quero seu pensamento constante, pensando, sonhando com vingança, seja o que você realmente é, um menino mau, mostre suas garras, elas estão afiadas como da pantera, 1. e vão se cravar no primeiro que seu caminho atravessar, borbotões de ideias invadem essa praia, como uma nuvem de gafanhotos esfomeados, nem sei como parar essa danação, talvez o cemitério precise de uma grande, enorme explosão. Nenhum corpo mais para prantear, nem lápide, nem inscrição, nada mais, e sobrará o que deve sobrar, terra para repartir para quem não tem onde morar. Por que construir um castelo aos mortos, o tempo dos faraós acabou, são pirâmides imprestáveis, nem mesmo possuem uma história para desvendar? Tenho fome, tenho sede, meu corpo está vestido de trapos, não sei ler direito, nem sei o que é livro, na minha mão existe apenas algumas pedras afiadas e no cérebro, uma grande desconexão, senão como vou ser eu e ser você, somos opostos, somos diferentes, você tem fome, você tem sede, tanto como eu, mas nenhum de nós está realmente pronto para a máscara derrubar. Você uma pantera e eu, talvez um cachorro de rua, mas ninguém vai me queimar, ando com os lobos, uivo para a lua, e sigo durante a lua cheia, querendo muito transformar, um homem, uma mulher. Afinal a imagem que o espelho mostra é invertida, não é?