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| TEORIA DA CONTABILIDADE is af Vee done FACULDADE DELTA, mantida pelo IUNI Educacional ~ UNIME SALVAD' ‘CURSO DE CIENCIAS CONTABEIS DISCIPLINA [TEORIA DA CONTABILIDADE | COD. | ANO/SEMESTRE | 2011/2 ‘CARGA HORARIA | DOCENTES | MARIA ALICE PORTO Teérica 60 Pratica PLANO DE ENSINO 1. PERFIL DO PROFISSIONAL Atuar em todas as atividades da drea de conhecimento contdbil, registrando, controlando, analisando e produzindo relatérios para gesto e na tomada de decisées em organizagbes publicas, privadas e sem fins lucrativos. 2. EMENTA Teoria do Conhecimento. A Origem da Contabilidade. As Escolas e doutrinas na histéria da Contabilidade, Teoria Positiva X Teoria Normativa. A Regulamentacao da Contabilidade. Estrutura Conceitual da Contabilidade Brasileira. Consideracdes sobre os Grupos do Ativo e do Passivo. Patriménio Liquido. Receitas, Despesas, Ganhos e Perdas, Evidenciacéo. A Pesquisa em Contabilidade. 3, OBJETIVOS DA DISCIPLINA Objetivo Geral: Construir conhecimento da teoria da contabilidade. Objetivos Especificos: a) Compreender, de modo critico e reflexivo, os Fundamentos Teéricos da Contabilidade; ) Identificar o alinhamento entre a teoria e a prética da contabilidade, compreendendo papel da profissao contabil no processo social mais amplo; ©) Desenvolver competéncias e habilidades para a utllizac3o da teoria da contabilidade e sua aplicacdo pratica, conforme seus principios norteadores. 4, CONTEUDO PROGRAMATICO. 1, Teoria do Conhecimento 1.2 A Contabilidade inserida nas Ciéncias Sociais 2. A Origem da Contabilidade 2.1 Periodos histéricos e evolutivos da Contabilidade 3. As Escolas e doutrinas na histéria da Contabilidade 3.1 Pseudopersonalismo 3.2 Contismo 3.3 Materialismo Substancial 3.4 Personalismo 3.5 Controlismo 3.6 Aziendalismo 3.7 Reditualismo 3.8 Patrimonialismo 3.9 Universalismo 3.10 Escola Norte-americana 3.11 Neopatrimonialismo. 4, Teoria Positiva X Teoria Normativa 4.1 A Teoria Positiva da Contabilidade 5. A Regulamentacao da Contabilidade 5.1 A Regulamentaco Contabil-origem 5.2 A Regulamentaco Contébil no Brasil 6. Estrutura Conceitual da Contabilidade Brasileira 6.1 Estrutura Conceitual Basica 6.2 Principios de Contabilidade 6.2.1 Postulados, Principios e Convencées 7. Consideragées sobre os Grupos do Ativo e do Passivo 7.1 Caracteristicas sobre os grupos do ativo e do passivo 7.2 Reconhecimento e mensuracao de Ativos 7.3 Reconhecimento e mensuraco de Passivos 8. Patriménio Liquido 8.1 Aspectos Relevantes sobre 0 Patrimonio Liquido 9. Receitas, Despesas, Ganhos e Perdas 9.1 Caracteristicas 9.2 Reconhecimento e mensuragdo das Receltas e das Despesas 10. Evidenciagio 11, A Pesquisa em Contabilidade 5. PROPOSTA METODOLOGICA + Leitura prévia da bibliografia indicada; + Explanacdo teérica; « Apresentacao de slides; + Atividades com exercicios supervisionades: individual e/ou realizados por meio de dindmica de grupos, com apresentacao e discussao dos temas propostos; + Reviséo de contetidos. 6. PROPOSTA DE AVALIACAO DO PROCESSO ENSINO E APRENDIZAGEM Seré adotada uma proposta de avaliago continuada, em que serio valorizados todos os momentos de interacdo ensino-aprendizagem, utiizando recursos de “feedback” para auxiliar a avaliacdo diagnéstica e formativa. Na avaliagio formativa sero utilizados os seguintes recursos: s Observacéo analitica baseada em escala qualitativa da participagio e andlise critica durante as atividades teéricas (seminérios e aulas expositivas); ‘+ Observago analitica baseada em escala qualitativa das atividades praticas realadas, « relatério de praticas e respeito &s regras de funcionamento do laboratério; Provas escritas. Todas as atividades receberdo um conceit numérico de 0 a 10. ‘A média final da disciplina corresponderé & soma dos resultados das atividades e a respectiva Giviso, A média minima de aproveitamento da disciplina é 7,0 (sete pontos). 7. FONTES DE ESTUDO E PESQUISA Bibliografia Basica: FILHO RIBEIRO, Jose Francisco. LOPES, Jorge; PEDERNEIRAS, Marcleide Estudando teoria da contabilldade. Sao Paulo: Atlas, 2010 HENDRIKSEN, Eldon S.; VAN BREDA, Michael F. Teoria da contabilidade. 5. ed ‘S80 Paulo: Attas, 1999. IUDICIBUS, Sérgio de; MARION, José Carlos. Introdugde @ teoria da contabilidadt 4.ed. So Paulo: Atlas, 2006. IUDICIBUS, Sérgio de. Teoria da contabilidade. 8.ed. Sao Paulo: Atlas, 2006. LOPES, Alexsandro Broedel; MARTINS, Eliseu. Teoria da contabilidade:uma nova abordagem. Sao Paulo: Atlas,2007. NIYAMA, Jorge Katsumi; SILVA, César Augusto Tiburcio. Teoria da contabilidade. 2.ed Sao Paulo: Atlas, 2011 SA, Antonio Lopes de. Teoria da contabilidade. 4.ed, Sao Paulo: Atlas, 2006. Bibliografia Complementar: 1 CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Resolugéo CFC n® 1.282, de 28/08/2010 - Atualizago da Resolugdo CFC n° 750/93, que dispbe sobre os Principios Fundamentais de Contabilidade. FIPECAFI. Manual de contabilidade societaria: aplicavel a todas as sociedades de acordo com as normas internacionais e do CPC. Sao Paulo: Atlas, 2010. SA Antonio Lopes de. Histéria geral e das doutrinas da contabilidade, Sao Paulo: Atlas, 1997. Bibliografia para Pesquisa: REVISTA BRASILEIRA DE CONTABILIDADE. www.cfe.org.br www.ereba.org.br inDICE TEXTOS QUATRO MIL ANOS DE CONTABILIDADE AHISTORIA DA CONTABILIDADE NO BRASIL A CONTABILIDADE E © CONTADOR NATUREZA DO CONHECIMENTO CONTABIL CONCEITOS E OBJETIVOS DA CONTABILIDADE TEORIA PURA DA CONTABILIDADE CONTABILIDADE: CIENCIA E POLITICA QUALIDADE E CARACTERISTICA DA INFORMACAO CONTABIL ESCOLAS DE PENSAMENTO CONTABIL: UMA SINTESE DE ESTUDO A IMPORTANCIA DO NEOPATRIMONIALISMO PARA A CONTABILIDADE CONTEMPORANEA E PARA A TEORIA PURA DA CONTABILIDADE ABORDAGENS DA PESQUISA EM CONTABILIDADE O SECULO DA CPA PRINCIPIOS DE CONTABILIDADE - ALTERAGOES ATIVO PASSIVO PATRIMONIO LiQUIDO RECEITAS E DESPESAS MENSURAGAO EM CONTABILIDADE EVIDENCIAGAO CONTABIL METODOLOGIA EM CONTABILIDADE O FUTURO DA PESQUISA EM CONTABILIDADE CONTABILIDADE ~ PERSPECTIVAS CENARIOS PARA O FUTURO REFLEXOES SOBRE ALGUNS TEMAS ESPECIAIS e QUATRO MIL ANOS DE CONTABILIDADE HENDRIKSEN, Eldon S.; VAN BREDA, Michael F. Teoria da contabilidade. 5 ed. Sao Paulo: Atlas, 1999. aon Fis: ‘Teocis ds commabiitinde / Ekéoa S. Hendsitsen, Zoran Sanvicente.— 1. ed. —6. reimpe ~ S30 Pa 2 “Titulo original: Accounting theory ISBN 978-85.224.2097-1 Michael E Van Breda; tradugfo de Antonio lo: Atlas, 2007. Quatro Mil Anos de pie ee earl NI Contabilidade Sy Ao terminar a leitura deste capitulo, vocé serd capaz de: © Explicar os antecedentes sociais, culturais e tecnolégicos que foram necessdrios & invengdo da contabilidade. 5 Descrever as principais contribuigdes das civlizagées nio ocidentais contabilidade. invengao da | = Identificar as principais diferengas e semelhangas entre o sistema de contabilidade eexistente no infeio do século 20 e o encontrado atualmente. = Relacionar os avangos da contabilidade aos progressos da sociedade. Reconhecer a origem antiga, nobre e multicultural da contabilidade e sua impor- laneia para nossa sociedade. Visio A Renascenga Geral do sistemas de partidas dobradas mais antigos so encontrados no norte da Kea, ¢ a remontam ao século XIV. O Frei Luca Pacioli codificou tais sistemas num apéndice a um Capitulo live publicado em Veneza em 1494, Antecedentes da Contabilidade A contabilidade florescex em solo fertilizado por séculos de aprendizagem e comércio | com 0 Oriente, invengGes tais como a vela latina, a imprensa e um novo sistema de | niimeros. Em grande parte, esses avangos foram levados & Europa da China e da india por estudiosos drabes. | A Era da Estagnagao Houve relativamente poucos avangos na contabilidade nos séculos seguintes. Esse pe- riodo foi mareado por grandes descobrimentos, como o das Américas por Colombo e pelo inicio da Revolugéo Industrial. 0 Grescimento da Profisséo Os profissionais de contabilidade comegaram a surgir no final do século XVIII. O Insti- tuto de Contadores Registrados da Inglaterra e do Pais de Gales foi fundado em 1880. 0 Instituto Americano seguit-se em 1887. O Futuro da Contabilidade A contabilidade desenvolvew-se em resposta a mudangas no ambiente, novas descobertas ¢ progressos tecnolégicos. Nao ha motivo para crer que a contabilidade nao continue a evoluir em resposta a mudangas que estamos observando em nossos tempos. [ Accontabilidade ¢ um produto do Renascimento Italiano. As forgas que conduziram a essa tenovagao do espirito humano na Europa foram as mesmas que criaram a contabilidade. Alguns argumentam até que essas forgas nfo teriam progredido a ponto de mol- dar nosso mundo atual se ndo tivesse havido a inven- 20 da contabilidade por partidas dobradas, pois ela criou uma base para o desenvolvimento do capita- lismo privado, gerador da riqueza que sustentou 0 artista, 0 mtisico, 0 religioso e o escrito” A histéria de contabilidade € a historia da nossa era; de mui tas formas, a prépria contabilidade conta essa histé- ria, pois os registros contébeis fazem parte da maté- ria:prima dos historiadores. Aprendemos muito a respeito de homens como Isaac Newton ¢ John ‘Wesley gragas aos livros contabeis que mantiveram. Como disse a novelista Josephine Tey, “a verdade nao est nas histérias, mas nos livros de contabilidade”.