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UNIVERSIDADE DE SAO PAULO. FACULDADE DE FILOSOFIA, LETRAS E CIENCIAS HUMANAS. DEPARTAMENTO DE HISTORIA. DISCIPLINA: Histéria Contemporinea I CODIG Semestre/Ano: 2 / 2003 PERIODO: Vespertino / Notumo. PROF. RESPONSAVEL: Lincoln Secco ‘TEMA: Crise ¢ Revolugio no Século XX. I-OBJETIVOS: Este curso pretende avaliar os conccitos de revolugio no século XX. A Revolugio foi vista como fenémeno progressive desde 1789 ¢ especialmente vinculado a idéia de socialismo ou nacionalismo a partir de 1917. Entretanto, o fim do chamado Socialismo real provocou uma alteragio profunda na idéia de Revolucio e, por conseguinte, no debate historiogréfico, 1-CONTEUDO: © curso se divide em unidades temiticas. ‘A primeira delas se volta para a selagio do marxismo com a Revolugéo Russa e para o impacto desta sobre os acontecimentos e reflexdes tedricas na Europa entre 1917 ¢ 1938 A segunda unidade discute a idéia de revolucio depois da Segunda Guerra Mundial com destaque para as idéias de autogestio, pluralismo cultural ¢ étnico ¢ liberdades individuais. A terceira unidade debate as revolugdes liberais de 1989 ¢ a mudanga que provocaram na propria idéia dominante de Revolugio dos iiltimos 200 anos. Além disso, trata-se também da realidade revoluciondria do ‘Terceiro Mundo. W1-ME fODOS UTILIZADOS: Aulas expositivas, semindsios e debates, IV -CRITERIOS DE AVALIACAO: (Os alunos deverio apresentar um semindtio ¢ fazer, a0 final do curso, uma prova escrita. A Nota final seri a média aritmética das duas atividades. ‘V- PROGRAMA: 1. Apresentagao do curso. Conceito de Revolucio. Primeira Unidade ~ Sob o Signo da Revolugio Russa 2. ADIf ao do Marxismo ‘Texto: Edgaed Carone. O Marxismo no Brasil (Inteoducio). 3. A URSS ¢ 0 Movimento Comunista Internacional ‘Texto: Rosenberg, Histéria do Bolchevismo. 4. Gramsci ea Revolucio Russa ‘Textos: Grams ‘A Revolugio Contra O Capital Gruppi. Coneeito de hegemonia m Gramsci, pp. 3-63. 5. A Frente tinica antifascista ea Guerra Civil Espanhola ‘Textos: Hobsbawm, 50 anos de fientes populares. Hobsbawm. Era dos extremos. Capitul Sontra 0 inimigo comum”. Segunda Unidade: Revolugao e Cultura. 6. A Revolucio Cultural Chinesa e seu impacto europeu ‘Texto: Cavendish, P. ¢ Gray, J. La Revolucion Cultural. 7. Maio de 1968 ‘Textos: Hobsbawm. Revohigio ¢ Sexo. Mandel. Ligdes de maio de 1968, 8 A Revolugao dos Cravos: Pluralismo, autogestiio ¢ Democracia. ‘Texto: Kisfeld. A Revolugio dos Cravos ea politica externa. ‘Terceira Unidade: Rotagdo Histérica no Conceito de Revolugio 9. As Revolugdes de 1989, ‘Texto: Dahrendorf, Reflexdes sobre a Revolugio na Europa. 10. Esconjurar a Revolugio? © Debate Historiogritico no Bicentenario da Revolucio Francesa ‘Texto: Fuset. 1789-1917. Idas e Vindas. LL. Cidade e Campo: As condigdes anuais da Revolugio ‘Textos: Hobsbawm, Era dos Extremnos, pp.421-446. Wallerstein, Chiapas e a histéria dos movimentos anti: 12. Prova. 13. Debate e conclusio do curso. VI- AVALIACAO: METODO: Vetificagao do desempenho do aluno na apresentagio do seminitio, leturas, freqiténcia, participago em aula ¢ natprovas escritas. CRITERIO: O fator essencial de avaliacao do desempenho em todas as atividades sera a constatacao de ‘que os alunos leram efetivamente os textos. VII- NORMA DE RECUPERAGAO: ‘Trabalho escrito sobre um dos temas do curso. VIII - BIBLIOGRAFIA: Ash, Timothy Garton. In Eurpe’s name. London: Vintage, 1994, 679 p. Ash, Timothy Garton. Nés, ¢ ors, So Paulo: Companhia das Letras, 1990, 165 p. Ash, Timothy Garton. The polish renlution. London: Penguin, 1999 (1. ed. 1983), 439 p. Carone, Edgaed. O marciswo no Brasil. Rio de Jancito: Dois Pontos, 1986, 264 p. Cavendish, P. ¢ Gray, J. La Revolucion Cultural la oris china. Barcelona: Asiel, 1970, 242 p. Claudin, Fernando. A Crise do Movimento Comunista. S40 Paulo: Global, 2 v., 685 p. Bisfeld, Rainer. “A Revolugio dos Cravos ¢ a politica extema: o fracasso do pluralismo socialista em Portugal a seguir a 1974”, Renista Critica de Giénaas Socain, N. 11, Coimbra, maio de 1983. Furet, Francois. A Revolipta em Debate. Bauru, SP: Edusc, 2001, 149 p. Gramsci, Antonio. Sontt ginanil. 1914-1918, Torino: Einudi, 1975, 392 p. Gruppi, Luciano. O sancito de hegemonia em Grams. Rio de Janeizo: Graal, 1978, 143 pp. Hobsbawm, Eric. Fina dos Extremas, Sao Paulo: Companhia das Letras, 1995, 598 p. Hobsbawm, Eric. Bstratiias para wma esquenda racional. Rio de Jancito: Paz e'Terra, 1991, 282 p. Hobsbawm, Fic, Revluconérios. Rio de Janeiro: Paz € Tetra, 1985, 277 p. Hong Young Lee. The politics ofthe Chinese Cultural Revolution. Berkeley: University of California press, 1978, 369 p. Lazitch, Branko. Les parts communistes d'Europe, 1919-1955, Pasis: Les les D’or, 1956, 255 p. Mandel, Emest. Da Comuna a Maio de 1968. Lisboa: Antidoto, 1979, 310 pp. ‘Mattick, Paul. Rebelde y renegades. Barcelona: Icaria, 1978, 284 p. Rosenberg, Arthur. Histéria do Bolabetisms, B. Horizonte: Oficina de Livros, 1989, 276 p. ‘Wallerstein, I. ¢ Aguitre Rojas, C. Chiapas en perspectina bistonca. Espaiia: Hl viejo topo, 2001, 178p. Obs: Para conhecimento factual de algumas revolugées, os alunos poderio consultat as obras de Hugh Thomas (Guerra Cin epanbold), Marc Ferro (A Revoligto Russa de 1917), Jonathan Spence (Him Busca da China Moderna), Otelo Saraiva de Carvalho (Alirada em Abr ¢ para as revolugdes de 1989:'T. G. Ash (Nés, 0 pate).

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