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Wyo a AGS : PARA D2 (Claudio César Dias Baptista he rs CCDB convida-o a prosseguir viagem pelos planos cdsmicos das freqiiéncias baixas! No iiltimo artigo publicado pela Nova Eletnica, conhecemos 0s tubos ¢ labi- rintos, além do air-coupier, em verso me- nor, para residéncias, e maior, para gran- des sistemas de som. Neste, que pode ser considerado a segunda parte do anterior, vveremos algo mais sobre caixas para bai- sas frequéncias. Reconectando nossas mentes, encon- ‘ramo-nos outra vez naquele mesmo ins- tante, quando abandondmos a viagem, ¢ " vetficamos agora estarmos cansados. ‘Nao devemos prosseguir nestas condi- ‘0s, pois, para quem ndo viajou conos- co, exte¢0 comego de um artiga, e parece rvestranho ja comegarmos cansados, mas 16s, juntos ha muito tempo, donos de ‘uma téenica que qualquer pessoa pode do- sminar, se procurar pela fonte auténtica, sabemos que todas as sensapbes das viven- clas anteriores, inclusive 0 cansas0, estdo novamente presentes a0 reencetarmos via- em. ‘Vamos descansar um pouco portanto,€ enquanto isso, sem danificarmos nossos corpes fisicos em demasia, podemos mui to bem tomar o famoso cafezinho, como ‘nos artigos anteriores! S6 que, desta vez, ‘n6s mesmos 0 prepararemos, pois faro ‘questo de que Ana Maria ndo aparesa de ovo como excelente cozinheira... Na ver- dade, sem a Ana Maria, nao haveria 0 ‘Claudio César; ndo, escrevendo este art {g0, montando mesas de som, experimen- tando ¢ trabalhando organizadamente. ‘Ana Maria apeia, incentiva, administra, ‘corrige artigos, faz compras de material cletrénico é pelo menos metade, a metade ue no aparece o tempo todo, do que acreditamos ser 0 Claudio César! esta vez, nds faremos o cafezinho 0 serviremos, reconhecidos a ela, que ndo estaria um minimo sequer superestimada, se seu nome encaberasse os artigos de cps. Em artigo anterior, sobre sonorizag4o de palcos para shows, nds éramos os musi- 0s. Com a forca dirigida a nossas maos, por entre uzes, criamos a caixa lateral pa- ra retorno, a “Nova Caixa”. Hioje,.n0 Rio de Janeiro pelo menos, te- tho visto dezenas dessas caixas cumprin- ddo seu papel na sonorizagdo de palco © também na sonorizacdo frontal, no P.A.. para o paiblico. Com dois alto-falantes de 12 polegadas, elas, sendo menores ¢ mais portateis, superam as conhecidisimas cai- xas tipo "JBL 4560” com um alto-falante de 15 polegadas, que ew mesmo introduzi ‘no Brasil, com o conjunto Mutantes, anos airas, Custam mais barato, além disso, devido a ndo existir consisténcia no prego ena qualidade, entre os alto-falantes na- . tionais de 12 ¢ 15 polegadas. Todo 0 es- \forgo brasileiro, podemos dizer paulista ‘ou mesmo paulistano, se dirigiu a produ- 2 pelo menos um alto-falante “bom” de 15 polegadas, e obteve sucesso, finalmen- ‘é existem com fio de seeto retangular € ‘conjunto magnético respeitivel, ainda que sua poténcia acistica continue distan- te varios decibtis daquela dos novos falan- tes norte-americanos. Custam, no entan- to, 05 olhos da cara e, com um par de fa~ Jantes comuns de 12 polegadas, a custo in- {erior, colocados na “nova caixa”, pode- ‘mos ainda supers-los. Que diriamos se aos falantes de 12 polegadas fosse dada mais tengo?! Eles s4o muito methores para produzirem os médios graves que os de 15 polegadas, muito mais adequados para ‘guitarras elétricas ¢ instrumentos seme- Thantes, ¢ deveriam também ter seu lugar ao sol. A empresa que dedicar aten¢ao a festa nova falha do mercado teré as devi- das recompensas! Uma novacaixa com al- to-falantes de 12 polegadas to bons quanto of atuais de 15 