Você está na página 1de 1
Pastoral A fé que caminha por becos e calcadas a UE a Sem Peer ae ede) eg od liang. Angela silva anges tpslvahotmallcom Un compromisso semana marca as noites de quarta-feira daqueles que aderiram a Pastoral de Rua em Piracicaba. As pracas Bom Jesus, da Catedral, da Igreja Matriz de Vila Rezende e Takaki s0 0s lo- cais de encontro entre missionarios voluntarios, que se unem para le- var conforto @ pessoas em situacdo de indigéncia Um dos projetos da AssociacSo Alianga de — Misericérdia, | a Evangelizagao de Rua acontece em Piracicaba hd quatro anos. Promove a renovacéo da fé e o apoio psi- colégico a moradores de rua. Alm disso, tem 0 propésito de acolher aqueles que se sintam preparados para iniciar a reinsergao social. A missionéria Regiane Maria, 26, conta que ouvir a histéria dessas pessoas € essencial para entender as suas necessidades. "Com a minha presenga, procuro levar a eles a pa~ lavra de Deus, sua mensagem’, ex- plica le Tre de IE te) FV -1l*[ | bse le) y Ute Mig [e[e le ele Dona Teré, 60, voluntaria da Pastoral, destaca que é dificil vencer 0 desejo que os proprios moradores tém de permanecerem na rua. “AS entidades ajudam com roupas e alimentos. Eles nao sentem fome e podem manter os vicios, por isso a maioria nao quer sair’, firma. Identificando-se por José, 0 senhor de 55 anos que veste roupas curiosamente em boas condigdes € descansa sob um papeléo, elogia 0 trabalho dos missionérios: “Eles vem e conversam, nos déo uma atencéo. que geralmente ninguém da. Mas 0 mundo é isso. Sempre tem quem ajude e quem ignore”, diz, © voluntério Mario César, 44, acompanha a Pastoral hé quatro me- ses e jd contribuiu para iniciar a re- insercéo social de dois garotos. Ex- dependente quimico, mora na Casa Alianga de Misericérdia hd pouco mais de um ano. Hoje em um pro- cesso de recuperacdo didrio, ele leva sua histéria as moradores de rua na tentativa de sensibiliza-los."Deus faz mudancas e as portas somos nds que abrimos ou fechamos’, reflete, Luiz Carlos da Silva, 0 Fininho, 26, também é acolhido na Casa Poco Fotosicamila Gusmao de Jacé e voluntario da Pastoral. Ele usa 0 fato de jé ter vivido nas ruas para se aproximar dos moradores. “Sei dos sentimentos deles porque vivi’. Com esse trabalho, conseguiu recuperar uma pessoa, a quem ele chama de “flho na fe". ‘Ainda que nem todos manifestem © propésito de iniciar 0 processo de recuperacdo, 0 respeito pelo tra~ balho dos missiondrios é evidente. “Mezinha querida” é como um dos moradores chama Regiane, enquan- to 0 outro procura ganhar sua aten- 0 mostrando 0 escapulario com a imagem de Nossa Senhora. Aadificuldade de entender a mente dos moradores de rua pode ser ilus- trada pela fala de Willian Guedes da iva, 25, que recebeu de Regiane a proposta’ de ajudé-lo na busca por sua mie: "Prefiro nao saber se ela esté viva ou morta, ou descobrir por minha conta’. O rapaz, que saiu de casa com 16 anos, se irrita quan- do perguntam se prefere continuar nesta situacdo a reencontrar a fami lia. "Que situacé0?! Eu moro aqui.” = © aponta para os colegas, numa demonstracdo de que sua realidade Ihe basta. 8 ALIANGA DE MISERICORDIA

Você também pode gostar