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AGRICULTURA FAMILIAR NO BRASIL E 0 CENSO AGROPECUARIO Agricultura Familiar no Brasil e o Censo Agropecuario 2006 Pela primeira vez o Brasil passa a contar com estatisticas oficiais sobre a agricultura familiar. A cooperag4o do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat{sticas (IBGE) com o Ministério do Desenvolvimento Agrario (MDA) tornou possivel a delimitagao conceitual dos estabelecimentos agropecuarios deste segmento a partir da combinagao dos critérios definidos pela Lei 11.326/2006 com os dados do Censo Agropecudrio 2006. Um conjunto plural formado pela pequena e média propriedade, assen- tamentos da reforma agraria e comunidades rurais tradicionais - extrativistas, ribeirinhos, quilombolas, entre outras. A variével derivada, que da visibilidade para a agricultura familiar, j4 esta incorporadaa base de dados do Censo, possibilitando que qualquer pesquisador ou interessado possa analisar todas as informagdes dispontveis com um recorte para este setor. Este acontecimento é fruto de uma longa jornada de afirmagao e reconhecimento pelo Estado brasileiro da importancia econémica e social e da legitimidade das demandas e reivindicagdes da agricultu- ra familiar, impulsionada por lutas sociais que integraram a agenda da redemocratizago brasileira e que aos poucos foram inscrevendo no marco institucional as politicas piblicas de desenvolvimento rural. Esta publicagao destaca algumas das estatisticas que permitem conhecer quantos so, o que produzem, a renda gerada e o pessoal ocupado na agricultura familiar e que, em parte, integram do Caderno “Agricultura Familiar: primeiros resultados’, divulgado recentemente pelo IBGE atendendo a uma demanda por informagies quantitativas atualizadas sobre o tema. 0 caderno est disponivel nos sitios www.mda.gov.br e www.ibge.gov.br, onde também se pode consultar os resultados completos do Censo Agropecuario 2006. Como se podera ver, a agricultura familiar cresceu, passou a produzir mais, dar trabalho a mais gente, gerar mais renda, e segue responsavel por garantir a seguranca alimentar da populacao brasileira Brasilia, setembro de 2009 Ministério do Desenvolvimento Agrério METODOLOGIA Delimitagao do universo da agricultura familiar para identifi- cago quantitativa de sua participagao econémicae social. Construgao da varidvel derivada da Agricultura Familiar no Censo 2006 a partir de duas metodologias. A primeira, mais restri- tiva, elaborada pelo MDA em conjunto com o IBGE, a partir dos critérios da Lei da Agricultura Familiar (lei 11.326, de 24 de julho de 2006) + a 4rea do estabelecimento ou empreendimento rural no excede quatro médulos fiscais; + amio de obra utilizada nas atividades econdmicas desen- volvidas é predominantemente da propria familia; + a renda familiar é predominantemente originada das atividades vinculadas ao préprio estabelecimento; + 0 estabelecimento ou empreendimento ¢ dirigido pela familia. Asegunda corresponde aos critérios utilizados nos estudos do Projeto de Cooperagao Técnica entre a FAO e 0 INCRA, publicado em 2000 com o titulo “Novo retrato da agricultura familiar 0 Brasil redescoberto”, A metodologia foi aplicada Censo 1995/96 e agora a variavel foi atualizada, via tabulagées especiais do IB 2006, permitindo uma comparagao entre os dados dos dois censos. Isso se justifica, pois até a nova lei, esta era a principal referéncia no parao Censo debate publico e académico sobre o tema. As duas variaveis possuem um - niicleo comum dirego do estabelecimento pelo produtor com sua familia e a utilizacao predominante de mao-de-obra da prépria familia - e diferengas em relagao area do estabelecimento, Acaracteriza¢ao do rendimento das atividades eA mensuragao do trabalho familiar e contra- tado, além de outros aspectos. Em um senti- do geral, os critérios utilizados pela FAO/INCRA ampliam a abrangéncia do universo delimitado pela Lei da Agricultura Familiar PARTICIPAGAO DA AGRICULTURA FAMILIAR TOTAL DE ESTABELECIMENTOS AREA TOTAL YW (4.367.902 estabelecimentos) Agricultura Oe =—sC - Qo rantar co aan - estabelecimentos) © Ss Ss a = a = = = =z 5 5 5 g = SG = PARTICIPAGAO DA AGRICULTURA FAMILIAR > VALOR BRUTO DA PRODUGAO 2 ara 2 ieee ie 5 5 mR z on R$ 54 bilhdes z Sa E f = OD Z P ; 8 @rinitar” 8 Q mio rant PARTICIPAGAO DA AGRICULTURA FAMILIAR NO PESSOAL OCUPADO PESSOAL OCUPADO PESSOAL OCUPADO (em %) (em milhdes de pessoas) Wa A sol hy AGRICULTURA FAMILIAR EM 2006 Agricultura Familiar - AGRICULTURA —AGRICULTURA Agricultura FAMILIAR NAO FAMILIAR (CQ)Mo Familiar AGRICULTURA FAMILIAR POR REGIAO DISTRIBUIGAO DO NUMERO DISTRIBUIGAO DA AREA DE ESTABELECIMENTOS DA DOS ESTABELECIMENTOS DA AGRICULTURA FAMILIAR POR REGIAO AGRICULTURA FAMILIAR POR REGIAO @ Nordeste Sul @ Sudeste e Norte @ Centro-oeste [9002/9ze'TT 131] 9007 NA UVTI VUNLINDIWOV UAW at Ce eo eV a Cosy o S o a = a oe = 2 z < > 5 5 Sg & <= FEUAO MILHO AGRICULTURA FAMILIAR E PRODUGAO DE ALIMENTOS 9002 IW UVTI VUNLINDIDV 7 AUMENTO DO NUMERO DE Nae Em milhées ha Em milhdes de estabelecimentos 4,139 4,551) DD. COMPARAGAO 1996/2006 UO eae Oe Wwe te UT FAMILIAR NO VALOR BRUTO DA PRODUGAO VBP da Agricultura Familiar em relagao ao VBP Total da Agropecuaria (ih) 2 9002/966T OvdvuVdW AGRICULTURA FAMILIAR EM 2006 [LEI 11.326/2006] era familiar gera um VBP OC ed Error) Poet n tac) Eat EEG Pee CCRT] Ce OU We Oe w Ug RS/ha/ano OT es we Pessoas por 100 ha [9002/9ze'TT 131] 9007 NA UVTI VUNLINDIWOV Ue OV eR WT NUMERO DE . ESTABELECIMENTOS (em%) AREATOTAL (mx) PESSOAS OCUPADAS (ems) COMPARACAO 1996/2006 Ministro de Estado do Desenvolvimento Agrério Secretério-Executivo do Ministério do Desenvolvimento Agrério Presidente do Instituto Nacional de Colonizacao e Reforma Agraria - INCRA Cato Galvao de Franga, Mauro Eduardo Del Grossi, Silvia Pavesi, Vicente PM.A. Marques Editoragdo eletrénica: Rodrigo Lourenco 3LN3103dX4

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