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DISSERTAÇÃO DE MESTRADO
2001
Dissertação intitulada “DIAGNÓSTICO DA AVIFAUNA CAPTURADA
ILEGALMENTE NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, BRASIL” apresentada
por Claiton Martins Ferreira como parte dos requisitos para obtenção do grau de
Mestre em Biociências, Área de Zoologia, aprovada em 09/05/2001 pela Comissão
Examinadora:
FACULDADE DE BIOCIÊNCIAS
DISSERTAÇÃO DE MESTRADO
2001
SUMÁRIO
DEDICATÓRIA....................................................................................................................... v
AGRADECIMENTOS ............................................................................................................. vi
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 1
1.2.1.IBAMA ................................................................................................ 2
1.2.2.BPA ..................................................................................................... 2
2. MATERIAL E MÉTODOS................................................................................................... 7
ii
RELAÇÃO DE TABELAS
Tabela 2. Lista das espécies apreendidas pelo BPA nos anos de 1999 e 2000. ................. 21
Tabela 3. Lista das espécies apreendidas pelo IBAMA nos anos de 1998, 1999 e 2000
(jan a jun). ........................................................................................................................ 23
Tabela 4. Espécies incluídas nos apêndices do CITES e que constam dos relatórios
de apreensão do IBAMA e/ou do BPA durante os anos de 1998 a 2000. ....................... 11
iii
RELAÇÃO DE FIGURAS
Figura 1. Espécies mais apreendidas dentre o total contabilizado pelo IBAMA e pelo
BPA. ................................................................................................................................ 35
Figura 2. Apreensões realizadas pelo BPA (1999, 2000) e IBAMA (1998, 1999, 2000)
distribuídas por famílias de aves. O número indica a quantidade de espécimes. .......... 36
Figura 3. Comparação entre IBAMA e BPA com relação às quatro famílias mais
apreendidas feitas durante o período de estudo. V = verão, O = outono, I =
inverno, P = primavera. ................................................................................................... 37
iv
DEDICATÓRIA
Aos meus pais-avós, João e Dalila (in memorian), que me ensinaram o valor do amor
incondicional preparando-me para a vida e, sendo a minha asa da infância à juventude,
ainda estendem, até hoje, suas asas quando estou precisando;
v
AGRADECIMENTOS
"Há uma lenda que conta que Deus criou os seres humanos com uma única asa,
ao invés de duas. Dessa maneira eles precisariam sempre dar as mãos a alguém a fim
de terem suas duas asas. Então, cada um há de buscar sua segunda asa em algum lugar
do mundo... para que complete o par. Assim todos aprenderão a se respeitar, pois ao
quebrar a única asa de outra pessoa podem estar acabando com as suas próprias
chances de voar. Aprenderão a amar verdadeiramente outra pessoa... Aprenderão que
somente permitindo-se amar eles poderão voar. Tocando o coração de outra pessoa eles
poderão encontrar a asa que lhes falta e poderão finalmente voar. Somente através do
amor irão chegar até onde Deus está. E eles nunca, nunca estarão sozinhos ao voar."
Na execução de qualquer pesquisa muitas pessoas são envolvidas, do início ao
fim do trabalho. Portanto, para a realização deste não foi diferente. Tenho muito a
agradecer a todas as pessoas que estiveram comigo neste vôo, em especial agradeço:
Aos meus amigos Walter de Nisa e Castro Neto, Márcio Amorim Efe, Humberto
Ott, Enio Burgos e Adriano Jagmin D’Ávila por sua amizade sempre presente -
providenciais asas na hora do aperto;
Ao meu orientador, Luiz Glock, que me ensinou o real valor de uma asa mais
experiente;
À minha mãe Lisabeth e minha irmã Cláudia, que estão sempre com suas asas a
postos para me auxiliar,
A todos os meus colegas da pós-graduação, por tudo.
Às secretárias da pós-graduação, Maria Luiza Moreira e Josilene Martins Rocha,
pelo carinho e especial atenção e por terem sido verdadeiras amigas quando tudo
parecia perdido;
Ao proprietário do criadouro conservacionista XYZ, que gentilmente me recebeu e
forneceu todas as informações a respeito do funcionamento do mesmo;
Ao Cap. Rodrigo Gonçalves dos Santos, oficial do Batalhão de Polícia Ambiental,
que sem a sua colaboração eu não teria conseguido levantar todos os dados de que
precisava;
Ao IBAMA, pelo fornecimento dos relatórios e demais documentos solicitados;
À PUCRS, em especial à Faculdade de Biociências, pela logística das excelentes
instalações de trabalho.
