Disciplina: Cincia Poltica l Docente: Discente: Resumo Poltica e Moral A questo da relao entre Poltica e no-Poltica est vinculada a um dos problemas fundamentais da filosofia poltica, o problema da relao entre Poltica e moral. A Poltica e a moral entendem-se pelo mesmo domnio comum o da ao ou da prxis humana. Acredita-se que se distinguem entre si em virtude de um princpio ou critrio diverso de justificao e avaliao das respectivas aes , o que obrigatrio em moral no em Poltica, e assim por diante. A descoberta da distino que atribuda a Maquiavel (da o maquiavelismo dado a toda teoria que segue a separao da Poltica da moral) geralmente apresentada como problema da autonomia da Poltica, que o reconhecimento de que o critrio do qual se julga boa ou m uma ao poltica (o do resultado) diferente do que considera uma boa ou m moral (do respeito a uma norma cuja preceituao tida por categrica, independentemente do resultado da ao). Ambos os critrios so incomensurveis, e isto visto na afirmao de que, na Poltica, o que vale os fins justificam os meios. Mas em moral, a mxima maquiavlica no vale, j que uma ao, para ser julgada moralmente boa, h de ser praticada no com outro fim seno o de cumprir o prprio dever. Uma das mais convincentes interpretaes desta oposio de Weber entre tica da convico e tica da responsabilidade. O universo da moral e o da Poltica movem-se no mbito de dois sistemas ticos diferentes e at mesmo contrapostos. Dois universos ticos que se movem segundo princpios diversos, de acordo com as diversas situaes em que os homens se encontram e agem. Disso so representantes, de um lado, o homem de f (que considera a pureza de intenes e a coerncia da ao com a inteno), e de outro o homem de Estado (que considera a certeza e fecundidade dos resultados). A chamada imoralidade da Poltica assenta na moral pela qual devemos fazer tudo o que est ao nosso alcance para realizar o fim que nos propusermos . Aqui entram dois conceitos de virtude: o clssico (disposio para o bem moral) e o maquiavlico (capacidade do prncipe forte e sagaz que, usando as artes da raposa e do leo, triunfa no intento de manter e consolidar o prprio domnio).