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INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO

Universidade Técnica de Lisboa

Electrónica Geral

Par Diferencial
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Par Diferencial com Transistores


Bipolares

-VEE
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Modo diferencial e Modo Comum


As duas entradas do par diferencial são as tensões vB1 e vB2.

V V
VC  B1 B 2 VD  VB1  VB 2
2
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Par diferencial com entrada de modo comum

As correntes dos dois colectores são


exactamente iguais.
Em cada colector IC=IE
Em que 
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Par diferencial com entrada diferencial de


grande amplitude

Existindo uma entrada diferencial


de amplitude razoavelmente
elevada (vD=1 V) a corrente
passará toda por um dos
transistores.
Note-se que:

vB1=vC+vD/2=0,5+0,5 V
vB2=vCvD/2=0,50,5 V
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Par diferencial com entrada diferencial de


grande amplitude

Neste caso as entradas são:

vB1=vC+vD/2=0,50,5 V
vB2=vCvD/2=0,5+0,5 V
Note-se que o transistor que
conduz toda a corrente não deve
chegar a saturar.
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Par diferencial com entrada diferencial de


pequena amplitude

Considerando que a fonte


de corrente I é ideal, a soma
das correntes nos dois
emissores mantém-se igual
a I.
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Correntes de colector em modo diferencial


iC  I S evBE / uT iC   I S evBE  / uT

iC iC  I S vBE / uT
I EE  I E  I E     (e  evBE  / uT )
  

vD  vBE  vBE 

I EE I EE
iC  iC  
 evD / uT  e vD / uT

iC  iC   I EE  I EE

iC  iC   I EE /  quando vD  
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Correntes de colector em modo diferencial

I=IEE
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Ganho

Pode considerar-se que a zona linear de funcionamento corresponde a vD = uT

No ponto de equilíbrio vD=0 :

v D
iC  g m vBE , vBE  vBE  

iC g m I EE /  I EE
  
vD  uT uT
v   RC iC
v  v   RC (iC  iC  )
v   RC iC 
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Ganho

Os ganhos medidos na tensão de cada colector e na diferença de tensões


serão:

I EE
v   RC vD
uT
I EE
v  v  v   RC  vD
uT
I EE
v   RC vD
uT
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Linearização da Característica por Colocação de Resistências


nos Emissores

iC1  iC 2  I
vD  vB1  vB 2  Re (iC1  iC 2 )
Desprezando vB1  vB 2 face a Re (iC1  iC 2 )
I  iC1  iC 2
vD
 iC1  iC 2
Re
Resulta por soma e subtacção
I vD
iC1  
2 2 Re
I vD
iC 2  
2 2 Re
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Linearização da Característica por Colocação de Resistências


nos Emissores
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Separação, num circuito com simetria geométrica


nos modos comum e diferencial
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MODO COMUM

A resistência central pode ser dividida em duas, que por estarem


em paralelo terão um valor óhmico duplo.
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MODO DIFERENCIAL

Na resistência central não há corrente, e pode ser retirada do circuito.


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Resultado Final por Sobreposição

É necessário lembrar que o princípio da sobreposição decorre da


linearidade. Em dispositivos não lineares é necessário ter cuidado a
aplicá-lo.
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Par Diferencial Completo para PFR


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Meio Par Diferencial para PFR


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Par diferencial completo em regime incremental


para o modo diferencial
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Dada a simetria basta considerar uma metade do circuito

Considetando a saída no colector do transistor da esquerda o ganho será:

vc1
Ad    g m ( RC // ro )
vd / 2
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MODO COMUM

Quando
consideramos o
modo comum temos
de conhecer a
resistência da fonte
de corrente.
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Também aqui se pode dividir o circuito em duas metades

Ao dividir REE em duas


partes passa a ter-se
2REE, porque
REE=2REE//2REE
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Par diferencial completo em regime incremental


para o modo comum
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Também aqui basta considerar meio circuito

Desprezando ro o ganho
fica idêntico ao ganho de
um andar em emissor
comum com resistência de
emissor:

RC RC
Ac   
r  (1  )2 REE 2 REE
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Factor de Rejeição de Modo Comum


(Common Mode Rejection Ratio)

O factor de rejeição de modo comum é definido como a razão entre o


ganho em modo diferencial e o ganho em modo comum: Ad/Ac.

