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'© 2012 Todapalavc Edtore Revisso ele Leonard ewles Proto gritico eciagramagso estidio texts Depesito legal na Biblioteca Nacional ISBN 978-85-62459-26.5 ‘Todapalavra Editora Rua Kavier de Souza, 596 - Ponta Grossa ~ Parand ~ 84050-090 (42) 3226-2569 42) 8424-3225 ‘odapalavraeditora@todapalavraediora com.br Sire: wivw.todepalavraecitora.cor.or SUMARIO PREFACIO APRESENTACAO ... ETICA E PESQLISA EM CIENCIAS SOCIAIS.. ‘Mircia Helena Buldan’ e Samuel longe Moysss sna NORBERT ELIAS E PIERRE BOURDIEL: ‘TENSOES E CONVERSACOES TEORICO-METODOLOGICAS NO EXERCICIO DE COMPREENSAO DO MUNDO SOCIAL. Wanderley Maren’ faxior jukano de Souza MIDIA NOTICIOSA COMO MATERIAL DE PESQUISA RECURSOS PARA O ESTLDO DE PRODUTOS JORNALISTICOS ..... 49 Simi Partese Gislene Sica ‘O LAZER E O ESPORTE VISTOS A PARTIR DA. ‘TEORIA DA ACAO COMUNICATIVA DE FABERMAS Gustave Lule Guarrez = Marco Antonie Seine de Nmeie PESQUISA LONGITUDINAL: APONTAMENTOS A PARTIR DA SUA APLICABILIDADE ccsee seer weve 9D ty Rolin de Meira A TRIANGULACAO COMO RECURSO METODOLOGICO NA PESQUISA SOCIAL... ‘arc de fon Fria, 129 TRIANGULAGAO DE METODOS QUALITATIVOS: IMAGENS REFLETINDO A ESCOLA VISTA DE FORA lau Tadéa Ferra de Jose Fain Goncalves Cavalcante 128 |* FESQUSA LONGIUGINAL: APCN"AMENIOS A PARTI 34 SUA AFUCABILDADE DOIMO, A.M. Pluralidade religiosaa bras sociativismoemavimertos sociais em Seo Paulo, In: AVRITZER, L. (Org). A partcipagao em Sao Paulo, So Paulo: Editora UNESP, 2004, GURZA LAVALLE, A; HOUTZAGER, P; CASTELL, G. A cors Boitica da Sociedade civil. In: GURZA LAVALLE, A. (Org). O da polltica: quest6es emergentes e agerdas de pesquisa. $30 Paulo: Cosac Naify, 2008. res politicos: panicipacao nas novas polticas demacraticas em In: AVRITZER, L. (Org). A participacdo em Sao Pauls, Sao Paulo: Editora UNESP, 2004, INVERNIZZI, N. Tralet6rias ocupacionais de trabalhadores precariamiente escolarizados, In: REUNIAO ANUAL DA ANPEDD, 25., Anais... Caxambu, MG, 2002. MENARD, 5. Longitud sciences, London: Sage, 19 - Longitudinal research. 2. ed. Thousand Oaks: Sage, 2002 asclz quantitative applica‘ions in the socia! MOURA, R.R. de, Euruturas de oporunidades polticas € aorendizado dernocratico: 0 associa:ivismo de bairro em Blumenau (1994-2509). 2008, Tese (Doutorado ~ Centro de Fil ie P6s-Gradvagso em Sociologia P SILVA, M. K. Associatiismo e desigualtace: uma andlise sobre oportuni- dades polttcas e -ecutsos associativos ern duas Associac6es de Moradores 2-14 de juno de 2009 de trabathadores desligados do jicagces. 2003. Dissertacaa (Mestrado) — Instituto de Filosofia e Ciencias Humanas, Programa de P6s-Graciuagao em Sociolo- Bia, UFRGS, Porto Alegre, 2003. SIMAO, \. M. As trajet6rias © a onganizagdo do trabaliio cooperado e au- togestor. 2008, Tese (Ooutorado) - Universidade de Erasila, Programa de Pés-Graduagao em Politica Social, Brasilia, 2098, TARROW, S. O poder em movimento: movimentos sociais © confronto poltico, Petrénolis: Vozes, 2008 A TRIANGULACAO COMO RECURSO METODOLOGICO NA PESQUISA SOCIAL Aparecida de Jesus Fe Jussara Ayres Bourguignon INTRODUCAO Discutir sobre a produgao do conhecimento, sobre axiomas igmas te6ricos, bem como sabre a reprodugao des- encontradas pelas cié nham uma magnitude maior quando se trata das chamadas ciéncias sociais e sua conjiguragao a partir da pesquisa social, e de como essa pode ser sustentada em termos de rigor cientfiico. ‘O presente capitulo inscreve-se nesse debate, centrado na discussio sobre a ciéncia, considerando-a como uma produgio humana e social que busca rigor cientifico na interpreta¢ao da realidade, a partir do método de anilise. Assim, entendemos que, nas ciéncias sociais, a realidade deve ser interpretada a partir de ~aproximasées sucessivas na busca dos determinantes dos fendme- 30 METODOLOGICO NA PESQUBA SCCAL os, nas suas méltiplas configuragbes. No permanente exercici de pesquisa, € preciso que a realidade seja analisada sob varios