcolina é um canal iénico dependente de um ligante Um ouro canal iénico muito ber estudado é 0 receptor nicot nico da acetilealina, que € essencial na passagem de um sinal clétrico de um neurdni motor até uma fibra muscular na jun oneuromuscular (sinalizandoae museulo para contra), (Re- Exptores nicotinicos foram originalmente distinguides das re ‘eptores muscarinicos pela sersibiliade do primeito 8 nicoti- nna, e do ultimo ao akcaldide do cogumela a muscaring.) A acetfcolina liberada pelo neurdnio motor difunde-se uns pou 0s mierémetros até a membeana plasmatica de um migeito, na ual se liga a0 receptor de acetilcolina. Isso forga a uma altera- G0 no receptor, induzindo o canal intrinseco do receptor a se abrir. A movimentagao resultante de cargas positivas pore den tro da célula despolariza a membrana plasmatica do migcito, auc Fe O—cly—cH.H—cH, cay Acctlelinn desencadeande a contragio, O receptor da acetileolina permite que Na’, Ca" © K” passem com igual facilidade, mas outros ch tions e todos os anions sio incapazes de passa, ‘A movimentagao de Na” através de um canal idnico recep tor da acetilcolina ¢ insaturavel (sua velocidade ¢ proporcional concentragao extracelular do Na’) e muito rapida — cerca de 2 x 10" fons Na* por segundo em condigoes fisiologicas, Esse canal reweptor €tipieo de muitos outros canais idnicos ‘que produzem ou cespondem a sinais elétricos: ele possui uma “entrada” que se abre em resposia & estimulagao pela acetleli- nae um mecanismo de tempo intrinseco que fecha a entrada depois de um segundo, Assim, o sinal acetlcolina € transtévio — ma caracteristica essencial para a condugio do sinalelétri- co. As alteragdes estruturais subjacentes& abertura no rexeptor da aceileolina sd0 conhecidas, mas 9 mecanismo de “dessensi- bilizagio"—de fechamento da entrada mesmo na presenga con tinuada da acetleolina — nao ¢ bem conhecido, © receptor nicotinico da aeetilcolina (estruturale funcional mente dstinto dos eceptores muscarinicos da acetilcolina) ¢com. posto de cinco subunidades: cbpiastinicas das subunidades 8, €3,€duas subuniades « idénticas, cada uma com um sitio de ligacdo& acsticlin, Todas as cinco subuniades so racions das ern seqinciae na estrutura tects, cada uma possuindo quai segmentos helicoidastransmerbrana (M1 2 Ma) (Fig, 12-88), Ax cinco subunidadesenvevem i poro cetel, que € reve com sas helices M2, O porate cerea e204 delargo- ranas pros docinal ques projetam nas superficie closes ectracelulaes, masse eseca a medida que atavess a bicamada Tipidica Préxime do centro da bicamada est um ancl volumoso hidrofidbico das cadeias laterais de Leu das hélices M2, posiciona- ‘Subunidade a {Beye e 530 bomnkogos) a ‘Voluodes cadens “Ligapto de is Jateris hidrofSbicas molecu de actlolina de Lew das helices M2 nize 9 (0%gb0 fecha o canal. as helices MO Fecha 331 das to juntas que previnem a passagem de ions através do canal. Alteragdes conformacionais alostericas induzidas pela ligagao da acetlcolina as duas subunidades a incluem uma leve torgo das hndlices M2 (Fig. 12-39), que pura essas cadeias lteras hid bieas do centro do canal e o abe 8 passager das fons. ‘Com base nas semelhangas entre as seqincias de arminosi- cidos de outros canais nicos dependentes de ligantes €0 recep tor da acetilcolina, os canais receptores que respondem a sinais extracelulares do acido y-aminobutirico (GABA), glicina e sero ‘A sume dobracse ex ava ‘ocheices transmembries Sitio de igo dls action ‘As bic anfiptias M2 ‘decundam 0 canal ‘Com 06 sitios. . copa eke fm er es oles | ‘Brno vende 9 ca Figura 1249 - Estrutura do canal iénico do receptor da acetilcolina (a) Cada uma dos cinco suburidaces ff) possu quatro helices ters Irambrana, M7 2 Mb Ashelces Riz eo antpatiar, sk autre pbiLerr princalinente fesiduns hckatobeccs 8s creo subuniades esi ate jadas fem volta de urn cana vansmerbyana central, Ue € ravestido com os lacos poles das helices M2. No topo @ no funda do canal estao anes de felduos de arnodclios calegaces regal emente, Proxima da meia da Bcerade, cinco cadets laterals de Leu fare pata cad Felice M2) se ‘roptam pars certvo do car, consiengndo-c a um dame t30 pequana, Inciicerto para permit a pastagem de rs como ca", Na" eK” (B) Esta visto do topo de uma sccto transveal que pasa peo centre das hélces M2 mostra ¢ logue @ do canal peas cadeas late ais volumoses de Lau ‘Glande ambos x sta do receptor da aceiealina wm da cata lado ca sub dade S20 oeUDaccs, orcr ea elierxao contarnacina. A medda ‘ue as néices M2 ve contorcem Iverente, 0: cinco resduos de Leu dam pata fora do canal e 539 subst per residuos polares merores Esse Inecerisro de entrada abe c canal, perrntirda passagem de Ca’, Nat ou K" 332 vonina sao clasificados em ume superfarnilia de receptores da acetlcolinae proyavelmente compartilkam aestratara tridimen sio nos de aberturs. Os receptores do GABA da glicina sao canais aninicos especticos para Cl- ou HCO}, ‘enguanto 0 receptor da serotonina é cition-espectfio, As sub ridades de cada um desses canais, da mesma fornia que das re- ceptores de acctlcolina, possuem quatro segments helicoidais, transmembrana ¢ formam canais oligoméricos. Uma segunda classe de eanaisiénicas dependentes de ligan- tes responce a ligantes iniracelulares: guanosina monoviucleoti- ica celica ¥, 5" (CGMP) no olho de ertebrados, cGMP ¢ cAMP. hos neurOnios olfativos e ATP ¢ inositol |44,5-trifosfato (LP) ‘em muitos tipos celulares, Esses canais 8 compostos de subu nidades maltiplas, cada uma com seis dominios helicoidais trans membrana. Discutiremos esses canais no context de suas fun ies sinalizadozas no Capitulo 13 © canal neuronal de Na’ & um canal iénico dependente de voltagem (Os canais de Na nas membranas plasmiticas dos neurdnios ¢ dos miécites do miisculo cardiaco ¢esquelética scasoriar gra 10” fons por segundo}. Noc imalmente, na conformagao fechada, os csnais de Na” sao ativa dhs (abertos) pela reiuga0 no potencialelécicotransinembra na. Els entio, soften: uma inativagao muito rapids, Dentro de millsegundos de abertura, os cansis se fecham permanecem inativs por muitos milissegundos. A ativagaa seguia pea ina tivagdo dos canais de Ne" &a base da sinlizagdo por neuréinios (Capital 13) © componente essencil dos canais de Na" um Gnicoegran- «le polipeptdeo (1.840 residuos de aminodcides)organizado em «quatro dominios (Fig, 12-40) agrupados ao redor de um cenal centr fornecencio uma via para o Na' através de membrana. Aqua vi €tornada Na" espectia por wma “egiso do pora”

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