A tensão de saída em modo comum é medida no colector de um dos


transistores, pois a tensão entre os dois colectores é nula.
Definindo o ganho em modo diferencial como Advc1/vd tem-se
g m RC
Ad 
2
O factor de rejeição de modo comum (CMRR) valerá:

Ad
CMRR   g m REE
Ac
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Par Diferencial com Transistores


MOS
(Modo Comum)
I
vD1  vD 2  VDD  RD
2
I
 K (VGS  Vt )2  VGS  Vt  I / 2 K
2
vS  vC  VGS

A tensão vC só pode estar dentro


de uma dada gama para que os
transistores funcionem na
saturação e a fonte de corrente
funcione correctamente.
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Par Diferencial com Transistores MOS


(Modo Comum)

Ao especificar o valor da corrente I, fica


imediatamente definida a tensão VGS.
I
 K (VGS  Vt )2  VGS  Vt  I / 2 K
2
vS  vC  VGS

Para que os transistores estejam na


saturação:
I
vDS  (VGS  Vt )  VDD  RD  vS  VGS  Vt 
2
I
 VDD  RD  vC  VGS  VGS  Vt 
2
I
 vC  VDD  RD  Vt
2
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Par Diferencial com Transistores MOS


(Modo Comum)

Para que a fonte de corrente funcione


convenientemente a tensão aos seus
terminais deve ser superior a um dado valor
mínimo.

vS  (VSS )  VFCmín  vC  VGS  VSS  VFCmín 


 vC  VGS  VSS  VFCmín
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Par Diferencial com Transistores


MOS
(Modo Diferencial)

Qual a tensão vd que é


necessário aplicar para que
toda a corrente I passe no
transistor da esquerda?
A condição iD1=I permite
obter vGS1.
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Par Diferencial com Transistores MOS


(Modo Diferencial)

iD1  I  K (vGS1  Vt )2  vGS1  Vt  I / K

Designamos por VODvGS1Vt, a tensão de


“overdrive” na situação de equilíbrio em
que iD1=I/2. Assim:

vGS1  Vt  2 VOD

vd  vGS1  vS =Vt  2 VOD  Vt  2 VOD


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Operação com Sinal de Alto Nível

Para caracterizar este tipo de funcionamento vai ser necessário estabelecer as


expressões das correntes de dreno para cada um dos dois transistores:

2
I I vd  vd / 2 
iD1   1  
2 VOD 2  VOD 

2
I I vd v /2
iD 2   1  d 
2 VOD 2  VOD 
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Operação com Sinal de Alto Nível

Para caracterizar este tipo de funcionamento vai ser necessário estabelecer as


expressões das correntes de dreno para cada um dos dois transistores:

Perto da situação de equilíbrio o


comportamento é
aproximadamente linear e pode
fazer-se
I I vd
iD1  
2 VOD 2

I I vd
iD 2  
2 VOD 2

I
em que g m 
VOD
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Controle da Zona de Funcionamento Linear


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Ganho Diferencial em Regime de Sinal de


Baixo Nível
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Ganho de Modo Comum em Regime de


Sinal de Baixo Nível e Factor de Rejeição
de Modo Comum
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Par Diferencial com saída unilateral

Quando se tem um encadeamento


de amplificadores diferenciais só o
primeiro andar necessita de ter a
saída diferencial para obter um
elevado CMRR.
Com saída unilateral poder-se-ia
usar uma montagem como a
representada, mas o ganho fica
reduzido a metade.
Utilizando cargas activas o ganho
pode ser muito elevado pois a
carga pode ter uma elevada
resistência dinâmica.
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Carga Activa Utilizando um Espelho de Corrente

A utilização de um espelho de corrente


como representado permite ter, na
saída unilateral, um ganho idêntico ao
que se obteria com saída diferencial.
No entanto a montagem é muito
sensível às assimetrias dos
componentes pelo que é sempre
necessário introduzir uma malha de
realimentação, que não estudaremos
aqui.
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Situação de Equilíbrio

Situação de equilíbrio, com um


ponto de funcionamento em
repouso exactamente igual nas
duas metades.
No transistor Q3 a tensão VDS é
igual à tensão VGS. A tensão
VDS em Q4 é igual à tensão VDS
em Q3.
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Comportamento Dinâmico

Como as entradas são


diferenciais as variações de
corrente em Q1 e Q2 têm
sentidos contrários.
O espelho de corrente obriga
a que as variações de
corrente em Q1 (e Q3) sejam
iguais às variações de Q4.

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