aspectos. A triangula¢ao de métodos é uma abo-dagem sui gene- ris que prope uma abordagem interdisciplinar dos fendémenos, sendo, portanto, uma estratégia metodolgica que pode Posias satisfatérias no trato da dicotomia entre as pesquisas tidas ‘como quantitativas e qualitativas. O objetive deste texto é discutir a triangulacio de métodos como uma opcao metodolégica nas ciéncias sociais. Em um pri- meiro momento, ser4 apresentada uma reflex3o sobre a ciénci mais especificamente sobre as ciéncias sociais como produgao humano-social, e também sobre a busca pelo rigos cientifico e a importancia do emprego do método na interpretagio dos dedos. A seguir, sero desenvolvidos alguns instrumencos de pesquisa fun- damentais para o processo de oper ngulacao € anilise de dados. Finalmente, seré incorcorada no texto a siste- matizac2o de momentos importantes na conformacao da triangu- lagio de métodas, como apore de instrumentacao e sustentag30 cientifica de analise de dados. PARA ALEM DO DUELO PARADIGMATICO — A TRIANGULACAO COMO POSSIBILIDADE Ahistéria da pesquisa e, por conseguinte, da investi métodos (DUARTE, 2009) recido a andllise dos fendmenas soci produzit conhecimentos que interoretem, decodifiquem e ofere- ‘cam sentido a0 mundo social, e os instrumentos que dao suporte a Parte deste processo a busca continua, nas ciéncias so- ;, de se fortalecerem esses insttumentos dentro do debate epis- temologico travado com as chamadas ciéncias classicas - aquelas tidas como nobres ou exatas. ‘APARECIDA DE JESUS FERREIRA, EDM A SCHIVANSK! 8 JUSSARA AYRES 3OURGUIGNON Em face dos embates cientificos e do surgimento de novos paradigmas na ciéncis, a produgao do conhecimenio na area so- Cial tem, progressiva e qualitativamente, se firmado a partir das rizes cientificas impostas na academi No cenirio acina esbocado, distinguem-se pelo menos grandes momentos ou quatro grandes paradigmas domi- de aniili ncias. O primeito reiere-se 2o modelo a0 progrio movimento pos-po: dos fenémenos como fatos observveis e consti- twides como realidade Gnica, 10s quais o distarciamento entre 0 or ¢ 0 objeto de estudo condi¢ao sine qua non para o 0. O proprio Durkheim, em As regras do método so- tos socials serem analisados como “ pretensa neutralidade cientifica que di sujeito do objeto de estudo. , isto &, a partir de uma do modelo construtivista — considera 0 objeto € 0 sujei gaco como construgdes a partir de uma realidade empiica mi pla. Ha, portanto, uma oposi¢ao explicita entre esses dois di momentos de investigacao, isto é, entre os paradigmas posi © construtivista. No ptimeiro caso ~ madelo positivista -, a logicz que rege os fendmenos fundamenta-se no principio da deduco (do geral para o particular, e no segundo caso - modelo construtiviste =, 08 fatos estudados sio percenidos a partir da particularidade de ndmeno, a qual & dilatada para interpretages mais gerais, com &niase na Grounded Theory {LINCOLN ¢ GUA apud/ DUARTE, 2009). Nesse caso, na esfera de interpretacao constr se levar em consideracaio algumas caract forme as apontadas por Guba {apud ALVES-MAZZOTTI uma ontologia ista, fundamentada em construcées men dos sujeitos; b) uma epistermologia subjet'vista, na qual a + dade existe apenas na mente dos sui teflextes teGricas e metor | 132 1 ATRIANGUAGRO COMO RECIRSO METCDOLOGICO NA PESGUISA SOCIAL hermenéutico-dialética, que contempla a criagao/construgo de significados pata 0s sujeitos. Nesse processo, a pesquisa emana como uma construcao entre os sujeitos pesquisadores e os sujeizos da pesquisa. Grosso modo, uma terceira via de interpretacao cientifica dentro dos modelos de explicacao dos fendmenos é o chamado estruturalismo, que tem como dimensdo de andlise a busca das es- truturas do fendmeno a ser estudado. Isso quer dizer que 0 estrutu- ralismo, enquanto paradigma, analisa as in‘raestruturas dos fen6- menos e suas relacses subjacentes. Em tese, para a configuragao da ciéncia e sua relacao com o cbjeto de estudo, no importa