Você está na página 1de 6

ASSOCIAÇÃO DE RESISTORES E DIVISORES DE TENSÃO E

CORRENTE

1 - ASSOCIAÇÃO DE RESISTORES

Duas ou mais resistências podem ser associadas de três maneiras:

a) Associação em série
b) Associação em paralelo
c) Associação mista

CONSIDERAÇÕES:

- Resistores podem ser ligados de diversas maneiras de modo que seus efeitos sejam
combinados;
- Qualquer que seja a maneira como ligamos os resistores, o efeito obtido ainda será o de uma
resistência;
- Essa resistência poderá ser maior ou menor que os resistores associados, mas ainda assim o
conjunto seguirá a lei de Ohm.
- O resultado de uma associação de resistores depende não só dos valores dos resistores
associados
como também da forma como são ligados.

1.1- Associação em série

Quando os resistores estão ligados um em seguida ao outro. Na figura abaixo, mostramos


"n", resistores ligados em série.

Nesse tipo de associação, a corrente I passa por um dos resistores, é a mesma que
passa por todos os
outros. Aplicando a lei de Ohm ao 1°, 2°, ... , enésimo resistor, temos:

V1 = R1 . I
V2 = R2 . I
..
..
..
Vn = Rn . I

A tensão V, fornecida, é igual à soma das quedas de tensão em cada resistor.

V = V1 + V2 + ... + Vn = R1 . I + R2 . I + ... + Rn . I = (R1 + R2 + ... + Rn) . I


V = (R1 + R2 + ... + Rn) . I = RT . I

Onde:

RT = R1 + R2 + ... + Rn

Conclusão:

A resistência total (ou equivalente) de uma associação de resistores em série é igual à


soma dos
resistores da série.

Caso Particular:

Quando os resistores tiverem resistências iguais, isto é, R1 = R2 = ... = Rn, é fácil


provar que neste caso resulta também V1 = V2 = ... = Vn. Chamamos respectivamente R1 e
V1 a resistência e a diferença de potencial entre os extremos de cada resistor, temos:

RT = nRi
V = nV1

Na figura 3, temos exemplos de associação de 3 resistores em série.

Sendo R1, R2 e R3 os mesmos, as associações (a), (b), (c) e (d) são iguais.

Exemplo 1: Determinar a resistência total em um circuito série, onde se tem R1 = 22Ω, R2 =


33Ω e R3 = 10Ω.

Solução:

RT = R1 + R2 + R3
RT = 22 + 33 + 10 = 65
∴ RT = 65Ω

Exemplo 2: No circuito da figura 5, calcular o valor das quedas de tensão em cada uma das
resistências.

Para se calcular a queda de tensão é preciso, inicialmente, calcular o valor da


resistência equivalente
e depois, aplicando a lei de Ohm, calculamos a corrente que atravessa o circuito.

RT = R1 + R2 + R3 = 7 + 5 + 3 = 15Ω
I = V/RT = 15/15 = 1A

A queda de tensão em R1 , será:

V1 = R1 . I = 7 . 1 = 7V
Em R2 será:

V2 = R2 . I = 5 . 1 = 5V

Em R3 será:

V3 = R3 . I = 3 x 1 = 3 [V]

Somando-se estas tensões parciais, encontramos o valor da tensão total:

VT = V1 + V2 + V3 = 7 + 5 + 3 = 15V

1.2– Associação em Paralelo

Quando os resistores estão ligados aos mesmos pontos, e portanto submetidos à


mesma d.d.p., dizemos que estão associados em paralelo. Na figura abaixo mostramos n
resistores ligados em paralelo.

Nesse tipo de associação, todos os resistores estão submetidos à mesma tensão V.


Aplicando a lei
de Ohm aos n resistores, temos:

I1 = V/R1
I2 = V/R2
..
..
..
In = V/Rn

A corrente I é igual à soma das correntes em cada resistor.

I = I1 + I2 + ... + In = V/R1 + V/R2 + ... + V/Rn = (1/R1 + 1/R2 + ... + 1/Rn) . V = V/RT

Onde:

1/RT = 1/R1 + 1/R2 + ... + 1/Rn , ou ainda,

RT =

Conclusão:

A resistência total (equivalente) de uma associação em paralelo é igual ao inverso da


soma dos inversos das resistências componentes.
Caso Particular (1):

No caso de um grupo formado por apenas dois resistores diferentes R1 e R2, a


resistência total pode ser determinada da seguinte maneira:

RT = R1 . R2 / (R1 + R2)

Caso Particular (2):

Os resistores têm resistências iguais, isto é, R1 = R2 = Rn. Neste caso as intensidades


de corrente nas derivações também são iguais, ou seja, I1 + I2 = ... = In.

Logo:

I = n . I1 e RT = R1/n

Neste caso particular, a resistência da associação é igual a 1/n da resistência de cada


resistor e a intensidade da corrente é n vezes maior que a corrente que circula em cada
resistor: Na figura 9 temos exmeplos de 3 resistores associados em paralelo.

Sendo R1, R2 e R3 os mesmos, as associações (a), (b), (c) e (d) são iguais.

Exemplo 1:

Calcular a resistência do circuito onde se tem R1 = 2,2kΩ e R2 = 4,7kΩ.

Solução:

RT = R1 // R2
RT = R1 . R2 / R1 + R2 = 2,2 . 4,7 / (2,2 + 4,7) = 10,34 / 6,9 = 1,5
∴RT = 1,5kΩ

Exemplo 2 :

No circuito da figura 11, calcular:

a) O valor da corrente em cada resistor;


b) O valor da corrente total do circuito;
c) O valor da resistência total.

Solução:

a) I1 = V/R1 = 24/24 = 1 ∴ I1 = 1A
I2 = V/R2 = 24/12 = 2 ∴ I2 = 2A
I3 = V/R3 = 24/8 = 3 ∴ I3 = 3A

b) I = I1 + I2 + I3 = 1 + 2 + 3 = 6 ∴ I = 6A
c) 1/RT = 1/R1 + 1/R2 + 1/R3 = 1/24 + 1/12 + 1/8
1/RT = 1/4
RT = 4Ω

1.3 – Associação mista

A associação mista é composta de resistores dispostos em série e em paralelo.

A) R1 em série com a combinação paralela de R2 com R3 .

(a) Circuito básico.


(b) Inicialmente resolveremos a combinação paralela.
(c) A seguir efetuamos a combinação série.

B) R3 em paralelo coma combinação série de R1 com R2 .

Exemplo 1:

Determine a resistência da
associação da figura 16.

1) Inicialmente reduzimos a associação em


paralelo dos resistores de 20Ω e 30Ω (figura
17).
R = 20 . 30 / (20 / 30) = 600 / 50 =
12Ω

5) Finalmente. (figura 21).

RT = 30 . 20 / (30 + 20) = 600 / 50 = 12Ω

2) Em seguida reduzimos a associação em


série dos resistores de 12[Ω] e 28[Ω].
(figura 18).

R = 28 + 12 = 40Ω

A resistência total equivalente será : RT =


12 [Ω].

Logo (figura 22):

3) Neste estado reduzimos a associação em


paralelo dos resistores de 60[Ω] e 40[Ω].
(figura 19)

R = 60 . 40 / (60 + 40) = 2400 / 100 = 24 Ω

4) Segue-se imediatamente o esquema.


(figura 20)

R = 6 + 24 = 30Ω

Você também pode gostar