Ao CNPq, pelo suporte financeiro através da bolsa de mestrado;
vi
RESUMO
vii
ABSTRACT
viii
1. INTRODUÇÃO
1
ainda não em extinção, estão diminuindo seus números populacionais de tal forma que
a exploração desregulada ameaçará a sobrevivência delas. Há ainda algumas
espécies que não estão em risco internacionalmente, mas um país pode se valer do
sistema para proteger as suas populações internamente e também requisitar
cooperação de outras nações no controle do comércio (IFAW, 2001).
A união entre o WWF (World Wide Fund For Nature) e a IUCN (The World
Conservation Union) resultou no programa de monitoramento de comércio da vida
silvestre chamado TRAFFIC. A rede TRAFFIC trabalha em cooperação com o
Secretariado do CITES. Ela também colabora com uma grande cadeia de outros
parceiros, incluindo a Comissão de Sobrevivência de Espécies da IUCN, muitos
governos e outras organizações (TRAFFIC, 2001). É uma rede internacional com uma
equipe culturalmente multidisciplinar nos cinco continentes, em 22 países e territórios,
mantendo pesquisas em curso em dezenas de outros. Desde a sua fundação em
1976, o TRAFFIC cresceu e tornou-se o maior programa mundial de monitoramento do
comércio da vida silvestre e se constitui numa fonte global sobre assuntos de comércio
da vida silvestre (TRAFFIC, 2001)
1.2.1. IBAMA
1.2.2. BPA
2
Esquadrão de Policiamento Ambiental, subordinado ao 4º Regimento de Polícia
Montada da Brigada Militar e, finalmente, em 22 de janeiro 1998, conforme o Decreto
Lei Nº 38.107/98 é criado o Batalhão de Polícia Ambiental, com a missão inicial de
exercer a Polícia Ambiental na Região Metropolitana de Porto Alegre e preparar a
doutrina e estrutura necessárias para incorporar as Patrulhas Ambientais (PATRAM)
do interior do Estado, expandindo sua estrutura e atividades em todo o RS.
O BPA conta com homens que recebem especialização na área de delitos
ambientais, além de sua formação básica policial, o que torna esse efetivo altamente
qualificado em suas ações. Em seus currículos constam matérias que capacitam o
homem a reprimir e fiscalizar, ostensivamente, os delitos ambientais, mas acima de
tudo, programas que lhes permitam entender a problemática ecológica, bem como o
contexto social em que estão inseridos, de maneira que seus integrantes não somente
saibam fazer, mas, acima de tudo, saibam porque estão fazendo (BPA, 2000).
Com esse espírito, as atividades do BPA compreendem a fiscalização local e dos
delitos ambientais e sua repressão, através de patrulhas embarcadas e terrestres, que
diuturnamente trabalham na proteção do meio ambiente.
A atribuição legal do Batalhão de Polícia Ambiental - BPA, de acordo com o artigo
45 do Decreto Lei Estadual No 38.107/98, é "de cumprir e fazer cumprir a legislação
ambiental, representar a Brigada Militar nas atividades atinentes à área e promover o
intercâmbio com outros órgãos governamentais, por intermédio da proposição de
convênios".
Em conseqüência deste dispositivo, atualmente o BPA está sediado em Porto
Alegre, com sua área de ação restrita a Região Metropolitana, mas "atuando
integrado" com as 77 (setenta e sete) Patrulhas de Policiamento Ambiental - PATRAM,
instaladas em 70 (setenta) municípios do Estado do Rio Grande do Sul, atualmente
sob a jurisdição dos 22 (vinte e dois) Comandos Regionais de Policiamento Ostensivo
(BPA, 2000).
1.3. O tráfico
Este é o terceiro maior comércio ilegal do mundo, perdendo apenas para o tráfico
de drogas e de armas, que segundo os especialistas, hoje se misturam tanto que são
encarados como um único processo (LE DUC, 1996). Por ser tratar de uma atividade
ilegal e por não existir uma agência centralizadora das ações contra o tráfico no Brasil,
os dados reais sobre esse comércio ilegal são imprecisos (POTEN, 1991; LE DUC,
1996). A maioria dos animais silvestres brasileiros comercializados ilegalmente
provém das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste do país. A partir dessas regiões
3
são escoados para as regiões Sul e Sudeste, utilizando-se as rodovias federais. Os
principais pontos de destino desses animais são os Estados do Rio de Janeiro e São
Paulo, onde são vendidos em feiras livres ou exportados através dos seus principais
portos ou aeroportos. Muitas espécies são levadas para países vizinhos onde recebem
documentação falsa como se fossem nativos desses países (JANSEN, 2000). O
destino internacional desses animais são a América do Norte, Europa, Ásia, onde
chegam para engordar coleções particulares, para serem vendidos em Pet Shop´s ou
comporem o plantel de zoológicos, universidades, centros de pesquisa e
multinacionais da indústria química e farmacêutica (POTEN, 1991; JANSEN, 2000;
RENCTAS, 2001).
