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EDUCKGAO E FORKIACAO DE ADULTOS ‘Aool9 Ferner € & Comvnidede ~ 62 AGO W2.2t0H04 LAVARDARIA E TRATAPLEN cou BF: DUCAGAC E FORRAGAG DE ADULTOS ‘pole Femiler# & Gomanidece ~ 82 ACGAO N*2.z008 pigvilaela Wend e avcpena irboednies Lavar roupas tem sido uma actividade doméstica hé anos. Seja quando a tecnologia era bater as roupas em pedras na beira do rio ou agora, em que a tecnologia ¢ apertar botdes em maquinas de lavar_roupas programAveis, todo 0 processo depende de agua e de uma acco mecdnica normalmente auxiliada por sabéo ou uma base alcalina. ‘A fungio da base alcalina & saponificar os éleos e expulsar poeira comum e outras substincias. Muito frequentemente, 0 agente saponério mantém a sujidade em suspensio enquanto ele fica solto durante 0 ciclo da lavagem e é retirado pelo fluxo de agua durante 0 ciclo de lavagem e a centrifugas © processo de secagem, quando se lava roupas em casa, consiste em pendurar as roupas num estendal ou amontoé-las numa secadora a gés ou eléetrica. A Historia do Sabio Apesar do sabfo nfo ser um produto encontrado esponténcamente na Natureza, 0 seu proceso de fabrico é muito antigo e muito simples, sendo, neste sentido, um produto semelhante ao po, vvinho, queijo ou vidro. Maria Carlos Reis (© sabio no € um produto encontrado na Natureza, mas pode ser fabricado através de um proceso muito simples, Neste sentido, é um produto muito semelhante ao pio, ao vinho, a0 queijo, ao vidro, & cerdmica ¢ a outros produtos cujo aparecimento perde-se nos tempos, mas «que devem ter a sua origem em fenémenos puramente acidentais a © gr = = simone anc BE PS eoOu SF EDUCACAG E FORKACAO DE ADULTOS. ‘Apolo Farmlicr « & Comunidade ~ 82 ACGRO NY 221001 A produgao de sabiio é uma das mais antigas actividades conhecidas, jé descrita pelo historiador romano Plinio, a Velho (23-79 d.C.), Mas a histéria comega muito antes. Embora no existam factos documentados e esta primeira parte da hist6ria possa parecer pura especulagdo, tudo indica que o sabaio tenha sido descoberto ainda em tempos pré-histéricos. E rovavel que os primeiros povos que cozinhavam a sua carne no fogo tenham notado, depois de chavas fortes, 0 * aparecimento de uma espuma a volta dos residuos do fogo. ‘<*. Também devem ter notado que a agua, quando colocada em recipientes ja usados para cozinhar carne, e por isso com einzas un decorria ao ar 7 " (o que seria comum, uma vez que a confecgo dos alimentos livre), transformava-se no mesmo tipo de substincia espumante. As mulheres, que se dedicavam provavelmente a estes trabalhos, talvez. tivessem também reparado que os recipientes ficavam mais limpos ou pelo menos que es suas mos ficavam mais limpas do que cra habitual, quando lavadas com esta égua Mas as primeiras evidéncias registadas na historia da produgao de um material parecido com 0 sabaio, datam de 2800 a.C... Fm escavagbes na antiga Babilénia foram encontradas inscrigbes, junto a cilindros de barro, que revelaram que os habitantes jé ferviam gordura de animais juntamente com cinzas. No entanto, tais produtos teriam sido utilizados como pomadas para ferimentos ou para auxiliar a produglio de penteados artisticos, uma vez que as suas propriedades de limpeza ainda ndo tinham sido descobertas. 6 no Egipto, nos bem documentados banhos de Cleépatra, 0 sabao nao tinha lugar. Nestes banhos rituais eram utilizados 6leos essenciais, leite de égua e areia fina como agente *“ abrasivo de limpeza. O sabiio jd era conhecido, mas continuava 1g Nek ligado a0 tratamento de feridas © doengas de pele, sendo Hl « descrito como uma combinagiio de éleos animais ¢ vegetais com sais alcalinos. ~ Na Grécia, 0 sabiio também se encontrava fora dos habitos de higiene dos seus habitantes. Os seus corpos eram limpos com blocos de barro, areia, pedra-pomes e cinzas, sendo de seguida BB cee. ano By 0 DE ADUL FOS. EDUCAGAO E FORA psic viene jo Fenilioy €2 Comunietda 62 ACAD 2201104 untados com deo, cuja fungao seria arrastar todas as impurezas quando raspados com um instrumento de metal especifico - 0 strigil. Para além da sujidade, este "método" permitia remover gordura e células mortas, deixando a pele "limpa". A prova definitiva ¢ tangivel da produgao de sabao foi encontrada nos meandros da histéria de Roma. De acordo com uma antiga lenda romana, o sabio tem a sua origem no Monte Sapo, ‘onde eram realizados sacrificios de animais em pilhas crematérias. Quando chovia, a agua arrastava uma mistura de sebo animal derretido com cinzas, para o barro das margens do Rio Tigre, onde as mulheres lavavam as suas roupas. Elas terdo percebido que, ao user esta mistura de barro, as roupas ficavam muito mais limpas, com um esforgo muito menor. Talvez o termo "saponificagdo" (a reacgdio quit que origina o sabiio) teré a sua origem no nome deste monte No entanto, apesar dos banhos piblicos serem um elemento importante da sociedade romana, a utilizago de sabao como agente de limpeza corporal no se encontrava disseminada, Tal como (08 gregos, os romanos utilizavam o sérigil para raspar a arcia, cinzas ¢ éleos com que cobriam o corpo. Para completar 0 "banho", a pele era coberta de balsamos com ervas. ‘Ainda no Império Romano, mas ja nos dltimos séculos da sua domindncia, para além de continuar a ser utilizado para fins medicinais, o sabio era recomendado pelos médicos, como benéfico para a pele. Desta forma, a sua utilizago no banho generalizou-se, principalmente nas ccidades mais importantes. Por exemplo, nas ruinas de Pompeia foi encontrada uma fabrica de sabéo, onde eram produzidas barras deste material. Ao escrever uma histéria de costumes & importante nfo esquecer que, na maior parte das Epocas, a comunicagdo entre povos foi muito escassa, ou mesmo inexistente, pelo que a ‘ocorréncia de semelhangas nos habitos de diferentes povos é mais facilmente explicada pela descoberta simultinea de fenémenos, do que pela disseminagio de ideias. Tera sido isto que aconteceu também em relago ao sabtio. Por exemplo, os povos celtas terio descoberto uma substincia feita de cinzas e sebo, que utilizavam para tingir os seus cabelos de vermelho, para além de jé o utilizarem na higiene pessoal e na lavagem de roupa, muito antes dos romanos ‘Apés a queda do Império Romano no Oeste da Europa, a produgio e utilizagiio de sabio declinou acentuadamente, ao contrério do que se passava no Império Bizantino. Mas por volta do século VIII, esta produgdo foi revitalizada na Itdlia © em Espanha, e no século XII a Franga tomou-se uma produtora importante do mercado europeu, assim como a Inglaterra um século ACGAO N* 2201104 que Ihe conferia uma qualidade superior & dos sabes produzidos exclusivamente a partir de gordura animal (principalmente sebo, mas também dleo de peixe), pelos povos do Norte da Europa, que nio tinham acesso a este leo vegetal, Estes sabdes, apesar de poderem ser utilizados na indistria téxtl, néio eram adequados para o banho. Gradativamente, uma maior variedade de sabes foi estando disponivel pois, para além dos éleos e cinzas, comegaram a ser misturadas diversas plantas e fragincias. Ocorreu, igualmente, uma especificagio de produtos, com o aparecimento de sabdes para a barba, para as cabelos, para banho ¢ para roupa, ‘io é incongruéncia falar-se de banho na Idade Média, apesar da imagem de higiene associada a esta época ser completamente diferente da que possuimos hoje, Mas a verdade é que o banho era um habito nesta altura ¢ s6 mais tarde é que caiu em desuso, Na altura das grandes epidemias, as autoridades fecharam os banhos piiblicos frequentados por nobres, por os considerem vefeulos de propagagiio de doengas. No principio do século XVIII, uma quebra na produtividade dos olivais induziu os produtores de sab8o a investigar a possibilidade de utilizagiio de outros éleos, para além do azeite, © que resultou na alterago da formula bésica do sablo