* A contabilidade, se adequadamente compreendida, pode ser considerada, portanto, como uma das ar- tes liberais. presente capitulo procura contar a histéria da contabilidade, relacionando-a ao mundo que lhe deu origem. Comeca com os primeiros registros contabeis encontrados, remontando a cerea de 600 anos. A hist6ria até a Renascenga é contada nova- mente num esforco para explicar por que a contabi- lidade foi inventada nesse momento especifico. Es- peramos que os estudantes completem esta segio ‘com uma idéia das origens da antiga e nobre arte que praticam, sintam-se orgulhosos de se chamarem de contadores, e estejam cientes cle quanto nossa heran- ca deve As grandes civilizagbes da Africa e da Asia. O capitulo prossegue com a Era dos Descobrimentos ¢ a Era Industrial e seu impacto sobre o mundo dos negécios ¢ a contabilidade em especial. O capitulo termina com a ascensao da profisséo da contabilida- de piblica na Gra-Bretanha, na Europa e nos Esta- dos Unidos no momento em que a primeira onda de industrializagio atingia seu ponto mais alto em todo © mundo, Sabemos, porém, que sistemas de escrituragao pot partidas dobradas comecaram a surgir gradati- ‘vamente nos séculos XIII e XIV em diversos centros de comércio no norte da Itélia. O primeiro registro * “A verdadeira histéria ¢escrita de mancira que no vse ser sransformada em histria.Contas de despesa com vestué- ro, relatrios de despesas, cartaspessois, testamentos. Se alguém disses, por exemplo, que Lady Fulana nunca teve um filho, e voce encontrar mim lvro de contabiidade, @ inserigio: ‘Pare 0 fiho dado & luz por minha senhora na ‘véspera de Michaelmas: cinco jardas de tecido azul, quatro ‘centavos e meio pode se dedua, com segursnga, que mi: ‘ha senhora teve um fiho na véspera de Michaelmas” The daughter of time. (ew York: Collier Books, 1951. p. 90-9. de um sistema completo de escrituragdo por part das dobradas é encontrado nos arquivos municipais da cidade de Génova, Itélia, cobrindo 0 ano de 1340.2 Fragmentos anteriores so encontrados nes contas de Giovanni Farolfi & Companhia, uma em- presa de mercadores de Florenca em 1299-1300, nas de Rinieri Fini & Itmaos, que negociavam em feiras e eram famosos em sua época na regio de ‘Champagne, na Franca.’ A Tlustragio 2.1 indica a localizagdo de muitas cidades citadas neste capitu- Io. primeito codificador da contabilidade foi um frei franciscano chamado Irmao Luca Pacioli, que passou a maior parte de sua vida como professor e estudante nas universidades de Perigia, Florenca, isa e Bolonha. Encerrou sua ilustre carreira lecio- nando Matemética na Universidade de Roma, um posto prestigioso para 0 qual fora convidado pelo Papa Leo X.** Entre seus amigos, estavam varios Papas, 0 matemético e arquiteto Leon Battista Alberti, ¢ 0 mais intimo de todos era Leonardo da Vinci. Era a Renascenca, Pacioli era um de seus produtos mais auténticos, Ollivro escrito por Pacioli era intitulado Summa de arithmetiea, geometrica, proportioni et propor- tionalitd, Apareceu em Veneza em 1494 ~ apenas dois anos apds a chegada de Colombo & América, € somente alguns anos apés o surgimento das primei- ras prensas em Veneza, o que indica a importancia de sua obra. A Summa era principalmente um trata- do de matemética, mas inclufa uma segao sobre 0 sistema de escrituracio por partidas dobradas, de- nominada Particularis de Computis et Scripturis, Esta seco foi o primeiro material publicado que desere- via 0 sistema de partidas dobradas, e apresentava 0 raciocfnio em que se baseavam os langamentos contébeis. Seus comentérios sobre a contabilidade so to relevantes e atuais quanto hé quase S00 anos. Por exemplo, veja-se o que escreveu sobre o que fa- zer apés a confeccdo de um balancete: Para que tudo fique mais claro no encerra- ‘mento mencionado, é necessirio que faca esta ou- ‘ra comparacio, a saber, somar numa folha de pa- pel todas os débitos de Razio+ e colocé-los do lado ‘esquerdo, e somar todos os eréditos e colocé-los do lado direito, e depois estas dltimas somas serdo ressomadas; uma das somas seré o total dos débi- 10s, € a outra serd o total dos eréditos, Agora, se as dduas somas forem iguais, ou seja, uma for igual & outra, ou seja, as somas dos débitos e dos eréditos, sua conclusdio serd a de que seu Raz ter sido bem ‘mantido.(..) ¢ encerrado pelo motivo mencionado acima no Capitulo 14; mas, se uma das somas for ‘maior do que outra, tera havido um erro no seu Ra- **Aligagio entre a contabildade e a matemsvca continuen até século dezenove com a publcago de che principles oF double-entry bookkeeping por Artur Cayley (1821-1895), ‘um professor de Matematica na Universidade de Cambridge, Inglaterra. 40 TEORIA DA CONTABILDADE ILUSTRAGAO 2.1 Europa e Oriente Préximo. (ORIGINAL _OLFis. Ho, o qual, com diligénca, seré melhor que o en- Conire com a intligéncia que Deus Ihe deu, ¢ com fs recursos de raciocinio que tiver adquirdo, e que Sao muito necessérios para o bom comerciante, tomo dissemos no infeo; caso contrdrio, no sendo {um bom contador em seus negécios andar como lum cego, e mitas perdas poderso surgi. (..)* Como disse A. C. Littleton, historiador da con- tabilidade, fica-se impressionado, lendo-se trechos ‘como esse, com o potico que acrescentamos & con- tabilidade nos anos que se passaram desde entio.* ‘© que nao quer dizer que nao tem havido mu- dangas. Algumas dessas mudancas permitem estabe- lecer contrastes interessantes entre as préticas das cidades italianas e os métodos e teorias atuais: 1. Durante 0 perfodo que se estende até o sé- culo XVI, o principal objetivo da contabilidade era produzir informacio para o proprietario ~ geralmen- te proptietério tinico. Em conseqiténcia, as contas ceram mantidas em sigilo e nao havia pressdo exter- na, como hoje, no sentido de exatidio ou da adogao de padrées uniformes de divulgacéo. 2, Emparte, em decorréncia da primeira ob- servagio, geralmente nio era feita distingio cara en- tre os negécios pessoais e empresariais de um pro- prietério, ou seja, o conceito atual de entidade nao havia sido desenvolvido. Houve excecbes, porém, € 1ndo era raro encontrar um comerciante com tum con junto de contas para sua casa e outro para seu ney gécio.* | 8, Osconceitos de exercicio contébile empre- sa em funcionamento inexistiam. Muitos empreen- dimentos eram de curta durago, ou continuavamn apenas apés a realizagio de algum objetivo empre- sarial espectfico. Em conseqiiéncia, o lucro s6 efa calculado quando da conclusdo do empreendimen to. Sem 0 conceito de lucro periédico, néio havia necessidade de langamento de receitas e despesas a realizar ou diferidas. Como 0s ativos imobilizados desempenhavam papel muito pequeno nos neg6- cios, ndo era necessdrio caleular depreciacio. Mes- ‘mo para os empreendimentos que eram organizadps por perfodos mais longos, tampouco havia necessi- Gade de eéiculo periédico de luctos, porque os pro- prietdrios estavam em contato direto com os negé- ios. 4. Aquarta caracteristica decorre da ausén- cia de uma tinica unidade monetéria estével. Sem um denominador comum, a escrituracdo por partidas dobradas é impossivel; dada a grande quantidade de unidades monetérias existentes durante a Idade Média, as partidas dobradas eram possfveis, mas complicadas. Assim, os langamentos de diario, tam- bém denominado Memorial ou Livro Diério, eram bastante descritivos, incluindo detalhes tais sobre as mercadorias, como sett peso, seu tamanho ¢ suas ddimensGes, bem como seu prego. As propostas recen- tes do Fasb a respeito da divulgacio relativa a ins- trumentos financeiros parecem indicar que 0s pri- meiros contadores estavam 500 anos & frente de seu tempol Resumo Resumindo, por volta de 1494, quando o livro de Pacioli surgiu, quase toda a maquinéria da escri- turagdo contabil, como a conhecemos hoje, jd exis- tia. Quando 0 Congresso determinow a criacéo da Securities and Exchange Commission (SEC) em 1934, com a finalidade de regulamentar a contabi- lidade, néo estava criando um novo sistema de in- formagées; ao contrério, estava simplesmente pro- curando regulamentar um sistema que havia flores- cido por conta prépria por mais de cinco séculos. Visto que a administracéo, com a ajuda dos conta- dores, havia presumivelmente criado sistemas con- tdbeis adequados sem a ajuda da intervenciio gover- namental, é perfeitamente cabivel que se pergunte se essa intervengfo é realmente necesséria. O deba- te dessa questo tem sido intenso e seré analisado em capitulos