nacionais, ficaria ainda muito melhor! ‘As caixas como as 4560, que possuem dutos tipo bassveflex, so muito boas ‘quando trabalham em sistemas de 2canais ¢ fica a cargo delas toda a reproducdo dos graves. O bass-reflex produz uma énfase ‘hos graves 20 redor de 50 Hz, que serve para enganar os ouvidos fingindo que existem graves”... Na verdade, estas cai- 1as slo realmente eficientes de 200 Hz pa- racima, até 800 Hz, devido ao fato de que ‘a cometa de que so providas, ‘‘corta””, ‘ou deixa de contribuir com acoplamento acistico a 200 Hz, Neste ponto, a nova caixa € exatamente igual, pois tem uma cometa idéntica na frequéncia de corte baixa. A diferenga ¢ que, com falantes de (qualidade igual, a nova caixa é mais efi- cliente, esuporta o dobro da poténcia, sen do muito mais inteligivel sua resposta a ‘ansientes ¢ endo possibilidade de ultra- ‘passar longe os $00 Hz na reprodudo dos ‘médios. Nao foi adotado o compromisso do bass-reflex na nova caixa, que deixa os ‘raves mais profundos para outras caixas ‘que verdadeiramente os possam reprodu- GERADOR DE AUDIO nivel des duas saidas Escalas: 10 Hz — 100 Hi APLICAGOES @ {0 — 3 VRMS senoidais e 0 — 3 Vpp quadrada) Freqiiéncia de trabalho: 10 Hz a 100 kHz ‘TkHz — 10 kHz; 10 kHz — 100 kHz. * Testes de distorgo harménica « Testes de resposta em freqiiéncia ‘* Modulago em geradores de RF * Clock para circuitos digitais, etc. E um aparetho de indiscutivel utilidade na bancada de técnicos eletrinicos @ aficionados em éudio. FILCRES IMPORTACAD E REPRESENTACAO LTDA, us Aurora, 165/171 01208 - caixa poral 18.767- 3 onan: 223-78 | 222 468 6 21-0147 twee 1191290 FILG BR _A nova caixa, nem a caixa tipo 4560, ‘ido pode reproduzir bem os graves de 100 Hz para baixo, mesmo que se use varias ddelas acopladas e, quando se exagera na ‘quantidade, acaba por estragar 0 som nos ‘médios graves, devido a problemas de fa- ‘Como os aircouplers apresentados sto ‘mais iteis até 40 0u 50 Hz, vemos que algo pode ser feito, nos grandes sistemas de som, mesmo antes de pensarmos em air+ ‘couplers, para resolver o problema da pproduglo ou reprodugdo de graves entre 40 e 200 Hz, com maxima eficigncia. Poderiamos, como jé fiz para o conjun- to Mutantes ¢ apresentei em fotos nas re- vistas anteriores, construir caixas-cometa monstruosas, que atingissem até mesmo a faixa dos graves dos air-couplers. Projetei ‘¢ construi quatro caixas, medindo 3,1 x 1,5 x 1,6m cada uma, e pesando 450 qui- Jos cada, que tinham de ser transportadas por doze homens cada, ¢ ocupavam sozi- ‘has mais de um caminhio médio, n0 transporte. Cada par de cainas era parte cde uma tinica cometa que foi projetada no papel, cortada em duas metades ¢ cada ual dobrada sobre si mesma, formando ‘uma caixa, que continha depois de pronta uum alto-falante. Gauss de 18 polegadas. A cficiéncia era muito grande e a poténcia em SPL descia plana até 32 Hz, que per- rmitia‘‘cuspir” 0s cabeludos que se senta- ‘vam dentro delas nos shows para curtr 0s saves, com uma simples puxada no con- 100 Hz — 1 kHz trole de 31,25 Hz de um dos equalizadores da mesa CCDB ¢ uma ajudazinha do te- cladista do sintetizador... ‘Em tempo... Também sou cabeludo!!! Hoje, a solugdo mal visualizada por mim ao dividir em duas uma corneta, foi aperfeigoada por empresas como a JBL norte-americana, dividindo uma corneta ‘flo (do grande como a minha, porém ain- dda plana até 40 Hz, em no apenas duas, pporem em oito partes, ficando cada parte independente e formando uma caixa mo- ddular contendo um alto-falamte de 18 po- legadas; ela pode ser facilmente transpor tada e utiizada sozinha, quando supera de longe