a partir de azeite, para uma férmula baseada em misturas de gorduras animais e vegetais, cuidadosamente seleccionadas. ‘No Renascimento, a ideia de manter o corpo limpo foi abandona os “banhos com gua” foram substituidos por “banhos com fortes perfumes ¢ esséncias”. Contudo, apesar do banho nfo ser um habito e popular durante os séculos XVII ¢ XVIII, o sabio permaneceu como um artigo valioso e util para a lavagem da roupa, 86 no final do século XVIII, 0 banho voltou a estar na moda, como tratamento médico ¢ fortificante. A agua era, entilo, considerada um ‘elemento mégico que, correctamente aplicado, poderia ser benéfico = Erno & semmegce QP ano % 7 EHUCAGAG E SORKACAO DE psic. vic ‘Apole Fosniize ¢ 4 Comunigeds - 02 tree nogho N'A 20005, para qualquer tipo de infecciio. A medida que ‘médicos prescreviam a "cura da agua", 2 ideia de banho foi-se tornando mais accitével. ( Movimento Sanitério iniciado em Londres ja no século XIX, levou a instalagto de casas-de- banho e lavandarias piiblicas, como mecanismo de combate & propagagiio de doengas como a célera ea febre tiffide. Este movimento espandiu-se pela Europa e em seguida atingiu os BP P1200" Unidos da América, pasando 0 banho a ser visto como ica saudvel por milhdes de pessoas. PS Apés exigir a lavagem das mios dos profissionais de saide, a0 * entrarem nas enfermarias, Smmelweis detectou mais um surto, desta vez relacionado com a reutilizagao de roupa suja por diferentes pacientes. Recomendou enti ¢ sua lavagem e utilizagdo de cloro. Concepgto semethante foi formulada por Florence Nightingale ao verificar que as roupas dos doentes estavam tio sujas que era necessério queimé-las. Com 0 auxilio de engenheiros militares, organizou um servigo de lavandaria, instalando uma caldeira ¢ contou com o trabalho das esposas dos soldados na lavagem da roupa. Tais conceitos tiveram grande importincia no desenvolvimento das lavandarias hospitalares € sio mantidos até hoje, dada a coerénei das experiéncias que procederam, ED DE ADULTOS Comurtdece 62 coho 2.01 ENS MO Vérias tentativas de se conseguir uma méquina de lavar roupas eficiente, & partir da revolucdo industrial, foram bem documentadas, como um pedido de patente protocolado em 1691, um anéncio, em janeiro de 1752 na Gentlemen's Magazine, ¢ outro pedido de patente de uma méquina rot ‘em 1782, todas na Inglaterra. Somente com vencio ¢ popularizagio do motor eKctrico, no comego do século 20, € que se conseguiu uma lavadora que funcionasse mais eficientemente, atribuindo-se a produgio em grande escala a partir de 1906, pela primeira vez, a0 norte- americano A-Fischer, que detinha a patente embora nao se possa afirmar que seja ele o real inventor. Maquinas Modernas ‘As miquinas contempordneas sio fabricadas em dois modelos bésicos, com abertura frontal ou abertura superior. As com abertura superior, mais populares nos Estados Unidos, Austrdlia, Brasil e parte da Europa, recebem a roupa em um cilindro montado verticalmente, com um agitador central ¢ tem a tampa por cima. As méiquinas com abertura frontal, mais populares na Europa © no Oriente Médio, possuem um cilindro montado horizontalmente, sem agitador central, mas com a porta estangue e com visor de vidro. ‘Ambos os modelos tém a capacidade de lavar automaticamente, propelides por motor eléetrico, ‘executando ciclos de lavagem, enxagie ¢ centrifugagdo pré programados de acordo com o tipo de roupa. © uso de componentes eletrGnicos digitais atualmente substitui complexes sistemas mecinicos usados anteriormente para controlar a lavagem. Ligadas a um ponto de forca ‘eléctrica, um ponto de entrada de Agua e uma saida para a égua servida, com timer programavel ‘e depésito de sabaio e amaciador, trabalham sem supervisdo, lavando, enxaguando ¢ retirando 0 excesso de égua por centrifugagdo. Algumas maquinas mais modemas também secam a roupa com ar quente apés a lavagem. Podem ainda ter seu comando electrénico ligado uma rede de computadores, permitindo acompanhamento ¢ comando pela Internet. ERUCAGAG E FOR ‘gece Fel Planta Fisiea da Lavandari ‘A. Lavandaria pode estar localizada dentro. da insttuigdo ou em edificio externo ou ‘ainda ser partihada por mais do que uma instituigto. Em qualquer situacdo é fundamental que 2 roupa suja seja processada separadamente da roupa limpa. Para isso existem duas Areas, a rea sujae a Area limps, A separagdo entre estas duas ‘reas pode ser conseguida por varias maneiras sendo a mais comum a barreirafisica, A justificagso para esta barreira€ 0 facto de existr a possibilidade de recontaminagdo da roupa limpa. Isto pode suceder através da manipulago da roupa suja Jimpa pelo mesmo funcionério, por exemplo. Acabamento ‘A rea suja de uma lavandaria é considerada uma das areas criticas das instituigoes, sendo o local onde toda a roupa suja é reunida para receber tratamento. Entende-se por rea limpa o espago destinado ao processamento da roupa jé tratada até que esta seja devolvida ao sector de origem. uiLTOs aos ACCAO W220 O circuito de tratamento de roupa deve obedecer as seguintes normas: A~ Separagdo/Triagem B~ Acondicionamento C—Reeolha D~Transporte E—Recepgaio F—Tratamento G—Armazenamento ¢ Reposig#o H_-Hordtios ‘A soupa & separada na unidade do utente, de forma bem identificada, sendo para tal dividida em 3 grupos ~ Roupa limpa ~ Roupa suja em geral - Roupa contaminada Em qualquer das classificagées pretende-se formar grapos homogéneos (0 mesmo tipo de roupa) de forma a facilitar o tratamento na lavandaria, comegando pela menos contaminada. ‘A roupa suja deverd ser introduzida, imediatamente ap6s a sua utilizago, em sacos de plastico devidamente selados e identificados, pela cor ou com rétulos, segundo a nomenclatura referida no item anterior. ‘Quando cheios e selados, os sacos deverio ser colocados num depésito para depois serem recolhidos. Esta tarefa deverd ser executada pelo pessoal da lavandaria. (Os sacos deverdo ser colocados em carros préprios para o transporte de roupa. Nao deverao ser arrastados pelo chdo. Estes carros deverio ser sujeitos a limpeza na propria lavandaria, em local adequado. Uma vez mais, devemos reforgar que, o transporte das roupas sujas ¢ limpas deverd ser efectuado pelo pessoal da lavandaria, A roupa vinda das varias unidades é recebida na lavandaria em zona destinada a esse fim. E aqui que se inicia todo 0 processo de tratamento de roupa, nas suas varias operagdes. As etapas do tratamento da roupa so as seguintes: ~ Lavagem - Secagem - Dobragem, calandragem ¢ prensagem - Costura - Armazenamento ¢ Reposigao Para redistribuir a roupa pelas unidades é comum utilizar o sistema da reposigo diéria de stocks, Para cumprir este objectivo é necessério definir: Stocks méximos por servigo Anmérios com prateleiras identificadas que permitam facilmente quantificar os varios artigos. Pretende-se reduzir os stocks para niveis proximos dos efectivamente necessérios, evitando por um lado a possibilidade de recontaminagdo da roupa, e por outro permitindo um controlo mais rapido € eficaz da mesma. Os horérios para a recolha (roupa suja)¢ redistribuigdo (roupa limpa) da roupa deverdo ser distintos, bem como o seu itinerdrio (quando possivel). Estes horirios deverao ser da responsabilidade dos funcionérios da lavandaria e de acordo com as normas da Instituigao. AC eoQu Roupa Limpa A roupa limpa pode ser contaminada se nao forem tomadas as precaugdes necessérias. 1 - Manuseamento de roupa limpa na unidade ~ Manusear a roupa limpa com as mos lavadas e secas, - Guardar a roupa em local limpo e seco, de preferéncia em armarios fechados; = Colocar os diversos tipos de roupa em locais identificados para os mesmos; - Manusear a roupa 0 menos possivel; ~ Carregar 0 carro com roupa limpa gradualmente, a medida que vai sendo necessério; - Manter © carro da roupa limpa 4 porta do quarto aquando da prestagaio de cuidados de higiene e outros. Mots: @ jocal de armazeneiaient Gx coupe dimips deve Tear wfastede de ex ern tate 2.