tan- to a descoberta da fendmeno em si, mas important as condigdes que presidem os achados cientificos. Assim, o objeto de estudo é ado pela cukura, a qual esta entrelacada com as estruturas Destacam-se nese cenatio os estudos sobre as estruturas fluéncia nos comportamentos humanos. ‘Ateoria critica apresenta-se como um quarto paradigma de anélise de dados e produco de conhecimentoscentificos, telacao entre sujeito e objeto na teoria critica é vista a e emancipatéria, de modo que 0s valores cons- ncias nao es:ao dissociados da sociedade. A relac3o tendéncias. de forma trufdos nas entre os sujeitos da pesquisa e 2 producdo de conhecimento é determinada pela ideia de processo, cuja elemento desenhado é a propria transformago social do objeto, dos sujeitos e da socie- dade. tese, conforme a Figura 1, apresentamos um delinea- ferentes matrizes teéricas de interpreta¢3o da real acado por Alves-Mazzotti (1996, p. 8) ‘AP ARECIDA DE JESUS FERREIRA, EDINA SCHMANSHI © JUSSARA AYRES EOURGLIGNON = Paradiomas das Cianolss Soctale ‘orem Funcionaitemo (Poe-posmvamo) Cbjetwene Estrturatiemo Rasfical (Teotias co. Cont) Conte itativa. O que impressiona no debate aqui proposto € a propria reversdo que se afirma entre esses tipos de pesquisa. Em sintese, isso significa que existe uma disputa que vai além do campo empirico-cientfico e atravessa as bases sociais, polticas e ideologicas de uma determinada socied:- de, envolvendo nao apenas as matrizes te6rico-metodologicas, mas também uma relagao de poder engendrada no proprio espaco da ciéncia e da construc do conhecimento. Nesse contexto, hé um arquétipo de ciéncia e, por conseguinte, de pesquisa que domina ‘no cenario académico, o qual tem um peso e um valor mi academia e na sociedzde. Tal padrao de valor gera a dicotornia en- Duarte (2009, o. 6) assi queela charra de polo quantiativo e polo qu restigador pare do ‘empiticos ante- antecede 0 objecto de investigace; as hipdreses 30 derivadas da teoria e sio formuladas com 2 maicr independércia posstvel em relacio aos casas conerelos que se es 133 A TRIANGUACAO COMO RECURSS UEIODOLEGICE NA PESQUISA SOCAL (ou infirmagic; um dos fins Tesukatos pa» populace Na modelo de investiga apesar de a teoria estar te presente, esta nao & tio claramente anrio“istica na in- vvao sendo descobartos e medida que se dé a incursic ro campo 2 que se v0 s dados. Mais do que testarteovias, procura-se desco- teo*ias emoiricamente en’a'zadas; a selec¢0 de casos legia @ sua importarcis para o tema em esude ao invés da Sua rearesentativicade: a ccmpI do contexto, ¢ rio reduzida ‘ps hiodteses v2o send igagdo, a amostragem pace ser co cos, que Vio serdo redefnid razao pela qual, para alguns autores {entre eles, Brannen, 1992), a seleccia de casos no pode set antecipadamente planeada. De igual forma, nic escolha ce um ndmero predeterminads ke €3s0s; 0 pine. investigador; a generaliza- 0 tem aqui um estatuto Mais no sentido da veplicagio des resultados no.ros casos similares 04 conjuntos de condigces. Duas grandes questées emergem a partir do invélucro esbo- ado acima: 1) Apesar de pertencer a polos opostas, ndo hé como anticular a pesquisa qualilativa com a pesquisa quantitativa? e 2) Embora sustentadas por paradigmas diferentes (e em alguns casos conifitantes), haveria possibilidade de compatibilidade tedrica metodoligica entre esses dois diferentes tipos de pesquisa? Di- versos autores, sooretudo provenientes das ciéncias sociais e hu- manas, tém se preocupado em analisar e responder a essas ques- destacamse Tashakkori e Teddlie (apud DUARTE, le © Erzberger (apud DUARTE, 2009), e Mason (1994), entre outros, A grande resposta, de acordo com alguns autores, entre os quais Duarte (2009), para as questbes levantadas acima pode estar na forrra como a metodologia de pesquisa € construfda € 0s pracadimentos de pesquisa s3o realizados. APAREC DADE ESLS FERRERA, EDINA SCHIMANSK€ JUSSARA AYRES BOURGUIGNON # Nesse sentido, a triangulacdo pade ser um elemento sin- gular no processo da pesquisa, capaz de articular os dois pol © quantitativo e o qualitativo, apesar das diferentes matrizes te- 6ricas que thes derar origern. Salienta a autora que “em face destes argumentos e de tantos outros, e como forma de ultrapas- ido nogdes como as de miltiplos’.”