futuros. Por ora, basta apenas que co- nhegamos a antigtiidade da disciplina, contas, balancetes, balancos e demonstragoes de resultado remontam a Renascenca. A contabilidade, portanto, pode reivindicar uma linhagem téo nobre quanto muitas das profissées liberais, Os estudantes de contabilidade podem orgulhar-se de sua heran- a. Parte da heranga é representada por um vocabu- lari rico, quase todo ele proveniente daquele pe- rfodo, e em sua maior parte de origem fascinante. Dividas, devedores, debéntures e débitos, por exem- plo, sao palavras que resulta da base debere, ou dever, cuja contracao é dr, nos langamentos de did- rio. Créditos vem da mesma raiz da palavra credo, ow seja, algo em que se acredita, como a profissao de fé crista enunciada no Gredo dos Apéstolos. Também pode referir-se a pessoas nas quais se acredita, como credores ~ depositamos nelas nossa confianga, em- prestando-Ihes dinheiro. A origem latina é credere, caja contragio é cr, nos langamentos de didtio. (0s primeiros impostos na Inglaterra represen- tam outro exemplo. Eram arrecadados sobre uma ‘mesa coberta por um pano dividido em quadrados. Fichas eram colocadas num quadrado indicando di- mheiro devido; mercadorias e dinheiro pagos eram colocados num quadrado adjacente, numa forma vvisual primitiva de partidas dobradas. O pano, sen- do xadrez, levou ao similar inglés do Internal Revenue Service americano, denominado Exchequer. Mais tarde, a0 serem emitidos titulos piblicos, eles se tornaram conhecidos como letras do Exchequer, ‘ou cheques, abreviadamente - escritos como checks nos Estados Unidos! ‘VERIFICAGAO, 1. Enumere as diferencas entre a contabilidade atual e a que era praticada na Itélia do século XIV 2. Indique trés mudancas importantes ocorridas na contabilidade desde os tempos de Luca Pacioli ANTECEDENTES DA CONTABILIDADE Mas por que a Itdlia? Por que o século XIV? O ‘que é apresentado a seguir conta uma histéria estra- nha e interessante de como a contabilidade finalmen- te floresceu nessa época e nesse lugar. A medida que a historia é contada, torna-se rapidamente evidente que a contabilidade foi o produto de muitas maos imuitas terras. A histéria da contabilidade revela 0 quo cosmopolitas foram nossos ancestrais. A histé- ria da contabilidade rapidamente mostra que nossa ‘cultura deriva quase inteiramente de outras eulturas. Ahistéria também serve para ressaltar 0 fato de que a humanidade tem dado seus maiotes passos intelec- tuais e sociais em periodos de paz.e tolerdncia, Primeiras Civilizagdes Muito antes de que a Europa emergisse de ten- das e peles, economias sofisticadas ja existiam no Oriente Médio e no Extremo-Oriente. A dinastia Shang, na China, remonta a 1600 a.C., 20 passo que registros de uma cultura sofisticada na India datam ‘de 2300 a.C. As grandes pirdmides do Egito, a pri- meira das quais foi construfda 4 mil anos atrés, con- firmam a antigiiidade dessa civilizagio. O conheci- mento dessas civilizagoes antigas atingiu seu épice na Grécia classica. Filésofos como Plato e Ari 1t6teles, escritores como Hometo e Séfocles, e mate- 42 —TEORIA DA cONIABIDADE, ticos como Euclides e Pitigoras ainda influenci- ‘am nosso pensamento, Mais de dois milénios apés a ‘morte de Hipéerates, os médicos continuam a pro- ‘meter cumprir seu juramento. Foi utm dos discipulos de Aristteles, Alexandre, © Grande, que criou © maior império conhecido na ‘Antigilidade ~ euja extensdo sé foi menor do que 2 do Império Britanico. Em 332 a.C., fundou a cidade de Alexandria, na qual foi montada a mais extraor- ddindria das bibliotecas do mundo antigo. Em 235 ‘2, continha mais de 500 mil manuscritos ~lite- ralmente um tesouro. Foi ali, no inicio do século It, que Cléudio Ptolomeu, um dos maiores estudiosos da historia, desenvolveu suas teorias astrolégicas. Esereveu um livzo intitulado Almagest, que condi- cionow o pensamento mundial em astronomia duran- te séculos, edo qual decorrem os signos do zodiaco, tais como Aquario, Aries e Peixes.” ‘Varios registros contabeis datam desses perio- dos, Por exemplo, 0s agricultores egipcios nas mar- ‘gens do Nilo pagavam aos coletores de tributos com. cereais e linhaga pelo uso de agua para irrigacao. Recibos eram dados aos agricultores desenhiando-se | figuras de recipientes de cereais nas paredes de suas || casas.® Os arquedlogos eréem que as fichas de argi- la abundantes na Mesopotamia eram usadas, de manelta similar, para fins contabeis. Sistemas Contabeis sofsticados parecem ter existido na Chi- na jf em 2000 a.C., e referéncias intrigantes deno- tam uma familiaridade com o sistema de partidas dobradas em Roma no inicio da era crista. Ha até controvérsias a respeito da alegagao, feta por alguns pesquisadores, de que os romanos conheciam 0 con- ceito de depreciagio.® ‘Apenas 100 anos apés a conclusio da grande cobra de Ptolomeu, uma escassez de terras no norte fe no centro da Europa fez com que milhares de vin- alos e godos atacassem o Império Romano. Roma foi saqueada em 410 d.C. e “vandalizada” em 455 iC. Os unos, sob a chefia de Aula, emergiram da Riissia, forgando as tribos do norte da Europa ainda mais para oeste. Os anglos ¢ os saxbes invadiram a Inglaterra, criando as bases da cultura anglo- saxénica, Na confustio resultante, o conhecimento dos gregos dissipou-se. Por volta de 646 d.C., quan- do os érabes atingiram Alexandria, a grande biblio- ‘eca ali existente tinha sido completamente destruida por mos desconhecidas. © que restava da cviliza~ (do estava pendurado nos penhascos da Irlanda. O ‘mundo ocidental ingressava na escuridéo. Influéncia Arabe [esse momento, na distante Meca, uma peque- na aldeia da atual Ardbia Saudita, nascia 0 profeta ‘Maomé, Uma série de visbes que se iniciaram em 610 levaram-no a escrever 0 Cordo e a fundar o Isla. Menos de um século apés sua morte, seus seguido- res haviam conguistado a maior parte do norte da “Kea e do Oriente Médio, e haviam penetrado na Europa, send freados por Carlos Mago e seus pre= decessores imediatos, Em particulas a Espanba fora tomada des vsigodos em 711 ea Sila tornara-se lima provincia drabe. Jerusalém foi capturade, € entre 685 ¢ 705 0 grande templo conhecido como Giputa da Rocha foi construido no loal em que es- tivera o templo de Saloméo. Os mugulmanos ha- viam chegado até a india Em 765, os lideresislimicos,representados pelo ealifado de Abbasid transferram a capital do Ipério do isi A ecémfundada cidade de Bagd, fo ata Iraque. al mum desses aidentescuriosos {do destino que transformam nossas vidas, 0 segu- do califa, ArMansur, adocceu. O5 membros de sua conte, em busca de cura, descobriram o mosteiro de Sun Shapur 200 quldmetros 20 sul. 0 mosteio era ‘eupado por seguidores de Nestorius, um antigo patfarca de Constantinopla que fora banido pelo Conclo de Hfeso em 431, por pti de heresia. Os nestoranos haviam levado cépias de véris manus- ‘titosantigos em seu exo, e com iso 0 conheci- ‘mento grego havia sido preservado, praticamente por milagre CO resultado foi estabelecimento em Bagd do maior cento do conhecimento no peimeiro milénio. ola essa insitulgao que o8 arabes levaram da fn- tia uma das maiores descobertas da mente humans: conceito de 2r0, Alexandre, o Grande, havia con dusido seus exército até a india. Os indianos eram to fascinados pela astrologia quanto 05 gregos, © rapidamente absorveram tido 0 que 0 Ocidente tt haa ensinardhes, incluindo, mais tare, 08 ens hamentos de Ptolomex. Nesse momento, passados guns stculos mais tare, a india reribuia 0 favor to Ocidente, proporcionando acs sébios de Bagdd seus aperfeigoamentos da obra de Polomet. Acon Binagdo entre os tats sricoseindianosestimulow tm extudioso judeu, Jacob ben Tarik, a fundar uma tscola de astrologia em Bag. Foi nessa escola que ‘Musa AL Khwarizmi, o maior de todos os matemsti- tos arabes, ebibiotecdro do califaadoentado,es- troveu sua obra AlJabr Wat Mugebala, da qual t- amos o wermo aljbra, ou dgebre. A base de sua bra era deseoberta indiana do conceit de 2er0e, Juntamente com ele, a nocio de valor de posigfo que Savia permitido aos estudisos indianos desenvol- ‘imento do sistema numérico que wilzamos atual mente. Dado seu uso coriqueto, ¢ diel peroeber ufo soisicada € a nogao de wm nimero zero além de um nada vazio.