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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SO PAULO ESCOLA DE

FILOSOFIA, LETRAS E CINCIAS HUMANAS

ALAINA CONCEIO LIMA DE CASTRO

RESUMO
A essncia originria da verdade (IN:
Heidegger. Introduo Filosofia)

Guarulhos
2013

A essncia originria da verdade


Heidegger, para explicitar sua ideia de verdade, traz tona o termo
grego aletia, que toma como verdade o desocultamento, o desvelamento
daquilo que nos est dado pelo mundo.
Para (tentar) entender o conceito de verdade preciso analisar a relao
sujeito-objeto.
A princpio, necessrio separar em categorias os seres do ente:
existente, os homens; o vivente: as plantas e os animais; o ente por si
subsistente: as coisas materiais; as coisas que so mo: as coisas de uso no
sentido mais amplo possvel; as coisas que so consistentes: o nmero e o
espao (HEIDEGGER, p. 75).
Visto que apenas o homem ser existente, pois apenas ele que se
move na compreenso do ser e que o conceito de verdade tem o significado de
desocultamento, o homem, o nico a poder se apropriar da verdade atravs do
desejo e busca pelo desocultamento ento a chave para entender o que a
verdade.
A verdade desocultamento porque o objeto a ser desvelado j est ai,
cabe ao homem atravs do estar junto a... desvel-lo.
Segundo Heidegger para que ocorra esse desvelamento preciso que
antes j tenhamos uma noo do objeto, que o j conheamos, que tenhamos
uma pr-compreenso do que o ente.
Essa pr-compreenso essencial visto que desocultamos o ente a
partir do contexto conjuntural em que ele se encontra, por exemplo, o giz junto
ao quadro negro e o apagador tem um contexto de serventia para... o giz numa
obra de arte passa a ter outro significado, portanto, a conjuntura fundamental
na compreenso e no desvelamento do objeto.
Para Heidegger, o que faz com que as coisas fiquem veladas so os
conceitos que implicamos a elas, para desvelar preciso roubar o sentido
delas, se apropriar. A verdade esse jogo entre velamento e desvelamento,
visto que para ele no h um desvelamento total do ente, o que temos so
caminhos para desvela-lo e que o velamento constitutivo e anterior
verdade.
Por fim, Heidegger defende que justamente porque inicialmente no
atentamos e, na maioria das vezes, nunca chegamos mesmo a atentar para a

diversidade do ente, precisamos examin-lo. Pois no devemos determinar a


essncia da verdade orientando-nos pelo enunciado e por sua indiferena, nem
por seu carter nivelado e nivelador (HEIDEGGER p.87).

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