uma 4560 ou uma nova caixa, de 40 2 200 Hi, e complementa estas itimas. nessa regio de graves mais profundos. ‘Um sistema de som com uma destas cai- xxas e uma nova caixa & muito superior a sistemas que utilize virias 4560.0u varias nnovas caixas, como se vé muito por ai. ‘Chegando as oito caixas, os graves en to realmente podem receber esse nome! ‘Sendo modular, pode estar presente em sistemas em crescimento, pode ser facil- ‘mente transportada e tem outras possiveis aplicagdes, omo no palco, para érgdos ¢ contrabaixos ¢ retorno lateral. Elas sto chamadas W Horn devido a seu formato interno se assemelhar a0 de ‘uma letra ““W". O alto-falant fica volta- do para tris, em um compartimento fe- cchado e envolvido por duas cornetas do- bradas que projetam o som para frente. No compartimento fechado, sto inseridos pela frente da caixa es costas do alto-fa- ante, dois (ou mais) dutos, que slo sinto- nizados normalmente como em bassre- Ylex, da mesma maneira que ensinei a f '\zer no artigo anterior, sobre som de palco, para as caixas de som frontal. motivo dos dutos écriar amortecimento para al- to-falante que, pela natureza do projeto, ficaria encerrado em compartimento ex- cessivamente amplo ¢ correria o risco de ser danificado em frequéncias proximas a dda ressondncia, 0 que no acontece como ‘@ nova caixa, por ter um compartimento calculado especialmente para amortecer (08 alto-falantes com —“suspensio ‘acistica” e torné-los livres dos problemas associados a0 bass-reflexna regio em que devem trabalhar, os médios graves. ‘Uma pequena ajuda nos graves profun- dos é dada, também pelos dutos, em SPL (ou nivel de intensidade sonora), na Horn. No Brasil, aparecem ¢ desaparecem do mercado os alto-falantes de 18 polegadas, pois as tentativas ndo foram suficente- mente sérias em sua diresdo, principal- ‘mente pela inexisténcia de know-how por parte dos usuarios ¢ nas proprias fabricas de alto-falantes sobre como aplicé-los, em (ue caixas, e como "usar estas caixas num sistema de som de maneira correta. ‘Novamente apresento aqui um campo JANEIRO DE 1982 de utilzagto no mercado completamente ‘comprovado como desejével para um tipo de alto-falante. Pero atenedo pois para os alto-falantes de 18 polegadas, tanto como pedi para os de 12, das empresas produto- Fas. Os coitados de 15 polegadas nfo po- dem fazer tudo sozinhos, pd! Nao podem, mas vo fazer ainda uma A “W Horn CCDB™ para fatantes de 15 polegadas Por mais uma vez as formas da Nova Eletronica crescem, 0 peso aumenta, a vi- silo perifrca se expande eos olhos param de percorrer as linhas. O mundo real de ‘nosso interior vem para a consciéncia, ‘usamos as muito antigas téenicas para ali aprofundar e permanecer, enquanto nos é dado receber de novo a sensardo do am- biente do show, que abandondramos para trazer a luz do sol 0 air-coupler. ‘uminados pela difusa e mével reflexio das altas luzes presentes no palco, temos rds grupos de caixas de som; um acima e um de cada lado do paico, formando um A. em és vias, triangular. Por tris por cima temos outras vias para som am- biental ¢ efeitos, bem, como ja observa ‘mos, uma sepdo de graves profundos, mu- rida de aircouplers. (Como as vias laterais, esquerdae direita do triangulo compete a reamplificacio, principalmente dos instrumentos musi- ‘ais, enquanto que a ponta superior do tridngulo s4o mais destinadas as vozes€ 08. instrumentos em solos, notamos um volu- ‘me bem maior de caixas para graves nestas vias, aos lados do paleo Enferas de luz sonora sfo emitidas pelos ‘grupos de caixas; sempre que o contrabai- 1x0 expée suas fundamentais, ou o bumbo ‘marca