* Também esquecemos como era {convenient a artmsicn antes do desenvolvimento do valor de psicio. J Hd indiios de que tnt o abies quanto os malas de- cmolieram eoncela de sro, Nenhuma otra nag pa- fect teredo to sofsicade em seu pensamento maemti- oem mesmo e908 Esse conhecimento no se limitou a Bagdé, mas espalhou-se pelo litoralafricano e chegou a Espanha, para onde o ltimo dos califas Umayyad havia fugi- do apds a conquista do poder islimico pelos Abbasids. O novo conhecimento, como originava de tantas culturas, promoveu forte clima de tolerancia, Judeus como Samuel bn Nagdela aleangaram altos Postos nas cortes dos califas.” Arabes, judeus e cris tos trabalhavam harmoniosamente nas universida- des de Cérdoba, Sevilha, Mélaga e Granada, trans- formando-as nos centros intelectuais da Europa. Entre 0s visitantes a Cérdoba estava Gilberto, Arce- bispo de Ravena,* um dos primeiros a introduzir 0 sistema numérico hindu-ardbico na Buropa, O est dioso inglés do séeulo XI, Adelardo de Bath, foi outzo vsitante da Cérdoba, retornando & Inglaterra com uma cépia de Euclides que orientou o ensino da matemiética na Inglaterra por vérios séculos, Mas, a idade de ouro da Espanha moura no duro muito. Em 1085, Toledo havia sucumbido aos exérctos cris tos. O grande filésofo judeu, Maiménides, fugiu da spanha para o Egito, onde se tornou médico de Saladino, 0 vizir do Fgito. Saladino foi o conquista- dor de Jerusalém, contra o qual lutou Ricardo I da Inglaterra de Robin Hood, Em 1258, Bagdé foi roma- da pelos invasores mongéis chefiados por Kublai Khan, . Individuos e cidades foram perdidos, mas no © conhecimento. Houve pessoas como Leonardo Fibonacei de Pisa (cirea 1180-1250), que eresceu no norte da Africa, onde, como crianga, aprendeu tan- toa lingua quanto a matemética dos arabes. Quan- do sua familia retornou a Pisa, esereveu o Liber Abacci, que muito contribuiu para popularizaro sis. tema numérico ardbico na Europa. A reagio aos ‘nimeros nem sempre foi favordvel, contudo. AIgreja considerou seu uso como heresia, e em 1299 sua utilizagao foi banida em Florenca. A probi¢io nfo sdurou muito, porém. A época em que Pacioli escre- ‘veu set livro, ja instruia seus leitores a usarem os iiimeros ardbicos exceto por titulos nos quais“.. ‘voce escreverd primeiro no Razio o ano & maneita antiga; ou sea, alfabeticamente do seguinte modo: MCCCCLXQOOAI (..)e assim dird: ‘usemos as letras antigas, pelo menos por uma questio de belezal.” ‘Muitos de nés ainda fazem o mesmo atualmente. E ‘cada vez que preenchemos um cheque tanto em le ‘tras quanto em niimeros arSbicos, estamos manten- do subconscientemente uma desconfianga milenar em relagio aos novos mimeros. Progressos Tecnoldgicos e Mudangas Socioecondmicas 0 Oriente proporcionou mais do que o conhe- ‘imento contido nos livros. Na batalha de Samar. > Giero mas tale rornou-se o Papa Sitveste I (QUATRO Mm ANOS De CONTARIUDADE — 43 and em 751, os exérits érabes capturaram uma fébrica de papel dos chineses, Em pouco tempo, Xativa, uma cidade ao sul de Vinci, transformou se no centro de produgio de papel da Europa. A pélvora, inventada pelos chineses no século IX, foi aproveliada pelos mongéts para fin blics, eingo chegou A Europa. Em 1180, Alexander Neckham, reio-irmio do Rei Ricardo, ¢ Abade de Cirencester, descreveu uma bissolautilizada na China, Menos de lo mais tarde, Alfons, o Sabio, rel espanhol de Ledo e Castel, tomava seu uso obrigatrio na navegasio. © maior progress, porém, fi a invensio de uma vela triangular, achamada vela latin, qe por volta de 1250 hava superado a vela quadrada dos romanos.Avela quadrada ea ideal quando o vento era de popa, mas relaivamente intl se assim nio 0 fosse. Avela latina possiblitava navegnr contra 0 vento, Antes de sua invengio, o coméreo limitava- se 8 navegagéo numa dregio em uma epoca do ano, navegando-se na ditego oposta em outa época; & ‘ela latina permicavajarem qualquer época do an. Essa vela,jantamente com o leme na popa, prova, velmentetransmitio pelos érabes a partir dos chi neses, permis a invengfo da caravela portuguesa ~a embarcagio que levou Bartolome Dias 20 Cabo da Boa Esperance, em 1488 foi a predecessora do galefo que wansportou Colombo a América ATs. tragio 22 mostra vel latina eo leme na popa cla- ramente, As“dkows", sobreviventes modernas des- ses navio, ainda navegem as gua drabes.= (0s navies proporcionaram os meios de trans porte, mas a necessidade imediata de tal tipo de transporte resultou da tomada de Jerisalém pelos turcos em 1079, Bssa tomada fez com que o Papa Urbano Tl, apenas 16 anos mais tarde, declarase uma guerre santa conhecida por nds como Primeira Cruzada, Do final do século Xt ao final do seco Xl, cruzadas sucessivas impulsionaram 0 desenvolvi rento do comércn,princpalmente entre as cidades italianas e 0 Oriente. Os eruzados precisavam de rnaviose supriments,e teaiam do Oriente prodi- ‘0s que ajudaram a estimular sua demanda, Sedas, especarias e corantes faiam a Europa; sal, made ra, ceeais eli eram dela exportados. Mercadores baseados em portos como Génovs, Amalie Veneza enriqueceram com esse comério, medida que ocomércio se expandin ea rique- za cra acumulada, a negociagio individual ia sendo substcuda pelo coméreio por meio de representan- tes eastociagées, O uo de sociedades permitia que as rises da navegacko maritima de longo curso fos sem comparihados e que a rqueza do capitalist fosse combinada a audcia dos Jovens mereadores Na sociedade silenciosa, denominadacommen- da, 0 capital fornecido pelo sécio inativo (0 ‘commendator) era como um empréstimo 20 sécio ativo (tractator), um esquema que evitava 0 pag mento de juros, uma pritica censurada pela Igreja 44 TEORIA DA CONTABILIDADE THUSTRAGKO 2.2 Uma caravela poreuguesa.” nessa época. A sociedade, portanto, foi importante fo desenvolvimento da contabilidade porque levou fo reconhecimento da firma como entidade separa~ due distinta das pessoas de seus proprietétios. A telagaa de representagio foi importante porque exi- sua prestagio de contas, Tarbém fol importante no Sesenvolvimento posterior da sociedade por acdes, pois a responsabilidade do commendator era tipica mente limitada ao montante investido. ‘Um efeito colateral trégico do aumento do co- _mércio foi a facilidade com a qual as doencas podi- fam viajar pelo mundo conhecido. Os marinheiros {que retomavam a Marselha de Caffa no Mar Negro, gn 1347, trouxeram consigo uma infeccao ‘pacteriol6giea conhecida como pasteurelia pests, ou peste bubonica, uma epidemia que afigtia a Euro- pa e ficou conhecida como Peste Negra. Dentro de {im prazo incrivelmente curto, a doenga havia-se tspathado por toda a Europa. Antes de desapareces, {um terco da populagio da Europa havia sido elimi hrado, O que era um desastre de proporgies devas: tadoras para alguns foi um momento de grande Sportunidade para outros. Fazendas, lares © neg6- dos foram abandonados pelos que morriam. Fort tras foram deixadas aos felizes sobreviventes. A es- assez de mao-de-obra fez.com que os salrios subs Sem. O sistema feudal comegot a declinar & medida ‘que os camponeses deixavam os campos em busca Ge saldrios mais altos. Uma economia monetéria comegou a tomar 0 Jugar das velhas obrigagies de ‘classe. A propriedade privada comegou a suplantar 4 posse conjunta da Idade Média, Em sintese, esta ‘Yam sendo langadas as bases de nossa sociedade. ‘Um dos efeitos secundirios curiosos da peste foi um substancial aumento do custo de produgio de rmanusertos por forga da morte de tantos individuos Titeratos, Como costuma acontecer, a necessidade promoveu a invenco, pois, no inicio do século X\, Johannes Gensfleiseh, mais conhecido por seu nome aterno, Gutenberg, revolucionou o mundo com a invengio do tipo mével. Em 1457, 0 primeiso livro, ‘um livzo de salmos, foi publicado em Mainz pelo ex- Sécio de Gutenberg, Joann Fust. Trina e sete anos mais tarde, 0 primeiro livro de contabilidade fot publicado. Veneza havia-se tansformado entao no Pentro mundial da imprensa. © lider era Aldus ‘Manutius, que até sua morte em 1515 havia tradu- ido todo autor grego conhecido, para que nunca mais a destruigdo de uma biblioteca significasse o fim do conhecimento humano. E foi assim que em ‘Veneza Pacioli encontrou um editor para seu texto Resumo dos Antecedentes Essse, portanto, foi o mundo no qual a conta bilidade nasceu. Como foi observado por Littleton, fera um mundo no qual vérios eventos, por ele cha~ smados de antecedentes, haviam convergido."* Um Conjunto de antecedentes foi a capacidade de expres- arte da: snvolvimento da aritmé- tica, 0 uso generalizado da moeda como denomi- nadot comum. Outro conjunto foi de natureza inst cuecional lesenvolvimento do erédito ea acumulagao de Capital. Entre esses antacodentes, 0 emipreendime ‘to conju © 4 empresa em sociedade, como inst iuigdes para failitar a acumulagio e o uso de capi: Gl, falver tenham sido as influéncias mais fortes quanto a cragao da necessidade do concelto de en- Rade consi edo eleulo de lueros. A Talia do s&ealo XIV foro pats afartunado no qual esses even- tos convergiram, oi odestinatério da sabedoria acu tmulada por geragbes de estudiosos da Mesopotamia, do Egito, da India e do Oriente Médio. Mudangas polticas e doencas haviam destruido a antiga dem Sociale lancado as bases de uma nova ordem. Acon- tebildade moderna, poranto, étanto um produto do renascimento da Europa, a chamada Renascen¢a, quanto a arte de Michelangelo, Da Vine Ticiano, Débitos e Créditos ‘Maas, por que especificamente a escrituragio por partidas dobradas? © conceito de dualidade freqientemente utilizado para justficar as partidas dobradas apenas exige que sejam reconhecidos dois Jados de eada transagdo. Isto poderia ser com igual facilidade feito numa tinica coluna, usando sinais positivos e negativos, quanto em duas colunas com ‘sbitos e créditos. Por exemplo, ao se usar caixa para dquirir estoque, por que no simplesmente colocar ‘um mimero positivo na coluna estoque e um néme- ro negativo na coluna caixa numa planilha? Por que falar de debitar uma conta ecreditar a outra? Por que toda essa maquinaria complexa? 