As aves silvestres, especialmente Passeriformes e Psitaciformes (POTEN,
1991) têm sido constantemente capturadas ilegalmente e freqüentemente ocorrem
apreensões feitas por autoridades ambientais, com a posterior liberação em sítios
determinados (WANJTAL & SILVEIRA, 2000).
Vez ou outra a população mundial se vê alarmada com notícias de que mais uma
peste, até então desconhecida, está matando milhares de pessoas em vários pontos
do planeta. Recentemente foi o vírus Ebola, que provocou grandes perdas ao Zaire.
Mas o ataque desses vírus não é privilégio apenas de países pobres e
subdesenvolvidos. Grandes nações já padeceram com novas e inexplicáveis
moléstias, como a Alemanha (vírus Marburg) e os EUA (doença dos legionários e
recentemente surpreendido com a presença do vírus Ebola perto de Washington)
(CDC, 2000).
As florestas tropicais são um grande reservatório de microorganismos
desconhecidos, que podem provocar sérios problemas de saúde pública, como
aconteceu no Brasil durante a construção da estrada Transamazônica, onde morreram
centenas de operários, vítimas de febres hemorrágicas desconhecidas, e mais
recentemente, no Estado de São Paulo, mais precisamente na região de Cotia,
quando faleceram seis membros de uma mesma família, vítimas do ataque de um
vírus desconhecido, que recebeu o nome de Sabiá, e que hoje se encontra em fase de
pesquisa pelo Centro de Controle de Doenças (Center for Disease Control and
Prevention - CDC), em Atlanta - EUA, um dos poucos laboratórios no mundo
capacitados para lidar com vírus de nível 4, de altíssimo risco de contaminação e
transmissão (CDC, 2000).
4
Segundo Daszak et al. (2000) os movimentos internacionais de estoques vivos e
as modernas práticas agrícolas têm conduzido ao surgimento de doenças infecciosas
emergentes (Emerging Infectious Diseases - EIDs) tal como a encefalite espongiforme
bovina na Europa.
A principal fonte de contágio de seres humanos por esses vírus se dá por meio do
contato com animais silvestres, que através das suas fezes e urina o transmitem.
Alguns desses animais podem tornar-se agressivos e por meio de mordedura,
transmitirem também doenças conhecidas, porém não menos letais ou perigosas,
como a raiva e a leishmaniose, entre outras (DASZAK et al., 2000).
5
Todavia, algumas têm sido responsáveis por acarretar mudanças dramáticas às
espécies nativas e comunidades naturais, reduzindo a biodiversidade.
Segundo Wanjtal e Silveira (2000) um dos maiores riscos associados à prática
de soltura sem método e monitoramento é a disseminação de zoonoses, com a
possível extinção local das espécies contaminadas. Ainda segundo os autores, os
programas de reintrodução têm tido maior sucesso quando há translocação de aves
(têm sua origem na natureza) ao invés de terem nascido, criadas ou terem tido alguma
passagem pelo cativeiro, como é o caso da aves soltas após apreensões do IBAMA e
BPA. Esse insucesso pode ser a diferenças comportamentais das aves cativas, à
menor adaptabilidade genética ou às doenças adquiridas em cativeiro.
Os fatores de risco para a emergência de doenças em programas de
conservação são complexos. Programas de reprodução em cativeiro ajudam a manter
as populações saudáveis e genéticamente viáveis para subseqüente soltura no
ambiente selvagem (GRIFFIN et al., 2000; SARRAZIN et al., 2000). No entanto, a
transferência potencial de patógenos dentro de populações selvagens não
previamente expostas em áreas protegidas freqüentemente sensíveis representa um
sério desafio para os esforços de conservação (DASZAK et al., 2000; OSTFELD et al.,
2000; CHIVIAN, 2001).