um forte primeiro tempo, um ver~ ‘methoquente nos atinge, fazendo vibrar 0 diafragma, o trax; sentir 0 chao sob 08 és © 0 contato da pele de todo 0 corpo ‘com oar iluminado, dando aos misculos, ‘conforme o andamento da miisica, a sen sacdo de firmeza e paz, ou de iminéncia de ado, de pular e dangar, unindo nossa for- 68 fsica com ritmo ¢ movimento ao som! Fazemos isso mesmo, ¢ todo 0 piblico conosco ndo resiste e se entrega ao poder fuente nos misicos e dirigido por eles a ‘nds. Aproveitamos os passos e, cadencia- damente, vamos nos aproximando do ‘grupo direito de caixas de som perto de ‘onde, pela nossa altura, somos envolvidos ‘apenas pelos graves, vermelhos, vindos da base da estrutura. Se em corpo fisico, te- rlamos de permanecer pouco tempo’ali, ‘u ndo poderiamos voltar a ouvir. Os ou- vidos ndo suportariam a pressio. J6 esto amortecidos, als, mesmo neste plano e a custo vencemos a embriaguez da danca, do ritmo dos sons graves, e usarios nova- ‘mente a Forea, para congelar 0 tempo, € poder observar sem risco um dos negros ¢ compactos médulos de baixas frequén- cias, uma cometa dobrada em ‘*W’ ‘Acaricio, sorrindo e gentilmente, 0 708- to de uma jovem paralisada numa posigl0 sem equilibrio, em meio a um pulo diante ddas caixas de som, pela interrupgio do fluir do tempo e, juntos, carregamos seu ‘corpo, colocando-o mais distante, de mo- do a desimpedir 0 acesso a uma das caixas de som, a mais fécil de ser reirada de sob ‘aestrutura, que fica sem apoio desse lado, suspensa no ar. Nao esqueceremos de recolocé-la mais tarde, apés 0 exame. Vo- 8 faz troga sobre nos fotografarmos ali embaixo, no lugar da caixa, eo que diriam 0s outros leitores nos vendo suportar tal eso... Jé na posse proviséria do médulo de som, vamos desmontando, desenhando ¢ ‘anotando as dimensoes. ‘Completamos o servigo ¢ deixamos tu- do como estava antes. Exceto a moral... Ela vai ficar lé na nova posicto e isto he dard mais tarde o que pensar... Talvez um ‘bom motivo para pesquisar este mundo tho real ¢ cheio de foras misteriosas en- quanto desconhecidas, de nosso interior! ‘Se algum dos leitores, ao retomar a conscitncia objetiva, encontrar alguma coisa diferente a0 seu redor, ou estiver mudado de lugar, ndo estranhe... Talvez tenhamos passado ai no caminho de vol- ESPECIALIZADA VERTICAL OBJETIVA Vocé sabe que estamos falando de NOVAEUEIRONIGA Visto om carte As curas “A 6B" to reaizndas com chap de compen Seg Tin strata dann conmguru progeo Sef SrA cm rae So domry ofeloroy for cas 7 " rig t tal... Entdo, — quem sabe? — se jf nto o fez, comerar a nteresar-e em algo mais Ge formulas matematics terion pura thente objetivo a respeto de som. 1 projero fico do médulo de graves pode er visto na figura |. Ni difere mul {ode menconada cua W Horn, mas iho uma copia, apesar das dimensdesexter~ tus iénccas, para poder se modular com 2 primera e peas propris lis da actstica niso resutarem, Aquela fi projetada pa- ra alto-falantes de 18 polegadas: eta, pa- ‘a alo-flantes de 15 polegadas, tem d- Ferengasinteras, como uma curva mais perfeta na comets. Voct poderd adaptar Un falane de 18 polegadas a xa caza, tumentando o dimer do fro intoni- {ado os tos paraee alto-alante, sem dqualquer problema. Poderd usar uma ou mais destascaizas na seedo de graves, ea disosicdo ideal Iiixima ser Ge duns fletrar sobrepostas de quatro clas cada, totalzando oto. A rexposta as graves er incrementada de 4 26 (ae quatro ver) na regio de 40 a {00 Hie serdusivel desde 32 Hz. A fre- Guéncia de core recomendvel & de 300 Hz para baixo para evar acoloraco nos tnédios grave acim de 300 Hs, sempre presente