0 fato curioso ¢ 0 de que, embora os iaventores da contabilidade dis- pusessem de coneeitos tais como moeda, capital pré- prio e despesas, nfo dispunham de niimeros negati- ‘vos! Havia a noglo de niimeros negativos, mas, ain- da em 1544, matemiticos como o alemao Michael Stifel os consideravam absurdos e fictiios. Na ver- dade, nio foram utlizados em matematica antes do século XVIL.® As contas sob a forma de T foram de- ‘senvolvidas, portanto, para indicar aumentos de um Jado e redugées de outro. O saldo era obtido por uma réeniea de “subtracio por oposigio”, ou, como dizia Pacioli verficando-se “se 0 erédito foi superado por seu débito”.** Em outras palavras, toda a maquina- ria de débitos e eréditos ¢ uma solugéo engenhosa para um problema inexistente! ‘VERIFIGAGAO, 1, Aptesente os ués antecedentes mencionados por Littleton para a introdugéo das partidas dobra- ‘QuaTRO wit ANOS DE CONTABIDADE — 45, ‘das, pela ordem decrescente de importincia que ‘voce acha que possuem. 2, Enumere trés contribuig6es de culturas nio eu- ropéias A Europa, que possibilitaram a invengio das partidas dobradas. 3. Compare os progressos teenolégicos & época da Renascenga com 0s deste século. AERA DA ESTAGNAGAO A parti do final do século XV, as cidades itlia- nas comecaram a decair tanto politicamente quanto como centros de comércio. Com o descobrimento do Novo Mundo e a abertura de novas rotas de comér- cio, os centros comerciais deslocaram-se para Espanha e Portugal, e posteriormente para Antuér- pia e aos Paises Baixos. Era natural, portanto, que © sistema italiano de partidas dobradas se espalhasse ‘esses outros pa(ses. Esritores como o matematico holandés, Simon Stevin, popularizaram as idéias de Pacioli em seu livro Vorstelicke Boukkouding, publi- cado em Leyden, em 1607, mais tarde traduzido para o francés. Poueas mudangas foram feitas nas téenicas de escrituragio; entretanto, essas obras co- ‘mecaram a indicar modificagées. De acordo com Peragallo, no periodo de 1458 a 1558, ‘0s autores preocupavam-se com a apresentagio do mecanismo de escrturagio desenvolvido nos negs- ‘os, Ninguém se interessou em desenvolver uma ‘eoria da partidas dobradaseninguém foi além das ‘necesidacies de exerituragio da empresa mercanti No segundo ciclo, de 1559 a 1795, surgia um novo elemento ~ a erica da eserituragio. Esse também foo periodo no qual as partdas dobradasestende- tam sua aplicagao a outros tipos de organizasées, tais como mosteieos eo estado. Com a critica © 8 fampliagio da esfera da escrituraglo, teve inicio a pesquisa tedriea sobre o assunto.” O historiador Raymond de Roover consideroxt ‘0 perlodo de 1494 a 1800 uma fase de estagnacio da contabilidade.™ Essa caracterizagao é um pouco {njusta, porque esse perfodo se iniciou como uma era de descobrimento e encerrou-se como uma era de revolugio, © mundo foi transformado, e isso con- dicionou a contabilidade. AEra do Descobrimento ‘A Era do Descobrimento foi provocada pelo poder das cidades-estado italianas, que impediam a participacio do restante da Europa no comércio do ‘Mediterréneo. Os portugueses apontaram o caminho navegando ao longo da costa da Africa em suas fré- geis caravelas, Em 1492, apenas dois anos antes do ‘parecimenta do livo de Pacioli, Cristévio Colombo ‘avegou para oeste mum galedo espanhol, 0 suces- 46. TEORIA DA CONTABLUDAD sor das caravelas. & bom otar que Colombo havia soteido em Genova, a localizagao dos mais antigos tegistres contdbeis conhecidos. £, menos surpreen ‘Tehemente ainda, ele foi acompanhado em sua Vir gem por um auditor nomeado pela corte espaniho~ ie para "isealizar as tapeagbes de Colombo quando Gumtecasse a calcular o custo do ouro ¢ das SGpectarais que acumulasie”.” Vasco da Gama, Seondo de Magalhdes, John Cabot e muitos outros Seguitiam Dias e Colombo na exploragio do mundo, Empresas de Capital Conjunto. As necessidar ‘hes Rnanceiras das viagens desses grandes explora Gores levaram 20 desenvolvimento da empresa de Capital conjunto, que teria uma importéncia multo fande para a contabilidade. Essas empresas padi aeger vistas como extensGes das commendas italia dias predecessoras das modernas sociedades por Sgbes, Os individuos reuniam-se para financiar Um ‘SHipreendimento, cada um recebendo direltos de fartcipagdo proporcionais a seus investimentos, No nal do empreendimento, os investidores eram Te cepolsados pelo total dos resultados, daf o termo participagio de liquidagto. ‘Uma das primeiras empresas de capital conjun- to a serem formadas foi a Companhia das ‘indias ‘Srientais na Inglaterra em 1600.~ Um dilema ime Giato era 0 de que geralmente nao havia dinkeiro ficiente, ao final de wma viagem, para entregar 205 ‘pvestidores, que recebiam pasticipagées na viagem ‘eguinte, em lugar de dinheiro: 0 antecessor do die sefendo em agbes. Ao se sobreporem participagées {le liquidagao a paricipagbes de liquidagéo, torna oe gemocesséria alguma contabilidade extremamen- Ye complexa. Propés-se endo que fossem feites in ‘Sstimentos em participagdes para diversas viagens. Thus era igualmente insatisfatorio do ponto de vista a pexabil, Bn 19-10-1657, um novo acordo foi firma Gh, permiindo que partcipacBes permanentes fos, sere autorizadas, representando um jnvestimento onjumto em todas as viagens por um prazo futuro cnusfinido, Um dos efeitos da substituisao de pat Uipagdes de liquidagéo por participagbes permanene Seba prétiea crescente de cilculo de lucros e per “Fes ao final de cada ano, em vez de a0 final de cada Guipreendimento. Em 1673, © Cédigo Comercial Hears exigia que todas as empresas fizessem um ‘alango pelo menos a cada dois anos. Com a pos Spilidade de tansferéncia, estabeleci-se o mundo Raha iabe ra wna aint importante do con “A Rah ona fnaniado 1 expedigio Drake Osh FES sora Peels pagou cua a cia exer 1 ices agulnou su orgumento ¢ anda cobra he aera eats inher ela tvs na Compania do to ue ttnbér foi ben-sucedida, Com of lures eres do Levante, foi funda a Companbia as nt cao locos dese grande empreendimest fo” 2 ore adbsequntesestimento inglés no estan ‘Kcouomle possibilities for Our 1 Oct 1980, . 160, 208) fg” GM. Keynes, secre. Sarda Evening Pst. am iron Aout eeution 1 190, do investidor, 0 principal usuario da pratica moder: na de divulgagso financeira.* ‘A Botha dos Mares do Sul. As companhias de Capital conjunto teriam um fim espetacular avie foutcas oportunidades de investimento no inicio do Penal XVI. As que existiam atraiam multidGes de ‘avestidores, que corsiam a partiipar de novas emis- bes de diteitos de participacao, 0 que fazia com que Sous precos dobrassem ou até triplicassem. © ¢280 sents vontiecido foi da Companhia dos Mares do Stl, Jupostamente constnuida para tirar proveito do tré- fam de escravos entre a Africa e a América do Sul. ‘Dizemos “supostamente” porque jamais foram publl- ‘ados prospectos ou demmonstrativos financeiros.Ine- Stavelmente, os castelos de papel que haviam sido Urigidos desmoronaram, custando milhares de libras Gis perdas a familia real britnics € muitos outros sabres rieos, o que equivaleria hoje a muitos mi- Ihoes.