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CONFERENCIAS De ESCOLA DOMINICAL 2016 Si REGIAO SUDESTE 7] 25* CONFERENCIA DE ESCOLA DOMINICAL / 24, 25, 26 e 27 de marco de 2016 REGIAO NORTE ss: r Li 4 26° CONFERENCIA DE ESCOLA DOMINICAL; 21, 22, 23 e 24 de julho de 2016 REGIAO SUL ifs 27° CONFERENCIA DE ESCOLA DOMINICAL | nt 22, 23, 24 @ 25 de setembro de 2016 | ; ANOE Ef au eb aialere as eile? dia} GONFERENGIAS DE) ESCOTADOMINIGAD 2a olhYe FURS ok athe oh AX y Y, es www.editora¢pad.com br Y SS da Escola Dominical Professor cpad.com.br Lig6es BIBLICAS OVENS ¥ 1° trimestre 2016 CAD JUSTICA E GRACA Um Estudo da Doutrina da Salvagao na Carta aos Romanos Comentarista: Natalino das Neves 1° trimestre 2016. ligaoa Comhecendo a Carta aos Romanos 3 Licao2 A Necessidade dos Gentios 10 Licdo 3 A Necessidade Espiritual dos Judeus 18 ligdou A Necessidade Universal de Salvacao 25 Licao 5, A Justificacdo pela Fé 32 Ligdo 6 Béngaos da Justificacao 40 lica07 Adao e 0 Pecado AT Licao8 Cristoe a Graga Sh Liggog Mortos para 0 Pecado 62 Li¢éo 10. 0 Jovem e a Consagracao 69 Ligao 12 0 Jovem e a Comunidade 6 Licéo 12 0 Joveme o Estado 83 Ligao 13 0 Jovem ea Lei do Amor 90 ® CASA PUBLICADORA DAS. ASSEMBLEIAS DE DEUS Presidente da Convencao Geral cas Assembleias de Deus no Brasil José Wellington Bezerra da Costa Presidente do Consetho Administrative José Wellington Costa Ainior Diretor Executivo Ronaldo Rodrigues de Souza Gerente de Publicacdes Alexandre Claudino Coelho Consultoria Doutrinaria e Teotégica Antonio Gilberto & Claudionor de Andrade Gerente Financeiro Josafé Franklin Santos Somfim Gerente de Producio Jarbas Ramires Si Gerente Comercial Cicero da Gerente da Rede de Lojas Joio Batista Guilherme da Silo Chefe de Arte & Design Wagner de Almeida Chefe do Setor de Educagao Crista César Moisés Carvalho Comentarista Nataline das Neves Ezitora ‘Teima Bueno Designer, Diagramacdoe Capa ‘Suzane Barboza Fotos ‘Shutterstock RIO DE JANEIRO CPAD MATRIZ Av Brasil 34401 - Bangu~ CEP23852-002 Rio de lanetina - Rd “Tek: ea) 2406-7373 - Fax: (22) 2406-7326 E-mail: comercial@cpac combr ‘TELEMARKETING (0800-021-7373 Ligacdo gratuita ‘Segundaa sexta 6h as 28h Livaata VIRTUAL hupitwwercpad come DA RED, JUSTICA E GRACA Um Estudo da Doutrina da Salvacao na Carta aos Romanos Neste trimestre, estuclaremos a res- peito da Epistota aos Romanos. Paulo de forma brithante revela como Deus nos libertou, em Jesus Cristo. do poder do pecado e do jugo da lei Ao ler a epistola voce vai perceber que 0 objetivo de Paulo era refutar os judaizantes, pois estes, erroneamente ensinavam que os gentios deveriam obedecer a lei judaica, Entao Paulo mostra que em Jesus estamos livres da lei e do poder do pecado. Nossa salvacao nao é resultado da ‘bservancia da lei, do esforco humano, mas ¢ 0 resultado da graca de Deus. Recebemos a salvagao por meio da fé, da bondosa graga de Deus. Somente pela fe o homem pecador pode ser justificado diante de Deus. Paulo faz na Carta aos Romanos, uma descrigao detalhada do nosso *alvara de liberdade crista’. Sim, Jesus Cristo J nos libertou de todo jugo. Em Cristo ‘somos livres. © pecado j nao tem mais dominio sobre nés, pois ja morremos para 0 mundo e ressuscitamos com Cristo para a vida eterna Que Deus 0 abengoe. Ate 0 proximo trimestre. Comunique-se com a editora da revista de Jovens Por carta: Av. Brasil, 34.402 - Bangu CEP. 21852-002 - Rio de JaneirolRJ Por e-mail: telmabueno@cpad.combr CONHECENDO A CARTA AOS ROMANOS TEXTO DO DIA Bp ogerea Geet Cosa peste tee ten CoO etcaaiom Ect) viverd da fé" (Rm 1.17). JOVENS 3 OBJETIVOS + CONHECER a autoria, data e local da escrita da Epis- tola aos Romanos; - MOSTRAR os destinatarios e 0 propésito da Carta 20s Romanos; - COMPREENDER a gratidao de Paulo em favor da comunidade crista em Roma INTERACAO. Carola) professor(a), vamos iniciar um novo trimestre com um dos escritos com maior profundidade teologica e, a0 mesmo tempo, com o cuidado pastoral do apéstolo Paulo. Nesta epistola vamos perceber a paixao do apéstolo pela pregacao de Evangetho, nunca satisfeito com os resultado: ‘Sabendo que Bodia oferecer sempre mais pelo Reino de Deus. Durante a caminhada deste trimestre, convido vocé a se co- tocar no lugar do autor e vivenciar cada momento ao estudar os textos biblicos. Que este nao seja simplesmente mais um trimestre, mas que faca a diferenca em sua vida crist ena de seus alunos. Aproveite cada aula, cada momento para se aproximar mais de Deus, reconhecer sua justica e seu amor para com o ser humano. Caminharemos juntos por 13 licdes, por isso, esperamos que seja agradavel e produtivo para vocé. O comentarista do trimestre é o pastor Natalino das Neves Ele é mestre e doutorando em Teologia pela Pontificia Uni- versidade Catdlica do Parana - PUC. ORIENTACAO PEDAGOGICA Professor(a), sugerimos que vocé faa a leitura de toda a epistola aos Romanos e todas as lides desta revista. Na se- quéncia estudea licdo espectfica que vai lecionar, destacando 0s principais pontos. Se possivel, consulte literaturas que falem sobre 0 assunto ¢ prepare um esbogo sobre a lige, destacando os pontos principais de cada tépico em forma de frases. Durante a aula, nao leia a revista com os(as) alunos(as) mas apresente os principais pontos e incentive a participacao de todos. Estimule os(as) alunos(as) a estudarem previamente a ligdo em suas casas. TEXTO BIBLICO 1 Romanos 1.1-7, 8, 131647 Paulo, servo de Jesus Cristo @HatedO (BBIEEBOSTELS, separade para evan- getho de Deus, oqualantes havia @ESRiSHESISESS (GBISIPPETBEES nas Santas Escrituras, acerca de seu Filho, que nasceu da doscondéncia de Davi sogundoa camo, ceclarado filhSTGEIDEUETEMBOREE segundo 0 Espirito de santificagao, pela ressurreicao dos mortos - Jesus Cristo, nosso Senhor. pelo qual recebemos a graca eo apostolado, para a obediéncia de fé entre todas as gentes pelo seu nome, entte 25 quais sois também vos cha- mados para serdes de Jesus Cristo. A todos os que estais em Roma. 16 v7 amacos de Deus, chamados santos: Grace e paz de Deus, nosso Pai, edo Senhor Jesus Cristo. Primeiramente, dou gragas a0 mou Deus por Jesus Cristo, acerca de vos todos, porque SiARSASTSINUnAGIS ‘@nilficiadaavossa fe Nao quero, porém, itmaios, que ignoreis ‘que muitas vezes propus ir ter convosco (mas até agora tenho sido impedido) para também ter entre vos aloum fruto ‘como também entre os demais gentios Porque nao me envergonho doevan- gelhode Cristo, pois ¢ cCdSRAEDEES (pafalsalvacaode todo equaleqiecre) primeiro do judeue também do grego Porque nele se descobrea justicade Deus de fé em fé, como esta esctito Mas o justo vivera ca f8. INTRODUGAO ern Stn eran otr 1 PRIMEIRAS QUESTOES 1 Autoria, data e local da escrita. A (GURGHAISEUIAS da Epistota aos Romanos nao é colocada em duivida Entretanto, desta vez, Paulo ndo escroveucom suas pro prias maos, mas{@itOMaearaaOess a do canon pau- Bem emr cil ati eat (BESTE) provavelmente conhecido dos irmaos da igreja de Roma, pois ele aproveita para enviat-thes saudacoes (Rm 16.22) AS BiStoleMrolescreleurantS JOVENS 5 em sua terceira viagem missionaria, aproximadamente no final do(@MOlesO (GRAEISEZEN® Pato movico pelo ardor missionario de alcangar a Esparha (Rm 15.24), ap6s levantar ofertas para as igrejas gentilicas para ajudar a comu- nidade de Jerusalém, anuncia que fara escala naigreja de Roma, coma certeza de que seria abencoado e abencoaria a igreja romana com a mensagem do Evangetho (km 15.25-29) 2. Acidade de Roma. Para Roma afluiam pessoas de todas as partes do Império Romano por meio de um moderno sistema de estradas. Pesqui- sas arqueologicas demonstram que | neste periodo foi submetida a invasées de varios povos como 0s gregos. etruscas & outros. Portanto, na cidade de Roma, devido a essa miscigenacao, aWialasimais Na area religiosa, era famosa pelo seu politeismo e supersticoes @STASUSES (GARIESESABS) Entre os principais deuses romanos estao (UBIESEUUNS) (88GB) Quando o apostolo Paulo chegoua Roma, cerca de 60 d. C., encontrou uma populacao diversificada e cosmopolita, Os monumentos publicos lembravam aos visitantes 0 poder, as tradicées a amplitude do Império Romano. No tempo do apostolo em Roma havia cerca de um milhao de habitantes 3, Acomunidade judaica em Roma. Judeus de todas as classes sociais vivian em Roma ou a visitava. Arquedlogos descobriram nas ruinas romanas varias, inscrigdes com nomes das mais varia- 6 JOVENS dias origens e também nomes judaicos, inclusive as inscricdes nas catacumbas judaicas indicam que a metade dos Judeus tinha nomes latinos, provavel- mente obtidos por emancipacdo da escravidao. A comunidade judaica era bem representada na capital do império, a ponto de no primeiro século consti tuir 0 maior centro judaico do mundo (GAIGD tendo pelo menos 13 sinagogas na cidade. Os judeus contavam com a simpatia da populagao. Isto se refletia na pratica judaica de fazer prosélitos. aponto de terem como convertidos ao Judaismo pessoas como Fulvia, esposa de senador, Pompeia, esposa de Nero; Flavio Clemente, primo de Domiciano, entre outros. Entre os prosélitos no dia de Pentecostes, provavelmente estavam varios romanos. 0 Pense! ‘A Epistola aos Romanos é 0 prin- cipal livro do Novo Testamento e o mais puro Evangelho, tao valio- So que um cristao nao s6 deveria saber de meméria cada palavra dela, mas té-la consigo diaria~ mente, como 0 pao cotidiano de sua alma’ (Martinho Lutero) eo Ponto Importante Acomunidade judaica em Roma era forte e provocava conflitos na comunidade crista por meio da influéncia sobre judeus converti- dos ao cristianismo. Il - OS DESTINATARIOS E 0 PRO- POSITO DA EPISTOLA 1. Endereco saudagéio (Rm 1-7). Aepistola de Paulo tinha um endereco certo: a comunidade crista em Roma. Ele inicia com uma apresentagdo se- melhante as demais epistolas que escreveu, entretanto, como @IBiiao (Am 37: Jr 254; 15). Em sua saudacao. argumenta que 0 Evangelho que ele conhecera ja havia sido predito pelos profetas. Na sequéncia @BORaaaeao (GGSOIEGIESHIFIEGISAMIO. Defende seu apostolado, como recebido de Deus paraa salvacdo das pessoas chamadas a obediéncia. Estimula @ comunidade, afirmando que eles faziam parte desse povo escothido, 2. Acomunidade crista em Roma. Aproximadamente@iNCOlnOSe pos (GQIRSEHEABIESTEaD o apostolo chega @ Roma, Mais tarde do que planejado @ em condicées (transporte de prisio- neiros) que nao imaginava na época da escrita. A comunidade crista em Roma provavelmente foi fruto da facilidade de locomocao proporcionada pelo comércio mundial ¢ a diaspora judaica, como os romanos que estiveram no Pentecostes (At 2). A igreja em Roma era constituida por judeus e gentios, sendo que estes Ultimos foram se tornando a maioria. Esta diferenca foi mais acentuada depois do decreto do lffiSSRacORCUSSGUeb=nO (GRUSSTSGEIRSMS aproximademente em 4g dC, incluindo Aquila e Priscila (At 181-3). A composicao da igreja pode ser percebida na lista de Rm 161-5, maicria de gentios © presenga feminina (a1 mu- theres e 18 homens). 3. O propésito da epistola. Aparen- temente nao tinha um Unico propésito, Pelo menos quatro podem ser identifica- dos: aMffIISSIORGHS: evicente sentimento paulino de que o trabalho missionario na Asia e na Grécia ja estava completo (Rm 15.19.20) e tencionava evar o Evangetho até a Europa; b) dOUREIAGHA: exposicao de forma didatica e compreensiva das verdades cenirais do Evangetho, provaveldeficiencia devido 2 ausencia de um lider apostolico; cNIBOIOASHES? atgumentacao sobre a justificacao pela fé nao parece ser simplesmente informa- tivas, mas uma oposicao aos judaizantes que estavam atuando na cidade (Rm 14-15); d) diG@#E®: principalmente na secao de pratica geral, sobre a moral a conduta crista (Rm 12-15), que tem por alvo ensinar. informar e jluminar, e nao meramente resolver determinados problemas. oO Pensel Oapéstolo Paulo depois de fazer um grande trabalho na Asia e na Grécia, nao se deu por satisfeito e comega novo projeto para alcan- car almas para Cristo em regides distantes como Roma e Espanha Jovem, vocé esta satisfeito como que ja fez pelo Evangelho? Vocé pode fazer mais e melhor? Ponto Importante Acomunidade crista em Roma nao foi fundada por Paulo e na epoca da escrita nao tinha nenhum dos principais lideres da igreja para orienta-los Por isso, o apéstolo dedica uma epistola com profundidade doutringria para orienter e defender a men- sagem do Evangelho. lll - AGRATIDAO DE PAULO EA JUSTICA DE DEUS REVELADA 1, Paulo agradece a Deus pela co- munidade crista em Roma (Rm 1.8-15). JOVENS 7 Apos as saudagoes (1.1-7), Paulo faz uma oracdo de agradecimento pelos cristaos romanos, demonstrando seu interesse pela comunidade (Rm 1.8-15). (GERIBIS) Seu exemplo evidencia que 0 interesse coletivo deve estar acima dos interesses pessoais, Ele nos da um exemplo de como deve ser conauzi- das as atividades no Reino de Deus. A.comunidade em Roma deve ter se sentido amada, pois 0 apéstolo temo cuidado de manifestar o seu desejo ardente de estar com eles, bem como informar que ja havia tentado estar com eles, porém sem sucesso. Muitas pessoas so maltratacas por meio de interpretacées teolégicas antibiblicas que intimidam e provocam pavor, dife- rente do apostolo Paulo que fortalece e encoraja 0 grupo, sem descuidarda verdade do Evangelho. 2, Paulo era testemunha da justica de Deus revelada pelo poder do Evan- getho (Rm 16). 0 apéstolo reconhecia a situacao em que estava diante de Deus antes de conhecer a Jesus ¢ a -mudanga que © Evangelho fez em sua (GB apos o encontro no caminho de Damasco (At ¢). Da mesma forma que 0 judeus e alguns judeu-cristaos que nao conseguiam se desvincular de forma definitiva do jugo da lei judaica, ‘ele havia dedicado grande parte de sua (GIBRTEMTRETESSIGSSSSIEIGING c tentado impor 0 peso destas doutrinas e crencas, pensando estar na diregéio e vontade de Deus. Convicto de sua justificagao pela fé e nao pelas obras, testifica o seu amor ao Evangelho. a ponto de afirmar: “Porque nao me envergonho do BJOVENS evangelho de Cristo, pois € 0 poder de Deus para salvagao de todo aquele que c16"(Rm126). No século atual, enquanto muitas pessoas estao se identificando como cristéos evangélicos para tirar vantagem, outros continuam negando: sua fé por temeras represilias. Jovem, defenda a bandeira do Evangelho o Pensel Um versiculo da Cpistola acs Romanos (Rm 1.7) foia mola propulsora para transformar a realidade da humanidade, mudow a historia ocidental por meto da Reforma Protestante, Ponto Importante O apédstolo Paulo deu um grande exemplo de quem valoriza 0 coletivo € nao os interesses pessoais. Uma vida verdadeira- mente transformada pela justica de Deus revelada por meio da Epistola 20s Romanos. SUBSIDIO (GAABU. Todavia, 0 foco, mesmo no caso de Romanos, nao € a teologia em geral, mas a apresentacao da mensagem da salyacdo, Embora Paulo nao tivesse visitado a igreja, ele esperava ser bem recebido como apostolo de Deus e encontrar apoio para seus planos de plantar igrejas nas regides ocidentes do Império Romano" (ZUCK, Roy B. Teologia do Novo Testamento. 1ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2008, p, 271). f ESTANTE DO PROFESSOR CABRAL, Elienai, Romanos: O evangelho da justica de Deus. Led, Rio de Janeiro: CPAD, 1986. HENRY, Matthew. Comentario Biblico de Matthew Henry ied. Rio de Janeiro: CPAD, 2002 ZUCK, Roy B. Teologia do Novo Testamento. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2008, CONCLUSAO Nesta licdo aprendemos que a epistola foi escrita por Paulo, por volta de57 aC, na cidade de Corinto, durante a terceira viagem missionéria de Paulo. A comunidade crista de Roma nao foi fundada por Paulo, mas ele se ocupou em reforcar para acomunidade a revelacdo da justica de Deus por meio da fé, tema central da epistola e fundamento pera o desencadeamento da Reforma Protestante do Século XVI HORA DA REVISAO 1, Segundo a licdo quem foi o autor. qual a data e o local da escrita da Epistola aos Romanos? A Epistola aos Romanos foi escrita pelo apostolo Paulo, em §7 dC. na cidade de Corinto, durante a sua terceira viagem missionaria 2.Quais eram os principais deuses romanos? Entre os principais deuses romanos esto: Jupiter, Juno, Apolo, Marte, Diana, Venus, Ceres € Baco. 3. Quando e por quem os judeus foram banidos de Roma? Qual casal estava entre os judeus banidos? O imperador Claudio baniu os judeus de Roma em 49 d.C., por meio de um de- creto, Entre os judeus banidos estava Aquila e Priscila (At 181-3) 4.0 apostolo Paulo foi o fundador da comunidade crista em Roma? Nao. 5.Qualo versiculo da Epistola aos Romanos influenciou a teologia de Martinho Luteto, o principal protagorista de Reforma Protestante? Romanos 1.17 Anotagdes LICAO , r in vr 2 ’ } * 10/01/2016 A NECESSIDADE DOS GENTIOS TEXTO DO DIA Seer eerste Orsi tiga de Deus (que sao dignos Cenrenctostnche tenet Pence eenea eee PoC ERC tu uso eCoacin aos que as fazem’ (Rm 132). 10JOVENS + RECONHECER que o conhecimento natural e racional de Deus nao é suficiente para a salvacio; - CONSCIENTIZAR de que a idolatria (desprezo pela gloria de Deus} induz o ser humano a perversao; + RECONHECER que somente o conhecimento expe- riencial de Deus liberta da ira do Todo-Poderoso. INTERAGAO Carola) professor{a), dentre os assuntas 2 serem abordados na licdo de hoje, tem um polémico, E o que trata da relacdo de pessoas do mesmo sexo (homoafetivas) Pratica que tem sido incentivada pela midia e pelos meios sociais, com vistas A tolerancia e disseminacao pela sociedade. Falar sobre esse assunto até nas igrejas que tem a Biblia como regra de Fé e conduta, tem sido rechacada por algumas pessoas como uma pratica discriminatéria. Outras desejam tornar em lei a proibicdo de se falar do assunto nos puilpito, Portanto, otema deve ser tratado com cuidado e.acima de tudo, alicercado na Palavra de Deus e abordado com amor e bom senso. ORIENTACAO PEDAGOGICA Em geral, os professores de Escola Dominical, adotam 0 modelo tradicional de ensino. Os alunos ficam sentados uns atras dos outros, em fila. 0 modelo mais modernoe eficiente parao proceso de ensino aprendizagem, em especial para um grupo de jovens, é a disposicao das cadeiras em circulo ‘ou semicirculo. Professor{a) que fica no mesmo nivel e en- volvido entre os alunos facilitaa relacio € 0 aprendizado. Se a estrutura da sala de aula permitir, experimente usar esta formacio e dar oportunidades para que os jovens participem. com suas consideracdes. Seja receptivel as ideias, mesmo que ‘acjam contrérias a sua opinidio, pois os jovens precisam scr convencidos por argumentos e nao por imposicao. Certamente. se sentirao mais envolvidos e importantes. Com isso, sero os principais promotores da Escola Dominical. JOVENS 11 nm 1 es Romanos 1.18-27 18 Porque do cau se manifesta a ira de Deus sobre toda impiedacle e injustica dos homens que detém a verdade em injustica; 19 porquanto 0 que de Deus se pode conhecerneles se manifesta, porcue Deus tho manifestou 20 Porque as suas coisas invisivels, des de a ctiagae do mundo, tanto 0 seu eteino poder como a sua divindade, se entendem e claramente se veem pelas coisas que esto criadas, para ‘que eles iquem inescusaveis; 24 porquanto, tondo conhecido a Deus, no © glorificaram como Deus, nem the deram gragas, antes, em seus Giscursos se desvaneceram, e 0 seu coracao insensato se obscureceu 22 Dizendo-se sabios, tomaram-se loucos. 23 Emudaram a gloria de Deus incor- ruptivel em semethanca da imagem de homem corruptivel, ¢ de aves, e de quadripedes, e de répteis. 24 Pelo que também Deus os entregou ‘as concupiscéncias do seu coraco, {a imundicia, para desonrarem o seu coipe entre si 25 pois mudaram a verdade de Deus ‘em mentira e honraram e serviram mais a criatura do que 0 Criador, que & bendito eternamente. Amém 26 Pelo que Deus os abandonou as paixdes infames, Porque ate as suas mutheres mudaram o uso natural, no contrarlo anatureza 27 E.semelhantements, também 0s va- es, deixandoo uso natural da mulher, se inflamaram em sua sensualidade uns para com 0s outros, vardo com vataio. cometendo torpeza e receben- do.em simesmos arecompensa que convinha ao seu erro, COMENTARIO INTRODUGAO CO Cast ter aCe tinue instar) Stee area eee Nita sears ram os povos. No ser estudado 0 apéstolo argumenta que todo 10, criado a Clerc Coyne) cole MC RR coolgla racials (0 DECREE SKI 1 - CONHECIMENTO DE DEUS PARA SALVACAO (Rm 118-20) 1. As injusticas provocam a irade Deus (v, 18). 0 texto (pericope) comeca como testemunho dos céus, demons- trando a observancia divina sobre tudo © que acontece na terra, A atengao 12JOVENS @ para as praticas de injusticas que sao praticadas. principalmente, pelas pessoas que detém o poder sobre os demais seres humanos, oprimindo-os na busca do beneficio proprio, Estas praticas provocam a ‘ira de Deus’, que uma linguagem antropopatica para que o ser humano em sua limitagao possa entender @ reproduzir 0 agir di- vino. 0 Deus de justiga nao pode ser conivente com praticas de injustigas e desumanizacéo. O termo “ira de Deus" nao é compreendido por muitas pes- s0as, alegando que Deus ¢ amor e nao poderia agir com atos de vinganca ou rigorosos As expressées “Deus ¢ amor” ‘Deus ¢ justiga’ ndo sdo contraditorias, pois um Deus de Amor deve proteger 05 injustigados por meio da justica. Teda injustica ¢ pecado (1 Jo 5.17a-ARA) eas praticas de injustica sero julgadas por Deus, no tempo determinadio por Ele. 2, Oconhecimento naturale racional nao liberta da ira de Deus (v. 19,204). ‘Oconhecimento natural e racional de Deus é acessivela todo ser humano.O apéstolo argumenta que as coisas visiveis criadas por Deus sdo do conhecimento de todas as pessoas e representam as coisas invisiveis, que podem ser deduzidas pela logica. Para Paulo nao existe 0 ateu em estado puro, pois pelas coisas criadas é possivel se descobrir Deus. Como explicar 0 funcionamento do universo, com mithares de galaxias, alem das conhecidas, ea harmonia entre elas? 0 reconhecimento de um Deus que governa tudo isso pode se explicar racionalmente. 0 caminho da descoberta de Deus esta aberto a todos. Todavia, 0 conhecimento experiencial ¢ somente por meio da fé e 6 manifesto mediante a produgao de frutos de justica. © autor esclarece o tema da Justiticagao por maio da fé nos capitulos 3 € 4 da epistola 3 Afalta de conhecimento experien- cial de Deus € indesculpavel (v, 20b). Os argumentos do subtopico anterior demonstram que o ser humano nao tem como justificar suas praticas de injustigas por ndo conhecer a Deus, Por outro lado, 0 fato de raconhecer a exis- téncia de Deus nao caracteriza que esta pessoa praticara a justica. Na epoca do apéstolo. como nos dias que vivemos, existem muitas pessoas que se dizem religiosas e praticantes da Palavra, mas infelizmente suas praticas no condiziam com o Evangelho que era ensinado pelo apéstolo. Dessa forma, a carteira de membro ou de ministro do evangeino nao serve para se justificar diante de Deus, mas sim uma vida coerente com © .evangetho e que manifesta o fruto do Espirito na vida, No meio pentecostal, a cultura que predomina é de que as manifestacdes dos dons espirituais s0 sinénimos de espiritualidade e santidade. Tal enfase leva-nos a desprezar 0 fato de que a santidade € evidenciada pelo fruto do Espirito (Gi 5.22). @ Pense! Romanos demonstra que o Evan gelho revela a justica de Deus por meio da fé, porém também evidencia a ira de Deus sobre o pecado. © Ponto Importante Quando a Biblia menciona a necessidade do conhecimento de Deus, ndo é 0 conhecimento teérico, mas 0 conhecimento ex- periencial. isto é. conhecer sobre Deus com Ele. Ml - RECONHECIMENTO DA GLO- RIA DE DEUS (Rm 1.21-27) 1.Afalta do reconhecimento da Glé- ria de Deus induz a ingratidao (vv.21,22). Oversiculo 21 usa a expressao “tendo conhecido a Deus. nao 0 glorificaram ‘como Deus’. ou seja, aqui trata de uma pessoa que reconhece a existéncia de JOVENS 13 Deus por meio do conhecimento natural, mas no oreconhece como Senhor. Uma coisa é reconhecer a existéncia, outra € reconhecer adequadamente a Deus. ‘Algumas pessoas, mesmo sabendo da existéncia do Criador. tém como motiva- 80 seu interesse pessoal, priorizando a busca do poder, do prazer e da zona de conforto, mesmo que para conquistar precise praticar a injustica. Esta pratea @ denominada por algumas pessoas como “ser esperto’. Como diz o apéstolo, “dizendo-se sabios, tornaram-se loucos’ pois agir desta forma é loucura para Deus Por isso, a necessidace de reconhecer a gléria de Deus, ser grato portudo que Ele tem nos proporcionado e, em tudo, glorificar ao nome do Senhor. Jovem, vocé tem sido grato a Deus? 2. 