nee tipo de sonofletor. Para Combinar com anova cia, a frequéscia de corte ideal siture a redor de 200 Hz, utlizagdo, o que descrevi em detalhes nas revistas anteriores. Como no caso do air- coupler, ndo € obrigatério cortar a 12 4B/oitava os graves da secdo de médios sraves , sendo suficiente 0 uso de conden sadores em série com a entrada dos ampli- ficadores de poténcia. As frequéncias ac sma da frequéncia de core, estas sim, de- ‘vem ser cortadas a 12 dB/oitava, para evi- tar que sjam reprodurias pela comneta 48 ‘As juntas tem de ser coladas e parafusa- ddas com reforgos tipo cantoneira, peio ia do interno da caixa, ¢a espessura da ma- deira deverd ser de 19 mum (3/4 de polega- dda). Devem ser colocadas mantas de ld de vvidro de uma ou duas polegadas em todas as paredes internas do compartimento do aluo-falante, exceto naquela onde esti 0 mesmo. ‘No coloque material absorvente nas paredes intemas que formam as cornetas!! Aproveitando o sistema [Nio adianta muito nos esforgarmos pa- a bem reamplificar acusticamente os gra ves de um contrabaixo ou teclado, se eles ‘do chegam eletronicamente em boas con- digdes as caixas de som. CComesando pelo contrabaixo,¢ outros instrumentos produtores de sons graves, verificamos que inimeras vezes ext liga- dos a um amplificador no palco, 59 para Seu uso, que nfo possui pténciasufcien- te para atender a todo o auditério, nem caixa acstica capaz de faztlo adequada- mente. A solugso mais adotada é a pior. CColoca-se um microfone em frente &caixa scistica do amplifcador do contrabaixoe ‘apta-e (ou imaginamos fazé4o) 0 som {rave para leviclo 4 mesa de som em for- tna de sna eletonicoe, dal, reampliicd- Io pelo sistema de P.A. Geralmente, of “graves” no passam do microfone, se aque chegam mesmo a pasar pela propria, caixa acistca do amplificador de contra- baixo! Microfones, quase todos, captam mui- to mal os grave de 100 Hz para baixo, ca fundamental do bordio do contrabaixo esta 20 redor de 40 Hz, quando nfo ainda abaino, se for processada por pedas divi- sores de frequéncas. Teciados e sintetiza- lores em geral vao ainda muito abaixo distol Alto-falantes e caixas aciisticas, ‘bem como amplificadores valvulados, di- ficilmente reproduzem estes graves. ‘A soluedo é enviar por meio de linha balanceada (eletronicamente, para evitar © transformador balanceador e sua geral- ‘mente péssima resposta aos graves e dis- torgdes)o sina elétrico do contrabaixo ou teclado, antes que este chegue a caixa de som do amplificador do instrumento mu- sical. Se desejarmos aproveitar a colora- ‘elo € distoreo do ampificador, devemos tomar o sinal ¢ balanced-lo a sua saida, atenuada, e, se desejarmos a distorcdo ¢ ‘coloraedo da caixa de alto-falantes, deve- ‘mos usar um microfone para capti-la em: separado, ocupando entdo dois canais da ‘mesa — um para sinal direto ¢ outro pa- Fao microfone. Devemos cortar 0s graves do canal do microfone para evitar proble- ‘mas de fase com o canal de linha — ¢ no canal da mesa 0 equalizador dé conta do problema. Um excelente cireuito de pré-balancea- dor eletrOnico aparece na figura 2, ¢ voce ppoderd usar o integrado que the convier, com baixo ruido e resposta extensa. O do Circuito nfo existe mais em nosso mercado seu substituto, 0 1458, é muito pior, mas funciona ainda razoavelmente. ‘A saida desse pré pode ser ligada direta- ‘mente a0 cabo que costuma ser conectado ‘a0 microfone. Na entrada do pre sfo ad- rmissiveissinais de até + 18 dBm, antes da distorgfo, ¢ ele pode, portanto, balancear ‘praticamente qualquer fonte de sina, sal- vo saidas de poténcia de amplificadores ‘que devem ser