(DUARTE, 2009, p. Para alguns autores, a triangulacdo representa, portanto, uma porta de saida que aponta para algumas respostas para os impasses oriundos da dicotomia em pesquisa em termos de polos de coleta, organizacao e analise dos fendmenos sociais. Vale ressaltar que a triangulacao de métodos tem se apre- sentado como uma altemativa para superar problemas na pes- ia validacao dos dados e a depurag2o 05 resultados da pesquisa). Eniretanto, em A critique of the use of iriangu- preciso tomar cuidads para que 0 uso de bias (influéncia sobi conforme alera Saiki lation in social research, da triangulagao nao se torne mera combinagac de métodos, os quais muitas vezes s30 epistemologicamente e ortolog camente usados 8 revelia. Isto & entre outras coisas, usar a triangulacao a partir de métodos provenientes de chocam entre si (ver Fi awareness” (BLAIKIE, 1991, p. -metodolégica no trato aos dados. TRIANGULAGAO — A ORIGEM NAS. CIENCIAS SOCIAIS © uso da triangclagao de métodos nas ciéncias sociais re- aproximadamerte aos anos 50 do século XX. ‘a de combinar métodos para evitar a nados fatares sabre os dados da pesquisa comecou a su Entretanto, coniorme aponta Olsen (2004} nin,em seu C desenvolvimento do capitalismo na Russia, descre- 135 ( RUSISSLOLS ESI CNR RECURSO METODOLOGICO NA PESQUIS, ve o sistema c: 2 naquele pals a partir da articulac3o entre dados quantitativos e uma andlise sociopolitica. Assim, Lénin usa a triangulago para conjugar uma analise de discurso (metodolo- gia qualitatival e dados empfticos (metodologia qu: mostrar 0 fim do campesinato russo e a emergéncia dos conflitos da classe operstia contra o sistema. . Nos anos 70 do século XX, Denzin (apud DUARTE, 2009) reforca firmemente a ideia de que a combinacao de dados elevaria © nive! da pesquisa social em termos de maior v da pesquisa), se fossem ampliadas as fontes e a an. Nesse sentido, Denzin descreve quatro tipos de triangulacdo, con- forme aponta Duarte lagao do investigad igulaco teérica; metodal6gica, a5 quais sao conceituadas abaixo: © @) triangulagao = A *riangulagzo de dados” referese a recala de dacos recor tendo a diferentes fortes. Distinguinco subtipos de tiangulaczo, Denzin propde que se esuie ferximena ar tempas idatas ~ex. Ploranco as dietencas temporal), espagos (locals ~ tomando a forma de imestigagzo coms: = Na “trangulacao do investigado: ddades indeperd noemestudo.e p ccomparar a iniluéncia dos te6rica’, so usadas diferentes teorias para in- 10 de dadios de um estudo, veriricande-se a sua lade; méto- ramétoda - que en- em ciferentas ocasises -e a ifica usar diferentes métodos 1¢40 ac mesmo abjecto de estudo. (DUARTE, 209, p. 12). lades de pesquisas sustentadas na triangulacao 520 muitas, cabenda ao pesquisador deixar muito claro que cami- nhos escolheu seguir e como construiu 0 corpo teérico e metado- égico da pesquisa, para garantir coeréncia no trato dado ao seu objeto e expor sua intencao de investigacio. ERREIRA, EDINA SCHIMANSKE MOMENTOS RELEVANTES PARA UMA PESQUISA SUSTENTADA NA TRIANGULAGAO DE METODOS I, os trabalhos da pesquisadora Maria Cecflia M lagdo a trian tizando a pe’spectiva interdisciplinar para metodol6gica em torno de problemas de invest -se da sua produgao as pesquisas destinadas a avaliago de pro- gramas sociais que encontrem na triangulagzo uma alternativa metodolégica que facilita a articulac3o de pesquisadores com diferentes formacées disciplinares ¢ procedimentos metodol6gi lacdo de métodos, enfa- 2 construgao atender a uma demanda crescente no campo das politicas publ cas no tocante & eficiéncia, efetividade e eficacia dos programas socials, suscitando a necessidade de novos caminhos