Você está na página 1de 1

Nome: Lus Fernando da Cruz Jesuino, 5 A psicologia.

ESTUDOS DA ESTRUTURA CLNICA: NEUROSE OBSESSIVA


O fato de sentir-se demasiadamente amado pela me direciona a abordagem a ser
seguida na determinao da funo flica na estrutura obsessiva. O sujeito obsessivo foi
particularmente investido como objeto de desejo da me, foi privilegiado em seu
investimento flico. No obsessivo e estamos falando de uma neurose nem ser
preciso pontuar que a funo do significante Nome-do-Pai cumpriu seu papel. Porm,
na lgica flica, o privilgio maternal lido pela criana de uma forma em que ela se
posiciona como o objeto que supre o desejo da me, naquilo em que o pai no d
conta. A criana, imersa no jogo de desejo-fantasia em que se encontra, gravitando em
torno do objeto flico e do desejo da me e do pai em relao a este objeto, se v na
posio de que ...a me seria suscetvel de encontrar aquilo que suposto esperar do
pai. Se fossemos localizar este momento, estaramos na passagem do primeiro para o
segundo tempo do dipo, em que a criana se v frente ao significante nome-do-pai a
partir do discurso da me. o momento em que a criana, na dialtica edipiana, para se
constituir como sujeito e como tal desejante precisa iniciar a passagem do ser ao ter
e, a partir do discurso da me, que isso fica determinado, significado, que o desejo
dela (me) se volta para a figura paterna. Em decorrncia da ambigidade mnima que
possa existir neste discurso, a criana pode, imaginariamente, se colocar como suplente
da satisfao do desejo materno. No processo de identificao figura paterna - como
tal, detentor do falo o sujeito obsessivo se v fortemente preso identificao de ser o
falo da me. O sujeito obsessivo, na sua condio de detentor do falo, pode ser encarado
como um nostlgico: os obsessivos so os nostlgicos do ser. Esta nostalgia, que deve
ser entendida como a falta de algo que s existiu na fantasia, coloca o obsessivo num
impasse que se v representado sintomaticamente em sua posio de dvida
permanente. O desejo da me, a partir do qual ele constitui o seu, se mostra ambguo, da
mesma forma que o reconhecimento da figura simblica do pai.

REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
DOR, Joel. Estruturas e clnica psicanaltica. Rio de Janeiro: Taurus Editora, 1994.

Você também pode gostar