~ Transporte da roupa limpa da lavandaria as unidades - Verificar se 0 carro de transporte da roupa se encontra limpo; = Colocar a roupa limpa no carro de transporte; - Carregar o carro sem o encher demasiado; - Proteger a roupa com cobertura; - Evitar 0 cruzamento com lixos ou roupa suja; 3—Manuseamento de roupa suja na unidade ‘A roupa suja constitui uma fonte potencial de agentes patogénicos devendo ser, por isso, ‘manuseada ¢ tratada de forma a remover a sujidade ¢ os microrganismos, reduzindo assim o risco de infecgio cruzada. - Eneaixar no carro da roupa suja e saco de plistico respectivo; = Remover a roupa suja dos locais onde se encontra, com o minimo de agitagio; - Manter a roupa afastada da bata/avental; - Efectuar uma correcta triagem da roupa, colocando-a nos respectivos sacos; + Selar os sacos ja identificados, = Colocar 0s sacos juntos, num depésito, para serem recolhidos. ra AeCAO We 2200004 Para um pesquisador ou historiador de moda, a Itilia sempre suscitou enorme fasci De facto, & impossivel falar de moda sem se falar em Ilia. Esse fascinio nio acontece s6 porque Milo tem sido ao longo da historia um grande centro de moda, e nem por causa da atmosfera latina to presente em toda a “citta” italiana O que ainda atrai mais para aquele pais os apaixonados ria é exactamente aquilo que ndo esté tao claro, o que esta mais escondido. Descobrir e visitar essas j6i por hist janas, que sio os museus especializados, € bastante excitante. Um contraste em relag#o ao que acontece na Inglaterra, por exemplo, onde a informagio é fi da ¢ disponivel. A Itélia ainda nos da 0 sabor prazenteiro da descoberta, da exploragiio de culturas regionais e de pequenos museus com acervos surpreendentes, ‘Vamos iniciar uma pequena viagem por alguma dessas j6ias museolégicas italianas. Comegando pela regio da Toscana, mais concretamente a cidade de Prato, que fica no nordeste Ga regidio, a uma pequena distincia de 20 km, de Florenga ¢ préxima de outras importantes cidades das artes como Pistoia, Lucca e Siena. Prato é famosa pela sua indéstria téxtil concentrada principalmente na producdo de artigos de la. Desde a Idade Média, a cidade desempenha um papel importante no desenvolvimento social ¢ econémico de toda a regio proxima. As modernas fibricas de hoje concentram-se numa zona industrial da cidade. Além desse aspecto industrial, Prato oferece ainda uma variedade de atracges turisticas e artisticas. As construgdes medievais e renascentistas tém obras de arte de mestres como Paolo Uscello, Filippo e Filippo Lippi ¢ Donatello. O centro para arte contempordnea “Luigi Pecci”, que fica no subirbio pratense, € um importante ponto de referéncia para a vanguarda artistica do mundo inteiro. Os arredores de Prato estio cheios de pontos turisticos de grande interesse como necrépoles € ruinas etruscas (em Comeana e Artimino), igrejas Romanescas (em Carmignano) e as espléndidas villas “Ambra” e “Fernanda dos Médici”. Um dos pontos mais importantes da cidade é 0 Museo Del Tessudo de Prato, 0 nico museu especiatizado em tecidos de Itélia. O museu & dedicado & arte ¢ & tecnologia da indistria txtil © & a expressio da histéria da produgdo t€xtil da cidade com uma colecgio de fragmentos amostras de tecido que datam do sec. V até aos nossos dias. 0 Ou OF i EDUCKOAG € FORNAgE “ psic ‘pte Feritiere# Comunieaes «i ‘nogh n 2.20101 Adindmica 4: Prato no contexto da histéria da indisstria téxtil europeia. ‘Os negécios que envolvem a produgio e a comercializagao de tecidos em Prato desenvolveram- se gragas as condigdes ideais da cidade: 0 complexo sistema de canais que drenavam agua do rio Bisénzio oferecia energia hidraulica para os diferentes processos de produsio; o moinho em Galceti permitia acumular e esquadrinhar os tufos de 14 de ovelha das montanhas vizinhas; a posigdo geogrifica de Prato colocowa exactamente no centro de um importante esquema de estradas que facilitavam 0 comércio. Além disso, as habitidades dos prateses, que foram aprendidas desde os mais antigos habitantes da regio, contribuiram consideravelmente para 0 desenvolvimento da produgio ¢ do comércio téxti. Um herdi dessa historia téxtil de Prato, conhecido por toda a Europa, era Francesco Datini (1335? — 1410). A sua actividade foi decisiva para o desenvolvimento econémico de Prato. Estabelecendo filiais em varias cidades pela Itdlia, ao sul e no centro da Europa, ele criou uma rede comercial nunca vista antes, ¢ através da qual, a mais fia 1a, corantes e outros produtos utilizados na produgo téxtil, chegavam a Prato, enquanto que tecidos acabados e tecidos semi- ‘acabados partiam de Prato para mercados em outras cidades na Itilia e na Europa mediterranica. Datini, como ainda hoje € conhecido na cidade, também produzia tecido além de ser comereiante, banqueiro ¢ segurador. Foi ele que inventou a carta de crédito para pagamentos feitos pelos bancos em paises diferentes, ¢ cle aplicou métodos inovadores de contabilidade na complexa administragdo das suas diversas fi estudadas pela Historia Econémica. Foi também, como alguns dos seus contempordneos, um s que foram tio eficazes que ainda hoje sto ppatrono das artes e deixou em testamento a sua fortuna ao povo de Prato. A imagem de Datini ainda é presente na histéria da cidade, e no corago de Prato existe um monumento em mérmore de Datini, além de um charmoso café com o seu nome onde os jovens se encontram a qualquer hora do dia. Dos tempos de Datini até ao sec XVI, Prato passou por transformagées na produgdo téxtil relacionadas principalmente com disputas econdmices € politicas com a rica Florenga. Uma lei rigorosa decretada pelos “Medici” para proteger a decadente produco dos engenhos de 18 florentina, permitiu aos teceldes de prato produzir apenas tecidos mais risticos de baixo valor ‘de mercado. Com isso toda a produgdo de Prato ficou prejudicada e os fabricantes téxteis foram obrigados @ procurar novos mercados e clientes. Parecia um momento desastroso para a indastria de la de Prato, Mas gradualmente os fabricantes ¢ comerciantes da cidade reverteram a eB BB exonen EOURAGEO E FORE: ACGAO Wr 221050 situago a seu favor ¢ as vendas voltaram a crescer, enquanto a indistria de la de Florenga desaparecia, O lado positive deste episédio desastroso na histéria da cidade é a caracteristica preeminente da sua indistria téxtil actual: os empreendedores de prato aprenderam a adaptar a sua produgao rapidamente face as novas demandas do mercado. Essa aprendizagem mostrou-se fundamental para a sobrevivéncia da industria téxtil de Prato durante os tumultuosos anos 70 e 80 do sec XX. Durante a Revolug&o Industrial iniciada no sec XVIII e continuada no sec XIX, uma nova maquinaria foi desenvolvida por Giovan Battista Mazzoni que, aos moldes das méquinas inglesas, modernizou a produgao téxtil em Prato. Foi o comego do grande desenvolvimento industrial da cidade. No inicio do sec XX, Prato aprimorou a sua estrutura econémica e social, influenciando o crescimento da indistria téxtil até a década de 60. Em 1934, por exemplo, a cidade ganhou uma linha ferroviaria, facilitando o intercambio de mercadoria € profissionais. Durante a Segunda Guerra Mundial, tanto a cidade como as suas indiistrias foram severamente prejudicadas. Com a forga da democracia restaurada c com a ajuda de recursos americanos através do plano Marchal (que veio depois da guerra), a cidade foi rapidamente reconstruida. As condigées de mercado para os produtos téxteis eram muito favoriveis © a expansio industrial que se seguiu levou a prato muitos imigrantes que vinham de outras partes de Itélia. Durante a década de 1970, a produgdo téxtil local comegou a diversificar-se e abriu novos mercados, especialmente no que conceme & qualidade e & variedade de fibras de excelente padrao. Em 1992, Prato tomou-se uma Provincia, o que Ihe trouxe maior autonomia politica e administrativa, motivando assim a consciencializagio cultural pelos seus cidadios e impulsionando o design tanto como a produgfio de tecidos. 