metodo! cose da geracdo de conhecimentos.? Neste top co, dar-se-a énfase 03 elementos da proposta da obra Avalia¢ao por Tiangulagao Questéo social, Mesrio fundamentaco a partir de caracteristicas que enfatizam a avaliagdo, os elementos aqui constituidos podem ser trabalhados em outros tipos ou momentos da pesquisa soci Minayo, Assis e Souza {2005) afirmam que 0 conhecimento dos fenémenos s6cic-historicos se faz por aproximagio, e, neste é dor exercite a capacidade de iangulacao de métodos 6 uma abordagem que permite avancar no trato interdisciplinar desses fendmenos. * Sobre este aspecto, consul:ar: 1) BARREIRA, M. C. R. Av de programas sociais, Sic Paulo: Veras; Lisboa: CPIHTS, 2000; 2) GURGEL, W. 8B. Tiangulacdo de métodos: introcuc3o 3s concepgdes, fundamenios e técnicas de avaliacao. In: SILVA SILVA, M. O. da (Coord.). Pesquisa Avaliativa: aspectos te6r co-metodol6gicos. S30 Paulo: Veras; Séo Luiz, MA: GAEPP, 2008. 137, IANNGLLACAO COMO FECJRSO METCDOLOGICO NA PESQUSA: Tiangula¢ao & um corceits que vem do nterzcion smo simbélico €€ desenvolvido dentra dessa correrte, primeiramente por Denzin 73), significands a combinagdo © ¢ cruzaments de miltislos de pasquisadores com formagio ios inferrantes &0 emprego de uma ¥ dade de técnicas de coleta p32) alerta, ainda, para algumas condicdes 20 trabalho de pesquisador que abraca uma propos.a de triangu- ago dos métodos, como o trabalho cooperativo. Ela depende, portanto, de pessoas dispostas emocional e mental- mente a0 didlogo @ a experimentar a possi metacao e' movimento los como fragmen- ‘0s de uma abordagem mais ampla” (MINAYO, 2005, p. O trabalho interdisciplinar nao dispensa “a competéncia dis- ciplinar”. Para autora (2005, p. 32): A segurana dsciplinar sermite o aprofurdamente testco-meto- coogicoen hacimerto co objeo necessa guleeaa de mio inter ou tens ‘Minayo (2005) apresenta gassos para a pesquisa que adota a triangulagaa de métodes, dentre os quais destacamos: formulacao ¢o objeto ou da pergunta referencial; planejamento da pesquisa elaboracaa de indicadores*, escolha da bibliografia de referéncia ¢ ‘Quanio a elaboragao de incicadores ique néo sera0 abordados no quedro APARECUA DE JESS FEPRERA, EDINA SC-IMANSK 0 JUSSARA AYRES BCURGUIGHON do in‘orme final: devolugo ¢ discusso com os sujeitos envolvidos na pesquisa. Esses passos seguem identificados no Quadro 1 19 da pesquise Pace Devigie onjet ou sents relrencad Delicate tees ‘eterno miearioe realeatiodotisao Arai ce inmates cobtades continua ima definigac de processos de Poderao ser aprofundados em Mirayo (2005, 4 Acanstrugio de categorias envolue um processo pelo qual surgemas gruposde ‘conceitos que o pese de definigdo de categor as também permite 20 pe recuzir © niimero de uridades a serem abordadas, isedor a ogortunidade de 139 140 ' ATRANGJLAGAO COMO RECURSO METOCOLGICO NA FESQUISA SOCIAL : : Feladra de peagisa fo momento ca expotito ds esvtador irfore fr conn soe Retire aos v0 sibs — deta Deluca docsters reg ements na porysis, através inl ga e sociale o cos estado Peqiss Fonte: Basead> em e adastado de Minaye 2095, 25-45). Em relagzo ao processo de coleta de dados, destaque-se que ha, especizlmente, uma grande quantidade de literatura de pesquisa sobre a metodologia qualitativa (BROWN e DOWLING, 1998; COHEN, MANION ¢ MORRISON, 2000; DENZIN € LIN- ‘COLN, 2000; HAMMERSLEY, 1993a, 1993b), e as pesquisas que iva apon- sta do objeto de estudo. 