Um dos maiores problemas que surgem em decorrência das solturas não
monitoradas é o desconhecimento a respeito das conseqüências causadas e da
verdadeira história da espécie e do ecossistema que ela ocupa, podendo ser um fator
importante para acelerar o processo de extinções em cascata (WANJTAL & SILVEIRA,
2000; CHIVIAN, 2001).
Quantidades não dimensionadas de aves silvestres têm sido constantemente
capturadas ilegalmente e desviadas de seus locais de origem. Ciclicamente ocorrem
apreensões feitas por autoridades ambientais, com a posterior liberação em sítios
determinados. Até o presente trabalho não se fez qualquer quantificação do montante
deste deslocamento da avifauna silvestre para espaços ecológicos distintos de seus
sítios de origem. Com este trabalho o autor pretende:
1. Avaliar a intensidade da translocação da avifauna capturada ilegalmente no Estado
do Rio Grande do Sul;
2. Inventariar e quantificar as espécies apreendidas;
3. Identificar quais espécies são liberadas e em que locais isto ocorre;
4. Identificar as espécies exóticas liberadas no Estado.
5. Oferecer subsídios para a tomada de decisão visando ações conservacionistas;
6
2. MATERIAL E MÉTODOS
8
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
9
para uma preferência, por parte dos traficantes, de capturar aves com potencial para
serem canoras ou de estimação/companhia.
O BPA apreendeu 900 indivíduos em 1999 (tabela 2) sendo a maior apreensão
de M. monachus com 289 espécimes. Em 2000 foram apreendidos 467 indivíduos,
sendo a maior apreensão de S. flaveola com 107 espécimes.
P. coronata foi a ave mais apreendida pelo IBAMA em todos os anos com 273
(1998), 227 (1999) e 485 (2000) indivíduos (tabela 3). S. flaveola, teve seus números
contabilizados em 76 (1998), 223 (1999) e 58 (2000) aves apreendidas. Embora estas
duas espécies não figurem em nenhuma lista de aves ameaçadas, pode-se inferir
seguramente que esta retirada compulsória da natureza está causando prejuízos às
populações naturais (WANJTAL & SILVEIRA, 2000; WRIGHT et al., 2000). A imensa
biomassa de P. coronata, 1088 indivíduos apreendidos, representa apenas uma parte
da pressão antrópica a que ela está sendo submetida, uma vez que a maior parte não
chega a ser apreendida ou mesmo morre nesse processo (POTEN, 1991; LE DUC,
1996). Dentre as espécies apreendidas, algumas constam dos apêndices I e/ou II da
Convention on International Trade in Endangered Species of Wild Fauna and Flora
(CITES) (CITES, 2003). P. coronata consta do apêndice II, onde figuram as espécies
que não estão agora ameaçadas mas podem se tornar se o comércio não for regulado
(tabela 4). A convenção CITES utiliza uma estrutura legal para unificar os mecanismos
existentes para regulamentar o comércio internacional. Espécies animais e vegetais
são categorizadas de acordo com o grau de regulamentação requerida para a sua
conservação. Para tanto desenvolveu três apêndices importantes baseados nos
seguintes termos:
10
Tabela 4. Espécies incluídas nos apêndices do CITES e que
constam dos relatórios de apreensão do IBAMA e/ou do BPA
durante os anos de 1998 a 2000.
Apêndice I Apêndice II
Phoenicopteridae spp.
Falconiformes spp.*
Psittaciformes spp.**
Amazona pretrei
Guaruba guarouba
Pionopsitta pileata
Strigiformes spp.
Ramphastos toco
Paroaria coronata
* Exceto Cathartidae
** Exceto Melopsittacus undulatus, Nymphicus hollandicus e Psittacula krameri
11
Murad (2000) e RENCTAS (2001) desenvolveram trabalhos sobre o tráfico de
animais silvestres no Brasil. Estes foram diagnósticos pioneiros e gerais para a fauna
brasileira, sem um aprofundamento das informações em relação a uma classe
zoológica.
Com os dados aqui apresentados sobre o comércio ilegal de aves, se verifica a
grande pressão exercida sobre as populações silvestres, especialmente Emberizidae e
Psittacidae, suportando a hipótese de que essa retirada de biomassa da natureza
envolve um grande número de espécies e um número muito maior de indivíduos.
12
do total) foram enviadas para criadouros científicos e 489 aves (19,26% do total) foram
deixadas nas mãos de terceiros como fiéis depositários.
13
4. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
14
pormenorizados das aves apreendidas e dos hábitats em que são soltas, no sentido
de dimensionar o impacto sobre o meio-ambiente.
