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GODOY & CASSOLARI EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL CiVEL DA BARRA DA TIJUCA - RIO DE JANEIRO EDUARDO DOS SANTOS RODRIGUES, brasileiro, solteiro, mecinico auténomo de bomba hidriulica, postador da Carteira de Identidade n° 23.480.304-7, CPF: 125.625.587-40, residente na Rua Flamboyants, 5 Vargem Grande, RJ, CEP: 2785-136, Rio de Janeiro, vem, por seus advogados, ao final assinado, com escritério na Estrada de Curicica, 284, Curicica/Jacarepagua -RJ, propor a presente [ ACAO INDENIZATORIA POR DANOS MORAIS em face de JAC MOTORS BRASIL, empresa situada na Av. das Américas, 6571, Barra da Tijuca-RJ, CEP: 22793-080, pelos motivos de fato ¢ de dicito a seguir expostos, PUBLICACOES EM DIARIO OFICIAL Requer que todas as publicagdes cm Diirio Oficial sejam expedidas, EXCLUSIVAMENTE, em nome do advogado LEONARDO GODOY, inscrito na OAB/RJ sob o n° 118.781, sob pena de nulidade. FALHA NA PRESTACAO DE SERVICO DANO MORAL MANIFESTO AUSENCIA DE PECAS PARA REPOSICAO Formou-se relagio de consumo quando o autor adquiriu um veiculo Modelo J3, ano 2011, Chassi LJ12EKR13C43925952, Placa LPV 7153, fabricado pela ré. GODOY & CASSOLARI Aplicavel, pois, o CODEC ON. CUMPRE RESSALTAR QUE O REFERIDO VEICULO E PRODUTO — ESSENCIAL UTILIZADO =PELO. AUTOR PARA DESLOCAMENTO E TRANSPORTE COMO MECANICO DE BOMBA HIDRAULICA. O automével esta coberto pela garantia contratual de 6 anos. O postulante realizou a revisio programada no dia 16/04/2013 ¢ ja no dia 20/04/2013 0 veiculo apresentou defeito que impossibilitava 0 funcionamento do mesmo (O CARRO NAO LIGAVA ), fazendo com que o automével fosse rebocado pela prdpria ré ¢ levado para conserto no dia 22/04/2013. Apés_andlise_mecAni o demandante foi _informado pel reposto Thia; e deveria ser trocada um: eca do automével ‘sistema elétric ina ) ¢ que em razao da falta da mesma em estoque sa suplicada daria um “jeitinho”(adaptacio) para que o veiculo voltasse a andar ( de forma precaria, é légico ). Nenhum documento _comprovando_o defeito_na peca foi entregue ao consumidor. A atitude da ré € reprovavel e lamentavelll! Vale ressaltar que © autor indagou sobre a possibilidade e risco do automével parar de funcionar novamente com a referida medida reprovivel, sendo categoricamente tranquilizado pelo representante da ré, que afirmou no trazer qualquer tipo de prejuizo/ risco para o consumidor. O autor, precisando do veiculo para laborar ¢ acreditando no preposto, fetirou o mesmo da oficina, mas infelizmente no dia 25/04/2013 o automével apresentou_a__mesma pane _mecénica _ in iterrompendo completamente seu funcionamento, sendo o vetculo_mais_uma vez sebocado até a sede da empresa ré. Desde entio por diversas vezes 0 consumidor entrou em contato com a concessioniria ré, sendo prometido por entregue em 5 dias, o que NUNCA aconteceu, conserto NAO chegava. rias vezes que 0 automével seria que a peca necesséiia para 0 GODOY & CASSOLARI IMPORTANTE DESTACAR QUE OS PREPOSTOS NAO SABIAM INFORMAR O NOME DA PECA N CONSERTO E QUE E Agindo com boa-fé, o autor aguardou durante um més contato da ré para a esperada liberacio do vefculo consertado, 0 que NAO aconteceu. O AUTOR, REVOLTADO, ENVIOU E-MAIL PARA O SAC DA RE, MAS NADA ADIANTOU. OCORRE EXCELENCIA, QUE SOMENTE NO DIA 11/06/2013 A EMPRESA RE TROU EM CONTATO COM O. CONSUMIDOR PARA INFORMAR SOBRE O SUPOSTO CONSERTO DO AUTOMOVEL. Resta patente a desorganizacio e falha na prestacio do servigo fornecido pela parte ré, jé que de forma negligente ¢ ininteligivel apenas entregou o veiculo no dia 11/06/2013, ou seja, 1 més e 17 dias apés a entrada para reparo, conforme consta documentos em anexo. Segundo 0 Artigo 32 do CODECON, os fabricantes ¢ importadores deverio assegurar a oferta de componentes ¢ pecas de reposi¢iio enquanto nio cessar a fabricacio ou importacao do produto. 