1350 sigrifica estudar os eventos em seu ambiente natural, tentanco dar sentido ou interpretar fendmenos em termos de seus significados para as pessoas envolvidas. Denzin e Lincoln (1998a} argumentam que a pesquisa qua- litativa implica uma énfase nos processos e significadas que n3o sio rigorosamente examinados nem medidos em relagdo a quan- tidade, intensidade ou irequéncia. Assim, a pesquisa quelitativa Para questées que levam em conta como a experiéncia é criada e como ela produz o seu significado, Todos 0s passos metoddlogicos sio fundamentais para o bom éxito da pesquisa, sobretudo em um processo de 40 dos dados. Nesse sen ser cuidadosamente planejado e devidanente encaminhado. A dos dados — momento por esséncia da triangulagao - consti- tui um dos passos principais da pesquisa. Essa questo seré tratada com mais profundidade adiante. Na sequéncia, destacam-se os principais procedimentos metodclégicos empregados em pequisas com énfase qualitativa Cabe lembrar que o didlogo com a pesquisa quantitativa, em uma proposta de triangulacao de métodos, emerge como necessidade, conforme ja apontado neste texto. [APARECIDA DE JESUS FERREIRA, EDINA SCHIMANSH 8 JUSSARA AYRES 3OURGUIGHON # COLETA DE DADOS - INSTRUMENTOS_ IMPORTANTES PARA A TRIANGULACAO de coleta de dados pert (GILLHAM, 2000; YIN, 1994), dando destaque ao que as pessoas dizem (entrevistas), ao que se vé as pessoas fazendo (observacies) denire outras possibilidades. A seguir, algumas consideragdes sobre os princi instrumentos de pesquica para a coleta de dados e a triangulagao. QUESTIONARIOS De acordo com Brown e Dowling (1998, p. 66), 0 questio- nério 6 um instrumento amplamente empregaco e util para reco- Iher as informagées na pesquisa, como também é capaz de forne- cer dados sem a presenca do pesquisador. : ‘Mason (1994) aponta a interligacao de dzdos qualitativos e quantitativos dé P i tativa (signif cado} e quan etapes. Ao coniaric, como afirma a autora, “ambas as fases do estudo foram projetadas para f nlas sobre, entre outras coisas, diferentes niveis de significagao”’ (MASON, 1994, p. 101). Eela continua, dizendo: Nos estévamos nos apoiando en rosso estuda qual tative para 10s informar sobre o processo e, em alguns sentidos, para nos dar achave para entendet coro diferentes nive's de significado, estru- trae rasrigao efetivamente se enguadrame funcionem na oratica "Bah stages of our sudy were designed to ask questions about, amongst other ‘meaning. 142 * ATRANGULAGAD COMC RECURSO METODOLOGICO NA PESQUISA SCC AL 1a vida das pessoas. (MASON, 1994, p. 1 sduso cas autoras)* A citago acima aponta que uma pesquisa que utiliza ques- tiondrios pode gerar dados qual afitma que os aspectos quar do um conjunto de significados ‘ar novo sentido quando relacionados a outros instrumentos utilizados, tais como entrevistas € observacées. Ao utilizar 0 questiondrio como um instrumento de coleta de dados, hha que se escolher como seri esse ins:rumento, considerando que ele pode ser um questionario estruturado, seniestruturado ou sem estrutura. Qu sejz, de acorda com Cohen, Manion e Mor- rison (2000, p. 247), quanto maior o numero de questdas, mais estruturado, fechado numérico precisa ser © questionario. Com um nimero menor de questdes, pade-se pensar em um questiond- rio que seja menos ado, com a possibilidade de quesises abertas, Isso se dé pelo fato de que um numero maior de questées pode demandar um tratamento de analise estatéstica, enquanto um hamero menor de questdes possibilitara uma anélise quali das respostas abertas. E importante refletir sobre as vantagens e desvantagens dos questionétios, ‘Quedie 2—Vantagens e desvantagens dos quest ontvios Varagens Desantgene| ‘veo & dave busty pos pode | ser eriad pelo coro, com ut envelope: pes Dero 99 moma das espa pode et envio para uma, sands quanta de pesos et wane cow lb da pesquisa sibiidace de compart Um niet baie de epoxy Forte: Aczptadc de Cohen, Manica» ttcrrson 2000, p, 243-266). Outro aspecio que merece aten¢ao aqui é a ordem das per Bunias, ou seja, primeito vém as perguntas mais informarivas e, depois, as perguntas que exigem maior reflexao. As perguntas que We were relhing cn our qualitave study tot Senses 10 give us the ‘ure and constraint act APARECIDA DE ESL FERRERA, EOINA SCHIMANSK! © JUSSARA AYRES BOURGUGNON # sio de sustentatacdo para a pesquisa devem ser jormuladas mais de uma vez, escritas de diferentes formas, para garantir que se ob- tenha a resposta, Por fim, para evitar que 0 questionsrio, enviado para um nGimero