4 ADGRO w* 2.201001 ‘Na forma mais tradicional, o conhecimento transmitido de pais para filhos permitia as pessoas saberem, ao olhar para um tecido ou fio, de que tipo de fibra ou mistura era feito, a que tipo de vestuario se adequava e como se tratava e conservava, Hoje em dia, dada a sofisticago dos processos produtivos, esse reconhecimento torma-se dificil. Existem, no entanto caracteristicas muito préprias intimamente ligadas 4 origem das fibras. O quadro seguinte apresenta as fibras naturais ¢ as suas origens. “Angora Cashemira Li de ovelha Lite pélos finos Coelho Mohai Animais it Pélos grossos Caltivada Silvestre Crisotila Amianto ; Crocidolita Vegetais De Fothas Sisal Tucum psc Jin sso O algodao provém de uma planta denominada algodoeiro. Conforme a variedade, pode ser uma arvore ou um arbusto, com folhas alternadas e que dao flores amarelas ou vermelhas. A qualidade do algodao varia de acordo com o tipo de algodociro, pois umas variedades fornecem fibras mais compridas que outras. No Brasil, o algodao é colhido entre Maio e Junho, quando os frutos amadurecem ¢ as céipsulas ‘que envolvem as sementes se abrem, podendo entio ser colhida a matéria fibrosa constituida de pelos, que revestem as sementes que se denomina caputho. Flor do Algodio Fruto do Algodio Algodio Colhido Estas fibras brutas passam por uma série de operagdes preparatorias, antes de serem transformadas em fios. Resumidamente, so as seguintes: Limpeza manual, com a retirada de matérias estranhas. 2, - Desearogamento, que é a retirada das sementes, com auxitio de um aparetho movido por manivelas, denominado descarogador. 3. — Batimento feito com um galho de drvore, retesado em forma de arco, denominado batedor, ‘onde se processa a retirada de impurezas menores, ¢ ¢ feito 0 primeiro desbaragamento das fibras. 6 ACCA 2210005, - Cardamento, que & 0 processo final de desembaragamento das fibras, que pode ser feito com um par de "cardas", (mesmo equipamento utilizado com a semelhante ao bated )s ou também com um arco 5. - Fingdio, que é a operagdo final para a obtengao do fio, Pode ser feita por uma pega simples ‘em forma de pido, denominado fuso, ou através de um equipamento movido a pedal, denominado roca. O processo é idéntico para a 8 AAs grandes indistrias possuem méquinas que realizam estas mesmas etapas, com velocidades maiores, ineluindo ainda o tingimento das fibras. Varias so as opgbes de fios ¢ linhas que podemos utilizar na tecelagem manual. Fresco e flexivel ‘* Duravel, resistente ao uso, lavagem e traga * Fécil lavagem ‘+ Tende a encother e amarrotar © Batacado por fungos © Queima facilmente ‘© Nao suporta acidos 7 ADQAO 227010 linho é uma planta muito antiga que se cultivou em grande quantidade também nesta regis. Hoje é uma planta muito rara, principalmente desde que o linho industrial passou a existir, mas em algumas regides ainda existe parte significativa de populagdes que cultivam o linho. Para o cuitivo do linho é necessério percorter varias etapas, desde as sementeiras até chegar a0 tecido fino e macio. Os terrenos tém que ser de regadio e na fertilizago da terra no so usados produtos quimicos, todos os fertilizantes so naturais e os principais sto: a cinza e o estrume de ovelhas e eabras. ‘A semente depois de estar pronta é lancada a terra, depois desta ser passada com um ancinho. ‘As sementeiras ocorrem no més de Maio e a terra tem de ser regada com cuidado e de forma uniforme, usando o método de rega do “alagamento” ‘A sementeira & protegida com a aposigao do “vassouro do forno”, que é feito de carqueja ou buxo, que serve para proteger do mau olhado e, ainda, com a colocagdo de “Maias” no meio da sementeira até que chega a altura da “arrancadela”, linho & arrancado pela raiz, ¢ de seguida fazem-se pequenos molhos; sacode-se a terra ¢ 0 Tinho é colocado em maos cheias cruzadas para ndo se desmancharem. Depol que € feita a separagao da baganha do resto da planta. ‘A baganha é transportada para a cira onde, pela aceAo do Sol, esta se abre e deixa cair a sue €atado em mothos pequenos que so cuidadosamente ripados. f através deste processo semente para ser usada em futuras sementeiras ou para fazer uma mistura chamada “papas de Finhaga” que é utilizada na cura de doengas como, dores de barriga, constipagies € gripes. Jé sem a baganha € transportado para o rio ou para um pequeno charco e atado em molhos que S80 submergidos na égua e ai ficam mais ou menos 15 dias. 4 € ERUCAGRO € FORI.LCAO DE /BW-1O8 ‘nolo Femilere & Porumnioaee - Bz Acgk0 We 220104 No final desse periodo é retirado da 4gua, bem sacudido e é estendido ao Sol para poder secar durante uma semana; durante essa semana tém que ser virado com muita frequéncia. Este processo repete-se duas vezes ¢ depois é amassado com uma “maga” ou com um mangual, dependendo da quantidade de linho; depois segue-se a espadalagem, que & feita num cortigo com a espadana ou espadela, ‘Apis ser sedado no sedeiro & iniciado 0 processo de fiagio: com a roca e 0 fuso, as magarocas vio ser transformadas em fio. ‘Segue depois para o sarilho onde se obtém as meadas que, de seguida, passam pelo processo do branqueamento. Finalmente sto levadas ¢ coradas recorrendo a processos tradicionais. Quando estiverem secas € brancas, so colocadas na dobadoura para, assim se obterom novelos com os quais se v trabathar no tear. © Muito resistente, flexivel e fresco © Nao deforma © Resiste as tragas + Pécil lavagem ‘© Encolhe e amarrota facilmente «EB atacado por fungos © Queima facilmente 9 i aecle Festi anges « 8 acgao n* 2201105 psic) vise: DuCAGHO € por Os primeiros a conhecer a seda foram os chineses. Descobriram que podiam fabricar com ela ‘um tecido para fazer vestidos, ¢ acharam um meio de a extrair dos animais que as produziam. A palavra seda € usada para denominar as secregdes de filamentos, produzidas pelas lagartas de alguns tipos de borboletas. Por isto as lagartas so popularmente conhecidas como “bichos-da- seda! ‘A descoberta da seda data de aproximadamente 2.600 ano A.C., quando 0 imperador chinés Hiwang-Te confiou a criagéo do bicho-da-seda a sua esposa, Hish-Ling-Shi, conforme mostra a ilustragio abaixo. GAO 8 SOREEGRO DE AS pole Farnese 2 HTS fomuniess ~ 82 AGGRO Ne 2200104 Os chineses observaram que as lagartas podiam viver, prosperar ¢ se criarcm em cativeiro, desde que bem alimentadas com folhas de amoreira. Para se ter uma idéia, a partir de 30 gramas de ovos, saem aproximadamente 40,000 bichos, que devoram em oi folhas. semanas, 350 quilos de ‘Quando nasce, a lagarta no pesa mais que uma décima parte de um miligrama. Na fase adulta, ‘com um comprimento de nove centimetros, ela pesa 10 gramas. Chega 0 momento entio de transformar-se em crisélida, quando entio fia a famosa seda. Os chineses guardaram os seus conhecimentos o melhor que puderam, pois desejavam ser os inicos a produzir a seda, que vendiam pelo mundo todo. A seda era transportada por terra, atravessando o Himalaia, a india e a Pérsia, até chegar & Turquia, Grécia e Roma, num pereurso conhecido como Rota da Seda. No ano 550, 0 imperador romano Justiano, resolveu implantar a indistria da seda no império do Oriente ¢, para isto enviou secretamente dois frades persas 4 China, para que trouxessem alguns vos do bicho da seda ¢ os conhecimentos necessérios para sua criaglo. Quando conseguiram a quantidade de ovos desejada, os dois frades retomaram com os mesmos, escondidos em um bambu, levando-os para Constantinopla. Apés incubados, a criagao desenvolveu-se sendo confiada a amigos do imperador. Com o tempo, 0 conhecimento espalhou-se por outros paises, nfo ficando mais a criagdo do bicho-da-seda restrita a um privilegiado grupo de pessoas. Antes de verificarmos como se obtém o fio de seda, vamos aprender como a lagarta o produz. Enquanto a lagarta cresce, formam-se dois vasos ou sacos, colocados ao comprido, de cada lado de seu compo, e que se enchem de um liquido pegajoso. Saem entio, através de orificios, dois fios pequenos de uma espécie de baba, que provém daqueles sacos. 