atenuadas. ‘A resposta é 6tima para audio ¢ o ruido suficientemente baixo. Os resistores a sai- dda servem como proteeo contra curto- « Wreuitos, o que tora 0 pré automatica- \ mente 'desbalancedvel”, pela inseredo de plugs comuns que curto-circuitem a terra Sponto "2" ‘Para atenuagdes de aproximadamente 20 4B, em casos de sinais fortes que pro- ‘voquem distorcdo na mesa, podem ser usados resistores de respectivamente 10k € Ik no lugar de Ae B, ede A’ eB’; eles ain- dda auxiliam a-baixar a impeddncia na li- nha. ‘© contrabaixo ou teclado pode ser not- ‘malmente ligado ao jack de entrada 1 pelo ‘cabo blindado convencional, ¢ do jack de ‘entrada 2 pode ser enviado o mesmo sinal, do contrabaixo ou teclado, a entrada de seu amplificador, no paleo. Amplificadores em ponte Existe ainda um outro problema na re- produsdo dos graves: necessitam de muita poténcia elétrica, Utiizando alto-falantes importados, ‘como, por exemplo, os da série “E” da JBL, precisaremos de amplificadores ca- ppazes de produzir 300 ou mais watts RMS sobrecargas de 8 ohms. E aconselhivel o JANEIRO DE 1982 ; | uso de pares de amplificadores conectados em fase oposta, na configuragdo em ponte ‘ou bridge, como j apresentei em artigos anteriores, num protétipo utlizando cir- ccuitos integrados de baixa poténcia (os ‘TBA 810 DAS). © pré-balanceador da figura 2 prestase também para esse fim, pois suas dus sai- das — apresentam fase inveriida de 180° ‘entre si,¢ podem ser diretamente conecta- das a dois amplificadores de poténcia, cu- jas Saidas serdo ligadas assim: fos erracou *comum" ligados juntos; fis “vivo” li ‘gados, cada um, a um dos terminais de wm ‘inico alto-falante ou uma tinica caixa de som. Se, por exemplo, cada amplificador ‘podia entregar no maximo 200 WRMS so- ( VISTA OF FRENTE Sse am bre carga de 4 ohms, e apenas 10 WRMS. sobre carga de 8 ohms, agora ambos po- ‘dem fornecer 400 WRMS sobre carga de 8 ‘ohms, ito é, quatro vezes mais poténcia sobre a mesmna carga. N4o podem ser co- nectados agora a carga de 4 ohms, pois a poténcia méxima total de ambos continua ser 400 WRMS; mas para 8 ohms, impe- dncia muito comum em alto-falantes, a poténcia quadruplicou-set Conclusio ‘Temos, agora sim, um sistema eficiente ‘nos graves! Sé na seqdo de graves, temos 3 vias; sendo 0s air-couplers responsiveis desde as frequéacias subsOnicas até 40 Hz; dde 40 Hz att 200 Hz, temos as comeas dobradas CCDB em “W"" e, de 200 Hz abe tesa tay ESSE SY até 800 ou 1200 Hi, as “*novas caixas"! (Cada segdo com seus amplificadores inde- pendentes, alimentados por um dhvisor cletrénico mulivias. ‘Os agudos e 0s médios ficam para outro artigo... [Nao deixamos os graves se perderem, ‘usando linhas eletronicamente balancea- clas, ¢incrementamos a seedo de poténcia, sugerindo 0 uso de amplificadores em ponte. Apelamos novamente as fabricas, para produzirem alto-falantes que atendam és nevessidades do mercado, e neste momen- to, voltamos acarga, rogando maior dedi- ‘cagdo nas pesquisas e no projeto dos mes- Sa eR a a caine mm |g a vm | (copemars 4" on 19 mem) mo | capeereen 34" 00 eam) | 1 2axa8 610% 1219 1 f | eeateeinaemiy 2 2 | aigepiacmom | og | |g | Succtiagnam | i] deste | | | |) “simaciguaiisg’ |i : 5 | adtaesteeeeR, | E B | tines i i | uaeaeae |i BY “Baer } LL + | Biaegass | $ Lavage |? rave) 49 ese (Com um circuito magnéticn especial, de fic construedo, a empresa norte-ameri- cana James B. Lansing, Co. ests produ- ‘indo, a custo praticamente idéatico ao dos alto-falantes nacionais, unidades com ddez vezes menos distoreto ¢ vérias vezes ‘mais pottncia acistica. Isto foi consegui- do ap6s muita