grande de pessoas, cantenha alguma pergunta que possa criar diividas de entendimento, € necessario fazer un pré-teste, com pessoas que apresentem caracteristicas simi Aquelas cos que vio responder ao questionario oficial, o que geva maior confiabilidade das respostas. ENTREVISTAS, também Xvele (1996) -, as entrevistas proporcionam aos pattici- pantes a oportunidade de infarmar seu ponto de vista e demons: que ha varios tipos de entrevistas, dentre as quais a estruturada, a semniestruturada, a aberta, a etnografica, as que reportam historias, de vida, as de grupo e as ex; Quadko 3 ~ vartagens e desvamtagens das enrevistas Fente: Adaotado de Robson 12002, p. 223-230), 108 de entrevista pode ser excontrada em 7 Uma descrigaa aprofundada d ‘Cohen, Manion 2 Mor’ison (2000). pm NSUAG IO COMO RECURSO ME‘CDOLOGICO NA PESQUISA SOCIAL Quando se opta pela entrevista como instrumento de coleta de depoimentos, & necessério pensar nas vantagens e desvanta- a¢30 dessa modalidade de coleta. informagées, com profundidace. Coben, Manion e Morrison (2000) apresentam outros detalhes im- sta: escutar mais, e falar menos; ser claro nas perguntas; fazer uma pergurta de cada autores também citam algumas condutas a serem evitadas, como Perguntas longas, questes que levam o entrevistado a responder © que o entrevistador deseja escutar e, ainda, perguntas tendencic- sas. E preciso também fazer um piloto da entrevista, para testagem € verificagao da articulac3o com outros instrumentos de pesquisa. OBSERVACAO Para entender 0 que as pessoas fazem em seus ambientes naturais de atuacac, uma das formas de acesso € buscar a realida- de por meio da observacao. Em contextos de observagio ha que se cuidar das relagdes entre o pesquisador e os partic pantes da Pesquisa, considerando que a presenca do pesquisador interfere nna dinamica das relacées. Quadic 4 ~Vantagens ¢ desvantagers da cbsenacio ‘ange | ] ‘Aakseoao ¢dicionada 2308 ‘A observa; tors mite emp> Fore: Adaptado de Rcbson (2002, p. 19 APARECDA ISLS FERREIRA, EDINA SCHIVANSHY © JUSSARA AYRES BOURSUIGHON DOCUMENTACAG. © exeicicico da pesquisa demanda tempo, paciéncia, dis- posigao e, sobretudo, organiza¢ao. Um instrumento fundamental esse mbi:o € 0 trato e Cuidado com processos que ocorrem du- rante a pesquisa e, nesse ceso, a dacumentacio consiitui um ele- mento essencial No contexto da pesquisa qualitativa e social, a documen- ‘ago pode ser processada, grosso modo, a partir de duas formas st a) através da pratica de produgo de uma determinada documentagéo sobre o con:exto da pesquisa, como, por exem- plo, a transcri¢ao de entrevistas, a escrita de notas referentes 3 observaco do cameo ou de uma situagao particular ca pesquisa; e b) através da incorporacao de uma documentacao ao sistema da pesquise, como, por exemplo, a juncao de uma biografia ou de um documento histérico relacionado ao montante de dados produzidos durante todo o processo, dentre outros. De uma forma ou de outra, a documenta¢3o contiibui para tornar a pesquisa mais confiavel, uma vez que ela permite que os dados coletados tenham uma ordem no contexto da pesquisa. Sem davida, a docu- mentagao canfere, de forma singular, credi de aos dades encontrados. Na triangulag3o dos dados, a documentac3o pode consti- tuirse metodologicamente de diversas fantes, tais como planos, as sobre a investigaco, notas de campo, arquivos, dentre outros materias de estudo e compilaczo dos dedos. Esses documentos formam um cabecal organizado de informagdes sobre a pesquisa, que so obtidas por meio da articulacao metadolégica entre os diferentes instrumentos na triangulagao dos dados. A coleta de dados feita por meio de questionérios, de entre- vistas, de observacao e em documentos gera uma grande quanti- dace de material empfrico, que precisa entdo ser analisado © co- dificado. A documentagao torna-se, assim, uma etapa importante, por meio da qual a pesquisa cealizada pode ser categorizad: €, sistematizada teoricamente. 