0 antropocentrismo ambicio- na transformar a Gloria de Deus em objeto (v.23), Quando o ser humano passa a sero centro de todas as coisas (antropocentrismo), Deus @ considerado como se fosse um objeto & disposicao da vontade daquele. 0 apestoto critca a pratica de tentar transformar a aléria do Deus incorruptivel em objetos de imagem de criaturas (v. 23), como se fossem sagradas e capazes de atender 05 desajos pessoais (SI 103.20; Jr 2.11) Aqui, precisamos conceituar idolatria como tudo aquilo que 0 ser humano coloca no lugar ou antes de Deus e para sua prépria gléria Algumas pessoas por nao se prostrar diante de uma imagem de escultura pensam nao praticar ido- latria. No entanto, quando as pessoas nao reconhecem Deus como unico Absoluto, acabam por substitui-lo por coisas (status social, cargo ministerial, bens, entre outros) ou pessoas. O fato de nao termos imagens de escultura em 14JOVENS nossas igrejas nao garante a ausencia de idolatria. Jovem, 0 que vocé tem priorizado em sua vida? Qual o lugar de Deus? 3. 0 antropocentrismo perverte o plano original para a sexualidade (vv. 24-27). As pessoas que néoreconhecem agloria de Deus, o apostolo afirma que Deus os entrega as suas proprias concu- piscéncias. Estas pessoas sao inclinadas a buscar sua satisfacao pessoal e uma das formas citadas éa relacao sexual entre pessoas do mesmo sexo, diferente do projeto original de Deus (Gn 1.27; 2.18). No mundo greco-romano da epoca do apdéstoloa pederastia era estimulada e inclusive vista como perfeicao sexual. Contudo, Paulo condena essa pratica, que tem se tornado cada vez mais po- pular nos dias atuais, Por isso. devemos estar preparados para tratar do assunto e das pessoas com esse comportamento sexual. quer fora, quer da propria igreja. Ea nossa obrigacao falar-lhes do amor de Cristo. O Pense! Osser humano que nao se entrega a vontade de Deus, o Criador o ‘entrega 4 sua propria vontade. @ Ponto Importante Aidolatria ocorre quando colocamos outras prioridades antes de Deus. Ill - © CONHECIMENTO EXPE- RIENCIAL DE DEUS QUE LIBERTA DO PODER DO PECADO (Rm 128-32) 1, 0 desprezo pelo conhecimento experiencial de Deus conduz a perver- sidade (v.28-31a). 0 apéstoloamplia os atos de perversidade que as pessoas que nao se importam em buscar 0 conheci- mento experiencial de Deus. A pessoa que tem o conhecimento experiencial com Deus, sente a presenga dEle cons- tantemente, pois 0 Espirito Santo tem liberdade para orienta-la, bem como adverti-la quando estiver propensa a sair da vontade do Pai, mantendo-a na fede Cristo. Essa @ a grande diferenca entre aquele que conhecea Deus ¢ aquete cue nao conhece. Existe um ditado popular que diz “fulano nao tem nadaa perder’ ‘Aqueles que nao conhecem experien- cialmente a Deus pensam nao ter nada a perder e se entregam as suas proprias concupiscéncias, “estando cheios de toda iniquidade' (v. 29). Entretanto, o apostolo afirma que serao julgados sob a ira de Deus. Portanto, todos tem “muito a perder’ 2, 0 desprezo pelo conhecimento experiencial de Deus tornao serhuma- no irreconciliavel (v. 31b-32a).A pessoa que se entrega a perversidade enao da ouvidos 20 Espirito Santo, o meio que Deus proveu para nos convencer do pecado, da justica e do juizo Jo 16.8-11) Desse modo, se torna “irreconciliavel”, pois rejeita o unico meio de se religar com Deus. Entretanto, isso corre por- que ele nao se importa com Deus e nao © contrario, Esta pessoa sozinha nao consegue vencer sua tendéncia para a pratica do pecado e da injustica. © fato @ que nem todas as pessoas vao chegar a0 conhecimento da verdedle, Por mais que essa afrmacao nos incomode, as pessoas sao livres para aceitar ou no © Caminho. Nao podemos mudar as pessoas, elas mudaréo somente se quiserem e derem abertura ao Espirito Santo. Quem rejeita 0 projeto de Deus para salvagao abraga o projeto que toma amentira em verdade o Pense! “0 que me preocupa nao 6 nem o grito dos corruptos, dos violen- tos, dos desonestos, dos sem carter, dos sem ética.. Oque me preocupa é 0 siléncio dos bons” (Martin Luther King Juntor). 6 Ponto Importante Todas as pessoas estao sujeitas a0 erro e ao pecado, mas aquelas que se submetem a Deus se im- portam com a sua vontade, déo ouvido ao Espirito Santo e nao se comprazem ne vida de pecado Quando as pessoas nao reconhecem Deus como tinico Absoluto, acabam por ‘substitui-lo por coisas (status social, cargo ministerial, bens, entre outros) ou pessoas. JOVENS 15 sussiDlIo1 *Paullo ja era cristao ha mais de 24 anos, Durante esse tempo, passara por muitas experiéncias e grandes deces- bes, Sua mente, porém, abria-se para Jesus como uma flor se abre ao sol Ama- durecera na vida crista, e o Evangelho de Cristo era-the mas que nunca uma preciosa realidade. Em sua carta, Paulo decidiu proclamar o Evangetho em sua plenitude Suas palavras, ditadas a Tércio, visavam convencerosromanos de que todos, gentios ou judeus, precisavam da salvacao provida por Deus em seu Unico Filho, Deus a oferecia como um dom; bastava ao homem recebé-la de graca. Homem algum pode, por esforgo proprio, ser reto e aceitavela Deus (BALL. Charles Fergunson. A Vida eos Tempos do Apéstolo Paulo. Rio de Janeiro: CPAD, 1998, p. 150). Caro professor, ‘o pe- cado e a injustica, que desfiguram a sociedade e tornam a vida tao penosa, tem como resultado 0 divino julgamento sobre a humanidade por rejeitar a Cristo e optar pela imoralidade. © crime e a injustica expressam a natureza pecaminosa do homem e se constituem numa representacao do julgamento divino do pecado" (RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Biblia: Uma andlise de Génesis a Apolocalipse capitulo por capitulo, 12.ed, Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p. 737) 16 JOVENS SUBSIDIO 2 “Todos fazem mais ou menos © que sabem que é mau e omitem © que sabem que é bom, de modo que ninguém se pode permitir ale- gar ignorancia, O poder invisivel de nosso Criador ea divindade esto tao claramente manifestados nas obras que tém feito de modo que até os idolatras e os gentios maus nao tem desculpas. Eles seguiram de maneira nési jolatria, e as criaturas racio- nais trocaram a adoracao do Criador glorioso por animais, repte's ¢ imagens sem sentimento, Se apartariam de Deus ate perderem todo 0 vestigio da verdadeira religiao, se a revelagao do Evangelho nao os houvesse impedido. Os fatos séo inavegaveis, quaisquer que sejam os pretextos estabelecidos quanto a suficiéncia da razéo humana para descrever a verdade divina ea obrigacao moral. ou para governar bem a conduta, Estas coisas mostram simplesmente que os homens deson- ram a Deus com as idolatrias e suas supersticdes mais absurclas, e que se degradaram a si mesmo com os mais vis afetos e obras mais abominaveis" HENRY, Matthew. Comentario Biblico de Matthew Henry.1ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2002, p. 9285). ESTANTE DO PROFESSOR BALL, Charles Fergunson. A Vida e os Tempos do Apéstolo Paulo..ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1998. HENRY, Matthew. Comentario Biblico de Matthew Henry 12d. Rio de Janeiro: CPAD, 2002, CONCLUSAO Nesta ligdo aprendemos que a criacdo é uma prova evidente da existéncia de Deus, o ser soberano que se ira contra as praticas de injustica. Para nao ser consumido pela ira divina é preciso ter um conhecimento experiencial de Deus, pois 0 conhecimento natural e racional nao é suficiente para salvacio. HORA DA REVISAO 1, De acordo com a licao, algumas pessoas afirmam que a expresso “Deus ¢ amor" & conflitante com a expresso “Deus ¢ justica’, De acordo com a liao estas ex- presses sao contraditérias? As expresses “Deus ¢ amor’ e “Deus ¢ justiga” nao sao contraditorias, pois um Deus de Amor deve proteger 05 irjusticados por meio da justica. 2.Asigrejas evangélicas ndo possuem em seus templos imagens de esculturas Esta atitude garante a auséncia de idolatria na igreja? O fato de nao termos imagens de escultura em nossas igrejas nao garante a auséncia de idolatria, pois a idolatria ¢ tudo aquilo que vecé coloca no lugar, ou antes, de Deus. 3.05 cristaos evangélicos afirmam que a Biblia condena a relacdo entre pessoas do mesmo sexo, Qual.a base biblica no Novo Testamento para tal afirmacao? A base biblica esta na afirmacao do apéstolo Paulo em Romanos 12627: "Pelo que Deus 0s abandonou as paixdes infames. Porque até as suas mulheres mudaram 9 uso natural, no contrario a natureza. E, semethantemente, tambem os varoes, deixando 0 uso natural da mulher, se inflamaram em sua sensualidade uns para com 0s outros, vardo com vardo, cometendo torpeza ¢ recebendo em si mesmos a recompensa que convinha ao seu erro’. 4.Deacordo coma licao, quando uma pessea pode se tomar irreconciliavel com Deus? A pessoa que se entrega a perversidade e nao da ouvidos ac Espirito Santo, 0 meio que Deus proveu para nos convencer do pecado, da justica ¢ do juizo Uo 168-11) se torna “irreconclligvel’, pois rejeita o Unico meio de se retigar com Deus. 5,Segundo a licdo, 0 apéstolo Paulo afirma ser suficiente nao praticar a injustica? No. O apdstolo ensina que consentir com a injustica tambem se constitui uma pratica injusta ~ A NECESSIDADE ESPIRITUAL DOS JUDEUS TEXTO DO DIA FCN feet CAR erat rt Treen atom ete etra, cujo louvor nao provém 18 JOVENS AGENDA DE LEITURA SEGUNDA - Rm 21 OMe eet crac tcc toleo es dena asi mesmo BSC eae bITa Toh tao le-felsl Se coe QUARTA - Jr 31.33 Deus tem alianca com quem tem a Lei escrita no coracao ey tees) SO Ravcliciohac epi cittie: art aae SEXTA - Gn 121-3 A promessa da béncao a Abraao ee erred Quem ensinaa Palavra e nao pra- tica desonra o nome de Deus OBJETIVOS + DEFENDER a afirmacao de que a Lei nao foi suficiente para a justificagéo do ser humano; - MOSTRAR que quem ensina e nao pratica o que ensina éum hipécrita e esta debaixo da ira de Deus, + DEMONSTRAR que o ritual serve apenas como umsinal externo, como exemplo da circuncisao, e nao justifica o ser humano diante de Deus. INTERAGAO Carola) professorla), um tema que precisa de uma atencao especial é a hipocrisia. Nao é possivel, como diz um ditado popular. “tapar o sol com a peneira’ Infelizmente, existem.no meio cristo evangélico, pessoas com atitudes semethantes as dos judeus citados por Paulo, Elas querem impor sobre as demais normas e regras que a Biblia nao exige, um jugo pesado impraticavel. Pessoas boas de discurso, cue falam de forma bonita sobre o Evangetho, mas que nao se comporta adequa- damente na igreja, no lar, trabalho, escola e na sociedade em geral. Crentes que tém envergonhado o Evangelho ea Igreja Um debate bem conduzido sobre oassunto poder contribuir para uma sensibilizacao, para a necessidade de se viver uma vida integra e coerente diante das pessoas ede Deus. ORIENTACAO PEDAGOGICA Sugerimos que vocé faca uma atividade em grupo para exem- plificar 0 ensino do tépico Il desta licdo Para isso, solicite dois voluntarios ou duas voluntarias, Enquanto as demais pessoas assistem, coloque uma venda nos othos de umn(al voluntario(a) € peca para ofa) outrofa) voluntério(a) para guié-lol@) numa ca- minhada pela sala ou patio, nao permitindo que retirea venda. como se fosse uma pessoa cega, Nasequéncia,coloquea venda nos olhos doa) outro(a) voluntério(a) ¢ pega para um guiar outro, alternadamente, Apds ¢ atividade, peca para cada volun- tariola) expressar qual osentimento que teve nas duas funcdes exercidas, bem como a opiniao do piiblico que presenciou a atividade. Depois de ouvira todas as pessoas. explique que os juddeu-cristdos se achavam perfeitos e queriam guiar os gentios por acharem que eram cegos, mas que Paulo esclarece que os judeus também eram cegos. Na realidade era um cego tentan- do guiar outro cego. Os judeus se achavam superiores, porém diante de Deus estavam condenados como os gentios que nao reconheciama Deus. Tanto judeus come gentios precisavamda misericérdiae graca de Deus para se justificarem diante dEle. TEXTO BIBLIC Romanos 2,1-11 1 Portanto. és inescusavel quando julgas, para tino dia da ira e da manifestacao dojuizo de Deus, ‘Shamem, quem quer que sejas,por- 6° o qual recompensardcada um segundo ‘que te condenas a ti mesmo naquilo as suas obras, em que julgas a outro; pois tu. que 7 saber: vida eterna aos que, com Julgas, fazes 0 mesmo. perseveranca em fazer bem, procuram 2 Ebemsabemos que o juizo de Deus gloria © honra, e incorrup¢ao; € segundo a verdade sobre os. que = 8 ~— mas indignacao e ira aos queso con- tais coisas faze, teanciosos e desobediantes 4 verdiade 3 Etu,ohomem, quejuilgas os que fazem 9 obedientes 4 iniquidade; lais coisas, cuidas que, fazendo-astu. —g__tribulacdo e angustia sobre toda alma ‘escaparas ao juizo de Deus? do homem que faz o mal, primera 4 Ou desprezas tu as riquezas da sua mente do jude e tambem do grego, benignidade, e paciéncia,e longani- 10 _aleria, porém, e honra epaz aqualquer midade ignorando que a benignidede ‘que faz o bem, primeiramente ao judeu de Deus te leva ao arrependimento? @ também ao grego} 5 Mas, segundo atua durezae teu 11. porque, para com Deus, n3ohaacep- ‘coracdo imperitente, entesouras ira a0 de pessoas COMENTARIO INTRODUCAO. 0 por meio Tact acu) Seu) Teneo) mbem despr uita ofertada por Deus em Cristo. 1- OS JUDEUS NECESSITAVAM _judaismo para se inserirem no ciistianismo, SE LIBERTAR DO JUGO DALE! —_ mas(@SRINUSVERNROIEGEISHO como os (Rm 21-16) Gilatas (Gl.31-6). 0 apéstolo afirma queda 2. Ojulgamento mediante a Lei proveca_ mesma forma que os gontios provocaram a ira de Deus (w. 1-10). Os judeu-cristaos, alra de Deus pela sua conduta pecarni- possivelmente, ficaram satisfeitos com _nosa (@SUGSUSISMESHISSSVaMIEOBIS as palavras que Paulo dirigiu aos gentios | URSRTGnISSIAAUMAREIGIEGAISMO Na (118-32). Agora, comportamentodelesé —_reallidade, a causa era a mesma, a busca questionado. Eles, inftuenciados pela cultura da gloria para s por meio da manifestacao que os gerou,fiSaMORSDEOMeRlGabas das obras (antropocentrismo/egocentris- pessoas porno cumprirem aLeijudaica,O —_mo).Eles queriamimpor um jugo sobreas que preocupa équeeles haviamdeixeds0 pessoas, que nem mesmo Deus requeria, 20 J0VENS Jugo que somente Jesus poderialibertar (Wer Mt11.28-30) 2 Deus nao faz acepeae entre judeue gentio (v. 11), Deus sempre vai primarpala justica. Alguns cristéos evangélicos tem uma tendéncia em pensar que Deus privi- legiaosjudeus em detrimento aos outros povos.Istoé umengano, Um bom exemao éaaluacdo dosprofetas, que(STORetzavan ajustica de Deus tanto para as nacces _inimigas como para 0 Seu proprio povo. em especial os lideres civis e religiosos, O parametro utilizado é a culpabllidade. ou seja, 0 julgamento é sobre a praticada (BUBB nao anacionalidade ou aorigem das pessoas. Este comportamento de discriminagao, comum ao impio, as vezes esta presente na comunidade evangelica, onde o criterio ndo ¢ ajustiga, mas sima origem ou outros fatores que privilegiam uns em detrimento de outros. Deus rao age assim, “porque, para com Deus, rao. haacepgao de pessoas’ (v.11). Jovem, voce tem feito acepcao de pessoas? 3.0s gentios que nao conhecema Lei serao julgadios pela sua consciéncia moral (vv. 12-16). Um questionamento comum & como serd 0 julgamento das pessoas que nunca tiveram a oportunidade de conhecer 0 Evangelho, Paulo nesta pas- sagem nos traz uma explicacdo didatica quando se refere ao julgamento sobre ‘95 gentios que nao conheciam a Lei. Ele afirma que “quando os gentios, que rao. tém lei, fazem naturalmente as coisas que sao da lei, nao tendo eles lei, para si mesmos sao le", ou seja, SERSRIPULGARS As pessoas geralmente priorizam a fe em, Cristo, isto € bom e louvavel, mas S88 (GGRIEESHEE? Por exemplo, uma pessoa que tenha nasciclo em um ambiente sem oportunidade de ouvir falar de Jesus, mas sua consciéncia moral, como criatura formada a imagem de Deus, pratica 0 “que Jesus ensinou, em especial o amor. deveria ser julgada e condenada? Um Jjudeu-cristao da época de Paulo diria que sim, Jovem, e voce. 0 que iz? 6 Pense! Jovem, como podemos tera Palavra de Deus em nosso interior, escrita em nosso coracao? © Ponto importante Deus nao dé um tratamento dife- enciado aos judeus, mas os julga da mesma maneira que julga os gentios, pelas suas atitudes. Il - OS JUDEUS NECESSITAVAM ABANDONAR A HIPOCRISIA(Rm 217-24) 1. Os judeus se achavam superiores por terem recebido a Lei (vv, 17,18). Os judeus, numa linguagem jovem, ‘acha- vam que estavam podendo” por terem “por sobrenome juideu”. Afinal de contas, segundo a tradicao, (IS(SSVSIeIstae) (GORTEGMEINGISE) seu grande lider. a receptor da Lei dada diretamente por (BEDE) Este povo poderia ter no minimo duas atitudes: a) se sentir superior aos demais povos pela revelacdo exclusiva de Deus; b) se sentir privilegiado, mas acima de tudo, SSSORSevsUDSIANtransS (GISSHOTASTOMMAIURIES, ca revelacao recebida para o bem coletivo. Os judeus escolherama primeira pedo, se sentiam como insubstituiveis. Quantas pessoas que se dizem participantes do povo de Deus que imitam o comportamento clos judieus? Fechadas entre quatro paredes JOVENS 21 se sentem como os unicos abencoados por Deus ¢ julgam as pessoas que rao fazem parte de seu grupo. Jesus advertiu que seremos julgaclos com 0 juigamento com que julgarmos (Mt 71-5). Joven’, 0 que vocé acha de pessoas que viven julgendo as demeis? 2. Os judeus ensinavam a teoria, mas nao viviam 0 que ensinavam (vv. 19-23). Existo um treinamento vivencial para lide- Tes em que as pessoas colocam vendas nos olhos, simulando uma vida de cego para percaber as dificuldades que ees tém, enquanto outro companheiro oguia entre alguns obstaculos Quem esta serdo conduzido precisa confiar no seu quia, 20 guia precisa ser comprometido para rao tirar vantagem, mes cuidar com carinho da pessoa que esta quiando. Oapéstolo afirma que os judeus se achavam em condicdes de conduzir os gentios, para eles cegos, por néo receberem a luz da revelacao. Todavia, © apéstolo assevera que eles também eram cegos efiaOlestavamicredenicados: (GARSSSHRGUZAAINGUEM Pauto apontaa evidencia, o comportamento hipocrita dos judeu-cristaos, que ensinavam a Lei, ‘mas nao praticavam e nao conseguiam ser exemplo, A atitude judaica faz lembrer 0 ditado popular ‘faz o que eu mando, mas nao faca oque eu faco" O que faziam bem era julgar os gentios. 3.05 jucleus envergonhavam o nome de Deus (v.24), Neste verso o apéstolo trata da consequéncia das atitudes dos judeu- cristaos citadas no substopico anterior. AS pessoas esto atentas para 0 comporta- menio das outras, principalmente. quardo estas professam uma fé diferenciadae so vangloriam de fazer parte de determinado grupo. Comoe comportamento dos judeus era hipocrita, eles acabavam sendo os piores diante de Deus, O texto diz que os 22 JOVENS -gentios blasfernavam contra Yahweh de- ‘vido ao comportamento repreensivel dos (GERRB. No meio das comunidades cristas evangélicas tambem existem pessoas com comportamento pareciclo ao dos judeus (Mt 1324-30 36-43) Par isso, precisamos estar constantemente nos examinando, assim como nos exorta 0 apostolo em outra epistola (1 Co 1128-32), acerca de nao desonrarmos a Deus ¢ nao sermos julgadios com 9 mundo. @ Pense! Jovem, vocé tem saido das quatro paredes para evangelizar outras pessoas ou, como os judeus, tem ‘se comportado como se a salvacdo fosse exclusiva para voce? oO Ponto Importante Os judeu-cristéos por se acharem superiores aos gentios os despre- zavam, viviam uma vida hipécrita nao praticando o que ensinavam e, por isso, Paulo afirma que os gentios blasfemavam de Deus. Ill - OS JUDEUS PRECISAM SE LIBERTAR DO RITUALISMO (Rm. 2.25-3.8) 1. Os judeus exigiam a circuncisao, mas eram incircuncisos de coracao (2.25-29), A circunciséo, uma operacio ciruigica que remove o prepucio, uma pele do 6rgao sexual masculino, um sinat externo que representa @igeNaaaetS (UGRNESHISUATSSSUANECHS. Esse ritual era tao relevante para identificar o judeu com sua fé, que na epoca do Imperio Grego muitos judeus apéstatas, para ga- rantira fidelidade acs gregos. reverteram a circuncisao por meio de cirurgias. A circuncisdo para o judeu era obrigatéria e motivo de vanglsria por pertencer ao (GBVERSESIRIES" Mas 0 apostolo afirma que a (BIE nao se evidencia pelo exteriore por ritualismo, como defendiam os judeus, mas SUGSHSREraINEHEN (GGRESB. Entretanto, isso nao significava que o exterior nao importante, mas sim qi-e oiinteriordo ser humano que trans= (GATESUEREREP 150 0 contririo. Jesus disse que o ser humano e contaminado pelo que esta dentro do seu coracaoe do no seu exterior Mt 715) 2 Os judeus nao souberam aprovei- tar 0 privilégio de receber a revelacao divina (Rm 3.1.2), A leitura descuidada da epistola pode dara impressdo que Paulo desmerece 0 privilégio do pove judeu de receber a revelacao de Deus. Entetanto, essonao ¢ 0 caso (ISTSMTCOMO TESS “oprivilégio judaico, mas reprova aattude “denao saberem valorizar esta prentogatva, Orecebimento direto darevelacao divina a Palavra eserita, bem como a representago da circuncisdo € considerado como um favorecmento honroso, Narealidade, Deus ‘escotheuo povo de!srael paraabencoar (ASSUAGE £1es foram colocados como intermediatios das bencaes de Deus, para que a promessa de Abraio de que por meio dele seriam benditas todas as naghes da terra (Gn 12.3) alcangasse rao somente os seus descendentes. Como tém se comportado os membros de nossa igreja a0 se verem como receptores das béngaos de Deus? Existe alguma relacdo com aatitude dos judeus? © Pense! Alguinas pessoas tentarn manter as aparéncias, valoriza a exterioridade eo ritualismo, Deus vatoriza o que estd no mais intima dos coracdes. o Ponto Importante ‘Atradicao@ importante masnao ‘pode sobrepor ao noder da Palavra ee: “Por que haveria Deus de se preocupar com o homem perdido, incrédulo, ingrato e desobediente? Por que haveria de prover a expiacéo do pecado desse homem, que the deu as costas, preferindo ouvir a voz da antiga serpente. quando todos os meios para sua felicidade estavam & sua disposicao? Somente pela Biblia, a Palavra de Deus revelada inspirada, @ que podemos obter algumas respostas consistentes. A expiacao foi necessaria por dois grandes motivos: a santidade de Deus e a pecaminosidade do ho- mem. O pecado do homem, face @ santidade divina. provocava a ira de Deus. Alguns conceitos precisam ser identificados para entender-se methor o significado da expiacao. Diz a Biblia: Tu és tao puro de olhos, que nao podes ver o mal ea vexacao nao podes contemplar: por que. pois. ‘othas para os que procedem aleivo- samente e te calas quando 0 impio deyora aquele que € mais justo do que ele?’ (Hc 1.13), O pecado causou tremenda perturbacao a relacao do homem com Deus. afrontando sua santidade, de tal modo que a ira de Deus exige sua condenacao. A Biblia diz que ‘sem derramamento de san- gue nao ha remissao’ (Hb 9.22), ouo homem seria morto. derramando seu proprio sangue. ou alguém teria de morrer em seu lugar. No Antigo Tes- tamento, os animais inocentes foram sacrificados aos mithdes em lugar do homem pecador. Mas o sangue dos animais apenas ‘cobriam’ (expiavam de forma imperfeita) 0 pecado do homem’ (RENOVATO, Elinaldo. Deus e aBiblia. 1d. Rio de Janeiro: CPAD, 2008, p. 56). JOVENS 23 ESTANTE DO PROFESSOR RENOVATO, Elinaldo, Deus e a Biblia. 1ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2008. CONCLUSAO Nesta licdo aprendemos que os judeus que se achavam perfeitos e privilegiados por serem os receptores da revelagio de Deus e portadores da Lei, diante de Deus estavam na mesma condiggo que os gentios que nao reconheciam ao Senhor como deveriam, Portanto, ambos os grupos acabaram injustificados. Para alcancar a justificacao os judeus precisavam abandonar a vida de hipocrisia, baseada em ritualismo e sinais externas, bem como os gentios precisavam se converter. HORA DA REVISAO 1. Segundo a ligdo, por que o apdstolo Paulo afirma que os judeus estavam na mesma condicao de julgamento do que os gentios? © apéstolo afirma que da mesma forma que cs gentios provocaram a ira de Deus pela sua conduta pecaminosa, os udeus também estavam sob ojulgamento da ira de Deus pelo legalismo. 