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Lixo espacial

O lixo espacial é composto por detritos de naves, combustíveis, satélites desactivados, lascas
de tinta, combustível, pedaços de mantas térmicas e foguetes, objectos metálicos e até
mesmo ferramentas perdidas por astronautas durante as suas explorações espaciais. O grande
precursor da acumulação de detritos no espaço foi o Sputnik, o primeiro satélite artificial da
Terra, lançado em 1957 pela antiga União Soviética. Hoje em dia, com a evolução tecnológica,
há cerca de 800 satélites activos em órbita. De acordo com dados divulgados em 2008 pela
Nasa, a agência espacial americana, foram contabilizados no espaço aproximadamente 17.000
destroços acima de 10 centímetros, 200.000 objectos com tamanho entre 1 e 10 centímetros e
dezenas de milhões de partículas menores que 1 centímetro. Nem tudo o que foi colocado no
espaço permanece em órbita. Os detritos vão paulatinamente perdendo altitude e, mais cedo
ou mais tarde, caem na Terra. Os detritos que estão em altitudes baixas caem mais rápido, em
meses. Já os mais altos permanecem por décadas. Quando um satélite é lançado, ele
permanece lá por meses ou anos e, no final da sua vida útil, é simplesmente desligado. Ao ser
desligado, o satélite deixa de ser usado e transforma-se em lixo. O cenário mais remoto,
porém fisicamente demonstrável, é a Síndrome de Kessler. A hipótese, apresentada por um
físico da Nasa, sustenta que haverá um momento em que o espaço terá tantos detritos que
será impossível utilizá-lo para as necessidades da humanidade. Isto acontece porque, quando
dois objectos se chocam, eles geram mais fragmentos, multiplicando assim o número de
elementos em órbita.

Rafael Pressler de Pina Nº21 11ºA

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