4 ébvio que a ré fabrica 0 veteulo do autor. Sendo assim, deveria disponibilixar pega de reposigao de modo que o vetculo, que esta no prazo de arantia, fosse concertado no prazo maximo de 30 dias. Isso nos parece obvio. NAO E SO ENCIAM!. NO DIA 19/ /06/2013 O VEICULO NOVAMENT 3SENTOU O MESMO DEFEITO EM FUNCIO! OBRIGANDO © AUTOR A CONCESSIONARIA DA RE, SENDO CERTO QUE DATA O MESMO ENCONTRA-SE NO PATIO DA EMPRESA RI UTILIDADE POR FALTA DE PECAS. ISSO fi MUITO GRAVE E MERECE A ATENGAO DO JUIZzO. O AUTOR SEMPRE PEDIU COMPROVACAO DE QUE A P HAVIA SIDO TROCADA E O PROBLEMA SOLUCIONADO, MAS NU! GODOY & CASSOLARI FOI ATENDIDO. O autor esti ha quase dois meses sem o essencial veiculo, DO DIREITO OBRIGACAO DE INDENIZAR No caso em tela ¢ evidente 0 dano moral, porquanto a Parte ré agiu em flagrante negligéncia ¢ destespeito 20 NAO DISPONIBILIZAR PECAS DE REPOSICAO JE AR _( L CONSERTADO NO PRAZO LEGAL, LESANDO E FRUSTRANDO O EE LE SUE AGUARDAVA ANSIOSAMENTE PELO SERVICO EM RAZAO DO MESMO UTILIZAR O REFERIDO VEICULO PARA FINS DE LABOR, E INADMISSIVEL QUE UMA EMPRES COMO E ARB, QUE DIARIAME! ASTRONOMICOS COM A VENDA D) NO MERCADO, NAO TENHA UMA SUFICIENTE E ADEQUADA PARA AT AO CONSUMIDOR. DE GRANDE PORTE E AUFERE LUCROS SEUS PRODUTOS E SERVICOS STRUTURA OPERACIONAI SNDER E EVITAR PREJUf IZOS Segundo o disposto no Artigo 5°, incisos X da CREB ¢/c artigo 927 do NCCB, sio indenizaveis os danos morais decorrentes de atos (acio ou omissio) praticados ilegalmente. A empresa demandada tinha o dever de prevenit © consumidor contra Aiscos de danos morais (artigo 6°, inciso VI, do CDC), bem como fornecer a Seguranga adequada nas relagdes com 0 consumidor (astigo 14, do CDC). Do exposto, o que se pode concluir é que a parte autora foi tratada com destespeito, nio se levando em conta a condigéo de cidadio cumpridor de seus deveres, sendo certo que a conduta do réu ofendeu a dignidade e personalidade do suplicante. A indenizagao fixada em virtude do dano moral nao deve ser irriséria, GODOY & CASSOLARI mas ao revés, deve ter um cariter punitivo, principalmente quando verificado no Ambito das relagdes de consumo, visando também, constranger o fornecedor de servigos ou produtos a corrigir os vicios de tal atividade. Ademais, a empresa que se dispde a exercer uma atividade voltada para o mercado de consumo, como é 0 caso da sé, tem o dever de responder OBJETIVAMENTE pelos fatos e vicios oriundos do empreendimento, na forma do artigo 14 da lei consumer Ora Exa., 0 constrangimento vivenciado pelo consumidor ultrapassa, ¢ muito, a esfera do mero aborrecimento! Assim sendo, pretende o autor ser indenizado pelos danos morais sofridos aracterizados pelos GRAVES transtornos, expectativas frustradas, peito decorrentes da FALHA NA PRESTACAO DO SERVICO por culpa tinica e exclusiva do réu que de forma inadmissivel fabricou um veiculo de valor relevante e nao possui pecas de reposi¢ao, demonstrando de forma cristalina sua negligéncia e