2,Como se daria o julgamento dos gentios que nao conheciam a Lei? Os gentios seriam julgacos nao pelo conhecimento da Lei, mas pela pratica da Lei, sem mesmo a conhecer. 3.Qualera a evidéncia de que os judeu-cristaos também eram cegos, assim como Julgavam os gentlos? A evidéncia era o comportamente hipocrita dos judeu-cristéos, que ensinavam a Lei, mas nao praticavar e nao conseguiam ser exemnplo, 4.0 que é a circuncisao € 0 que representa para os judeus? A circuncisao é uma operacao cirirgica que remove o prepucio. uma pele do 6rgao sexual masculino, um sinal externo que representa a fidelidade do judeu com sua fé e sua nacao. 5.Qual o exemplo dado na licdo para explicar que, as vezes, Deus transforma a maldace humana em béngao para 0 ser humano? O exemplo dado € orelato de José. Quando ele, apdos ser vendido como escravo para os egipcios pelos proprios irmaos, Deus 0 acompanha € 0 transforma no segundo homem do Egito. No reencontro deste com seus irmaos. apés a morte de seu pai, ele os tranquiliza. dizerdo que o mal que intentaram contra ole, Deus havia transformado em bem (Gn §0.15-z1). Anotacdes \ A NECESSIDADE UNIVERSAL DE SALVACAO TEXTO DO DIA Bore ma eee nee et) oquealei diz aos que estao debaixo da lei o diz, para que Rea tree Eaten ENS recat ieee teers enti vel diante de Deus’ (Rm 320) JOVENS 25 OBJETIVOS + MOSTRAR que os judeus egentios necessitam de um. meio eficaz para salvacao; + RECONHECER que a humanidade necessita encontrar © caminho da paz; + EXPLICAR que a humanidade necesita da solucao para 0 pecado. INTERACAO Carola) professor(a), precisamos caminhar lentamente junto com 0 apéstolo Paulo. Perceba a paciéncia e 0 cuidado de um bom mestre nas ligdes que estudamos até aqui, o que con- tinuaré também nas licdes posteriores. 0 apéstolo comeca com a saudacdo, apresentando suas credenciais, elogiando © que os membros da igreja de Roma tinham de positivo, incentivando-os a continuarem no Caminho, Ele demonstra seu carinho ea vontade de estar com eles. Testemunhao poder do Evangelho em sua vida e a importancia de perseverar nele, de fé em fé. Em seguida, ele comeca apresentar a condicao de indesculpabilidade dos gentios e judeus até chegar ao momento desta licdo atual Neste estégio do comentario do apéstolo, por meio de forte argumentacao, ele demonstra que todos nés, independente de raga, cor, género, classe social, entre outros, estamos na mesma situacao (mesmo barco) e necessitamos de uma mesma solucdo para justificacao diante de Deus ORIENTACAO PEDAGOGICA Para exemplificar a situacao de igualdade entrejudeus e gentios eda humanidade. sugerimos que utilize a figura de uma canoa com algumas pessoas dentro. As pessoas devem estar em lados copostos. Dige que as pessoas do lado oposto da canca simbotizam osjudeus. Os gentios estao em lados diferentes, mas ambosna mesma canca, Diga que a canoa apresenta um furo emum dos ladose se situacao atual continuar é inevitavel onaufrégio. No entanto, os personagens que esto do lado que nao apresenta o furo se sontem protegidos, ndo corrende o risco de morrorem afogedos. Estes so como cegos, por nao querer ver que esto namesma canoa, sujeitos amesma sentenca: morrerem afoga- dos. Esta eraa atitude dos judeus que se julgavam protegidos pela Leie a circuncisao, mas que Paulo demonstra estarem na mesma condicao dos gentios, injustificados e condenados a ira de Deus. Judeus e gentios no mesmo barco ¢ em situagao de risco fatal, pois o barco esta furado nm 1 es Romanos 3.9-20 4 9 Poisqué? Somos nds mais excelentas? De maneira nenhumal Poisjadantes 15 demonstramos que, tanto judeus como gregos, todos estdo debaixo 16 do pecado, 10 como esta escrito: Naoha um justo, 37 nem um secuer. 11 Naohé ninguém que entenda nioha ringuém que busque a Deus re 12. Todos se extraviaram e juntamente se fizeram inuteis. Nao ha quem faca ‘o bem. nao ha nem um s6, 13 Asa gargantaé um sepulcro aberto; com lingua tratam enganosamente: pegonha de aspides esta debaixode ‘seus labios; 18 20 cula boca esta cheia de maldigao e amargura. ‘Os seus pés so ligeitos para derramar sangue. Em seus caminhos ha destruicao € misetia: ‘e ndoconheceram 0 caminho da paz. Nao ha temor de Deus diente de seus ‘thos Ora, nds sabernos que tudo oque a lei dizaos que estao debaixo da lei o diz, para que toda boca esteja fechada e todo o mundo seia condenavel diante de Deus Porisso, nenhumne carne seré justficada diente dele pelas obras da lel, porque ppela lel vem o conhecimento do pecado Meteo en eect ar ania Cotes Fore ttetol a) part Oren ia ci era insuficiente para justificacao neue Tee uC Oli Lene 1 - OS JUDEUS E GENTIOS NE- CESSITAVAM DE UM MEIO EFICAZ PARA SALVACAO (Rm 3.9) 1A filosofia humana néo apresentou 0 caminho da salvacao. “Pois que?”,o inicio do versiculo demonstra que © apéstolo esta dando continuidade a um assunto anterior, a indesculpabilidade dos gentios @ judeus. Os gentios, influenciados pela filosofia grega, buscaram chegar ao co- eerie] nhecimento de Deus e da salvacao por meio do raciocinio humane. Os filésofos trouxeram grandes contribuicoes tanto para a ciéncia como para a teologia, basta vera influéncia destes nos Pais da Igreja. Entretanto, a revelagao divina esta acima doraciocinio humana, que apenas conseque obter “lampejos" da revelacao maior, que somente é possivel por meio do Espirito Santo. A filosofia levou muitas JOVENS 21 pessoas a acharem que o set humano pudesse, por meio de sua competéncia intelectual, entonder Deus o sua obra Por exemplo, no século passaco um movimento que sobressaiu foi o cienti- ficismo que, influenciado pelo avanco da tecnologia, entendia que poderia resolver © problema da humenidade. infelizmente, a resposta foi as duas guerras mundiais 2.Aleiea circuncisao nao libertaram ojudeu. Conforme visto na ligao anterior, 0s judeus se achavam superiores 2os gentios por serem os receptores da Leie que mantinham sua identidade ¢ exclusi- vismo por meio da circuncis4o, um rital obrigatorio e que apenas aumentava ais aarrogancia e ahipocrisia dos judeus.Eles também nao obiiveram éxito na justificacao diante de Deus A religiosidade nao salva Algumas pessoas buscam a religiosidade a manutengio de uma aparéncia de pureza, espiritualidade e santidade, ou seja, uma vida hipocrita que no liberta ninguém A Biblia recomenda que congreguemos: @ que vivamos uma vida de amor, com objetivos comuns, a nao termos umavda de religiosidade baseada no leaalismo. Jovem, voeé 6 um religioso ou um ver- dadeiro discipulo de Cristo? 3 Sentenca igual para todas as pes- soas Oapéstolo continua oversiculocom uma pergunta interessante: "Somos nos mais excelentes?" Ele agora se dirige a Igreja de Cristo, formada por um Unico corpo e varios membros, coloca todas as pessoas “no mesmo barco’, debaixo da mesma sentenca (Rm 21), Apergunta chama todas as pessoas que se dizem discipulas de Cristo a refletir Ele mesmo responde: "De maneira nenhumal” Nés, como membros da igreja, nao somos melhores ou piores clo que os gentios ¢ judeus da época de Paulo, mas estamosna 28 JOVENS mesma condicao, humanamente falando, indesculpaveis diante de Deus. 0 apestolo vai desenvolvendo, cuidadosamento, uma aborcagem para queosmembros da igreja reconhecam sua condigao de pecadores e dependentes da graca de Deus, por meio de Jesus, Eles precisam aprender que, mesmo salvos, precisam manter o “velho homem sob controle. @ Pense! Nao adianta recorrer as filosofias humanas nem 4 religiosidade ou a0 legalismo para alcangar a paz. @ Ponto Importante Nao adianta ter pressa para apresentar a solucdo semantes analisar 0 problema. ll - AHUMANIDADE NECESSITA ENCONTRAR 0 CAMINHO DA PAZ (Rm 3.20-18) 1. Nao ha nenhum justo sequer (vv. 10-12).A partir deste versiculo o autor faz varios recortes do Antigo Testamento, chamando assim. a escritura judaica para testemunhar a culpa universal, tanto de judeus como dos gentios. Inicia citando Salmo 14 para demonstrar que toda hu- manidade estava corrompida pelo pecado. Conforme ja vimos. ninguém consegue ser justo por si mesmo, pois nossa natu- reza € ma. Por isso, devernos entender que ninguém é melhor do que ooutro e adotarmos uma posigao de humildade e misericérdia, © unico justo por mérito proprio fo| Jesus, Postura de supenoridade por se considerar espiritualmente menos falivel, como os judeus, conduz a ruina, Jesus, em diversas ocasiées, criticou a hipecrisia dos mestres da lei e fariseus, ese colocou ao lado dos excluidos da sociedade. Como discipulos de Jesus, devemos compreender que o evangelho € boa nova de salvacdo e nao de hipo- crisia e superioridade. Jovem, vocé tem se considerado superior ao seu proximo? 2. ser humano, sem Deus, nao con- segue vencer 0 poder da carne (wv. 13-:6). autor prossegue citancio os Salmos £10 @ 140.4 para falar sobre 0 perigo da lingua e das trapacas Para discorrer sobre este assunto, Tiago 34-22 ¢ leitura obrigatéria, llago destaca como um membre tao Pequeno pode causar tantos males. O ser humano que consegue domar tantos animais, tecnologias, entre outras coisas nao consegue domar sua lingua, pois autor diz que quem conseque é perfeito. Oapéstolo continua citandoo Salmo 107 e Isaias 597 para falar sobre a boca cheia de maldigées e de amargor e os pes velozes para derramar sangue e causar ruina ¢ desgraca. Porisso, 0 cuidacio que temos que ter com o que dizemos, em vez de amaldicoar que sejamos fonte de béncéos para as demais pessoas. Assim, como tambem com as atitudes de impiedade e injustica, denuncia que ‘© autor cita aqui e que perpassa toda a epistola, Com essa exortacao fica claro que todos necessitamos constantemen- te nos submeter ao Espirito Santo para vencermos o poder da carne. 3, Ahumanidade no alcanga a paz a nao ser em Cristo (vv. 17,18). Paulo fa~ zendo referéncias ao Antigo Testamento (ls 59.8: SL36.2), destaca a busca sem sucesso da humanidade pela paz por nao terem aprendido a temera Deus. O livro de Provérbios tem como um cos tomas centrais o temor do Senhor como O principio de toda a sabedoria Esta vida de sabedoria ¢ possivel somente coma féde Cristo, aprendendo com o exemplo que Ele deixou, Nao é servir a Deus por ter medo de ir para 0 inferno, mas sim ter um conhecimento experiencial tio profundo com Ele, que o ser humano nao se ve vivendo de outra forma, a nao ser servindo a Ele. Este é 0 caminho da paz, que nao significa uma vida sem conflitos, masa paz apesar dos conflitos e afligées Uo 16.33). Quando sou questionado: ‘tudo tranquilo?’, eu costume dizer: “tranquil nao, mas em paz. A tranquilidade nao depende de mim, mas a paz sim’ @ Pense! Vocé tem vivide em paz? A paz que excede todo entendimento, que pre- valece mesmo nas tempestades? @ Ponto importante 05 judeus davam muito valor aos escritos do Antigo Testamento. onde se apegavam para justificar suas crencas e atitudes ll- AHUMANIDADE NECESSITA DA SOLUCAO PARA O PECADO (Rm 3.19.20) 1. Alei tem a funcao de mostrar ao ser humano sua condi¢ao de pecador (v.19). No versiculo 19, 0 autor justifica 0 porque da utilizagao des textos do AT: *Ora, nds sabemos que tudo o que a lei diz 2os que esto debaixo daleio diz. para que toda boca esteja fechada e taco 0 mundo seja condenavel diante de Deus" (v.19). Fica evidenciado qualo propdsito da epistola até este momento, ou seja, demonstrar que todé a humanidade, judeu ‘ou gentia, tem uma divida pelo pecado que é impagavel. Dessa forma, abre-se © caminho para apresentar a grande revelagao de Deus paraa humanidade que 6 apresentada na epistola, as boas novas da salvacao para uma humanidade em pecado e que nao tem como pagar JOVENS 29 ‘sua divida. Aqui é apresentada a funcéo especifica da Lei que é conscientizar tedo ser humano de que ele é um pecadcre carece da graga e misericordia de Deus. 2. O ser humano nao pode se justi- ficar pelas suas prdprias obras (v, 20a). © apéstolo, entao apresenta o motivo da culpabilidade da humanidade citeda anteriormente: ‘Por isso, nenhuma came sera justificada diante dele pelas obras da lef. O ser humano pode se gloriar de suas ‘obras perante as demais pessoas, mas perante Deus nao encontrara justificativa, pois nem mesmo Abraao alcancou por meéritos (Rm 4.1-3). Se houvesse um so ponto ou caracteristica do ser humano que 0 pudesse justificar, existiriam outos caminhos para se alcancar a justifica- Gao além do caminho da morte e cruz apresentado por Jesus, e certamente ‘os homens escolheriam 0 caminho mais simples, Paulo descarta qualquer possibi- lidade deo serhumano se gloriar diante de Deus ¢, semethante a pratica usualde Jesus, usou da autoridade da Escritura para esta afirmagao, Mas, como se daa Justificaco sera assunto da proxima ligéo. © Pensel Jovem, se todas as pessoas sio iguais perante Deus, com tendén- cias a pecar e nao tendo como se justificar pelas suas obras, porque existem tantas pessoas nas igrejas, dizendo-se discipulas de Cristo, que se vangloriam e agem como se fossem melhores € mais, santas do que as outras? © Ponto Importante Ofato de a Lei nao ser suficiente para justificar o ser humano, nao quer dizer que ela nao teve uma fungao specifica. Segundo Paulc, ela serviu como “aio” para condu- zir 0 pecador até Cristo. ‘30JOVENS SUBS ces “[.] Fatsos mestres dizendo-se cristéos ensinavam que depois do recebimento da salvacao, 0 cristao tinha de obedecer a todas as nor- mas € regulamentos da lei do Antigo Testamento. Paulo entrou em acdo para corrigir este falso ensino. Ele maostrou que a salvagao € um dom gratuito de Deus, recebido mediante a fé na obra expiatoria de Jesus Cristo, dom esse gratuito, proveniente da graca de Deus. Para serem salvos os galatas nao dependiam das obras, e também nao dependiam disso para continuarem salvos. A lei do Antigo ‘Testamento ndo podia evitar que o ser humano, nao importando quao bom fosse, praticasse o mal: entretanto. esta mesma lei o declarava culpado. ‘Adecisdo para obedecer ou desobe- decer a Lei era responsabilidade de cada pessoa que a recebia. Se alguém escolhesse desobedecer a Lei teria de arcaras inevitaveis consequéncias. Lendo a historia da nacao de Israel no Antigo Testamento, vemos que ‘0 povo escolhido de Deus desobe- deceu a Lei muitas vezes e sofreu por causa da desobediéncia. Deus sabia que o homem por seu prdprio esforgo nao podia cumprira Lei. Eis por que Ele concedeu-the que ofe- recesse sacrificios substitutos como expiacado pelo pecado, Tais sacrificios eram repetidos continuamente. por serem imperfeitos, mas quando veio 9 Senhor Jesus Cristo, 0 sacrificio perfelto, Ele ofereceu-se uma vez para sempre como nossa expiagao € cumpriu todas as exigéncias da justa lei divina" (GILBERTO. Antonio. O Fruto do Espirito: 4 plenitude de Cristo na vida do Crente. 1d. Rio de Janeiro: CPAD. 2004, pp.147-148). f ESTANTE DO PROFESSOR GILBERTO, Anténio. 0 Fruto do Espirito: A plenitude de Cristo na vida do Crente. 1.ed, Rio de Janeiro: CPAD, 2004, CONCLUSAO Nesta licdo aprendemos que toda humanidade esta na mesma situacao de culpabili- dade diante de Deus, pois nema Lei, circuncisdo nema filosofia puderam justificar 0 ser humano. HORA DA REVISAO 2. Conforme a ligao, somos methores ou piores do que os judeus e os gentios da @poca do apostolo Paulo? Estamos na mesma condicao, Nés, como membros da igreja ndo somos melhores oupiores do que os gentios ¢ judeus da época de Paulo, mas estamos namesma condicao, humanamente falando, indesculpaveis diante de Deus e dependentes da graca de Deus, por meio de Cristo Jesus. 2. Quem foi alvo de critica de Jesus por hipocrisia religiosa? Jesus, em diversas ocasides, criticou a hipocrisia dos mestres da lei e fariseus, 3. Quais 0s textos do Antigo Testamento utilizados pelo autor para falar sobre o perigo da lingua e trapacase qual leitura do Novo Testamento, segundo 0 comentarista da licdo é obrigatéria? © autor cita os Salmos 5.10 e 140.< para falar sobre o perigo da lingua e das tra- pacas. Pata discorrer sobre lingua Tiago 31-12 é uma leitura obrigatoria 4,Qualo versiculo que 0 autor da Epistola aos Romanos utiliza para justificar a utlizagao de textos do Antigo Testamento? O versiculo 1g: ‘Ora, nos sabemos que tudo o que a lei diz aos que estado debaixo dale’ o diz, para que toda boca esteja fechada e todo o mundo seja condenavel diante de Deus" (Rm 3.19] 5.Qualera a fungao da Lei? A funcao da Le! era dar consciéncia tanto ajudeus como gentios de sua culpabi- lidade e conduzi-los a Cristo, a solucao para 0 pecado da humaridade. Anotagdes LICAO. 3/01/2016 A JUSTIFICACAO PELA FE TEXTO DO DIA oa d AGENDA DE LEITURA SEGUNDA - Rm 3.21 eeen eee Coen TERGA - GL169 Alguns dos galatas depois de ee eCOee etamentet Cory anced QUARTA = Rm 41-8 A justificacdo de Abraao foi um eee creat QUINTA - Rm 49-16 ee Cael teste eet falceliitats a keC ECA 1a eas eel) Tee Or ert Tort Pete eeeteat eta peti SABADO - Gn 121-9 A justificacao de Abraao foi Pelee ache 82 JOVENS OBJETIVOS + APRESENTAR a doutrina da justificagao pela + CONSCIENTIZAR da insuficiéncia dalei paraa justificacio + EXPLICAR porqué Paulo utilizou a figura de Abraao para esclarecer a doutrina da justificacao pela f6 NTERACAO ‘Chegamos ao ponte central da Epistola acs Romanos, o momento ‘em que Paulo cuidadosamente preparou paraapresentara grande novidade, a revelacao da verdadeira justia de Deus, quesecons- titui na doutrina da justificagao pela Fé, jaindicada em Romanos 117, Até este momento, Paulo teve o cuidado para demonstrar que 0 judeu e ogentio estavam em situacao de igualdade, que todos pecaram edestituidos estavam da gloria de Deus. Ele cons- cientizou seus destinatarios da dependéncia de umaalternativa para salvacdo, de outra forma, estariam condenados. No auge da expectativa, apresenta a solucdo, a salvacio somente é possivel, por meio do sacrificio de Cristo. pois as sacrificios do Antigo Testamento foram transitérios e somente encobriamos pecados, Qual o preco entao? Paulo afirma que o ser humano precisa apenas ter fé e aceitar o pagamento de sua divida por Cristo. Para comprovar aos judeu-cristaos ou cristaos judaizantes, utiliza o maior argumento deles, a figura de Abrado. Ele era utilizado pelos judeus como modelo da justificacao pelas obras, mas, com base em Génesis 15.6, Paulo demonstra que Abrado nao foi justificado: pelas obras, mas pela fé antes da circuncisdo ¢ da lei, Com isso, ‘© apresenta como pai de todo aquele que cré como ele, no Deus do impossivel e com poder para ressuscitar (Hb 1118) O capitulo 4€ uma obraprima do apéstolo. ORIENTACAO PEDAGOGICA ‘Sugerimosa simulagao de um jurt. Para isso, voce precisard dedicar pelo menos uns 25 minutos de sua aula, Os alunos deve ler a parabola do fariseu e do publicano que se encontra em Lucas 189-14, Divida a turma em dois grupos um grupo para defender ‘ocargumontos do faricou e © outro para defender os argumantos do publicano. Dé uns 5 minutos para os grupos se organizarem ¢ definirem um representante de cada grupo para defender (ed- vogado)seu personagem escolhido (Fariseu cu publicano) diante do juiz, que sera vocé professor{a) Dé oportunidade para que cada um argumentar e depois contra-argumentar No final, dé 0 veredito final conforme registrado em Lucas 189-14. Aproveite para explorar 0s conceitos da doutrine da justificacgo pela fé ater JOVENS 33 ‘sim = OC es Romanos 3.2-31 Mas, agora, se manifestou, semaiei.a Justica de Deus, tendo o testemunho da Lei e dos Profetas, Isto é, a Justiga de Deus pela fe em Jesus Cristo para todos e sobre todos (5 que creem; porquenac ha diferenca Porque todos pecarame destituidos esto da gléria de Deus, a1 22 23 24 sendo justificados gratuitamente pala sua graga, pela redencao que ha em Cristo Jesus, 20 qual Deus props para propiciacao: pela féno seu sangue, para demons- trara sua justica pela remissao dos pecados dantes cometidos, soba paciéncia de Deus: 25 26 para demonstragao da sua justiga neste tempo presente, para que ele seja justo € justificador daquele que ‘tem fé em Jesus. Onde esta, loge, ajactancia? E ex- cluida, Por qual lei? Das obras? Nao! Mas pela lei da fe. Concluimos, pois, que o homem € lustificado pela fé, semas obrasdalei E, porventura, Deus somente dosju- dous? Endo 06 também dos gentios? Também dos gentios, certamente. Se Deus € um so, que justifica, pela fé.a circuncis4o e, por meio da fe, a incircuncisio, anulamos, pois alei pela 8? De mansira nenhuma! Antes, estabelecemos altel 28 29 30 INTRODUGAO MSCS Ue rote T: PMC ola OS eee tt ia indic |—A DOUTRINA DA JUSTIFICA- CAO PELA FE (Rm 3.21-26) 1. O que €a doutrina da justifica- cao pela fé? A doutrina dajustificacao pela fé 60 ceme da teologia paulina, utilizada especialmente quando em confronto direto com o ensino judaico ou dos judeu-cristdos, que defendiam que o homem encontra a graca de Deus quando cumpre a vontade divina por meio da lei judaica. Paulo contra-ar- gumenta que basta ao ser humano ter fé na eficacia do sacrificio de Cristo na cruz para Deus 0 declarar justo. Os 34JOVENS justif OMEN eee laiy galatas so chamados a aten¢do por Paulo por desprezar este sactificio © misturar a justificagao com a santifi- cacao, confiando nas obras de justica (GL1.69), 0 que Paulo chama de “outro evangetho’. Martinho Lutero quando traduziu Romanos 3.28, acrescentou "somente” para dar énfase, ficando assim 0 texto: ‘L.1 pela fé somente™. Do ponto de vista linguistico, Lutero tinha razo de traduzir assim, pois apesar de © fato das palayras “somente” e "so" terem sido omitidas, esse é realmente sentido do texto. 2, Oaspecto forense da doutrinada justificacao pela fé. 0 termo forerse esta relacionado ao sistema e praticas judiciais. Neste caso, tem aver como conceito da declaracao judicial divina. Para facilitar 0 entendimento, vamos ilustiar a figura do supremo tribunal de Deus. Neste tribunal, toca a humenidade tem uma divida impagavel. Entretanto, Cristo por meio de sua morte na cruz deposita no “Banco do Ceu" o valor suficiente para saldara divida de toda a humanidade, Desse modo. individu almente, quem reconhece 0 depésito efetuado por Cristo, pela fe, requisita a Deus, 0 Supremo Juiz. a absolvicao pelos pecados (divida) cometidos, indicando para pagamento 0 deposito feito por Jesus. 0 juiz divino, ciente do deposito realizado. credita na conta do réu (Gn 15.6) € 0 declara justo. Assim, aquele(a) que inicialmente estava condenado(a) pela ira de Deus, com a justificacao, passa a tera sentenca divina retirada, reconciliado com Deus gratuitamente, em Cristo. 3, Jesus e a doutrina da justifica- ao pela fé. A doutrina da justificacao pela fé esta presente na mensagem propagada por Jesus, como pode ser constatada em diversas parabolas e também no seu proprio estilo de vida. Paulo apresenta uma compreensao da mensagem de Jesus maior do que qualquer outro autor do Novo Testa- mento. Um ensinamento tao crucial como a doutrina da justificagao nao poderia estar ausente nos ensinamen- tos do ‘Mestre dos mestres’, o Senhor Jesus Cristo, Os conceitos permeavam toda sua pregacao do evangelho, Um dos exemplos classicos € 0 relato do encontro de Jesus com o ladrao que estava ao seu lado na cruz. Por meio de sua fé em Cristo, o ladrao recebeu apromessa de que estaria com Ele no paraiso (Lc 23.43), sem exigir nenhum sacramento, obra ou ritual para que aleangasse a/ustificagao, Outro exemplo €a parabola do fariseu e do samarita- no (Le 18.9-14), que sera analisada no tépico seguinte. oe Pense! Adoutrina da justificacao pela fé foi o principio fundamental da Reforma, @ Ponto Importante Apesar de Jesus nao falar especificamente ou de forma sistematizada sobre a doutrina da justificacdo pela Fé, seus con- ceitos permeiam seus ensinos e modo de vida. Il - A INSUFICIENCIA DA LEI PARA A JUSTIFICACAO (Rm 3.27-31; Le 18.9-14) 2. A justiga do homem é como trapo de imundicia (vv.27-30). Como poderia um pecacor, um ser humano decaido e miseravel, sobreviver diante do tribunal de um Deus absolutamente santo e justo? A justica inerente do homem é insuficiente para a justifi- cacao, considerada como trapos de imundicia (Is 64.6; Fp 3.8,9), sendo. necessaria uma justiga superior que esta fora do homem e que lhe seja atribuida. A essencia da justificagao € de que o homem é perdoado com justiga, entretanto, é preciso entender que tal justiga alcangada por Cristo por sua perfeita obediéncia ¢ 0 sacrificio de si mesmo, sendo posteriormente atribuida ao crente. Essa justificagao traz JOVENS 35 como efeito 0 perdao, a paz com Deus ea certeza da salvacao. As boas obras n&o sao consideradas como causa, mas como consequencias da justificacao. Antes da justificagao, Deus é um juiz irado que mantém a condenagao da lei, mas apés a justificacao inocenta e trata 0 pecador como filho, 2. A parabola do fariseu e do pu- blicano (Le 18.9-14). Os fariseus ob- servavam os mals rigorosos padrces legalistas com jejuns, oragdes, esmolas @ outros rituais que excediam as leis cerimoniais mosaicas. Jesus apresenta por meio da parabola algo que chocou seus ouvintes: colocar um cobrador de impostos, considerado, traidor pelos judeus, em methor posigao, quanto a justificagao, do que um fariseu. A ligao de Jesus é clara: O publicano reconhe- cia que sua divida era muito alta endo tinha condicées de paga-la, a unica coisa que poderia fazer era rogar pela misericordia de Deus. Nao recorreu a ‘obras que havia realizado, nem ofereceu fazer nada, simplesmente rogou que Deus fizesse por ele 0 que ele proprio. nao podia fazer, somente baseado na fé e misericordia divinas, Por outro lado, 0 fariseu demonstrou arrogancia, confiando que os jejuns realizados dizimos e outras obras consideracas justas, 0 tornariam aceito por Deus Uma cobranea de retribuicdo. Porem Jesus afirma que dos dois, somente o publicano foi justificado. 