0 insecto comega a tecer seu casulo, soltando dois fios sedosos pelos orificios pequenissimos, juntando-os em um 56. Com este materi , 2 lagarta constréi uma cémoda € macia habitagiio, Ela demora de tres a cinco dias, de maneira que ao terminar 0 casulo, nele fica encerrada ¢ completamente invisivel. ‘A lagarta perde 50% de seu peso, entre 0 inicio € 0 fim do provesso. O casulo é uma bonita bola de seda, resistente ao tacto, em forma de ovo e normalmente branca ou amarela. Se nao the tocarmos, apés duas ou trés semanas, dele sairé uma pequena borboleta. at as 7 ACCAO Nr 2.200104 Borboteta ‘Casulos nas folhas Casulos cothidos Seda retirada dos casulos ‘Aqui entao, entra a interferéncia humana (ver fotos acima), que corta o processo natural, afim de obter a famosa matéria prima, Na realidade a cotheita da seda se torna uma pequena tragédia, pois « manufactura de uma pega de seda, representa a morte de milhares de insectos. Para se obter uma grande quantidade de casulos, existem os centros de criago artificiais de lngartes, onde elas sto devidamente alimentadas. Nos viveiros so construidos “bosques"artificiais com galhos de vassourinha, ou outra planta parecida, para que as lagartas subam em scus ramos e neles tegam seus casulos. Faz-se a colheita dos casulos de oito a dez dias depois de prontos, quando os mesmos entio so enviados a fiagdo. As etapas do processo de criagio so as seguintes: Z Os casulos sto. mergulhak recipiente com gua giiua quente, para matar a crisilida © amolecer 0s mesmos, pois rR possuem uma espécie de goma, que cota os fios uns nos outros. Com uma espécie de pincel, vai-se girando os casulos, apanhando as pontas dos fios ¢ desenrolando-os gradualmente. ee 208 SF ML BBE cmos. QPano By dq q EDUCKGEC E FORREGAG DE AUULTOS psic fions Apcia Fe n BP shore z __ACGAO W* 2210801 Resume-se © processo em desmanchar o trabalho feito pela lagaria, Os fios desenrolados vao sendo enrolados em uma roda, formando uma meada. As meadas sio lavadas em Agua quente, batidas ¢ purificadas com Acidos. Depois de sucessivas lavagens, a seda & secada em méquinas apropriadas ¢ as meadas slo desembaragadas e penteadas, obtendo-se fios macios ¢ prontos para serem utilizados na tecelagem. O process natural é mostrado na imagem acima. A seda € utilizada na tecelagem manual, misturada com outras fibras como algodao ou 1a. Desta maneira produz-se tecidos mais resistentes, que podem ser utilizados na confecgio de xales, pecas de vestuirio, tecidos para decoragao e em intimeras outras possibilidades, de acordo com nossa criatividade. © Macia leve ¢ adequada a todas as estapdes ‘+ Nio provocs irritagées ou alergias © Resisténcia limitada ao uso + Degrada-se com a luz solar ¢ transpiragio ‘+ Nao suporta dcidos ou bases © Resiste mal as tragas e outros insectos * Exige muitos cuidados de lavagem ¢ manuseamento GAO B FORRAGRC DE xDULTOR ‘pola Feather @? Comuniceda ~ B2 AcGkO Wrz 20101 psc yracic Pélo que reveste © corpo de alguns animais, especialmente earneiros e ovelhas. A fibra é ondulada, de grande elasticidade e quanto mais longas as fibras melhor serd a qualidade da Id, Alguns nomes pelos quais ela € conhecida: camelo, mohair, cashmere, tweed. Um dos factores que determinam a qualidade da la & a raga do animal. Conhecida por ser quente, o que € um engano frequentemente cometido, pois na verdade a 1a ¢ isolante térmico, portanto conserva tanto o frio quanto o calor. Quando misturada com fibras artificiais, aumenta a resisténcia ¢ durabilidade. E famosa por seu toque macio € britho, recebe bem tingimentos e cores fortes. ‘Tudo comega com a tosquia das ovelhas. Passado o Inverno, faz-se a tosquia das ovelhas, geralmente nos meados da primavera, sendo 0 velo (Id) enrolado em feixe e arrecadado até ao Inverno, altura em que se prepara a Id ‘A I para ser utilizada tem que ser amolecida em agua quente, de um dia para 0 outro, para, em seguida, ser lavada em Agua fria, geralmente este trabalho era realizado nos regatos ou ribeiros, e batida, antes de secar ao sol. Depois de seca e escarrapicada, esta pronta a ser fiada e, depois, tecida. A J era muitas vezes tingida, Em Tris-os-Montes usava-se 0 vermelho, 0 verde eo preto. Muitas vezes a arte de fiar era realizada & noite & luz de um candeciro de petréteo. Além da 18 € do linho também se utilizava os trapos. Os trapos ram feitos de roupas que jé ndo se utilizavam, eram cortados em tiras e unidos por um alinhavo, com o qual se teciam mantas e tapetes. comma ce QPano BE m4 PUCACAG F FORKACLS RE ADULTOS psic x i ‘Ei antate Eomioiecs eg a ome Ago w2 20001 * Quente e confortavel ‘© Excelente isolamento + Resistente as rugas e fungos *Absorve bem a humidade ‘+ Amarelece ou desbota ao sol ‘+ Resiste mal ao atrito ‘*Atacada por tragas ¢ fungos ‘* Nao tolera produtos quimicos «Exige precaugdes na lavagem e tratamento Sto fibras obtidas a partir de produtos quimicos, extraidos de petrdleo ou carvio, As suas caracteris icas sto a grande resisiéncia a luz solar, cores firmes e pequena absorgio de humidade, © mercado dos téxteis esth hoje inundado de fibras no naturais. A variedade & grande © a possibilidade de combinagées entre elas é ainda maior. O consumidor, que convive hi escassas dezenas de anos com as fibras no naturais, desconhece muitas vezes aquilo que veste, de que sto feitos os seus lengdis, toalhas ou mesmo as suas “lingeries”... Necessita de aprender em Pouco tempo © que as geragdes passadas aprenderam por experiéneia ao longo dos séculos. O quadro seguinte esquematiza a sua composigao e origem, BS en. & B BOUCAGAD & FORMACKC SE AOULTO: ‘Apote Ferrier € Co-nunigade » 82 ACCAO NW 2at0tt De Alginatos Alginato Polimeros naturais | aa De Celulose me | Te Ey Astiliso Elastano Elastrodieno Polimeros. Politetrafluoretileno z Modacrilica sintéticos Poliuretano Poliamida ‘ Vinal Potiéster Poliestireno Policarbamida Vinital policlorofluoretileno EDUCAGAO uLTOS ‘pete Familias ¢& Camunicade ~ E2 Here re Acgho w* 220101 Fios descontinuos com aspecto de maciez, britho. © com facilidade de ser tingido, proporcionando cores vivas, © Macia, fresca + Absorve bem a humidade * Resiste a luz tragas ‘+ Pouco resistente quando mothada + Encolhe © amarrota facilmente © Sensivel aos dcidos © Amarelece ¢ desbota com a transpiragio ‘© Queima facilmente a ui Tos ideas - AcghO W220 psc uw Fibra muito eve, resistente, que no amarrota, eldstica, também lava e seca rapidamente, caracteristicas que a tornam ideal para o uso em forros. Considerada a mais nobre das fibras sintéticas, foi a primeira a ser produzida industrialmente. O nylon, entre outras qualidades, apresenta uma clevada resisténcia mecfnica (cerca de 3,5 vezes superior ao algodio) que o toma adequado & fabricagiio de dispositivos de seguranga (para- quedas, cintos de seguranga para veiculos ete...) Outras caracteristicas so a baixa absorgio de humidade, a possibilidade de texturizacao ¢ a boa aceitago de acabamentos téxteis, o que permite a ‘obtenpao de tecidos com aspectos visuais diferenciados. A principal utilizagao do nylon na érea téxtil ocorre na fabricagéo de tecidos de malha apropriados para a confecgdo de meias, roupas de banho (mai sungas), moda fntima (lingerie) ¢ artigos desportivos. © nylon tem adquirido cada vez mais espaco na indiistria téxtil devido 4 sua praticidade, como a secagem répida, toque sedoso e melhor recuperagfio ao vinco. A sua utilizagio associada ao algodao, oferece um produto extremamente confortivel e com éptima absorgio de humidade, excelente para camisaria Actualmente no mercado, ndo se encontra uma fibra que se aproxima tanto & perfeigto da seda como a poliamida. Ao trabalhar com o tecido misto, podemos aliar as principais vantagens do algodio as da poliamida, ‘obtendo dptimo custo - beneficio. 