Sugere-se especialmente que estudos sobre a dinâmica populacional das aves
aqui citadas, especialmente P. coronata e S. flaveola, sejam realizados para que se
saiba o real status populacional dessas espécies na natureza.
15
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CHIVIAN, E. Environment and health: 7. Species loss and ecosystem disruption - the
implications for human health. CMAJ; 164(1): 66-9. 2001.
MORRIS, P. 1996. Understaffed and overworked: the U.S. Fish & Wildlife Service tries
to monitor trade in illegal species. The Bridge, December 1996/January-February
1997.
SCHWARTZ, C. 2000. Até onde a amazônia pode resistir? Veja, v.47(1676), p. 66-72.
16
WRIGHT, S. J. et al. Poachers alter mammal abundance, seed dispersal, and seed
predation in a neotropical forest. Conservation Biology, 14(1): 227-39. 2000.
17
Tabela 1. Lista das espécies com respectivas famílias e outros níveis taxonômicos
(SICK, 1997) e quantidade de espécimes apreendidos pelo IBAMA [1998, 1999 e 2000
(jan a jun)] e pelo BPA (1999 e 2000).
18
Tabela 1. Lista das espécies com respectivas famílias e outros níveis taxonômicos
(SICK, 1997) e quantidade de espécimes apreendidos pelo IBAMA [1998, 1999 e 2000
(jan a jun)] e pelo BPA (1999 e 2000). (continuação)
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Tabela 1. Lista das espécies com respectivas famílias e outros níveis taxonômicos
(SICK, 1997) e quantidade de espécimes apreendidos pelo IBAMA [1998, 1999 e 2000
(jan a jun)] e pelo BPA (1999 e 2000). (continuação)
20
Tabela 2. Lista das espécies apreendidas pelo BPA nos anos de 1999 e 2000.
BPA
1999 2000
Nome Científico Nome Vernacular Quantidade Nome Científico Nome Vernacular Quantidade
Dendrocygna viduata marreca-piadeira 2 Dendrocygna viduata marreca-piadeira 18
Milvago chimachima gavião-carrapateiro 2 Amazonetta brasiliensis marreca-pé-vermelho 1
M. chimango chimango 1 Rupornis magnirostris gavião-carijó 1
Rallus maculatus saracura-carijó 1 Cariama cristata siriema 1
Amazona aestiva papagaio-verdadeiro 19 Amazona aestiva papagaio-verdadeiro 5
A. pretrei papagaio-charão 4 Amazona pretrei papagaio-charão 4
Myiopsitta monachus caturrita 289 Myiopsitta monachus caturrita 9
Pionopsitta pileata cuiu-cuiu 1 Tyto alba coruja-das-torres 1
Triclaria malachitacea sabiá-cica 1 Ramphastos sp. tucano 1
Speotyto cunicularia corujinha-do-campo 1 Pitangus sulphuratus bem-te-vi 1
Ramphastus dicolorus tucano-de-bico-verde 5 Antilophia galeata soldadinho 1
Chiroxiphia caudata dançador 1 Chiroxiphia caudata dançador 2
Turdus albicollis sabiá-coleira 4 Turdus amaurochalinus sabiá-poca 1
T. rufiventris sabiá-laranjeira 41 T. rufiventris sabiá-laranjeira 12
Conothraupis speculigera tiê-preto 3 Turdus sp. sabiá 6
Euphonia chlorotica fim-fim 8 Mimus saturninus sabiá-do-campo 1
Orchesticus abeillei tiê-marrom 1 Euphonia chlorotica fim-fim 2
Pipraeidea melanonota saíra-viúva 4 Stephanophorus diadematus sanhaçu-frade 30
Ramphocelus bresilius tiê-sangue 4 Tangara seledon saíra-de-sete-cores 1
Sericossypha loricata tiê-caburé 1 Tangara sp. saíra 4
Stephanophorus diadematus sanhaçu-frade 45 Coryphospingus cucullatus tico-tico-rei 71
Tangara mexicana saíra-de-bando 5 Paroaria coronata cardeal 50
T. nigrocincta saíra-azul 5 Poospiza nigrorufa quem-te-vestiu 4
Thraupis bonarienis sanhaçu-papa-laranja 1 Sicalis flaveola canário-da-terra 107