3. A justificagao pela fé e a santi- ficacao (v. 31). O apdstolo tem o cui- dado para nao ser entendido como um tibertino, sem regras e disciplina A\ustificacao pela fé nao significa que uma vez justificado, o crente pode fazer © que bem entender. Precisa-se tomar 36 OVENS cuidado com algumas afirmacoes teolégicas. como por exemplo. a que ensina que “uma vez salvo, salvo para sempre". A justificagao, como ja vimos. € imediata, instantanea. No entanto. uma vez justificado, o crente deve manter sua vida de comunhao com Deus e desenvolver a santificagdo, que é progressiva. Alguns criticos da Biblia afirmam que Paulo contradiz Tiago, porque este assegura que a fé € comprovada pelas obras. Isto é um equivoco, pois eles tratam de momentos diferentes da salvagao. Paulo fala da Justificagao, que @ mediante afé e acon- tece instantaneamente na conversao (ato estatico), enquanto Tiago fala da santificacao que val sendo desenvolvida apos a conversao (processo continuo). o Pense! Jovem, ja pensou em quéo gran- diosa é a misericordia de Deus € quao infinito é seu amor,a ponto de dar seu tinico filho para mor- rer e pagar o preco pela divida que era sua? o Ponto Importante Nao se pode confundir justifica- ¢40 com santificacao. Ill - ABRAAO COMO EXEMPLO DA JUSTIFICACAO PELA FE (Rm 4.1-25) 4. Ajustificacdo de Abraao nao foi por obras meritérias (vv, 1-8). Paulo nao evita o campo escothido pelos seus adversarios, mas refreia os judeus que se gloriavam por serem filhos de Abraao, Ele cita Génesis 15.6 por fazer parte da Escritura hebraica, totalmente aceita pelos judeus, para demonstrar que Abraao foi justificado, pela fé e nao por qualquer obra efetuada, Paulo passa a trabalhar com o significado de “creditar’ usado pela primeira vez na epistola para demonstrar que Abraao foi justificado nao porque tinha crédito com Deus, mas porque a fé demons- trada de que Deus pode justificar o impio gratuitamente foi creditada em sua conta, 0 sufciente para sua jus- tificago. Para reforgar o argumento, Paulo utiliza também a figura de Davi, citando 0 Salmos 32.1,2 Portanto, a justificacao vem a nés gratuitamente como um presente, 2. Ajustificagao de Abrado nao foi por meio da circuncisao (w.. 9-16). Um dos argumentos mais fortes utilizacos pelaepistola aos Romanos é da pater- nidade de Abraao de todos aqueles que creem, desenvolvide em Romanos 4.9-12. O periodo em que Abraao foi declarado justo pela sua fé na palavra de Deus, conforme descrito em Genesis 15,6, correspondia a uma época bern anterior 4 sua circuncisao. Se a fé ea justiicagdo de Abrado ocorrem antes da circuncisao, ele tambem é pai cos gentios, que creem independentes de circuncisao. Os versiculos 13 a 16 trazem um novo elemento, a antitese entre a lei ea promessa, Esclarece que a lei mosaica foi estabelecida depois da promessa e justificacdo de Abraao pela fé (430 anos depois). Portanto, nao influenciou na justiicagao. Dessa forma, Abraao foi justificado antes da circuncisao e do estabelecimento da Lel, por nao serem requisites neces- sarios para a justificacao, o Pense! Abraao demonstrou uma fé ainda maior, pois creuna res- surreicao de seu filho (Hb 12.18). mesmo antes de haver qualquer mengao de ressureicao na Biblia. @ Ponto Importante Se tivesse alguém que pudesse ser justificado por obras, Abrado o seria, com toda certeza. Mas o apdstolo contrapde a Justifica- ¢do pelas obras citando 0 livro de Génesis 15.6 que afirma ter sido Abrado justificado pela fé, e nao pelas obras. Ajustificagao pela fé nao significa que uma vez justificado, o crente pode fazer ‘© que hem entender. JOVENS 37 Caro professor, ‘Deus nos ordena que ensinemos os jovens. Os jovens de hoje sdo os lideres de amanha. Eles estabelecem metas, fazem escothas e vivem a vida le- vando em conta suas decisdes. 0 ministério de ensino de jovens deve ser excelente. Os jovens encontram-se numa encruzithada. As pessoas que esto em contato comas criangas de hoje tém a sensagdo agourenta de uma crise acelerada e problematica. Algo deve ser feito. Ha uma urgéncia sobre 0 ministério da mocidade, e aqueles que a consideram de baixa prioridade. Ensinar os jovens € importante para a nossa igreja, por causa do periodo em que se encontram na vida. Decis6es cruciais si0 tomadas & medida que passam paraa maiori- dade. Nés os ensinamos, nao apenas para ampara-los como jovens. mas também para ajuda-los a se tomar Uderes adultos. Procuramos formar neles as qualidades e caracteristicas da maio- ridade crista, Nosso mais profundo desejo € que o andar cristao dos Jovens torne-se um estilo de vida, no. conhecimento da Palavra de Deus e de Jesus Cristo, nosso Salvador. (Os jovens procuram respostas, @, Na maioria das vezes, seguem seus lideres' (GANGEL. Kenneth 0; HENDRICKS, Howard, G, Manual de Ensino para o Educador Cristao. 1¢d. Rio de Janeiro: CPAD, 1999. p. 149) 3BJOVENS SUBSIDIO “Por Jesus Cristo, somos libertos da antiga lei, para andarmos ‘em novidade de vida’ (Rm 6.4: veja tambem Jr 3131-34). quisermos? Certamente que nao! Significa que agora 0 Espirito de Cristo em nos habita e que a nossa nova natureza da parte de Deus estanocontrole. Estanova: natureza nada tem a ver com a satisfa~ cao de desejos mauss ou egoistas; seu propésito e prazer é obedlecer e agradar a Deus. A nova natureza possibilita ao crente obedecer a Deus e viver uma vida que agrada ao Senor |..J, Quanto mais o crente viver e andar segundo 0 Espirito, e tendo a Palavra de Deus como a sua regrade fée modo de proceder, ele vivera vitoriosamente neste mundo, vitoria esta ‘sobre os adversarios de nossa alma, a saber 0 pecado, omundo, nds mesmos {acame) eo Diabo e seus poderes (veja Gl5.16-18 25: Rm 81-16) |_| Resumamos © que isto significa: 1) A pessoa que & salva pela fé em Jesus Cristo e assim ermanece ja ndo esta sob 0 jugo da lei do Antigo Testamento; 2) A partir de sua conversao a Cristo, o Espirito Santo passa. a habitar no crente e lhe comunica uma nova natureza espiritual: 3) Enquanto o crente entrega incondicionalmente o controle de sua vida ao Espirito Santo, ele vive uma vida crista vitoriosa sobre opecado, o mundo. o Diabo e 0 'eu': 4) O que determina a conduta do crente deravante ¢ 0 controle do Espirito sobre sua vida, 4 medida que ele 0 permite. Em Cristo, 0 crente, como nova criatura espiritual, nao esta mais sob 0 dominio. da Lei, nem da velha natureza e suas inclinacdes' (GILBERTO, Anténio. 0 Fruto do Espirito: 4 plenitude de Cristo na vida do crente. Led, Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p. 148). f ESTANTE DO PROFESSOR GILBERTO, Anténio. © Fruto do Espirito: A plenitude de Cristo na vida do crente.1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004. CONCLUSAO Aprendemos que a justificacao pela fé é uma doutrina biblica que acertadamente exclui a necessidade de obras meritérias para a salvagao do ser humano, porém nao abre possibilidade para o antinomismo e precede a santificagao. HORA DA REVISAO 1. Canceitue a da coutrina da justificacao pela fé ‘A doutrina da justificacdo pela fé ¢ 0 cere da teologia paulina, utilizada especial mente quando em confronto direto com 0 ensino judaico ou dos judeu-cristdos, que defendiam que o homem encontra a graca de Deus quando cumprea vontade divina por meio da Lei judaica. 2.De acordo coma licao, qual é a situagao final da pessoa que esta condenado pela ira de Deus e reconhece o sacrificio vicario de Cristo e requisita sua justificacao a0 Supremo Juiz? Aqueteta) que inicialmente estava condenadota) pols ira de Deus, com a jus- tificagao € retirada a sentenga divina (declarado justo), reconciliado com Deus gratuitamente, em Cristo 3.Cite uma parabola de Jesus que demonstra que a lei e as obras sao insuficientes para a justificagdo diante de Deus. A parabola do fariseu e do samaritano (Le 18.9-14). 4,Explique qual a diferenca entre a justificacao e a santificacdo (Paulo x Tiago). A justificagdo se da mediante a fé e acontece instantaneamente na conversao (ato estatico), enquanto a santificagao que vai sendo desenvolvida apés a conversao (processo continuo) 5.Por que Paulo utilizoua figura de Abraao para exemplificar a doutrina da justifi- cago pela fo? Porque o exemple de Abraao demonstra que ele foi ustificado antes da circuncisdo e da lei, sua fé constitui um protétipo da fé crista, por crer incondicionalmente em Deus € no seu poder de ressuscitar Anotagdes BENCAOS DA JUSTIFICACAO TEXTO DO DIA ace CCRT Ute OM ete Poet neal CeCe tcon Deus pela morte de seu Filho, Dae cut OCA teens eter Coe ene een tact sua vida’ (Rm 5.10). 40 JOVENS emo TITEL ~ ANALISAR a béncao do regozijo na tribulacoe: « EXPLICAR a bencdo da salvacao passada e presente, INTERAGAO, Esta ligdo é um marco na epistola 2os Romanos. A justificacao traz consigo alguns beneficios que sac concedidos por Deus dentre estes beneficios esta a béncao do regozijo nas tribula~ Ges, 0 que pode parecer contraditério para alguns. Hé quem diga que nao é uma béngao, mas uma apologia ao sofrimento. Por isso, a dificuldade de algumas pessoas lidarem com si- tuacdes adversas, as quais todas as pessoas inevitavelmente estado sujeitas. Jesus afirmou que teriamos aflic6es (Jo 16.33) Um relato que alguns leitores da Bib ia tém dificuldade de entender & que logo apés.a ascensao de Jesus, os disefpulos que foram perseguidos ¢ maltratados pelo amorao Evangetho sediziam alegres e glorificavama Deus por seacharem dignos de sofrerem por amor ao nome de Jesus. Talvez, essa seja a maior dificuldade de aceitacao para alguns, as demais béncdos so mais faceis de aceitacio e entendimento. ORIENTAGAO PEDAGOGICA Sugerimos que nesta aula vocé separe trés grupos. Cada grupo ficara responsavel para analisar um dos t6picos e vocé atuara como orientador destes grupos. Nos grupos geralmente tem alguns lideres naturais que poderao cenduzir a conversa nos respectivos grupos, vocé pode designar os lideres ou deixar que escolham entre si, o que seria mais apropriado.A primeira atividade sera 0 estudo de cada t6pico pelos grupos, vocé pode dar aproximadamente uns 15 mivutos para a tarefa. Na sequéncia, cada grupo deverd apresentar seu assunto, abrindo para os demais para uma ponderacdo geral. Sugerimos utilizar algo em torno de 30 minutos para essa atividade. Vocé devera ser o moderador da turma e fazer as consideragses finais. 0 tempo sugerido serve apenas como referéncia, vocé devera adaptar de acordo com o tempo disponibilizado pela sua superintendéncia de Escola Dominica’ TEXTO BIBLICO Romanos 5.1-21 4. Sendo, pois justificadospela fe, temas paz com Deuspornasso Senhor Jesus Cristo: 2 pelo qual tambem temos entrada pela fea esta graca, na qual estamos firmes;e nos gloriamos na esperanca da gloria de Deus, 3 Endo somente isto, mas também nos gloriamos nas tribulagdes, sabendo que tribulacdo produz a paciéncia: 4 eapaciéncia, a experiencia: e a ex periencia,a esperanca. 5 Eaesperanca ndotraz confusdo, por- quantoo emor de Deus est derramado em nosso ceracao pelo Espirito Santo que nes fol dado. 5 Porque Cristo, estando nés ands fracos, morreu a seu tempo pelos impios 1- A BENCAO DA PAZ COM DEUS (Rm 5.1.2) 1. Paz com Deus. 0 impio ndo tem paz porque vive na pratica do pecado ils 57.21; L733) Diferente da pesca justi- ficada, cujos pecados nao lhe sao mais, imputados, portanto reconciliada com Deus (2 Co 518,19). Esta reconciliagao traz a paz com Deus, pois o castigo ao qual estavamos condenados éimputado sobre Jesus, que nos traz a paz ('s 535). Osacrificio de Jesus derruba a parede 42 OVENS 7 Porque apenas alguém morreré por um Justo; pois podera ser que pelo bom alguem ouse morrer. 8 Mas Deus prova o seu amor para conosco em que Cristo morreu por és, sendo nés sinda pecadores 9 Logo, muito mais agora, sendojustif- cados pelo seu sangue, seremos por ale salvos da ira 40 Porque, se nés, sendo inimigos, fomos reconcilados com Deus pela morte de seu Filho, muito mais, estando ja reconciliados, seremos salvos pela sua vida 31 Endo somente isto, mas também nos gloriamos em Deus por nosso Senhor Jesus Cristo, pelo qualagora aleangamos a reconciliacao, SCE Chora Giicw) freera evar enter inet Ete teeth Woroaact que separa o ser humano de Deus (At 10.36; Ef 2,14), sendo ‘religado’ (signifi- cado de religiéo) com Deus. Existe uma diferenca entre estar em ‘paz com Deus” etera “paz de Deus", A pazcom Deus € somente para aqueles que conservam sua vida em constante comunhdocom Deus ('s 26.3; Jo 14.27; Fp 47). Diferente do incrédulo, o salvo vive no Espirito e, assim como 0 Espirito eterno, eterna seré a sua paz com Deus. Jovem, voce est em paz com Deus? 2 Abéncao do acesso a graca de Deus. Somente em Jesus pode serevidencieda a gratuidade da justificaco, pois somente Ele pode redimiro pecador de sua condigao no tribunal de Deus (Rm 3.24). A vida de pecado é uma vida que conduz & morte, uma vida de opressao debaixo da culpae a solicao espirtual, mas najustificagao se aplica ajustica para a vida eterna por meio de Cisto (Ef 25-8, Rm 5.21), Semethante- mente a vitoria de Cristo sobre a morte por meio de sua ressurreicdo, as pessoas justificadas vencem a morte que traz 0 pecadoe ressurgem viviicadas juntamente com Cristo, tudo pela graca de Deus (E26). Esta graca de Deus, acessada somente pela fé (EF 228; Rm 4.12; Hb 416), fortalece ‘ocrente por nao estar mais debaixo dalei, nem do dominio do pecado (Rm 6.14.15). ‘Somos 0 que somos pela graca de Deus (4.C01510), porisso devemos ser gratos.a Ele portudo. 3. Esperanea da gloria de Deus. As pessoas justificadas so bem-aven- turadas, pois nelas repousa a grende esperanca da manifestacao da gloria de Deus (Tt 2.13). Muito diferente de uma pessoa que leva sua vida & mar- gem da Biblia, alimentada de alegrias e motivacdes efémeras e passageiras, Os justificados sao transformados de glatia em gloria (2 Co 318), ou seja, se tormam Ja participantes da gloria de Deus como herdeiros juntamente com Cristo, para também com Ele serem glorificados (Rm 8.17). Esta é a grande diferenca entre ser criatura e ser filho de Deus. A primeira condigao é genérica, sendo caracteristica natural de tudo e tocos os seres criados, a segunda é somente para as pessoas que foram justificadas. A Biblia informa que ainda nao sabemos como haveremos de ser, mas clarifca que seremos semelhantes ao Cristo glorificado e adverte-nos a manter esta condi¢ao, possivel somente por meio da manutengao da obediéncia (1 Jo 31-3). Jovem, guarda que tens! o Pense! Jovem, vocé jd pensou no valor de estar em paz com Deus? © Ponto Importante Avelocidade da disseminacao do conhecimento, 0 consumismo acirrado e a valoriza¢ao exacer- bade do ter em detrimento do ser, tém tirado a paz da maior parte da humanidade. Enquanto Isso, aquele(a) que é justificado(a) desfruta da paz com Deus, bencao da justificacao pela fé ll - BENCAO DO REGOZIJO NAS TRIBULACOES (Rm 5.3-5) 1. As tribulacées conduzem a matu- tidadle. No caminho para a gloria, citado anteriormente (Rm 8.17), as tribulagdes_ sao inevitaveis. Jesus nao prometeu uma vida sem conflites, mas afirma categori- camente que passariamos por aflices Uo 16.33), Ele ndo engana para ganhar seguidores. Na propria historia do povo de Israel podemes veras tribulagdes que serviram para a maturidade espiritual (Dt 815,16), Nossa caminhada nao é diferente, Paulo assevera que as tribulagdes nos levam a perseveranca. a experiéncia (carater aprovado), e a esperanga que. nao confunde. Portanto, quando vocé pede a Deus mais experiéncia e espe- ranga, mesmo que inconscientemente. vocé esta pedindo por mais aflicées, que o levarao a experiéncia, que por sua vez lhe trara esperanca, Um processo continuo de causa e efeito. Tiago afirma que € motivo de alegria o passar por JOVENS 43 varias provacées, pois por meio de.as se obtem experiéncia, com vistas a al- canear a coroa da vida, prometida 2os que amam a Deus (Tg 12-412) 2. Ocrente, nas tribulacdes, tema certeza do amor de Deus. Um texto bem conhecido da epistola aos Romanos € © do capitulo 8, versiculos 35-39 Neste texto vemos 0 apéstolo relacionar uma série de intemperies indesejaveis na vida de um ser humano, mas conclui que mesmo estas coisas nao sao suficientes para separar uma pessoa salva de Deus. Quantos exemptos existem na Biblia de pessoas que abriram mao de praticamen- te tudo de valor quetinnam ou poderiam, ter, inclusive da propria vida, constran- gidas pelo amor de Deus. Basta lermos Hebreus 11, na galeria dos herdis da fé, para constatarmos isto. Quem mantém sua fidelidade Deus, independente das circunstancias, pode perceber 0 amor de Deus, a exemplo do grande Mestre Jesus. Fle no Getsémani, sentindo a dor do calice a ser tomado, questiona este “abandono’, mas ao final se submete a vontade de Deus por saber que tudo era por amor, inclusive sua motte. 3. O amor de Deus é provado pela morte vicaria de Cristo. O Espirito Santo nos faz perceber o amor de Deus para conosco (v.5), Amor que pode ser evi- denciado pela doacao de Deus, mesmo sabendo que nao tinhamos possibilidede de retribuir esse amor por sermos fracos (v.6). Oapdstolo afirma que motrer por alguem justo nao seria considerado algo tao incomum (v. 7), pois ao longo da histéria ha varios registros de pessoas que deram sua vida por uma pessoa mada, um lider carismatico ou uma causa maior: mas um justo morrer pelos injustos pecadores, isso nunca havia sido 44 JOVENS visto. Por isso, a grande demonstracao de amor de Deus pela humanidade ¢ 0 fato de Cristo ter morrido por nds, “sendo- nos ainda pecacores' (v.8), Devemos ter em mente este amor, principalmente nos momentos de tribulagées, saben- do que muito maior sofrimento Jesus passou para que fossemos justificacos € participantes da gléria presente e da gléria que haveremos de ter @ Pense! “0 justo tem paz em sua relacao com Deus. mas aflicao em sua re- lacdo com 0 mundo porque vive no Espirito" (Martinho Lutero} @ Ponto importante Apaz com Deus ndo significa auséncia de conflitos e tribu- lagGes. mas ter paz mesmo nas adversidades. Ill - A BENCAO DA SALVACAO PASSADAE PRESENTE (Rm 59-11) 1. A salvagao no passado. Como & grande a satisfacdo de saber que um dia no passado tivemos 0 privilégio de ‘experimentar a justificacdo mediante a fé em Jesus Cristo pregada por Paulo. O que seria de nds se nao tivessemos feito esta deciso? Onde nés estariamos hoje? Quem nés seriamos? Estariamos vivos ou néo? Certamente nao seriamos methores do que somes e, acima de tudo, continuariamos na condicdo de pecado- res, condenadios ao julgamento da ira de Deus, na condicao de inimigos dele (v. 9; Rm 25,35). Oapéstolo afirma que fomos reconciliados com Deus quando ainda éramos seus inimigos devido aos nossos pecados, mas fomos reconciliados gratui- tamente, sem nenhuma condicao prévia anéo sera fé em Jesus Algumas pessoas se esquecem das béngaos do passado. Seja grato a Deus e nao se esqueca de nenhum de seus beneficios do passado, Esta licao velo para lembrar voce disso, assim como os autores veterotestamen- tarios, repetidamente fizeram com Israel. 2.Asalvacao no presente, Nos escri- tos do apostolo Paulo fica evidenciada a gratido pela mudanca que 0 encontro. com Cristo provocou em sua vida A mucanga deu a ele uma convicgae que © ajudou a superar as dificuldades do dia a dia. Antes de conhecer a Cristo ele tinha uma posicao privilegiada no ambiente judaico, uma posicao almejeda por muitas pessoas, Quando escreveu a Epistola aos Romanos, ele ja nao tirha mais aquele status, mas a experiéncia daa justificacao 0 libertou do dominio do pecado e deu-the a seguranga que nunca havia conquistado com sua vida religiosa pregressa. A garanta da salva- 0 presente eda comunhao com Deus proporcionavam ao apéstotoa conviccso. pouco antes de sua morte, de ter comba- tido um bom combate e guardado a fe(a Tm 467). Seguranga garantida somente s pessoas, que por meio de uma vida devotada e de santidade, mantém seu ideal de obediéncia e gratidao a Cristo. © Pensel O que leva as pessoas que ja conheceram o Evangetho a abrir mao das béngaos decorrentes da Justificacao? @ Ponto importante A justifcagéo pela fé néo garante a salvacao de uma vez por to- das, mas traz beneficios que nos auxiliam anos mantermos firmes nas promessas de Deus, gratos pela salvacdio, desfrutando e aguardando a glorificacao definitiva com Deus. SuBSIDIO Romanos 5 “Resumo do capitulo. Ocrente agora ‘se posiciona num relacionamento unico com Deus que promove uma nova perspectiva sobre toda a vida (51-5). Essa perspectiva tem a sua origem na conviegao de que um Deus que estava disposto a abrir mao de seu Filho para envia-loa nés, sem duvida, trabalhara eminés, agora que somos seus (w. 6-11). DESTAQUES "Pois’ (6,1), Como cristaos, todos 1nés nos deleitamos com o que Paulo esta prestes a explicar, a dependéncia do sacrificio de Cristo por nos e nossa fe nele. ‘Umalitania de béncos (51-5). Ob- servar em especial 1)a paz com Deus; @, 5) uma esperanca segura em Deus que paga dividendos presentes numa sensa¢ao continua do seu amor pornés. Jamais despreze 0 verdadero cristia- nismo, © relacionamento com Jesus & como a mesa farta de um banquete, de uma festa que podemos usufruir aqui e agora” RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Biblia: Uma analise de Génesis a Apocalipse Capitulo por Capitulo. 1ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p. 742). JOVENS 45 ESTANTE DO PROFESSOR RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Biblia: Uma andlise de Génesis a Apocolipse Capitulo por Capitulo. .ed, Rio de Janeiro: CPAD, 2012 CONCLUSAO Nesta licdo, aprendemos que a justificagdo, além de ser gratuita, traz consigo muitas outras béncaos como a paz com Deus. HORA DA REVISAO 1, 0 que derruba a parede que separa o ser humano de Deus? O sacrificio de Jesus derruba a parede que separa o ser humano de Deus (At 1036; Ef 214), sendo “religado’ (significado de religido) com Deus. 2,Qualo consetho dado por Tiago em Tiago 1.24.12? Tiago nos aconsetha a nos alegrarmos quando passarmos por varias provagées. pois por meio delas obtem experiéncia, com vistas alcancar a coroa da vida. prometida aos que amam a Deus. 3, Segundo a Epistola aos Romanos, como Deus demonstrou seuamor pela huma- nidade? A grande demonstra¢ao do amor de Deus pela humanidade @ o fato de Cristo tet morrido por nos, sendo nds airda pecadores (Rm 58) 4,Segundo a li¢do, quando um crente pede por mais experiéncia © esperanca, 0 que na realidade ele esta pedindo? Quando o crente pede a Deus mais experiéncia e esperanca, mesmo que incons- cientemente. ele esta pedindo por mais aflicbes. que conduzirdo a experiencia. que por sua vez the trara esperanga. Um processo continuo de causa e efeito. 