pesquisa, mas muito pouca ‘modificaeso na pritica da construso dos conjuntos magnéticos de ferrite. Apenas tum rebaixo usinado em uma pera de facil construgio corrige 0 fluxo magnético s0- bre a bobina méovel, evitando distorsto dz vezes maior em uma faixa de frequén- das. Um simples ane! metilico a0 redor dessa pera, na outra extremidade, evita distoredo dez vezes maior na parte restan- tedda faina de frequéacias! ‘Quem produz alto-falantes assim por aqui? Ninguém! Ferrite é ferrite ¢ prontol... © piblico nfo v8 o rebaixo, ‘nem o anel, e duvidamos que ouca a dife- renga... uve! Ouve sim! Dez vezes mais distor- ‘0, qualquer um ouvel!! Nao pode com- parar em teste A-B, na maioria dos casos, ‘mas ouve, sabe, sente que ndo é a mesma coisa! E os brasleros continuam por bai- xo... ¢a distincia aumentando. Porque as fibricas tem gente meio desligada, des- ‘magnetizada, na geréncia, que no perce- bbe que o ane eo rebaixo podem ser extre- ‘mamente iteis, ndo so para a reproduco 50 do som, quanto para a producio de exce- lente argumento comercial de publicida- de, honesto, e de baixo custo! “Assim como passel anos apelando pelo flo de sero retangular e consegui, tenho certeza, serei novamente ouvido quanto ‘80 novo conjunto magnético, bem como ‘quanto aos alto-falantes de 12¢ 18 polega- das. A propésito, 08 air-couplers também sostariam de recebé-los! “A W Horn original JBL” ‘em mflos, aqui vai o projeto completo nas figuras 3A, ¢ BI ‘Uma altima dica — Muito grave! . Hi anos, muito antes de ouvir falar de ra- dindores passivos, fiz uma experiéncia ¢ ‘obtive bastante sucesso. Como tocava ba teria, tinha um “tomtom” velho, da marca ““Gope” em casa, Tinha também alguns alto-falantes de 10 polegadas ‘‘Ci- Meu televisor estava com a saida de po- tncia desconectada de seu pequeno alto- falante e igada a dois daqueles falantes de 10 polegadas, que fixei a uma lareira de concreto, transformada em sonofletor in- to. Os graves eram muito melhores, & >. do que no televisor e podiamos as- aos festivais internacionais, onde brithavam o§ Mutantes, com muito mais realismo. A lareira era fixa, no entanto, € eu desejava mudar de lugar o televisor, na ‘mesma sala. Desejava testar, também, ‘uma idéia! ‘Adaptei o falante de 10 polegadas a uma tabua, que recortei circular e colo- uel presa pelo aro, no tom-iom retirado da bateria. No extremo oposto do tom- tom, usei a pele dé couro como se fosse tum instrumento de percussio (peles de nilon eram coisa do futuro). ‘A idéia era de que eu poderia “‘afinar”” 1 pele com respeito ao alto-falante e sua frequéncia de ressondncia, obtendo as vantagens do basreflecalindas dosti Deu certo!!! A medida que apertava ou afrouxava a pele, havia uma regido onde (8 graves redobravam ¢ ficavam fortisi- ‘mos! Era incrivel que uma caixinha pouco ‘maior que 0 falante pudesse superar de Jonge 20 enorme sonofletor de concreto com dois falantes idénticos ¢ ligada a0 ‘mesmo televisor! Os graves enchiam a sa- la! JANEIRO DE 1982 Imaginem o que seria uma caixa assim, ‘mas munida de um grande alto-falante de 18 ou mesmo 15 polegadas, para usar co- mo caixa de instrumento musical, para contrabaixo ou érgfo, com uma grande pele de bumbo afinivell Este sonho eu ‘ilo atualize, mas tenho certeza de um re- sultado possiveimente to formidavel que convido-os a revolucionar 0 mundo dos instrumentos musicais nos graves, am- pliando o projeto! Imaginem estas caixas 408 pares ou em grupos acoplados e“‘afi- nados"1... ‘Nao peco patente — & dominio pabii- ‘co! Milos & obra, pois! Concinindo a conclusio... Mile um ou mais artigos poderio seres- ritos sobre