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A Europa no Século XIX

Na Europa, o século XIX foi marcado pelo liberalismo, desenvolvimento econômico,


nacionalismo e socialismo. Nesse momento, a burguesia pôde consolidar seu poder sobre o
Estado, orientando a política estatal de acordo com seus interesses de classe.
A Inglaterra assumiu, no decorrer do século XIX, a posição de principal potência
mundial. Durante a maior parte deste período (1837- 1901) o trono inglês foi ocupado pela rainha
Vitória, que adotou uma política marcadamente burguesa, caracterizada fundamentalmente pelo
liberalismo.
O poderio inglês contava com o rápido crescimento industrial, com uma poderosa
marinha mercante e um Estado solidamente estruturado, que, desde a derrota de Napoleão
Bonaparte, em 1815, não possuía um rival suficientemente forte para fazer-lhe concorrência .
Vigorava, em grande parte do mundo, o que se denominava de Pax Britânica.
Já na França, o século XIX foi marcado por agitações político-sociais: enquanto a
burguesia desejava estabelecer o domínio total sobre a sociedade francesa, movimentos populares
de inspiração socialista dificultavam a concretização do sonho burguês. Assim, após a Revolução
Liberal que pôs fim, em 1830, à segunda restauração monárquica, eclodiu a Revolução de 1848,
de caráter nitidamente popular.
Ao movimento de 1848 seguiu-se a formação do Segundo Império francês com Napoleão
III, o qual tentou revitalizar o poderio francês bonapartista. Seu desastroso governo, entretanto,
levou a França a sérias dificuldades econômicas, que determinaram, em 1871, a constituição de
um governo popular ba cidade de Paris (a comuna de Paris). Porém, a Comuna conseguiu manter-
se por pouco tempo à frente das decisões políticas locais, sendo violentamente derrubada pela
reação burguesa.
Por outro lado, Napoleão III envolveu-se em diversos atritos externos. Um deles foi a
guerra com a Prússia, que redundou num estrondoso fracasso para as forças francesas. Para a
Prússia, ao contrário, a guerra contra a França teve um importante papel, pois, permitiu sob a
liderança de Bismarck, a unificação político-territorial (segundo reich alemão).

A Itália na primeira metade do século XIX, encontrava-se dividida em numerosos


Estados de reduzida força e pequeno território. A maior parte dos Estados da região norte
achavam-se sob domínio da Áustria, desde o Congresso de Viena. Já os do centro pertenciam ao
Papa, e os do sul, constituindo o Reino das Duas Sicílias estavam sujeitos à família dos
Bourbons. Baseados nos ideais de liberdade individual e unidade nacional da Revolução
Francesa, iniciando-se a partir de várias revoltas, o processo de unificação da Itália somente teve
fim durante a guerra Franco-Prussiana, onde a Itália conseguiu conquistar a cidade de Roma e
completou sua unificação.

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