5.Segundo a licdo, © que proporcionava ao apéstolo a convic¢ao de ter combatido um born combate, pouco antes de sua morte? A garantia da salvacdo presente e da comunhao com Deus proporcionava ao apéstolo a convicgao, pouco antes de sua morte, de ter combatido um bom combate e guardado a fé (11m 46-7). AnotagGdes \ ADAO E O PECADO TEXTO DO DIA SSN Recor Tat MSoiat Cites Cunt Cn PoC eet acacia! também a morte passou a todos Palroucuescmceent tr cs pecaram’ (Rm 5.12). JOVENS 47 OBJETIVOS + MOSTRAR que o pecado de Adao suscitou a morte: + SABER que a lei serve para evidenciar ainda mais 0 pecado; - ENTENDER como 0 pecado de uma pessoa resultou no juizo de Deus sobre toda a humanidade ER Nesta ligdoa énfase sera dada arelacéo de Adéo com opecado por meio desua desobediéncia a vontade divina, Na proxima licgo 0 enfoque ser na justica gratuita oferecida por Deus por meio do sacrificio de Cristo.Por isso, 6 importante tomar 0 cuidado para 1ndo antecipar o enfoque da préxima licio mas fazera transicao entre as duas lig6es nas consideracdes finais (conclusio] para que oaluno possa diferenciaros enfoques dados, bem comose motivar a estudar antecipadamente a proxima ligao, ORIENTACAO PEDAGOGICA Professor. uma das questoes a serem tratadas na liao ea proliferacae do pecado a partir de Adao para toda a huma- nidade, isso mediante a influéncia cultural que herdamos € que moldam nossa cosmovisao de mundo (valores, crenca, costumes, entre outros), Desse modo, sugerimos que apés a conclusao do primeiro tépico da licao, promova um debate em grupo. Como sugestao, vacé poder’ utilizaros seguintes questionamentos: ~Se vocé tivesse nascido em um pais distante e com cultura diferente, como por exemplo, o Ira, qual seria a sua visto de mundo? -No que, possivelmente, vocé acreditaria? -Quais, provavelmente, seriam suas praticas rotineiras? Ap6s o debate em grupo, abra para um comentario geral entre os grupos. Se tiver dificuldade quanto ao tempo, o debate podera ser eberto diretamente ao grupo como um todo. Romanos 5.12-20 Pele que, como por um homem entrou opecadono mundo, e palo pecado, a morte, assimtambam a morte pascou 12 por Lm s6 que pecou: porque o juizo veio de uma s6 ofensa, na verdade, para condenacdo, mas o dom gratuito veio de muites fensas para justificacao, atodososhemens, porissoquetodes 17 Porque, se, pela ofensa de um $0, a pecaram. morte reincu poresse, muito mais os 13 Porque ate lei estava 0 pecado no que recebem a abundancia da grage. mundo, mas 0 pecado ngo ¢ imputado do dom da Justica reinarao em vida no havendo lei por um s6, Jesus Cristo. 14 No entanto,amorte reinoudesde 18 Pois assim como por uma sd ofensa Adzo até Moises, até sobre aqueles \eio ojuizo sobre todos os homens para que nao pecaram a semethanga da condenacso, assim também porum $6 transgressdio de Adio, 0 qual 6a figura ato de justica veio a graca sobre todos daquele que havia de vir. ‘os homens para justificagso de vida 15 Masnéoéassimodomgratuitocomo 19 Porque. como, pela desobediéncia de aofensa; porque, se, pela ofensa de. um so homem, muitos foram feitos um, morreram muitos, muito mais a pecadores. assim, pela obediencia graca de Deus e 0 dom pela graca, eum, muitos serao feitos justos. queé de umséhomem Jesus Cristo. 29 Velo, porém, a Lei para que a ofen- abundou sobre muitos. 3a abundasse; mas, onde o pecado 16 Endo foi assim o dom come aofersa, abundou, superabundou a graca, ENTAI INTRODUGAO. lope oar RCE laa ncia veio também a morte 1- 0 PECADO DE ADAO SUSCI- TOU MORTE 1. O pecado entrou no mundo por meio de Ado (v. 12). Nos dois primei- Tos versiculos, Paulo nao menciona o nome de Addo e muito menos o de Eva, mas para ele, 0 culpado pela entrada do pecado no mundo foi Addo. Nao adiantou Adao transferir a culpa para Eva, assim como tem sido uma pratica comum aos seres humanos, transferir Tee a atic latKoy Pee lure enon suas culpas para alguém ou algum acontecimento, em vez de assumir a responsabilidade pelos seus atos, Neste texto, Paulo ndo demonstra preocupagso com aorigem do mal, mas sim com a forma que o pecado entrou no mundo. Atransgressdo de Adao é explicitada no relato da Queda (Gn3), quando ele rejeitou seguir o caminho tragado por Deus para seguir seu proprio caminho, © resultado foi a condenacao. Adao JOVENS 49 tinha uma recomendacao: nao comer da arvore do conhecimento do Bem e do Mal Uma oportunidade de desobe- decer que desencadeou uma vontade de transgredir. 0 livre-arbitrio do ser humano, qualidade que o distingue dos demais seres viventes, pode ser exercido até mesmo na desobediéncia a Deus 2. A morte entrou no mundo por meio do pecado lv, 12). Addo foi a porta de entrada do pecado no mundo eo pecado por sua vez, a porta de entrada paraa morte. Neste texto, a interpreta- cdo para a morte se refere tanto amore fisica como espiritual, como punicao pala desobediéncia humana, uma referéncia a Génesis 217 ¢ 3.19, Toda causa tem sua consequencia. As pessoas, as vezes, confundem o perdéo com arepercussio da consequéncia dos atos falhos. Uma pessoa que se rende a Cristo e deixaa vida de pecado, como ja vimosem licoes anteriores, ¢ imediatamente justificado diante de Deus (declarado justo), mas as consequéncias pelos erros j4 co- metidos ele continua responsavel Por exemplo, vamos supor que esta pessoa tenha cometido um assassinato antes da conversdo, com 0 arrependimento e abandono da pratica Deus a perdoa mas nao assume a responsabilidade de livra-lo de uma prisdo. O que Deus garante ¢ estar com ele na prisdo. Em outras palavras, todo pecado tem sua consequéncia 3. A morte sobreveio para toda a humanidade porque todos pecaram lv. 12), Paulo continua abordando a relacdo ontre 0 pecado.e a morte, agora com uma abrangéncia maior, referindo-se tocos 05 Seres humanos, uma vez que todos pecaram (Rm 323). Existe uma discussao. teoldgica se todos pecaram em Adao, ou SOJOVENS seja, o pecado de Adao foi transferido para toda a humanidade ouse o pecado éde responsabilidade individual de cada ser humano, Seguiremos a linha de que, contaminados pelo pecado de Adao, todos os demais seres humanes também pecaram, sendo cada um responsavel pela sua propria desobediéncia. Em resume, podemos dizer que o pecado original de Adio levou-nos 20 pecado experimental, afastando-nos de Deus. @ Pense! Jovem, vocé tem assumido suas responsabilidades? Tem reconhe- cido as consequéncias naturais de seus atos falhos ou tem ques- tionado a Deus? o Ponto Importante Avida, muitas vezes, acaba sen- do uma relacao de causa e efeito. ll - A LEI DESTACA O PECADO (wv. 13,14) 1.0 pecado existia antes da lei (vv. 13,4), Paulo afirma que o pecado existia antes da lei, Todavia, sera que existe na histéria do mundo, algum local onde nao tenha havido nenhum tipo de Lei? Certo que a lei mosaica realmente ainda nao existia neste periodo, mas regras ja existiam antes desta lei. Como ja visto, 0 proprio Addo recebera tecomendacao (regra) de como proceder no jardim do Eden, a ordem de nao comer do fruto da arvore do conhecimento do bem e do mal. Paulo ja havia falado a respeito da auséncia de lei no capitulo2, quando falou sobre os gentios Dous nao deixa a conduta do ser humano sem uma régua de medir, independente da lei mosaica ha alei da propria consciéncia (Rm 2.14- 16), Esta lei escrita no coracao testifica “juntamentea sua consciéncia e os seus pensamentos, quer acusando-os, quer defendendo-os". Portanto, nao significa que as agées antes da lei nao eram julgadas, Por isso, a afirmacao “a morte reinou desde Adio até Moisés" (5.14). 2. Alei desponta o ser humano em sua fraqueza (vad). Onde existe lei, existe transgressao. No relato da Queda, vemos a tendéncia do ser humano em buscar atender seus interesses. O exemplo de ‘dao demonstra certa inclinagao do ser humano para a desobediéncia Esta inclinagaio aumenta quando se impée regras, Existe um ditado popular que diz: “Aquilo que é proibido acaba sendo mais desejado". O que é proibide chama a atengao das pessoas, por isso a cifi- culdade do ser humano em cumprir a lei, No entanto, como ja visto em licdes anteriores, aleitem uma fungao, apontar o pecado do ser humano, a sua fraqueza. Quando se identifica o pecado e se re- conhece a necessidade de correcdo, se faz necessario uma solucao redentora.A solugao no Antigo Testamento foram os sacrificios, que eram solugées transit6rias @ paliativas. Mas, eles também tiveram sua fungao, apontar para © sacrificio perfeito de Cristo 3 Ado, um tipo antagonico de Jesus (va). Pela primeira e unica vez a Biblia cita explicitamente um personagem como tipo de Cristo "o qual & a figura daquele que havia de vir" (v.14), Adao como figura de Cristo com resultacos contrartos Enquanto, Adao representa os efeitos negativos pela sua desobediéncia Avontade de Dous, Cristo representa os efeitos positivos pela sua obediéncia incondicional a Deus. Os efeitos positivos de Cristo serao abardados na proxima liga. O ato de Ado, representante da humanidade, exemplifica a aplicagao da correcao sobre o pecado. independente da lei, como citado por Paulo: “porque, para com Deus, nao ha acepcao de pessoas, Porque todos os que sem lei pecaram sem lei também perecerao: € todos os que sob a lei pecaram pela lei serao julgados" (Rm 2.11.12). Todavia, como ja citado, com o advento da Lei de Moisés 0 pecado foi ainda mais evi- denciado. Isso nao significa que ele ja nao existia, mas 6 como se 0 “holofote" estivesse direcionado para outro lugar. oO Pense! Jovem, como esta sua consciéncia? © Ponto Importante Nao existe na historia, lugar ou data, um tempo em que nao existisse regra escrita ou nao, para orientar 0 comportamento humano. Ill - AOFENSA DE ADAO ACAR- RETOU NO JUIZO DE DEUS SO- BRE TODA HUMANIDADE (vv. 15-21) 1. Asentenca divina proferida sobre a ofensa do pecado (v. 15-19), A sentenga dada por Deus.a Addo ¢ extensivaa todos 5 seres humanos que seguiram o seu ‘exemplo. ou seja, cada pessoa se tornou pessoalmente pecadora e, portanto, des- tituida da gloria de Deus (Rm 3.23). trans- gresso de Adio foi sua desobeciéncia a umaordem divinaexpressamente revelada Por Deus, 0 que diferencia o pecado de Adao dos demais. A ofensa foi majorada coma promulgagao da Lei Mosaica pois quanto mais evidente fora manifestacao da lei, maiores seraoas transgressoes (Rm 520). Ultimamenta, tem sido difundida na miclia condenagées e aplicagées da pena JOVENS 51 de morte em paises que tem esta pratica normatizada Se a ampliacao do rigorda leirealmente funcionasse, nestes paises nao haveria transgressao, Para a “pena de morte espiritual” existe uma said. o renascimento proporcionado pela justi- ficagdo por meio da fé em Cristo. 2.Amarte reinou por causa da ofensa do pecado (v. 20). Existem trés conceios basicos sobre a morte: a) a morte fisica, @ qual toda humanidade esta sujelta b) a morte espiritual. que ocorre quando o ser humano vive na pratica do pecado: ©) a morte eterna, a pior de todas, pois corre quanco nao ha mais possibitidade de mudanca de situacao, trata-se da condenagao da separagao eterna de Deus Estas mortes so consequéncias da transgressao humana, a relacao de causa @ efeito De modo geral. as pessoas tem diffculdade para lidar com a morte devido @ tendéncia natural pela vida. Os crentes geralmente afirmam que querem estar com Deus, mas se possivel sem precisar passar pela morte. Ao longo da histéria da humanidade existem relatos da busca pela vida prolongada ou etema.O Evan- getho aponta 0 caminho para esta vida, ‘com ousem a presenga da morte, Jesus. O Pense! Vocé também estava condenado a mesma sentenga do injusto, a morte eterna, mas pela graca de Deus sua sentenga foi revertida em béngaoe vida eterna com Deus. Jovem, o quanto voce tem sido grato a Deus por isso? © Ponto Importante Para Paulo.a condic¢ao humana caracteriza-se pela rejeigao a Deus e sua revelagio, além de ser marcada pela hostilidade rotinei- ra em relacao a Ele” (Roy Zuck). S2JOVENS su8sibia “Em Romanos 1— 3. Paulo argu- mentou que toda humanidade esta perdida nas garras do pecado, tanto judeus como gentios. Em Romanos 4. ele mostrou que a justificacao pela fe também esta universalmente dispo- nivela todos aqueles que creem que Deus mantera a promessa que fez no evangelho — tanto para os gentios ‘como para os judeus. Agora, Paulo da um passo atras, apenas por um momento. para per- guntar como pode ser isso. Como todos ‘os homens tornaram-se pecadores? E como a vida pode ser oferecida a todos? ‘Como contexto, precisamos en- tender uma coisa importante sobre 0 relacionamento entre ‘pecado' & ‘pecados' Enquanto ‘pecados’ sao atos de iniquidade ou transgressées Lei de Deus, 0 ‘pecado’ é algo di- ferente, Ele se refere aquele defeito essencial da natureza humana que distorce 0 carater moral do homem. ‘obscurece sua inteligéncia e 0 incita ‘em direcao ao mal. De acordo com a terminologia biblica, esta condicao e frequentemente mencionada como ‘morte’. nao no sentido biolégico. mas espiritual’ (RICHARDS, Lawrence O. Comentario Histérico-Cultural do Novo Testamento.1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2014, p, 300). f ESTANTE DO PROFESSOR RICHARDS, Lawrence 0. Comentario Histérico-Cultural do Novo Testamento. Led. Rio de Janeiro: CPAD, 2014. ZUCK, Roy B. Teologia do Novo Testamento, 1d. Rio de Janeiro: CPAD, 2008. CONCLUSAO Nesta licdo, aprendemos que o pecado entrouno mundo por meio de um ser humano como consequéncia veio a morte e a condenacao. HORA DA REVISAO 1, Quala recomendagao que Deus ceu a Adio e ele desobedeceu? A recomendacao dada por Deus a Adao foi de nao comer da arvore do Conhe- cimento do Bem e do Mal. 2, Quando Deus perdoa 0 pecado de alguem Ele também retira as consequencias naturais do pecado? Explique Nao. Quando uma pessoa se rende a Cristo e deixa a vida de pecado 6 imediata- mente justificado diante de Deus (declarado justo), mas as consequéncias pelos erros ja cometidos ele continua responsavel 3, Paulo diz no versiculo 13 que 0 pecado nao ¢ imputado nao havendo lei. Na se- quéncia diz que o pecado surgiu antes da lei. Como explicar quea morte reinou de Adao até a Lei v.14)? Paulo menciona a lei colocada na prépria consciéncia do set human (Rm 2.14- 16), € por essa lei as pessoas eramjulgadas, Por isso. a afirmacao ‘a morte reinou desde Adao ate Moises” (v, 14). 4.Paulo aponta Ad&o como um tipo de Cristo. Explique: Adao é um tipo antagonico de Cristo, Enquanto, Adéo representa 03 efeitos ne- gativos pela sua desobediéncia a vontade de Deus, Cristo representa os efeitos positivos pela sua obediéncia incondicional a Deus. 5. Segundo a licdo, qual a solucao para a ‘pena de morte espiritual’? A solugdo € 0 renascimento proporcionado por meio da justificacao pela fe em Cristo. Anotagdes ws Pei LICAO 2U/02/2016 TEXTO DO DIA AGENDA DE LEITURA SEGUNDA - Rm 5.15 Pela desobediéncia de Adao a Cae) Te CoN RCC Ee i ; TERGA - Rm 14.17 . eee eer ae teu tha) Wisma ctene Cap eiate-) oN ay ed its hd One ntek ser rte (3) (ove eae a-¥ OP Rea eet crc ttecaet graca de Cristo perseguiaa igreja 13 Greate le) entre it aetciter-C Breese igo 71:). Veber Leon Jesus € 0 fim da lei 54 JOVENS OS cs + EXPLICAR que a graca de Cristo porporciona justica e vida; - MOSTRAR o que é a graca de Cristo: + SABER que a graca de Cristo reina pela justica para a vida eterna. INTERACA\ Carola) professorla), esta licdo é uma continuidade da licdo anterior, que enfatizou a desobediéncia de Addo, e suas consequéncias, pecado-condenacao-morte. O assunto desta ligao é mais ‘agradavel’, pois a enfase est na graca de Cris- to, Ao lermos 2 respeito da condenacao sobre o pecado de Adao e sua descendéncia, podemos nao entender o objetivo da criacao do ser humano, se considerarmos que nao tinha como se justificar. Todavia, uma questio relevante e pouco explorada nos estudos sobre o tema é 0 fato de Deus ter retido 0 julgamento sobre a humanidade até que a base para absolvicao no julgamento fosse providenciada,a morte expiatéria de Cristo. O que torna ainda mais interessante é a iniciativa proativa de Deus de ter planejado a solugao, antes da fundacio do mundo (Ef 14:1 Pe 120: Ap 13.8; 27.8) Motive suficiente para nos mobilizarmos contra a pratica do pecedo @ sermos gratos pela misericérdia e graca de Deus. a ENT ACO EEOC CA ce Professor{a), para a aula de hoje sugerimos uma dinamica Vocé vai precisar providenciar uma cépia da tabela abaixo, mas somente a coluna a esquerda com os dados referentes a Adao. Os alunos vao preencher a segunda coluna, Para a realizacao desta atividade, reserve alguns minutos no final da aula para o preenchimento e também para que facam algumas consideracdes. O propésito é revisar o contetido aprendido, facteete Peers ADAO CRISTO. Transgressao Justica Desobediéncia Obediéncia Condenagao Justificagao Pecado Graca Morte Vida nm 1 es Romanos 5.15-21 Masnao ¢ assim odom gratuito como a ofensa: porque, se, pela ofensa de um, morreram muitos, muito mais a graca de Deus e 0 dom pela graza, que é de um sé homem, Jesus Cristo, abundou sobre muitos. 15 16 Endo foi assim o dom como aofensa, or um $6 que pecou: porque 0 juizo ‘velo de uma s6 ofensa, na verdade, para ‘condenacdo, mas o dom gratuito vaio ‘Ge muitas ofensas para justificacso. Porque, se, pela ofensa de um s6.a morte reinou por esse, muito mais os querecebem a abundancia da graca ‘edo dom da justica reinarao em vda por um 50, Jesus Cristo. 7 ea Cem erners Tianines ieee) Pete euiet ear) Cites Cle ss I-A GRACA DE CRISTO PROPOR- CIONA JUSTICA E VIDA (w.. 15-19) 1. Agraca de Cristo abundou so- bre todos os que creem (v.15). Neste momento 0 apostolo nao faz mais Lso da dicotomia entre judeus e gentios, a abordagem da histéria da reden¢ao é realizada em um escopo universal. A dicotomia agora é entre o relacionamento de dois homens: 0 primeiro ¢ 0 segundo Adao (Cristo). A parte da humanidade cue 56 JOVENS EMU ClutaeCer(oy oF Uae (Kev oto Se scons 18 Pois assim como por uma sd ofensa velo 0 juizo sobre todos os homens para condenacao, assim também por um sé ato de justica veio a graca sobre todos os hamens para justificacdo de vida, Porque, como, pela desobediénciade um s6 homem, muitos forem feitos pecadores, assim, pela obediencia ‘de um, muitos serao feitos justos. Veio, porém, a lei para que a ofen- sa abundasse: mas, onde 0 pecado abundou, suparabundou a graca 19 20 21 para que, assim como o pecado reinou na morte, tambem a graga reinasse pela justica para a vida eterna, por Jesus Cristo, nosso Senhor. PCa rete ork: aseteny Tenens hy astudar Br force Eve craea cee om Deu: se relaciona com o primeiro Adao esta debaixo da sentenca de morte por causa da desobediéncia e pecado, enquanto a outra parte tem a seguranga da vida tema por causa da obediénciae graca de Cristo, que abundou e desfez os efei- tos do pecadio. Em Cristo a humanidade renasce para uma vida plena com Ele. A graca tem muito mais a oferecer, o tempo da graca é etemo, portant. infinitamente maior do que 0 tompo da escravido no pecado e morte espiritual. Aparticipacao na morte (justificacdo) e na ressurreicao de Cristo (glorificacae’, faz-nos passar da morte para a vida. 2, O.dom gratuito da salvagao veio de muitas ofensas para justificagao (w. 16,19), O apéstolo chama 0 pecado de ‘Addo de ofensa para contrastar coma palavra “dom”. Enquanto o pecado de Adao trouxe julgamento e condenacao para muitos, a obra de Cristo na cruz foi abundante sobre muitos, aqueles que reconheceram seu sacrificio pela fa, sendo justificados. Se a condenagao daqueles que estao em Adao € certa, muito mais garantida é a vida eterna por meio da graga e do dom da salvacao para as pessoas que estado em Cristc.O contraste entre a condenacao introduzda por Adio e a justificacdo assegurada por Cristo, traz de volta o tema central de que a justificacao esta disponivel para “todos os que creem” (Rm 3.22) Como vimos a justificacao € exclusva para os que creem € nao para ‘todos’ como afirmam alguns que defendem o universalismo (salvacao para todas as pessoas, justas ou injustas). 3, Agraca de Cristo trouxe um reino de justica (wv. 17-19). Pela desobediéncia de Adao amorte passou areinar, enquan- to Cristo pela sua obediéncia trouxe um. novo reino de justica, paz e alegria no Espirito Santo (Rm 14.17). Desse modo, & inconcebivel que os que conheceram a Cristo € se dizem cristaos salvos deixem de se esforcar em beneficio do reino de Deus e pela justica, como Paulo vai enfatizar nos proximos trés capitulos (Rm 6-8). Quem pertence a Cristo deve observar sua vida de obediéncia como vemos em Filipenses 28: ‘achado na forma de homem, humithou-se é si mesmo, sendo obediente até a morte e morte de cruz" A obediéncia de Cristo a vontade revelada de Deus envolve uma vida toda, assim tambem o crente deve envolver-se no reino da justica, obedecendo a vontade revelada de Deus em sua Palavra. O Pense! “Que um tinico erro de alguém deveria ser respondido com julgamento, 6 perfeitamente compreensivel: que o actimulo do pecado e da culpa de todas as eras deveria ser respondido como livre dom de Deus, esse 0 milagre dos milegres, muito além da compreensao humana (Granfield). @ Ponto lmportante Agraca de Cristo esta disponivel a todos, mas somente as pesso- as que creem na obra de Cristo a desfrutarao, pessoas que se submetem de forma continua 4 vontade revelada de Deus. Il - AGRACA DE CRISTO (v. 20) 1, Paulo era testemunha viva de alguém que havia sido privado pela lei. A enfase muda, agora nao € mais adicotomia entre Addo e Jesus, mas a lei, © apéstolo tinha propriedade para falar sobre a privagao daqueles que estavam debaixo da lei. Certamente ele tinha em mente a rejeicdo de Jesus pelos judeus, além de o terem entre- gado aos romanos para ser crucificado E 0 proprio Paulo, quando motivado pelo rigor da lei perseguia os cristaos, pensando estar fazendo um favor para Deus. Paulo e os judeus de sua época, pela lei, afundaram no pecado. 0 que disse Jesus com relagao aos judeus ¢ seus algozes, durante sua crucificago? JOVENS 57 Foram somente palavras de perdao e misericordia “Pai, perdoa-thes, porque nao sabem o que fazem" (Le 23.34a), Para Paulo, no caminho de Damasco, Ele disse: “Saulo, Saulo, por que me persegues?" (At 9.4). A graca de Cristo superabundou pare Paulo e demais ju- deus que creram n€le. Paulo nao podia deixar de testemunhar da liberdade que ele alcangou em Cristo, 2, Paulo e seu relacionamento com 0s crentes judaizantes. Novamente © ensino apostolico entra em conflito coma doutrina de redencdo sinagogal judaica, pois paraos crentes judaizan:es © cumprimento concreto da lei consttui © homem justo diante de Deus. 0 cun- primento da lei, segundo o ensinamento judaico, garante ao judeu um tesouro paraa absolvicao no dia do julgamento. Qs judeus nao conheciam outra forma de salvagaoa nao ser pela lei, este era o cerne da doutrina judaica. 