assunto grave como este. Nao ‘bAmais espago e tempo na revista, por en- ‘quamio. Detalhes importantes sobre fase, "Q’, diretividade, cobertura, ringing, ‘outros tipos de caixas acistcas, aucibill- dade nos graves, projeto de sonofletores € cometas acisticas, impedincia, poténcia, SPL, teoria,ec.,ctc.,ficarso para o futu- 1, Visualizamos e foi exposto o mais im- ortante para o presente momento. ‘A forga obtida manifestou-se a cada asso, ¢ 0s resultados foram, so € serdo satisfaxrios nos planos atingidos. ‘Em nossa viagem, iniciada verdadeira- mente com 9 primeiro exemplar da pri- ‘meira edigdo da Nova EletrOnica n? 1, ou ‘antes ainda, em sua preparacdo, percorre- ‘mos mais urna etapa. Visualizando antes o todo de um sistema de som profissional ‘muito completo, temos depois a cada arti- 0 focalizado em nossas consciéncias uma parte, para a qual nos drigimos psiquica- ‘mente, observando, estudando cada deta- The, ¢ experimentando no mundo objeti- vo, com a matéria nas mos, os resultados Possiveis de se obter para sermos capazes de repeti-los e dominarmos sua técnica, ‘no objetivo de ampliarmos as fronteiras dde nosso relacionamento com 0 universo, através da escala energética do som. ‘Um determinado lugar, onde as coisas ‘acontecem, umn determinado show césmi- co tem sido visitado por nos, e veificamos. ‘uma inesgotivel fonte de informagao e de pesquisa ali, sto é, aqui, pois sentimo-nos ‘mais uma vez atraidos por sua aura de ma- nifestario, qual nave interestelar pene- trando um campo gravitacional, € nos permitimos absorver na fora, pousando ‘ou surgindo pouco a pouco em nossas ma ‘ias poltronas, cada sentido recobrando ‘sua conexo. A principio a meméria, de- pois 0 tato, 0 paladar dos confeitos em ‘ossas bocas, o cheiro de gente e metal do ‘equipamento aquecito a0 nosso redor, a temperatura amena do ar condicionado. ‘Osom da miasica vai nos envolvendo e seu ritmo se torna 0 nosso. As luzes do palco ‘io entrando em foco e cf estamos assis- tindo a nés mesmos, os miisicos, a nés ‘mesmos, os téenicos, a n6s mesmos, 0 pi- blico, na realizapdo da caleidoscdpica for- ma desta manifestario da Arte, que gira ‘mensa, majestosa, qual rosa de colorida luz, vida e amor, abrindo-se no espaco ¢ tempo sem limites de dentro de nés! Em sua base se cruzam linhas que se perdem na distincia ¢ giram também! Sentimos que a Forea se torna irresistivel, insuportével mesmo, e precisamos voltar, ‘4 que hd muito ainda a fazer, antes de ‘cruzar 0 iltimo Umbral, definitivamente. Outra vez. show, os miisicos, osomea uz, ‘Outra vez, aos poucos, se distanciam e ‘nos encontramos no interior do siléncio, apenas conscientes. Ficaremos, agora, alguns instantes em profunda Paz, com a mente livre de pen- samentos, repousando e deixando sedi- ‘mentar a nuvem de particulas revolvidas em nosso interior, para cairem e se agluti- ‘arem em novo arranjo, e podermos no- vamente algar vo dentro do limpido mar de nossas consciéncias, onde o conheci- ‘mento adquirido toma novas cores, como uum crescente banco de coral, para um dis chegar a tona e florescer em novo e mais sutil plano, sob a vivificante e direta luz do Sol! TECNICO EM ELETRONICA COMPONENTES ELETRONICOS Atacado e varejo rR Ue tele Powe le a emer elo M sti M siecle) SEMI-CONDUTORES Horario: das 19 as 23 horas Inicio das aulas: 16 de fevereiro ieee eae eae COLEGIO BATISTA BRASILEIRO aa ee SRP a7 ean g Perea eT eee acess EM GERAL t FILCRIL COMERCIO DE ELETRONICA, IMPORTAGAO E EXPORTAGAO LTDA. ua Santa igénia, 480 Tela: 221-4990 221-216. 7209853 (CEP 01207 - S80 Paulo-SP

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