Coryphospingus cucullatus tico-tico-rei 35 Sporophila caerulescens coleirinho 12
Embernagra longicauda tibirro 1 S. collaris coleiro-do-brejo 5
E. platensis sabiá-do-banhado 1 Sporophila sp. coleiro 20
Paroaria coronata cardeal 53 Passerina brissoni azulão-verdadeiro 35
Tabela 2. Lista das espécies apreendidas pelo BPA nos anos de 1999 e 2000. (continuação)
BPA
1999 2000
Nome Científico Nome Vernacular Quantidade Nome Científico Nome Vernacular Quantidade
Poospiza nigrorufa quem-te-vestiu 6 P. glaucocaerulea azulinho 4
Sicalis flaveola canário-da-terra 122 Saltator aurantirostris bico-duro 1
Sporophila caerulescens coleirinho 55 Saltator sp. trinca-ferro 30
S. collaris coleiro-do-brejo 10 Agelaius ruficapillus passáro-preto 1
S. leucoptera patativa-chorona 1 A. thilius sargento 5
Gnorimopsar chopi chupim 1 Gnorimopsar chopi chupim 2
Passerina brissonii azulão 65 Carduelis magellanicus pintassilgo 15
P. glaucocaerulea azulinho 11 Passer domesticus pardal 1
Pitylus fuliginosus bico-de-pimenta 2 Estrilda astrild bico-de-lacre 2
Saltator aurantiirostris bico-duro 11
S. maxillosus bico-grosso 47
S. similis trinca-ferro-verdadeiro 2
Agelaius ruficapillus pássaro-preto 5
Molothrus bonariensis vira-bosta 7
Pseudoleistes virescens dragão 1
Carduelis magellanicus pintassilgo 14
Estrilda astrild bico-de-lacre 1
Total - 900 - - 467
Tabela 3. Lista das espécies apreendidas pelo IBAMA nos anos de 1998, 1999 e 2000 (jan a jun).
IBAMA
1998 1999 2000 (jan a jun)
Nome Científico Nome Vernacular Quant. Nome Científico Nome Vernacular Quant. Nome Científico Nome Vernacular Quant.
Crypturellus parvirostris inhambu-chororó 5 Rhea americana ema 1 Crypturellus parvirostris inhambú-chororó 3
Dendrocygna viduata marreca-piadeira 1 Butorides striatus socozinho 2 Rhea americana ema 5
Netta peposaca marrecão 1 Phoenicopterus chilensis flamingo 50 Penelope sp. jacu 2
Penelope jacquacu jacuaçu 1 Dendrocygna viduata marreca-piadeira 42 Aramides cajanea saracura 2
P. obscura jacu-açu 3 Amazonetta brasiliensis marreca-pé-vermelho 25 Vanellus chilensis quero-quero 3
Amazona aestiva papagaio-verdadeiro 6 Chauna torquata tachã 2 Columbina picui rolinha-picui 2
A. pretrei papagaio-charão 6 Penelope sp. jacu 10 Leptotila verreauxi juriti-pupu 4
Ara ararauna arara-canindé 2 Aramides cajanea saracura 1 Amazona aestiva papagaio-verdadeiro 16
Myiopsitta monachus caturrita 47 Vanellus chilensis quero-quero 2 A. amazonica papagaio-do-mangue 1
Pionus maximiliani maitaca-verde 1 Columba picazuro pomba-carijó 1 A. pretrei charão 2
Ramphastos dicolorus tucano-de-bico-verde 3 Columbina picui rolinha-picui 1 Ara ararauna arara-canindé 4
R. toco tucanuçu 2 C. talpacoti rolinha-roxa 1 A. chloroptera arara-vermelha 2
Chiroxiphia caudata dançador 9 Amazona aestiva papagaio-verdadeiro 16 Guaruba guarouba ararajuba 2
Turdus rufiventris sabiá-laranjeira 13 A. pretrei papagaio-charão 8 Myiopsitta monachus caturrita 17
T. subalaris sabiá-ferreiro 2 Ara ararauna arara-canindé 12 Pyrrhura frontalis tiriba-de-testa-vermelha 2
Mimus triurus sabiá-da-praia 1 A. chloroptera arara-vermelha 2 Triclaria malachitacea sabiá-cica 1
Agelaius thilius sargento 2 Miyopsitta monachus caturrita 33 Cyanocorax chrysops gralha-picaça 1
Chlorophonia cyanea bandeirinha 3 Pyrrhura frontalis tiriba-de-testa-vermelha 10 Turdus amaurochalinus sabiá-poca 3