0 zelo dema- siado fazia com que eles confiassem em suas proprias obras e impedia que eles aleancassem a justificagao para quala lei aponta Os judeus deveriam ter deixado de procurar estabelecer a sua prépria Justiga pela pratica da tei porque por ela ninguém sera justificado, visto que todos, judeus e gentios, esto debaxo do pecado. Paulo, mesmo nao havendo consenso pteno, jamais rampeu com os apéstolos judeu-cristaos. Contudo, o apdstolo entendeu seu chamado espe- cial, evangelizar aos gentios, conhecidos como “os sem le’, mas justificados por meio de Cristo Jesus 3, Olegalismo na Igreja de Cristo.O contetido histérico-redentor da doutrna de Paulo demonstra que a unica bese paraa justificacdo 6a morte e ressurrei- 80 de Cristo, sendo que Jesus ¢ 0 fim 58 JOVENS da lei para justificacdo de todo aquele que cré (Rm 10.2), Com isso, possivel compreender nossa insuficiéncia, culpa e dependencia da graca de Deus. O problema do legalismo nao é somente algo do jucleu, mas esta presente como uma tentagdo para os cristaos também. E comum hoje encontrar crentes legalistas que nao se dao conta da incoeréncia de suas posigdes, oles afirmam confiar em Cristo como Salvador, mas sentem que precisam fazer algo para merecera sua salvagao. Pastores se debatem contra o legalismo de suas ovelhas. Problemas de depressao espiritual tém, por vezes, como raiz uma apreensao defeituosa distorcida da justificagao pela fe. Ademais, na evangelizacao do povo brasileiro é imprescindivel focalizar que Cristo poe fim a tendéncia humana de pensar que se pode ‘comprar’ com obras a eterna salvagao. oO Pense! Pela pecado de Adao veio a lei para demonstrar a incapacidade de o ser hurnano se salvar. @ Ponto importante Oapédstolo Paulo havia “bebido" do exclusivismo da lei judaica, mas uma vez experimentado 2 graca de Cristo e liberto, dedica prati- camente todo 0 periodo de seu ministério para pacientemente esclarecer os cristaos judaizantes que a salvacao ocorre por meio da fe em Cristo gratuitamente. Ill - A GRACA DE CRISTO REI- NA PELA JUSTICA PARA A VIDA ETERNA (v. 22) 1. Deus fazustica. A base para absol- vigao no julgamento divino é a morte de Cristo e, antes da primeira vinda de Jesus, Deus fazendo justi¢a, nao havia dado o castigo devido pelos pecados de todas as geragGes anteriores. Portanto, reteve ‘seu julgamento e fez de Cristo o meiode Propiciacdo mediante sua morte. apés ter ajuntado os pecados do mundo e langado sobre Cristo. Na morte de Cristo Deus demonstra 0 julgamento justo ena sua ressurreicao a prova de sua justiga Conforme ja visto. a ideia legal de um ambiente forense é demonstrada no fato de Cristo ter sofrido a morte de cruzem nosso lugar, Ele que sem pecado, foi feito pecado por nds, para que nEle fossemos feltos justica de Deus Aqueles que estao em Cristo, pela fé, sao absolvidos no julgamento de Deus. 2. Aabsolvicao pela fé em Cristo. Cristo realizou aquilo que ¢ impossivel aos homens, para obter-Ihes a ustica, a qual ele thes oferece gratuitamente pala fé. a parte das obras da lei. Os judeus deveriam, partanto, ter compreendido ue Cristo, para aquele que cré, poe um fim a esta maneira errénea de buscer a justiga pelas obras da lei, Conforme ja parcialmente mencionado, Paulo nao esta afirmando que a lei foi abolida, ele esta tratando a partir da perspectiva da experiéncia dos crentes, do problema do legalismo dos judeus: Cristo, para © crente, é 0 fim do legalismo. A graca de Deus € dada sem lei, ou seja, é uma experiéncia caracterizada pela alegria que causa, pois nao exige de quem recebe nenhum pressuposto ou preparo. simplesmente @ um puro presente que jorra de Deus sobre sua criagdo humana. Uma vez justificado, basta ao crente manter sua fé obediente em Cristo para ter uma vida eterna com Deus, ndo descuidando de sua salvagio. seu bem mais precioso. 0 Pense! Jovem, que vida vocé tem escolhido? A vida da desobedi- éncia 4 vontade de Deus. como 0 exemplo de Addo, ou a vida de obediéncia, como o exemplo de Cristo? o Ponto Importante O fruto da desobediéncia humana 56 pode desfrutar do complexo gerado a partir de Adio: pecado- condenacao-morte Mas todas as pessoas que seguirem o exemplo de obediéncia de Jesus desfruta- rao da salvacdo completa: justiga- justificacdo-vida eterna. ‘Aunica base para a justificacao é a morte e ressurreicao de Cristo, sendo que Jesus ¢ 0 fim da lei para justifica¢do de todo aquele que cré (Rm 10.4), JOVENS 59 SuBSiDIO1 “Ll Jesus 0 segundo Adao, o fundador de uma nova raga de ho- mens e mulheres nos quais a vida foi restaurada. Ao estabelecer novo rels- cionamento, através de Jesus Cristo, 0 Filho de Deus, nos afastamos do reino do pecado para o reino da justicae da vida, onde reina a graga. Somos final- mente capazes de nos tomar aquele que, segundo a intencao de Deus, a humanidade sempre teria sido. Aplicacao E dificil entender a razao exata por que ou como tudo isso & verdade. No entanto, nao podemos duvidar que 0 pecado de Addo cai sou uma grande mutacao em nossa raga. e se tornou a fonte inesgotavel do pecado e do sofrimento. 0 pecado de Adao mudou seu relacionamento com Deus, ¢ também modelou nassa inata atitude em relacao ao Senhor. No final, ‘pecado' e ‘morte’, e tam- bem ‘vida’ e ‘justica’ sao todos termos relacionais, pois seu significado mais profundo reflete a verdade sobre a natureza de nosso relacionamento com Deus. Nao € somente o que fazemos que nos transforma em pecadores; @ 0 fato de estarmos alienados de Deus. Nao é 0 que fazemos que nos salva, pois o que pode salvar ¢ 0 relacionamento com Ele. E no eva gelho, através de Jesus Cristo, isto se tornou agora disponivel a todos nés" (RICHARDS, Lawrence 0. Comentario Histérico-Cultural do Novo Testa- mento. 1,¢d, Rio de Janeiro: CPAD, 2014, p. 300, 60JOVENS suBsiDio 2 “Graga O conceito de graga ¢ multiforme @ sujeito a desdobramentos nas Es- crituras Sagradas. No AT, hen, favor, 6 0 favor imerecido de um superior aum subalterno. No caso de Deus e do homem, hen é demonstrado por meio de béngdos temporais, embora tambem o seja por meio de bencaos espirituais e livramentos, tanto no sentido fisico quanto no espiritual Ur 31.2; Ex 3319) Hesed, benevoléncia, & a firme benevoléncia expressa entre @s pessoas que estao relacionadas, particularmente em aliancas nas quis Deus entrou com seu novo povo @ nas quais sua hesed foi firmemente garantida (2 Sm 715) Na literatura grega a palavra charis tinha os seguintes significados: (a) Era usada para aquilo que causava atracao, tal como a graca na aparéncia ou na fala. (2) Era usada quanto a um favor. Mas foi somente com a vinda de Cristo que a graca assumiu seu sig- nificado pleno. O seu auto-sactificio é a graca propriamente dita (2 Co 8.9). Essa graca absolutamente gratuita. Quando recebida pelo crente. ela governa sua vida espiritual compon- do favor sobre favor. Ela capacita, fortalece e controla todas as fases da vida, Consequentemente, o cristao da gracas (charis) a Deus pela riquezas da graca em seu dom inefavel (2 Co 915)" (Dicionario Biblico Wycliffe. 1,04 Rio de Janeiro: CPAD, 2009, p. 876) ~ Pe iy ESTANTE DO PROFESSOR RICHARDS, Lawrence ©. Comentario Histérico-Cultural do Novo Testamento. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2014. RICHARDS, Lawrence O. Guia do leitor da Biblia: Uma analise de Gén Apocalipse Capitulo por Capitulo, 1ed, Rio de Janeiro: CPAD, 2012. CONCLUSAO Nesta licdo. estudamos a relacio tipoldgica entre Adao e Cristo (segundo Adao) ¢ foi possivel constatar o que eles trazem de similar € 0 fato de ter 0 ato de cada um, deso- bediéncia e obediéncia, respectivamente, implicado em consequéncias para os grupos que pertencem a eles, morte eterna separada de Deus ou vida eterna com Deus. HORA DA REVISAO. 1. Por que 0 apostolo chama 0 pecado de Adao de “ofensa’? apostolo chamao pecado de Adéo de ofensa para contrastar com a palavra dom 2.0 que defende o universalismo? © universalismo defende que no julgamento final todas as pessoas serdo salvas, independente de terem sido justas ou nao durante sua vida terrena 3.0 que Jesus disse durante sua crucificac3o com a respeito dos jucleus e seus algozes? Jesus disse somente palavras de perdo misericérdia: "Pai, perdoa-thes, porque nao sabem o que fazem" (Lc 23.342) 4.Qualera o cerne da doutrina judaica? Acrenca de que o cumprimento da lei garante ao judeu um tesouro para a absol- vigdo no dia do julgamento, Os judeus nao conheciam outra forma de salvagao. a nao ser pela lei, este era 0 cerne da doutrina judaica 5.Explique a frase: Deus faz justia, uma vez que nao julgou o ser humano antes da morte de Cristo. A base para absolvicdo no julgamento divino é a morte de Cristo e. antes da primeira vinda de Jesus, Deus fazendo justica, nao havia dado o castigo devido pelos pecados de todas as geracées anteriores, Reteve seu julgamento e fez de Cristo © meio de propiciacao. AnotagGes ma a. MORTOS PARA O PECADO TEXTO DO DIA Saree Venter tee dos com ele pelo batismo na Patel ort Men CCaeronaaTo OLA Kel Beco leo is (oaaa ao gC! gloria do Pai, assim andemos GAC Uuslol Lam aMaehUle Cet elt vida’ (Rm 6.4). 62 JOVENS OBJETIVOS + CONSCIENTIZAR de que apés a justificacao o crente deve manter uma vida de santificacao, « SABER que apésa justificacdo 0 crente assume uma nova posicao diante de Deus; + RECONHECER que apés a justificacao o crente deve viver em novidade de vida INTERAGAO. Paulo inicia esta pericope com um questionamento: “Que diremos, pois?” Este questionamento parece ser uma forma de pressentimento de objegdes que pairavam no ar sobre a doutrina da justificagao pela Fé As vezes, ao ler a epistola, tem-sea impressio que Paulo esta sendo muito repetitive, ‘mas se olharmos atentamente chegaremos a conclusao de que ele esta solidificando pontos que sao importantes e que nao podem ficar com diividas, pois se nao for assim, os prejuizos poderiam ser grandes. ORIENTAGAO PEDAGOGICA Professur{a), para Lumentar sobre d lula Conislanilé que 0 ser humano tem entre mortificar 0 desejo da carne de pecar e fortalecer o espirito fazendo a vontade de Deus, sugerimos que utilize a ilustracao abaixo, bem conhecide € dispontvel nas redes sociais: Uma noite, um velho indio falou ao seu. neto sobre o combate que acontece dentro das pessoas, Ele disse ~ Hé uma batalha entre dois lobos que vivem dentro de todos nés. Um é Mau - E a raiva, inveja, citime, tristeza, desgosto. cobiga, arrogancia, pena de si mesmo, culpa, ressentimento, inferioridade, orguiho falso, superioridade e ego. O outro é Bom - E alegria, fraternidade, paz, esperanca, serenidade. humildade, bondade, benevoléncia, empatia, generosidade, verdade, compaixao e fé Oneto pensou nessa luta ¢ perguntou ao avé: = Qual lobo vence? O velho indio respondeu: ~ Aquele que vocé alimenta Aproveite a ilustracao para aplicar o tema desta licdo, en- fatizando que 0 cristo somente conseguird morrer para 0 pecado se deixar de alimentar as obras da carne em sua vida € alimentar sua alma, fazendo a vontade de Deus, como fez Jesus. JOVENS 63 4 ll — Romanos 6.1-8 1 Que diremos, pois? Permaneceremos no pecado, para quea graca seja mais abundante? 2 _ Demodonenhum! Nos que estamos mortos para o pecadio, como viveremos ainda nele? 3 Oundo sabeis que todos quantos fo- mos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na sua morte? 4 De sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo na morte para que. ‘como Cristo ressuscitou dos mor:os pela gloria do Pai, assim andemos nos também em novidade de vida 5 Porque, se fomnos plantacos juntamente com ele na semelhanga da sua morte, também o seremosnada sua ressurreigdo. 6 sabendo isto: que © nosso velho ho- mem foicom ele crucificado, para que ‘o.corpo do pecado seja desfeito, afim ‘de que no sirvamos mais a0 pecado. 7 Porque aquele que esta morto est justificado do pecado. 8 — Ora, se jamorremos com Cristo, cremos que tambem com ele viveremos; INTRODUCAO CCST -TaLeC ite Coot MLL cleeLs gratuitamente e CE eon eR raig justificaga Coe Tetemecaoroe re em Cr 1 - 0 JUSTIFICADO DEVE MOR- RER PARAO PECADO (wv.1-4, 6,7) 1. Ama interpretacao da justificagao pela fé (va), A doutrina da justificacao pela fé nao era tao facilde ser assimileda por alguém que viveu anos debaixo do Jugo da Lei. Imagine um judeu que viveu a vida toda sendo ensinado que a obser- vancia da Lei deveria ser rigorosa, pois era.o tinico meio para se justificar diante de Deus. Coloque-se no lugar dele. De repente, aparece umjudeu que ha pouco tempo havia se convertido para uma nova religido (cristianismo), anunciando que Deus enviouo seu Filho como ser G4JOVENS mae aCE Gas! Tn io diante de Deus, perdo: SUSE Rt ots Seer Cee weet Or ttt pete ecer rate) Mice! humano, permitindo que Ele morresse em uma cruz, levando a maldic30 de toda ahumanidade sobre si e oferecenco 0 perdao gratuito @ todas as pessoas que © reconheca como Deus. Praticamente tudo o que ele havia aprendido e tentado praticar 6 colocado por terra, Considere, entdo, ele aceitanco esta pregacao do Evangelho, Alguns conversos ao cristia- nismo, considerando a ‘facilidade' da vida na graga. continuavam ou acham que poderiam continuar na pratica do pecado, confiando no perdio imerecico de Deus. 2. Adverténcia contra 0 abuso da graga (v2). O comportamento libertine apontado no topico é a preocupacao do apéstolo: “Que diremos, pois? Per- maneceremos no pecado, para que a graca seja mais abundante?"(v.v. Este problema nao é exclusivo da época da Igteja Primitiva, ainda hoje alguns cristaos interpretam equivocadamente a acao da graca de Cristo. Estes afirmam que uma vez justificados pela fé em Cristo, justificados para sempre. Para eles, a vida que a pessoa teva nao interferira mais em sua salvacdo, pois Deus nao retiraria 0 dom da salvaco jd dado ao crente. Paulo é incisivo em sua resposta: “De modo nenhum! (Vv. 2). O fato de ser justificado gratuitamente nao da o direito de abusar da graca de Cristo (Gl 5.1.2), contratiamente, devemos sercada vez mais grato pela sua graciosidade ese espelhar no seu exemplo de vida A liberdade que Cristo nos da nao é para fazermos 0 que quisermos, mas para viver uma vida genuinamente crista, 3. Justificados e mortos para o pe- cado. Conforme ja visto anteriormerte, ocrente em Cristo € declarado justo no tribunal de Deus, mas ao mesmo tem- po ovelho homem morre legalmente, ctucificado com Cristo, e ressurge como uma nova vida em sua ressurreicao. (2 Co 5.17), Na morte de Cristo Deus demonstra o julgamento justo e na sua ressurrei¢ao prova sua justica. Alguns tedlogos defendem que o crente more @ fessurge no batismo nas aguas, como um sacramento obrigatério para salva- cao, entretanto o crente € crucifcado e morto na justificacao (v7). O batis- mo nas aguas é um ato pubblico para atender uma ordenanga que formaliza simbolicamente 0 que ja ocorreu, seu sepultamento (Cl 2.12) Entretanto, aqui nao se trata especificamente da obra do Espirito Santo (1 Co 12.13; GL3.27), 0 salvo nao pode mais servir ao pecado, pois a morte do escravo 0 liberta de sua escravidao (v. 6) o Pensel O fato de estarmos justificados pela graca de Cristo. nao nos da 0 direito de abusarmos da liberda- de em Cristo, mas sim seguirmos oexemplo de vida de Jesus. @ Ponto Importante Oapéstolo Paulo parece ser repetitivo no ensino sobre a doutrina da justificagao pela Fé, entretanto, 0 que pode ser per- cebido € a dedicacao do apostolo para nao deixar brecha para mas interpretacées ou abusos dos crentes. Il - MORTOS PARA O PECADO. (wv. 3-11) 1, Conhecendo a nova posicao em Cristo (wv. 3, 5-7, 9). 0 batismo nas aguas jacitado, é uma bela representacao da nova posi¢ao do salvo em Cristo (v3). morto para 0 pecado Idebaixo da agua) justificado e reconciliado com Deus (ao sair da Agua). O crente justificado sendo sepultado pela morte para o pecado e surgindo para uma nova vida em Cristo. uma nova disposicao na relagao com Deus. Esta nova posi¢ao assegura a vida eterna com Deus, mas também exige uma aproximacao com a vida de obediéncia de Cristo, ndo priorizando a si mesmo e seus desejos, mas o bem da coletividade, o Reino de Deus. Uma nova identidade, nao mais relacionada a0 primeiro Ado, mas da descendéncia de Cristo, o segundo Adao, e membro de sua familia. Esta nova vida, nao significa que o crente nunca mais ira pecar, mas JOVENS 65 que nao vivera na pratica do pecado, como seu escravo, Portanto, uma vez justificados (instantaneamentel, sigamos a santificacao (processo continuo) durante toda a vida ou até 0 arrebatamento da Igreja 2. Vivificados em Cristo (vv.6-12). A nova vida com Cristo € uma vida separada e de intimidade, vivida com o propésito de nunca mais morrer espiritualmerte. Identificados com a morte de Cristo, da mesma forma que Ele sofreu pelo evangelho, o salvo também passara por afligdes (Jo 16.33). Todavia, acima de tudo, tambem identificados com sua ressurreicdo (v.5-7), em que teve a vitoria decisiva sobre o pecado e retorna com © corpo glorificado de igual mode ga- rante ao salvo a transformacao do corpo corruptivel em um corpo incorrupti como ode Cristo (1 Co 15.54;1 Ts 446-28). Mas a promessa nao € somente para o futuro, o presente tambem € contempla- do, pois a nova vida nao é conquistada pela prépria fora, mas pela graca de Cristo que sustenta 0 fiel, ate 0 ponto de suportar as diversas adversidades (Rm. 8.35). Como instrui a palavra do apéstolo para Timéteo, quando este se achava so no ministério: ‘fortifica-te na graga que ha em Cristo Jesus" (2 Tm 21) 3. Embaixadores de Cristo na Terra. Cristo cumpriu sua missao e retornou ao Pai, porém, como Igreja nao nos retirou do mundo (Jo 17}, mas deixou- nos para representar-the, anunciando seu evangelho, Morto e vivificado com Cristo, o cristao vive agora guiado pelo Espirito Santo, como embaixador de Cristo, conforme Paulo afirma a igreja de Corinto; “isto €, Deus estava em Cristo reconcilianclo consigo o mundo. nao thes imputandlo os seus pecades, e pos em 6B JOVENS nésa palavia da reconciliacao, De sorte que somos embaixadores da parte de Cristo, como se Deus por nés rogasse. Rogamos-vos, pois, da parte de Cristo que vos reconcilieis com Deus" (2 Co 519.20). Quem era condenado e sem esperanca, passa a ser embaixador de Deus, anunciando 0 poder do Evange- tho, revelacdo da justica de Deus que transforma o ser humano e o prepara para a vida eterna @ Pensel Vocé tem sido grato pela sua nova posicao diante de Deus? oO Ponto Importante Obatismo éa formalizacao puibli- ca que simboliza 0 sepultamento do crente. que ja morreu para o pecado em sua justificacao. lll - MORTO PARA O PECADO E EM NOVIDADE DE VIDA (wv. 12-14). 3. Quem reina na nova vida nao @ mais 0 pecado (v.12). 0 cristo ao receber a nova natureza durante o proceso da justificacao nao aceita mais 0 reinado do pecado, nao sente mais prazet em se submeter aos seus proprios desejos, mas sua consciéncia @ orientada pelo Espirito Santo que o convence do pecado, da justica e do Juizo Uo 168-11). Na época do apéstolo, se dizer cristao era risco de morte e de, no minimo, preconceito, Atualmente, tem se tornado em determinados meios até “chique'’ se dizer evangelico ou “gospel! Algumas pessoas tém se infiltrado na comunidade evangélica, se dizendo convertidas, mas com propesito de explorar as ovelhas do aprisco de Jesus. Fazem toda a pose teatral nas igrejas mas fora delas continuam com amesma vida de antes, No entanto, a orientacao biblica é que, uma vez justificado. 0 crente deve andar em novidade de vida, embora ainda com 0 corpo de pecado e morte (Rm 6.11, 724). 2. Libertando os membros do cor- po do dominio do pecado (wv. 13,14a). A intimidade com Cristo leva a uma mudanca de mentalidade. em que as coisas que agradam a Deus so as que passam @ orientar a vontade e as atf:u- des do crente. No nosso corpo fisico, 0s membros atendem os comandos do cerebro (mente). No sentido espiritual nao é diferente, pois uma vez tendo a mente de Cristo conduz-nos por completo a vontade de Deus. A pessoa que tem a mente de Cristo discerne as coisas espirituais, mesmo no mundo material e usa os membros do corpo a servico da justica (2 Co 2:14.15). 0 “velho homem’ tinha uma mente insubmissa a0 Espirito Santo e entregue ao dominio do pecado, ras v salvo subimele sua mente ao controle do Espirito Santo, assim a paz de Deus, que excede todo entendimento, guarda seu coragao e seus sentimentos (Fp 4.6-7) e. conse- quentemente, conduz seus membros para pratica da justica. o Pensel Quem esta reinando em sua vida? Ao analisar as caracteristicas de quem vive uma vida vitoriosa debaixo da graga, vocé consegue se incluir nesta forma de vida? @ Ponto Importante A mente do crente justificado é renovada e dirigida pela intuico do Espirito, que passa a conduzir a emogio, a vontade e os mem- bros do seu corpo fisico para a pitica da justica suBSIDI Romanos 6 “Wa2. 0 apostolo é muitocompleto ao enfatizar a necessidade da santidade. Nao a elimina ao expor a livre graca do Evangelho. mas mostra que a conexao entre justificacao e a santidade é inse- paravel.O pensamento de continuarem pecado para que a graca abunde, deve seraborrecido. Os crentes verdadeiros ‘so mortos para 0 pecado, portanto. nao devem segui-lo. Ninguém pode estar vivo e morto ao mesmo tempo. Néscio € quem, desejando estar morto para © pecadio pensa que pode viver nele. ‘Vv. 3-10. O batismo ensina a ne- cessidade de morrer para o pecado.e viver em relacao a toda obra impiae iniqua como se tivesse sido sepultado, © ressuscitar para andar com Deus em uma nova vida. Os professos impios podem ter 0 sinal exterior de uma morte para 0 pecado e de um novo nascimento para a justica, mas nunca sairam da familia de Satanas para a familia de Deus. Anatureza cortupta, chamada ve- lho homem, porque derivou de Addo, © nosso primeiro pai, em todo crente verdadeiro esta crucificada com Cris- to, pela graga derivada da cruz. Esta enfraquecida e em estado moribundo, mesmo que ainda lute pela vida, e até pela vitoria. Porém, todo 0 corpo do pecado, seja o que for que nao con- corde com a santa lei de Deus, deve ser abandonado para que o crente nao seja mais escravo do pecado, mas viva para Deus e encontre ategria em seu servico" (HENRY, Matthew. Comentario Biblico de Matthew Henry 1.¢d Rio de Janeiro: CPAD, 2002, p. 931). JOVENS 67 ESTANTE DO PROFESSOR HENRY, Matthew. Comentario Biblico de Matthew Henry. Led. Rio de Janeiro: CPAD, 2002. CONCLUSAO Nesta ligo, aprendemos que 0 apéstolo tinha uma preocupagao que o incomodava: a possibilidade de ma interpretacao da doutrina da justificacao pela fé e a pratica da libertinagem. Por isso, refora a necessidade da santidade. HORA DA REVISAO 1, Quala preocupacdo do apéstolo quanto a ma interpretacio sobre a doutrina da Justificacdo pela fé expressada em Romanos 61.2? ‘A preocupacao do apéstolo é que as pessoas, em especial os judeu-cristaos, pudessem entender que a “facilidade" da justificacao pela fé. sem obras, liberasse © crente para pecar, confiante no perdao gratuito de Deus. 2. Anova posigao do crente justificado significa que ele ndo mais pecara? Explique:A. nova posicao do crente justificado diante de Deus nao significa que o crente nunca mais iré pecar, mas que nao vivera na pratica do pecado, como seu escravo. 3.Qualo texto biblico em que Paulo afirma que somos embaixadores de Cristo? Paulo afirma que somos embaixadores de Cristo em 2 Corintios 5.20: “isto 6, Deus estava em Cristo recancitianda consiga 6 mundo, naa thes imputanco os seus pecados, e pds em nés a palavra da reconciliacdo. De sorte que somos embai- xadores da parte de Cristo. como se Deus por nds rogasse, Rogamos-vos. pois. da parte de Cristo que vos reconetieis com Deus" 4,De acordo coma l¢ao, 0 que acontece quando uma pessoa tem a mente de Cristo? A pessoa que tem a mente de Cristo, permite que 0 Espirito Santo conduza sua emocao, sua vontade e os membros do corpo fisico. A pessoa disceme as coisas espirituais, mesmo no mundo material e usa os membros do corpo a servigo da justiga (2 Co 214-15) 5.Quala orientacao dada na li¢ao para as pessoas que querem viver uma vida vitoriosa debaixo da graga de Cristo? Quem quer viver uma vida vitoriosa debaixo da graga de Cristo precisa aprender a primar por um bom testemunho (Cl4.5), seguir a paz com todos, santificacao e sem raiz de amargura (Hb 12.14-15), perdoar (Ef 4.32). amar com amor fraternal € dar honra aes outros (Rm 12.10), dentro outras atitudles incentivadas pola Biblia. Anotagées \ LICAO 10 06/03/2016 OJOVEMEA_ CONSAGRACAO TEXTO DO DIA SCC a eee) compaixao de Deus, que Fret CEM Re celcolssloctact sacrificio vivo, santo e agra- davel a Deus, que é 0 vosso culto racional’ (Rm 12.1). JOVENS 69 OBJETIVOS + EXPLICAR a necessidade do cuidado com o corpo para a consagracio a Deus; - DESCREVER a importancia da renovacao da mente para o crente nao ser moldado peto padrao do mundo. INTI 0. Carola) professor(a) de forma geral em nossas igrejas, quando se ove algum comentario a respeito do texto biblico de Romanos 1212, énfase é dada para aliturgia do culto, destacando oculto onde ha bastante movimento com o culto mais racionel e inte Lectual. Nesta licao tremos perceber que o ensino de Paulo vat além, desmistificando a cultura do Antigo Testamento de que 0 tinico Local para oferecer 0 culto a Deus é no Templo. Paulo esclarece que 0 culto deve ser espiritual e oferecida em todo ‘momento e envolve todas as dreas do ser humane. Portanto, © nosso culto de domingo comeca logo apés o seu encerra- ‘mento, ou seja, nao tem fim. Devemos estar constantemente oferecendo-nos como culto espiritual a Deus, assim poderemos verdadeiramente experimentar qual é a boa, agradavel e perfeita vontade de Dous. RIENTACAO PEDAGO\ Professorfal.a liga de hoje abre espaco para que vocé trabalhe algumas questdes pouco comentadas e ensinadas em nosso meio, mas que sao fundamentais para a vida crista bem-su- cedida. O primeiro tema é a respeito da mordomia do corpo (primeiro tépico), subtépico 3, a consagracéo do corpoa Deus. Em geral os crentes nao recebem orientagdes a respeito da necessidade de termos uma alimentagao saudavel e dos cui- dados que devemos ter com a nossa satide. Infelizmente, nas cantinas e comemoracaes de nossas igrejas. geralmente nao ha muitas opedes eaudaveis, como por exemple, frutas e sucos naturais. A falta de cuidado com 0 corpo tem consequéncias terriveis, Os problemas de satide impedem que as pessoas trabalhem em prol do Reino de Deus. Outro tema importante € com respeito a identificacdo da vontade de Deus. Muita vezes, 0 fazer a vontade divina esté cercado de misticismo. prejudicando muitos crentes TEXTO BIBLICO Romanos 12.1.2 1 Rogo-vos, pois, rmios, pola compaixio ‘de Deus, que apresenteis o voss0 corpo 2 Eraovos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovacao dovosso entendimento, para que ex- em sacrifcio vivo, santo e agradlavela pperimentcis qual seja abboa, agradavel Deus, que €0 vosso culto racional. © perieita voniade de Deus. COMENTARIO INTRODUGAO Pao Lcoaet Meo teieewerareolat ya Pema ote (Reet SAME MECC RRs Laa 1- ACONSAGRACAO DO CULTO RACIONAL 1. Consagrando 0 corpo como sa- ctificio vivo, No Antigo Testamente, a liturgia tinha como uma das praticas principais 0 sacrificio de animais. Estes rituais serviram para apontar para Cristo @ encobrir os pecados, mas nao eram eficazes para remové-los (Hb 103 4). As pessoas justificadas passam a ter acesso ao sacrificio Unico e perfeito realizado por meio de Cristo, porém, isso no elimina liturgia e a consagracao a Deus, pelo contrario, exige-se uma consagracao auténtica e nao simples- mente algo mecanico e repetitive. Paulo esclarece como entrar em comunhao com Deus, uma vez que os antigos rituais nao eram mais necessarios. culto agora deveria ser realmente es- piritual, onde o adorador entrega sua propria vida, seguindo 0 exemplo de Jesus, 0 corpo do crente passa a sero lugar de encontro e da comunhao, lugar privilegiado na adoracao. o templo do Espirito Santo (1 Co 316; 6.19). 