** Em consequéneia disso, cetificados de par- ticipagio foram banidos da Gra-Bretanha por mais de um século, ‘A Revolugéo Industrial ‘A Bra da Estagnagio acabou com o segundo avango muito importante para a contabilidade nes te periodo: o advento da Revolucao Industrial. £ di- fied indicar uma data exata na qual essa revolugo ‘omegou, ou apontar suas causas exatas, Sua origem faves teaha sido um periodo de bom tempo na In- tlaterra, que permitiu a ocorréncia de uma série de peas eotheitas, fazendo com que os pregos dos alc uontos caissem, e com isso a sociedade destrutasse le melhor nutrigdo e satide. Ao mesmo tempo, 0 sconhecimento dos fundamentos de higiene pessoal fen com que declinasse a incidéncia da peste, apés {quatro seculos de morte, Com isso, elevaramst a opulagio e a demanda de alimentos. A manufats-) pe Mesenvolveu-se para atender a demanda e inven- bes comesaram a transformar o local de traba- tho." Para atender a demanda crescente e susten= tar a populagio cada vez maior, fazendas ¢ fabricas, najores (originalmente denominadas “manufatt- as", exigindo mais equipamento, tornaram-se CO- nuns. Mais capital era necessério e os bancos foram Surgindo para fornect-lo, Em 1800, havia 80 bancos Somente em Londres, e quase 400 em todo o pals. ‘ada natureza do empreeninentopropeste, no dein ae Feet este pot nesta debacle nance. ‘cpa manufaure vem demare, ov md, fer Sigh eetatho, de moo que orginalmente se refer sb: Fe Samual Somente mals are & que as miquas subs the ies Ente ar aguinas rns imporeants, st ‘ui a pay 1773), a magulna de iar de Hargreaves tUjbrco motor 2 vapor de Wat (1765). sem 1773; foi criada a Bolsa de Valores de Londres, Bpuindo:se a de New York logo depois, em 1792-7 (0 século XIX e 0 inicio do século XX presen- ‘Garam uma expansio enorme da indistria, particu saree fe nos Estados Unidos na Inglaterra. Para ck ‘ar apenas um exemplo a progugao anual de 359 155 aeaye Unidos aurnentou de aproximadamente 29 Es onladas, em 1867, para cerca de 24 millhoes de Mieladas em 1914, €aproximadamente 56 milveet roner929. As invengBes mecanicas do século XV¥IE Garam aperfeigoadas ¢ colocadas em uso generalisa- eae socal XIX. O tear motorizado de Cartwright, for exemplo, foi patenteado em 1787, mas 320 foi Bo erenente ben sucedido em suas aplicagbes pré- sntet ano 30 anos mais tarde, © comércio também eCexpandiu, em parte como resultado das dows SaRiqueva das nagdes de Adam Smith, publicada ¢> so76 um livre que ajudou a estabelecer um come a pais livre e conduzit! a0 txatado de comérc. cawe a Franca e a Grd-Bretanha em 1786. Efeitos sobre a Contabilidade. Os efeitos sobre ee ncabilidade foram tanto diretos quanto indiretos. for exemplo, 0 advento do sistema fabril « da pro Giugio em massa resultou na transformagao 4c 2 oes pcos em custo significative do processo de Pro ugao e distribuigéo, tornando o conceito de depre, ceSgo mais importante. Amedida que aumentava 3 aaaressidade de informago gerencial sobre 0s Custos Be produgio eos eustos aserem atribuldos bavale- Gao de estoques, o mesmo acontecia com a nesess Serie de siseemas de contabilidade de custos. A aca de grandes volumes de capital, demandando = separacéo entre investidor ¢ admis 2 rate um dos prineipais objetivos da contabi ‘Tage passou a sera elaboragio de relatbrios @ pro” tetas ausentes, As informacoes financeitas: Ft cers eido. geradas principaimente para fins 4¢ sre, passaram a ser demandadas cada ved Mls ae acionistas, investidores, credores € pelo gover aor aereanto, 0 lucro como retorno aos investidores 2 eotaa ser distinguido de um retorno do capil re pretdrios. As grandes exigencias de capital 2es Bem condtiziram & criagfo da sociedade por apes e, com o tempo, a auditorias obrigatérias Resumo Assim, a0 final do século XIX varias mudangas saviam feito com que o sistema contabil estabelec sara esol assuimisse uma forma mais adequada Po meidades das grandes sociedades andnimas * juctvinis que caracterizam nosso mundo. vs da primazia vai para a Bolsa de Amsterdl (1602) «ie i 1725) fi seguida de pert pela de Pla ‘QUNTRO MIL ANOS DE-CONTABILDADE 47 Formas iniciais de empresa haviam sido Jnventadas, distinguindo-se de seus Pro- prietérios. ‘Tinham sido criados direitos de participa- do nessas empresas. ea conhecida a distingao entre capital © ucro. (© conceito de empresa em funcionamen- to havia sido langado. Havia bolsas de valores em atividade. [A indistria e 0 comércio estavam crescen= do. A HISTORIA DA CONTABILIDADE NO BRASIL Alvaro Pereira de Andrade - UFPE, In: José Francisco Ribeiro.; Lopes, Jorge.; Pederneiras. Org, Estudando teoria da teoria da contabilidade. Paulo: Atlas, 2009. 2.2.1.8 A Hist6ria da Contabilidade no Brasil ‘A hist6ria da Contabilidade no Brasil ndo esta ainda claramente sistematizada, 0 que temos de fato so descrigdes cronolégicas que marcam @ edigio de ato normativo de interesse comercial, a criagdo de um curso de comércio ou a presenga de profissionais de Contabilidade ainda na época co- onial, como € 0 caso de Brés Cubas, tido como 0 primeiro contador no Brasil, cuja nomeagéo para 0 cargo de Provedor da Fazenda Real e Contador das Rendas e Direitos da Capitania, data 23 de junho de 1551. Bras Cubas nasceu em 1507 na cidade de Porto, em Portugal, fundou a Vila de Séo Santos, hoje cidade de Santos. Governou por dois perfodos a Capitania de Sao Vicente, hoje, Sao Paulo. © proceso de regulamentagio da profissio contébil em Portugal ¢ efetivamente realizado du- rante a segunda metade do século XVIII, com 0 Marqués do Pombal, que instituiu a Aula de Co- mércio e estabeleceu o registro profissional de Guarda-Livros (antiga denominagio de Contador) nna Junta de Coméreio de Lisboa. Aproximadamen- te quarenta anos depois, a Familia Real se transfe- riu para o Brasil, e aqui implantou uma estrucura administrativa necessdria para a gesto dos neg6- cios da Coroa por D. Joao VI. Criou o Erério Régio através do Alvaré de 28 de junho de 1808. Com a instituig&o do Conselho da Fazenda, criou trés Contadorias Gerais, sendo nomeados para esses cargos: Joao Prestes de Mello, Anténio Mariano de Azevedo e Francisco de Paula Cabral de Mello. Naquela oportunidade, foi expedido alvard deter- minando a utilizagéo dos métodos das partidas nos registros contdbeis dos atos e fatos do proces- so de escrituragéio mercantil, Entretanto, observa- se jd no perfodo de administragéo do Marqués de Pombal que esse modelo contabil jé era utilizado no Brasil, em particular nas Companhias de Co- mércio, Esse fato pode ser constatado através do social da Compania Geral ge Comercio co o Parafba e em relatbrios conté- Rppborados pelos administrador dessa Com Metropole, der Hesetecss no Brasil do us0 crigatério na eset: > contabil por meio das partidas dobradas esente na prética, Pot jmposicao legal pers envio’ ‘a iextimicdo do Cédigo comercial Brasileiro Bb 50 foi mais um marco segularério para a ati Resede contébil no Brasil, po’ obrigatérias a escritura Eg eisboracio do balango geral am Re aos bens, dos direitos © Sas obrigagbes das em fens comerciais. Em “1931, através do Decreto TE 5 organizado 0 ensino comercial e Fest Gemeatada 2 profissio do ‘contador, porém ndO Se seeera 8 profissio como 42 spivel universitario, © vaso a acontecer com 8 edicho do Decreto Secs de 1045, vigente até 08 Has de hoje. A Lei _ a primeira Lei das sociedades por Ace cestabelecia pro- SSpmentos para o processo de eserituragéo com SS, disciplinando 0s critério® de avaliacio dos Gementos do ativo, 42 mensuracéo das rece! Geapesas ¢ apurago dos lucre™ © das perdas: est eleceu também regras para idistribuigao do 1ucrO. .gervas, entre outros. Constituiuses arco legal de estabeleciment? de s eontbeis em nosso Pals ja siste- ‘em 1976, a Lei nt 2.627 de +1940 foi revogada we da Lei n° 6.404 que TOE aiscipli- wramento mais complexo NS relacees societérias dias sociedades por agoes snstituindo a figura 42 reavaliagdo de ativos, estabelecimento rigorosas Para des, para a prot principalmente, snercantil das comps ceitos da legislagle comercial © 205 Contabilidade geralment® aceitos, em & demons rias para elaborat ativos € passivoss corigem «erohio nsriea comabitade 29°" capital, de reservas de Tuer f para protecio da de dividendos. Além disso, estabele- relagbes de participasto societic ‘combinaco de empresas edigdo da Lei dja Proviséria né 449/08, 2O tang de escrituracio contdbil das sociedades andnimas- 9.2.2 Organismos € entidades ster peehanaate 3 neal ligados a0 VTosenvotvimento da. feo" contdbil oO desenvolvimento da teoria contabil teve @ agio direta de diversos organisms © ensidads como instituicdes igovernamentais 08 OMS entida- ster prvadas que contsbusram contribuem com OM. 0 estabelecimento e principios ¢ vas produziram: ou est ria contabil- f fato que as entidades de profissionais de contabilidade de carter privado, que t€m © ‘papel de regular 0 exercicio d& rravidade de seus Profs: ssionais e emitir atos snormativos sobre a8 Praticas ‘contébeis, possuem Teas ‘comités, grupos de PFO” fessores voltados & vealizagio de pesavisas PA? 9 desenvolvimento da Base aeérica da contabilic dade. Alem disso, ess25 rentidades tem apoiado ° “esenvolvimento da pesduse através das universi- dades, 0 que tem Federal de contabitidade- (© Intemational Accounting standard Com fundado em junino d 11973, surgitt ‘partir do grupo © studos contaeis que havin ‘ido criado em 1961, ce objetivo era assessorar da Comunidade Europes acerca de te- vis, O IASC € uma fundacho privada in- de nao Iwerativa, que tem © de desenvolver padrbes internacionais fade de alta qualidade destinada @ vrais das demonstragoes contabeis, para o interesse pablico Bsses padres we através do International ‘Accounting Board (ASB), que nA realidade & um Sedependente de estabeleciment de pe Ecos membros sao indicades © supervisior pelos conselheiros da Fundagio IASC. 0 S composto por 14 membros provenientes d& paises, de instituicdes contabeis e de base de semento diversificada. Na realizacio do set objetivo, 0 TASB promove 4 utilizagio aplicacao das Tnternational Financial Re Standard (IFRS), além de devorst especial wo para as necessidades ds pequenas © mé © Financial Accounting standard Board sp), criado em 1973 com objetivo de desen Speer eszuos sobre 0s US GAAR 19% sido papel eno desenvolvimento da {6% contabil F- ectados Unidos, cua reperctssao dos seus (a = em sido absorvida também Pot paises que estzm com ele estreitas relasoes politicas € €0" veerciais, que aplicam por via indireta ou adotam te peovedimentos e padres PO meio de atos NOT Seivos. Este fato foi por nos observado, com a sicao da Lei n# 6.404 de 1976 ¢ também pelo De- coro n* 1.598 de 1978, qe gneroduziu no Brasil Gprigatoriedade de utilizacéo de procedimentos € cegras contabeis anglo-saxonicas, SOD @ alegacto Ge uniformizagio de padroes at exam utilizados pelas empresas transnacions!