Coryphospingus cucullatus tico-tico-rei 7 Ramphastos toco tucanuçu 6 T. rufiventris sabiá-laranjeira 8
Euphonia chalybea cais-cais 12 Pyrocephalus rubinus príncipe 3 Mimus saturninus sabiá-do-campo 1
E. chlorotica fim-fim 4 Chiroxiphia caudata dançador 9 M. triurus sabiá-da-praia 2
E. violacea gaturamo-verdadeiro 2 Cyanocorax chrysops gralha-picaça 8 Chlorophonia cyanea bandeirinha 2
Gnorimopsar chopi chupim 4 Penelope jacguacu jacuaçu 6 Euphonia chlorotica fim-fim 1
Molothrus badius asa-de-telha 2 Turdus amaurochalinus sabiá-poca 2 E. laniirostris gaturamo-bicudo 1
Oryzoborus angolensis curió 1 T. rufiventris sabiá-laranjeira 12 Stephanophorus diadematus sanhaçu-frade 2
Paroaria coronata cardeal 273 Chlorophonia cyanea bandeirinha 1 Tachyphonus coronatus tiê-preto 2
Passerina brissonii azulão-verdadeiro 37 Euphonia chlorotica fim-fim 2 Thraupis bonariensis sanhaçu-papa-laranja 1
Pipraeidea melanonota saíra-viúva 2 Pipraeidea melanonota saíra-viúva 7 T. sayaca sanhaçu-cinzento 2
23
Tabela 3. Lista das espécies apreendidas pelo IBAMA nos anos de 1998, 1999 e 2000 (jan a jun). (continuação)
IBAMA
1998 1999 2000 (jan a jun)
Nome Científico Nome Vernacular Quant. Nome Científico Nome Vernacular Quant. Nome Científico Nome Vernacular Quant.
Poospiza nigrorufa quem-te-vestiu 1 Ramphocelus bresilius tiê-sangue 4 Coryphospingus cucullatus tico-tico-rei 19
Ramphocelus bresilius tiê-sangue 5 Stephanophorus diadematus sanhaçu-frade 12 Paroaria coronata cardeal 485
Saltator aurantiirostris bico-duro 6 Tachyphonus coronatus tiê-preto 6 Sicalis flaveola canário-da-terra 58
S. similis trinca-ferro-verdadeiro 19 Thraupis bonariensis sanhaçu-papa-laranja 1 Sporophila caerulescens colerinho 8
Sicalis flaveola canário-da-terra 76 T. sayaca sanhaçu-cinzento 1 S. collaris coleiro-do-brejo 2
Sporophila caerulescens coleirinho 23 Coryphospingus cucullatus tico-tico-rei 26 Sporophila sp. coleiro 1
S. collaris coleiro-do-brejo 7 Oryzoborus angolensis curió 4 Zonotrichia capensis tico-tico 6
Stephanophorus sanhaçu-frade 20 Paroaria coronata cardeal 227 Passerina brissonii azulão-verdadeiro 28
diadematus
Tachyphonus coronatus tiê-preto 1 P. dominicana galo-da-campina 2 Pytilus grossus bico-de-pimenta 3
Zonotrichia capensis tico-tico 4 Poospiza nigrorufa quem-te-vestiu 3 Saltator aurantirostris bico-duro 1
Carduelis magellanicus pintassilgo 15 Sicalis flaveola canário-da-terra 223 S. similis trinca-ferro-verdadeiro 7
Sporophia caerulescens coleirinho 45 Agelaius thilius sargento 1
S. collaris coleiro-do-brejo 6 Gnorimopsar chopi chupim 4
Volatinia jacarina tisiu 8 Molothrus bonariensis vira-bosta 4
Zonotrichia capensis tico-tico 12 Carduelis magellanicus pintassilgo 16
Passerina brissonii azulão-verdadeiro 42 Estrilda astrild bico-de-lacre 8
P. glaucocaerulea azulinho 6
Pitylus grossus bico-encarnado 7
Saltator similis trinca-ferro-verdadeiro 14
Agelaius ruficapillus pássaro-preto 16
Agelaius thilius sargento 16
Gnorimopsar chopi chupim 5
Molothrus badius asa-de-telha 6
M. bonariensis vira-bosta 8
Carduelis magellanicus pintassilgo 70
Passer domesticus pardal 10
Estrilda astrild bico-de-lacre 1
Total - 629 - - 1056 - - 745
24
Tabela 6. Relação entre a procedência (local onde as aves foram apreendidas) e o destino
(local para onde as aves foram enviadas) das espécies apreendidas pelo BPA nos anos de
1999 e 2000.
1999 2000
Quant. Quant.
