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Extremos absolutos e relativos de funções

Complemento às Notas de Aula

Extremos absolutos. Seja dada uma função f : A → B, onde A e B são subconjuntos de R.


Fixado a ∈ A, dizemos que a é um ponto de máximo absoluto de f , se

f (x) ≤ f (a), ∀ x ∈ A.

Nesse caso, dizemos que f (a) é o valor máximo absoluto de f em A.

De modo análogo, dizemos que a é um ponto de mı́nimo absoluto de f , se

f (x) ≥ f (a), ∀ x ∈ A.

Nesse caso, dizemos que f (a) é o valor mı́nimo absoluto de f em A.

Exemplos.

1. A função f : R → R, dada por f (x) = x2 + 1 possui um ponto de mı́nimo absoluto em a = 0.


O valor mı́nimo absoluto é f (0) = 1. Tal função não possui pontos de máximo absoluto.

2. A função f : [−1, 4] → R, dada por f (x) = −x2 +2x+1 possui um ponto de máximo absoluto
em a = 1, com valor máximo absoluto f (1) = 2. A função f também possui um ponto de
mı́nimo absoluto em a = 4, onde o valor mı́nimo absoluto é f (4) = −7 (note que o domı́nio
da função é relevante para tal análise).

3. A função f : R → R, dada por f (x) = x não possui extremos absolutos (i.e. máximo ou
mı́nimo absolutos).
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4. A função f : (0, +∞) → (0, +∞), dada por f (x) = x
não possui extremos absolutos.

Extremos relativos ou locais. Em muitas situações é importante detectar a existência de ex-


tremos em modo mais ”restrito”, isto é, comparando o valor da função em um dado ponto com
valores da função em pontos próximos. Nesse caso, falaremos em extremos locais (ou relativos).

Seja dada uma função f : A → B, onde A e B são subconjuntos de R. Fixado a ∈ A, dizemos que
a é um ponto de máximo local (ou relativo) de f , se

f (x) ≤ f (a), ∀ x ∈ (a − , a + ),

para um certo  > 0. Nesse caso, dizemos que f (a) é um valor máximo local (ou relativo) de f em A.

De modo análogo, dizemos que a é um ponto de mı́mimo local (ou relativo) de f , se

f (x) ≥ f (a), ∀ x ∈ (a − , a + ),

para um certo  > 0. Nesse caso, dizemos que f (a) é um valor mı́nimo local (ou relativo) de f em A.

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Observação: O papel desempenhado pela constante positiva  é o de delimitar o domı́nio em que
fazemos a comparação dos valores. O valor de tal constante pode ser tão pequeno quanto necessário,
uma vez que não nos interessa fazer comparações em grande escala, mas somente nas proximidades
de um dado ponto do domı́nio. Note ainda que extremos absolutos são também, evidentemente,
extremos relativos.

Exemplos.

1. A função f : R → R, dada por f (x) = x3 − 3x possui um ponto de mı́nimo local em a = 1,


com valor mı́nimo local f (1) = −2. A função também possui um ponto de máximo local em
a = −1, com valor de máximo local f (−1) = 2.
 
2. Considere a função f : R → R, dada por f (x) = |x| . Para todo a ∈ R, a é um ponto de
máximo local. Além disso, se a ∈
/ Z, então a é também um ponto de mı́nimo local.

Exercı́cios.

1. Dada uma função f : R → R, tome a ∈ R e  > 0.

(a) Suponha que f é crescente no intervalo (a − , a] e decrescente no intervalo [a, a + ).


Mostre que a é um ponto de máximo local de f .
(b) Suponha que f é decrescente no intervalo (a − , a] e crescente no intervalo [a, a + ).
Mostre que a é um ponto de mı́nimo local de f .
(c) Suponha que f é não-decrescente no intervalo (a − , a] e não-crescente no intervalo
[a, a + ). Podemos afirmar que a é um ponto de máximo local de f ?
(d) Suponha que f é não-crescente no intervalo (a − , a] e não-decrescente no intervalo
[a, a + ). Podemos afirmar que a é um ponto de mı́nimo local de f ?

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