® que estavam s¢ €5° Bpelecendo em nosso Pals, ¢ afirmando-se ainda = maior transparéncia das informagoes contabels- wo Brasil, destaca-se 0 papel 60 conselho Fe- deral de Contabilidade, que © ° drgao responsével pela edicfio das Normas Brasileiras de Contabilidar Me. A pattir de 1993, com @ promulgagao da Re~ solugéo nt 750 sobre 08 ‘principios Fundamentals we contablidade, tem atuado de ‘maneita signifi- cariva sobre a eserucua da s0OF% contabil, com © apoio de grupo de profissiona pastante qualifica- dos nas diversas reas d& auagéo da Contabilida- de, 0 trabalho do Conselho Federal de Contabili- dade publicou uma grande jquantidade de Normas prasileiras que tem contsibuldo sobremaneira para ° desenvolvimento das bases redricas da ciéncia contabil. (© Instituto Brasileiro de Auditores Indepen- dentes (IBRACON),, pelo seu papel ‘yoltado dire- tamente para atuagao nO regramento contabil dos sruditores independentess principalmente aauieles que exercem suas atividades junto ‘ao mercado de capitais, tem estado presente ‘na andlise © jnterpre- faeio de normas, procedimensce e padroes conte Ss. cujo trabalho ausilia de forma significativa desenvolvimento da doutrin’ contabil brasileiza ‘A Comissio de Valores ‘Mobilidrios (CVM) € ‘um érgo do governo federal 3 ‘gemelhanga da Se ‘rites and Excange Comission (GEC) americana, Gque tem o papel de TORRE 8 ‘mercado de valores mobiliarios, sobretudo para as empresas © agenves que aeam na Bolsa de VAIO“ ‘useando a segt i do momen & = TS dos investidores. Tomo oxgao normative, & OM edita atos norma vos contébeis que esto em sintonia com o gue jacontece no mercado fnternacional, muitas VeZeS promovendo inovagbes © subsidiando 0 desenvol- Pimento de doutrinas contébels: “adentrando em setores cespecificos, tais como «9 bancésio, por exemplo, temo © Banco Central Mio Brasil, que exerce Papel fiscalizatorio do mode 1p regulat6rio contabil do sistem ‘pancério brasi- Faire que & estabelecido Pele Conselho Monetério Nacional. £ na area da ‘Contabilidade pablica, @ secretaria do Tesouro ‘Nacional (STN) tem exer ‘cido papel relevante na onstrugao normativa dO Contabilidade do setor governamental, 0.que JU" tamente com o conselho ‘Federal de Contabilidade werd contribuindo para a evoUsao da teoria conté- bil no ambito da Area publica. Me de diversos aspectos, entte cles destacam-se @ ‘ampliagao das relacdes ‘ccondmicas € 40 fluxo de ‘capitais entre pases; @ grande internacionalizagéo de empresas levaram & jererminagéo entre 25 DA oes desenvolvidas © 25 ‘emergentes de iniclar um processo de convergencs ‘das normas contabeis Mrternacionais. No Brasil, 0 Conselho Federal de Contabilidade criow © ‘Comité de Promunciamen: tos contabeis (CPC), aves a Resolugio CFC n* \ 1.055/05, que é composto por membros represen- antes: da Associagio Brasileira das Companhias Abertas (ABRASCA); da Associacéo dos Analistas © Profissionais de Investimento do Mercado de Ca- pitais (APIMEC NACIONAL); da Bolsa de Valores de Sao Paulo (BOVESPA); do Conselho Federal de Contabilidade (CFC); do Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (BRACON); da Funda- cdo Instituto de Pesquisas Contébeis, Atuariais e Financeiras (FIPECAFD) 0 objetivo do CPC est descrito no artigo 3° a Resolucéo CRC nt 1.055/05, conforme a seguir: “Art. 38 © Comité de Pronunciamentos Contabeis (CPC) tem por objetivo 0 estudo, preparo e a emisséio de Pronunciamentos ‘Técnicos sobre procedimentos de Contabili- dade e a divulgagao de informagées dessa natureza, para permitir a emissio de nor- mas pela entidade reguladora brasileira, vi- sando A centralizagdo e uniformizagio do seu proceso de producéo, levando sempre em conta a convergéncia da Contabilidade Brasileira aos padres internacionais.” A atribuigio do CPC tal qual esta definida na mencionada Resolugéo é estudar, pesquisas, discu- tir, elaborar e deliberar sobre o contetido e a reda~ cio de Pronunciamentos Técnicos. No paragrafo primeiro do artigo 4° da Resolugao n* 1.055/05, mencionado que o CPC poderd emitir Orientagdes « Interpretagdes, sendo que todos poder ser con- substanciados em Norma Brasileira de Contabili- dade pelo CFC e em atos normativos pelos érgaos reguladores brasileiros, visando dirimir diividas quanto & implementago dos Pronunciamentos ‘Técnicos emitidos. e A CONTABILIDADE E O CONTADOR IUDICIBUS, Sérgio de.; MARION, José Carlos.; FARIA, Ana Cristina de. Introdugao a teoria da contabilidade para o nivel de graduagdo. 5.ed. Sao Paulo: Atlas, 2009. Dados Internacionais de Catalogagio na Publ smara Brasilelra do Livro, SE, Brasil) Tudiibus, Sérgio de Intreducio é teria da contabilidade para o nivel de graduacio / Sérgio de Iudiibus, José Carlos Marion, Ana Cristina de Faria. ~5. ed. ~ 2. reimpr.~ S80 Paulo: Atlas, 2000. Bibliografa. ISBN 978-85-224-5361.0 4 Contabilidade 2, Contabilidade ~Teorie 1 Marion, José Carlos, Il. Titulo, 99.0435 cpp-6s7 2 A CONTABILIDADE E O CONTADOR* 2.1 Atomada de decisio Frequentemente estamos tomando decis6es: em que hordtio iremos le vvantas, que roupa iremos vestir, qual tipo de comida iremos almogar, a que programa iremos assistr, qual trabalho iremos desenvolver durante o dia etc. Algumas vezes, so decisées importantissimas: 0 casamento, a carreira que cescolhemos, a aquisi¢éo de casa propria, para exemplificar Evidentemente, essas decisSes mais importantes requerem um cuidado ‘maior, uma andlise mais profunda sobre os elementos (dados) disponiveis, sobre os critérios racionais, pois uma decisao importante mal tomada pode prejudicar toda uma vida. ‘ToMADA DE DECISKO NA EMPRESA Dentro de uma empresa, a situagdo néo & diferente. Frequentemente, 08 responséiveis pela administragao esto tomando decis6es, quase todas importan- tes, vitais para o sucesso do negécio. Por isso, hd necessidade de informagées corretas, de subsidios que contribuam para uma boa tomada de decisio. Deci ‘Ges tais como comprar ou alugar uma méquina, se devemos ou néo terceirizar uma atividade, formar o preco de um produto, contrair uma divida no longo Este capitulo € para dar uma ideia geral sobre o campo de atuago do Contador. 22 neg bead combi + has Mason ea ou curto prazos, quanto de divida contrairemos, que quantidade de material para estoque deveremos comprar, reduzir custos, procluzir mais etc, A Contabilidade é 0 grande instrumento que auxilia a Alta Administragao a tomar decisbes. Na verdade, ela coleta todos os dados econdmicos, mensurando- 6s monetariamente, registrando-os e sumarizando-os em forma de relatérios, que contribuem sobremaneira para a tamada de decisées. AMA cEstAo Observamos com certa frequéncia que vérias empresas, principalmente as pequenas, tém falido ou enfrentam sérios problemas de sobrevivéncia. Quvimos empresérios que criticam a carga tributéria, os encargos sociais, a falta de recursos, 0s juros altos etc, fatores estes que, sem diivida, contribuem para debilitar a empresa. Entretanto, aprofundando em nossas investigacées, constatamos que, muitas vezes, a “célula cancerosa” no repousa naquelas as, mas na ma geréncia, nas decis6es tomadas sem respaldo, sem dados confidveis. Por fim, observamos nesses casos, uma Contabilidade irteal, dis- torcida, em consequéncia de ter sido elaborada, tinica e exclusivamente, para atender as exigéncias fiscais, Vivemos um momento em que “aplicar os recursos escassos disponiveis com a méxima eficiéncia” tornou-se, dadas as dificuldades econémicas (con- corréncia, globalizaco etc.), uma tarefa nada fécil. A experiéncia e o feeling do administrador néo so mais fatores decisivos no quadro atual; exige-se um lenco de informagées reais, que norteiem tais decisées. E essas informagées esto contidas nos relatérios elaborados pela Contabilidade, ‘ToMADA DE DECISAO FORA DOS LIMITES DA EMPRESA Evidentemente, o processo decisério decorrente das informagdes apuradas pela Contabilidade nao se restringe apenas aos limites da empresa, 20s admi- nistradores e gestores (uswétios internos), mas também a outros segmentos, \uais sejam, ustidtios externos. + Investidores: t por meio dos relatérios contébeis que se identifica a situagéo econémico-financeira da empresa; dessa forma, 0 investidor ‘tem as mos os elementos necessérios para decidir sobre as melhores abate ‘canada oo alternativas de investimentos, Os relatérios evidenciam a capacidade da empresa em gerar Iueros ¢ outras informagoes. + Fornecedores de bens e servigos a crédito: Usam os relatérlos para analisar a capacidade de pagamento da empresa compradora + Bancos: Utiizam os relatérios para aprovar empreéstimes, limite de crédito etc. © Governo: Nao s6 usa 0s relatérios com a finalidade de arreeadaglio de impostos como, também para dados estatisticos, no sentido de melhor redimensionar a economia (IBGE, por exemplo). © Sindicatos: Usilizam os relatérios para determinar a produtividade do setor, fator preponderante para reajuste de salitios. + Clientes: Verificam se a empresa fornecedora tem condigées de aten der seus pedidos. + Outros interessados: Funcionétios (este, usuario interno), 6rgiios de classes, pessoas e diversos institutos, como a GVM, 0 CRC ete. Porque os pequenos empresérios néo utlizam a Contabilidade, de maneira adequada? Por que se diz que Contador 6 0 médico da empresa? 