2. Consagrando 0 corpo em san- tidade. 0 apéstolo orienta o crente a oferecer 0 corpo como sacrificio vivo. mas ele acrescenta que deve ser um corpo santo, No AT a santidade era preocupacao dos sacerdotes. O povo era responsavel por levar 0 sacrificio lo, mas era o sacerdote que 0 oferecia, ele que deveria tomar as precaugées previstas na lei mosaica, tanto para quem oferecia como para osacrificio em si (Ex 26.1-4; Lv 4.3; 21; 23.12: Hb 87.8). Devido 4 sua limitacao, © sacrificio deveria ser repetido varias vezes (Hb 10.3), Na nova alianga, o crente nao precisa mals de intermediario, pols cada crente possui um sacerdécio santo para oferecer 0 sacrificio espiritual e agradavel a Deus (1 Pe 25). crente passa a adorar a Deus por meio de seu proprio corpo, de forma integral (corpo @ alma), Oferecer um corpo santo ¢ ofe- a ser ofere JOVENSTI recer corpo e alma de forma exclusiva (separada) para Deus, 0 culto espiritual 3. Consagrando 0 corpo de forma agradavel a Deus. Deus se interessa pelo interior das pessoas, onde esta overdadeiro eu, mas & inegavel que o interior reflete no exterior. Desse modo, como devemos cuidar do templo do Espirito Santo? Esta lico é um bom momento para refletirmos sobre.a mordomia do corpo. para que possamos consagra-loa Deus de forma agradavel. Dentre varios cui- dados. pode ser citada a alimentacao saudavel (Pv 23.2; Gl 5.22.23). Alguns crentes levam uma vida desregrada e quando as consequéncias deflagram no corpo eles correm para Deus, como se Ele tivesse obrigacao de curar. No entanto, devemos oferecer 0 melhor ao nosso Corpo para que estejamos prontos para o servico do Mestre. Isso € agradavela Deus. O Pense! “Cristianismo nao 6 apenas ir 4 igreja aos damingos. E viver 24 horas por dia com Jesus Cristo” (Billy Graham) oO Ponto Importante Ocrente na nova alianca nao precisa mais oferecer sacrificios de animais, mas deve apresentar seu corpo como sacrificio vivo, seguindo 0 exemplo de Cristo. II- ARENOVACAO DA MENTE (va) 1. Amente renovada nao se acomeda ao padrao estabelecido pelo sistema dominante do mundo (v. 2). A cultura tem um poder expressivo na formacao da cosmovisdo € no comportamento das pessoas. O sistema dominante do mundo, que segundo a Biblia ‘jazno maligno" (a T2JOVENS Jo 51g), tem seus meios para manter sua ideologia e controle sobre o comporta- mento das pessoas A educacao.a midia, atelevisdo, os jornais, entre outros meios: de comunicagao tornaram-se ferramen- tas eficazes para moldaro pensamento dominante de acordo com os interesses do poder dominante. Por isso, o crente deve estar atento, conhecendoa Biblia @ mantendo uma vida de comunhao com Deus para Ser influenciado pelas coisas que sao de cima Uo 3) endo pelas foreas que dominam 0 mundo secular, sem Deus, Os jovens pela sua rede de relacionamentos estéo mais expostos aesta influéncia, dessa forma precisam ser fortes para influenciar @ nao serem inftuenciados. 2, Amente renovada pelo Espirito Santo (v, 2), $6 0 Espirito Santo por meio da Palavra é capaz de renovar a nossa mente, mas esse processo n3o acontece de forma passiva. © Espirito Santo nos auxilia. mas Nos temos de querer e buscar uma mente renovada permanentemente, Antes do Evange- tho, a mente da pessoa é alimentada pela sua natureza pecaminosa, mas depois do Evangetho, sua mente deve se ocupar das coisas de Deus (Fp 48), pois recebe 0 poder de discernir as coisas espirituais (1 Co 2.14-16). As maiores batalhas espirituais acontecem no campo da mente. O Espirito Santo orienta o ser humano sobre a vontade de Deus. A diferenga € que a pessoa que ainda nao se rendeu a Deus nao da ouvides ao Espirito Santo e procura agir de acordo com sua vontade, buscando ter vantagem em tudo. Jesus disse que onde estiver 0 tesouro do ser humano ai estara tambem 0 seu coracao e sua mente (Mt 6.21-24) 3, Amente renovada transforma o modo de vida (v. 2). Enquanto as pes- soas sem Deus vive de acordo com © padrao estabelecido pelo mundo, os crentes devem viver uma vida de forma que tudo 0 que fizerem seja para a gléria de Deus {1 Co 10.32). 0 que se espera de uma pessoa que teve um encontro com Cristo € que viva de maneira dina, (para nao ser oprimide pela sua propria consciéncia), € que seja irrepreensi- vel. Essa recomendacao nao € para o crente se excluir do mundo, rejeitar os amigos, se isolar dos relacionamentos, mas mudar a conduta, demonstrando © impacto do Evangelho em sva vida Apesar da natureza corrompida e de viver em um mundo que ‘jaz no ma- ligno’, 0 crente precisa ter uma vida consagrada a Deus. A maneira como vemos o mundi como agimos (Pv 237), por isso deverios seguir a vida no Espirito, a fim de que lenhamos “forga, arnor e moderagao' (2 ‘Tm 17), sendo fiela Deus independente das circunstancias (Fp 411-13), © Pense! °O que mais precisamos hoje em dia nao é de mais Cristianismo, e sim de mais cristaos verdadei- ros" (Billy Graham). terfere na maneira o Ponto Importante Ocrente nao deve amoldar-se 20 mundo, O Espirito Santo nos aunilia, mas nés temos de querere buscar uma mente renovada permanentemente. suBsiDIO 1 “Uma coisa é crer na mensagem do Cristianisme, outra coisa € ser um cristao. Uma coisa € crer que Jesus € 0 Filho de Deus, que morreu e res- suscitou ao terceiro dia; outra coisa é fazer dEle o Senhor da sua vida Uma coisa é citar passagens biblicas; outra coisa € viver de acordo coma Palavra de Deus. ..J Jesus espera que 0s seus seguidores déem muito fruto, Para darem frutos, os ramos (cristaos) dever estar ligados a videira Uesus). [.,1 Para vivermos uma vida justa e consistente, precisamos exeminar de continuo 0s nossos coragées. Quando © NOSSO Coragao OU a Nossa mente estado envolvidos com pensamentos pecaminosos, estes podem facilmente transformar-se em desejo ardente. Uma vez que estamos emocional- mente envolvidos, em geral agimos de acordo com os nossos pensamentos. E em nosso coracdo ou mente quea batalha é travada. Precisamos bus- cara Deus de todo 0 nosso coragao. Quando agimos dessa forma, o Espirito Santo nos lembra do que precisamos fazer para vivermos uma vida que seja agradavel ao Senhor’ (TRASK, Thomas E; GOODALL, Waide |. Um retorno a Vida Santificada: De volta para a Palavra, um chamado @ autoridade da Biblia. 1.ed, Rio de Janeiro: CPAD, 2001, pp. 187-205). JOVENST3 ‘SuBSID| 102 'Roge-vos, pois, irmaos'é um apelo sentido © desejoso de alguma coisa. Depois de Paulo haver apresentado 0s pontos doutrinarios acerca da sal- vacao para gentios e judeus, agora se preocupa em exortara igraja quanto aos deveres cristéos. A expressio ‘rogo-vos, pois irmaos' € um convite especial, em vista de tudo 0 que Deus capaz de fazer por seu povo. ‘pela paixdo de Deus’ Este trecho @, em outtras verses, traduzidos por ‘misericérdia’, A salvagao @ baseada nessa misericordia de um Deus gran- dioso e justo, cuja a¢ao mediadora, na vida do crente, possibilitou a nossa salvacao. E. por ela e por causa dela. que Paulo apela: '..que apresenteis vossos corpos' 12.1. que apresenteis vossos cor- posem sacrificio vivo, santo e agrada- vela Deus’. Que podemos entender por ‘apresentar vossos corpos’? E através do corpo e dos seus membros que a nossa natureza interior se manifesta. © apelo de Paulo ¢ um apelo a con- sagra¢ao. O ato de consagrar alguma coisa implica em dedicar e separar essa coisa. Oferecer os nossos corpos em sa- crificiovivo implica em reconhecer que Deus esta pronto a abencoar. Porem, quando 0 apelo vem com ‘apresenteis’ indica 0 que o crente pode fazer para cumprir e fazer 0 que Deus quer que faca. A consagra¢aio envolve dois atos: ode Deus e 0 nosso. 0 nosso ato é apresentar-rios, 0 de Deus € Lornet nos aptos para por em pratica a sua vontade" (CABRAL. Elienai Romanos: © Evangelho da Justica. 8.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, pp. 134,135). TAJOVENS suBsiDIO 3 “12.2... 'sacrificio vivo. Nao significa um secrificio fisico literal, mas espiri- tual, No AT os sacrificios eram literais. No NT, a ordem dos sacrificios coti- nua, mas dentro de uma pespectiva espiritual. "121 ... que 6 0 vosso culto racional’ Isto € nossos atos e servicos a Deus devem ser feitos conscientemente, A palavra culto aparece no original grego latreio que significa servico. O termo ‘racional’ é © mesmo que razoavel. inteligente, isto é, que saiba o que esta fazendo, para que ¢ como fazer esse culto, Nao significa que devamos cultuar a Deus dirigidos pela nossa mente, mas devemos dispor a nossa mente para que 0 Espirito Santo dirija © oriente 0 nosso culto a Deus. “12.2 endo vos conformeis com este mundo’. A que se refere? A pala- vra mundo no grego € kosmos, que significa: ordem de coisas: sistema A palavra século no grego é aion e significa‘o pensamento predominante da epoca. Os dois termos ‘mundo’ e “seéculo' estao intertigados nos signi- cados. Porém, 0 conselho de Paulo: 'E nao vos conformeis com este mundo! significa nao entrar na forma do mundo, mas na forma de Deus. A forma do mundo € o sistema espiritual satanico que domina o mundo das criaturas humanas" (CABRAL, Elienai, Romanos: 0 Evangetho da Justica. 8.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p. 135). ESTANTE DO PROFESSOR GABY, Wagner Tadeu dos Santos. As deengas do Século.1.ed. Rio de Janeira CPAD, 2008, TRASK, Thomas E.; GOODALL, Waide |, Um retorno a Vida Santificada. In, De volta para a Palavra’ Um chamado a autoridade da Biblia.1ed. Rio de Janeiro CPAD, 2001, P. 187-205. CONCLUSAO Nesta lico nos aprendemos que atual mente muitas pessoas ainda tém o templo como © local mais importante de adoraco (cultura do AT), mas Paulo derruba esse conceito € diz que o culto espiritual que agrada a Deus é continuo na vida do crente. A renovacao da mente vem com a conversio, mas como um processo, uma uta constante contra a natureza decaida do ser humano. O crente precisa fazer uma entrega completa para ser trabathado pelo Espirito Santo (Rm 81-4) HORA DA REVISAO 2. Ajustificacao pela fé elimina a necessidade de consagracao? Explique. N4o. Os justificados passam a ter acesso ao sacrificio unico e perfeito realizado por meio de Cristo, porém isso nao elimina a liturgia e a consagracdo a Deus. pelo contrario, exige-se uma consagra¢do auténtica ¢ nao simplesmente algo mecanico e repetitivo. 2. Segundo a licdo, qual foi funcao dos sacrificios do Antigo Testamento? Os sacrificios do AT serviram para apontar para Cristo e encobrit os pecados, mas nao eram eficazes para remové-les (Hb 103-4). 3.Segundb a licdo, oque se espera de uma pessoa que teve um encontro com Cristo? © que se espera de uma pessoa que teve um encontro cam Cristo ¢ que viva de maneira digna, para nao ser oprimido pela sua propria consciéncia, ser irepreensivel. 4,Uma pessoa justificada tem sua mente renovada automaticamente e de forma permanente? Explique. S60 Espirito Santo por meio da Palavra é capaz de renovar a nossa mente, mas esse proceso nao acontece de forma passiva. O Espirito Santo nos auxilia, mas nos temos que querer e buscar ter uma mente renovada permanentemente. 5.0 crente tem como discernir 0 que é agradavela Deus? Qual a base biblica? Sim. A Biblia nos exorta a aprender como discemiro que ¢ agradavel a Deus em Efésios 5.10. Anotagdes ~ - —___ FE ae LIGAO ik 13/03/2016 ‘2s OJOVEMEA COMUNIDADE TEXTO DO DIA 16 JOVENS AGENDA DE LEITURA SEGUNDA- Rm123 (Osu ae aete nase I TERCA - Rm 12.10 hence cane OT a ea eee OP een Cheer Uncen ee reeee cri OL Nemes) Lieut Mla ced SS ares Nem todos os membros do Cortech) EIAs) oleae eas) No que depender de vocé. te- Riel eee kee cee eee) - MOSTRAR que em Cristo somos um s6 corpo; + SABER conviver na comunidade crista, sendo con- duzido pelo amor fraterno. INTERA Carola) professorfal, a comunidade da ig-eja de Roma era cons- titufda por pessoas que pertenciam a classe rica, como altos oficiais, bem coma pessoas da classe mais pobre da sociedade, os escravos. Alizdo a isso, ainda temos a distingo entre judeus egentios, entre outras diferengas, comoa diversidade de dons e funces distribuidas entre a comunidade cristade Roma Areco- ‘mendagio de apéstols nao foi sem pretensao ou como que sem destinatarios especificos Mesmo sendo uma comunidade crista, seus membros tinham dificuldade de lidar com a diversidade. A adverténcia de Paulo para que os membros se considerassem camo um unico corpo, que se amassem fraternalmente, que nao devolvessem mal por mal, mas que tratassem uns aos outros com honre e humildade. ORIENTACAO PEDAGOGICA Para exemplificar a obtencdo de melhores resultados quando o trabalho € realizacio em grupo e ndoindividualizado, sugerimos auutilizacdo da dinémica das varinhas, pois ésimples.e objetiva. Material: Um feixe com aproximadamente 15 varinhas (pode ser de churresco ou outra varinha improvisada), Atividade:Solicite 4 voluntariosias) entre os alunos; Solicite que um(a) dos voluntarios(as) quebre uma das vari- has atividade facil) Solicite que ofa) segundola) voluntariola) quebre os dois pedacos das varinhas que foram quebradas pelola) voluntariola) anterior, um de cada vez (tarefa facil para demonstrar que mesmo com tamanho diferentes, a varinha sozinha da mesma forma pode ser quebrada facitmente} Solicite que ofa) terceiro(a) voluntario(@) quebre 3 varinhas ao ‘mesmo tempo (tarefa possivel, porém com mais dificuldade), Solicite que quartola) voluntariola) quebre 10 varinhas ao mes- mo tompo (tarofa praticamente impossival de sor realizada). ‘Apés as atividades colher as percepgdes dos alunes € alunas da sala sobre as licoes que podem ser extraidas da dinamica, considerando o tema daliicao.Ao final vocé como professoria) faca as consideracées finais, enfatizando a importancia do trabalho em conjunto, mesmo na diversidade (tamanho da varinhal, para obtencao de maiores resultados, bem como para fortalecimento ¢ protecdo da comunidade. 4 Romanos123-12 3 Porque, pela graca que me é dada, digo a cada um dentre vés que nao saiba mais do que convém saber, mas ‘que saiba com temperanca conforme amedida da fé que Deus repartiu a cada um. 4 Porque assim como em um corpo temos muitos membios e nem todos ‘05 membros tém a mesma operacio. 5 assim nés, que somos muitos, somos um 36 corpo em Cristo, mas indlivi- ‘dualmente somos membros uns dos outros, 8 Demodoque, tendo diferentes dons, segundo a graca quenos é dada s2é BiBLI profecia, seja ela segundo a medica dafe: 7 see ministério, sela em ministrar: se 6 ensinar. haja dedicagae ao ensino: 8 oU0 que exorta, use esse dom em exortar: 0 que reparte, faga-o com libe- ralidade;o que preside, com cuicado; o ‘que exercita misericordia, com alegria 9 Qamor saja nao fingida Aborrecel mal e apegai-vos ao bem. ‘Amai-vos cordialmente uns 203 outros com amor fraternal. preferindo-vos em honra uns aos outros. 10 21_Néo sejais vagarosos no cuidado: sede fervorosos no espirito, servindo ‘ao Senhor: INTRODUGAO Nesta lic Cena Peat vat dad leita Can Rete TeCueoua Gea 1, Saiba respeitar os limites nos relacionamentos sociais (v.3). 0 apos- tolo, antes de iniciarcom as orientagoes doutrinarias, relembra os destinataros sobre @ autoridade de seu apostolado, recebido pela graca de Deus ea servco do Reino de Deus. Paulo podia chamar atencdo para seu ministério, pois por mais responsabilidad que Deus havia colo- cado sobre ele, seu comportamento era de servidao e humildade. Seu exempio constrangia seus destinatarios a receber seus ensinamentos, Em seguida, ele TBJOVENS m um S6 corpo; 0 idade de uma tir a respeito dos seguintes assuntos: a forrr Durr ieureanen Oana ititude pacifica, tole adverte 0s crentes romanosa nao iralém do que a capacidade e a vocacao dadas por Deus permite. Provavelmente, entre acomunidade havia pessoas que ultra- passavam seus limites no relacionamento interpessoal. Esta ¢ uma caracteristica mais comum entre os jovens. as vezes, movidos pela ansiedade, que causa a impaciéncia excessiva, vao além dos limites estabelecidos, extraviando-se. Vocé tem respeitado os limites nos relacionamentos? 2. Valorize @ use o seu dom para beneficio da coletividade (vv. 4.5). Paulo da continuidade as suas orientacdes, demonstrando 0 motivo da adverténcia quanto aos limites no relacionamerto Evidencia que a comunidade é um corpo social, em que Deus imprime sua marca especial, a diversidade. Paulo, ara ilustrar esta aco inclusiva e g-a- ciosa de Deus, utiliza a figura do corpo humano. como faz também de forma mais detalhada em 1 Corintios 12.12-27. Cada parte do corpo tem a sua funcao, mesmos os considerados mais fra- cos ou menos honrosos, funcionando como engrenagens interdependentes, trabalhavam harmoniosamente. Neste Conjunto, se uma das engrenagens nao fizer seu papel ou avancar em seus limites prejudica 0 resultado como um todo, Paulo tem por objetivo demonstrar que na igreja 0 funcionamento é idéntico, 0s membros recebem os mais diversos dons de Deus, que devem ser utilizados para o beneficio da coletividade e nao para proveito préprio, 3. A sinergia traz mais beneficio (wv. 6-8), Na sequéncia, 0 apostolo comeca a relacionar a diversidade de dons na igreja © primeiro dom citado €0 da profecia, que deve ser segundo a medida da fé, sem excesso. Dife- rente do que vemos muitas vezes nas comunidades pentecostais, em queas pessoas nao se satisfazem de entregar ‘© que Deus manda. mas preferem im- provisar ou dizer 0 que Deus nao disse. Na sequéncia aborda sobre o ministro, © educador, 0 consetheiro, assistente social, o administrador e quem assiste aos doentes, idosos, deficientes, entre outros (misericérdia), enfatizando que devem exercer seu dom com dedicacao endo buscando proje¢ao pessoal, mas visando atender a necessidade coletiva, com simplicidade e humildade. Uma recomendacao perfeitamente aplicavel 05 1nossos dias, Que béncao seria se to- das as pessoas que receberam dons ou ocupam cargos em nossa comunidade simplesmente exercessem seu papel. eo Pense! Se quiser chegar rapidamente a seu objetivo pessoal, va sozinho. ‘Mas, £0 quiser irlonge, chegar com seguranga e obter methores resultados, caminhe junto com ‘seus irmdos e irmds na fé (co- munidade crista) Melhor é che~ gar mais longe, com seguranga e contribuir para a coletividade. © Ponto Importante Por mais que nas igrejas tenhamos pessoas de variadas classes sociais, talentos e dons, Paulo efirma que em Cristo todas as pessoas fazem arte de um unico corpo. ll - OS MEMBROS DA COMUNI- DADE (vv. 9-16) 1. A comunidade crista se constitui por meio do amor fraterno (wy. 9-13). Paulo passa a dar orientacdes para que © corpo social (comunidade crista) se mantenha em comunhao e saudavel. Ele adverte que 0 amor nao pode ser hipécrita, mas fraternal, honrando uns 0s outros, Sera que havia hipocrisia entre os crentes romanos? Se Paulo estava recomendando, certamente havia, O maior problema de estar fora da vontade de Deus € quando a pes- soa nao reconhece suas falhas. pois assim nao podera corrigir a ‘rota’. Nao podemos perder o caminho do céu por caprichos pessoais. Na época de Paulo as igrejas passavam por varias dificulda- des, tanto externas como internas, isso JOVENS79 devia estar acabando pouco a pouco coma esperanca de alguns, bem como os distanciando da comunidade. Paulo sabia que © caminho da vitoria seria a comunhao, aproximagao e a comunica- cao das necessidades entre eles e entre eles e Deus. Aproximagao necesséria em nossas comunidades ainda heje, principalmente nos grandes centros. 