P Alvorada 28 Alvorada 30
r BPA 16 Eldorado do Sul 18
o Campo Bom 14 Gravataí 65
c Eldorado do Sul 3 Guaíba 11
e Guaíba 83 Porto Alegre 301
d Porto Alegre 394 São Leopoldo 1
ê Sapucaia do Sul 265 Viamão 41
n Viamão 97 467
c 900
i
a
25
Tabela 7. Relação entre a procedência (local onde as aves foram apreendidas) e o
destino (local para onde as aves foram enviadas) das espécies apreendidas pelo IBAMA
nos anos de 1998 a 2000.
26
Tabela 8. Distribuição estadual (BELTON,1994) e nacional (SICK,1997) das aves enviadas pelo BPA ao Criadouro XYZ nos anos de 1999
e 2000.
27
Tabela 8. Distribuição estadual (BELTON,1994) e nacional (SICK,1997) das aves enviadas pelo BPA ao Criadouro XYZ nos anos de 1999
e 2000. (continuação)
28
Tabela 8. Distribuição estadual (BELTON,1994) e nacional (SICK,1997) das aves enviadas pelo BPA ao Criadouro XYZ nos anos de 1999
e 2000. (continuação)
29
Tabela 8. Distribuição estadual (BELTON,1994) e nacional (SICK,1997) das aves enviadas pelo BPA ao Criadouro XYZ nos anos de 1999
e 2000. (continuação)
30
Tabela 9. Distribuição de todas as espécies apreendidas pelo IBAMA e BPA, de 1998 a 2000, no Estado do RS e no Brasil.
31
Tabela 9. Distribuição de todas as espécies apreendidas pelo IBAMA e BPA, de 1998 a 2000, no Estado do RS e no Brasil.
(continuação)
32
Tabela 9. Distribuição de todas as espécies apreendidas pelo IBAMA e BPA, de 1998 a 2000, no Estado do RS e no Brasil.
(continuação)
33
Tabela 9. Distribuição de todas as espécies apreendidas pelo IBAMA e BPA, de 1998 a 2000, no Estado do RS e no Brasil.
(continuação)
34
Fig. 1. Espécies mais apreendidas dentre o total contabilizado pelo IBAMA e pelo BPA.
35
800
700 B P A 1999
B P A 2000
600
710
IB A M A 1 9 9 8
500 638
Quantidade Apreendida
IB A M A 1 9 9 9
400
IB A M A 2 0 0 0
513 511
300
200
314 386
100
5 50
1 3 67
0 5 0 2 0
0 0 0
0 0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0
0 0
0
1 0 109 2 2 106 2 81
0 2 47
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Fig. 2. Apreensões realizadas pelo BPA (1999, 2000) e IBAMA (1998, 1999, 2000) distribuídas por famílias de aves. O número indica a quantidade
de espécimes. 36
800
700
BPA
IBAMA
600
Quantidade Apreendida
500
400
300
200
100
(I)
(I)
)
(I)
I)
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Ps
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M
Fr
Fr
M
M
Famílias
Fig. 3. Comparação entre IBAMA e BPA com relação às quatro famílias mais apreendidas
feitas durante o período de estudo. V = verão, O = outono, I = inverno, P = primavera.
800
Psittacidae
700 Muscicapidae
Emberizidae
Fringillidae
600
Número de Apreensões
500
400
300
200
100
0
Verão Outono Inverno Primavera Verão Outono Inverno Primavera Verão Outono Inverno Primavera
Fig. 4. Distribuição das freqüências de apreensões das quatro famílias de aves mais
capturadas durante o período analisado.
37
Fig. 5. Distribuição geográfica de Conothraupis speculigera - tiê-preto (linha preta),
Tangara nigrocincta - saíra-azul (linha azul-escuro), Sporophila leucoptera - patativa-
chorona (linha rosa), Embernagra longicauda (ave endêmica da região) - tibirro (linha
verde-claro) e Sericossypha loricata (ave endêmica da região) - tiê-caburé (linha amarela)
e o sítio de soltura localizado em Viamão, RS (ponto vermelho).
38
Fig. 6. Distribuição geográfica de Tangara mexicana - saíra-de-bando (linha laranja),
Antilophia galeata - soldadinho (linha vermelha), Orchesticus abeillei (ave endêmica da
região) - tiê-marrom (linha marrom), Ramphocelus bresilius (ave endêmica da região) - tiê-
sangue (linha azul-claro) e Amazona aestiva - papagaio-verdadeiro (linha verde-escuro) e
o sítio de soltura localizado em viamão, RS.
39