28 Leve, macio Nao encothe, nao deforma Resistente ao uso, fungos e tragas Fécil tratamento e seca rapidamente Sensivel & luz Retém poeiras e sujidade ‘Nao absorve humidade e favorece transpiracio Derrete ¢ encolhe com 0 calor ‘Nao suporta produtos quimicos EDU AGAO 3 PORRAGAO OE 4 pele Faralle e# Cem: ACGHO 2.20108 a psic Wye: rooeueios oneagfo me autres Fibra de polimero, sintética, forte © resistente. nfio encolhe, nao se deforma ¢ nfo amassa. Mais ou menos eldstica lava e seca rapidamente. Pode aparecer misturado ou estruturando qualquer fibra natural. Nao era to confortével ao toque, pois o poliéster retinha o calor, néio respirava Hoje em dia com as micro fibras, isto &. fios ultra finos, so produzidos tecidos tao macios quanto os naturais, no toque © conforto, © Resistente 4 luz © uso © Anti-rugas © Boa elasticidade e resiste a produtos quimicos de tratar © seca rapidamente * Aspero e tende a formar “borbotos” * Altera-se com luz solar ‘© Fraco poder isolante * Derrete e encolhe com o calor 20 Ou OF i BOUCECRG & FOREGO Hk AOULTOS fipeio Femiter¢ # Gemunioecs ~ bo : Agha w* 220004 Pibra em que as cores podem ser muito vivas ¢ os tecidos obtidos sio leves. macios e ficeis de lavar. Tém tendéncia @ ganhar bolor. apresentam clectricidade estitica elevada e atraem poeira rapidamente. Normalmente substituem a lt ou aparecern misturada a el. quent eresistente, ‘+ Toque macio, muito leve ¢ quente © Antisrugas © Pécil de tratar * Encolhe ‘© Deforma e forma borbotos © Sensivel ao calor ¢ produtos quimicos ° Qu ima facilmente 3 BHUCAgsO CAO DE ADULTOS pola Pamniler 2 # Comunicadle - 9 ogo w 220005 M manutengdo destes tecidos so determinadas pelas fibras que contribui com mais de 50% para a smente as caracteristicas € a s tecidos slo compostos por diferentes fibras. Te sua composigao. Um tecido constituido por 55% de fibra acrilica ¢ 45% de 1a € considerado acrilico. Mas na realidade, ¢ mais seguro traté-lo de acorda com as caracteristieas da fibra ‘menos resistente (neste caso a 1a) mesmo estando em menor percentagem. ise snus nsacas - mistura de algodao e viscose (diminui o prego do produto) - mistura de linho, viscose e poliéster (artigo com caracteristicas estéticas do linho mas que no ‘enruge, por causa do poliéster e mais barato por causa da viscose) - mistura de ld com poliéster ( produz um artigo com as caracteristicas da lé, mas com muito maior capacidade para manter o vindo das calgas ¢ para no enrugar) = mistura de acrilico com la (embaratece produto, sem prejudicar muito 0 toque caracteristico da li, diminuindo o encolhimento e conservando 0 poder isolante. ‘A solidez, das cores no depende tanto da natureza dos tecidos mas sim dos corantes utilizados e dos processos de tinturaria, © teste mais facil de fazer, para avaliar a solidez de um tecido tingido, consiste em molhar a ponta do tecido ¢ passicla a ferro bem quente sob um pano de algodio branco. Se este ficar manchado, a cor nio € fixa. Para a indistria do vestuério, 0 comrecto ser mandar analisar em laboratério de ensaio, como sejam 0 CITEVE, ICTPOL, ‘Niicleo na Universidade do Minho, Departamento de Engenharia Téxti! da Univ. Beira Interior, ‘por normas portuguesas ¢ que garantam a qualidade da roupa a ser colocada no mercado. CE FORMACAO BE ABUL psid eins SNe Feiss Somoaiede — ACgAO NY 2200104 No melhor pane cai a nédoa, causando danos na roupa ¢ irtitagdes a0 consumidor. Para roupas mais expostas a possiveis manchas (vestudrio de trabalho, toalhas de mesa, ete...) devem ser escolhidos tecidos facilmente lavaveis. No vestuario que ndo possa softer lavagem frequente (casacos, gabardinas) devem evitar-se tecidos com grandes percentagens de fibras sintéticas pois estas atracm pociras (devido a electricidade estitica) manchando-se com facilidade. Os tira- nédoas devem ser utilizados com precaugo, seguindo as recomendagies do fabricante, nunca esquecendo de os manter fora do aleance das eriangas. Coloque um pouco de amido (talco, maisena, farinha,) ¢, depois, com uma esponjinha seca, escove lentamente; © Deixe a roupa de molho no leite, ou esfregue-a com sal e limio; Lave imediatamente com agua fervente ou esfregue com um cubinho de gelo; Coloque sobre a mancha, farinha de mandioca ou polvilho. Depois, lave com agua e sabio. Coloque no local da mancha égua oxigenada 10 volumes. Use gelo no local, ou até coloque a roupa dentro de um saco ou sacola no congelador por algum tempo. B oe BOLICAGKO & FORWAGAO DE ADU TOE PSIC..Jrioe pois Femiter€# Comuniiace ~ 2 emesiicennde Acgho w'22000% Use spray de cabelo para tirar as manchas de tinta esferogréfica Para retirar mancha de suor das roupas, deixe-as de molho em agua ‘moma e vinagre. As manchas somem num instante. + Lave 0 tecido com uma solugdo de vinagre e alcool em partes iguais. Esmalt lespeje um pouco de acetona no local da mancha. Em seguida, coloque talco por cima para secar. Deixe agir por alguns minutos ¢ depois retire 0 excesso do talco. Teste primeiramente om cima de uma parte nfo aparente da pega para certificar-se da solidez da core do tecido. Em seguida, lave com sab3o em barra normalmente. ‘© P6 facial e base: Retiram-se com vinagre branco. Se o tecido for de seda, faga-o com ‘Agua oxigenada de 10 volumes. ‘* Blush - Retire com Alcool puro. ‘+ Batom — Esfregue a érea manchada com detergente liquido ¢ lave com agua mora, Para limpar a maquina de lavar encha-a com Agua morna ou fria, acrescente 3 litros de vinagre branco. Deixe bater todo o ciclo. O vinagre iré limpar as mangueiras, retirando delas a crosta formada pela espuma de sabiio. 4 EDUCKCAD & FOR! ‘Todas as roupas podem queimar. Alguns tecidos queimam mais facilmente, tomando-se por isso perigosos (caso do algodio e da viscose). Outros formam residuos incandescentes que aderem & pele provocando lestes graves (poliamida, poligster). Das fibras que queimam com dificuldade, uma nio funde com o calor: a la. Para vestudrio habitualmente usado proximo de fontes de calor (aquecedores, fosdes, ete) devem evitar-se os tecidos leves ¢ ralos com pélo, sobretudo em roupa de criangas e idosos. A lei portuguesa obriga a industria t@xtil e do vestudrio, a indicar a composigao das fibras téxteis constituintes dos artigos fabricados, com as respectivas pereentagens: © Nostecidos em pega ~ Mareagao na etiqueta ou no rolo da poya '* Nos fios de “tricot” ou “crochet” ~ Marcagéo na cinta do novelo ‘* Nos artigos confeccionados - Etiqueta em cada pega. As indicagdes devem ser expressas em portugués. Todas as pegas de vestuério obrigatoriamente devem possuir etiquetas com instrugdes de lavagem e conservagibo, isto é, indicagées de como tratar ¢ dar mais vida itil 4 roupa. Antes de lavar, secar ou passar a roupa, deve-se observar a etiqueta, cujas instrugdes dependem de cada composigao do tecido. ‘TRATAMENTO NAO PERMITIDO ‘Uma cruz. sobreposta a qualquer dos cinco simbolos indica que o tratamento representado pelo 38 see sommes... Pane HG OG simbolo nao deve ser utilizado. EDUGAGAD & FORRAGAD Oi iis Feralas 8 Ge noone 200s NORMALIZACAO Os simbolos do GINETEX fazem parte de uma norma internacional ISO, a norma ISO 3758 - "textiles - care labelling code using symbols", publicada em 1991, de uma norma europeia, EN 23758, publicada em 1994, Lavagem ‘Simbolo genérico para os processos de lavagens. Os numeros inscritos nos simbolos| nd significam a temperatura maxima em graus Celsius permitida. {ray [Pvazem normal Artigas de algodio 1 ino, branco, nto ou etampado, com soldez a fervura. Yay | Lease stave a 95°C. Colocar poucas pos dé roupa na maquina endo centage = Programa de pré-lavagem pode ou nio ser usado, yoy Lavagem normal. Nao lavar nesta temperatura artigos sem solidez a lavagem de algodio, modal e poliéster, bem como suas misturas. Tavagem suave. Arligos com acabamentos especiais (easy-care, wash and wea) |Colocar poucas pegas na maquina. Usar somente 2/3 do tambor. Nao centrifugar. Tavagem normal. Temperatura de lavagem indicada para roupas de cor intensa de ey i algodio, poliéster e misturas. 