2. Participe dos sofrimentos e das alegrias uns dos outros (v. 15). © apos- tolo procura atacar dois sentimentos reprovaveis, respectivamente, a inveja ea desumanidade. Ha quem diga que alegrar com os que se alegrem é mais dificit do que chorar com os que cho- ram, devido a inveja que domina alguns coracées, mesmo nas comunidades cristas, Hé pessoas que naoconseguem ‘se alegrar com a felicidade do irmao. pois 0 veem como um “concorrente” em qualquer drea da vida (sentimental. profissional. ministerial, pessoal. etc). Por outro lado, tem pessoas quendose dedicam a dar um ombro amigo quando alguém esta passando por situagao de calamidade. Momento este em que um simples abraco, ou mesmo a companhia silenciosa, pode significar muito. Todavia, as preocupacées da vida tém deixado alguns cristaos desumanos em relacao ao sofrimento alheio. oO Pense! Como acontecia na igrejade Roma, uma das qualidades que tém feito falta nas igrejas de hoje 6 a capacidade de trabathar com a diversidade emanter o amor fraternal entre a comunidade. o Ponto Importante Quando os membros da comuni- dade fazem dos dons um fim em si mesmo, ela deixa de serum corpe. BOJOVENS UBSIDIO 1 “Diversidade (1 Co 12.14-20). Toda essa escritura mostra com nitidez que 0 corpo. sendo um, tem muitos membros. A Igreja é uma diversida- de na unidade. O apéstolo Paulo, preocupado com as dissensdes que surgiam no seio da igreja em Corinto, exortou-a com estas palavras: ‘Ro- G0-vos. porém. irmaos. pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo. que digais todos uma mesma coisa e que nao haja entre vos dissensdes; antes, sejais unidos, em um mesmo sentido € em uM mesmo parecer’ (1 Co 1.10). A diversidade no corpo nao rouba a unidade que deve existir nele, Todos ‘0s membros funcionam obedecendo mesma cabega, e nenhum membro faz qualquer coisa independente ou isoladamente. Outrossim, a variedade de igrejas cristas, independente dos pontos de vista. so 0 Corpo de Cristo. Cada igreja tocal em sentido particular € ocorpo de Cristo; nao uma parte de Cristo em toda a terra, independente de seus costumes regionais, e sim uma pluralidade (diversidade), uma unidade. Na volta do Senhor entenderemos methor esse mistério. As liderangas na igreja local devem conscientizar os crentes do papel importante e indispensavel que cada qual tem no corpo. para que o mesmo nao sofra atrofia espiritual. Mutualidade (a Co 12.21.25,26) Oque significa mutualicade? Nada mais que permutacao, troca, reciprocidade. Esta es- ccritura de Paulo destaca 0 papel de cada membro do corpo que deve funcionar. mas precisa dos demais membros para ‘um funcionamento eficiente” ICABRAL, Etienai Mordomia Crista: Aprendia como ‘Servir Melhor a Deus. Led. Rio de Janeiro: CPAD, 2003. p. 156). suBSIDIO2 A vida em comunidade exige conduta pacifica, tolerante (Rm 22.14,37-24) A ninguém pagueis mal por mal (v.14.17-28). As palavras de Jesus em Mateus 5.44 sdio repetidas por Pau- lo: “Bendizei os que vos maldizeny. Sera que alguém, além de Jesus, ja conseguiu cumprir integralmente esta recomendacaio? Mesmo no meio cristo existe uma grande dificuldade para bendizer (falar bem) das pessoas que falam mala seu respeito ou fazer © bem aos que thes fazem mal. Ima- gine 0 impacto para as pessoas que convivem com voce. se presenciar voeé falancio bem de alguem que tem procurado te prejudicar. Isso é cristia- nismo genuino, Pelo contrario, qual seria o impacto negativo presenciar uma maldade contra alguém que the fez 0 bem? Devemos procurar a paz com todas as pessoas, ainda que om muitas situac6es nao seja possivel, como deixa transparecer o proprio. apéstolo quando diz: ‘Se for possivel, quanto estiver em vés, tende paz com todos os homens’ (Rm 12.18). SuBSIDIO 3 Os que se vingam sao vencidos pelo seu sentimento (v.19). Paulo afirma que a vinganca pertence a Deus e que ndo devemos vingar a nos mesmos (v.19; Dt 32.35). Outra recomendacao dificil e semethante a anterior, pois a fonte da dificuldade mesma, o amor desordenado a si mesmo @ a intolerancia com os erros alhoios, Isso 6 comum acontecer em ambientes de dispute acirrada por cargos, posigao ou privilegios. Neste contexto, geralmente, as pessoas ndo medem as consequéncias para atingir seus abjetivos. A Biblia recomenda ‘nao deis lugar ao diabo" (EF 4.27). Paulo ordena, mas dai lugar a ira (v. 19), que neste contexto significa entregar-se pacientemente e suportar a ira de quem cometeu o erro, assim, Deus 0 vingador, entrar com seu socorro. De outra forma, mesmo senco ofendido, 20 tomara vinganga para sindo deiara lugar ao socorro divino, e trara juizo sobre si Jovem, nao se vingue, mas dé lugar ao socorto divino! Venca o malcom o bem (vy. 20-20). Proverbios 25.21 nos ensina que "se © que te aborrece tiver fome, da-the pao para comer: e, se tiver sede, da- the agua para beber’. A orientagao 6 para tratar 0 inimigo (aquele que nutre inimizade por voce! com bondade, pois isso podera envergonhé-lo a ponto de se arrepender do que fez e buscar a reconciliacao, Este gosto faz lembrara figura materna, filhos que so ingratos e desobedientes a mae, esta retribui com carinho e cuidado aos filhos, que se sentem constrangides e pedem perdao a sua mae. JOVENS 81 ESTANTE DO PROFESSOR CABRAL, Elienai, Mordomia Crist: Aprenda como Servir Melhor a Deus. Led. Rio de Janeiro: CPAD, 2003. CONCLUSAO Nesta liao aprendemos que as pessoas devem respeitar os limites nos relacionamentos interpessoais e fazer uso do dom recebido em beneficio da coletividade, pois unidos, com certeza. os resultados sao mais rositivos. HORA DA REVISAO 1. Segundo a licdo. com 0 Deus imprime sua marca especial na comunidade crista? Deus imprime sua marca especial na comunidade cristé por meio da diversidade. 2.Quala figura que Paulo utiliza para demonstrar a importancia de trabatharmos harmoniosamente com a diversidade na igreia? Paulo utiliza a figura co corpo humano. 3.Por que algumas pessoas afirmam que & mais dificilalegrar com os que se ale- gram do que chorar com os que choram? Para algumas pessoas € mais dificil alegrar com os que se alegram devido a inveja que os domina. Pessoas que nado conseguem se alegrar com a folicidade do irmdo. principalmente se for considerado, de alguma forma um concorrente em qualquer area da vida. 4. Segundo a licdo, havia hipocrisia entre os crentes romanos? Sim. A igroja passava por varias dificuldades. 5. Segundo a licao, o que Paulo quis dizer quando recomenda para dar lugar a ita? Significa entregar-se pacientemente e suportar a ira de quem cometeu 0 erro, assim, Deus 0 vingador, entrara com seu socorro. AnotagGdes \ LI¢AO 12 20/03/2016 TEXTO DO DIA AGENDA DE LEITURA 5 SEGUNDA -Rm 132 Rept Ge cetacean ce Aiz:le Wakes Olena seer tient ccs QUARTA-Rm13.4 ORE eae Ce tienes ele erate tte Porque 5 ee ay eam cic ieee set 1S 40a O poder é propriedade exclu- siva de Deus SABADO - At 529 £ methor obedecer a Deus JOVENS 83 + MOSTRAR que todas as autoridades sao constituidas com a permissao de Deus; + EXPLICAR que a submissao as autoridades constituidas, desde que nao seja contra os principios divinos € biblica; + SABER que precisamos ter uma atitude responsavel diante das obrigacdes com as autoridades eo Estado, NTERAGAO A recomentacao de Paulo foi para que os cristios de Roma fossem submissos as autoridades do Estado, pagassem os impostos e tributos estabelecidos e que a igreja mantivesse um bom relacionamento com o Estado para manter a paz re- lativa existente, bem como a liberdade religiosa, Os conceitos biblicos con:inuam os mesmos, o respeito pelas autoridades © 0 pagamertto rigoroso dos impostos ¢ tributos, entretanto 0 contexto brasileiro é diferente do contexto do Império Romano na época do apéstoto Paulo. Dessa forma, devernos incentivar © compromisso com os conceitos biblicos, mas também uma participacao maior dos membros das igrejas da gestao publica, ‘com bom senso e contribuindo para uma sociedade mais justa. ‘Para esta aula sugerimos autilizacao da dindmica chamadade “brainstorming” ou ‘tempestade cerebral”, para os mineiros “toro: de patpites’. Para aplicar a dinamica, utilize o quadro abaixo: |__vaNTaceNs DESVANTAGENS | © quadro acima poder ser reproduzido conforme as suas possibilidades. Reserve pelo manos une 19 minutas da aula paraa atividade. Solicite que os alunos deem suas sugestdes sobre quais as vantagens e desvantagens da relacao entre igreja e Estado na atualidade, mas antes oriente que ninguém poderd criticara ideia de outra pessoa, todas as sugestdes deverao seraceitas anotadas. Apds a rodada de sugestées, juntamente com o grupo selecione quais sugestdes sao mais apropriadas reflita sobre elas TEXTO BIBLICO Romanos 13-7 1 Toda alma esteja sujeita as autoridades superiores: porque nao ha autoridade ‘que nao venha de Deus: 9 as autcrida- ‘des que ha foram ordenadas por Deus, 2 Porisso, quem resiste a autoridade resiste a ordenagdo de Deus; e os ‘que resistem trarao sobre si mesmos acondenacao, 3 Porque os magistrados nao sao terror para as boas obras, mas paraas més. ‘Queres tu. pois, ndo temer a autorida- teu bem, Mas, se fizeres o mal, teme, o's no traz debalde a espada; porque 6 miristro de Deus e vingador para castigar 0 que faz omal. 5 Pottanto, é necessario que the estejais sujeitos, nao somente pelo castigo, mas tambem pela conscencia 6 Porestarazdo também pagais tribu- tos, porque sao ministros de Deus. atendendo sempre a isto mesmo 7 Portanto, dai a cada umo que deves: a ‘quem tnibuto, tributo: a quem imposto, de? Faze 0 bem e teras Louver dela, Cposecieuan ere rors ae: 4 Porque ela é ministro de Deus para honra. honra. COMENTARIO INTRODUCAO 1- AS AUTORIDADES SAO ESTA- BELECIDAS POR DEUS (Rm 13.1.2) 1. Arelacao da igreja de Roma com 0 Estado. Quando Paulo escreveu a Epistola aos Romanos, havia relativa paz entre o Estado e aigreja. Entretanto devido este texto estar no final desta epistola, alguns tedlogos sugerem ha- ver pelo menos algum sinal de rebelcia por parte de alguns membros da igrsja em relacao ao Estado. O imperador na época era Nero (54-68) e, neste periodo, por todo o império surgiam rebeliges contra o imperialismo romano, que eram sufocadas pelas legides roma- nas. Alguns anos antes da escrita da epistola foram deflagradas algurras CC ern aca Tee TEE insurreicdes como a dos judeus de Alexandria, que influenciou no decreto do Imperador Claudio em 49 d.C., que expulsou os judeus de Roma. incluindo Priscila e Aquila. Na data da escrita da epistola, o decreto ja havia caducado e 08 dois ja estavam entre os membros da comunidade crista em Roma. A principal questao das revoltas eram 08 impostos e tributos obrigatorios pelo imperio. 2. Todas as autoridades sao cons- tituidas por Deus (v.a). Considerancio 0 historico citaddo no subtopico anterior, bem como a tradicdo do Antigo Testamento que apresenta o poder como propriedade exclusiva de Deus (S| 62) ea utoridade JOVENS 85 politica como instrumento de Deus tanto para protecao como para o castigo Ur27: 1105.6; 411-7: 4428). Por isso, apéstolo procura incentivar a manutencao da relacao de paz entre o Estado e Igreja. Paulo usa do bom senso e afirma que todas es autoridades esto debaixo da cordem divina e foram constituidas por Deus. Por isso devem ser respeitadas. No entanto, a afirmagao de Paulo néo significa uma obediencia absoluta. pois iria contra 0s principios éticos cristdos e sua prépria afirmacao em Romanos118. em que previa aiira de Deus sobre praticas que eram comuns ao imperio ditatorial romano. Veremos em topicos posteriores que Paulo orienta o respeito as autorida- des, mas desde que suas ordens e agoes no fossem contraditorias 4 autoridade maior que éa Palavra de Deus. 3. A insubmissao as autoridades traz condenagao (v. 2), Pauloage com prudéncia, procurando evitar um mal maior, como ocorreu com a perseguicao de Nero em 64d, C, Os judeus eram tes temunhas disso. Eles tinham privilegios expressivos no Império Romano, pais a religido judaica estava legalmente registrada entre as permitidas. Algu- ‘mas praticas e rituais judaicos estavam garantidos por lei dentro das muralhas de Jerusalém, como a dieta alimentar, a lei do sabado, proibicao de imagens de escultura, inclusive 0 império rati- ficava a lei judaica de pena de mote para quem violasse os atrios interros do Templo de Jerusalem. Todavia, quando comunidades judaicas foram insubmissas as autoridades romanas, elas foram massacradas como ja ci- tado anteriormente, Paulo nao queria isso para a igreja, por isso orientou os membros a terem boa relagao com o 86 JOVENS Estado para garantir a liberdade pessoal ede cultuar a Deus, @ Pense! “Uma pergunta critica em nossos dias gira em torno de com que rigor nds, cristdos, devemos aplicar 0 principio de Paulo de sujei¢ao aos governantes” (Lawrence Richards) © Ponto importante Paulo demonstrou ter bom senso ao lidar com as autorida- des de Estado, visando sempre o bem estar das pessoas ea liber dade religiosa para os cristaos. ll AS AUTORIDADES DO ESTA- DO ESTAO A SERVICO DE DEUS (Rm 133-5) 1. As autoridades sao constituidas para proteger os bons cidadaos (v. 3). Paulo recorre a tradicao do Antigo Testamento e se baseia em textos como Provérbios 8.15.16 ¢ Isaias 111- 9, que afirmam a constituigéo das autoridades por Deus para o exercicio da justica e manutencado da ordem na sociedade. Conforme ja citado. devemos considerar 0 contexto de Paulo na época da escrita da carta, em que havia relativa paz no império em relacdo a igreja. Neste periodo a igreja era vista como uma ramificagao do judaismo, uma religido permitida Dovido a esta confusio, o cristianismo nao era incomodado, Desse modo, sendo uma religiao ‘legalizada’, todo cuidado seria importante para nao perder essa prerrogativa ¢ liberdade. A maior dificuldade da igreja. na realidade: era com os judeus que perturbavam © exercicio do ministério do apéstolo devido ao legalismo. Portanto, neste contexto, 0s cristaos eram protegicos legalmente pelas autoridades romanas 2. As autoridades sao constituidas para punir os maus cidadaos (v. 4). versiculo anterior (v. 3) termina com a frase: “faze o bem e teras louvor dela’ Os cristaos nao se envolvendo em ne- nhum delito nao seriam incomodacos pelos magistrados, antes seriam vistos como bons cidaddos, que mereciam ser protegidos. Uma vida sossegada, conforme o conselho de 1 Timateo 212: “Admoesto-te, pois, antes de tudo. que se facam deprecacées, oragées, inter- cessoes e acdes de gracas por tocos os homens, pelos reis ¢ por todos os que estdo em eminéncia, para que :e- nhamos uma vida quieta e sossegada, em toda a piedade e honestidade’. No entanto. as pessoas de fora da igreja. ainda dominadas pelo pecado, tinham a tendencia de descumpnir as leis de ordem estabelecidas pelos magistra- dos. Para estes nao haveria protecao. mas sim a punicdo prevista em leie, consequentemente, a falta de paz, com © Estado e com Deus, devido aos seus delitos e pecados 3. Asubmissdo nao deveria ser por medo do castigo (v.5). Paulo introcuz um conceito que demonstra a supe- rioridade da verdadeira moralidade crista, que ¢ motivada nao pelo medo do castigo, mas por algo muito maior. Ocristao verdadeiro nao serve a Deus por ter medo de punigdes humanas ou de ir para 0 interno, mas pelo amor e gratidao a Deus pela sua justificacao por meio da fé no sacrificio vicario de Cristo. Diferente do impio, que poderia deixar de cometer delitos, mas por medo da puni¢ao das autoridades cons- tituidas, 0 que néo demonstra atitude interior, A recomendacao paulina era uma submissao com faco em Deus e nao somente na lei humana. O jovem cristao deve ter uma consciencia pura e honrada (2 Tm 15; At 246; Hb 137; 1 Pe.16), nao fraca (1 Co 87.42), nem ma (Hb 1022; TL 115) ou cauterizada (1 Tm 42). Agindo assim, vivera em paz com Deus € comas autoridades constituidas o Pense! Por que vocé tem se submetido a Deus? Por medo de ir para o inferno ou por amor a Ele e pela gratidao ao sacrificio de Cristo? @ Ponto Importante As autoridades sao constitui- das por Deus para proteger os bons cidadéos e para punir as praticas de injustica dos maus cidadaos. Ill - O JOVEM CRISTAO DEVE SE SUBMETER AS AUTORIDADES (Rm 13.67) 1. Os jovens cristaos deve pagar os impostos e tributos (v, 6). pagamento de impostos é uma medida necessaria pare manutengdo da ordem, infraestru- turae outros recursos necessarios para sustentabilidade da sociedade. Contu- do, este pagamento era um problema para uma série de grupos judaicos, dos menos radicais (fariseus) aos mais radicais e revoluciondrios (zelotes), que entendiam ser um crime, uma ofensa & sua religiao e ao Deus de Israel, pagar impostos para um povo estrangeiro e dominador do povo israelita. Isto nao parecia ser uma preocupagao de Je- sus, que incentivou o pagamento (Mt 22.21; 1725-27: Le 20.20-26), nem de Paulo, que recomenda o pagamento, JOVENS 87 reforgando que ¢ para suportarem fi- nanceiramente os ‘ministros de Deus" para manutengdo da ordem e protecao dos bons cidadaos, como os cristaos. Na época do apostolo o imperialismo romano nao dava ao povo oportunidade de participar da gestao publica, 2. Oscrentes devem pagar a todos o que é devido (v.7). A énfase paulina para estas questdes monetarias (impostos e tributes) denota alguns pontes de atencao Paraa comunidade de Roma. nao poderia ser por acaso. Provavelmente, Paulo sabia das praticas de alguns membros da co- munidade que the preecupava, temendo alguma consequéncia nio somente de forma individual como também para a igreja. Paulo vai além, afirmando que devemos pagar os tributos e impostos, mas também o temor € a honra. Nos escritos de Paulo, quando se refere a honra. tem origem na palavra grega time, que também pode ser traduzida por “respelto, estima e consideracdo’.e @ sempre atribuida a pessoas. Enquarto, que a palavra grega fobos traduzida para temor, @ atribuida a Deus ea Jesus (Rm 318: 8.15; 2 Co 5:11; 71: EF 5:21). Devemos respeitar as pessoas, mas temer a Deus, a fonte de toda autoridade. © Pensel “A forma como Deus controla homens maus é pondo homens maus sob controle” (Martinho Lutero) @ Ponto Importante Paulo afirma que os cristéos também deveriam cumprir com suas obrigacdes como cidadaos e honrar as autoridades. Porém, enfatiza que, acima de tudo, deveriam temer eadorar a Deus. a fonte de toda autoridade. 88 JOVENS suBsiDIO *O principio de Paulo para se re- lacionar com 0 governo secular € es- sencialmente o dos judeus babilénios, Aordem; ‘Toda alma esteja sujeita as autoridades superiores (131-7) é claro paralelo 4 expresso: ‘A lei do sobe- rano € a lei para nés’. Paulo, porém, € cuidadoso ao apresentar uma base teologica para a sujeicao as autoridades seculares (131). Ele argumenta que o proprio Deus ordenou 0 governo. Isto ‘nao significa que Deus tenha ordenado um governo em particular, talcomo ‘governo dos Estados Unidos’ O que Paulo esta dizendo ¢ que Deus estru- turou o mundo de seres humanos de tal forma, que havera autoridades e submissos, governantes e cidadaos. Aquele que se considera cidadao Aquele que faz isso se achara em rebeliao contra Deus. Paulo continua explicando por que Deus ordenou este estado de coisas (13,34) Ele 0 fez para promover a paz publica, A missao de um governo ¢ ‘portar a espada’ Nisto.o governoé o 'ministro de Deus e vinga- dor para castigar 0 que faz o mal! Isto nao sugere que 0 governo seja o servo consciente de Deus, ou que o governo seja responsavel por estabelecer leis que estejam em conformidade com os Padrdes biblicos. Em vez disso, Paulo argumenta que a propria natureza ‘que o sistema de governo-governado que Deus criou leva os governanles a punir aqueles que fazem o mal - em beneficio dos interesses da propria sociedade" (RICHARDS, Lawrence 0 Comentario Histérico-Cultural do Novo Testamento. 16d. Rio de Janeiro: CPAD, 2014, p. 321). ESTANTE DO PROFESSOR RICHARDS, Lawrence 0. Comentario Histérico-Cultural do Novo Testamento, Led. Rio de Janeiro: CPAD, 2014. CONCLUSAO Nesta ligao, aprendemos que todas as autoridades sao constituidas por Deus e que a insubmissaoa elas traz incomodo, pois elas foram estabelecidas para proteger os bons cidadaos e punir os maus HORA DA REVISAO 1. Na época da escrita da epistola, qualera a situagdo da relagdo entre a igreja ¢ 0 Estado? Quando Paulo escreveu a Epistola aos Romanos havia relativa paz entre o Estado eaigreja 2.0 que provocou o decreto do imperador Claudio em 4g d. C., em que foram ex- pulsos os judeus de Roma, inclusive Priscila e Aquila? Alguns anos antes da escrita da epistola foram deflagradas algumas insurteicées. como a dos judeus de Alexandria, que influenciaram no decreto do Imperador Claudio em 49 d.C. 3,Segundo a licdo, qual o embasamento de Paulo para afirma que as autoridades sao constituidas por Deus? Paulo recorre a tradicao do AT, com embasamento em textos como Provérbios 8.15-16 e Isalas 111-9, que afirmam que as autoridades sao constituidas por Deus para praticar a justica e para manter a ordem na sociedade. 4,Paulo afirma que a submissao nao deveria ser somente para evitar o castigo romano, mas também pela consciéncia, Explique: O cristéo verdiadeiro no serve a Deus por ter medo de punigdes humanas ou de ir para 0 inferno, mas pelo amor e gratidao @ Deus pela sua justificacao pela fe por meio do sacrificio vicdrio de Cristo. 5,Considerando que Deus ¢ quem estabelece todas as autoridades, quala maneira providenciada por ele para as autoridades executivas e legislativas no Brasil? No Brasil, atualmente, Deus estabelece as autoridlaces por meio do voto de cada cidadao brasileiro, que tem o direito de eleger os cargos executives ¢ legislativos Anotacgées ~ ma ed LICAO 13 271032016 OJOVEM EA LEl DO AMOR TEXTO DODIA Tareastciaa) AGENDA DE LEITURA SEGUNDA - Rm 1382 Ocristao eas dividas Aisle ea eyL) Ciao MiNi Cer Mateo tate feta cor tailed QUARTA ~ Ex 22.25; Dt 2319 Cove cree ner QUINTA - Dt 15:1-8: 23.20 (oy eC Oct estrangeiro como seu proximo Boer Watters ners Omen ce ete erate T proximo SABADO - Rm 139-10 Tee eeccer nc ao proximo Tava 90JOVENS OBJETIVOS + MOSTRAR como realizar um planejamento economi- co-financeiro para evitar a contracdo de dividas; - CONSCIENTIZAR da necessidade de exercitar o amor incondicional. INTERAGAO A lettura do Sermao do Monte (Mt 5-7) iré contribuir de forma significativa para o entendimento da licao. O contetido deste sermio, provavelmente, eramuito popular no meio cristo, ainda que pudesse provocarsentimentos de versio pela profuncidade de seu ensinamento para a vida crista verdadeira. Dentro de um contexto em que a lei continuava sendo exigida pelos judeus influenciava os judeu-crist2os bem como do confiito que gerava na comunidade crista formada por judeuse gentios, amensagem de que toda a lei se resurmia emuma frase:"Amards zo teupréximo como ati mesmo”, causava certo incdmodo. ORIENTACAO PEDAGO. GICA Sugerimos a utilizacao da dinamica conhecida como “desejar ao proximo o que desejaa si mesmo’. Dividaa turmaem grupo. So- licite que cada grupo elabore algum tipo ce atividade que gostaria que 0 outro grupo realizasse. A atividade teré melhor resultado se ela for primeiro escrita em um papel e, depois de solicitado pelofa) professor{a) ser lida em voz alta para que todos possam. ouvir A préxima etapa é vocé dizer para as pessoas o nome da dindmica, sugerimos a seguinte frase: "Neste momento, antes de voces executarem a atividade, quero thes informar qual é onome desta dinamica: Desejar ao proximo o que deseja a si mesmo”. Nao é necessério executar a atividade sugerida pelos pertici- pantes, pois a simples citacao é o suficiente para uma refiexdo. Oresultado desta dinamica, geralmente é quese nao todos, um. dos grupos, iré sugerir umaatividade complexa ou que exponha © outro grupo ou pessoa. Porém, se as pessoas forem coerentes € amorosas, facilitando a atividade para o proximo, o grupo deveré ser parabenizado pela titude Entretanto independente do resul- tado esta dindmica proporcionardalgumas reflexdes para o grupo, Como sugestdes, nés destacamos os seguintes questionamentos: Se vocé soubesse que 0 seu proprio grupo fosse executara ati- vidade, teria sugerido.a mesma? Qual o nosso compartamento como cristéos na nossa rotina diaria? Oresultado desta dinamica foi semelhante cu difere o mandamento de Jesus para arnar ao préximo como ati mesmo? Conclua aatividade fazondo suas consideragies finais e apli- cagao para a licao estudada. JOVENS 91 Romanos 138-10 8 Aninguém devais coisa alguma, a ndo sero amor com que vos ameis uns aos outros; porque quem ama aos outros cumpritia tei, 9 Com efeito: Nao adulteraras, nao mataras, nao furtaras, nao daras fa.so BIBLICO testemunho, nao cobicaras, e, se ha algum outro mandamento, tudo nesta palavra se resume: Amaras 2o teu préximo como ati mesmo, © amor nado faz mat ao proximo; de sorte que o cumprimento da lei ¢ 0 amor. a0 COMENTARIO INTRODUCAO Ne CER UC ERC Rt Serre MCR Rata Latin 1- NAO DEVA NADA A NINGUEM (Rm 13.8) 1. Adivida no Antigo Testamen- to. "A ninguém devais coisa alguma" (13.8a). A divida incomodava muito o povo judeu, desde os tempos antigos. Nos tempos biblicos, Israel tinha uma economia precominantemente agricola @ 05 empréstimos, quando realiza- dos, tinham 0 objetivo de auxitiar os camponeses em momentos de crise financeira, A lei protegia os judeus que estivessem nessas condigdes, visando coibir a exploracdo da desgraca de um compatriota (Ex 22.25; Dt 23.19: Lv 25:35), enquanto que aos estrangeiros era permitida a cobranca de juros (Dt 154-8; 2320), Para tomada de empres- timos eram exigidas garantias como penhor pela divida, que poderia ser um objeto pessoal (Dt 24.10; J6 243), hipoteca de uma propriedade (Ne 5), fianca de um financiador (Pv 6.1-5). Em nao havendo garantia, nao sendo pago 92 JOVENS Eien! av 4o coma lei do amor, a divida do amor com ba Teter matte Tuted a divida, o devedor era vendido como escravo (Ex 22.3, 2 Rs 41; Am 2.6; 86), uma das condicdes mais humilhantes e desumanas do mundo Antigo 2. Adivida no Novo Testamento. No Antigo Testamento o empréstimo tinha mais um carater de filantropia. Todavia, pouco antes do Novo Testamento, no periodo judaistico com Hilel, comegaram as mudaneas no procedimento devido aampliacao da economia comercial em Israel. principalmente com adaptagao para nao cumprimente integral do ano do Jubileu, em que todas as dividas tinham que ser perdoadas a cada sete anos (Ot 15.1). Na epoca do Novo Testamento, a falta de pagamento passou a ser pu- nida por meio de prisdio (Mt 18.23-35: Le 12.57-59) 0 que nao estava previsto no cédigo levitico. Jesus aconselhou atitudes amigaveis e hospitaleiras, 0 bom senso, para busca de solucao dos problemas de dividas, em vez de coer- ao legal (Mt 5.25.26). O conhecimento

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