desrespeito para com seus consumidores, aguardos infrutiferos, de: A QUESTAO DE DIREITO AQUI DISCUTIDA EXA., RESUME-SE NA COMPENSACAO DOS DANC SOFRIDO PELO AUTOR EM QUE DE FORMA ININTELIG{VEL FABRICOU E VENDEU PRODUTO IMPROPRIO PARA O CONSUMO E NAO DISPONIBIL ‘AS DE REPOSICAO E PRESTOU INDEVIDAMENTE SEUS SERVICOS ( FEZ GATILHO ), IGNORANDO INCLUSIVE OS PLEITOS DO AUTOR DE REPARO. EFICIENTE, FATO CAPAZ DE FRUSTRAR A LEGITIMA EXP! ‘ATIVA DO CONSUMIDOR. Tal acontecimento nao é um mero aborrecimento, mas um desrespeito a condigio pessoal do ser humano, nfo atentando a ré para o principio da boa-fé objetiva que é 0 mais importante principio juridico consagrado no Novo Codigo Civil, introduzido que foi em nosso moderno CDC, inspirado na rica doutrina alema consumerista, sendo certo dizer, que a situagio pela qual passou a autora € causa apta a gerar sensivel desequilibrio no seu bem-estar, fazendo jus, assim, & reparacdo correspondente (art. 6°, VI, do CODECON)., PORTE COMO EA RE COMETA TANT: NO CASO EM TELA E NAO POSSUA PECA EM ESTOQUE. Portanto, a indenizacao fixada em virtude do dano moral nio deve ser inris6ria, mas ao revés, deve ter um carter punitivo, principalmente quando verificado no Ambito das relagdes de consumo, fornecedor de servicos ou produt do também, constranger © sa cotrigir os vicios de tal atividade a fim de que outros consumidores nfo sejam vitimas deste mesmo vicio. E. a chamada medida pedag6gica/educativa DOS PEDIDOS Por tais fundamentos, requer a Vossa Exceléncia os seguintes ptovimentos judiciais 1) A CITACAO DA PARTE RE para que se inteire dos termos da presente acio , querendo, apresente resposta na forma e prazos legais, apresentando desde logo, todos os documentos e provas que possuir, sob pena de se presumirem verdadeiros todos os fatos articulados pela parte autora; 2) Scja determinada a INVERSAO DO ONUS DA PROVA a favor da parte autora, com base na norma enunciada no artigo 6°, inciso VII, da Lei n° 8.078/90, ante a hipossuficiéncia técnica do consumidor e a verossimilhanga de suas alegacdes; danos morais vivenciados, fixado conforme o prudente critério de Vossa Exceléncia, SENDO CONSIDERADOS PARA FIXACAO DO MONTA NTE, A E RESPEITO COM O 3) Seja a ré condenada a pagar indenizagio pata o autor, pelos notéric CONSUMIDOR, PROMESSAS s ACAO DE IMPOTI DESCONFORTO E DESGASTE EMOCIONAL, POR NAO PODER USAR O SEU BEM MOVEL COMPRADO PARA O SEU LABOR EM RAZAO DA AUSENCIA DE PEGA, A GRAVIDADE DA ILICITUDE DA RE, A NATUREZA E REPERCUSSAO DA OFENSA, FATOS QUE PROVOCAM ZOS FINANCEIROS QUE ATINGIRIAM A UALQUER HOMEM, acrescida de juros cortecio monetitia, bem como honoritios advocaticios correspondentes a 20 % (vinte por cento) do valor da condenacio, caso o réu interponha recurso inominado. DAS PROVAS Protesta ainda pela produgio de todos os meios de prova em direito admitidos, prova documental suplementar e superveniente, requerendo, desde ja, a inversio do énus da prova nos termos do artigo 6°, inciso VIII do CDC, face a verossimilhanca das alegagdes articuladas. DO VALOR DA CAUSA Tratando-se de pedido iliquido, de valor inestimavel, atribui apenas para 0s efeitos fiscais, o valor de R$18.000,00 (Dezoito Mil Reais). Nestes termos, Pede deferimento. Rio de Janeiro, 27 de Junho de 2013. LEONARDO GODOY VIVIANE CASSOLARI OAB/RJ 118.781 OAB/RJ 174.669 FELIPPE AMIN OAB/RJ 174.969

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