7 | Lavagem suave em roupas de modal, viscose, fibras sintéticas (acrilico, poliéster e | w poliamida). Usar somente a metade da capacidade do tambor. Nao centrifugar. cay | Eavagem suave par artigos de a. A temperatura éindicada por realizar uma suave acai mecfinica. Utitizar somente 1/3 do tambor com roupas. Nao centrifugar. Lavar somente & mao, a temperatura entre 30° C e 40° C, dependendo do artigo.Diluir bem o detergente, Nao torcer e esfregar o artigo. Artigos de cor nao devem ser ser deixados de molho. Lavar imediatamente e secar. ‘Arligos com este Simbolo no devem ser lavados. Em geral sio sensiveis a qualquer tratamento himido. ‘Seeagem % psc) McKie ADULTOS ‘omunicede = B2 Acgio n’ 2200001 Permitido centrifugar. ‘Nao permitido centrifugar. Uso de Lixivia > Permitido o tratamento cuidadoso com lixivia de cloro. (Unicamente a frie € com uma solugao diluida) | Nao permitido 0 tratamento com lixivia de cloro. Passar a Ferro a NAO PASSAR A QUENTE. ca FERRO MODERADAMENTE QUENTE en FERRO QUENTE Ss NAO PASSAR A FERRO | BB commons. Pano BE OS a FDUICAGAG E FORIEAGAO DE ADULTOS Rooio Femilic: €# Comenidede - Bz wf ROGHO Nr 220105 © cloro é um gfs em temperatura ambiente, O sal de mesa comum (cloreto de s6dio, NaCl) & metade cloro, ¢ uma simples reacgio clectroquimica com a Agua salina produz gis de cloro facilmente, Essa mesma reacgo produz 0 hidréxido de s6dio (NaOH), € misturando gés de cloro com o hidréxido de sédio vocé tem 0 hipoctorito de sédio (NaOC!). O cloro no alvejante é 0 mesmo da agua potével ¢ da piscina. De fato, vocé pode usar 0 loro branqueador para tratar a Agua da piscina ou a 4gua potavel. Um galdo de alvejante fomece 1 parte por milo (PPM) de cloro para 60.000 galoes (250.000 litros) de égua. Normalmente, uma piscina é tratada em uma medida de 3 PPM, ¢ a agua potivel é tratada com 0,2 a3 PPM, dependendo do nivel da contaminacdo ¢ 0 tempo de contacto, O cloro é usado em piscinas ¢ agua potavel porque ¢ um dptimo desinfectante. E capaz de matar bactérias e algas, entre outras coisas. © cloro também funciona como um grande removedor de manchas, mas no devido ao cloro propriamente Houve muita discussio sobre a seguranga do cloro na agua potavel. Nao esté claro se 0 cloro seguro ou perigoso. Mas duas coises sto certas: + & muito mais seguro beber gua clorada do que a gua contaminada com bactérias; milhdes de pessoas morreram de doencas de veiculagto hidrica, e essas doencas s0 climinadas em modemos sistemas de agua basicamente pelo uso do cloro; + se esté preocupado com o cloro na sua Agua, entdo tudo 0 que voc® tem a fazer & deixar a Agua parada um ou dois dias em um recipiente cobero no seu frigorifico € assim o cloto sera eliminado, sabonete bactericida é melhor que outros sabonetes? Parece que tudo & bacterieida hoje em dia. Cerca de 75% dos sabonetes liquidos vendidos actualmente, em lojas, possuem essa palavra no rétulo e a adigo de produtos bactericidas sos nossos arsenais de limpeza ndo tem fim. Isso tudo significa que estamos mais limpos do que jamais estivemos? Alguns especialistas dizem que no. Para fazer um sabonete, é preciso combinar um Acido e uma base, ou base alcalina, O dcido, em nosso caso, & gordura, enquanto a base é 0 hidréxido de sédio NaOH. sabonete possui duas fungdes principais: ou Ss KL KBB mee Pao 28 Pee, Meee srry toe psic vice 1a + diminuira superficie de tensio da agua de, dleo ¢ bactérias Ble consegue realizar essas acges porque uma parte da mokécula de sabto hidrofitiea, une-se a ACGRO W 2250404 © unir-se a suji a Agua, enquanto a outra é hidrofébica, ou seja, repele a égua. De acordo com 0 CDC (Centros de Controle de Doengas dos EUA), 0s sabonetes bactericidas nao séo necessarios, ja que a maneira mais eficaz para impedir infecgBes ¢ lavar bem as maos ‘com sabonete comum e agua morna jagem a seco, por outro lado, é diferente. Trata-se de um processo que limpa as roupas sem usar agua. E utilizado um liquido de limpeza e as roupas so imersas ¢ limpas em um Iiquido solvente Ifquido - 0 motivo de o processo ser chamado de "a seco" é porque ndo envolve agua, Evolugdo da lavagem a seco Assim como outras invengSes, a lavagem a seco surgiu por acidente, Em 1855, Jean Baptiste Jolly, um francés que era proprietario de uma tinturaria, percebeu que sua toalha de mesa ficou mais limpa quando sua empregada tombou acidentalmente uma lamparina com querosene em cima dela. Entdio, em sua tinturaria, Jolly ofereceu um novo servigo ¢ o chamon de "lavagem a seco". No inicio, as empresas de lavagem a seco usavam muitos solventes diferentes, inclusive gasolina e querosene, para limpar roupas ¢ tecidos. Nos EUA, a indisiria da lavagem a seco é relativamente nova comegou ha cerca de 75 anos. Desde o fim da Segunda Guerra Mundial, os solventes sintéticos voliteis, tetracloreto de carbono ¢ tricloroetileno, deram espaco ao produto conhecido como pereloroetileno, que se tornon a escolha de uma esmagadora maioria do sector. Nao somente era mais rapido ¢ mais seguro, como também limpava muito melhor. Também precisava de equipamentos menos robustos, menos espaco e podia ser instalado em locais de lojas de varejo, oferecendo servigo rapido de qualidade, Se vocé alguma vez jé lavou roupa, deve ter encontrado uma pega que dizia "lavagem a seco” na etiqueta. Estas roupas sfo feitas de tecidos que nfo podem simplesmente ser jogados dentro de uma méquina de lavar roupa com agua e detergente. -m amma = @Pano EE a _ Ks MEGA CAC ‘ine AGGAO N* 2.20115, O que tem de ‘ial em tecidos como o nylon, a seda e a 18? Bem, estes materiais podem encolher, desbotar ou perder a forma se forem lavados em 4gua. As roupas feitas de nylon ficam amarrotadas ¢ deformadas porque a agua é atraida pelas fibras hidréfilas nesse tipo de tecido. Quando submersas em agua, as fibras se expandem porque as moléculas de agua formam ligagées de hidrogénio com as moléculas individuais dentro de cada fibra, As moléculas de agua também interferem na fraca atracgdo entre as fibras adjacentes ¢ 0 tecido pode perder a forga. Para evitar a destruigdo da sua camisa favorita, vocé deve langar mio de outro meio de limpeza, chamado de lavagem a seco. DG Pode lavar Nao pode lavar namaquina "na maquina A ws “ass | JS Qo ss Pode passar Nao pode ‘a ferro passar a ferro er amaecadora “Snlsetadors” jm] p= 4 Pode secar_ Nic pode secar ane, oO SS pede everett haspeae sae rede, BG _E BS eevee. QP ano 8 DE SDULIOS ‘omunidede ~ 82 ROH eesti __ACgHOW" 220408 Numa melhor contextualizagao deste tema, foram realizadas uma série de visitas aos Lares da Santa Casa da Misericérdia de V.C_ , no sentido de perceberem a dinémica de ‘uma lavandaria industrial, Foram feitos registos fotogrificos do trabalho realizado nesta instituigio. a" AGRO GE ABULIOS #8 Comoniciade ~ BZ O kit basico de costura ‘A maior parte dos consertos pode ser feito a mao, sem uma maquina de costura Para essas tarefas, precisa de alguns itens essenciais, como: diversos tipos de botdes; agulhas de tamanhos variados (um pacote de agulhas de pontas variadas, de tamanho médio, com orificios redondos, apropriadas para todos os pesos de tecido); Jinhas variadas; tesouras de costura ( tesouras leves com 15 ou 18 em de comprimento so as melhores. Use-as apenas para a costura); alfinetes © almofada de alfinctes (alfinetes com cabegas grandes de vidro ou plistico sdo os mais ficeis de usar. Compre os maiores que encontrar, de até 3 ou 4 cm de comprimento}; um dedal (existem dedais de diferentes tamanhos; encontre um que se encaixe no dedo médio da mio que vocé usa para costurar); fita métrica (uma régua de metal para costura (vazada no meio), de 15 em, é mais étil para costuras que uma fita métrica, particularmente para fazer bainhas, j4 que pode ser uusada para manter-se constante a medida desejada). Acclo n'227401 2 EDUCAGA ORMAGAO DE ADULTOS aoa smmrioceaens temptineie _____ Avg HO wz 20405 «© ‘A maioria dos botdes pode ser costurada com linha para costuras gerais. s botdes devem ser costurados frouxa mente, para permitir espago para a camada de roupa que contém as casas, Botdes costurados muito junto ao tecido dificultam o abotoamento. Botdes costurados pelos furos & roupa geralmente vim com de ‘ou quatro furos. Outros tipos tém uma espécie de base atrés, na qual hé um furo por onde so costurados a roupa. Para substituir 0 botio com furos, vocé precisaré de um "formador de base", que pode ser um palito de dentes ou de fésforo. Insira a agulha no tecido, pelo lado onde o botio ficara, e traga a ponta para cima 1/3 om. Atravesse 0 tecido até 0 lado onde esti o n6, Faga dois pontos pequenos para marcar o local para o botéo € para dar ao seu trabalho uma base firme, o botio cobriri 0 n6 e os pontos. Agora, insira a agulha através de um dos buracos do botio, pelo lado de trés. Deixe o bot cair pela agulha e pela linha até o tecido, Coloque seu "formador de base" atravessado sobre o botio. Mantenha-o no lugar com o dedo e costure sobre © palito enquanto prende o botio. ‘Combine seus pontos com o desenho de eruzamento da linha dos outros botdes da roupa, Dé trés a seis pontos através de cada par de buracos do botio, dependendo da pressio que o botiio receberd. Depois, traga a aguiha para cima através do tecido, mas nfo atravesse os furos com ela, Retire 0 formador de base (0 palito), mantenha 0 botéo bem puxado e afastado da roupa e enrole a linha bem apertado, duas ou trés vezes, em torno dos fios sob o botiio. Insira a agulha até o Jado avesso da roupa ¢ a enfie sob os pontos do botdo. Puxe a linha parcialmente através desses pontos, formando uma lacada. Insira a aguiha através do laco ¢ a puxe apertado para formar o 16, Corte as linhas bem rente ao né. Para substituir um botiio com base, comece inserindo a agulha no lado da roupa onde 0 bottio ficard. Traga a agulha para cima 1/3 cm € puxe 0 fio através do n6. Faga dois pontos pequenos para marcar 0 local para o botdo © para dar uma base firme para seu trabalho. O botio cobriré 0 116 € 08 pontos. Posicione 0 botio na mareagao com a base paralela casa. Insira a aguiha através da base e, dado para manter os pontos no lado de baixo do tecido pequenos ¢ bem feitos. Finalmente, faga um nd, depois, do tecido, para baixo. Costure através da base quatro a oito vezes. Tenha 8 ACGAO W*22I0t0) a. agulha sob os pontos do botio, no lado avesso da roupa, Puxe a linha parcialmente até o outro lado, formando uma lagada. Insira a agulha através do lago ¢ a puxe apertado para formar ‘nd, Corte 0s fios bem proximo a0 né. - Dobre a boca da pera (5 cm em média) avesso sobre avesso. - Passe a ferro , embainhe a borda e pesponte, prendendo a bainha internamente, ~ Revire a boca da pemna para 0 direito a 4 cm da borda dobrada, formando uma prega. ~ Passe a ferro. ~ Prenda a prega com pontos invisiveis feitos a mio ou pespontos sobre a linha das costuras laterais e das entrepemas. ~ Antes de fazer a bainha invisivel, faga um ziguezague na borda do tecido para niio desfiar. - Determine o comprimento desejado e dobre a barra, - Vire a pega pelo avesso, fazendo a segunda dobra, voltada para o direito da pega. - Seleccione 0 ponto de bainha invisivel ¢ use a sapatitha especial - Alinhe a sapatilha a borda do tecido e costure de forma que a agulha entre levemente na dobra aque esti paraleta a borda, sem que aparega os pontos do lado direito, 44 ORMGAGEO DE ADULIOS -emilins 4¢ Camunidete BF acho Nt 220110 yr ps") - Coloque na maquina a sapatilha especial para pregar botdes, - Posicione 0 selector de largura do ponto em costura recta. = O selector do comprimento deve ficar na posigao 0. ~ Posicione o tecido € 0 botio sob o pé caleador e abaixe-o. ~Mantenha a agulha posicionada do lado esquerdo e gire o volante da maquina com as mos até que a agulha coincida com o furo do lado esquerdo do botio. - Faga alguns pontos, retire a agulha do furo do botao e seleccione a largura do ziguezague. - Gire o volante para certificar-se que a agulha esta alcangando o outro furo, sem bater no botfo. - Faga mais alguns pontos em ziguezague. ~ Posicione novamente 0 selector na costura recta ¢ arremate, fazendo mais alguns pontos. - Para um botiio de quatro furos, faga 0 mesmo procedimento em cada par de furos. - Utilize a sapatitha de uso geral, + Seleccione a largura do ziguezague no selector de largura (se estiver costurando com agulha dupla, nao ultrapasse a mare: - Escolha 0 comprimento do ponto, sugerimos iniciar com a posigio 2,5 ou 3. indicada no painel) - Ajuste a tensio, conforme o tecido ¢ a linha. - Posicione o tecido na méquina de forma que sua borda coincida com a ranhura central da sapatilha. ~ Costure, segurando 0 tecido para manté-lo no lugar certo, - Seleccione o comprimento de ponto maximo (0 selector deve ser posicionado no nimero 5). ~ Coloque 0 selector de largura do ponto em costura recta. - Levante 0 pé calcador ¢ coloque o tecido na maquina, paralelo as ranhuras da chapa da agulha, - Inicie a primeira costura recta, sem fazer os arremates no inicio e no final da costura - Levante 0 pé calcador, gire o tecido, sem cortar, e faga a segunda costura recta, paraicla & con SE Kil MEE emmes. QPano BE fen 45 psc iors ee primeira, _ AGGRO N 2220005 = Levante o pé caleador, puxe a linha uns 10 cm, corte o fio e retire 0 tecido, - Segure 0 tecido e, delicadamente, puxe as duas linhas inferiores, franzindo o tecido. © - Coloque na méquina a sapatitha espe: para pregar ziperes. ~ Seleccione a costura recta ¢ ajuste o comprimento do ponto (sugerimos 2,5). - Marque a area onde devera set inserido ¢ alinhave o ziper entreaberto do lado direito do tecido. - Monte a sapatilha na posigio esquerda e costure. - Alinhave o ziper do lado esquerdo. - Monte a sapatitha na posigao direita e costure, .. Para facilitar a insergiio do ziper, mantenha-o entreaberto no inicio da costura €, a0 chegar com a méquina préxima ao gancho, feche-o e termine a costura, ~ Tire a medida da drea onde o eléstico seré aplicado e divida o valor por 4 - Calcule 3/4 da medida e corte o elistico. - Divida a dea em 4 partes iguais e marque as extremidades com urn alfinete. - Divida 0 eléstico também em 4 partes e marque, - Prenda as marcas do eldstico nas marcas da pega com alfinetes. - Costure, esticando um pouco o tecido para que 0 elistico fique bem distribuido. = Corte os excessos de tevido e dobre 0 elistico para dentro da pega. - Rebata a costura utilizando 0 ponto ziguezague 3 pontinhos ou o ziguezague comum. F ADULTO! pumice ~ B AGGAO N 220010 psd wire Truques do ofici As dicas a seguir ajudardo a garantir o sucesso de sua costura. (© Conserte assim que notar. Quanto mais tempo levamos para consertar algo, pior fica, em termos de pequenos consertos em roupas. © Faga como era antes. Estude a roupa antes de conserté-la, para ver como fazer cruzamento da linha nos botdes com furos, como combinar a Tinha e os padres de pontos originais. © Passe a ferro. Passar a ferro prepara 0 tecido para uma costura mais uniforme, ajuda a manter as dobras planas e onde devem estar ¢ facilita para a obtengdo de resultados com aparéncia profissional. Ao passar a roupa, Ievante e abaixe o ferro com delicadeza, em vez de deslizé-lo para tris e para frente sobre o tecido. © Siga as instrugies de fabrica. Isto & especialmente importante para remendos, fechos e ziperes a7 Toda esta informagao foi recolhida de dossiers de formagao da area FULAGEO OE ADYLTOS 1 é Comunidede = B2 ACCAO N 2.201101 8

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