1 ATRIANGULAGBO COMO RECURSO METODOLOGICO NA PESQUISA SOCIAL © PROCESSO DA ANALISE: A TRIANGULACAO DOS DADOS fara Gomes tal (2005, p.185), com a “esratégia de espera-se que haja um cuidadoso labo analitico tanto inar.”” Essa etapa do processo da pesquisa € dividida pelos autores em dois movimentos: a) a andl | do material, e b) a anélise contextu | (Quadro Movimentae so material Orn roceranena dos Gr qua a para a andlise a concepcao hermenéutico- de uma tradugao mecanica rocessual ea necesséria /te6rica — que ilumina o proceso —e a construgzo ‘metodo logica — decorrente do objeto de estud 146 APARECDDA DE JESUS FERREIRA, EDNA SC-AMANSC 9 JUSSARA AYRES 2OURGUIGHON « 23 iangracio enve achecos quattavas Forte: Gomes etl (2006, p.185-220) © proceso de anélise acompanha todas as etapas da pes- , desde a elaboracao do projeto até a redacao final do rela- tério. No entanto, ganha maior espago apés a coleta de material empfrico, exigindo aten¢3o redobrada do pesquisador em relago 20s fundamentos que guiaram a problematizacao e delimitacao do tema de pesq esiorco da andlise 6 construir res- postas consistentes, € coerentes com 0 abjeto de estudo, 148 " ATRIANSULAGAC COMO RECURSO METODOLOGICO Né PESSUBA SOC AL CONCLUSOES A triangulacdo de métodos tem maior tradigo nas Ciéncias Sociais por razbes empiticas ou epistemol6gicas. As raz6es empr- ricas temetem 2 articulagao entre dive as no processo de sistermatizacio e anal na pesquisa. E as razdes epistemol6gicas remetem a supe-acao da dicotomia entre pesquisa quantitativa e qualitative e entre o enfo- que disciplinar e interdisciplinar (MINAYO, 2005) Neste contexto, a proposta de triangulaco de métodos im- pOe desafios 205 pesquisadores. dentre os qua’s se destacam o exercicio da interdisciptinaridade, o dialogo entre as abordagens qualitativas e quantitativas ¢ a construggo de pracedimentos me- todolégicos de pesquisa que apreendam os fendmenos de forma criativa e, a0 mesmo tempo, rigorosa, a ponto de captar suas ex- presses singulares em contextos marcados por dinamicas e pro- fundas transformacdes sociais ¢ hist6ricas. A pesquisa que emprega a triangulacao como metodolégica demanda tempo, inserc3o paciente e demorada no termos de exigéncia de produgto académica e socializag3o dos resultados, 6 um fator que se coloca contra as potencialidades de uma proposta como essa. No entanto, é preciso repensa’ a forma ‘como as pesquisas vém senda desenvalvidas no Brasil. Neste pon- to, uma pesquisa de tal porte pressupde que © pesquisader tenha uma caminhada madura em rela¢o ao tema proposio, bem como uma sélida bagagem tedrica no que toca ao debate interdiscipli- nar subjacente a0 objeto de estudo. Fica, portanto, o convite para novas reflexes sobre o desafio da triangulagao de métedos na pesquisa social. ‘APARECICA DE JESUS FERREIRA, EDINA SCH MANSK¢ ASSARA AYRES BOLRGUIGNON REFERENCIAS ALVES-MAZZOTI, A. |. debate atual sobre os paradigmas em educagio. Cadernos de Pesquisa, Sao Paulo, n. 96, fev. 1896. BALL, S. Self-doubt and soft data: social and technical tajectories in ethnographic fieidvvark, In: HAMMERSLEY, M. (€d.). Educational research London: Open University Press, 1993, p, 32-48, BARREIRA, M. C. R. AvaliagIo participativa de programas socials. Si Paulo: Veras; Lisboa: CPITHTS, 2000. N. A critique of the use of triangulation in social sciences. Netherlands: Kluwer Academic Publishers, 1991. 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Quando inicia- mos 0 estudo, buscavamos conhecer as cont Tr des praticas pedagégicas na vida cotidiana dos alunos e, para percebemas que deveriames fazer dois deslocamentos: um {orial, constituindo Lm campo de investigacao fora da escola, na comunidade de origem dos alunos pesquisados, e 0 outro episte- molégico, através do transito em outres areas do conhecimenio. Buscamos construir um olhar para compreender a arti- culagao entre os saberes esc: as vivéncias dos alunos para

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