2.2. A fungio do contador Diante de um leque diversificado de atividades, podemos dizer que a tarefa basica do Contador € produzir e/ou gerenciar informagées titeis aos usudtios da Contabilidade para a tomada de decisdes. Ressalte-se, entretanto, ue, em nosso pafs, em alguns segmentos da nossa economia, principalmen- te na pequena empresa, a fungdo do contador foi distorcida (infelizmente), estando voltada quase que exclusivamente para satisfazer as exigéncias do fiseo. 24 nod teodn da conta + Webs, Mion Fai ‘AREA DE ATUACAO DO CONTADOR | aatinistragao | + Investidores 1+ Bancos |} Governo eee ~ |e cata de dos | Rego dos dade @ ;rocessamento “2 Outrasinteressados Relatorios Usuario (tomada ‘de decisao) Pausa Sis ‘O Registro de Dados ou a Escrituragéo Contdbil estdo em extingdo? Escriturar é uma atividade agradével? 2.3. Acontabilidade como profissio A Contabilidade é uma das éreas que mais proporcionam oportunidades para o profissional. O estudante que optou por um curso superior de Contabi- lidade terd indimeras alternativas, entre as quais citaremos as seguintes: CONTADOR. fio profissional que exerce as fungdes contabeis, com forma- «ho superior de ensino Contabil (Bacharel em Ciencias Contébeis). + Contabilidade Financeira: a Contabilidade Geral, necesséria a todas as empresas. Fomece informagbes basi externos e é obrigatéria conforme a legislagéo comercial. ‘A Contabilidade Financeira, de acordo com a érea ou a ativi- dade em que é aplicada, recebe virias denominaces: Contabilidade ‘Agricola (aplicada as empresas agricolas); Contabilidade Bancéria cial Caplicada is empre da aos hospitals iplicada aos bancos); Contabilidade Con sas comerciais); Contabilidade Hospitalar (aplic Contabilidade Industrial (aplicada as induistrias); € mais: Contabi lidade Imobilidria, Contabilidade Agricola ou Rural, Contabilidac Publica, Contabilidade de Seguros, Atuaria ete + Contabilidade de Custos: esté voltada para o célculo, interpretagiio e controle dos custos dos bens fabricados ou comercializados, ou dos servigos prestados pela empresa. « Contabilidade Gerencial: voltada para fins internos, procura suprir 1 gestores de um elenco maior de informagées, exclusivamente para 1a tomnada de decisées. Diferencia-se dos tipos de Contabilidades ji abordadas, pois no se prende aos Princfpios Fundamentais da Con. tabilidade. O profissional que exerce a Contabilidade Gerencial, tam bém & conhecido como Controller. AUDITOR. Auditoria é 0 exame, a verificagéo da exatidao dos procedi ‘mentos contabeis. + Auditor Independente: & o profisional que no & empregado da” fmpresa em que estéreslizando o trabalho de Auditoria. £ um pro: fessional Hberal, embora possa estar vinculado a uma empresa der ‘Auditoria. (0 registro definitivo de Auditor Independente é conferido a0 Contador que estiver registrado no Conselho Regional de Contabili- dade e tiver exercido atividade de Auditoria por perfodo nio inferior a cinco anos (podendo ser reduzido para trés anos, apés conclusio do curso de especializagio em Auditoria Contabil, em nivel de pés- sraduagao) e aprovagio em Exame de Qualificagio Téenicaaplicado pelo CFC. + Auditor Interno: € 0 Auditor que é empregado (ou dependente eco- némico), preocupado principalmente com o Controle Interno da em- presa. ANALISTA ECONOMICO-FINANCEIRO. Analisa a situacio econdmico financeira da empresa por meio de relatérios fornecidos pela Contabilidade ‘A andlise pode ter 0s mais diversos fins: avaliacfo de desempenho, concessio de crédito, investimentos ete. PERITO CONTABIL. A perica judicial & motivada por uma questio jail, solicitada pela ustiga, O contador faré uma verificagio na exatidio dos registro contdbeis ¢ em outros aspectos ~ dal a designagio Perito Contabil CONSULTOR CONTABIL. A consultoria, em franco desenvolvimento em nosso pais, nd se restringe especificamente 2 parte contébil e financeira, mas também ~¢ aqui houve um grande avango da profissdo & consultoria fiscal imposto de Renda, IPI, ICMS e outros), na area de processamento de dados, comircio exterior, Custos e Formagio de Precos etc. PROFESSOR DE, CONTABILIDADE. Exerce 0 magistério no ensino méelo ou supetior (neste caso ha necessidade de pos-graduagao), nio sé na érea Contébil, como também em cursos de Ciéneias Econdmicas, de Administracio etc PESQUISADOR CONTABIL. Para aqueles que optaram pela carrera uni versitéria, e que normalmente dedicam um periodo maior & universidade, hi ‘um campo pouco explorado no Brasil, ou seja, a investigagéo cientifica na Contabilidade. Em outubro de 2008, pelo sitio da Coordenagio de Aperfeicoa- ‘mento de Pessoal de Nivel Superior (CAPES), ha 19 Mestrados (académicos « profissionais), e 3 Doutorados reconhecidos nesta érea (FEA/USB FURB ¢ ‘UnB). Todas as instiuiges que mantém esses cursos tém apoiado e motivado o desenvolvimento de muitas pesquisas na dtea contabil ‘CARGOS PUBLICOS. Em muitos concursos, ais como para Fiscal de Renda, tanto na drea Federal quanto na Estadual ¢ na Municipal, tem havido grande contingente de contadores provados. cargos de assessoria, elevadas postos de chefia, de geréncia e, até mesmo, de diretoria, com relativo sucesso. O contador é um profissional gabaritado para tais cargos, pois, no exercicio de sua atividade, entra em contato com todos ‘0s setores da empresa, £ comum afirmar-se que o elemento que mais conhece a empresa ¢ 0 contador. Por fim, ainda encontramos contadores que exercem a funcio de executivos, tal como a de Controller. Outras éreas, ainda ocupadas pelo Contador: Investigador de Fraude, Eseritor, Parecerista, Avaliador de Empresas, Conselheiro Fiscal, Mediador e Arbitro etc. Tente ressaltar outras profssdes que’ © profissonal conta tum leque t30 grande de alternativas quanto Quadro 2.1. Visdo geral da profssto com i ; nn EE il Hee AT UW RPAH ead i fee AE HARUHI eR SNE TH aM (S Ce HAE il ARR al dela | iL Ti ) ay yell Ny - = G Ly 2.4 Acontabilidade em outros cursos reas afins 4 Contabildade, como Economia ¢ Adminstago de Empre sas; ntzam corn muita frequéncia a Contailidade, Poderfamos dizes aye 2 ancl esta itimamoente ligadas & Contabilidade, que Ines expe Suanciaiva e qualitativamente os dados economies. Tentretanto, ndo sio apenas os cursos de Economia e de Administacio de Empresas que tem em seus curriculos as dseiplinas de Contabilidade. Na ae nde de Direito para os estudantes que se especiaizam em Direito Co mercial ministra-se a disciplina Contabilidade Empresarial; na Faculdade de Higiene e Saide, observamos a disciplina Custos Hospitalares: na Faculdade aaa gnicagdes, dose nogbes de Contabilidade para que o futuro profissio hal possa interpretar melhor a situaco econémico-financeira fas HY BIC! vines do curso de Estatistica ja fazem optativamente Contabiidade, par telhor aplicar aquela discipina aos dados econémicos dentro da empress areca expecificagbes dos cursos de Engenharia, principalmente agueles Tigadas diretamente & indstria, jé se ministra & Contabilidade; cursos de peccersamento de Dados incorporaram disciplines de Contabilidade; cursos de Bdueagdo Fisica também a utlizam, quando o estudante se especializa ef ‘sdministragao Esportiva; por fim, na grande maioria das profiss®es Iiberais, fom que o profissional ira desenvolver atividade em seu préprio cescritério ou onsultério (médico, dentist, advogado etc.) tio necessérios conhecimentos, ‘mesmo que elementares, de Contabilidade. Ee or que Enfermeiros de alto padro precsam de Contbiidade? Por que wy iS Fees. mgronomo precisa conhecer Contabidade? Ou, ainda, por que MELO a oe eologos precsam aprender Contablidade? (Profisionas como esses 8 oram nossos alunos)

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