squilo (525 a 465 a.C.) merece ser citado como inventor
do drama, pois diz-se que introduziu o segundo ator nas peas que eram representadas todos os anos em Atenas, em honra do deus Dionsio. Antes de squilo, as peas consistiam em trocas em verso acima de tudo religiosas entre uma figura solitria que representava um deus, ou um heri, e um coro que representava o povo. A partir do momento em que passou a haver dois atores interagindo um com o outro, comeou o verdadeiro drama. No incio, o coro continuou a desempenhar um papel importante, mas, com o passar do tempo, este desapareceu e o fardo do desenvolvimento da ao e do pensamento foi totalmente assumido pelos atores. Assim continua a ser hoje em dia. squilo lutou pelos gregos contra os persas na batalha de Maratona. Este fato foi registrado numa lpide antiga. As peas no foram mencionadas. Estas obras encontram-se entre os grandes tesouros da Antiguidade Grega. Majestosas e magnficas, tratam no seu verso sublime dos problemas vetustos do conflito entre o Homem e Deus. No seu maior trabalho sobrevivente, a trilogia sobre o heri Agamenon, a sua esposa assassina e o filho vingador Orestes, squilo mostrou como a hybris de Agamenon levou sua morte e aos lamentos infindveis que lhe assolaram a casa, perseguido por Frias e condenado ao Hades. A justia, disse squilo, o fumo da casa do homem comum. Os grandes so arrogantes, tal como o fora Xerxes, e so vergados pela ira dos deuses. Sfocles (c. 496-406) acrescentou elementos valiosos ao drama trgico em
desenvolvimento. Viu que no s os grandes, mas sim todos
os homens, eram apanhados na mesma armadilha inexorvel. Forados pela condio da sua vida a agir como se tivessem conhecimento do futuro, estavam fadados a sofrer, como o rei dipo, porque no tinham esse conhecimento e no podiam, assim, evitar os erros que lhes trariam a runa inevitvel. Os versos do coro de Sfocles so magnficos pela sua graciosidade e beleza lmpidas, mas as histrias que Sfocles contava, como bem sabia Aristteles, o Crtico, continham na sua breve durao um horror a que nenhum espectador conseguia fugir. Estes versos de dipo em Colono dizem tudo: